FUNORTE-FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS NÚCLEO NITERÓI-SMILE ODONTOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA AVANÇO MANDIBULAR: SISTEMA RÍGIDO E HÍBRIDO Marina Silva Mendonça Monografia apresentada à FUNORTE Faculdades Unidas do Norte de Minas Núcleo Niterói - Smile Odontologia, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. NITERÓI 2013 FUNORTE-FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS NÚCLEO NITERÓI-SMILE ODONTOLOGIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA AVANÇO MANDIBULAR: SISTEMA RÍGIDO E HÍBRIDO Marina Silva Mendonça Monografia apresentada à FUNORTE Faculdades Unidas do Norte de Minas Núcleo Niterói - Smile Odontologia, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador(a): MARCELO CALVO DE ARAÚJO NITERÓI 2013 FICHA CATALOGRÁFICA MENDONÇA, Marina Silva AVANÇO MANDIBULAR: SISTEMA RÍGIDO E HÍBRIDO, Rio de Janeiro, 2013. ? f. Orientador: Marcelo Calvo de Araújo Monografia (Especialização em Ortodontia - Odontologia) – FUNORTE-NÚCLEO NITERÓI Palavras-chave: Má oclusão de Classe II. Avanço mandibular. Aparelho protrator mandibular. I- Marcelo Calvo de Araújo II- Faculdades Unidas do Norte de Minas -FUNORTE-NÚCLEO NITERÓI III- Possibilidades terapêuticas interceptivas das más oclusões do Padrão III AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. Niterói, ____ / ____/ ______ Assinatura: _______________________________________________ e-mail: [email protected] FOLHA DE APROVAÇÃO MARINA SILVA MENDONÇA AVANÇO MANDIBULAR: SISTEMA RÍGIDO E HÍBRIDO Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de especialista em Ortodontia, à comissão julgadora da FUNORTE- NÚCLEO NITERÓI-SMILE ODONTOLOGIA. Aprovada em ____ / ____ / ___ Banca Examinadora 1) Prof(a). Dr(a): .................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 2) Prof(a). Dr(a): .................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... 3) Prof(a). Dr(a): .................................................................................................... Julgamento: ......................................... Assinatura: ...................................... Resultado: ......................................................................................................... DEDICATÓRIA Dedico este trabalho, em primeiro lugar, aos meus pais, Maria Izabel e Ivan por toda dedicação e apoio na minha formação como profissional. Não fosse a confiança que depositaram em mim não chegaria onde cheguei. Obrigada por tudo sempre. Com grande carinho dedico também este trabalho à minha querida irmã e amiga Débora, seu apoio, incentivo e, acima de tudo, exemplo foram muito importantes na minha vida. Muitíssimo Obrigada! AGRADECIMENTO Agradeço, em primeiro lugar, ao meu orientador e professor Marcelo Calvo de Araújo por sua valiosa orientação durante todas as etapas deste trabalho e pela doação nos ensinamentos transmitidos. Minha eterna gratidão também a todos os professores da Smile que me ensinaram e acompanharam durante esse período, em especial, Fábio Guedes Pinto, Cyro Oliveira, Leonardo Drummond, Leonardo Tavares Camardella e Stella Angélica Gouveia. Obrigada por toda a dedicação, carinho e profissionalismo ao dividir conosco seus conhecimentos. Um agradecimento em especial ao meu grande amigo David Silveira Alencar, pela dedicação, orientação e paciência sempre que eu precisei. Muito obrigada pela amizade e por ser um exemplo de profissional e pessoa para mim. Por fim, agradeço aos meus queridos amigos de turma, que foram essenciais ao longo desses 32 meses, dividindo conhecimentos e tornando o nosso dia-a-dia mais leve. EPÍGRAFE “A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo.” Albert Eisntein (1879-1955) MENDONÇA, M.S. , AVANÇO MANDIBULAR: SISTEMA RÍGIDO E HÍBRIDO , (Monografia para Especialização em Ortodontia). FUNORTE – Faculdades Unidas do Norte de Minas – Núcleo Niterói – Smile Odontologia; 2013. RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar o tratamento da má oclusão Classe II com aparelhos de avanço mandibular rígIdo e hÍbrido. Para isto, utilizou-se uma revisão de literatura relatando vantagens e desvantagens, bem como o relato de casos clínicos utilizando os sistemas rÍgido e hÍbrido. Palavras - chave: Má oclusão de Classe II. Avanço mandibular. Aparelho protrator mandibular. MENDONÇA, M.S. MANDIBULAR ADVANCEMENT: RIGID AND HYBRID SYSTEMS. FUNORTE- Núcleo Niterói – Smile Odontologia.; 2013. ABSTRACT This paper aims to analyze the treatment of Class II malocclusion using rigid and hybrid devices for mandibular advancement. For this, a literature review was made, reporting advantages and disadvantages of each method, illustrated by case reports using rigid and hybrid systems. Key-words: Class II Malocclusion; Mandibular Advancement; Mandibular Protraction Device. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Componentes do aparelho Herbst (Fonte: Capelozza, 2011)..................................................................................................................15 Figura 2- Componentes do aparelho Jasper Jumper e sua instalação no paciente (Fonte: Henriques, 2009)....................................................................15 Figura 3- Aparelho APM/FLF (Fonte: Site apm/flf)............................................16 Figura 4- Aparelho Forsus® 3M Unitek (Fonte: Site 3M)..................................18 Figura 5- Diagnóstico baseado na análise facial (A-D).....................................27 Figura 5- Diagnóstico baseado na análise oclusal (E-I)....................................27 Figura 5- Imagem da radiografia panorâmica (J)..............................................28 Figura 5- Imagem da radiografia lateral da face (K).........................................28 Figura 6- Colagem direta dos bráquetes prescrição II de Capelozza, alinhamento e nivelamento................................................................................30 Figura 7- Instalação do aparelho Forsus® 3M Unitek.......................................31 Figura 8- Fotos intra-orais após a remoção do ® 3M Unitek............................32 Figura 9- Diagnóstico baseado na análise facial (A-C).....................................34 Figura 9- Diagnóstico baseado na análise oclusal (D-F)..................................34 Figura 9- Imagem da radiografia panorâmica (G).............................................34 Figura 9- Imagem da radiografia lateral da face (H).........................................35 Figura 10- Colagem direta dos bráquetes precriçao II de Capelozza...............36 Figura 11- Alinhamento e nivelamento das arcadas.........................................37 Figura 12- Instalação do FLF............................................................................37 Figura 13- Radiografias finais...........................................................................38 Figura 14- Relações faciais mantidas pós-tratamento (A-D)............................39 Figura 14- Tratamento ortodôntico corretivo instituído (E-I)..............................39 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO........................................................................................13 2. REVISÃO DE LITERATURA..................................................................14 2.1 Histórico............................................................................................14 2.2 Aparelhos funcionais fixos................................................................19 2.2.1 Aparelho funcional fixo rígido..................................................20 2.2.2 Aparelho funcional fixo híbrido................................................23 3. CASOS CLÍNICOS.................................................................................26 3.1 Caso clínico 1....................................................................................26 3.2 Caso clínico 2....................................................................................33 4. DISCUSSÃO...........................................................................................40 5. CONCLUSÃO.........................................................................................41 REFERÊNCIAS............................................................................................42 13 1. INTRODUÇÃO Por ser a má oclusão com a mais alta incidência na população, entre todas as etnias, as más oclusões de Classe II são as mais estudadas pelos ortodontistas. Porém ao mesmo tempo que desperta grande interesse clínico e cientifico, gera muitas duvidas e indecisões quanto ao tipo de tratamento que se aplica a cada caso13. Ao avaliar as relações sagitais da Classe II nota-se que esta pode estar relacionada à presença isolada de simples caráter dentário ou à combinação do protrusão maxilar e ou retrognatismo mandibular, sendo que este último é considerado como um dos maiores responsáveis por esta má oclusão15. Dentre as diversas modalidades de tratamentos disponíveis para a má oclusão de Classe II temos o avanço mandibular com protratores, extrações de 2 ou 4 pré-molares, distalizadores intrabucais, aparelhos ortopédicos fixos e funcionais, elásticos de Classe e aparelhos extrabucais. Os aparelhos protratores, atualmente, se tornaram uma opção de escolha em um prevalente número de casos por permitir restrição no arco superior com simultânea vestibularização dos incisivos inferiores necessitando de colaboração mínima por parte dos pacientes. Este trabalho tem como objetivo comparar o sistema rígido com o híbrido com um breve revisão de literatura e o relato de um caso com sistema híbrido com aparelho FORSUS® 3M Unitek e com sistema rígido com aparelho FLF. 14 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Histórico Em 1905, o professor alemão Emil Herbst, no Congresso Internacional de Berlim, introduziu o primeiro aparelho de propulsão mandibular, com o nome de Herbst-Schanier. O ortodontista acreditava ser possível a estimulação do crescimento mandibular através de um dispositivo propulsor de ação contínua21,23. Porém durante décadas, este conceito de avanço mandibular contínuo, permaneceu distante dos meios clínicos e científicos, fato que se deveu principalmente a Ortopedia Funcional dos Maxilares e a introdução de elásticos intermaxilares. Foi o ortodontista sueco, Hans Pancherz, em 1979, que resgatou o aparelho de Herbst (figura 1) na literatura contemporânea e na prática mundial ao chamar a atenção para a possibilidade de estimular o crescimento mandibular com o uso deste aparelho, numa publicação na American Journal of Orthodontics. A partir desse momento o aparelho de Herbst tornou-se muito popular entre os ortodontista, por ser fixo, o que torna o mecanismo Herbst independente da cooperação do paciente, mantendo a mandíbula ininterruptamente projetada durante todas as suas funções e em repouso, fato estimulante no sentido da potencialidade das alterações induzidas. E também apresenta maior aceitação do paciente por ter pouca interferência com a fala e a estética, e por tratar-se de um dispositivo interno. 1A 1B 1C 15 1D FIGURA 1- A) acessórios do aparelho Herbst com o tubo (maxilar), pistão (mandibular), parafusos e roscas, B) tubo com parafuso e pistão com parafuso, C) mecanismo telescópico encaixados nos lados direito e esquerdo, D) aparelho instalado na boca. Estudos de Pancherz, McNamara e Wieslander relataram tanto alterações esqueléticas quanto dentoalveolares com o aparelho de Herbst, porém apresentava desvantagens como rigidez do mecanismo e requerimento de fases laboratoriais complexas¹4. Então, em 1970, Jasper desenvolveu um aparelho funcional fixo novo e mais flexível, o Jasper Jumper (JJ) (figura 2). 2A 2B 2C 2D FIGURA 2- A) Componentes do aparelho Jasper Jumper, B) régua para medição do aparelho, C) aparelho instalado, D) visão lateral do Jasper Jumper 16 No entanto, a inexistência de laboratórios especializados para confecção, o alto custo e a dificuldade de informações sobre a instalação da maioria desses aparelhos motivaram o ortodontista brasileiro Carlos Martins Coelho Filho a desenvolver o Aparelho de Protrasão Mandibular12, o APM, ele que buscava um dispositivo que apresentasse as seguintes características: força distal sobre a maxila; posicionamento mesial da mandíbula; fixo, não dependendo da colaboração do paciente; apesar de fixo e de uso contínuo, permitisse a abertura e o fechamento da boca, a fala e a mastigação eficiente6. O APM tem sido modificado constantemente no sentido de aperfeiçoamento mecânico e aumento do conforto do paciente. Fontão et al. (Fontão 2003) propuseram uma nova opção de aparelho protrator da mandíbula chamado de F.L.F. ( Fontão, Loretti, França), inspirados no APM III criado por Carlos Martins Coelho Filho. A forma de fixação da trava do molar foi a única diferença relevante, porque reduz consideravelmente o tempo de instalação (10 minutos) e facilita a remoção e a reinstalação. 3A 3B 3C 3D FIGURA 3- A) componentes do aparelho apm/flf, B) foto lateral do paciente antes do tratamento, C) aparelho instalado, D) oclusão após o tratamento com o apm/flf. 17 Em 2007, SIQUEIRA et al.25 publicaram sua pesquisa comparando um grupo de 25 pacientes tratados com Aparelho Extrabucal Cervical (AEB) e outro, também com 25 pacientes tratados com Aparelho de Protração Mandibular (APM). O grupo AEB mostrou estatisticamente maior restrição do deslocamento anterior da maxila, melhoria da relação esquelética de Classe II, diminuição da convexidade facial, extrusão e distalização do primeiro molar superior, e extrusão dos incisivos inferiores. O grupo APM teve aumentos estatisticamente maiores no comprimento da maxila, protrusão mandibular, retrusão dos incisivos superiores, deslocamento mesial dos primeiros molares inferiores e protrusão do lábio inferior. Os autores concluíram que o AEB corrigiu a maloclusão de Classe II, principalmente através de uma maior ação sobre as estruturas esqueléticas e dentoalveolar maxilar quando comparado com o APM, que corrige a maloclusão através de uma maior ação sobre as estruturas dentoalveolares mandibulares. O primeiro aparelho Forsus® recebeu o nome de Forsus® Nitinol Flat Spring (FNFS), (figura 4) idealizado por William Vogt em 199918,29 e consistia de lâminas de níquel e titânio revestidas por um plástico transparente instaladas no tubo do molar superior e entre o canino e o primeiro pré-molar inferior10. Em 2002 surgiu o Forsus Resistente a Fadiga com o módulo L-pin, que possuía um pino em forma de L para travar o aparelho no tubo do molar superior28. Para facilitar a instalação do Forsus®, em 2008, a empresa 3M Unitek substituiu o pino em L por um "clipe" com uma trava anti-rotacional que serve para estabilizar o aparelho, passando a se chamar Forsus® resistente a fadiga com o módulo EZ529. 18 4A 4B 4C 4D 4E FIGURA 4- A, B e C) Componentes do aparelho Forsus , D) medição do aparelho com régua e E) aparelho instalado em um modelo 19 2.2. Aparelhos Funcionais fixos Sistemas funcionais fixos têm algumas vantagens sobre os sistemas removíveis. Eles foram concebidos para ser utilizados 24 horas por dia, independente da colaboração do paciente, são menores em tamanho, permitindo uma melhor adaptação a funções como a mastigação, deglutição, fala e respiração18. Devido a grande variedade de aparelhos propulsores mandibulares fixos que propõem a correção da Classe II com retrognatismo da mandíbula promovendo uma alteração postural mandibular, ao posicioná-la para frente, com o intuito de “estimular" o seu crescimento, RITTO22 propôs uma classificação em: Aparelho Funcional Fixo Flexível - AFFF (por exemplo: Jasper Jumper), Aparelho Funcional Fixo Rígido - AFFR (Herbst, APM, MARA) e Aparelho Funcional Fixo Híbrido - AFFH (Forsus®, Twin Force). Em acréscimo, o autor estabeleceu características ideais de um aparelho ortopédico funcional fixo, que são: proporcionar excelente conforto e aceitação aos pacientes e resultados em curto prazo, permitir movimentos mandibulares, ser de simples confecção e instalação, baixo custo e baixo índice de fraturas, sem necessidade de cooperação dos pacientes, que possa ser utilizado de um ou outro lado da boca, indistintamente, e em qualquer fase do tratamento, nas dentaduras mista e permanente22. 20 2.2.1. Aparelho Funcional Fixo Rígido Os aparelhos ortopédicos funcionais fixos rígidos (AOFFR), quando surgiram, eram destinados à correção de Classe II por retrusão mandibular11. Não têm elasticidade e flexibilidade, quando são ativados não permitem ao paciente ocluir em relação cêntrica. O funcionamento do AOFFR baseia-se num mecanismo telescópico que incentiva o reposicionamento à frente da mandíbula quando o paciente fecha a boca. A mandíbula permanece em posição protrusiva 24 horas por dia e a força exercida pelo aparelho é uma força variável postural. Sua principal indicação é para casos de Classe II esquelética, onde é necessário avançar a mandíbula para estimular o redirecionamento do crescimento e harmonizar os defeitos do esqueleto7,21. Diversos autores avaliaram a eficácia desses aparelhos, e os estudos mostraram que os resultados obtidos com a utilização deles são previsíveis5 e excluem um dos maiores problemas do tratamento ortodôntico, que é a falta de colaboração no uso desse acessório. Porém apresentam como principais desvantagens o custo de aquisição dos aparelhos importados, as propensões às quebras e a dificuldade para limpeza e remoção. COELHO FILHO7 desenvolveu o APM com o mecanismo de ação semelhante ao Herbst, destacando-se como principais vantagens a facilidade de construção pelo próprio ortodontista, e o baixo custo; mas por outro lado, apresenta alto índice de quebra e por ser rígido limita os movimentos funcionais de lateralidade, levando a um maior desconforto para o paciente, assim como todos aparelhos ortopédicos classificados como fixos rígidos. 21 Em alguns estudos comparativos, o APM e o aparelho Jasper Jumper, provocaram uma diminuição dos trespasses vertical e horizontal, sendo que o grupo tratado com o APM apresentou diminuição significante do trespasse horizontal em relação ao grupo Jasper Jumper, esses grupos apresentaram também uma extrusão dos molares inferiores11. O posicionamento mais vertical dos molares inferiores não foi significativo no período de nivelamento e alinhamento. Porém, durante o tratamento, há uma relevante extrusão destes dentes, que pode ser provocada pela abertura da mordida posterior no momento que os aparelhos são instalados, mas não nos molares superiores que estariam sofrendo força intrusiva8,20,27. Dentre os efeitos esqueléticos produzidos pelo FLF estão: restrição ao deslocamento maxilar para anterior, harmonização da relação maxilomandibular; otimização do crescimento mandibular segundo o biotipo individual. A distalização dos molares superiores, discreta mesialização dos molares inferiores e lingualização dos incisivos superiores são os efeitos dentários provocados pelo FLF24. A medida IMPA apresenta resultados expressivos estatisticamente nas duas fases estudadas, tanto na fase de alinhamento como na fase restrita ao uso dos aparelho, ou seja, desta forma, os incisivos apresentam uma inclinação significante para a vestibular1. Foi observado efeitos de retroinclinação nos incisivos superiores, devido à força de distalização, promovida pelos aparelhos funcionais fixos, uma vez que são aparelhos dentosuportados3,8,26,31,32. Esperava-se que os aparelhos funcionais fixos fossem capazes de provocar um aumento expressivo do comprimento mandibular, já que o próprio idealizador atribuiu a correção da má oclusão de Classe II a um aumento do crescimento condilar. Entretanto, o tempo de 22 tratamento com estes tipos de aparelhos é bastante curto para que haja um estímulo de crescimento esquelético, mesmo naqueles pacientes na fase do pico de crescimento craniofacial, não existem evidências de sua influência sobre o desenvolvimento mandibular1,8 . Por outro lado na literatura, alguns autores demonstraram um posicionamento anterior da mandíbula16,20,23,30,32. Como contra-indicações desses aparelhos estão pacientes com doenças periodontais ativas, recessão gengival e baixa qualidade de gengiva inserida17,33. O uso em pacientes face longa também é contra indicado, devido ao fato de terem uma sínfise longa e fina 2. 23 2.2.2. Aparelho Funcional Fixo Híbrido Os aparelhos semi-rígidos ou híbridos22 apresentam como principais características um menor índice de quebra e maior conforto para os pacientes. Dentre esses, destacam-se os aparelhos Forsus® 3M Unitek e Twin Force Bite Corrector. Eles representam a combinação de características dos aparelhos funcionais fixos rígidos com aparelhos funcionais fixos flexíveis. Poderiam ser descritos como aparelhos com os sistemas rígidos associados à dispositivos do tipo mola. O objetivo desses aparelhos é mover os dentes pela aplicação de forças elásticas contínuas, que substituem o tradicional uso de elásticos ou de forças extraorais. A característica dos AFFH é o uso de molas em espiral para produzir forças que variam entre 150 e 200 gramas. Outras características incluem a redução da necessidade de cooperação do paciente e a facilidade de instalação do aparelho4,28. Com os aparelhos híbridos o controle do movimento vestibular dos incisivos inferiores também é importante, algumas vezes pode ser necessário recorrer a aparelhos auxiliares de ancoragem. Esses aparelhos podem ser bastante difíceis de serem usados na dentadura mista. O Forsus® 3M Unitek consiste em uma mola ativada por um êmbolo que resiste à compressão intensa, com a função de protruir a mandíbula, promovendo uma correção, principalmente por alterações dentoalveolares, com menores resultantes esqueléticas, e apresenta como principal vantagem o avanço gradual da mandíbula10. Em estudo realizado em 2001, HEINIG e GÖZ10 verificaram que na maioria dos casos a correção da relação molar ocorre por meio da distalização 24 dos molares superiores e mesialização dos molares inferiores. Há uma retrusão dos incisivos superiores e a protrusão dos inferiores, reduzindo trespasse horizontal. No estudo não houve alteração significante na maxila e a mandíbula apresentou um significante aumento no comprimento efetivo. O plano oclusal rotacionou no sentido horário (4,2º) como resultado da intrusão dos incisivos inferiores e molares superiores. Clinicamente, após dois meses alguns pacientes relataram dificuldade de higienização, além da restrição na abertura bucal, porém dois terços dos pacientes preferiram o novo aparelho ao uso da ancoragem extrabucal, aparelhos removíveis ou elásticos intermaxilares. Os autores concluíram que o Forsus® 3M Unitek consiste em um excelente sistema auxiliar para o tratamento da maloclusão de Classe II em pacientes não colaboradores. KARACAY et. al14 avaliaram 48 adolescentes que apresentavam retrognatismo mandibular e padrão de crescimento horizontal ou normal. Os pacientes, aleatoriamente, foram divididos em três grupos: 1. com idade média de 13,6 anos, tratado com Forsus® 3M Unitek Nitinol Flat Spring; 2. com idade média de 14,0 anos, tratado com aparelhos Jasper Jamper; e 3. grupo controle, não tratado, com idade média de 13,8 anos. Telerradiografias laterais e modelos de estudo foram obtidos após a fase de nivelamento e no momento da remoção dos aparelhos. A análise cefalométrica revelou que ambos os aparelhos redirecionaram o crescimento mandibular, com aumento da altura facial anterior e posterior. Incisivos superiores foram extruídos, retraídos e verticalizados, com distalização e intrusão dos primeiros molares superiores. Na mandíbula, os incisivos foram intruídos e protruídos para vestibular, enquanto os molares sofreram mesialização e extrusão. Houve obtenção de 25 relação molar de Classe I, com redução dos trespasses vertical e horizontal, além de melhora do perfil facial. A avaliação dos modelos mostrou expansão dos arcos dentários maxilar e mandibular. Em comparação, os dois mecanismos de tratamento da maloclusão de Classe II promoveram redirecionamento do crescimento mandibular e restrição do crescimento maxilar, maiores alterações dentoalveolares que esqueléticas, inclinação do plano oclusal e expansão das arcadas. Enfim, as alterações esqueléticas, dentárias e de tecidos moles mostraram-se semelhantes nos dois grupos tratados. 26 3. CASOS CLÍNICOS 3.1 Caso clínico 1 A paciente P.S.C. de 22 anos, gênero feminino, raça branca, procurou o tramento ortodôntico para melhorar a estética do sorriso. Na análise facial frontal observou-se uma diminuição do terço inferior em relação ao terço médio, selamento labial ativo, sulco mento-labial marcado e assimetria facial normal ou irrelevante (figuras 5A e 5B). Na avaliação de perfil foi observado linha queixo-pescoço diminuída, depressão infra-orbitária marcada e birretrusão maxilar e mandibular (figuras 5C e 5D). Na avaliação oclusal a relação sagital interarcos do canino era de ½ Classe II do lado direito e Classe II total do lado esquerdo. A relação molar do lado direito acompanhava a do canino, já no lado esquerdo o 1º Molar inferior estava ausente. A paciente apresentava overbite muito aumentado por retro inclinação de incisivos, overjet reduzido,um discreto apinhamento dentário em ambas as arcadas e linha média inferior desviada 3mm para a esquerda (figura 5E-5I). Na avaliação da radiografia panorâmica todos os dentes permanentes superiores estavam presentes, já na inferior os elementos 36, 38 e 48 estavam ausentes, as condições periodontais eram boas (figura 5J). Na avaliação morfológica da radiografia lateral da face obsevou-se ângulo goníaco fechado, a mandíbula curta e os incisivos superiores verticalizados (figura 5K). 27 5A 5B 5E 5C 5D 5F 5H 5G 5I 28 5J 5K FIGURA 5- Diagnóstico baseado na análise facial (A–D) e oclusal (E–I), complementado pelas imagens da radiografias panorâmica (J) e lateral da face (K): paciente adulto jovem, Padrão II com moderada deficiência mandibular, face aceitável. A relação oclusal era de Classe II total do lado esquerdo e ½ Classe II do lado direito, com leve apinhamento em ambas arcadas, desvio de linha média inferior para esquerda e overbite aumentado. 29 Com base nas análises facial e oclusal, que foram complementadas pela análise das radiografias panorâmica e lateral de face, a paciente foi diagnosticada como padrão face curta com birretrusão maxilo-mandibular. Após realização do diagnóstico, foi elaborado o plano de tratamento. A primeira opção apresentada à paciente foi tratamento ortodôntico descompensatório cirúrgico com duplo avanço com rotação horária da mandíbula. A segunda opção apresentada foi tratamento compensatório limitado com resolução da Classe II e fechamento do ângulo interincisivo através de aparelho protrator mandibular híbrido. A paciente optou pela segunda alternativa. O tratamento iniciou-se com a colagem de bráquetes Prescrição Capelozza II em ambas arcadas e bandas com tubos triplos nos molares superiores. Foram realizados desgastes na arcada inferior para alinhar e nivelar evitando protrusão. O alinhamento e nivelamento dos arcos foi realizado com a sequência de fios .016" termo, .016” aço, .018” aço e .020 aço. Em seguida foi instalado .019x.025” TMA que ficou por 60 dias com objetivo de refinamento do nivelamento e alinhamento. Logo após foi instalado .019x.025” aço superior e inferior. Para potencialização do nivelamento a partir do fio .018” de aço foi realizada dobra com degrau vertical no arco superior (figura 6). 30 6A 6B 6C 6D 6E 6F 6G 6H 6I FIGURA 6- Colagem direta do aparelho fixo Prescrição II de Capelozza. Foi realizado o alinhamento e nivelamento com os fios .016" termo, .016” aço, .018” aço, .020 aço, .019x.025 TMA e .019x.025” aço. A relação de cl II foi mantida e ajustou-se o overbite com o aumento do overjet para q pudesse realizar o avanço com protrator Após 20 meses de tratamento foi feita a instalação do Forsus® 3M Unitek, no fio de aço 19x25 (figuras 7A - 7C) visando corrigir a relação de Classe II total do lado esquerdo e ½ Classe II do lado direito, o desvio de linha média inferior e o overjet aumentado, através de sua ações dentoalveolares como mesialização do dentes inferiores, vestibularização dos incisivos inferiores e distalização dos superiores. Nota-se que diferente dos aparelhos funcionais fixos rígidos a paciente não sai da consulta de instalação com a mandíbula protruída (figuras 7D-7G), porque os AFFH atuam através da liberação de forças graduais e contínuas. 31 7A 7B 7D 7E 7C 7F 7G FIGURA 7- Instalação do Forsus. Na consulta de instação o perfil de Padrão II da paciente não se altera (G). A paciente ficou com o aparelho de avanço mandibular durante 7 meses e na mesma consulta em que foi realizada a remoção instalou-se o fio .018” aço superior e inferior com elásticos de Classe II 5/16” médio com indicação de uso contínuo para manutenção da relação de Classe I conseguida pelo Forsus® 3M Unitek (figura 8). 32 8A 8B 8C 8D FIGURA 8- Após 7 meses de uso do Forsus o propulsor foi removido e solicitou-se que a paciente fizesse uso contínuo de elástico de Classe II Na fase de finalização foi solicitada a radiografia panorâmica final para avaliar o posicionamento radicular dos dentes superiores e inferiores. Foram realizados ajustes finais para paralelismo radicular, posterior remoção do aparelho, instalação de placa de contenção de Hawley superior e da contenção 3x3 inferior. . 33 3.2 Caso clinico 2: A paciente L.M. de 22 anos, gênero feminino, raça parda, procurou o tramento ortodôntico para melhorar a estética do sorriso. Na análise facial frontal observou-se uma diminuição do terço inferior em relação ao terço médio, selamento labial ativo, sulco mentolabial marcado e não foi observada nenhuma assimetria facial significativa. Na avaliação de perfil foi constatado que a linha queixo-pescoço estava diminuída, depressão infra-orbitária e sulco mento labial marcados (figuras 9A – 9C). Na avaliação oclusal a relação sagital interarcos do canino era de ½ Classe II do lado direito e Classe I do lado esquerdo. A relação molar do lado direito e esquerdo acompanhava a do canino. A paciente apresentava tanto overjet reduzido e overbite muito aumentado por retorinclinação de incisivos, apinhamento dentário localizado na região de 13, 25 e anteroinferior e linha média coincidente (figuras 9D – 9F). Na avaliação da radiografia panorâmica todos os dentes permanentes superiores e inferiores estavam presentes, sendo que no inferior os elementos 38 e 48 estavam com desvio de irrupção. Foi indicado exodontia dos terceiros molares superiores e inferiores. As condições periodontais eram boas (figura 9G). Na avaliação morfológica da radiografia lateral da face obsevou-se um ângulo goníaco fechado e ângulo interincisivo aberto (figura 9H). 34 9A 9D 9G 9B 9E 9C 9F 35 9H FIGURA 9- Diagnóstico baseado na análise facial (A–C) e oclusal (D-F), complementado pelas imagens da radiografias panorâmica (G) e lateral da face (H): paciente adulto jovem, Padrão curta moderada com face aceitável. A relação oclusal era de Classe I do lado esquerdo e ½ Classe II do lado direito, overjet reduzido, overbite muito aumentado por retorinclinação de incisivos, apinhamento dentário localizado na região de 13, 25 e antero inferior e linha média coincidente. Com base nas análises facial e oclusal, que foram complementadas pela análise das radiografias panorâmica e lateral de face, a paciente foi diagnosticada como padrão face curta moderada, face aceitável. Após realização do diagnóstico, foi elaborado o plano de tratamento. Foi proposto tratamento ortodôntico compensatório primário com resolução da 36 Classe II e fechamento do ângulo interincisivo através de aparelho protrator mandibular rígido. O tratamento iniciou-se com a colagem de bráquetes Prescrição Capelozza II do 2 à 2 no arco superior e 3 à 3 na inferior e bandas com tubos triplos nos molares superiores. Primeiramente foi instalado fio .016” aço no arco superior com alça de protrusão para que fosse criado espaço para os elementos 13 e 25, já na arcada inferior colocou-se fio .016 termo aceitando protrusão (figura 10). Após ter sido conseguido espaço para 13 e 25 foi colocado fio .016 aço com bráquetes em todos os elementos. O alinhamento e nivelamento das arcadas foi realizado com fios .018” aço e .020 aço. Em seguida foi instalado .019x.025” TMA que ficou por 60 dias com objetivo de refinamento do nivelamento e alinhamento. Logo após foi instalado .019x.025” aço superior e inferior (figura 11). 10A 10B 10D 10C 10E FIGURA 10- Colagem direta de bráquete prescrição II de Capelozza, mecânica 4x2 na arcada superior com fio .016” aço e alça de protrusão e 3 à 3 na inferior com .016 niti, aceitando protrusão. 37 11A 11B 11D 11C 11E FIGURA 11- Alinhamento e nivelamento nas arcados com fios .018” aço, .020” aço, depois .019x.025” TMA por 60 dias para refinamento e .019x.025” aço. Após 10 meses de tratamento foi feita a instalação do FLF visando corrigir a relação de ½ Classe II do lado direito, o desvio de linha média inferior e o overjet aumentado, através de sua ações dentoalveolares como mesialização do dentes inferiores, vestibularização dos incisivos inferiores e distalização dos superiores (figura 12). O FLF incentiva o reposicionamento à frente da mandíbula quando o paciente fecha a boca. A mandíbula permanece em posição protrusiva 24 horas por dia, por isso na mesma consulta de instalação o paciente fica com perfil de Padrão I, porém essa condição é transitória, após a remoção do FLF a mandíbula voltará a sua posição original. 12A 12B FIGURA 12- Consulta de intalação do FLF 12C 38 O aparelho de avanço mandibular foi mantido durante 7 meses e na mesma consulta em que foi realizada a remoção instalou-se o fio .018” aço superior e inferior com elásticos de Classe II 5/16” médio com indicação de uso contínuo para manutenção da relação de Classe I conseguida pelo FLF. Após 2 meses foram solicitadas as radiografias finais (figura 13) e a paciente removeu o aparelho fixo depois de 20 meses de tratamento (figura 14). 13A 13B FIGURA 13- A radiografia panorâmica final (A) mostrou paralelismo adequado entre as raízes dos dentes. Na radiografia lateral da face final (B), a compensação sagital dos arcos dentários pode ser observada, com aumento da protrusão dentoalveolar inferior e diminuição da vestibularização dos incisivos superiores. 39 14A 14B 14E 14C 14F 14H 14D 14G 14I FIGURA 14- O tratamento ortodôntico compensatório instituído devolveu as características de normalidade para a oclusão (A-D), mantendo as relações faciais (C-D). As relações oclusais obtidas foram muito satisfatórias, com forte compensação em ambos os arcos (E-I). 40 4. DISCUSSÃO Os aparelhos ortopédicos funcionais fixos têm importante indicação para os pacientes não colaboradores, que necessitam correções sagitais intermaxilares. Em ambos os casos apresentados, tanto o AOFFR quanto AFFH, promoveram, ao fim do tratamento, uma forte compensação dentoalveolar. A correção da Classe II foi conseguida através da protrusão mandibular, lingualização e retrusão dos incisivos superiores, extrusão e protrusão dos incisivos inferiores, deslocamento mesial e extrusão dos molares inferiores, retrusão do lábio superior22. O tempo de tratamento ativo com os aparelhos de protração mandibular foi praticamente o mesmo, cerca de 7 meses. Pancherz e Coelho Filho utilizaram aparelhos fixos para o avanço mandibular em pacientes fora da fase de crescimento, obtendo resultados oclusais satisfatórios, o que tem estimulado outros profissionais, apesar de não ser consenso entre os pesquisadores, devido à imprevisibilidade do resultado final 19. As grandes vantagens desses aparelhos é o fato de trabalharem 24 horas por dia, reduzindo assim o tempo de tratamento, não comprometem a estética, têm boa aceitação por parte do paciente. Devido ao fato de ser um aparelho mais novo, há poucas pesquisas sobre o aparelho Forsus® 3M Unitek, porém quando o comparamos ao FLF percebemos algumas vantagens, apesar de ter um custo mais elevado, a quantidade de emergências é menor, o paciente consegue fazer com mais facilidade os movimento de lateralidade e a mandíbula não fica protruída, esses fatores fazem com que seu uso seja mais confortável para o paciente. 41 5. CONCLUSÃO O FLF e o Forsus® 3M Unitek são um dispositivos intrabucais que visam à correção do erro sagital de Classe II, geralmente são bem aceitos pelos pacientes e de aplicação relativamente simples pelo profissional19. Em virtude desses efeitos predominantemente dentoalveolares, esses aparelhos podem ser utilizados tanto em pacientes em crescimento como em pacientes adultos, que não apresentam mais potencial de crescimento. Os aparelhos funcionais fixos são muito indicados para pacientes não colaboradores com relação de Classe II dentária, porém eles não são capazes de alterar o padrão do paciente, uma vez que ao final o tratamento a mandíbula voltará a sua posição original. 42 Referências Bibliográficas 1. ALMADA, R.O.O.J., G.; OLIVEIRA, A.G.; OLIVEIRA, J. N.; ARAÚJO, E. A. Avaliação cefalométrica das alterações dentárias e esqueléticas promovidas pelo aparelho Jasper Jumper em pacientes portadores de displasia esquelética por retrusão mandibular. Jornal Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial, v. 4, n. 21, p. 194-208, 1999. 2. CAPELOZZA FILHO, L., editor. Diagnóstico em Ortodontia. 1ª ed; 2004. 3. CASH, R.G. Adult Nonextraction Treatment with a Jasper Jumper. J. Clin. Orthod., Boulder,, v. 25, n. 1, p. 43-47, jan. 1991. 4. CHHIBBER, A.E.A., V.44, N.6, P. 363-376, JUN. 2010. Long-term stability of Class II correction with the Twin Force Bite Corrector. 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