Avaliação da Espessura da Mandíbula Com Relação À Fixação Interna Rígida em Osteotomia Sagital. Estudo Anatômico Marcelo Silva Monnazzi| Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (Unicamp – Campinas). Prof. Dr. Luis Augusto Passeri | Professor Titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (Unicamp – Campinas). Prof. Dr. Mário Francisco Real Gabrielli | Professor Titular do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia (Unesp – Araraquara) Prof. Dr. Paulo Domingos Andre Bolini| Professor Assistente Doutor da Disciplina de Anatomia da Faculdade de Odontologia (Unesp – Araraquara). Prof. Dr. Eduardo Hochuli Vieira | Professor Assistente Doutor do Departamento de Diagnóstico e Cirurgia da Faculdade de Odontologia (Unesp – Araraquara). Resumo Proposição: com o intuito de prover mais subsídios anatômicos aos cirurgiões buco-maxilo-faciais que realizam cirurgia ortognática por meio da osteotomia sagital bilateral, os autores realizaram um estudo anatômico em mandíbulas secas, mensurando a espessura em quatro pontos pré-determinados da região de ramo e corpo mandibular, nos quais usualmente a fixação interna rígida através de parafusos é realizada. Metodologia: aproveitando ainda os dados avaliados, as mandíbulas foram divididas em dois grupos, sendo o grupo I referentes àquelas que apresentavam dentes mais compatíveis com o escopo do trabalho, tendo em vista que as osteotomias sagitais são geralmente realizadas em pacientes dentados; e grupo II, àquelas mandíbulas totalmente desdentadas, cujos dados serviram para a realização de uma comparação estatística da presença ou não de diferença significante elas. Resultados: Em se tratando do grupo I, os valores médios de espessura encontrados foram: x1= 14,48, x2= 14,94, x3=12,82 e x4= 9,41, sendo o ponto de maior espessura média o ponto x2, e o de menor espessura média o x4. No grupo II, entrelam os valores médios encontrados foram: x1= 13,38, x2= 13,08, x3= 11,63 e x4= 12,18, sendo o ponto mais espesso nesse grupo o x1, e o menos espesso o x3. O coeficiente de correlação simples entre as variáveis do grupo I e II revelou um valor de 0,6194, sendo essa diferença não significante ao nível de significância aplicada de 95%. Conclusão: Com relação aos resultados encontrados no grupo I, podemos identificar que os pontos x1 e x2 são os de maior espessura, sendo importante utilizar estes pontos para a realização da fixação interna rígida da mandíbula após a osteotomia sagital. Descritores: Osteotomia; Anatomia Regional; Técnicas de Fixação da Mandíbula. Abstract Purpose: Trying to provide more anatomical data to the oral and maxillofacial surgeons regarding to orthognathic surgery, specifically about sagittal split osteotomy, the authors accomplished an anatomical study in dry human jaws, measuring the thickness in four previously established points of the body and mandibular ramus, at the usual spots used for the internal fixation by screws. Material and Methods: The authors also use the data collected to evaluate if there are significant differences between the group I (human dry mandibles with teeth) and group II (edentulous human dry mandibles). Results: For the group I the authors found the following results: x1 = 14,48, x2 = 14,94, x3=12,82 and x4 = 9,41, being the x2 the thickest point, and the least thick the x4. However in the group II, the found medium values were: x1 REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL V10 N2 P. 43 - 48 Recebido em 10/07/2009 Aprovado em 10/03/2010 Jaw Thickness Evaluation Regarding the Internal Rigid Fixation in Sagital Split Osteotomy. Anatomic Study 43 = 13,38, x2 = 13,08, x3 = 11,63 and x4 = 12,18, being the thickest point in that group the x1 and the least thick x3. The coefficient of simple correlation between the variables (group I and II) revealed a value of 0,6194, being this difference no significant at the meaning level of 95%. Keywords: Osteotomy; Anatomy; Regional; Jaw Fixation Techniques. 44 A osteotomia sagital da mandíbula é, atualmente, uma das técnicas de cirurgia ortognática mais empregadas para a correção das deformidades dentoesqueléticas que afetam a mandíbula1,2. A osteotomia sagital da mandíbula tem inúmeras vantagens, tais quais o acesso intraoral para a sua execução, o amplo contato entre as medulares ósseas após a fixação, o rápido reparo favorecido pelo contato ósseo, o retorno precoce à função e a facilidade de fixação interna rígida. Monnazzi et al. Avaliação da Espessura da Mandíbula Com Relação À Fixação Interna Rígida em Osteotomia Sagital. Estudo Anatômico Introdução A disfunção do nervo alveolar inferior (NAI), especialmente no que se refere à alteração neurosensorial da região do mento, é a complicação mais frequentemente encontrada, variando de 2% a 15% em estudos que avaliaram pacientes a longo prazo3,4,5,6,7,8. Vários estudos anatômicos foram propostos na literatura, no intuito de guiar os cirurgiões, evitando o NAI9,10. Alguns desses usam medidas em crânios humanos secos9,10 , radiografias convencionais11,12 e tomografias tridimensionais13. A estabilização óssea nas cirurgias ortognáticas evoluiu da osteossíntese a fio para o uso de miniplacas, parafusos, em várias combinações, como fixação interna rígida. Este tipo de fixação se tornou o método padrão de controle no posicionamento ósseo contra as contrações musculares, força da gravidade e deslocamentos. Tanto parafusos, sejam eles aplicados de forma posicional ou interfragmentária quanto as placas têm sido utilizados para estabilizar os segmentos proximais e distais após a osteotomia sagital, no intuito de proporcionar rápido reparo ósseo, evitar a manutenção do bloqueio maxilo-mandibular no período pós-operatório, facilitar o acesso à higiene oral e propiciar o retorno precoce à função mandibular14. Muito se tem visto em estudos comparativos entre os diversos tipos de osteossíntese existentes para a fixação rígida da mandíbula. Com relação à fixa- ção interna rígida por meio de parafusos bicorticais, quer sejam esses instalados de forma a imprimir compressão ou somente posicionar os fragmentos ósseos, ainda faltam na literatura trabalhos que norteiem os cirurgiões com relação à espessura da mandíbula nos pontos usuais para aplicação desses parafusos. Este trabalho traz dados anatômicos que visam ilustrar uma média de valores (espessura) da mandíbula nos pontos os quais são usualmente empregados para estabelecer a fixação interna rígida por meio de parafusos, tanto aplicados em linha como em “L” invertido. Materiais e Métodos Foram mensuradas, nos pontos pré-determinados, 35 mandíbulas secas, parcialmente desdentadas, e 11 mandíbulas totalmente desdentadas, provenientes do Departamento de Anatomia da Faculdade de Odontologia de Araraquara (Unesp), gerando 70 e 22 hemimandíbulas, respectivamente, que foram classificadas em grupo I (parcialmente dentadas) e grupo II (totalmente desdentadas). As mandíbulas do grupo I foram medidas em quatro pontos (x1, x2, x3 e x4) ilustrados na figura 1, sendo que os pontos de x1 a x3 foram uniformemente distribuídos entre a distal do segundo molar (ou região deste) até a borda anterior do ramo ascendente da mandíbula, ou seja, essa distância foi dividida em 3 pontos equidistantes, e estes pontos foram mensurados, respeitando 5mm a distal do segundo molar e 10 mm inferiormente ao bordo superior da região retromolar. Estes pontos são geralmente utilizados quando da fixação da osteotomia sagital por parafusos bicorticais em linha 13,14,15,16,17 . O ponto x4 foi localizado 5 mm a posterior de uma linha vertical paralela à superfície mesial do segundo molar inferior e a 5 mm acima da base mandibular, para respeitar a posição do nervo alveolar inferior, que segundo estudo de Yu & Wong (2008)13 As mensurações foram realizadas todas pelo mesmo avaliador, para evitar variações subjetivas de forma ou localização dos pontos pré-determinados, a serem aferidos, por meio do uso de Paquímetro digital Mitutoyo ®, com as mandíbulas estabilizadas em mesa de aço inoxidável. (Figura 1) descritos na figura 1. No entanto, o primeiro ponto a ser demarcado nesse grupo foi o ponto x3, exatamente 5mm anterior ao bordo anterior do ramo ascendente na região retromolar; os demais pontos foram marcados a partir deste, sempre respeitando 5mm de um ponto ao outro, e o ponto x4 foi localizado perpendicularmente ao ponto X1, mantendo as mesmas medidas no sentido súpero-inferior do grupo I. Os dados do grupo I e II foram analisados do ponto de vista estatístico, por meio de Teste T, para avaliar a presença ou não de diferença estatisticamente significante do ponto de vista de espessura, ao nível de 5% de significância. Resultados As médias dos valores encontrados das mensurações das mandíbulas do grupo I bem como o desvio-padrão de cada ponto medido estão descritos na Tabela 1. As médias e os respectivos desvios-padrões de cada ponto mensurado do grupo II estão descritos na Tabela 2. Em se tratando do grupo I, os valores médios de espessura encontrados foram: x1= 14,48, x2= 14,94, x3=12,82 e x4= 9,41, sendo o ponto de maior espessura média o ponto x2 e o de menor espessura média o x4. No grupo II, os valores médios encontrados foram: x1= 13,38, x2= 13,08, x3= 11,63 e x4= 12,18, sendo o ponto mais espesso nesse grupo o x1, e o menos espesso o x3. Tabela 1 – Média de valores encontrados em cada ponto e respectivo desvio-padrão no grupo I. Figura 1 – Esquema ilustrativo da posição dos pontos X1, X2, X3 e X4 aferidos nas mandíbulas secas. A idade das mandíbulas não foi determinada, no entanto, as mandíbulas totalmente desdentadas foram colocadas em um grupo à parte, para serem analisadas separadamente, levando em conta que geralmente as cirurgias ortognáticas são realizadas em pacientes jovens e dentados. O segundo grupo contou com 22 hemimandíbulas, provenientes de 11 mandíbulas secas. Neste grupo as medidas foram realizadas, utilizando-se dos mesmos pontos Pontos X1 X2 X3 X4 Média 14,48 14,94 12,82 9,41 1,92 1,71 1,71 Desvio- 2,11 Padrão Tabela 2 – Média de valores encontrados em cada ponto e respectivo desvio-padrão no grupo II. Pontos X1 X2 X3 X4 Média 13,38 13,08 11,63 12,18 1,96 1,86 1,30 Desvio- 1,74 Padrão REVISTA BRASILEIRA DE CIRURGIA BUCO-MAXILO-FACIAL V10 N2 P. 43 - 48 Recebido em 10/07/2009 Aprovado em 10/03/2010 se localiza a 7.6 ± 1,68 mm da base da mandíbula neste exato ponto, o qual, é geralmente utilizado para a fixação interna rígida, quando empregada a técnica de “L” invertido por meio de parafusos bicorticais13,15,16,17. 45 No geral, o grupo I apresentou valores maiores do que o grupo II, com exceção do ponto X4 (base mandibular), no qual os valores encontrados no grupo II foram maiores do que o do grupo I. da borda do ramo e região retromolar a de maior espessura óssea e consequentemente melhor área para se realizar a fixação interna rígida por meio de parafusos bicorticais. O coeficiente de correlação simples entre as variáveis do grupo I e II revelou um valor de 0,6194, sendo essa diferença não significante ao nível de significância aplicada de 95%. Sabemos que a osteotomia aliada aos diferentes movimentos que podem ser empregados à mandíbula alteram as distâncias entre os segmentos ósseos; no entanto, julgamos ser válidos trabalhos como este, pois nos dão uma ideia da espessura média óssea das regiões anatômicas mais utilizadas para o emprego da fixação interna rígida após a osteotomia sagital da mandíbula. 46 Monnazzi et al. Avaliação da Espessura da Mandíbula Com Relação À Fixação Interna Rígida em Osteotomia Sagital. Estudo Anatômico Discussão Concordamos com os autores16, 18 que citam o fato de que, muitas vezes, a anatomia do ramo mandibular dos pacientes que são submetidos à osteotomia sagital da mandíbula é relativamente diferentes daquelas encontradas em crânios secos, principalmente devido à idade dos pacientes submetidos à cirurgia, que são, em geral, jovens e ao fato de eles apresentarem, na maioria das vezes, deformidades mandibulares. No entanto, trabalhos dessa natureza servem para nortear a clínica com achados anatômicos, o que, a despeito das possíveis diferenças, pode auxiliar o procedimento cirúrgico. De acordo com o citado por autores19,20, a técnica de fixação interna rígida que usa 3 parafusos bicorticais instalados em posição de L invertido mostrou ser mais efetiva em suportar cargas mastigatórias, levando a mandíbula a uma maior estabilidade e menor estresse mecânico ao redor dos parafusos implantados. Assim, torna-se mais relevante ainda o estudo anatômico da região mandibular a qual irá receber esse tipo de fixação. Conclusões Com relação aos resultados encontrados no grupo I, podemos identificar que os pontos x1 e x2 são os de maior espessura, sendo importante utilizar estes pontos para a realização da fixação interna rígida da mandíbula após a osteotomia sagital. Referências Bibliográficas 1. Edwards CR, Kiely KD, Eppley BL. 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Endereço para Correspondência Marcelo Silva Monnazzi Rua Voluntários da Pátria, 2777/1001 Centro – Araraquara/SP CEP 14801-320 Tel (16) 33366632 – 97823532 E-mail: [email protected]