A PARTICIPAÇÃO DOS ENFERMEIROS NO PROCESSO DE PADRONIZAÇÃO DO CUIDADO AO PACIENTE PORTADOR DE FERIDA NA ESTRATEGIA DE SAUDE DA FAMILIA Jose Carlos de Rezende Pereira Fernanda Von Beauvais da Silva Marcos Fernando de Souza Gomes Maria Isabel Chaves Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro Introdução: De acordo com a Lei do Exercício de Enfermagem 7498/86, e a portaria 648 de março de 2006 do Ministério da Saúde, procedimentos de alta complexidade devem ser de responsabilidade do profissional enfermeiro, e ao revermos a literatura disponível sobre feridas e curativos e entendendo a complexidade deste cuidado, propusemos padronizar o curativo de feridas para pacientes atendidos em unidades de saúde da família. Objetivo: Propor uma sistematização do cuidado com o paciente portador de ferida nas unidades de saúde de família. Metodologia: Em reuniões semanais com oito enfermeiros, um de cada unidade de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, e um médico cirurgião como orientador, iniciamos com a discussão de protocolos e trabalhos pertinentes publicados. Desenvolvemos um material didático teórico, onde discutimos, além da definição e classificação de ferida e a definição de curativo, as atribuições de cada profissional envolvido, elaboração de um fluxograma do paciente com ferida, a ficha de primeiro atendimento na unidade feita pelo enfermeiro, ficha de acompanhamento do curativo feito pelo técnico de enfermagem, a padronização do curativo e os materiais usados na padronização, enfim, uma sistematização que atendesse as necessidades da atenção básica de saúde. Resultados: Em seis semanas desenvolvemos um protocolo que permitiu definir uma hierarquia na admissão do paciente com ferida, onde o enfermeiro é o orientador de todo processo, um fluxograma do paciente portador de ferida, as fichas de primeiro atendimento e acompanhamento do curativo, com ênfase a visão holística do paciente, e com os recursos oferecidos nas unidades de saúde da família, um padrão de curativo para cada tipo de ferida dos pacientes atendidos nas unidades básicas de saúde e estabelecer o acompanhamento do paciente depois da alta. Conclusão: A sistematização de cuidados aos indivíduos portadores de ferida, nas unidades de saúde da família da área de Guaratiba no Rio de Janeiro, diminuiu as complicações, a necessidade de encaminhamento as policlínicas de especialidades, a internação hospitalar, o tempo resolução e alta e o custo final com os curativos.