FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA CURSO DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA GLAUCIANE CALDAS MENDES RAILSON CRUZ SALOMÂO ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI) BELÉM 2013 GLAUCIANE CALDAS MENDES RAILSON CRUZ SALOMÂO ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI) Trabalho de conclusão de curso apresentado às Faculdades Integradas Ipiranga como requisito obrigatório para obtenção de grau em Radiologia, na tipologia monografia. Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier BELÉM 2013 GLAUCIANE CALDAS MENDES RAILSON CRUZ SALOMÂO ROBSON OLIVEIRA DOS SANTOS A UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÔSTICO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI) Trabalho de conclusão de curso, apresentado às Faculdades Integradas Ipiranga como requisito obrigatório para obtenção de grau em Radiologia, na tipologia monografia. Orientador: Prof. Esp. Stanley Soares Xavier Data: / / Glauciane Caldas Mendes Railson Cruz Salomão Robson Oliveira dos Santos Banca examinadora: __________________________________________________ Orientador: Esp. Stanley Soares Xavier __________________________________________________ Prof. Anderly Pantoja __________________________________________________ Prof.Dirceu Santos DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a Deus, a minha família que sempre esteve ao meu lado me apoiando e me incentivando enfrentar todos os obstáculos que surgiam nesta árdua caminhada, e também aos professores que colaboram para a minha formação acadêmica. (Glauciane Caldas Mendes) DEDICATÓRIA Aos meus pais. (Railson Cruz Salomão) DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente ao meu Deus que sempre segurou em minhas mãos, e a Vocês que acreditaram em mim, ajudando-me a superar todos os momentos difíceis aconselhando e que passei incentivando-me me a continuar, um muito obrigado a minha Família e a minha namorada. (Robson Oliveira dos Santos) AGRADECIMENTOS Á Deus, por ter me dado a vida e por estar comigo ao longo desta árdua caminhada, me ajudando a superar os obstáculos e dando força para seguir em frente. Aos meus pais, João e Jandira, por estarem ao meu lado me apoiando e me mostrando o caminho a seguir. Obrigada pelo carinho e compreensão e por sempre me incentivarem a dar valor aos estudos e por não terem medido esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida. Agradeço também ao meu irmão e a toda a minha família. Obrigada por acreditarem em mim. Agradeço a todos os amigos que direto ou indiretamente estiveram ao meu lado me apoiando, obrigada por entenderem minha ausência ao longo destes três anos, mais isso foi necessário para minha formação acadêmica. Obrigada a todos pelo incentivo e pelo apoio constante, agradeço por acreditarem no meu potencial, nas minhas idéias, principalmente quando nem eu mais acreditava. Agradeço ao orientador Esp. Stanley Xavier pela orientação deste trabalho, muito obrigada por tudo. Agradeço também a todos os amados professores que contribuíram para o nosso aprendizado, assim como também o coordenador do curso. Obrigada a todos pelo convívio, apoio, compreensão e pela amizade. Agradeço também o Esp. Anderly Pantoja, que esteve ao nosso lado nos ajudando para o desenvolvimento deste trabalho, obrigada pelas explicações e pela paciência. E por último, e não menos importante, obrigada aos meus amigos de projeto, Railson Cruz e Robson Oliveira, sem vocês nada disso seria possível. (Glauciane Caldas Mendes) AGRADECIMENTOS À Deus, pela dádiva da vida e por ter ajudado a manter a fé nos momentos mais difíceis. Aos meus pais que com muita dedicação e incentivo me deram forças par que eu continuasse meu curso, que sempre foram amigos, companheiros e confidentes, que hoje sorriem orgulhosos ou choram emocionados, que na tentativa de acertar, cometeram falhas, mas que inúmeras vezes foram vitoriosos e se doaram por inteiro ao renunciar seus sonhos, para que, muitas vezes, eu pudesse realizar meu sonho. A vocês que compartilharam os meus ideais e os alimentaram, incentivando a prosseguir na jornada, mostrando que o nosso caminho deveria ser seguido sem medo, fosse quais fossem os obstáculos. Minha gratidão vai além de meus sentimentos, pois a vocês foi cumprido o dom divino. O dom de ser Pai, o dom de ser Mãe. Aos professores Dr. Claudio Teixeira, Esp. Anderly Pantoja, Esp. Staley Chavies que dedicaram seu tempo e compartilharam suas experiências para que minha formação fosse também um aprendizado de vida, meu carinho e meu agradecimento. O olhar crítico e construtivo de vocês me ajudou a superar os desafios desta monografia, serei eternamente grato. Aos professores Dr. Anderson Raiol e Dr. Antônio Castro do Laboratório de Neurologia Tropical- UFPA, que contribuíram no conhecimento adquirido e a oportunidade dada. Aos meus irmãos, namorada e amigos, que ouviram os meus desabafos, que presenciaram e respeitaram meu silêncio; que compartilharam este longo passar de anos, de páginas, de livros e cadernos; que tantas vezes machucamos; que fez um mundo melhor; que me acompanharam, choraram, riram, sentiram, participaram, aconselharam, dividiram as suas companhias, os seu sorrisos, as suas palavras e mesmo as ausências foram expressões de amor profundo. As alegrias de hoje também são suas, pois seus amores, estímulos e carinhos foram armas para essa minha vitoria. (Railson Cruz Salomão) AGRADECIMENTOS A ti Deus muito obrigado, por esta oportunidade de estar terminando mais essa etapa na vida que o Senhor me concedeu. Aos meus pais que sempre acreditaram em mim, me incentivando a continuar lutando e a nunca desistir dos meus sonhos, ensinaram- me que para ser um homem e preciso ter caráter, humildade e honestidade, e que estes três valores iam me ajudar em toda minha trajetória. Muito obrigado Rui Alves e Elenice de Oliveira e a ti Rodolfo Oliveira meu irmão, por esta oportunidade de fazer parte desta família que eu tanto amo e admiro. Um muito obrigado a todos os professores que no decorrer destes 3 anos, compartilharam suas experiências para o aprimoramento da minha formação, em especial o Prof. Esp. Anderly Pantoja, que não mediu esforços no auxilio deste trabalho. A vocês meus amigos que me apoiaram e me incentivaram a continuar estudando, em especial aos meus amigos de curso Glauciane Mendes, Jessica Gomes, Miriam Lins e Railson Cruz, obrigado pela oportunidade de conhecer vocês e poder chamar cada um de amigo. Não poderia esquecer da mulher que me incentivou a fazer este curso, Fernanda Cordeiro, muito obrigado. Se você não tivesse insistido, hoje eu não estaria terminando este curso muito obrigado minha “Braboleta”.(Robson Oliveira dos Santos) Obrigado por tudo! “Não confunda derrotas com fracasso nem vitórias com sucesso. Na vida de um campeão sempre haverá algumas derrotas, assim como na vida de um perdedor sempre haverá vitórias. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.” Roberto Shinyashiki RESUMO A Ressonância Magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem com a capacidade de diferenciar tecidos, aspectos anatômicos e funcionais do corpo humano. O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) é a principal causa de sequelas com incapacidade psicomotora, decorrente de uma obstrução do fluxo sanguíneo em uma determinada região do cérebro. O objetivo deste trabalho foi avaliar e caracterizar o acidente vascular cerebral isquêmico pelo método de diagnóstico por ressonância magnética. Esta pesquisa foi realizada nos bancos de dados de diversas revistas nacionais e internacionais, indexadas nas bases: SCIELO, PUB MED, LILACS, SCIRUS e BIREME. Foram selecionados dois artigos, três teses de doutorado, dois relatos de caso e um protocolo de diagnóstico por imagem. Cinco destes estudos demonstraram que a RM, quando realizada pelo método da difusão, pode avaliar e delimitar a área lesionada pela doença, permitindo uma melhor caracterização do AVCI. Palavras-chave: Ressonância Magnética; Acidente Vascular Cerebral Isquêmico; Difusão. ABSTRACT Magnetic Resonance Imaging (MRI) is a method of imaging diagnostic with the ability to differentiate tissues, anatomical, and functional aspects of the human body. Ischemic Stroke (IS) is the leading cause of disability with psychomotor sequels, which occurs due an obstruction of blood flow in a particular brain region. The aim of this work was to evaluate and characterize the ischemic stroke by magnetic resonance imaging. This survey was conducted in databases from various national and international journals indexed on: SCIELO, PUBMED, LILACS, Scirus, and BIREME. We selected two papers, three PhD theses, two case reports, and a protocol of imaging diagnosis. Five of these studies have demonstrated that the MRI, when performed via the diffusion method, permits the evaluation and delimitation of the area damaged by the disease, allowing a better IR characterization. Keywords: Magnetic Resonance Imaging; Ischemic Stroke; Diffusion. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 2. OBJETIVOS ...................................................................................................... 15 2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................... 15 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 15 3. METODOLOGIA................................................................................................ 16 4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 17 4.1 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) ........................ 17 4.2 EPIDEMIOLOGIA DO (AVCI) ......................................................................... 18 4.3 FISIOPATOLOGIA DO AVCI........................................................................... 18 4.4 FATORES DE RISCOS ................................................................................... 20 4.5 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO “AVC’i ........................................................................................ 22 4.6 SÍNDROMES VASCULARES .......................................................................... 24 4.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ........................................................................ 26 4.1.1 HISTÓRICO ................................................................................................. 26 4.1.2 INTRODUÇÃO À RESSONÂNCIA ............................................................... 26 4.1.3 PRINCIPIO FÍSICO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ............................... 27 4.1.4 PROTOCOLOS UTILIZADOS NA ROTINA DE CRÂNIO ............................. 30 4.1.5 CARACTERÍSTICA DA DIFUSÃO ............................................................... 31 5. RESULTADOS .................................................................................................. 33 6. DISCUSSÃO ..................................................................................................... 35 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 36 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 37 ANEXOS ............................................................................................................... 41 13 1. INTRODUÇÃO O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) é a principal causa de sequelas com incapacidade psicomotora, isso ocorre devido uma obstrução do fluxo sanguíneo em uma determinada região do cérebro, dependendo do tempo de obstrução do fluxo sanguíneo a área afetada pode ou não ter sua atividade funcional restaurada, no caso do paciente não ter sua atividade normalizada, ele terá sequelas que poderão ser irreversíveis mesmo se o paciente realizar o tratamento fisioterápico regularmente após o AVC’i (LIMA, 2009). A incidência do AVC’i no mundo dobra-se com o passar do tempo, pois a taxa da expectativa de vida populacional sofreu um aumento considerável nos últimos tempos, sabendo-se que cada década após os 55 anos é considerada um fator de predisposição ao surgimento do AVC’i tendo prevalência de 0,5% a 0,7% (PEREIRA, et al., 2009). Em decorrência do índice de pessoas que sofreram AVC’i ter aumentado consideravelmente na taxa populacional, é imprescindível um diagnóstico preciso para evitar as sequelas irreversíveis. Em razão disso, um dos melhores exames radiológicos para se determinar o AVC’i é a Ressonância Magnética (CASTRO et al., 2007) A Ressonância Magnética (RM) é um importante instrumento na avaliação do AVCI, sendo hoje um diagnóstico por imagem em crescente desenvolvimento, devido a sua alta capacidade de diferenciar tecidos, aspectos anatômicos e funcionais do corpo humano. Esta técnica permite explorar os setores funcionais do cérebro que são responsáveis pela memória, linguagem e controle da motricidade (MAZZOLA, 2009). A Ressonância Magnética (RM) possui inúmeras aplicações além da física, como na química, biologia e medicina. Embora a RM tenha sido descrita em 1946, as primeiras imagens do corpo humano só foram possíveis 30 anos depois, devido a complexidade deste método na formação da imagem, a qual ocorre pela interação do forte campo magnético produzido pelo aparelho de RM com os prótons de hidrogênio do corpo humano (MAZZOLA, 2009). A RM é um dos melhores métodos de diagnóstico do AVC’i, visto que possibilita a geração de imagens neuronais e dos aspectos funcionais do cérebro 14 com alta qualidade de visualização, dessa forma o médico poderá visualizar qual foi à área afetada e determinar as complicações que poderão surgir com o passar do tempo, além de poder estabelecer de maneira mais precisa a melhor forma de tratamento a ser seguido pelo paciente (MAZZOLA, 2009). O princípio básico para a utilização da RM é aumentar a janela terapêutica do paciente que sofreu um AVC’i, através da visualização do estado tecidual que se encontra a área afetada. Dois protocolos são utilizados na RM para detectar se o paciente sofreu ou não um AVC’i, produzindo imagens fidedignas de todo o cérebro onde poderá ser visualizada a região afetada pelo AVC’i. Um deles a é difusão, pois auxilia na detecção do core isquêmico, o outro é a perfusão que atua no mapeamento da área de penumbra (VEDOLIN et al., 2009). As técnicas de difusão e perfusão utilizadas em RM revolucionaram o papel da neuroimagem na avaliação do diagnóstico de pessoas com AVC’i, tendo em vista que a análise conjunta destas duas técnicas permite a visualização com clareza da área afetada, tornado assim a RM um método de diagnóstico preciso na detecção do AVC’i (VEDOLIN et al., 2009). 15 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Avaliar e caracterizar o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) pelo método de diagnóstico da Ressonância Magnética (RM). 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Demonstrar as principais características do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) pelo método de diagnóstico da Ressonância Magnética (RM); Avaliar a utilização da Ressonância Magnética no diagnóstico do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i); Demonstrar o melhor método utilizado na Ressonância Magnética (RM) para a detecção do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i); 16 3. METODOLOGIA A proposta metodológica utilizada para a construção desta pesquisa é embasada no pressuposto da revisão de literatura, que teve início em meados do segundo semestre de 2012 prosseguindo durante o primeiro semestre de 2013. Foi pesquisado no bando de dados de diversas revistas nacionais e internacionais publicado, indexados em sites como: SCIELO, PUB MED, LILACS, SCIRUS e na BIREME. Foram estudados diversos livros disponíveis na Biblioteca da Universidade Federal do Estado do Pará – UFPA, entre os livros estudados destacam-se Bogliolo, Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp-Epm, Neter, Princípio Físico e Aplicação em RM, Encéfalo: Os 100 Principais Diagnósticos, Merritt, Tratado de Neurologia e o de Doenças Vasculares Periféricas. Utilizou-se 36 trabalhos dos quais sete foram selecionados, dentre eles três teses, um relato de caso e três artigos, que foram resumidos quanto ao autor, descrição do estudo, tipo e resultados/conclusões. Posteriormente esses resultados foram discutidos e comparados com outras literaturas, com a meta de descrever o papel da ressonância magnético no apoio ao diagnóstico do Acidente Vascular Periférico Isquêmico. 17 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1 DEFINIÇÃO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (AVC) O Acidente vascular cerebral (AVC) é definido como déficit neurológico súbito que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação sanguínea motivado por isquemia (falta de sangue suficiente para uma parte do corpo, devido à obstrução ou constrição de um vaso sanguíneo) ou hemorragia (extravasamento de sangue em uma parte do corpo, devido à ruptura de um vaso sanguíneo) no que resulta no comprometimento da função cerebral (CANCELA, 2008). De acordo com Silva (2007) “O AVC corresponde à lesão cerebral resultante da interrupção aguda do fluxo sanguíneo arterial que pode surgir por uma obstrução do vaso provocada por um êmbolo/trombo (coágulo), pela pressão de perfusão cerebral insuficiente ou pela ruptura da parede da artéria”. A presença de danos nas funções neurológicas ocasionada pelo AVC depende da área e da extensão da lesão, estes danos originam déficit no nível das funções motoras, sensoriais, comportamentais e da linguagem. Os déficits motores são os mais perceptíveis, caracterizados por paralisias completas (hemiplegia) ou parciais/ incompletas (hemiparesia) no hemicorpo oposto ao local da lesão (CANCELA, 2008). O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) equivale a uma redução do fluxo sanguíneo localizado em uma área restrita do cérebro, causada por uma obstrução parcial ou total de uma artéria. A consequência desta interrupção sanguínea interfere nas funções neurológicas dependendo da região afetada. No entanto, se esta diminuição do fluxo sanguíneo na região cerebral for de curta duração, isto é, inferior a 24 horas, a disfunção é considerada reversível e as funções neurológicas afetadas podem voltar a funcionar normalmente, neste caso falamos do Acidente Isquêmico Transitório (AIT) (SOUZA, 2009). Segundo Phipps (2003) “O AIT é um episódio, breve, de déficit que faz remissão sem deixar efeitos residuais”, sendo este um fator de risco extremamente importante, visto que cerca de 1/3 dos indivíduos que são acometidos de AIT poderão sofrer um AVC dentro de cinco anos (MARTINS, 2006). Quando a isquemia 18 persiste por mais de 24horas, o tecido cerebral entra em necrose, podendo instalarse lesões definitivas e irreversíveis na região do cérebro afetada (HABIB, 2000). 4.2 EPIDEMIOLOGIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO (AVCI) O AVC é uma das maiores causas de morte e sequela neurológica no mundo industrializado. Estima-se que aproximadamente 730.000 americanos apresentam um AVC ou recorrência do mesmo a cada ano, existindo uma variação regional da mortalidade relacionada ao AVC no mundo. Nos países em desenvolvimento, 85% das mortes são ocasionadas por AVC e 30% dos AVC’s ocorrem na parcela economicamente ativa da população (SÍRIO-LIBANÊS, 2011). No Brasil, o AVC foi responsável por 10% dos óbitos (90.006 mortes) e 10% das internações hospitalares públicas em 2005, a taxa de incidência do AVC varia entre 137 e 168 por 100.000 habitantes, e os coeficientes de mortalidade por 100.000 habitantes variam de 60 a 105 por ano. Sendo que o AVCI é responsável por 85% dos casos de AVC’s, tendo uma taxa de mortalidade de 10% após 30 dias do mesmo (SÍRIO-LIBANÊS, 2011). O AVC’i é a primeira causa de morbidade e incapacidade prolongada principalmente em pessoas maiores de 65 anos e pessoas com sedentarismo. (EUSI, 2003). Entre os pacientes que sofreram um AVC’i, a maioria apresenta déficit neurológico e necessita de tratamento de reabilitação. Contudo, estima-se que 70% destes pacientes que sofreram um AVC’i e apresentam alguma sequela não retornarão ao seu trabalho mesmo realizando a reabilitação, e 30% dos pacientes com sequela necessitarão de auxilio para caminhar e outras atividades motoras, mesmo após o tratamento de reabilitação. (SÍRIO-LIBANÊS, 2011). 4.3 FISIOPATOLOGIA DO AVC’i A redução do fluxo sanguíneo causa grande diminuição da quantidade de energia obtida de cada molécula de glicose, no entanto, as células necessitam de energia para manter a normalidade de suas funções. E com a diminuição do fluxo sanguíneo nos vasos cerebrais ocorre perda em energia, recorrendo-se ao uso do 19 metabolismo anaeróbico dentro da região afetada pela isquemia. (BOGLIOLO, 2007). Devido ao uso deste metabolismo são produzidos trifosfato de adenosina (ATP) em menor quantidade e há formação do subproduto ácido láctico que afeta o equilíbrio ácido-base do cérebro (BRUNNER, 2012). As células iniciam um processo de disfunção quando há diminuição dos níveis de ATP abaixo do necessário para manter suas funções básicas inalteradas. Sendo que durante a isquemia a quantidade de ATP reduz gradativamente e em razão disso as células perdem suas atividades ou passam a realizar atividades anormais, como por exemplo, no cérebro que ocorre parada da atividade neuronal (BOGLIOLO, 2007). Com a falta de oxigênio, a produção de energia (ATP) necessária à sobrevivência das células neuronais falha, ocasionando uma cadeia de eventos que estão inter-relacionados, e que resultarão na lesão ou morte celular. Sendo que o glutamato (neurotransmissor excitatório), produzido no decorrer do processo isquêmico é uma das principais causas de lesão neuronal, tendo em vista que na ausência de oxigênio os neurônios pré-sinápticos liberam grandes quantidades de glutamato que se liga aos neurônios pós-sinápticos estimulando-os a produzir óxido nítrico (NO) em excesso, um radical livre que se expande e danifica as células próximas (SNELL et al, 2006). Além disso, atua sobre os receptores das células nervosas, pois a concentração elevada de glutamato no meio extracelular produz um fluxo de cálcio que ativará enzimas atuantes na digestão das proteínas das células. Este fluxo de cálcio também pode levar ao mau funcionamento das mitocôndrias que produzirão enzimas digestivas responsáveis pela morte celular por apoptose (SNELL et al, 2006). Com a perfusão menor que 10 a 12 ml/100g/min do fluxo sanguíneo devido a ocorrência do AVC’i, a oxigenação e a despolarização da membrana da célula neuronal diminuem, favorecendo falha na homeostase da célula, a qual é caracterizada pela alteração da bomba de NA+ e k+ que aumentará o seu fluxo de NA+ para o meio intracelular, acompanhado de H2O. Se este fluxo errôneo não passar do limite de reversibilidade da célula neuronal ela poderá voltar a ter sua atividade de funcionamento normalizada, entretanto, se este limite for rompido, a 20 célula neuronal será levada a morte, por conter uma quantidade excessiva de H2O no seu meio intracelular ocasionando sua lise (SZEJNFELD et al., 2008). 4.4 FATORES DE RISCOS O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC’i) depende de diversos fatores para ocorrer, existindo parâmetros que os classificam em fatores de riscos modificáveis e não modificáveis (Tabela 1). Os fatores modificáveis são todos aqueles que o homem pode alterar, tanto com substâncias químicas ou físicas, como Hipertensão Arterial, Etilismo e outros. Já os fatores de risco não modificáveis, são todos os fatores que a pessoa adquire no decorrer de sua vida e são impossíveis de sofrerem alterações por medicamentos ou outros métodos de intervenção, dentre eles, a Idade, Sexo e outros (PADILHA, 2001). TABELA 1: Fatores de riscos para (AVC’i). MODIFICÁVEIS NÃO MODIFICÁVEIS Hipertensão Arterial Sistêmica Idosos Tabagismo Sexo Diabetes Mellitus Raça Dislipidemia Histórico familiar de AVC’i Sedentarismo Fibrilação Auricular Obesidade Genético Contraceptivo oral Alcoolismo FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013. Os fatores citado nesta tabela, são os principais motivos para a ocorrência do AVC’i, tendo em vista que os mesmos contribuem de formas diferenciadas uns dos outros, como: Hipertensão Arterial: é quando a pressão do sangue no lúmen do vaso tornase desregulada, aumentando a pressão na corrente sanguínea, podendo ocasionar o rompimento de um vaso no cérebro e provocar o acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC’h) (ANDRE, 2006). 21 Diabetes Mellitus: Com a elevação do nível de glicose no sangue o risco de AVC’i (ANDRE, 2006). Dislipidemia, sedentarismo e obesidade: Esses fatores estão diretamente relacionados à predisposição de sofrer um AVC’i, podendo havendo uma ligação entre estes fatores. (ANDRE, 2006). Contraceptivo Oral: Estudos realizados mostram que mulheres usuárias de anticoncepcionais, apresentam alto risco para AVC’i. Relacionando-se também com outros fatores como: tabagismo, hipertenção arterial. (FERRO, 2000). Tabagismo: O tabaco é uma das substâncias que aumentam o risco de acidente vascular cerebral isquêmico em seus usuários. E mesmo para um ex-tabagista o risco de AVC’i permanece alto (FERRO, 2000). Alcoolismo: O álcool também é um fator de propensão à incidência do AVC’i, por favorecer alterações no organismo do ser humano, elevando o índice de ocorrência AVC’i (FERRO, 2000). Os fatores não modificáveis são todos que estão relacionados aos genéticos, os quais são: Idade: A predisposição para o AVC’i aumenta com o avanço da idade, e com o passar dos anos de cada pessoa o risco pode sofrer alterações (PHIPPS, 2003). Sexo: Em relação à mulher, o homem tem uma predisposição maior ao AVC’i por diversas características, como a alimentação, métodos de prevenção de doenças cardíacas e outros (PHIPPS, 2003). Raça: As pessoas da raça negra em relação às pessoas da raça branca, tem uma propensão maior de desenvolver processos trombolíticos e serem acometidas por AVC’i (PHIPPS, 2003). Histórico Familiar de AVC’i: o histórico é importante para que haja um cuidado maior, tendo em vista a carga genética de diversas características que predispõe o AVC’i, como hipertensão, diabetes e outros (RUBATTU,1999). 22 Fibrilação Auricular: a fibrilação aumenta com o passar dos anos, acentuando-se em indivíduos com mais de 50 anos, sendo o aumento da fibrilação uma predisposição para o AVC’i. (KENNEL,1998) Genético: Estudos mostram que há uma predisposição elevada ao AVC’i quando os pais apresentam fatores do AVC’i, não podendo ser modificado e sendo repassados de geração em geração, ocorrendo aumento de uma geração para a outra (ANDRE, 2006). Para uma melhor distribuição das características dos fatores de risco foi criada uma nova classificação: o fator de risco potencialmente modificável, que está contida no fator de risco modificável, como exemplo: alcoolismo e tabagismo. 4.5 CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO “AVC’i” O AVC’i pode acometer o desempenho funcional e apresentar diversas consequências, como nas relações pessoais, familiares, sociais e qualidade de vida (TERRONI et al., 2008), sendo que 50% das pessoas que sofreram um AVC’i adquiriram deficiências permanentes (PANTANO et al., 2008). Neste sentido, o AVC’i é considerado uma das principais causas de incapacidade entre os adultos (CAROD-ARTAL et al., 2000). As funções dos membros superiores são os mais comprometidos em pacientes que sofreram um AVC’i, limitando a atividade diária do paciente (NAKAYAMA et al, 1994). O AVC’i causa sequelas graves, que incluem vários graus de paresias, hemiplegia, problemas de fala, alteração na visão e perturbações de memória, entre outros (OLIVEIRA et al., 2003). Do cérebro são enviados sinais de estímulos para todo corpo como, por exemplo, sinais para que ocorra o movimento muscular das pernas, braços, face e outros. Ao acontecer um AVC’i a irrigação que nutre o cérebro torna-se insuficiente e ineficaz, isto ocasionará uma lesão que dependendo da artéria do círculo de Willis que for afetada, causará uma sequela no lado oposto do corpo: a hemiplegia, considerada como paralisação de um lado do corpo, caracterizada como perda do tónus muscular, devido a lesões nos neurônios motores e a afasia, evidenciada pela perda da capacidade da linguagem. (LIMA, 2009). 23 As consequências da doença podem apresentar três fenômenos de natureza diferente: a deficiência, a incapacidade e a desvantagem também chamada de handicap. (MARTINS, 2002). O AVC’i pode causar deficiências de vários níveis no individuo, as quais “significam perturbações, temporárias ou permanentes no nível de um órgão ou função (fisiológica, anatômica ou psicológica) que mudam o corpo, a aparência física” (MARTINS, 2002, p. 55). A incapacidade abrange os comportamentos e as atividades no cotidiano da vida: locomoção, destreza, restrição da atividade, comportamento geral, postura corporal, comunicação e cuidado pessoal (MARTINS, 2002). A desvantagem é definida como um impedimento sofrido, resultado de uma deficiência ou de uma incapacidade, que impede o individuo, de exercer uma atividade considerada normal (LIMA, 2009) As deficiências podem ser neuropsicológicas (percepção, atenção, intelectuais, concentração, memória, linguagem, humor, etc.), músculo esqueléticas, sensitivas ou motoras. As deficiências motoras na face são as mais frequentes, originando paralisias e perturbações da expressão facial e da postura, devido à espasticidade (MARTINS, 2002). A oclusão de diferentes artérias cerebrais pode gerar síndromes vasculares dependendo da artéria cerebral envolvida (Figura 1): 24 Figura 1. Principais artérias cerebrais formando o Círculo de Willis. FONTE: Netter, 2011 4.6 SÍNDROMES VASCULARES O sangue chega ao cérebro através das artérias vertebrais e das artérias carótidas internas que se comunicam através do Polígono de Willis. Este é uma anastomose arterial que fornece o fluxo sanguíneo para os hemisférios cerebrais, sendo formado pelas artérias cerebrais anteriores e posteriores, artéria comunicante anterior e posterior e pela carótida interna. Estas artérias possuem paredes muito tênues, o que as torna vulneráveis a hemorragias. A artéria cerebral mais comumente acometida por AVC é a artéria cerebral média (HABIB, 2000). A oclusão de diferentes artérias cerebrais origina síndromes vasculares (com os seus sinais clínicos) específicos e características, de cada artéria cerebral envolvida (Tabela 2). 25 Tabela 2. Principais artérias cerebrais e suas complicações recorrentes de suas oclusões. Artérias Síndromes Clínicas .Hemiparesia contralateral, mais acentuada no membro inferior; Artéria Cerebral Anterior .Perda sensorialcontralateral; .Alterações do funcionamento esfincteriano anal e vesical; .Manifestações mentais, que são mais nítidas e estáveis se o AVC for bilateral; .Alterações do comportamento, se o AVC do lobo frontal for intenso. .Afasia (quando o hemisfério dominante é lesado); Artéria Cerebral Média .Hemiplegia e/ou hemiparesia contralateral, mais acentuada na face e membro superior; .Hemianopsia homônima; .Hemihipostesia; .Apraxia; .Alexia. .Síndromes sensoriais talâmicos; Artéria Cerebral Posterior .Alterações de memória (lesão bilateral); .Hemianopsia homônima; .Síndrome de Anton; .Cegueira cortical, provocada por lesão bilateral dos lobos occipitais associadas àgnósia; .Dislexia sem agrafia; .Hemiplegia fugaz; .Ataxia. Artéria Carótida Interna .Hemiplegia contralateral com hemipostesia e afasia (quando o hemisfério cerebral dominante é lesado); .Isquemia retiniana com obnubilação ou perda da visão do olho homolateral; .Inconsciência no momento da oclusão; Nota: 40% dos doentes com oclusão da artéria têm, antes do AVC definitivo, ataques isquêmicos transitórios. .Hemiplegia contralateral ou tetraplegia; Artéria Basilar .Paralisia facial; .Disartria e disfagia; .Síndrome de Hormes homolateral; .Perda de consciência e presença de vertigem. Artéria Vertebrobasilar .Sinais de lesão de nervos cranianos e de conexões cerebelosas homolaterais com sinais sensitivos e motores contralaterais; .Síndrome de Weber (lesão localizada nos pedúnculos cerebrais); .Paralisia homolateral de nervo óculo-motor comum; .Hemiplegia contralateral. FONTE: CANCELA 2009 26 4.1 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 4.1.1 Histórico As pesquisas iniciais em imagem por Ressonância Magnética (RM) foram feitas pelo Dr. Raymond Damadian. Lauterbur e Mansfield apenas aperfeiçoaram as técnicas. A imagem por RM permite o exame não invasivo do corpo humano, sem o uso de radiação ionizante. O fenômeno físico envolvido no processo – a emissão de sinais de radiofrequência quando átomos sofrem a ação de um campo magnético fortíssimo – foi descoberto na década de 1930. Pela descoberta, Felix Bloch e Edward M. Purcell ganharam o Prêmio Nobel de Física de 1952. Na década de 1940, descobriu-se que o tempo de resposta dos átomos excitados pelo campo magnético varia bastante dependendo do material que estiver sendo examinado. Em 1970, Damadian descobriu que a RM poderia ser usada como instrumento diagnóstico através de estudos com tecidos cancerosos em ratos, que exibem sinais mais longos do que os de tecidos sadios. Concluiu-se que as diversas patologias afetam a duração dos sinais de maneiras diferentes (TUOTO, 2006). Em 1971, o químico Lauterbur aperfeiçoou a descoberta de Damadian, criando a técnica dos gradientes que está em uso até hoje. Mais tarde, o outro Laureado, o físico Mansfield mostrou como os sinais da RM poderiam ser processados matematicamente usando a transformada de Forrier para a geração de uma imagem tridimensional. Em 1973, Lauterbur apresentou ao mundo a primeira imagem por RM de um organismo vivo – um molusco coletado por sua filha nas praias de Nova York. Damadian foi o primeiro a reconhecer a aplicabilidade da RM no diagnóstico médico, enquanto Lauterbur e Mansfield foram os responsáveis pela implementação funcional da RM. Pois vários profissionais como Químicos, Físicos, Matemáticos e entre outros, que criaram e desenvolveram técnicas para o aprimoramento em Ressonância Magnética (TUOTO, 2006) 4.1.2 Introdução à Ressonância A ressonância magnética (RM) é um método diagnóstico multiplanar, não invasivo que se utiliza das propriedades dos núcleos de hidrogênio presente nos tecidos do corpo humano, e que serão associados a pulsos de radiofrequência, formando assim imagens milimétricas do corpo. Hoje a RM é considerada um 27 método diagnostico que está em constante desenvolvimento devido a sua grande capacidade de diferenciar tecidos, tanto partes moles como partes ósseas, e também auxiliar no diagnóstico de todo tipo de patologia (MAZZOLA, 2009). 4.1.3 Principio Físico da Ressonância Magnética A formação da imagem por ressonância magnética (IRM) ocorre através da interação do campo magnético gerado pelo equipamento juntamente com os prótons de hidrogênio presente nos tecidos humanos, onde normalmente estará em rotação (spin). Essa interação cria uma condição para que seja enviado um pulso de radiofrequência (RF), o qual será modificado através de uma bobina gerando um sinal que será processado e convertido em uma imagem (MADUREIRA et al., 2010). No cérebro, é possível diferenciar os sinais emitidos pela substância branca e cinzenta, essa diferenciação permite detectar alterações anatomopatológicas. No corpo humano todos os núcleos atômicos possuem um campo magnético fazendo com que eles se comportem como pequenos imãs, que irão interagir com o campo magnético principal do aparelho de RM (MADUREIRA et al., 2010). O tecido humano é composto por diversos átomos como: hidrogênio, oxigênio, carbono, fósforo, cálcio, flúor, potássio, nitrogênio, entre outros. Com exceção do hidrogênio os átomos acima possuem em seu núcleo prótons e neutros. Embora eles apresentem propriedades para que seja usado na RM, o núcleo de hidrogênio é o escolhido para as avaliações das IRM, devido ser o mais abundante no corpo humano, por possuir uma maior resposta a um campo magnético aplicado, e por apresentar um maior momento magnetico (MAZZOLA, 2009). O átomo de hidrogênio, assim como os outros átomos, é uma partícula carregada positivamente que possui uma propriedade chamada spin, que é o movimento de giro em torno do seu próprio eixo. Além de outra propriedade chamada de momento magnético, fazendo com que ele se comporte como um pequeno imã. Toda partícula carregada em movimento gera um campo magnético (MAZZOLA, 2009) (Figura 2). 28 Figura 2. Movimento do átomo de hidrogênio. (MAZZOLA, 2009) Ao posicionarmos um paciente no interior do magneto ele ficará sobre a ação de um campo magnético onde as partículas de hidrogênio presente no seu corpo serão alinhadas de acordo com o campo magnético principal (B0), os prótons de hidrogênio sobre a ação deste campo irão sofrer um alinhamento onde a minoria dos prótons de baixa energia (spin up) se alinha na mesma direção do Bo e a maioria aponta antiparalelamente ao campo Bo (down) (MAZZOLA, 2009) como mostra a Figura 3. Figura 3. Prótons de hidrogênio sob ação do campo magnético externo aplicado. (MAZZOLA, 2009) Sob a influência do campo magnético principal o vetor de magnetização efetiva (VME) apresenta uma rotação adicional em torno do seu eixo, essa rotação secundaria chamamos de precessão. Este movimento pode ser comparado ao movimento de um pião. O número de movimentos de precessão na unidade de 29 tempo é denominada de frequência de precessão e a unidade da frequência de precessão é o megahertz (MHz). Um Mhz equivale a um milhão de ciclos por segundo. . Na figura 4 podemos observar os eixos das coordenadas (x, y e z) e o vetor que representa o momento magnético do próton de hidrogênio realizando o processo de precessão em torno do eixo z (MAZZOLA, 2009). Figura 4: Eixos de coordenadas usados em IRM e vetor momento magnético (µ) associado ao próton de hidrogênio. (MAZZOLA, 2009). O valor dessas freqüência de precessão é calculado pela equação de Lamour. fp = ωο= Bοxγ Onde: Bο= Potência do campo magnético γ= Razão giromagnética constante γH = 42,57 Mhz/T Depois que o objeto é exposto a uma perturbação oscilatória que tem uma frequência próxima ou igual a sua frequência natural de oscilação ocorre o fenômeno da ressonância. Contudo, para atingir a ressonância é necessário que ocorra uma doação de energia igual a sua freqüência de precessão (MAZZOLA, 2009). Ao ocorrer a ressonância o vme se afasta do alinhamento em relação ao Bo formando um ângulo geralmente de 90°, o ângulo formado entre o VME e o plano 30 transverso chamamos de flip angle, a magnetização desse ângulo depende da amplitude e duração de radiofrequência. O sinal da ressonância magnética é produzido quando uma magnetização em fase passa pela bobina, essa bobina ao ser colocada em um campo magnético em movimento induzirá uma voltagem, produzindo o sinal da RM (MAZZOLA, 2009). O retorno do VME acontece após o desligamento do pulso de radiofrequência (RF), mas para que isso ocorra o VME precisa perder energia, e essas perdas de energia chamaram de relaxamento. O relaxamento nada mais é do que a recuperação do plano longitudinal e o declínio do plano transverso (MAZZOLA, 2009). 4.1.4 Protocolos Utilizados na Rotina de Crânio Na rotina para estudo do crânio é usado as sequências abaixo, sendo que para a avaliação do AVC’i é acrescentada a técnica de difusão. Survey 3P Axi flair Sag T1 Axi T2 Axi gradiente Axi difusão Cor T2 Axial Flair FLAIR (Fluid Atenuated Acquisition in Inversion Recovery). IR com TI de 2200 ms, é bastante utilizada em neuro pois anula o líquor evidenciando lesões hidratadas, edemas citotóxicas e vasogênicos (Anexo, Imagem 1). Sag T1 Serve como imagem de planejamento para as demais séries e é muito útil na avaliação de metástases da calota craniana, e tem a capacidade de demonstrar o líquor em hiposinal (Anexo, Imagem 2). 31 Axial T2 Apresenta alta sensibilidade para grande parte das patologias cerebrais, com capacidade de demonstrar hipersinal dos líquidos (Anexo, Imagem 3). Axial gradiente Utilizado para verificar lesões com presença de calcificações, sangue e seus derivados, além de evidenciar manipulações cirúrgicas antigas (Anexo, Imagem 4). Coronal T2 Tem as mesmas características do Axial T2, e é útil na caracterização das patologias nesse plano (Anexo, Imagem 5). Axial Difusão Ocorre a capitação da movimentação das moléculas de água, com o objetivo de observar a difusão extracelular da água (Anexo, Imagem 6). 4.1.5 Característica da Difusão A difusão descreve o movimento aleatório que as moléculas sofrem devido a sua energia térmica intrínseca. Ela estuda o movimento molecular da água na escala celular, o seu coeficiente de difusão é medida mm²/s, relaciona o movimento médio quadrado com tempo de observação indicando moléculas de água mais móveis. O coeficiente de difusão aparente (ADC) caracteriza o movimento da água (MAAS et al., 2005) Para executar estudo de difusão precisamos primeiro aplicar gradientes em adição as radiofreqüências e gradientes usados em uma sequência de RM normal. Durante o tempo de eco (TE), os gradientes vão codificar a difusão, e a intensidade do sinal vai depender da equação: S=Soexp (-bADC) ADC é o coeficiente de difusão aparente; b é o fator de Gradiente; Só é a intensidade de sinal obtida quando não são usados gradientes. Dentro das características da difusão o fator de b (valor de sensibilidade de difusão ou valor do gradiente de difusão, quando maior o b, mais ponderada em difusão é a imagem obtida) é uma medida de seu coeficiente que se resume a 32 forma, força, duração e espaçamento temporal dos gradientes de difusão sensibilizadores, tendo um valor b de 1000 s/mm² (MAAS et al., 2005). Para calcular o ADC são adquiridas aquisições de imagens ponderadas com valor de b diferentes e através da formula são calculados os valores de ADC para cada pixel, obtendo assim o mapa de ADC (NUJO et al., 2010) Existem dois tipos de difusão, a isotrópica e anisotrópica: Isotrópica, é quando as estruturas e propriedades da difusão estão em todas as direções, onde a probabilidade de difusão é a mesma em todas as orientações. Anisotrópica, na presença de barreiras, as propriedades da difusão são dependentes da direção em que são medidas (NUJO et al., 2010) O exame da difusão por RM permite: Avaliação quantitativa da zona de isquemia; Avaliação precoce do prognóstico; Contole evolutivo da área de enfarte; Distinção entre lesões isquêmicas agudas e crônicas, como segue no quadro 1 abaixo: Quadro 1 – Distinção de Lesões Isquêmicas Agudas e Crônicas. AVC’i Hiperagudo Agudo Subagudo Crônico Difusão Hiperintenso Hiperintenso Iso/hiperintenso Variável ADC Hipointenso Hipointenso Iso/hiperintenso Hiperintenso FLAIR Isointenso Hiperintenso Hiperintenso Hiperintenso FONTE: NUJO et al., 2010 33 5. RESULTADOS Os estudos selecionados apresentam diferentes características no que diz respeito a protocolos usados no diagnóstico do AVC’i por ressonância magnética, e como é evidenciado na maioria dos estudo o protocolo de difusão e perfusão predominaram (Quadro 2). Quadro 2. Resumo dos estudos selecionados para revisão bibliográfica. Autor/ano Características Estudos Chaves et al, 2008 Foi usado o método de diagnóstico por imagem RM, com seqüência da difusão e perfusão para que tivesse o diagnostico da patologia. BASTOS et al, 2006 Machado et al,2011 Mendoça et al 2005 Ciriaco et al, 2008 Mohr et al, 1995 Neste trabalho o método de diagnostico por Imagem foi RM, usando o protocolo, Fluid attenuated inversion-rec overy(FLAIR), difusão e perfusão, que foram usados para o diagnostico do AVCi. Foi utilizado o método de diagnostico por imagem ressonância magnética (RM), com as sequencias de perfusão e difusão, para a visualização do AVCi. Utilizou a ressonância magnética com as devidas sequências, perfusão e difusão, para estudar á área afetada pelo AVCi, de uma mulher negra de 54 anos de idade após o inicio de hemiparesia direita e afasia global. Esta pesquisa se baseia na ressonância magnética, com as sequências, 3D TOF-MOTSA (time-of-flight multiple overlapping thin-section acquisition), técnica Spin-eco com sequência pesada em T1 e após a administração endovenosa de contrate para magnético, técnica de turbo spin-eco pesada em T2 e técnica de FLAIR. Usaram o método de diagnostico de ressonância magnética (RM), com as sequência de difusão, perfusão, angioressonancia, gradiente eco e FLAIR. Tipos Artigo Artigo Protocolo Relato de caso Tese Tese Resultados/Conclusões O método da difusão demonstrou pequeno infarto na artéria terminal posterior direita e em complementação a perfusão diagnostico alterações isquêmicas e possíveis áreas de risco de AVCi. Observou-se o comprometimento por estenose e a oclusão da artéria cerebral anterior que forma o circulo de Willis. E com uma melhor visualização do AVCi. Permitiu uma avaliação topográfica do tamanho da lesão isquêmica aguda e uma visualização de lesões pequenas e profundas e área afetada pelo AVCi. O trabalho demonstra que tem um melhor diagnostico quando se usa as sequência de difusão e perfusão onde tem uma visualização de uma área com penumbra o culpando a artéria cerebral media esquerda. As sequências de difusão e perfusão demonstraram lesão e síndrome de terço proximal e médio, lesão de tálamo e da região temporal. Sendo que a sequência com maior sensibilidade e especificidade foi à difusão. Que caracterizou os contornos da lesão causa pelo o AVCi. E a perfusão permitiu a visualização da perfusão cerebral com uma área de penumbra. 34 Oliveira et al, 2012 O trabalho usou dois tipos de ponderações T1, gradiente absoluto em ressonância magnética (RM), para que se tivesse o diagnostico do AVCi. Junior, et al,2012 Foi utilizada a ressonância magnética (RM), nas sequências de difusão e perfusão e angioressonacia e com uso de contraste paramagnético. Em um paciente de quadro anos de idade com AVCi. Tese Relato de caso Onde demonstra uma analise textural na imagem por ressonância magnética, e diagnosticando alterações no cérebro causado pelo o AVCi. A ponderação em difusão e em perfusão demonstra áreas com restrição á difusão no centro semioval, e em complementação a angioressonancia, mostra estenose moderada da artéria carótida interna. O resultado obtido neste estudo foi que a Ressonância Magnética, demonstrou efetividade no diagnóstico do AVC’i, pois quando utilizada ponderações com a difusão e perfusão tem um diagnóstico com detalhamento das estruturas anatômicas com possíveis lesões do Acidente Vascular Isquêmico. Entretanto, os métodos utilizados foram descritos na maioria dos trabalhos selecionados e com uma caracterização da patologia de forma que possa auxiliar em seu diagnóstico. A sequência de difusão consegue dentro de minutos após inicio dos sintomas visualizar a região isquêmica e identificar precocemente o tamanho da lesão e o local. Tem alta sensibilidade (88 a 100%) e especificidade (95 a 100%) na detecção de eventos isquêmicos nessa fase precoce do AVC’i, capaz de detectar infartos pequenos cortiças ou subcorticais, incluindo aqueles em tronco ou cerebelo (MOHR et al, 1995; WARACH et al., 1992; WARACH et al.,1995; LUTSEP et al, 1997; EVERDINGEN et al, 1998). A sequência perfusão permite fazer uma analise do fluxo sanguíneo cerebral, possibilitando desta forma avaliar o fluxo arterial que está comprometido e assim poder quantifica-la (MOHR et al, 1995). As ponderações citadas anteriormente demonstram na maioria dos estudos um detalhamento do AVC’i, descrevendo com detalhes o local e a extensão da lesão. Existem outras sequências e ponderações que podem auxiliar neste diagnóstico e na visualização de outras estruturas em processo de alterações morfofisiológicas iniciais. Segundo Oliveira et al 2012, as ponderações em T1 e gradiente absoluto, realizam uma análise textual do AVC’i, pois tem como comparar a textura de áreas adjacentes, e assim apoiar o diagnóstico da patologia. 35 6. DISCUSSÃO O AVC’i é uma das principais causas de sequelas e incapacidades psicomotoras, no Brasil e no mundo, ela ocorre devido a oclusão do fluxo sanguíneo em uma determinada artéria do cérebro, seus principais fatores de risco são citados como, fatores modificáveis e não Modificáveis. Dependendo do tempo de obstrução e da artéria obstruída as sequelas podem ser reversíveis ou não, dentre as quais algumas são mais perceptíveis do que outras como as sequelas motoras hemiplegia (total ou parcial) e a hemiparesia. Em decorrência disso, a busca por um método de diagnóstico que demonstre com precisão a região do cérebro onde ocorreu a obstrução é primordial para avaliar as características e tomar as medidas necessárias à reabilitação da pessoa que sofreu um AVC’i. Desse modo, foram analisados vários estudos para ver qual método de diagnóstico e seu protocolo se sobressai na avaliação do AVC’i. De acordo com os resultados obtidos, através dos estudos relacionados com o diagnóstico do AVC’i pela RM, foi possível observar que a RM é um dos melhores métodos de diagnóstico para avaliar as principais características decorrentes do AVC’i. Através dos resultados, obteve-se a conclusão que cinco dos estudos demonstram que há uma preferência em usar a RM, em especial dois protocolos: a Difusão e a perfusão, tendo em vista que são citados como essenciais para determinar se uma pessoa sofreu um AVC’i. Foi possível constatar também que outros protocolos foram utilizados, como gradiente absoluto, técnica de turbo spin-eco pesada em T2 e técnica FLAIR, 3D TOFMOTSA, sendo que os mesmos obtiveram êxito no diagnóstico do AVC’i, no entanto, quando comparados a difusão e perfusão, percebeu-se que estes protocolos são menos citados e utilizados no diagnóstico do AVC’i. 36 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise realizada, foi demonstrado que o diagnóstico do AVC’i pela RM, constitui-se como um método de total eficácia na caracterização do AVC’i, principalmente, ao utilizar o protocolo de difusão. Sendo que este permite realizar uma avaliação da quantidade de água intracelular no neurônio, ocasionada pelo AVC’i. A difusão é utilizado na RM para confirmação do AVC’i, visto que através dela é possível realizar uma análise da restrição da molécula de água presente dentro da célula neuronal, decorrente do AVC’i. Devido esta análise da RM no diagnóstico do AVC’i, a RM confirmou-se como um dos melhores exames na confirmação do caso, auxiliando no tratamento das sequelas e na prevenção de recidivas de AVC’i. 37 REFERÊNCIAS André, C. (1999). Manual do AVC. Rio de Janeiro.Revinter. Brunner and Suddarth's Textbook on Medical-Surgical Nursing, 11th Edition. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Stroke>. Acesso em 19 out. 2012. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo patologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. CANCELA,Diana Manoela Gomes. O Acidente Vascular Cerebral– Classificação, principais consequências e reabilitação. 2008. 18 f. Trabalho realizado no estágio de complemento ao Diploma de Licenciatura em Psicologia. Universidade Lusíada do Porto, Portugal, 2008. Disponível em: <http://www.psicologia.pt/artigos/textos/TL0095.pdf>. Acesso em 18 set. 2012. CASTRO, MF. A Ressonância Nuclear Magnética Na Avaliação do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Brasil: UESC, 2007. Disponível em: <http://www.rb.org.br/detalhe_suplemento.asp?id=2064>. Acesso em 18 de mar. 2013.. Carod-Artal J, Egido Já, González JL, Seijas, V. Quality of life among stroke survivors evaluated 1 year after stroke: experience of a stroke unit. Stroke 2000; 31: 2995-3000. Doenças Vasculares Periféricas, 2 volume / Francisco Humberto de Abreu Maffei...[et al].-4.ed.- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2008. Encéfalo : Os 100 Principais Diagnósticos / Anne G. Osborn, Susan I. Blaser,Karen L. Salzman; tradução de Celso Monteiro Soares. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2005. 2ª tiragem. Dr. A TUOTO, Elvio. Historia da Medicina no Brasil e no Mundo. Brasil, 2006. Disponivel em: <http://historyofmedicine.blogspot.com.br/2006/03/ressonnciamagntica-prmio-nobel-2003.html>. Acesso em 28 de mai. 2013. EUSI.European Stroke Initiative.AVCIsquêmico.Portugal, 2003. 14 p. Disponível em: <http://www.eso-stroke.org/pdf/EUSI_recommendations_flyer_portugal.pdf>. Acesso em 28 out. 2012. Ferro, M. José. (2000). Prevenção Secundária do AVC. “Pathos”. Nº 7 Julho/AGOSTO. Gallo, Isabela Alben (2006), Neuroacustica Aplicada no Tratamento de Uma Paciente com Sequelas de AVC Isquemico. HABIB, M. (2000). Bases Neurológicas dos Comportamentos. Lisboa: Climepsi Editores. 38 Hospital Sírio Libanês. Diagnóstico e Tratamento do Paciente com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) Agudo. Protocolo Institucional: Versão Atualizada.São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficentesenhoras/Documents/protocolos-institucionais/protocolo-AVCI.pdf>. Acesso em 03 nov. 2012. IMAIOS.USA,20013. Disponivel em: <www.imaios.com> . Acesso em 20 de mai.2013 LIMA, Susana Dias da Silva Melro: Acidente Vascular Cerebral. 2009. 71 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Enfermagem) – Escola de Saúde, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2009. Disponível em: <http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/1196/3/Monografia.pdf>. Acesso em 17 mar. 2013. MARTINS, T. (2006). Acidente Vascular Cerebral. Qualidade de vida e bem estar. Coimbra: Formasau. Martins, M (2002). Uma crise acidental na família – O Doente com AVC. Coimbra. Merritt, tratado de neurologia / editora de Lewis P. Rowland, Timothy A. Pedley ; [revisão técnica Jose Luiz de Sá Cavalcanti, tradução Fernando Diniz Mundim]. -12. Ed. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2011. MAZZOLA, Alessandro A. Ressonância magnética: princípios de formação da imagem e aplicações em imagem funcional. Revista Brasileira de Física Médica, Brasil, 2009. Disponível em: <http://www.abfm.org.br/rbfm/publicado/rbfm_v3n1_1179.pdf>. Acesso em 10 jan. 2013. Ministério da saúde. Diretrizes de Atenção á Reabilitação da Pessoa Com Acidente Vascular Cerebral. Brasil, 2013. Disponivel em : <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/acidvascII_cp.pdf>. Acesso em 16 de mar. 20013. Madureira, Luiz Claudio Almeida. Importância da imagem por ressonância magnética nos estudos dos processos interatios dos órgãos e sistemas. Revista de ciências Médicas e biológicas, Brasil, 2010. Disponível em:< https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/1557/1/3500.pdf>. Acesso em 30 mar. 2013. MAAS, Luiz C; MUKHERJE, Pratik. Difusão MRI: Visão geral e aplicações clínicas em neurorradiologia. Revista Applied Radiology, USA, 205. Disponivel em: < http://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&sl=en&u=http://www.appliedradiology.com/Issues/2005/11/Articles/DiffusionMRI--Overview-and-clinical-applications-in- 39 neuroradiology.aspx&prev=/search%3Fq%3Dbrain%2Bdiffusion%2BMRI%26hl%3Dp t-BR%26biw%3D1047%26bih%3D469>. Acesso em 30 mar. 2013. Mohr JP, Biller J, Hilal SK, Yuh WT, Tatemichi TK, Hedges S, Tali E, Nguyen H, Mun I, Adams HP, Jr. (Magnetic resonance versus computed tomographic imaging in acute stroke. Stroke 26:807-812.1995). NAKAYAMA H. Recovery of upper extremity function in stroke patients: the Copenhagen Stroke Study. Arch Phys Med Rehabil 1994; 75: 394-8. Disponivel em: < http://www.pactoavc.com.br/downloads/mod9.pdf>. Acesso em 18 fev. 20013. NUJO, Carlos Manuel Monteiro; ROCHA, Marco André Costa. Difusão cerebral em RM. 2010. 48 f. Trabalho de Mestrado em Sistemas e tecnologias da informação para a saúde. Brasil 2010. Oliveira, C. (2003). Acidente vascular Cerebral. Revista Sinais Vitais. Nº 49 julho, pp. 11-13. PEREIRA, Ana Beatriz; ALVARENGA, Hélcio; JÚNIOR, Rubens Silva Pereira; BARBOSA, Maria Tereza Serrano. Prevalência de acidente Vascular cerebral em idosos no Município de Vassouras, Rio de Janeiro, Brasil, através do rastreamento de dados do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25 set. 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2009000900007&script=sci_arttext>. Acesso em 17 de mar. 2013. PHIPPS, W. Sands. (2003).Enfermagem Médico Cirúrgica –Conceitos e Prática Clínica. 6ª Edição. Loures, Lusociência. Padilha, J. (2001). Enfermagem em neurologia. 1º Edição. Coimbra: Formação e Saúde, Ltda. PANTANO P, Totaro P, Raz E. Cerebrovascular diseases. Neurol Sci. Oct; 29 Suppl 3:314-8, 2008. Disponivel em : <HTTP://www.ncbi.nln.nih.gov/pubmed?term=%22pantano%20p522%5bgautho%5>. Acesso em 18 fev. 2013. Rubattu S, Volpe M. Genetic basis of Cerebrovascular Accidentes Associated With Hypertension. Cardiologia 44: 433-7, 1999. Rod Seeley; Philipe Tate Trent, Anatomia e Fisiologia, (Lisboa, Lusodidata, 1997), PP. 396-340. Disponível em: <http://mhroque.blogspot.com.br/2005/07/repercussesda-dieta-no-sistema.html>. Acesso em 05 jan. 2013. 40 SILVA, A. (2007). AVC – O essencial da Saúde. Volume 10. Porto. Quidnov OPAS, 2010 SOUZA, Sebastião Eurico de Melo. Brasil 2009. Disponível em:<http://www.neurologico.com.br/neurologico2009/saiba_mais/Acidente%20Vascu lar%20Cerebral%20Isquemico1.pdf> acessado em 18 out. 2012. S. Snell Richard (2006). Neuroanatomia Clínica, 6. ed. Lippincott Williams & Wilkins, Filadélfia. pp 478-485. Disponível em: <http://translate.google.com.br/translate?hl=ptBR&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wi ki/Stroke&prev=/search%3Fq%3Dischemic%2Bstroke%2Bpathophysiology%26hl%3 DptBR%26biw%3D1192%26bih%3D559&sa=X&ei=u2EqUbSHKqbG0wG5tYHQBQ&sqi =2&ved=0CE0Q7gEwAw > Acessado em 15/12/212. Szejnfeld, Jacob. Diagnóstico por Imagem. São Paulo, 2008, Ed.1ª. p 10-150. TERRONI L. M. N. Depressão pós-AVC: aspectos psicológicos, neuropsicológicos, eixo HHA, correlato neuroanatômico e tratamento. Rev Psiq Clín.;36(3):100-8, 2009. Disponivel em: < http://www.pactoavc.com.br/downloads/mod9.pdf>. Acesso em 18 fev. 20013. VEDOLIN, Leonardo; FILHO, Jamary Oliveira; MARTINS, Sheila. Neuroimagem no AVC Isquêmico Agudo. Brasil, 2009. Disponivel em: <http://www.pactoavc.com.br/downloads/mod9.pdf>. Acesso em 18 fev. 2013. 41 ANEXOS Imagem 1 Corte Axial Flair Fonte: IMAIOS Imagem 2 Corte Sagital T1 Fonte: IMAIOS 42 Imagem 3 Corte Axial T2 Fonte: IMAIOS Imagem 4 Corte Axial Gradiente Fonte: IMAIOS 43 Imagem 5 Corte Coronal T2 Fonte: IMAIOS Imagem 6 Corte Axial em Difusão Fonte: IMAIOS 44 Mapa ADC Imagem 7 Corte Axial Fonte: IMAIOS