M I N I S T É R I O D A C U LT U R A A P R E S E N TA : Gols pela Vida Entidade Beneficiada: Apoio: Patrocinadores: Realização: SUMÁRIO o evento música 7 Cultura Acessível 9 Alimentando a Esperança 11 O Evento 12Programação gastronomia 25 27 28 28 29 29 30 30 31 31 32 32 33 33 34 34 17 O Concerto 17Programação 18 Radamés Gnattali 19 Maestro Norton Morozowicz 20 Orquestra Sinfonia Brasil 21Solistas Tesouros Culturais Time Gastronômico Chef Claude Troisgros Chef Carla Pernambuco Chef Celso Freire Chef Charlô Whately Chef Emmanuel Bassoleil Chef Helena Rizzo Chef Ignacio Echapresto Chef Iñaki Aizpitarte Chef Kátia Barbosa Chef Ken Hom Chef Laurent Suaudeau Chef Morena Leite Chef Roberta Sudbrack Chef Rodrigo Oliveira Chef Thomas Troisgros Receitas Inspiradoras 37Barreado 39 Bobó de Camarão (chef Kátia Barbosa) 41 Baião de Dois (chef Rodrigo Oliveira) 43 Moqueca de Siri Mole 45 O Ovo (chef Helena Rizzo) 47 Abóbora: o Ingrediente Eleito 49 Creme de Abóbora e Carne Seca 49 Doce de Abóbora 51 copa gastronômica Momento Família 55História 57 59 Próximas Etapas Causa Nobre EVENTO 7 Cultura Acessível Com o apoio do Ministério da Cultura, o projeto Copa Gastronômica Gols pela Vida tem como objetivo a promoção e difusão da cultura brasileira por meio da música e culinária regional. A Sala São Paulo será palco de uma manifestação cultural na qual música e gastro‑ nomia nacionais estão lado a lado, enaltecendo nosso país. Norton Morozowicz é um renomado regente e flautista paranaense, membro da Academia Brasileira de Música, e tem dirigido as princi‑ pais orquestras do Brasil, como a Sinfônica Brasileira, Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Sinfônicas Municipal e Estadual de São Paulo, Sinfônica Nacional da UFF, Sinfônicas da USP e de Campinas, Jazz Sinfônica de S. Paulo, Sinfônicas do Paraná, Porto Alegre, Goiás e Brasília. Fundou a Orquestra de Câmara de Blumenau e, como seu regente e diretor artístico, levou a orquestra à Europa. O Brasil é caracterizado em sua formação social por experiências históricas muito variadas, sendo constituído por símbolos, valores e rituais que criam múltiplos modos de vida. Difundir nossos bens culturais nos Após o concerto, o público ajuda a preservar o pluralismo poderá saborear a culinária bra‑ da cultura nacional e resgatar a sileira, degustando miniporções, memória de um povo, mostrando a preços acessíveis, enquanto que temos sim por que nos orgu‑ assiste a vídeos que mostram a lhar de ser brasileiros. Esse tipo de história de alguns pratos típicos experiência para o público em geral do Brasil. Além disso, teremos contribui com o empoderamento a oportunidade de assistir a do cidadão, a fruição da cultura e Ety Cristina Forte Carneiro aulas‑show, que serão ministra‑ a formação de plateia. Com este Coordenadora Geral do Projeto das durante o evento por chefs Copa Gastronômica projeto, buscamos promover a de cozinha. inclusão social através do acesso a conteúdos e dinâmicas visando o reconhecimento e valori‑ O Copa Gastronômica Gols pela Vida é um zação da diversidade cultural do nosso país. evento de música e gastronomia que reunirá renomados chefs do Brasil e do exterior, prepa‑ O evento será aberto com a apresentação rando pratos da culinária brasileira. Esse tipo de de um concerto de música erudita brasi‑ evento reforça e ajuda a preservar a memória leira, apresentado pela orquestra de Norton dos costumes brasileiros, difundindo o conheci‑ Morozowicz interpretando Radamés Gnattali. mento da música e da culinária nacional, garan‑ Com o concerto, estaremos democratizando a tindo o acesso do público em geral a culinária e música erudita. música de alto padrão. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 6 EVENTO 9 Alimentando a Esperança toda renda obtida no evento será revertida para o instituto de pesquisa pelé pequeno príncipe, entidade cujo trabalho beneficia a vida de crianças do mundo inteiro O Complexo Pequeno Príncipe Como a pesquisa voltada para o diagnóstico precoce salva vidas mil bebês em todo o Estado; 10 Validação da pesquisa com a aplicação do seu resultado em mil Essas 19 crianças e as outras 609 são convidadas a um amostras; Análise do material coletado, feita no Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe; Uma vez identificado um bebê com a mutação genética, os pais são chamados a trazer a criança para uma consulta, em que são dadas as explicações e feita a repetição acompanhamento clínico corte transversal da glândula adrenal medula córtex glândula adrenal esquerda glândula adrenal direita rim esquerdo permanente, periódico, até os 15 anos de idade, no Pequeno Príncipe ou com médicos em sua cidade de residência, sob orientação do Instituto de Pesquisa e do Hospital Pequeno Príncipe. A partir dos 15 anos, a possibilidade de desenvolver o tumor torna-se muito reduzida. e familiares, apresentam a formação do tumor em fase inicial e são submetidas a cirurgias no Hospital Pequeno Príncipe. Ficam livres de desenvolver uma forma de câncer altamente agressiva; 11 rim esquerdo do teste; Confirmado no segundo teste o resultado positivo, os pais também são convidados a fazer o teste; Caso o teste dê positivo no pai ou na mãe, os parentes com até 15 anos de idade ligados diretamente a ele ou a ela são convidados a também fazerem o teste de DNA; 70 Com meia centena de pesquisas em desenvolvi‑ mento, o Instituto tem contribuições importantes para salvar e melhorar de forma significativa a vida de crianças, adolescentes e adultos acometidos por patologias e acidentes graves. A pesquisa, com os seus resultados, métodos, procedimentos e análises, é tema de projetos de mestrado e doutorado, simpósios e é tratada pelo pesquisador Bonald Figueiredo com seus alunos e orientandos na Pós-Graduação da Faculdades Pequeno Príncipe, onde o conhecimento é debatido e democratizado, para despertar o interesse em outros pesquisadores e gerar ideias de novas pesquisas voltadas para o diagnóstico precoce; 12 R E L AT ÓR I O D E AT I V I DA DE S 2 00 9/ 2 01 0/ 2 01 1 de 176 19 crianças, entre bebês a passar por exames (clínica médica, de hormônios e ecografia ou ultrassom do abdômen) para identificar a existência ou não de formação inicial de tumor; Por meio de pesquisa científica realizada em laboratório, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe desenvolve teste do DNA para identificar a mutação genética nas células do córtex adrenal; Campanha para coleta de uma gota de sangue dos bebês recém-nascidos nas maternidades do Paraná, em parceria com a rede pública de saúde. Entre o final de 2005 e 2007 é retirado material para exame Dos pacientes submetidos aos exames clínicos, 728 poderiam potencialmente desenvolver o tumor. Desse universo, 461 bebês e 601 parentes são convidados 1 3 2 4 5 6 7 9 8 A pesquisa sobre o tumor do córtex adrenal, seus resultados e próximos desafios Assim como a culinária e o futebol são paixões comuns no mundo todo, a pesquisa do Instituto Pelé Pequeno Príncipe, que será beneficiada pelo projeto, também não tem fronteiras – seus resulta‑ dos contribuirão para a melhoria da vida de crian‑ ças e jovens de todo o mundo. O próximo passo: lutar para transformar em Lei estadual uma diretriz que inclua o exame do DNA de toda criança nascida no Paraná no Teste do Pezinho, prevenindo que mais crianças com a mutação genética R337H fiquem sem acompanhamento médico especializado e possam desenvolver tumores. 71 O foco das pesquisas está no apoio à diminuição da mortalidade infanto-juvenil, por meio da busca de novos métodos e produtos para diagnóstico e tratamento nas áreas de biologia molecular, genômica, bioinformática, neuropsicofarmacologia e imageologia. Parcerias do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe no Brasil e no mundo: Universidade de Nice, Instituto de Farmacologia Molecular e Celular de Valbonne e Instituto Pasteur (França); St. Jude Children’s Research Hospital, Universidade da Califórnia e Universidade de Georgetown (EUA); instituições científicas da Itália e Alemanha; Instituto de Física da USP em São Carlos-SP, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e com a Mineropar – Minerais do Paraná S.A., Mengarelli Informática, as Secretarias de Saúde do Estado do Paraná e do Município de Curitiba, além de empresas públicas e privadas e instituições de pesquisa do Paraná. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 8 EVENTO 11 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 10 O Evento Das 11h às 17h o público poderá apreciar as riquezas da música e gastronomia brasileiras. Fique atento às recomendações da programação para aproveitar o evento ao máximo Regulamento • O concerto terá início às 11h na Sala de Concertos da Sala São Paulo. Após esse horário, a organização do evento limitará o acesso do público ao auditório, de maneira a não atrapalhar a performance dos músicos; • O concerto não terá intervalo; • Os assentos para o concerto serão de livre escolha na Sala de Concertos; • A pessoa que não adquirir ingresso para o concerto só terá acesso liberado à feira gas‑ tronômica a partir das 12h; • A entrada na feira gastronômica está condicionada à compra de, pelo menos, uma degustação; • Os ingressos que dão direito às degustações não indicam o nome dos chefs. As degusta‑ ções estão limitadas a 900 unidades por chef participante e não haverá reposição; • As porções servidas no evento são “degus‑ tações” (miniporções), não sendo caracteri‑ zadas como almoço, possibilitando a experi‑ mentação de diversas opções; • A capacidade da sala das aulas é de até 150 pessoas. A fim de respeitar essa capacidade, a organização do evento fará distribuição prévia de ingressos para acesso às aulas de cada um dos 5 chefs, que deverão ser apresentados na entrada das salas. As aulas são gratuitas; • O horário de encerramento do evento é 17h do dia 12 de agosto, domingo; • O evento não fornecerá estacionamento. Seu uso ficará por conta do fornecedor terceirizado da Sala São Paulo e deverá ser pago diretamente à empresa; • As bebidas contempladas nos combos à venda pelo Ingresso Rápido se referem apenas a bebidas não alcoólicas, ficando a venda de bebidas alcoólicas por conta do fornecedor terceirizado da Sala São Paulo; • A Sala São Paulo possui capacidades máxi‑ mas de pessoas por ambiente. Para garantir a segurança dos participantes, essas capaci‑ dades deverão ser respeitadas pela organiza‑ ção do evento. Capacidades dos ambientes: oo oo oo oo oo oo Sala de Concertos: 1.484 pessoas sentadas, incluindo cadeirantes; Hall: 1.000 pessoas; Foyer: 300 pessoas; Salão dos Arcos: 300 pessoas; Estação das Artes: 1.000 pessoas; Salão Nobre: 300 pessoas. EVENTO 13 Concerto da Orquestra Sinfonia Brasil Aulas-show Início às 11h Sob a regência de Norton Morozowicz, a orquestra abre a etapa paulistana da Copa Gastronômica Gols Pela Vida, interpretando composições de Radamés Gnattali. Feira Gastronômica Das 12h às 17h Alguns chefs participantes do evento fazem uma demonstração do preparo dos pratos que assinam na feira. Para acesso às aulas, dirija-se ao quiosque especial na Sala São Paulo para retirar a pulseira, gratuitamente, e informar-se dos horários das apresentações. A lotação de cada apresentação é de 150 pessoas. Baião de Dois 02 Rodrigo Oliveira “Ovo” 05 Helena Rizzo 2º Chef Rodrigo Oliveira 3º Chef Carla Pernambuco 4º Chef Claude Troisgros Entrada Doces Rolinho Primavera de Frango e Tomate Seco 03 Salão Nobre Aulas-Show Cachorro Quente “Nordestino” Roberta Sudbrack 3º ANDAR Ken Hom 04 1º Chef Roberta Sudbrack Salgados Após o concerto, o público está convidado a visitar os corredores da Sala São Paulo, onde, nos quiosques, poderá conhecer os chefs e saborear suas receitas, servidas em mini porções. 01 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA Programação Bolo de Nozes em Sorvete e Calda de Ovos Moles 06 Cocada de Forno Entrada Estacionamento Carla Pernambuco Charlô Whately 07 Moquequinha de Aratu com Farofa de Beiju 08 Morena Leite 10 Minestrone com Lentilha e Cordeiro a Minha Maneira Fondant de Galinha Caipira e Creme de Abóbora 09 Bar Bobó de Camarão Kátia Barbosa 14 13 12 11 06 Hall dos Arcos Laurent Suaudeau Sala de Concertos Hall Foyer 11 Bilheteria Boulevard Linguado com Pirão de Tucupi Claude e Thomas Troisgros 10 09 08 07 05 Emmanuel Bassoleil 12 Lombo de Sardinha Marinado com Pimentão Assado e Escamas de Queijo Ignacio Echapresto 13 Coração de Palmito, Molho de Marisco e Manzanilla Iñaki Aizpitarte 14 Barreado Estação das Artes 01 Hall Principal Bar 12 Bar 04 03 02 Celso Freire TÉRREO Entrada Praça O Time Musical MÚSICA 17 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 16 O Concerto A Orquestra Sinfonia Brasil, sob o comando do renomado maestro Norton Morozowicz, abre a etapa paulistana da Copa Gastronômica Gols Pela Vida. A partir das onze horas, inicia-se a interpre‑ tação de composições de Radamés Gnattali – um dos ícones da música brasileira de concerto e de quem o regente foi amigo. A escolha de tocar Radamés foi minuciosa. O maestro afirma que a música de Gnattali “jamais admitiu barreiras entre o clássico e o popular”. Sua extensa obra vem despertando cada vez mais inte‑ resse, não só por parte dos músicos e da crítica especializada, como também servindo como veí‑ culo de aproximação do grande público à música de concerto. Foi daí que surgiu a criteriosa escolha do autor para a Copa Gastronômica, que traz ao alcance de todos, além da música, o melhor que nossa gastronomia oferece, harmonizados pela solidariedade. Para essa gostosa combinação, nada mais próprio do que a execução do concerto pela Sinfonia Brasil. Criada sob a chancela da Associação Música Brasil – AMB, tem como objetivo principal a divulgação da música de concerto brasileira. Para isso, tornou-se veículo de resgate de obras importantes do reper‑ tório orquestral de compositores nacionais, apre‑ sentadas por músicos brasileiros de grande enver‑ gadura. O público e a crítica aprovam com louvor. Programação Concerto para Orquestra de Cordas – 1971 I. allegro II. tema com variações III. allegro moderato Canção e Dança para Harmônica de Boca e Orquestra de Cordas – 1959 Solista José Staneck I. moderato expressivo II. movido Concerto para Bandolim e Orquestra de Cordas – 1985 dedicado a Joel do Nascimento Solista Marcílio Lopes I. allegro moderato II. adagio III. com espírito Concerto para Acordeom e Orquestra de Cordas – 1977 dedicado a Chiquinho do Acordeom Solista Marcos Nimrichter I. allegro moderato II. adagio III. com espírito (prenda minha) MÚSICA 19 R adamés Gnattali Nascido em Porto Alegre em 27 de janeiro de 1906, Radamés Gnattali iniciou seus estudos de piano com sua mãe. Desde criança, Radamés mostrava uma musicalidade inco‑ mum, ingressando no Conservatório aos 14 anos de idade. Termina seus estudos em 1924 e muda-se para o Rio de Janeiro. Passa a fazer concertos em várias capitais brasileiras, viajando como violista do Quarteto Oswald. Desde então, passa a estudar composi‑ ção e orquestração. Foi contemporâneo de compositores como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e amigo de Tom Jobim, Cartola, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Lorenzo Fernandez e Camargo Guarnieri. É autor do hino do estado de Mato Grosso do Sul. Foi o autor da parte orquestral de gravações célebres, como a do cantor Orlando Silva, para a música Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, ou ainda da famosa gravação original de Aquarela do Brasil (Ary Barroso) e Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro), esta última imortalizada na voz de Dick Farney. São atribuídos a ele cerca de 10 mil arran‑ jos de música, trilhas sonoras para filmes e televisão, além de 600 obras de concerto, entre sinfonias, con‑ certos para os mais diversos instrumentos e música de conjunto para as mais variadas formações. Radamés se mantém um grande exemplo para gerações de músicos, principalmente por ter um horizonte aberto para todos os gêneros musi‑ cais, jamais admitindo barreiras entre o clássico e o popular. Maestro Norton Morozowicz Curitibano de nascimento, o flautista e regente Norton Morozowicz, atualmente Regente e Diretor Artístico da Orquestra Sinfonia Brasil e membro da Academia Brasileira de Música, é, reconhecidamente, um dos mais importantes músicos do país. Orquestra de Câmara de Blumenau, que, sob sua direção, tornou-se referência brasileira de música de qualidade, com abrangência nacional e internacional. Com brilhante carrei‑ ra como instrumentis‑ ta, solista e camerista, apresenta-se cons‑ tantemente ao lado de renomados artis‑ tas nacionais e inter‑ nacionais. Ao lado de Jean Pierre Rampal, fez inesquecível par‑ ceria em memoráveis recitais e concertos. Realizou inúmeras excursões pelo Bra‑ sil, Europa, Estados Unidos e Canadá como flautista-solista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Criou e dirigiu por vá‑ rias gestões o Festival de Música de Londri‑ na; idealizou e dirigiu os Festivais de Músi‑ ca de Câmara de Blu‑ menau e o Encontro Nacional Pequenos & Grandes Artistas em Goiânia. Também foi Professor Titular e Notório Saber da Es‑ cola de Música da UFG (Universidade Federal de Goiás) e Artista Vi‑ sitante da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Como regente, tem dirigido, com pleno sucesso de crítica e de público, as principais orquestras do país, como a Sinfônica Brasileira, Sinfônicas de São Paulo, USP, Campinas, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Salvador, Jazz Sinfônica e Banda Sinfônica de São Paulo, entre outras. Fundou a Com mais de trinta e cinco discos gravados, vem prestando significativa contribuição para a música do nosso país, por estrear, apresentar e gravar, quer como regente, quer como solista ou camerista, obras significativas de composito‑ res brasileiros de todas as épocas. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 18 MÚSICA 21 Orquestra Sinfonia Brasil A Orquestra Sinfonia Brasil, criada sob a chancela da Associação Música Brasil – AMB, possui a proposta de divulgar a música de concerto brasileira, focando em apresentações e gravações de obras com repertório orquestral de compositores nacionais. Criar uma orquestra dedicada pri‑ mordialmente à música de nosso país sempre foi um dos objetivos do maestro Norton Morozowicz, diretor artístico do grupo. A preser‑ vação da memória musical nacional é sua preocupação fundamental, buscando excelência através da exe‑ cução musical primorosa, à altura de nossos compositores. Em sua formação como orquestra de cordas, apresenta-se com vinte e um instrumentistas – doze violinos, quatro violas, quatro violoncelos e um con‑ trabaixo. Para o concerto onde repro‑ duz a obra de Radamés Gnattali, conta também com três renomados solistas e um percussionista. Solistas Violinos I Maria Esther Brandão (spalla) Alexandre Brasolim Betina Stegmann Bettina Jucksch Cristine Marquardt Matheus Souza Violinos II Daniele Girardello Fabiane Nishimori Ferronato Maria Cristina Canestraro Nelson Rios Paulo Augusto Ogura Rafael S. Ferronato José Staneck Desenvolve um estilo próprio onde elementos tanto da música de concerto quanto da música popular brasileira e do jazz se fundem a serviço de uma sonoridade e expressivi‑ dade marcante. “Versatilidade é o que mais se aplica ao gai‑ tista José Staneck... É alguém que verdadeiramente conta em nosso meio artístico”. Carlos Dantas – Tribuna da Imprensa, 2004, Brasil. Violas Emerson Di Biaggi Estela Ortiz Marcelo Jaffé Marcelo Lemos Violoncelos Adriane Savytzky Júlio Cerezo Maria Alice Brandão Roberto Suetholz Contrabaixo Hélio Brandão Marcílio Marques Lopes Estudou composição com o maestro Guerra Peixe e é Bacharel em Composição e Mestre em Musicologia pela UNIRIO. Bandolinista do grupo Água de Moringa e também em outras formações instrumentais, como a Caldereta Carioca e o Quarteto Brasileiro. Percussão Leonardo Gorosito Marcos Nimrichter Pianista, acordeonista, compositor, arranjador, produtor musical e professor. Sua forte atuação como solista e apre‑ sentador, além de incontáveis gravações, faz desse jovem instrumentista um dos mais respeitados músicos brasileiros da atualidade. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 20 O Time Gastronômico “Para mim, não tem maneira mais fácil e gostosa de ajudar, do que compartilhando o meu talento. O Pequeno Príncipe faz um trabalho muito sério e incansável. Tenho orgulho dessa instituição.” Celso Freire “Me identifiquei com o projeto O Pequeno Príncipe e acho muito legal poder contribuir ajudando com o que sei. Acho uma delícia participar de eventos filantrópicos porque acredito que a cozinha é uma ótima forma de interação. Ela nutre e une as pessoas, com sorrisos e carinhos que vêm com a sensação de objetivo cumprido.” Morena Leite GASTRONOMIA 25 Tesouros Culturais Quando nos preparamos para uma viagem, além de pesquisarmos as atrações locais, sempre nos vem em mente a pergunta: onde comer um delicioso prato típico? Um povo é uma complexa formação que se apresenta não apenas pela unidade linguística, histórica ou artística: sua cultura alimentar é reveladora de seu desenvolvimento e se enra‑ íza enquanto patrimônio cultural. É curioso perceber que crescemos ouvindo sobre a sofisticada culinária francesa, e aí, em um evento como o do dia de hoje, nos depa‑ ramos com o contrário: os mestres do velho mundo apostam na nossa tradição culinária, em ingredientes impensáveis para aqueles que vêm de longe e em misturas que só são possíveis no Brasil. Afinal, que outro lugar no mundo possibilitou essa fantástica mistura de paisagens, cores, culturas, aromas, crenças e “jeitinhos”? Essa é uma celebração daquilo que há de mais “nosso”. É saber que num país continental e de tanta pluralidade e regionalidades, o pantaneiro e o praieiro pernambucano podem ter vontade de ir para casa apenas para comer um arroz com feijão feito pela mãe. Dos produtos do sertão, até os provenientes da abundância amazônica, dos pampas ao lito‑ ral baiano, nossa gastronomia se mistura com festas, fé e música, adequando‑se à geografia e influências dos diversos outros povos que nos antecederam. Dos índios, tudo aquilo que envolve a man‑ dioca; da África, o dendê e suas combinações incríveis; dos portugueses, tantas doces lem‑ branças de infância, como o quindim. E assim vai, de estado em estado, se delineando uma cultura alimentar própria, mas que nunca deixa de ter seu traço brasileiro. Para continuar essa comemoração até que a Copa do Mundo chegue, nada mais próprio do que proporcionar à família e amigos momentos assim: conhecendo alguns de nossos preciosos tesouros – que vão do Oiapoque ao Chuí. Mergulhe nessa aventura dos sentidos! CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 24 GASTRONOMIA Chef Claude Troisgros Da França ao Brasil, como um apaixonado por nossos tesouros culinários se tornou padrinho de um projeto nacional, por todas as crianças. Afinal, solidariedade e boa comida nunca encontram fronteiras O nome Troisgros circula no cenário gastro‑ nômico há pelo menos três gerações. A família começou sua tradição na França dos anos 30. Pioneiro, Jean‑Baptiste, o avô, provocou um tumulto no restrito círculo culinário francês ao sugerir vinho tinto para acompanhar peixe. Pierre, pai de Claude e irmão de Jean, foi enco‑ rajado a seguir essa forma inquieta e ilimitada de cozinhar, definida por Jean‑Baptiste como “a capacidade de harmonizar os tesouros da terra”. Os irmãos Troisgros, junto com o grande amigo Paul Bocuse, inspiraram a revolução que até hoje suscita polêmica em todo o mundo: a nouvelle cuisine francesa. O Restaurante Troisgros, em Roanne, França, colocou a pequena cidade no mapa da gas‑ tronomia mundial. Anos depois, como reco‑ nhecimento, a prefeitura da cidade pintou sua estação de trem nas cores rosa‑salmão e verde, em homenagem a uma das principais e revolucionárias criações dos Troisgros: um salmão tostado por fora, mas absolutamente translúcido por dentro, servido com molho de azedinha. Criações como esta logo garantiram ao restaurante as cobiçadas três estrelas do Guia Michelin. Nascido nessa família de alquimistas, não se poderia esperar menos de Claude, um dos grandes nomes da gastronomia internacional, construtor da ponte moderna entre as cozinhas francesa e brasileira. Formado pela Escola de Hotelaria Thonon Les Bains, chegou ao Brasil pelas mãos de Gaston Lenotre, que há 32 anos desbravava a gastronomia carioca com o Le Pré Catalan, onde o jovem chef iniciou sua carreira. Fixou-se no Rio de Janeiro, formou sua família e, apaixonado pelo Brasil, lançou uma nova perspectiva culinária, que se tornou sua marca registrada. Ingredientes e sabores brasileiros, como caju e açaí, se tornaram companheiros fieis de clássicos como o foie gras, o caviar e até mesmo o soufflé. Nos seus 32 anos de permanência no Brasil, Claude Troisgros abriu vários restaurantes e também levou sua cozinha mundo afora: encantou de Mike Jagger e Elton John até auto‑ ridades como o ex‑presidente norteamericano Bill Clinton. No Olympe, no Rio, reconhecido pela crítica inúmeras vezes como o melhor restaurante francês da cidade, serve pratos fascinantes, como o ravioli recheado de mousseline de inhame em molho aveludado de trufa branca, o filé de linguado grelhado com banana e o famoso cheesecake caramelado com calda de goiaba – umas das melhores adaptações do Romeu‑e‑Julieta para o paladar da alta cozinha. Imensamente premiado e prestigiado, apresen‑ tou por 4 anos o programa Menu Confiança, no canal GNT, e atualmente comanda no mesmo canal o “Que Marravilha”, onde prepara recei‑ tas a pedido de telespectadores. Agora, Claude inicia mais uma de suas iniciativas, apadrinhando o projeto Copa Gastronômica Gols Pela Vida, a fim de arrecadar recursos para o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, com sede em Curitiba. Afinal, tem algo mais solidário e delicioso do que saborear uma maravilha em prol de uma causa nobre? 27 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 26 GASTRONOMIA 29 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 28 Chef Chef Carla Celso Pernambuco Freire A gaúcha Carla Pernambuco já anuncia com o próprio nome sua brasilidade. No comando de seus dois restaurantes “Carlota”, um em São Paulo e o segundo no Rio, a criativa chef conquistou seu espaço no meio gastronômico brasileiro, mantendo-se antenada e divertida através de seu blog. Depois de ir para a América e estudar Artes Cênicas, não resistiu e voltou às panelas, formando-se na escola The French Culinary Institute. Trabalhou no restaurante Boom, pas‑ sando também por uma companhia de Catering até retornar ao Brasil. De lá para cá, não deixou o hábito de ter sempre em mãos um caderni‑ nho para anotar novidades e inspirações para seus menus, que se mantêm frescos e criativos. Após formar-se em economia, Celso Freire optou por seguir sua verdadeira paixão: a cozinha. Iniciou sua carreira na cidade natal, Curitiba, e buscou cozinhas pelo mundo afora, até optar por voltar ao Brasil, trabalhando por um bom tempo em São Paulo. Com a carreira já consolidada, retornou ao Paraná e radicou-se definitivamente em Curitiba, onde comandou os restaurantes Boulevard e Guega. O chef sempre veste a camisa da solidariedade, sendo parceiro fiel dos projetos do Complexo Pequeno Príncipe, tendo participado da primeira etapa dos eventos da Copa Gastronômica Gols pela Vida. Chef Charlô Whately Depois de ter passado a infância em meio aos cheiros e gostos de uma fazenda, Charlô foi estudar em São Paulo. Ao ver-se em dúvida sobre que rumo tomar, interrompeu a facul‑ dade para viajar pelo mundo. Após fazer bicos em restaurantes de Londres, descobriu seu dom culinário em Paris. Retornou a São Paulo já com anos de experi‑ ência acumulados e encarou o grande desafio de abrir, em 1992, o Charlô Buffet, atualmente um dos mais requisitados do país, localizado no bairro Butantã. Sem perder as referências da infância, o chef alia sua brasilidade a um olhar cosmopolita. Chef Emmanuel Bassoleil Há 25 anos no Brasil, o chef Emmanuel Bassoleil trouxe de Dijon a experiência e a sofisticação da cozinha francesa. Após a convivência com chefs de renome internacional e nacional, acumulou diversos prêmios, além de fundar a Associação Brasileira da Alta Gastronomia e ser autor de dois livros de culinária. De 2001 para cá, é chef executivo e responsá‑ vel pela gastronomia do hotel Unique e do Skye Restaurante-Bar. GASTRONOMIA 31 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 30 Chef Helena Rizzo Helena Rizzo é gaúcha de Porto Alegre e aos 17 anos optou por seguir carreira culinária, quando deixou a faculdade de arquitetura e se mudou para São Paulo. Lá, estagiou em diversos res‑ taurantes e assumiu a cozinha do Na Mata Café, até decidir mudar-se para a Europa em 2000. Atenta à nossa cultura gastronômica, voltou ao Brasil em 2004 e inaugurou com amigos o Maní, um ambiente tranquilo que proporciona uma cozinha focada em nossos ingredientes, mesclando técnicas variadas com a experiência e influência que adquiriu durante os anos. Chef Ignacio Echapresto Ignacio Echapresto é um jovem chef autodidata. Apoiado pela família, com apenas 18 anos de idade abriu o restaurante Venda Moncalvillo, localizado em sua cidade natal – Daroca de Rioja, na Espanha. De 1997 para cá, o restaurante tornou-se altamente reconhecido e premiado internacio‑ nalmente, e Ignacio iniciou uma nova etapa ao estrear o programa de TV “A palavra da boca”. Chef Iñaki Aizpitarte O jovem chef basco atrai uma multidão de fãs, que o seguem desde o início da carreira por onde quer que passe. Amante de viagens, o cozinheiro autodidata criou uma linha moderna e única de culinária, que contrapõe sabores inusitados, garantindo fantásticos casamentos. Chef proprietário do disputado restaurante parisiense Chateaubriand, Iñaki conta que sempre esteve nos arredores do fogão e que a comida caseira e deliciosa da avó o inspirou. Com um senso de humor apurado, brinca que, caso não fosse chef de cozinha, teria se tornado primeiro-ministro. Chef Kátia Barbosa Kátia Barbosa, ou simplesmente Katita, há 40 anos é uma legítima mistura do Rio com o Nordeste. Filha do casal de paraibanos Ermiro e Sofia, a caçula de nove irmãos transformou seu restaurante Aconchego Carioca, na Praça da Bandeira, numa referência em comida brasileira. Mãe de duas filhas – Bianca e Giovanna —, é autodidata e, além do gosto por livros de culiná‑ ria, adora viajar. É com suas memórias afetivas e andanças pelo mundo que a chef delicia os comensais que lotam seu restaurante todos os dias. GASTRONOMIA 33 CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 32 Chef Ken Hom Filho de chineses, nascido nos EUA, cresceu na cozinha do restaurante oriental do tio. Formou-se em história da arte e entrou em contato com diversas culturas, lembrando sempre de sua paixão culinária. A história de Ken Hom é um verdadeiro conto moderno da cozinha: chegou a dar aulas de culinária italiana por um período, até iniciar seu programa de TV na Inglaterra. Unindo essa pluralidade de raízes e influências, proporcionou o encantamento de todos com a cultura gastronômica oriental, explorando em suas viagens a cozinha de diver‑ sos países e regiões asiáticas. Após diversos prêmios e sucesso internacional, Hom venceu uma importante batalha contra o câncer, que garantiu o início de uma nova fase: agora ele também é embaixador de uma ins‑ tituição voltada à prevenção e conscientização sobre a doença. Chef Laurent SUaudeau Ousado e criativo, Laurent foi um cozinheiro de vocação precoce. Adquirindo experiência com seu olhar apurado dentro das cozinhas francesas, não demorou a demonstrar seu talento para o mestre que o acolheu. Com apenas 20 anos, iniciou seu trabalho ao lado do grande chef Paul Bocuse, no restaurante Collonges-au-Mont-d’Or. Três anos depois, foi convidado pelo mentor para vir ao Rio de Janeiro tocar a cozinha do Le Saint-Honoré. Suas criações inusitadas e sua sabedoria fazem da cozinha de Suaudeau um trabalho de arte, tornando-o um dos gran‑ des nomes da culinária francesa atuantes hoje no Brasil. Chef Morena Leite O envolvimento de Morena Leite com a gastro‑ nomia começou cedo, em Trancoso – cidade onde cresceu. Graças ao sucesso e talento gas‑ tronômico de seus pais, a família pôde investir na criação da Pousada Capim Santo – até hoje tradicional e popular na região. Morena uniu esse histórico familiar à técnica que adquiriu ao estudar na Cordon Bleu, em Paris. Em 1999 deu sequência à carreira, abrindo o Restaurante Capim Santo, hoje localizado no bairro Jardins, em São Paulo. Autora de livros de culinária, a chef vem se destacando cada vez mais com sua cozinha intuitiva, aliando as técnicas francesas a nossos ingredientes e sempre mantendo em mente uma cozinha saudável. Chef Roberta Sudbrack Nascida em Porto Alegre, mas carioca por opção, Roberta é uma chef intuitiva e auto‑ didata que dedicou sete anos de sua carreira ao Palácio da Alvorada. Foi a primeira mulher a orquestrar a cozinha da residência oficial do presidente da República, responsabilizando-se pelos jantares e banquetes destinados às auto‑ ridades brasileiras e estrangeiras que passavam por Brasília durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso. A cozinha de Roberta é capaz de elevar cada ingrediente em possibilidades inesperadas, e o senso de brasilidade de suas receitas reflete um trabalho autoral, criativo, de pura delicadeza e frescor sem fim. Não à toa, dirige o restaurante que leva seu nome e é considerado, hoje, um dos 100 melhores do mundo. GASTRONOMIA 35 Receitas Inspiradoras Barreado Bobó de Camarão (chef Kátia Barbosa) Chef Rodrigo Oliveira Com formação em gastronomia, Rodrigo está há oito anos no comando do premiado restau‑ rante Mocotó, iniciado em São Paulo na década de 70 por seu pai. De lá pra cá, a casa cresceu e o cardápio brasileiríssimo aprimorou-se, apre‑ sentando o melhor da cozinha regional nordes‑ tina do Brasil. Utilizando-se de ingredientes tradicionalmente ligados às delícias servidas no sertão como a tapioca ou miúdos, Rodrigo inova equilibrando e exaltando sabores com técnicas modernas. Orgulhoso com o reconhecimento do público, o chef garante que o sucesso de longo termo da casa baseia-se na hospitalidade, atingida apenas com muita dedicação, talento e paixão. Chef Thomas Troisgros Quarta geração de um clã de chefs que cons‑ truiu boa parte da gastronomia moderna, Thomas iniciou sua trajetória gastronômica pessoal aos 10 anos de idade, quando passou uma temporada na França com o avô Pierre. Onde, guiado pelo mundialmente reconhecido Michel Troisgros, aprendeu a importância e o valor dos ingredientes da terra, o aroma e tex‑ tura dos produtos frescos. Formado pelo Culinary Institute of America, Thomas estagiou em restaurantes renomados até retornar ao Brasil, em 2006, e assumir as cozinhas em parceria com seu pai, Claude. Engajado na pesquisa das raízes da cozinha bra‑ sileira e no melhor aproveitamento de nossos ingredientes, sempre faz questão de destacar essas descobertas em eventos que participa mundo a fora. Baião de Dois (chef Rodrigo Oliveira) Moqueca de Siri Mole O Ovo (chef Helena Rizzo) Creme de Abóbora e Carne-seca Doce de Abóbora CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 34 GASTRONOMIA 37 Barreado Retirada do site da prefeitura de Morretes, Paraná (rendimento: 10 porções) As charmosas cidades de Morretes e Antonina, no litoral paranaense, são um destino gastronômico para centenas de pessoas todos os fins de semana. Foi nessa região que nasceu o delicioso e único “barreado”: numa panela de barro lacrada por uma goma de farinha e água, todos os ingredientes cozinham por horas até que a carne se desfie. A melhor parte é que, como a maioria dos cozidos, requentá-lo no dia após a preparação faz os sabores se acentuarem! Uma delícia brasileiríssima e de fácil preparo. Vamos lá? INGREDIENTES 5 kg de carne (peito e paleta) 300 g de toucinho defumado 3 cebolas grandes picadas 1 cabeça grande de alho moído 1 folha de louro 1 colher rasa de cominho Sal a gosto Pimenta-vermelha e do reino a gosto PREPARO Originalmente, todos os ingredientes eram postos na panela e cozinhavam vedados por mais de um dia. Caso você tenha uma panela de barro, a goma para lacrá-la é a mistura da farinha de mandioca, farinha de trigo e água morna, adicionando o líquido e mexendo até dar liga. Uma boa opção é tentar a receita na panela de pressão, em fogo médio, e deixar que a carne cozinhe até que comece a desfiar facilmente. Corte grosseiramente as cebolas em cubos, prepa‑ rando de igual forma o alho e o toucinho. Com um fio de óleo, deixe as cebolas cozinharem lentamente até começarem a se tornar transparentes. Nesse momento, adicione o alho e então o toucinho picado. Por fim, adicione a carne e cubra-a inteiramente de água. Tempere com as ervas e pouco sal e pimenta – apenas corrigindo no final, se for necessário. Os peda‑ ços de carne deverão se desmanchar; caso necessário, use um soquete (de feijão). Para acompanhar, corte banana em cubos e utilize a farinha de mandioca, que pode ser feita como farofa. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 36 GASTRONOMIA 39 Bobó de Camarão Receita da chef Kátia Barbosa O bobó de camarão é um dos mais populares pratos baianos. Combinação perfeita da influência africana com ingredientes locais, essa delícia é de preparo tranquilo. É curioso saber que grande parte dos negros que vieram ao Brasil eram da costa oeste africana, onde havia as palmeiras de dendê. Aqui, seu uso começou a ser substituído pelo coco e seu leite, proporcionando pratos muito saborosos e que são a marca da culinária da Bahia. INGREDIENTES 15 ml de azeite ou óleo 6 ml de azeite de dendê 350 ml de leite de coco 20 g de alho 100 g de tomate picado sem casca e sementes 100 g de cebola 50 g de pimentão (preferencialmente vermelho) 300 g de camarão médio já limpo 300 g de purê de aipim Um punhado de coentro Caldo de camarão Sal e pimenta PREPARO Cozinhe a cebola até que ela comece a dourar. Nesse momento, acrescente o alho e espere o mesmo cozi‑ nhar junto com a cebola. Quando os dois estiverem dourados, junte os camarões. No momento em que os camarões estiverem rosa‑ dos, acrescente os pimentões, e quando eles já tive‑ rem começado a amolecer, os tomates picados. Adicione o purê de aipim, o leite de coco e o caldo de camarão, para permitir que a mistura fique mais líquida. Por fim, corrija o sal e pimenta e adicione o coentro picado. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 38 GASTRONOMIA 41 Baião de Dois Receita do chef Rodrigo Oliveira (rendimento: 10 porções) Essa tradicional receita nordestina é de origem cearense e comemora a dança folclórica do baião, que originou também a música de Luís Gonzaga. Unindo nossos amados feijão e arroz, o prato é geralmente preparado em conjunto com carne-seca e um gostinho extra de molho de pimenta – o coentro garante o gosto de frescor. É uma deliciosa alternativa para o uso de feijão novo ou do caldo restante de feijão já preparado. Essa fantástica viagem ao sertão vai garantir água na boca de todos na mesa! INGREDIENTES Para o preparo do arroz: 1 kg de arroz 50 g banha de porco 50 g de manteiga-de-garrafa 5 dentes de alho 3 folhas de louro 5 g de colorau Caldo de galinha ou legumes Sal a gosto Preparo Frite o alho na manteiga-de-garrafa e na banha, e antes que doure junte o arroz. Mexa bem e deixe o arroz fritar levemente. Nesse momento, adicione o colorau, o caldo (fervente) e a folha de louro e deixe a mistura cozinhar até que os grãos de arroz fiquem macios (mas sem desmanchar). Reserve. Com o toucinho picado, frite-o levemente em sua próprio gordura. Assim que ele começar a ganhar cor, adicione a linguiça e a carne-seca dessalgada, mexendo por alguns instantes. Reserve. Para a montagem: 1 kg de feijão fradinho cozido e escorrido 300 g de carne-seca dessalgada, cozida e desfiada 150 g de toucinho defumado em cubos 150 g de linguiça defumada em cubos 150 g de queijo-de-coalho 5 tomates em cubos 2 cebolas-roxas em cubos 1 pimentão verde em cubos 50 g manteiga-de-garrafa Coentro fresco Na mesma panela, aqueça rapidamente a cebola, pimentão e tomates. Misture todos os ingredientes e finalize com cheiro-verde e manteiga-de-garrafa, acer‑ tando o sal. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 40 GASTRONOMIA 43 Moqueca de Siri Mole Fonte: Folha de São Paulo Apesar de comumente apreciadas em todo o Nordeste, as moquecas são tipicamente baianas. Não à toa, a versão cinematográfica do clássico “Dona Flor e seus Dois Maridos”, de Jorge Amado, mostra a personagem produzindo esse prato delicioso nas telonas. Se você aprecia o gostinho de siri, vai amar essa receita, que aproveita o crustáceo no tempo da troca da casca. Uma delícia! Ingredientes Preparo 12 siris moles graúdos 2 cebolas grandes picadas 4 tomates grandes maduros e firmes picados 1 molho grande de coentro picado Suco de 1 limão grande 2 pimentas-malagueta maduras 2/3 de xícara de chá de azeite de dendê 1 vidro pequeno de leite de coco Sal a gosto Ferva os siris até que fiquem bem vermelhos. Assim que prontos, esfregue-os em água corrente com uma escovinha dura. Unte uma panela de barro com 1 colher de sopa de azeite de dendê. No fundo da panela, arranje as cebolas e tomates e deixe-os suar (sem dourar, até começarem a liberar os aromas). Junte os siris na panela e regue com o leite de coco, temperado com uma colher de chá cheia de sal. Espere que chegue à fervura, em fogo forte. Abaixe o fogo e cozinhe por 30 minutos. Ao fim, adicione o coentro, limão e pimentas. O ideal é servir com arroz branco. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 42 GASTRONOMIA 45 O Ovo Receita da chef Helena Rizzo (rendimento: 20 porções) Como sabemos, os doces com leite e ovos são tipicamente portugueses. No Brasil, a mistura da tradição lusa se misturou ao coco, que, apesar de vir da Índia, já está por toda a nossa costa litorânea. Agradando dos pequenos aos grandes, a chef nos proporciona uma experiência deliciosa e tipicamente brasileira! SORVETE DE GEMAS ESPUMA DE COCO INGREDIENTES INGREDIENTES 500 g de gemas 500 g de açúcar 500 ml de água 20 ml de Cointreau (licor de laranja) 1 lata de leite condensado 1 lata de leite 1 lata de leite de coco 3 folhas de gelatina incolor PREPARO PREPARO Misture as gemas com a água e o açúcar, levando-os a fogo brando numa panela. Com um fouet (instrumento para bater ovos), mexa sem parar em movimentos “de oito” a mistura, controlando a temperatura com um termôme‑ tro para cozinha até que atinja os 83 °C. Esfrie a massa em banho-maria invertido (água com gelo). Adicione o Cointreau e passe pela sor‑ veteira até estar no ponto desejado. Reserve no congelador. Misture em uma panela o leite condensado, o leite e o leite de coco, até que ferva. Retire a mistura do fogo e acrescente as folhas de gela‑ tina (previamente amolecidas em água e gelo). Esfrie a mistura em banho-maria invertido e reserve na geladeira dentro de um sifão (aqui, podemos também bater a mistura com um pouco de lecitina de soja e tirar a espuma que se forma em cima com uma colher). MONTAGEM Colocar no fundo do prato um punhado de coquinhos caramelizados. Adicionar sobre os coquinhos uma bola de sorvete de gemas. Contornar a “gema” com a espuma de coco. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 44 GASTRONOMIA 47 Abóbora O Ingrediente Eleito Lindas, coloridas e com um infinito de possibilidades de utilização, as abóboras enchem a temporada fria de charme e sabor Muita gente passa pela feira, vê uma abóbora e acha aquilo a coisa mais linda. O que acaba acontecendo é que, justo por haver tanta diversidade e por ela se conservar facilmente e por um bom tempo, não sabemos muito bem o que fazer com elas. Por isso esse produto tão especial foi selecionado por nós para esta edição. Seu formato, cor, sabor e textura par‑ ticular podem ser usados de mil e uma formas: do doce ao salgado, com massas, carnes ou como um principal. Da mesma família que a melancia, chuchu e pepino, a abóbora é original das Américas e fez parte da alimentação de civilizações antigas incríveis e misteriosas, como maias, incas e astecas. No Brasil, etnias indígenas também se utilizavam do gênero para alimentar‑se muito antes da colonização portuguesa. Essa diversidade de espécies criou‑se devido à polinização cruzada, que permitiu uma infi‑ nidade de formatos, cores, gostos e texturas. Justo por isso, cada tipo se adequa mais a cada utilização. As de formato redondo e achatado, como a japo‑ nesa, são geralmente ligadas às receitas salgadas, enquanto as de pescoço longo (frutos maiores), às receitas doces. Independentemente da espé‑ cie, podem ser cozidas, assadas ou refogadas. Rica em beta‑caroteno, ferro e diversos outros nutrientes essenciais para nosso bom funcio‑ namento, a abóbora merece sua atenção após essa leitura. Dicas para a escolha: as abóboras devem apresentar‑se sem brilho. O brilho indica que os frutos foram colhidos muito novos, não garantindo a mesma qualidade de sabor dos maduros. Quando compradas intei‑ ras, devem ser mantidas em local fresco e seco, para melhor conservação. Caso o fruto seja comercializado semiprocessado (sem casca e sementes), assegure‑se de que estava refrigerado. Agora que já temos todas as informações, é hora de partirmos para a cozinha! CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 46 GASTRONOMIA 49 Creme de Abóbora e Carne-seca O creme de abóbora com carne-seca é um prato delicioso e de fácil preparo. Como entrada ou principal, a combinação é deliciosa e merece espaço nesse inverno. Doce de Abóbora Rendimento: 6 porções INGREDIENTES ½ kg de abóbora de pescoço em cubos 3 cravos‑da‑índia Um pedaço de pau de canela pequeno 240 g de açúcar (¾ de xícara de chá) INGREDIENTES 1 kg de abóbora madura 600 g de carne-seca 4 dentes de alho picados 1 cebola grande picada 1 xícara de cebolinha verde picada 3 litros de água Azeite de oliva Opcional: amêndoa em lâminas e creme de leite PREPARO Deixe a carne-seca de molho de um dia para o outro para extrair o excesso de sal. A abóbora deve estar cortada em cubos (sem casca) e ser cozida até que seus pedaços se desfaçam com facilidade. Para garantir mais sabor, você pode refogá‑la com duas colheres de cebola picada e um dente de alho, temperando levemente com sal, pimenta e noz moscada. Após o cozimento, adicione 1 litro de água à panela e reserve. Com a carne já dessalgada, doure o resto da cebola e alho (preferencialmente em panela de pressão). Acrescente a carne-seca desfiada e refogue com os outros temperos. Adicione o restante da água e deixe cozinhar por meia hora. À carne, adicione a abóbora, cebolinha verde picada, um fio de azeite de oliva, e, se quiser, um toque de creme de leite. Para a finalização, lâminas de amêndoa por cima. Bom apetite! PREPARO Em uma panela, coloque a abóbora com o cravo‑da‑índia, ½ xícara (chá) de água e pol‑ vilhe o açúcar sobre toda a abóbora. Cozinhe em fogo baixo, sem mexer, por cerca de 1 hora ou até obter uma calda grossa e transparente. Reserve. SUPERDICA Para acompanhar essa delícia, propomos um delicioso contraste salgado e levemente picante. REQUEIJÃO AROMÁTICO Em uma tigela, misture 1 copo de requeijão cremoso, 1 colher (sopa) de gengibre ralado e raspas de 1 limão e sirva sobre o doce de abóbora cozida. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 48 GASTRONOMIA 51 Momento Família Comida saudável e diversão na mesa: como transformar a refeição, desde o seu preparo, num momento gostoso de troca entre baixinhos e grandões Todos sabem da importância de uma alimen‑ tação saudável. A inclusão de legumes, frutas e verduras na dieta é essencial para mantê-la equilibrada. O principal desafio de cozinhar em casa é transformar bons alimentos em diversão, desejo e, principalmente, hábito para as crianças. Para um começo, vamos lembrar que crianças costumam ser muito visuais; gostam de tons em contraste. Por isso, a montagem de um prato que mescle salada e legumes com outras comi‑ dinhas saborosas pode ser transformada numa obra de arte, e em 5 minutos mãe, pai e filhos fazem daquilo um momento muito especial. Pode parecer complicado, mas fique tranquilo e saiba que existem truques fáceis para que os pequenos vivenciem isso no seu cotidiano. O primeiro passo é se conscientizar de que a iniciativa da mudança parte do adulto. Quando a criança percebe o entusiasmo e a repetição desse cuidado, tudo se tornará mais fluido e fácil à medida que novidades surgirem. Outra dica legal é que o responsável corte os vegetais em formatos divertidos como os de estrela, quadrado ou triângulo, o que não é complicado – existem diversas fôrmas disponí‑ veis no mercado, para criar um maior interesse dos baixinhos por alimentos que geralmente não lhes interessam. Longe das facas e fogo, meninos e meninas devem participar desses encontros sentindo-se incluídos no ritual que envolve a comida, experimentando e sendo sempre instigados a opinar: falta sal? Vamos pôr algum temperinho? A cozinha saudável é um ato de amor, que deve ser iniciado desde o nascimento do bebê. Se isso de alguma forma se dificultou ou ainda não aconteceu, sempre há tempo. Através do preparo, cheirinho, texturas, cores e apre‑ sentação do alimento, seu filho estará sendo cuidado e educado da melhor forma possível. Além da saúde, o momento da troca trará gostosas lembranças. A criança também pode fazer com cartolina um quadro de desenhos e colagens de alimentos importantes no dia a dia, e o mérito dessa ali‑ mentação balanceada virá com estrelinhas que os pais ou responsáveis grudarão em seu calen‑ dário. Ao fim, ela ganha recompensas gostosas, como uma gincana ou ida extra ao cinema ou teatro. A sobremesa também vai fazer parte dessa nova rotina. Uma salada de frutas com um toque de suco de laranja vai garantir que os pequenos peçam mais! Assim se desenrola um delicioso momento em família, que além de educativo, prático e saudá‑ vel, é muito divertido. Bom apetite! CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 50 C O PA G A S T R O N Ô M I C A 55 História Os eventos gastronômicos que beneficiam o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe já têm tradição. Começaram em 2006 com a participação de Ana Camargo e apoio do chef Fabiano Marcolini. Idealizada pelo Complexo Pequeno Príncipe, em parceria com a chef de cozinha Letícia Krause, a Copa Gastronômica é uma maneira saborosa de aguardar a Copa do Mundo de 2014, que ocorrerá no Brasil, valorizando a nossa cultura. Trata-se de uma grande mostra gastronômica, que pretende divulgar os sabores e saberes, bem como o resgate do modo de preparo de pratos típicos da culinária brasileira. Os eventos reúnem chefes de cozinha do Brasil e do exterior, para preparar receitas inspiradas em ingredientes regionais, apresentando-os ao público em um ambiente mesclado com música instrumental brasileira. A primeira etapa da Copa Gastronômica presti‑ giou a sociedade curitibana, que pôde saborear, em primeira mão, uma experiência única e inédita na cidade, proporcionada pelo evento (chef experience). No suntuoso salão do Castelo do Batel, con‑ cebido e decorado por equipe de arquitetos liderada por Jayme Bernardo, os chefes Claude Troisgros, Alex Atala, Celso Freire, Roberta Sudbrack e Flávia Quaresma formaram o time de estrelas responsável pelo deleite gas‑ tronômico devidamente harmonizado com vinhos escolhidos pelo competente sommelier Carlos Feliz. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 54 C O PA G A S T R O N Ô M I C A 57 Próximas Etapas difundindo a cultura brasileira, a copa gastronômica nasceu em curitiba e agora faz um giro pelo mundo, passando por são paulo, paris, nova iorque e rio de janeiro A Copa Gastronômica nasceu em Curitiba, onde, em sua primeira etapa, foi sediada no suntuoso Castelo do Batel. Nesta segunda etapa, para a qual obtivemos o suporte da Lei Rouanet, o evento tem lugar na cidade de São Paulo, nas instalações da bela Sala São Paulo, no Complexo Júlio Prestes, e conta com quinze chefes e concerto da Orquestra Sinfonia Brasil. Nos próximos anos, a Copa Gastronômica faz um giro pelo mundo, difundindo o melhor da gastronomia brasileira nas cidades de Paris e Nova Iorque, passando novamente por Curitiba, até chegar ao Rio de Janeiro, durante a Copa do Mundo de 2014. Paris, outubro de 2012 A terceira etapa ocorre nos moldes dos eventos anteriores, com música instrumental brasileira e cardápio que valoriza ingredientes nacionais. Acontecerá no Cercle de L’Union Interalliée e contará com chefes de cozinha renoma‑ dos. Já confirmados estão os chefs Claude Troisgros, Michel Troisgros, Roberta Sudbrack e Philippe Clergue. Curitiba, abril de 2013 Para sua quarta etapa, o evento volta a Curitiba em abril de 2013, novamente sediado no Castelo do Batel. Além das atrações da noite, estão também contempladas oficinas de gastro‑ nomia brasileira com os pacientes internados no Hospital Pequeno Príncipe, ministradas por chefes de cozinha parceiros. Nova Iorque, setembro de 2013 Em setembro de 2013, a Copa Gastronômica ocorrerá em Nova Iorque, no famoso Gotham Hall, levando a gastronomia e cultura brasileiras ao público estadunidense. Contará também com uma exposição de imagens e workshops que resgatam o modo de preparo de pratos típicos da culinária brasileira. Rio de Janeiro, 2014 O projeto se encerra durante a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, tendo como palco a Cidade Maravilhosa, Rio de Janeiro. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 56 C O PA G A S T R O N Ô M I C A 59 Causa Nobre Toda a renda obtida com os eventos é revertida para as atividades do instituto de pesquisa pelé pequeno príncipe O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, os Hospitais César Pernetta e Pequeno Príncipe e a Faculdades Pequeno Príncipe compõem o Complexo Pequeno Príncipe, instituição man‑ tida pela Associação de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro, entidade sem fins lucrativos. Desde o início de suas atividades, em 1919, o Complexo concentra sua atuação na eficiência técnico-científica e na humanização do atendi‑ mento a crianças e adolescentes. O Hospital Pequeno Príncipe disponibiliza 70% de sua capacidade a pacientes do SUS e oferece mais de 30 especialidades de saúde. O ensino está presente no Hospital desde 1935 e a instituição conta com seu programa próprio de Residência Médica desde a década de 70. Em 2003, formalizou seu braço educacional, com a criação da Faculdades Pequeno Príncipe, que oferece cursos técnicos, de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado. Em 2005, o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe foi criado para desenvolver pesqui‑ sas com a missão de aumentar o percentual de cura de doenças complexas da infância e adolescência. Saiba mais. Entre em contato conosco: [email protected] ou (41) 3310-1087. Doações únicas e continuadas Adote um Leito é um projeto desenvolvido para doações continuadas de pessoas e empresas que querem fazer mais pela saúde. As doações mensais podem ser feitas a partir de R$ 20, através de pagamento de boleto ou débito em conta corrente. Imposto de Renda A mobilização do Imposto de Renda é um benefício que o governo oferece a empresas tributadas por lucro real (1% do IR devido) e pessoas físicas que declaram seu imposto de renda por formulário completo (6% do IR a pagar ou restituir). Seleção Gols pela Vida É um programa para pequenas e médias empresas doarem continuadamente, com o intuito de captar recursos para o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. O projeto ofe‑ rece aos investidores: visibilidade institucional, networking e um Clube de Benefícios especial. Produto Social Os Produtos Sociais são uma forma de engajar empresas e pessoas na causa da saúde infantil. Seu diferencial está na iniciativa dupla que per‑ mite presentear quem recebe o produto e ao mesmo tempo realizar um investimento social, contribuindo para ampliar o atendimento de crianças e adolescentes. CO PA G AS TRO NÔ M ICA : : G O LS P ELA V I DA 58 Expediente Ety Cristina Forte Carneiro Coordenação Editorial: Zá F. Carneiro Textos: Zá F. Carneiro Ety C. Forte Drica Vieira Revisão: Altair Pivovar Projeto Gráfico: Lumen Design Fotos: Amanda Audi Antonella Forte Iacovone Camila Mendes Carolina Pessôa Daniela Costenaro Rodolfo Buher Acervo Sala São Paulo Lina Faria Impressão: Maxigráfica Agradecimentos: Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte desta incrível experiência que é a Copa Gastronômica Gols pela Vida. Notavelmente ao Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, e aos nossos patrocinadores e apoiadodores, com o suporte dos quais este encontro de música e gastrono‑ mia tornou-se uma realidade. Para o Complexo Pequeno Príncipe é uma honra sensibilizar o público acerca da riqueza da cultura brasileira, musical e gastronômica. O suporte de cada um dos envolvidos também se faz presente no estabelecimento de condi‑ ções para o desenvolvimento e manutenção da memória de nossa cultura, instrumentos neces‑ sários para a construção de uma identidade nacional e empoderamento de seu povo. Oficinas culturais com pacientes do Hospital Pequeno Príncipe Coordenação Geral: Entidade Beneficiada: Apoio: Patrocinadores: Realização: