UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Curso de Pós-Graduação Gerência de Projetos com Ênfase nas Práticas do PMI Vanessa Rodrigues de Lima Conceitos e métodos utilizados em gerenciamento de projetos São Paulo 2009 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Curso de Pós-Graduação Gerência de Projetos com Ênfase nas Práticas do PMI Vanessa Rodrigues de Lima Conceitos e métodos utilizados em gerenciamento de projetos Monografia apresentada ao curso de Gerência de Projetos com Ênfase nas Práticas do PMI da Universidade São Judas Tadeu como requisito parcial para conclusão do curso de especialização em 2009 Orientador: Prof. Nelson Rosamilha São Paulo 2009 UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU Curso de Pós-Graduação Gerência de Projetos com Ênfase nas Práticas do PMI Vanessa Rodrigues de Lima Conceitos e métodos utilizados em gerenciamento de projetos Monografia apresentada ao curso de Gerência de Projetos com Ênfase nas Práticas do PMI da Universidade São Judas Tadeu como requisito parcial para conclusão do curso de especialização em 2009. Aprovada em Outubro de 2009. Orientador: Prof. Nelson Rosamilha 4 AGRADECIMENTOS A minha família pelo incentivo a fazer um curso de Pós-Graduação Ao meu noivo pela paciência e compreensão no decorrer do curso Ao meu grupo de estudo (Fernanda Pereira, Fernanda Mendes, Ricardo Henrique e João) pela amizade, companheirismo e pela troca de conhecimento. Aos meus professores do curso por dividirem comigo e meus colegas de sala suas experiências e conhecimentos agregando ainda mais o nosso saber. Ao meu professor orientador Nelson Rosamilha que me ajudou no desenvolvimento da minha monografia desde a idéia inicial. 5 RESUMO LIMA, Vanessa Rodrigues de. Conceitos e métodos utilizados em gerenciamento de projetos. Curso de gerenciamento de projetos com ênfase no PMI da Universidade São Judas Tadeu. São Paulo p.65, 2009 Esta pesquisa teve por objetivo demonstrar que a necessidade de um gerenciamento de projetos eficaz tem importância fundamental para o sucesso de projetos, uma vez que a incerteza é inerente a todo projeto, tornando este tipo de gerenciamento relevante. Independente do método escolhido para gerenciar o projeto, tradicional ou ágil, o importante utilizá-los para garantir um maior planejamento e controle das atividades. Observamos que as organizações estão mais apoiadas em modelos tradicionais durante o gerenciamento de seus projetos, porém os métodos ágeis estão ganhando espaço principalmente em projetos de desenvolvimento de software as quais são estruturadas de modo a atender a natureza mutável e dinâmica do processo de concepção do sistema. Não podemos afirmar e nem garantir qual método é o melhor para utilização, pois dependem de um conjunto de fatores que podem levar o projeto ao sucesso assim como levá-lo ao fracasso. Dependem da organização, seu segmento, sua estrutura, os envolvidos e o projeto a ser gerenciado. Palavras chaves: Gerenciamento de projetos, PMBOK, SCRUM, Métodos ágeis, Métodos Tradicionais. 6 ABSTRACT LIMA, Vanessa Rodrigues. Concepts and methods used in project management. Course on project management with emphasis on the PMI of São Judas Tadeu University. Sao Paulo p.65, 2009. This study aimed to demonstrate the need for an effective project management is crucial for project success, since uncertainty is inherent in every project, making this type of management relevance. Regardless of the method chosen to manage the project, traditional or agile, it's important to use them to ensure a better planning and control activities. We observed that more organizations are relying on traditional models for managing their projects, but the agile methods are gaining ground mainly in projects of software development which are structured to meet the changing nature and dynamics of the system design. We can not claim nor guarantee that the best method is to use, because they depend on a number of factors that could cause the project to success and take it to failure. Depend on the organization, its industry, its structure, stakeholders and the project to be managed. Key words: Project management, PMBOK, SCRUM, Agile methods, traditional methods. 7 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO 10 2OBJETIVO 11 3REFERENCIAL TEÓRICO 12 3.2O que é projeto?.....................................................................................................12 3.3Gerenciamento de um Projeto...............................................................................13 3.4Duração do projeto................................................................................................14 3.5O ciclo de vida do projeto.....................................................................................14 3.6Fases do ciclo de vida do projeto..........................................................................15 3.7Benefícios em Gerenciar projetos.........................................................................18 3.8Porque os projetos fracassam?...............................................................................19 3.9Administração, Gerencia e Gestão........................................................................19 4A EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS..............................21 4.1A evolução no gerenciamento de projetos.............................................................21 4.2O Moderno Gerenciamento de Projetos – MGP....................................................23 5CONCEITOS IMPORTANTES EM PROJETOS..............................................25 5.1As Lições Aprendidas............................................................................................25 5.2Benchmarking........................................................................................................26 5.2.1Tipos de Benchmarking......................................................................................29 5.3PMBOK.................................................................................................................29 5.4PMI 33 5.5Melhoria Continua.................................................................................................33 6MATURIDADE E MELHORES PRÁTICAS.....................................................35 6.1Melhores Práticas em Gestão de Projetos.............................................................35 6.2Maturidade na gestão de Projetos..........................................................................37 7METODOLOGIA 38 7.1Sobre Metodologia................................................................................................38 7.2Benefícios de uma metodologia – padrão.............................................................40 7.3SCRUM.................................................................................................................41 7.3.1Breve História................................................................................................42 7.3.2Como funciona o Scrum?..............................................................................42 7.3.3Níveis de planejamento.................................................................................43 7.3.4Papéis e responsabilidades............................................................................45 7.3.5Ferramentas utilizadas..................................................................................46 7.3.6Prós na utilização do Scrum.........................................................................47 7.3.7Contras na utilização do Scrum...................................................................49 8GERENCIAMENTO DE TEMPO.......................................................................50 8.1Introdução..............................................................................................................50 8.2Gerenciamento Ágil...............................................................................................50 8.3Gerenciamento de Projetos Tradicional................................................................51 8.4Gestão de Tempo pelo PMBOK............................................................................51 9COMPARAÇÃO DA GESTÃO DE TEMPO NOS MÉTODOS AGIL E TRADICIONAL 53 9.1Estimativa da duração das atividades....................................................................53 8 9.1.1Estimativa no Gerenciamento Ágil..............................................................53 9.1.2Estimativa das durações das atividades – Gerenciamento Tradicional...55 9.2Controle do Cronograma ou atividades.................................................................56 9.2.1Controle do Cronograma – Gerenciamento tradicional............................57 9.2.2Gráfico de Burndown – Gerenciamento ágil..............................................57 9.3Estimando dias X horas.........................................................................................59 10 CARACTERISTICAS DOS MÉTODOS AGIL E TRADICIONAL.............60 10.1Características do Gerenciamento Tradicional....................................................60 10.2Características do Gerenciamento Ágil...............................................................60 11 CONCLUSÃO 62 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................64 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Classificação por duração - FONTE: (KEELLING, 2002)..................14 Figura 2: Macroprocesso no desenvolvimento do projeto – FONTE: Gestão de Projetos (MENEZES, 2003) 16 Figura 4: Interação de grupos de processos em um projeto – Fonte PMBOK 3 ed., 2004 18 9 Figura 5: Áreas de conhecimento – FONTE: Manual Prático do Plano de Projeto (VARGAS, 1998) 31 Figura 6: Mapeamento entre os processos, os grupos de processos e as áreas de conhecimento de gerenciamento de projetos – Fonte (PMBOK 3ed., 2003).......33 Figura 7: Fatores a serem considerados para melhoria continua – FONTE: As Melhores práticas (KERZNER, 2006)....................................................................34 Figura 8: Projetos fracassados em empresas com gestão de projetos – FONTE: As melhores práticas (KERZNER, 2006)...............................................................36 Figura 9: As fases do ciclo de vida da maturidade de um projeto – FONTE: As melhores práticas (KERZNER, 2006)....................................................................38 Figura 10: Principais modelos de melhores práticas - FONTE: Implantando a Governança de TI 40 Figura 12: Níveis de planejamento do SCRUM.....................................................44 Figura 13: Taskboard 46 Figura 14: Taskboard com o gráfico de Burndown..............................................47 Figura 15: Comparação entre os modelos Ágil e Tradicional..............................51 Figura 16: Gráfico de Burndown............................................................................58 Figura 17: Sinais de alerta no gráfico de Burndown.............................................59 Figura 18: Quadro Comparativo entre as áreas de conhecimento no gerenciamento tradicional e ágil 62 10 1 INTRODUÇÃO Desenvolvido pelo Project Management Institute – PMI®, o PMBOK (Project Management Body of Knowledge) é utilizado cada vez com mais frequência por gerentes de projetos em diferentes segmentos de empresas. O PMBOK é um conjunto de boas práticas e conhecimentos em gerência de projetos compilados na forma de um guia conhecido como o Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos, ou Guia PMBOK®. Os processos de gerenciamento descritos pelo PMBOK são genéricos e amplos de forma que pode ser usado para qualquer tipo de projeto. O segredo está em saber adaptar e usar as práticas da melhor forma possível para o projeto e/ou empresa em questão. O Scrum é um modelo também utilizado como um guia de boas práticas para o alcance de objetivos em gerenciamento de projetos. Conhecido por ser uma metodologia ágil, o Scrum foi criado e está mais voltado para a área de desenvolvimento de software e hoje em dia está ganhando visibilidade em organizações de diferentes segmentos e vem se tornando popular a cada dia. Isso porque devido a constantes mudanças que ocorrem nos projetos está despertando um grande interesse em desenvolvimento ágil nas aplicações. O ponto-chave para diminuir a lacuna existente entre o uso das abordagens “tradicional” e “ágil” está em considerar, na escolha de uma ou de outra, as características do projeto a ser desenvolvido, ou seja, buscar aplicar a metodologia correta para o trabalho a ser realizado. (KNIBERG, 2004) De acordo com KERZNER, talvez o maior benefício de uma metodologia seja a aceitação e o reconhecimento que encontram entre seus clientes. A abordagem ágil (SCRUM), assim como a abordagem tradicional (PMBOK), possui características positivas e negativas, sendo que a principal diferença entre as duas está no conjunto de pressupostos de cada uma. É possível afirmar, ainda, que existe uma sinergia muito grande entre as duas metodologias, ou seja, uma pode complementar a outra. 11 2 OBJETIVO Este trabalho tem como objetivo explanar idéias sobre modelos, metodologias, melhores práticas e conceitos relacionados a projetos que estão sendo utilizados pelas empresas em diferentes segmentos para gerenciar projetos e garantir qualidade nos processos. Ao final do trabalho será comparada a área de conhecimento de tempo do modelo PMBOK (gerenciamento tradicional) com o Scrum (gerenciamento ágil em projetos) para identificarmos as diferenças e semelhanças entre um e outro. 12 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Porque gerenciar projetos Inúmeros são os fatores eu nos impulsionam a criar desenvolver e gerenciar projetos. Alguns desses fatores podem ser perceptíveis a olho nu, dada a voracidade dos movimentos presentes no ambiente. Outros fatores são menos perceptíveis. Precisam da observação cuidadosa do gestor para perceber qual tipo de sistema produtivo ele tem em suas mãos para que faça uma escolha adequada da metodologia e das ferramentas a serem empregadas em sua gestão. Identificar uma atividade inovadora trabalhá-la adequadamente são atribuições que um gestor deve ter. Fatores internos que demandam projetos nas organizações: • Melhoria em produto, novo produto, melhoria interna, mudança organizacional, produto único, gestão estratégica da empresa, trabalhando com prazos e recursos limitados compartilhando recursos escassos. • Mudanças externas que impactam as organizações e seus colaboradores bem como promovem a estruturação e o desenvolvimento de projetos • Parcerias, crise do Estado, iniciativa privada, distribuição de renda, desintermedição, desverticalização, preservação ambiental, competitividade e globalização (MENEZES, 2003). 3.2 O que é projeto? Definição para projetos segundo o PMI “um empreendimento único que deve apresentar um inicio e um fim claramente definido e que conduzido por pessoas possa atingir seus objetivos respeitando os parâmetros de prazo custo e qualidade”. Nessa definição, vários elementos importantes devem ser ressaltados. O primeiro deles é que um empreendimento, portanto deve envolver uma série de movimentos e ações para que possa vir à tona. Alguém deve responsabilizar-se por empreendê-lo: o gerente do projeto. Todo projeto deve ter seu inicio bem definidos para que as organizações ou unidades de uma organização que participem dele possam firmemente reservar recursos para poderem participar – com uma data definida – do projeto. A sinalização de seu fim 13 serve para marcar a liberação dos recursos para suas unidades ou organizações de origem. A definição clara de seu objetivo é fundamental para que todos os participantes possam “olhar para o mesmo norte”, para a mesma referência e somar seus esforços numa única direção e sentindo. Já os parâmetros de prazo, custo e qualidade devem servir como guias permanentes durante o desenvolvimento do projeto. Mantê-los plenamente atendidos é uma tarefa árdua não para o gestor do projeto, mas também para todos os especialistas que delem participam. Gerir esforços para que isso aconteça é fundamental (MENEZES, 2003) 3.3 Gerenciamento de um Projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação e da integração dos seguintes processos de gerenciamento de projetos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento e controle, e encerramento. O gerente de projetos é a pessoa responsável pela realização dos objetivos do projeto. Gerenciar um projeto inclui: • Identificação das necessidades • Estabelecimento de objetivos claros e alcançáveis • Balanceamento das demandas conflitantes de qualidade, escopo, tempo e custo • Adaptação das especificações, dos planos e da abordagem às diferentes preocupações e expectativas das diversas partes interessadas. Os gerentes de projetos freqüentemente falam de uma “restrição tripla”—escopo, tempo e custo do projeto—no gerenciamento de necessidades conflitantes do projeto. A qualidade do projeto é afetada pelo balanceamento desses três fatores. Projetos de alta qualidade entregam o produto, serviço ou resultado solicitado dentro do escopo, no prazo e dentro do orçamento. A relação entre esses fatores ocorre de tal forma que se algum dos três fatores mudar, pelo menos um outro fator provavelmente será afetado. Os gerentes de projetos também gerenciam projetos em resposta a incertezas. Um risco 14 do projeto é um evento ou condição incerta que, se ocorrer, terá um efeito positivo ou negativo em pelo menos um objetivo do projeto. O termo “gerenciamento de projetos” às vezes é usado para descrever uma abordagem organizacional ou gerencial do gerenciamento de projetos e de algumas operações já em andamento, que podem ser redefinidas como projetos, o que também é chamado “gerenciamento por projetos”. Mais organizações estão usando o “gerenciamento por projeto”. Isso não significa dizer que todas as operações podem ou devem ser organizadas em projetos. Embora um entendimento de gerenciamento de projetos seja essencial para uma organização que esteja utilizando o “gerenciamento por projetos”, uma discussão detalhada da abordagem em si está fora do escopo desta norma. (PMBOK 3ed., 2004). Quando um projeto é bem estruturado e se desenvolve tranquilamente, seus desafios podem ser estimulantes e prazerosos, mas sendo mal definido ou mal gerenciado pode se tornar um pesadelo para todos os envolvidos, resultar em desastre financeiro e prejudicar muitas carreiras promissoras (KEELLING, 2002) 3.4 Duração do projeto A classificação dos projetos tem a ver com as práticas de seus patrocinadores e proprietários. Por conveniência, muitas pessoas classificam os projetos em termos de duração. As três mais comuns são ilustradas na figura a seguir. Curto Prazo Longo Prazo Até 2 anos 1mês à 1 ano Ano 0 1 Mais de 2 anos Médio Prazo 2 3 4 5 ... Figura 1: Classificação por duração - FONTE: (KEELLING, 2002) 3.5 O ciclo de vida do projeto 10 15 Todo projeto passa por uma série de fases desde sua concepção até seu ponto de conclusão. Cada fase tem suas próprias necessidades e características. À medida que o projeto passa por essas fases, o montante cumulativo de recursos e tempo despendido aumentará e o prazo e recursos restantes diminuirão. Esta série de fases é conhecida como ciclo de vida do projeto. A compreensão do ciclo de vida é importante para o sucesso na gestão de projetos, porque acontecimentos significativos ocorrem em progressão lógica e cada fase deve ser devidamente planejada e administrada. A familiaridade com o ciclo de vida do projeto capacita os envolvidos a entender a seqüência lógica dos eventos a reconhecer limites ou “marcos” e, a saber, em que ponto se encontra o projeto no continuum de atividades que se sucedem desde o inicio até o fim. Ajuda o gerente a prever as mudanças de estilo e ritmo, o aumento da pressão à medida que as despesas se acumulam e o tempo e os recursos se reduzem a reconhecer quando e devem fazer inspeções espaciais revisões ou reavaliações de prioridades e a entender as necessidades de cada fase. O ciclo de vida também torna-se um instrumento de qualidade. Isso se aplica a condução do projeto em si já que as expectativas de qualidade são estabelecidas entre uma fase e outra, e aos seus deliverables ou produtos, onde o ciclo de vida fornece pontos de referência para confirmação da qualidade do produto. Muitos problemas de qualidade de projeto podem ser previstos por uma sólida avaliação de viabilidade de riscos na fase conceitual e por um planejamento cuidadoso e especificações precisas na fase de planejamento (KEELLING, 2002). 3.6 Fases do ciclo de vida do projeto O objetivo da administração dos projetos e o de alcançar controle adequado do projeto de modo a assegurar sua conclusão no prazo e no orçamento, obtendo a qualidade estipulada. Podemos afirmar que o desenvolvimento de um projeto ocorre mediante os vários processos básicos que se sobrepõem. Esses processos são demonstrados na figura a seguir. As flechas indicam trocas de informações e documentos entre diversos macroprocessos. (MENEZES, 2003) Iniciação Planejamento Controle Execução Encerramento 16 Figura 2: Macroprocesso no desenvolvimento do projeto – FONTE: Gestão de Projetos (MENEZES, 2003) Genericamente o ciclo de vida de um projeto pode ser dividido em fases características • Iniciação: Fase inicial do projeto, quando uma determinada necessidade é identificada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido por ele. Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos bem como as melhores estratégicas são identificadas e selecionadas. • Planejamento: E a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo projeto incluindo cronogramas, interdependências entre as atividades, alocação de recursos envolvidos, analise de custos e etc. para que, no final dessa fase os planos auxiliares de comunicação, qualidade, risco, suprimentos e recursos humanos também são desenvolvidos. • Execução: E a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente. Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do orçamento e do esforço do projeto e consumida nessa fase. • Controle: E a fase que acontece paralelamente ao planejamento operacional e a execução do projeto. Tem como objetivo acompanhar e controlar aquilo que está sendo realizado pelo projeto, de modo a propor ações corretivas preventivas no menor espaço de tempo possível após a detecção da anormalidade. O objetivo do controle e comparar o status atual do projeto com o status previsto pelo planejamento tomando ações corretivas em caso de desvio. • Finalização: E a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através de uma auditoria interna ou externa, os livros e documentos do projeto são encerrados e todas as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não ocorram em novos projetos conhecido como lições aprendidas. (VARGAS, 1998). 17 Figura 3: Nível típico de custos e de pessoal do projeto ao longo do seu ciclo de vida – FONTE: PMBOK 3ed, 2004 18 Figura 4: Interação de grupos de processos em um projeto – Fonte PMBOK 3 ed., 2004 Os projetos podem ser aplicados em praticamente todas as áreas de conhecimentos humano incluindo os trabalhos administrativos, estratégicos e operacionais bem como a vida pessoal de cada um. As principais características dos projetos são a temporariedade e a individualidade do produto ou serviço a ser desenvolvido pelo projeto, a complexidade e a incerteza. Temporariedade significa que todo o projeto apresenta um inicio e um fim definido, ou seja, é um evento com duração finita determinada em seu objetivo. Individualidade do produto ou serviço significa realizar algo que não tenha sido realizado antes. Como o produto de cada projeto é único suas características precisam ser elaboradas de maneira progressiva de modo a garantirem as especificações do produto ou serviço desenvolvido. (VARGAS, 1998) 3.7 Benefícios em Gerenciar projetos • Evitar surpresas durante a execução; • Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas uma vê que toda a metodologia está sendo estruturada. • Antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas para que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como problema. • Adaptar os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente • Disponibilizar os orçamentos antes do inicio dos gastos • Agiliza as decisões já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas. 19 • Aumenta o controle gerencial de todas as fases a serem implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado. • Facilita e orienta a revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto. 3.8 • Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários. • Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos. (VARGAS, 1998) Porque os projetos fracassam? Os projetos fracassam ou são abandonados por diversas razões e muitos resultam apenas em sucesso parcial, quando os objetivos não são alcançados no prazo os custos sobem alem dos limites aceitáveis, ou os níveis estipulados de qualidade ou realização ficam comprometidos. Os grandes projetos do passado eram notoriamente arriscados. O fracasso em fornecer em resultado condizente com as expectativas ou de concluir o projeto no prazo e dentro do orçamento era comum e quanto maior o projeto maior o receio da escalada nos custos. Muitos empreendimentos ambiciosos eram abandonados a um custo elevado após esforço prolongado, outros eram concluídos a um custo muito maior que seu orçamento original (por exemplo Opera, em Sydney e o Eurotúnel). Nos últimos anos importantes lições foram aprendidas houve grandes avanços nas técnicas de administração. (KEELLING, 2002) 3.9 Administração, Gerencia e Gestão Administração Gerencia e Gestão são sinônimos que estão diferindo apenas quanto ao nível em que se aplicam em uma organização. Administrar: e seus derivados (administrador, administração), referem-se aos problemas típicos das organizações: finanças (contabilidade, taxas e impostos etc.), pessoal (efetivo, contratações, direitos e deveres etc.), patrimônio (imóvel, maquinas, veículos) vendas etc. Gerenciar e seus derivados (gerente, gerenciamento, gerencia) referem-se às ações situadas em um nível especifico da organização: seja um departamento: gerencia de 20 produção, gerencia de marketing seja um projeto gerencia de projeto ou no mais elevado nível voltado para a interação da organização com o ambiente: gerencia estratégica. Gerir e seus derivados (gestor, gestão) referem-se, no âmbito do projeto ou no da administração da organização, a parcela das atribuições do gerente do projeto ou do administrador, respectivamente. No projeto a gestão é uma das partes da gerencia, geralmente delegada pelo gerente. Algumas delas são objeto e títulos das normas ISSO, abrangendo toda a organização como a da qualidade (família de normas ISSO 9000), a gestão ambiental (família de norma ISSO 14000); ou no âmbito do projeto, como a gestão da qualidade do projeto (norma ISSO 10006), a gestão da configuração (norma ISSO 10007) etc. Gerenciamento é uma disciplina uma área de conhecimento: gerenciamento estratégico, gerenciamento de projeto, gerenciamento de marketing etc. E gerencia é uma função em que se aplicam objetivamente os conhecimentos, habilidades e recursos de um dado gerenciamento: gerencia estratégica, gerencia de projeto, gerencia de marketing. Assim o gerenciamento estratégico é uma arte e a ciência de formular, implementar e avaliar linhas de ação multidepartamentais referentes as interações da organização com seu ambiente para atingir seus objetivos de longo prazo, relativos a seus produtos, mercado, clientes, concorrentes, sociedade etc. E gerencia estratégica é a aplicação dos conhecimentos, habilidades e recursos do gerenciamento estratégico em uma organização. De forma idêntica, o gerenciamento de projetos pressupõe em conseqüência a definição de um conjunto de conhecimentos, enquanto a gerencia de projetos consiste na aplicação destes conhecimentos apoiada por habilidade e aptidões do gerente, para conduzir um determinado projeto. Renomadas instituições internacionais dispõem de definições precisas destes conhecimentos e, com base nelas, certificam profissionais em gerencia de projeto. Todas elas, entretanto, estão desenvolvendo esforços para unificar conceitos, critérios, metodologias etc. a fim de uniformizar a profissão de gerente de projeto. Entre elas, citam-se duas de maior expressão: o Project Management Institute- PMI que edita “a Guide to Project Management Body of knowledge – PMBOK Guide e o 21 internacional Project Management Association – IPMA, que publica o “IPMA Competence Baseline”. (VALERIANO, 2001) 4 4.1 A EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO DE PROJETOS A evolução no gerenciamento de projetos Foi mencionado que uma organização tem, alem da gerencia estratégica, a gerencia administrativa e a operacional, e que a solução dos problemas existentes em cada um destes níveis pode envolver criação ou alteração de operações correntes (administrativas e de produção), alterações estruturais e funcionais na organização etc. Para cada uma destas soluções será necessário criar um ou mais projetos específicos. Para administração de projetos foram desenvolvidos conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas em um processo denominado de administração de projetos ou gerenciamento de projetos. (VALERIANO, 2001) A história nos relata grandes feitos da humanidade que podem ser classificadas como projetos. Para melhor clareza, convém repetir que o projeto é um empreendimento temporário realizado para criar um produto ou serviço singular. Com muita probabilidade, os mais antigos projetos deviam estar voltados para as necessidades mais básicas, como o preparo e execução de uma campanha de caçada, a instalação de uma agricultura e criação de dispositivos e sistemas de segurança ou de defesa. Todos estes empreendimentos, ainda que primitivos, eram premidos por prazos para alcançar objetivos preestabelecidos e tinham algum tipo de organização e de administração. Por ser singular, o produto do projeto distingui-se, de alguma forma, de todos quantos os precederam e por ser temporário, todo projeto tem inicio e término definido. Grandes construções da antiguidade, criaturas dos respectivos projetos, são as pirâmides do Egito e as dos maias, a Grande Muralha da China. Mais atuais, citam-se o Canal de Suez e do Panamá, o túnel sob o canal da Mancha e o oleoduto Trans-Alasca. Notáveis expedições foram de cuidadosos projetos, sejam aqueles que criáramos veículos utilizados (vikings e portugueses, por exemplo) sejam os que prepararam 22 empreendimentos propriamente ditos, como as viagens pioneiras de Magalhães e Colombo, as explorações submarinas e da estratosfera do Prof. Piccard, (August Piccard – 1884 a 1962 – físico e professor suíço, foi a primeira pessoa a explorar a estratosfera ao ultrapassar 16.000 metros de altitude em uma câmara pressurizada, suspensa por balão – 1932) para citar apenas estas, precursoras dos foguetes e das naves das explorações espaciais. (VALERIANO, 2001) As características de unicidade do produto e da temporariedade dos projetos os distinguem dos demais resultados e das outras atividades exercidas em uma organização por serem estas repetitivas, com produtos ou serviços extremamente iguais e uma vez iniciados a produção, não haver prazo estabelecido para terminá-la. Um aspecto crítico para o sucesso dos projetos é o da sua administração ou gerencia de projetos, definida como sendo a “aplicação de conhecimentos, habilidades e recursos nas atividades de um projeto a fim de atingir e exceder as necessidades e as expectativas das partes interessadas” (PMBOK 3ed., 2004). O gerenciamento de projeto evoluiu muito impelido pelas pressões cada vez mais fortes, para um estágio de larga aplicação em quase todas as formas de atuação humanas. Podese dizer que a evolução do gerenciamento de projetos comporta três períodos 1. Gerenciamento empírico baseado nas qualidades inatas do gerente e de seus auxiliares ou nos procedimentos precedentes muito mais como “arte”, como “sentimento”do que como “técnica”. Foram o caso dos “arquitetos”e dos “construtores”das grandes obras da antiguidade e da Idade Média, os feitos dos grandes chefes militares e dos notáveis exploradores. 2. Gerenciamento clássico ou tradicional, geralmente considerado aquele a partir das décadas de 1940 ou 1950, com os empreendimentos predominantemente de engenharia, nas áreas de defesa, na aeronáutica e, mais recentemente, na espacial. São projetos estruturados e planejados, executados e controlados, nos quais o gerente, administrando os recursos humanos e materiais, emprega processos existentes ou criados especialmente para o uso no projeto, com vistas a obter o produto com o desempenho especificado, dentro dos limites de custos previstos e no prazo esperado. Em geral, aqui os projetos são essencialmente técnicos, de grande complexidade e caracterizados pelos altos custos, pelo vulto dos problemas envolvidos e pelos prazos relativamente longos. 23 3. Mais recentemente (inicio da década de 1009), teve começo o chamado moderno gerenciamento de projetos – MGP. Voltado para uma ampla gama de aplicações, esse tipo de abordagem gerencial perdeu o caráter tipicamente técnico e vem sendo usado em toda sorte de problemas empresariais. Tem-se revelado ferramenta extraordinária e vem permitindo as organizações responder com extrema rapidez as solicitações e pressões de seu ambiente próximo ou remoto, devido principalmente ao rápido ciclo de vida dos produtos a velocidade da evolução tecnológica e a acirrada competição, já em caráter global. (VALERIANO, 2001) 4.2 O Moderno Gerenciamento de Projetos – MGP As técnicas os processos de gerenciamento de projetos passaram então a ser empregados nos problemas mais diversos, como nas mudanças da estratégia, nas alterações organizacionais, nos recursos humanos, nos desenvolvimentos de novos processos e como antes, nos desenvolvimentos de novos produtos. A duração e os custos dos projetos são, em sua maioria, muito inferiores aos dos projetos tradicionais. No gerenciamento tradicional, ainda desprovido dos meios eletrônicos de coleta e tratamento de dados e difusão de informações, o gerente era assoberbado pela profusão de tarefas para controlar os cronogramas, os orçamentos e os recursos, em adição a coordenação de sua equipe no sentido de alcançar o objetivo de seu projeto. Com o crescente uso dos PCs, de redes apropriadas e de software possantes, o gerente de projetos passa a dispor de mais tempo para estender seus cuidados em outras direções. A descentralização, o gerenciamento simultâneo (ou engenharia simultânea), a gestão da qualidade e a gestão ambiental também largamente aplicado nos projetos, com criteriosa delegação de atividades administrativas e técnicas especializadas e caracterizam o gerente de projeto como um especialista técnico, sendo cada vez mais um administrador e coordenador de processos, de pessoas e de equipes. Juntando estas evoluções com as necessidades de pronta resposta das organizações as oportunidades e ameaças cada vê mais freqüentes, o resultado foi o progressivo emprego dos recursos e atividades de gerenciamento de projeto nos assuntos empresariais. Em conseqüência, os modernos projetos passam a envolver muitas outras entidades alem daquelas que eram objeto de consideração no tradicional gerenciamento de projetos. Assim, o MGP, muito mais amplo que seu predecessor, tem um universo de 24 interesses mais abrangente. O gerenciamento tradicional girava entre desempenho (necessidade do cliente), custos e prazos, enquanto o MGP, alem desses requisitos preocupa-se em satisfazer e exceder as necessidades e expectativas de todas as partes interessadas a começar pelo cliente, o moderno gerenciamento de projetos tem suas preocupações também voltadas para os objetivos da própria organização, a para os membros da equipe do projeto, para os patrocinadores e financiadores, para os fornecedores, para os parceiros, para as organizações associadas e para a sociedade como um todo. Ao se despir de forma progressiva do caráter essencialmente técnico observado no gerenciamento tradicional, consolida-se o moderno gerenciamento de projetos, cada vez mais voltado para os problemas da organização. A convergência dos interesses da administração da organização (gerenciamento estratégico, administrativo e operacional) fez do gerenciamento de projeto uma tarefa familiar aos administradores e gerentes funcionais. Cada vez mais, pessoas com experiência na administração das empresas e na de negócios foram assumindo encargos de gerentes de projetos. Passando a ser extensamente aplicado na administração das operações correntes com os processos e as técnicas de planejamento e execução de projetos, o moderno gerenciamento de projetos emerge simultaneamente. Em uma espécie de simbiose, com o que se costuma chamar de administração por projetos. A globalização e a expressão do emprego do gerenciamento de projetos, agora com procedimentos uniformes, permitem a colaboração de equipes distantes em torno de um só projeto. A web, a internet, os softwares de gerenciamento e as ferramentas de comunicações visuais mais recentes proporcionam eficiência às equipes virtuais, com extraordinário rendimento. O gerenciamento de projetos fica insensível à distância, funcionando 24 horas por dia, com apoio de todos os recursos modernos. Além disso, a grande utilização de equipes dotados de grande autonomia faz com que os conhecimentos e habilitações gerenciais sejam disseminados por todos os participantes. Afinal, cada parte do projeto, como se verá mais adiante, tem todas as características de um projeto e isto conduz ao fato de que cada responsável por uma destas partes constitutivas tem atribuições de gerente desta parte, observadas as escalas. Como na história Patinho Feio, o gerenciamento de projetos, uma estranha, incompreendida e espancada atividade que tentava se impor nas organizações 25 tradicionais, passa a assumir uma posição de reconhecido e respeitado instrumento capaz de proporcionar as prementes mudanças cada vez mais freqüentes e urgentes nas áreas estratégicas, operacionais e técnicas, e vem sendo extensivamente utilizado hoje nas mais diferentes entidade com grandes corporações e pequenos empreendimentos; empresas industriais, comerciais, financeiras e bancárias; instituições religiosas, sociais e agências de governo. Desta forma, o MGP está evoluindo com muito vigor, em razão das experiências e dos desafios que vem enfrentando. Uma visão do gerenciamento de projeto no futuro próximo vem sendo objeto de vários estudos, congressos e seminários. (VALERIANO, 2001) 5 5.1 CONCEITOS IMPORTANTES EM PROJETOS As Lições Aprendidas Para as organizações que estão constantemente envolvidas com novos projetos, e, naturalmente, com problemas em cada um deles, desde a fase inicial até seu encerramento, nada mais recomendável que procurar extrair o máximo das lições aprendidas. Consistem elas na coleção organizada de erros e acertos, práticas recomendadas e a evitar fatores determinantes de sucesso ou de fracasso fruto da experiência constantemente atualizada e destinada a usos futuros. Cada organização deve estabelecer a metodologia mais adequada para identificar erros e acertos e fatores determinantes de sucesso ou fracasso. Basicamente pode-se resumir em dois processos: 1. Um deles consiste em proceder uma avaliação crítica no término de cada projeto ou no fim de cada importante fase dos projetos mais longos, para levantar os erros e acertos, e principalmente, suas causas aprendendo assim as lições oferecidas pela experiência. Estas avaliações geralmente contam com elementos estranhos ao projeto, com suas experiências anteriores e suficiente isenção para detectar fatos que poderiam passar despercebido pelo pessoal do projeto. 2. O outro reside na elaboração de um questionário a ser preenchido pelos gerentes e membros de sua equipe periodicamente recolhidos para análise, avaliação e adoção. O questionário deve orientar para fatos e resultados relevantes e observados, ocorridos e ameaçados, prevenidos etc. e seus resultados (positivos 26 ou negativos). A escolha de palavras-chave permite agrupá-la para facilitar a recuperação e o exame posteriores. Estas lições aprendidas são ensinamentos que devem ser cuidadosamente catalogados, avaliados, armazenados e difundidos a todos os participantes nos projetos. Devem-se explorar os fatores de sucesso e não repetir os erros que foram feitos. O erro ou acerto é o ponto de chegada. Deve-se tomar o caminho certo para repetir os acertos e evitar as trilhas que conduzem a erros. (VALERIANO, 2001) 5.2 Benchmarking Constitui uma modalidade especial de aprendizado direcionada a revelação das melhores práticas de uma organização plenamente reconhecida como o número um de seu ramo, de seus pais ou mesmo do mundo. No intuito de possibilitar, a quem inicia este tipo de estudo como resultado final um quadro esclarecedor de que poderia ser modificado melhorado na organização por intermédio da comparação com a empresa referencial que foi objeto da investigação. (ARAUJO, 2007) Benchmarking é um processo sistemático e contínuo de avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas com a finalidade de comparar desempenhos e identificar oportunidades de melhoria na organização que está realizando (ou monitorando). (Fonte SITE WIKIPÉDIA) Para Robert Camp (1993), considerado pai do benchmarking, diz que a essência da tecnologia reside nos ensinamentos de um general chinês Sun Tzu e na palavra de origem japonesa dantotsu. O autor acredita na veracidade do ditado atribuído ao general de que o conhecimento sobre si mesmo e sobre o inimigo é capaz de garantir a vitória de cem batalhas. Explorando as idéias de Sun Tzu, Camp salienta a aplicabilidade ao mundo dos negócios, desta estratégia de guerra. Já quanto à expressão dantotsu, o autor, traduzindo seu significado como “ser o melhor dos melhores”. Conceituando como um processo positivo e proativo endereçado a transformação que introduza uma performance otimizada na empresa, parte de uma definição tripla sobre 27 a tecnologia voltada para a investigação como método de aperfeiçoamento. (ARAUJO, 2007) Com relação a pratica ou desempenho da empresa, em oposição a manter se equiparado a concorrência, é um meio poderoso de preparar o terreno para mudança. Ao medir o desempenho “dos melhores do ramo” sua pesquisa de benchmarking pode transformar um contexto de mudança plausível num verdadeiro grito de guerra. O que pode ter de parecido para alguns grupos de interesses uma simples questão interna a ser solucionada no ritmo adequado, ou que não merecia atenção nenhuma, pode transformar-se em um problema urgente em termos de sobrevivência competitiva. Daí a importância e o interesse em benchmarking. A utilização de benchmarking externo poderá trazer insights de oportunidades de melhoria. Oferece também um forte componente para preparação do terreno de mudanças. À medida que o valor do benchmarking tornou-se amplamente conhecido como ferramenta necessária, sua sofisticação e utilidade cresceram substancialmente. Atualmente não basta mais levantar meia dúzia de dados estatísticos de produtividade externa para justificar comparação direta. (PRICE WATERHOUSE, 1990) O benchmarking está diretamente relacionado com o planejamento estratégico para gestão de projetos e pode ter um efeito pronunciado sobre a base corporativa dependendo da rapidez com que as mudanças são implementadas. Nos últimos anos, as empresas descobriram que as melhores práticas podem ser comparadas com as organizações que não necessariamente se enquadram em sua linha de atuação. Redes para fins de benchmarking no escritório de projetos poderão fazer parte do futuro próximo da maioria das empresas. As redes de escritório de projetos poderiam transpor setores e continentes. Alem disso torna-se comum até mesmo para concorrentes o compartilhamento de conhecimentos em gestão. Entretanto, atualmente, parece que a maioria do benchmarking em gestão de projetos está sendo realizada por organizações totalmente voltadas para essa atividade. Tais organizações cobram uma taxa por seus serviços e conduzem simpósios para seus associados, compartilhando dados sobre as melhores práticas em gestão de projetos. Alem disso disponibilizam serviços de banco de dados para que uma organização possa se comparar com • Outras organizações do mesmo setor; • Outras organizações de diferentes setor; 28 • Outras respostas de funcionários na mesma organização; • Outras organizações de acordo com o tamanho; • Outras organizações de acordo com o tamanho do projeto. Algumas organizações oferecem uma grande resistência ao benchmarking. Os argumentos a essa prática seriam, entre outros: • Não se aplica a nossa empresa nem ao nosso setor • Não foi criado aqui • Estamos indo bem! Não precisamos disso • Vamos fazer o melhor sozinho • Por que mexer em algo que está indo bem? Devido a essas preocupações, o benchmarking pode ser uma atividade de alto risco em vista do temor diante das mudanças que podem ser recomendadas (KERZNER, 2006) O benchmarking é uma das mais antigas ferramentas de gestão. O seu propósito é estimular e facilitar as mudanças organizacionais e a melhoria de desempenho das organizações através de um processo de aprendizagem. Isto é feito de duas maneiras: 1 – Identificando resultados excelentes, geralmente mensurados através de métricas ou indicadores. Tais resultados servem de estímulo para os esforços de melhoria e dão uma garantia que, através de esforços inteligentes, tais resultados poderão ser igualados. 2 – Identificando as chamadas melhores práticas que, geralmente com alguma adaptação à cultura e às peculiaridades da organização, podem servir de referência para uma mudança que leve a melhores resultados. O objetivo principal de se fazer benchmarking é implementar mudanças que levem a melhorias significativas nos produtos e processos da organização e, consequentemente, nos seus resultados. Qualquer organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, de qualquer setor ou porte, pode utilizá-lo para entender e melhorar os seus processos. O benchmarking é uma das formas mais eficazes de se estabelecer metas e tem um efeito motivacional grande junto às equipes 29 5.2.1 • Tipos de Benchmarking Benchmarking competitivo Caracteriza-se por ter como alvo específico as práticas dos concorrentes. Na prática, é o menos usual uma vez que é quase impossível que as empresas se prestem a facilitar dados que estão ligados diretamente com a sua atividade à concorrência. Por isso muitas vezes é necessário contratar uma consultora externa para obter informações sobre o Benchmarking Competitivo. • Benchmarking interno A procura pelas melhores práticas ocorre dentro da própria organização em unidades diferentes (outros departamentos, sedes, etc.). Tem como vantagens a facilidade para se obter parcerias, custos mais baixos e a valorização pessoal interna. A grande desvantagem é que as práticas estarão sempre impregnadas com os mesmos paradigmas. Este é o tipo mais utilizado. • Benchmarking genérico Ocorre quando o benchmarking é baseado num processo que atravessa várias funções da organização e pode ser encontrado na maioria das empresas do mesmo porte, como por exemplo, o processo desde a entrada de um pedido até a entrega do produto ao cliente. É neste tipo de benchmarking que encontramos a maioria dos exemplos práticos e onde as empresas estão mais dispostas a colaborar e a ser mais verdadeiras. • Benchmarking funcional Baseado numa função específica, que pode existir ou não na própria organização e serve para trocarmos informações acerca de uma atividade bem definida como, por exemplo, a distribuição, o faturamento ou embalagem. Alguns autores vinculam o conceito de benchmarking funcional ao benchmarking genérico, pela possibilidade dos mesmos serem utilizados sem se levar em consideração a concorrência direta da organização que aprende ou patrocina o estudo e a organização "investigada". (Fonte SITE WIKIPÉDIA) 5.3 PMBOK O Project Management Body Of Knowledge ou simplesmente PMBOK Guide é o principal documento de referência do PMI, embora não seja o único. 30 Como o próprio nome em português diz, ele é “Um Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos”. Está atualmente na terceira edição, lançada em 2004. Como ele mesmo descreve o seu objetivo é: “O principal objetivo do Guia PMBOK® é identificar o subconjunto do Conjunto de conhecimentos em gerenciamento de projetos que é amplamente reconhecido como boa prática. “Identificar” significa fornecer uma visão geral, e não uma descrição completa. “Amplamente reconhecido” significa que o conhecimento e as práticas descritas são aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do tempo, e que existe um consenso geral em relação ao seu valor e sua utilidade. “Boa prática” significa que existe acordo geral de que a aplicação correta dessas habilidades, ferramentas e técnicas podem aumentar as chances de sucesso em uma ampla série de projetos diferentes. Uma boa prática não significa que o conhecimento descrito deverá ser sempre aplicado uniformemente em todos os projetos; a equipe de gerenciamento de projetos é responsável por determinar o que é adequado para um projeto específico.” (PMBOK 3ed., 2004). No PMBOK Guide encontram-se muitas definições e práticas que guiam na gerência de projetos em geral. O guia procura identificar e descrever aquela parte do PMBOK que é geralmente aceita. Significa nesse caso que os conhecimentos e práticas descritos são aplicáveis a maioria dos projetos na maioria das vezes e que há um consenso amplamente difundido sobre seu valor e utilidade. Geralmente aceita não significa, entretanto que os conhecimentos e práticas descritos devem ser praticados uniformemente em todos os projetos, a equipe de gerencia do projeto é sempre responsável pela escolha daquilo que é mais apropriado para o projeto. Alem disso o PMBOK Guide pretende fornecer também uma terminologia comum dentro da profissão e práticas para a linguagem oral e escrita sobre gerenciamento de projetos. ESCOPO CUSTO PRAZO As áreas do gerenciamento de projetos descrevem o gerenciamento de projetos em termos de seus processos componentes. Esses processos podem ser organizados em nove áreas integradas como ilustrado na figura a seguir. RH RISCOS INTEGRAÇÃO QUALIDADE AQUISIÇÕES COMUNICAÇAO 31 Figura 5: Áreas de conhecimento – FONTE: Manual Prático do Plano de Projeto (VARGAS, 1998) Cada um desses processos tem um detalhamento especifico e uma abrangência própria, porém está integrado a todo o momento com os demais formando um todo único e organizado. (VARGAS, 1998). A figura abaixo exibe o mapeamento dos 44 processos de gerenciamento de projetos nos cinco grupos de processos e nas nove áreas de conhecimento em gerenciamento de projetos. 32 33 Figura 6: Mapeamento entre os processos, os grupos de processos e as áreas de conhecimento de gerenciamento de projetos – Fonte (PMBOK 3ed., 2003) 5.4 PMI O PMI é uma associação mundial sem fins lucrativos com foco exclusivo em Gerenciamento de Projetos. Sua origem se deu em 1969 nos EUA através de cinco SP, 2008). O PMI é líder mundial no desenvolvimento de padrões para a prática de Gerenciamento de Projetos. Sua principal publicação é um guia com práticas de gerência de projetos chamado de “A Guide to the Project Management Body of Knowledge” ou mais popularmente PMBOK Guide (PMI-SP, 2008). Olhando para a história cronológica do PMI pode-se perceber a evolução do gerenciamento de projetos nas empresas pelo mundo inteiro e o quanto que a internet contribuiu para este crescimento. Iniciando em 1969 com cinco associados, no final da década de 70, aproximadamente 10 anos após, o número havia crescido para pouco mais de 2.000 associados. Em 90 esse número havia aumentado para 8.500. No início dos anos 2000 já eram mais de 50.000 associados e hoje, em apenas oito anos, esse número já passa de 270.000 (PMI-SP, 2008). 5.5 Melhoria Continua Considerando que o escritório de projetos é um repositório de propriedade intelectual em gestão de projetos, ele detém a melhor posição para identificar oportunidades de aperfeiçoamento continuo. Como ponto de partida, as oportunidades aperfeiçoamento continuo podem ser classificadas como mostra a figura abaixo. de 34 Figura 7: Fatores a serem considerados para melhoria continua – FONTE: As Melhores práticas (KERZNER, 2006) Atividades típicas de cada categoria poderiam ser: • Melhoria de processos existentes Integração de um novo software ou atualização do existente Uso e aplicação mais fáceis das ferramentas existentes Melhor interface cliente/provedor Convencer a outras organizações internas a utilizarem a metodologia gestão de projetos • Processos integrados Integração de outros sistemas, tais como gerenciamento de riscos e de mudanças, ao sistema de gestão de projetos Integração de outros bancos de dados da corporação a um sistema integrado de internet disponível para todos. Integração ou maior compatibilização dos bancos de dados de clientes e provedores com o banco de dados da empresa. • Questões Culturais Melhor gerenciamento de mudanças necessárias no comportamento organizacional. 35 • Superação de barreiras culturais Benchmarking Aperfeiçoamentos no processo de benchmarking Aumento do número de parceiros para benchmarking • Questões administrativas Melhorias na responsabilidade pelos projetos Aperfeiçoamentos no gerenciamento de comunicações com os interessados nos projetos Projeções de futuros níveis de habilidade de recursos versus as capacidades atuais. (KERZNER, 2006). 6 6.1 MATURIDADE E MELHORES PRÁTICAS Melhores Práticas em Gestão de Projetos Muitas empresas consideram alguns dos principais fatores críticos do sucesso e indicadores de desempenho como sendo as melhores práticas. As melhores práticas são atividades ou processos reutilizáveis que continuamente agregam valor ao produto final dos projetos. As melhores práticas também podem aumentar a probabilidade de sucesso de cada projeto. Mas, enquanto tudo isso soa como algo ideal, persiste a questão fundamental de quem define o que é ou não é uma boa prática. As melhores práticas são definidas internamente na empresa, observando-se o que funcionou bem e o que tem maior probabilidade de funcionar bem no futuro se for repetido em todos os projetos e com vários clientes. Uma empresa identificou uma questão crítica na relação entre qualidade e satisfação do cliente. A empresa concentrouse intensamente na qualidade dos projetos quando descobriu que estava sacrificando a satisfação do cliente para melhorar a qualidade. Quando os administradores reorientaram seu foco para satisfação do cliente, perceberam que a qualidade também havia melhorado. Portanto, a empresa concluiu que a satisfação do cliente era agora 36 uma das melhores práticas da empresa. Todo o pessoal da empresa foi então instruído a concentrar-se na satisfação do cliente. O que funciona bem como melhor prática em uma empresa pode não funcionar do mesmo modo em outra. Por exemplo, se estivéssemos nos comparando com a empresa mencionada, poderíamos erroneamente concluir o foco no cliente em vez de na qualidade deveria ser uma das melhores práticas em nossa empresa. Entretanto, nossa empresa poderá, com isso, piorar em qualidade em vez de melhorar. As melhores práticas podem aparecer nas relações de trabalho, no desenho de modelos e na forma como as metodologias de gestão de projetos são usadas e implementadas. As melhores práticas podem acontecer em qualquer lugar. Para chegar a maturidade e a excelência na gestão de projetos, não devemos deixar as coisas ao acaso nem a partir para experiências de tentativas e erros. Ao contrário, deve haver um processo estruturado em que os funcionários possam ver a luz no fim do túnel. Se os fatores críticos para o sucesso e os principais indicadores de desempenho puderem ser identificados com antecedência, haverá boas chances de que um processo para a maturidade e excelência possa ser definido. (KERZNER, 2006) Figura 8: Projetos fracassados em empresas com gestão de projetos – FONTE: As melhores práticas (KERZNER, 2006) 37 6.2 Maturidade na gestão de Projetos É importante compreender que todas as empresas atravessam seus próprios processos de maturidade, e que se trata de um processo que deve preceder a excelência. A curva do processo de aprendizado para a maturidade é medida em anos. As empresas comprometidas com a utilização da gestão de projetos poderão ter a sorte de atingir a maturidade em cerca de dois anos, enquanto uma empresa típica pode levar até cinco anos. Em determinadas culturas, define-se maturidade como cabelos brancos, calvície e idade. Em gestão de projetos, nada mais longe da realidade. A maturidade em gestão de projetos é o desenvolvimento de sistemas e processos que por natureza repetitivas e garantem alta probabilidade de que cada um deles seja um sucesso. Apenas aumentam a sua probabilidade. Uma empresa pode ser madura em gestão de projetos e não ser excelente. A definição de excelência vai além da definição de maturidade. Quando as empresas desenvolvem sistemas e processos maduros, surgem dois benefícios adicionais: primeiro, o trabalho é executado com o mínimo de mudanças de escopo; e segundo, os processos são definidos de maneira a causarem o mínimo de problemas para o negocio principal da empresa. A figura abaixo mostra as fases do ciclo de vida para a maturidade em gestão de projetos. Praticamente todas as empresas que alcançaram algum grau de maturidade passaram por essas fases. A cultura da organização e a natureza do negocio irão ditar o tempo gasto em cada uma delas. (KERZNER, 2006) 38 Figura 9: As fases do ciclo de vida da maturidade de um projeto – FONTE: As melhores práticas (KERZNER, 2006) 7 7.1 METODOLOGIA Sobre Metodologia A metodologia, por definição, significa o estudo dos métodos, ou “receita”, para as etapas a serem seguidas em um determinado processo, e são fundamentais para o desenvolvimento dos projetos, desde que bem aplicados de acordo com as necessidades da empresa e do projeto, pois não existe uma receita perfeita para todos. Observando projetos bem sucedidos, mesmo aqueles que ocorreram antes da formação do conceito de gerenciamento de projeto, nos perguntamos o que fez estes projetos obterem sucesso? E tudo se resume a uma única resposta: Pessoas. Pessoas competentes, com domínio de conhecimento na área em que atuavam e muito bom senso, o que é diferente de senso comum, e trabalhando sempre em equipe, visando o sucesso do resultado dela como um todo. Processos são fundamentais para uma empresa, mas aqueles que são automatizados, as máquinas que cuidem deles. Cada empresa deve desenvolver seus próprios processos para cada projeto, lançando mão ou não das teorias existentes para as metodologias. Um modelo tem como objetivo estabelecer - com base em estudos, históricos e conhecimento operacional – um conjunto de "melhores práticas" que devem ser utilizadas para um fim específico, podendo nem sempre ser a melhor opção, o que deve ficar a cargo de cada um determinar se determinada prática é a melhor ou não, deve ser usada ou não. 39 Algumas empresas não possuem metodologias a serem seguidas, ou então utilizam metodologias extremamente complicadas e burocráticas, dificultando assim o trabalho de seus funcionários. Muitas das empresas têm suas funções a serem seguidas, porém não existe uma forma de executá-las, onde implica desde comunicação de informações do trabalho a ser executado até o cronograma a ser cumprido. Por esses motivos questiona-se quais os fatores de sucesso e fracasso na implantação de gestão de projetos em pequenas empresas. Com organização, planejamento, metas e prazos bem definidos, a empresa já tem um bom começo para obter sucesso em seu projeto. O mercado atual está muito exigente e, portanto as empresas devem produzir trabalhos de qualidade com agilidade e rapidez, a fim de satisfazer o cliente. De acordo com os autores do livro “Implantando a Governança de TI”, Aguinaldo Fernandes e Vladimir de Abreu (2006), existem alguns modelos que sustentam as melhores práticas para se trabalhar com tecnologia da informação (TI), por exemplo. Estes modelos vêm surgindo e sendo elaborados nas ultimas décadas, sendo alguns originados, derivados e ou evoluídos de outros modelos. Desta forma, cria-se a idéia de que se têm os modelos que se destacam formando uma carteira de modelos de melhores práticas. O quadro a seguir destaca estes modelos. Modelo de melhores práticas COBIT – Control Objectives for Information and related Technology Escopo do modelo Modelo abrangente aplicável para a auditoria e controle de processos de TI, desde o planejamento da tecnologia até a monitoração e auditoria de todos os processos. CMMI – Capability Maturity Model Desenvolvimento de produtos e projetos de Integration sistema de software. ITIL – Information Technology Infraestruture Library Infra-estrutura de tecnologia da informação (serviços de TI, segurança, gerenciamento da infraestrutura, gestão de ativos e aplicativos etc.). BS 7799, ISO/IEC 27001 e ISO/IEC Código de prática para a gestão da segurança 17799 da informação Segurança da informação. Modelos ISO – International Sistema de qualidade, ciclo de vida de Organization for Standardisation software, teste de software etc. 40 PRINCE2 - Project in controlled Project in controlled enviroment Metodologia enviroment PMBOK - Projetc Management Body de gerenciamento de projetos. of Knowledge Base de conhecimento em gestão de projetos. Metodologia ágil em gerenciamento de SCRUM projetos Metodologia para melhoramento da qualidade Six Sigma de processos. SAS 70 – Statement on Auditing Standards for services Regras de auditoria para empresas de serviços. Figura 10: Principais modelos de melhores práticas - FONTE: Implantando a Governança de TI 7.2 Benefícios de uma metodologia – padrão Para as empresas capazes de entender a importância de uma metodologia-padrão, os benefícios são inúmeros. Elas podem ser classificadas como benefícios de curto e de longo prazo. Os de curto prazo têm uma boa descrição nas palavras de Michael Peplowski, da ISK Biosciences: • Diminuição do tempo de ciclo e dos custos • Planejamento realistas com grandes possibilidades de atingir o cronograma previsto • Melhor comunicação quanto ao “quê”se espera dos grupos e “quando” • “Feedback” conhecimento adquirido ou lições aprendidas Estes benefícios de curto prazo têm seu foco nos KPIs, ou melhor, na execução da gestão de projetos. Os benefícios de longo prazo parecem focar mais os fatores críticos de sucesso (CSFs) e a satisfação dos clientes. Os benefícios de longo prazo no desenvolvimento e na execução de metodologias universais incluem: • Maior rapidez na entrega ao mercado mediante controles mais rígidos • Redução global dos riscos no programa • Melhor gerenciamento do risco, que conduz a uma melhor tomada de decisões • Aumento da confiança e satisfação do cliente, que conduz ao aumento dos negócios e a expansão das responsabilidades para a categoria principal de provedores 41 • Ênfase na satisfação do cliente e no valor agregado, ao invés de disputas internacionais entre os grupos em detrimento as disputas internas entre grupos funcionais • Comparações de desempenho (benchmarking) e aperfeiçoamentos continuados se tornam mais fáceis e rápidos. Talvez o maior benefício de uma metodologia de classe mundial seja a aceitação e o reconhecimento que encontram entre seus clientes. Se um dos clientes importantes desenvolverem sua metodologia própria, ele pode “forçá-lo”a aceitá-la e utilizá-la como condição para continuar sendo seu provedor. Mas se for possível provar ao cliente que se dispõe de metodologia superior ou igual à dele, essa metodologia será aceita e o ambiente de confiança será ainda maior. O desenvolvimento de uma metodologia padrão que abarque a maioria dos projetos de uma empresa e seja aceita por toda a organização é um empreendimento difícil. A parte mais árdua provavelmente será garantir que a metodologia sustente a cultura da organização e as metas e objetivos estabelecidos pela administração. As boas metodologias devem ser flexíveis. (KERZNER, 2006) 7.3 SCRUM Uma metodologia ágil para gerenciar e controlar projetos, baseada em ciclos de 30 dias chamados Sprints, onde se trabalha para alcançar objetivos bem definidos. Estes objetivos são representados no Product Backlog, uma lista de coisas para fazer que é constantemente atualizada e repriorizada. Uma de suas principais características é aumentar a comunicação e maximizar a cooperação no projeto entre os envolvidos. Scrum permite manter o foco na entrega do maior valor de negócio, no menor tempo possível. Isto permite a rápida e contínua inspeção do software em produção (em intervalos de duas a quatro semanas). As necessidades do negócio é que determinam as prioridades do desenvolvimento de um sistema. As equipes se auto organizam para definir a melhor maneira de entregar as funcionalidades de maior prioridade. Entre cada duas a quatro semanas todos podem ver o real software em produção, decidindo se o mesmo deve ser liberado ou continuar a ser aprimorado por mais um “Sprint”, e obrigatoriamente atende estas especificações: 42 1. Atender o propósito solicitado 2. Ser inteligível. 3. Suficientemente preciso. 4. Suficientemente consistente. 5. Suficientemente detalhado. 6. Provedor de um valor positivo. 7. Ser o mais simples possível. No SCRUM, o sistema é entregue quando não existirem mais itens no Product Backlog a serem desenvolvidos. 7.3.1 Breve História Inicialmente, o Scrum foi concebido como um estilo de gerenciamento de projetos em empresas de fabricação de automóveis e produtos de consumo, por Takeuchi e Nonaka no artigo "The New New Product Development Game" (Harvard Business Review, Janeiro-Fevereiro 1986). Eles notaram que projetos usando equipes pequenas e multidisciplinares (cross-functional) produziram os melhores resultados, e associaram estas equipes altamente eficazes à formação Scrum do Rugby (utilizada para reinício do jogo em certos casos). Jeff Sutherland, John Scumniotales e Jeff McKenna documentaram, conceberam e implementaram o Scrum na empresa Easel Corporation em 1993, incorporando estilos de gerenciamento observados por Takeuchi e Nonaka. Em 1995, Ken Schwaber formalizou a definição de Scrum e ajudou a implantá-lo em desenvolvimento de software em todo o mundo. 7.3.2 Como funciona o Scrum? Definição do Backlog: todas as funcionalidades ou mudanças no produto são definidas pelo Product Owner no Product Backlog. Esta lista é priorizada para refletir a necessidade dos clientes ou demandas do mercado. Os itens do topo da lista são destacados para serem entregues no final do próximo Sprint. 43 Product Backlog: É uma lista que formaliza todos os requisitos de um produto priorizados que se pretende fazer ou que se precisa construir no projeto. Cada item desta lista representa um requisito funcional, ou requisito não funcional, ou questão de tecnologia / infra-estrutura. Os itens com maior prioridade nesta lista são os requisitos mais desejados do produto. Num projeto real, o Product Backlog nunca é finalizado. Existe uma natural evolução e maturidade dos requisitos nesta lista. Requisitos novos podem aparecer, requisitos existentes podem perder prioridade e podem até serem eliminados. Apesar de se permitir que áreas usuárias manifestem seus pedidos nesta lista, somente o Product Owner pode priorizar o Backlog. Atualização do Product Backlog: O Product Owner é responsável por re-priorizar toda lista de itens do Product Backlog para que um próximo Sprint possa ser iniciado motivado pelos mais prioritários itens. Figura 11: Ilustração do processo Scrum 7.3.3 Níveis de planejamento O processo SCRUM possui 5 níveis de planejamento: 44 Figura 12: Níveis de planejamento do SCRUM • Nível 1 – Visão do Produto: Neste nível são definidas todas as características do produto que se quer desenvolver. • Nível 2 – Roadmap do Produto: Neste nível o produto é dividido em releases para que sejam desenvolvidos pela equipe. • Nível 3 – Release: Neste nível é realizado um plano de desenvolvimento para cada release, um release pode ser desenvolvido usando mais de uma sprint (iteração). • Nível 4 – Sprint (Iteração): Neste nível é definida todas as tarefas que serão realizadas em uma sprint (iteração). • Nível 5 – Daily (Diário): Neste nivel é definido como será o trabalho em cada dia de execução do sprint, bem como relatar o que deu certo e errado nas tarefas. 45 Andamento do Sprint: durante o Sprint, os itens do Product Backlog que devem ser entregues são agora tratados no Sprint Backlog. As tarefas agora são responsabilidade da Equipe, que tem autonomia para decidir como elas devem ser executadas. Reuniões diárias: o Scrum Máster se reúne diariamente com a Equipe em um mesmo horário, para que se reporte: - O que foi feito ontem? - O que se pretende fazer hoje? - Quais são os impedimentos que estão atrapalhando a execução das tarefas? Revisões: no final do Sprint a Equipe demonstra os resultados para o Product Owner e demais interessados, de forma que os itens do Backlog considerados prontos e então possa se iniciar um novo Sprint. 7.3.4 Papéis e responsabilidades Scrum Team - Equipe constituído de 5-9 pessoas - Responsável pela entrega das tarefas - Não há papeis definidos dentro da equipe - A equipe define tarefas e atribuições - Mantém o Sprint Backlog - Conduz a Sprint Review Product Owner - Define a Visão do produto - E o representante do cliente - Define e prioriza os recursos do produto - Gerencia os Backlogs do produto. Scrum Master - É um facilitador, não um administrador - Mantém os gráficos do Sprint Burndown - Conduz a retrospectiva de Sprint no final de um Sprint. - Realiza diariamente 15 min de reuniões com a equipe. - Auxilia o Produtc Owner a maximizar o retorno do investimento. 46 7.3.5 Ferramentas utilizadas Taskboard: Quadro visível a todos contendo objetivos do sprint, itens de backlog, tarefas em andamento, itens finalizados e gráficos diários do Sprint Burndown Figura 13: Taskboard Cada linha no Quadro de Tarefas é um item do Product Backlog (neste exemplo, estórias). Durante a Reunião Sprint Planning a equpe define os itens do Product Backlog que eles conseguem concluir durante o próximo Sprint. Cada item do Product Backlog é desdobrado em vários itens de Sprint Backlog. Cada um deles é representado por um cartão de tarefa que é colocado no Quadro de Tarefas na coluna "A fazer". Burndowm: O gráfico de Burndown é uma forma visual e rápida de enxergar o status atual do projeto. Ele possui uma estrutura simples, onde: - Eixo X: representa os dias do sprint - Eixo Y: representa o trabalho restante O trabalho restante pode ser definido de acordo com a sua necessidade. Algumas pessoas utilizam pontos, algumas pessoas utilizam horas, outros dias e assim por diante. 47 O uso com pontos, geralmente ocorre com a atualização do gráfico apenas quando uma user story é finalizada. Ou seja, teoricamente teremos um gráfico cuja linha será horizontal até a finalização de uma tarefa, algo mais ou menos com está apresentado abaixo: Figura 14: Taskboard com o gráfico de Burndown 7.3.6 Prós na utilização do Scrum São utilizados indivíduos e relacionamentos ao invés de processos e ferramentas e equipes pequenas que resultam maior compartilhamento de informações. É quase desnecessário dizer que num projeto de software os indivíduos são mais importantes que ferramentas e processos. Apesar de todo mundo concordar com isso, a prática é mais rara. As chances de sucesso em um projeto são muito maiores em times onde há uma boa comunicação, onde há entendimento e cooperação mútua. O Fortalecimento do Trabalho em Equipe gera: • Mais Comprometimento • Maior Produtividade • Mais Visibilidade 48 • Mais Assertividade nas Estimativas • Maior Satisfação do Cliente Com uma versão funcional do produto, o cliente pode interagir e avaliar o software. Sentir como o software funciona, mesmo que seja apenas uma pitada, como um pequeno trailer do filme. O gerente de produto pode usar o software para avaliar se suas expectativas foram cumpridas e se a sua forma de comunicação com o time foi eficiente. Do ponto de vista técnico, o time de desenvolvimento pode provar que a arquitetura e tecnologias usadas para desenvolver o produto são funcionais, sem contar com a satisfação que é ter algo concreto para mostrar ao final de cada Sprint. Como numa guerra, cada Sprint terminado é uma batalha vencida e uma coleção de batalhas sucedidas na maioria das vezes leva à vitória. Ter um software funcionando ao final de cada Sprint é uma das peças chaves do SCRUM. Um Sprint ou interação é um intervalo geralmente de duas a quatro semanas onde o desenvolvimento de software ocorre. Algumas vantagens deste ciclo interativo são: • O conjunto de tarefas a ser cumprido é menor, o que os torna mais fácil discutir, priorizar, entender, estimar e executar; • O acompanhamento do andamento do projeto é simplificado e mais eficiente, já que trabalha com um número reduzido de tarefas; • Ao final de cada sprint, o desempenho do projeto é visível para todos e pode ser facilmente comunicado para a gerência, que por sua vez tem a chance de fazer correções e tomar melhores decisões sobre o produto. • Ao final de cada sprint, o time também tem a oportunidade de avaliar o que deu certo e errado e fazer melhorias para a próxima interação, ficando mais eficiente a cada novo ciclo. Em um projeto SCRUM, o cliente é parte integral do time, trabalhando diariamente com os desenvolvedores e Scrum-Master (Scrum-Master é uma posição semelhante ao gerente de projetos). No projeto ideal, o Scrum-Master e desenvolvedores não precisam nunca tomar uma decisão sobre uma regra de negócio, pois o cliente está sempre disponível. O cliente está sempre envolvido, esclarecendo regras de negócio, participando da demonstração do software ao final de cada Sprint, oferecendo 49 feedback e atento às mudanças e suas conseqüências. O time consegue trabalhar e concentrar esforços no que é realmente importante no momento. As mudanças são uma das poucas coisas que podemos ter como certeza no início de cada projeto. Planejamento é importante, uma metodologia ágil reconhece isso, mas o mais importante é que o time possa absorver as mudanças que tornam o produto final melhor. A cada novo Sprint, o “Product Owner” tem a chance de alterar a prioridade ou adicionar novas tarefas a serem executadas durante o Sprint. Vale à pena ressaltar que o time de desenvolvimento tem total controle sobre o número de itens a serem trabalhados durante o Sprint, baseados no tamanho das tarefas e duração do Sprint. É errôneo pensar que SCRUM, por exemplo, não enfatiza planejamento. A diferença é que o planejamento é dividido em vários Sprints. Se há a necessidade, por exemplo, de integração com um sistema legado, o planejamento de tal atividade acontece durante o Sprint, onde os detalhes são levantados, a prioridade é definida e o real valor para o negócio entendido. Se a tarefa é muito complexa, ela pode ser dividida em sub-tarefas que são então alocadas em dois ou mais Sprints, onde no primeiro faz-se o planejamento e no segundo acontece a execução. 7.3.7 • Contras na utilização do Scrum Suporte limitado para ambientes de desenvolvimento distribuído Equipes distribuídas geograficamente tem maior dificuldade de iterações diárias. Nestes casos é necessário o uso sistemático de fórum, chat ou outros que permitam boa iteração da equipe. • Dificuldade de adaptação por causa do velho hábito ainda fizemos algumas estimativas pensando em quem iria fazer cada atividades quando o ideal seria estimar sem esse direcionamento. • Utilização de ferramentas específicas Em locais em que não há espaço para quadro branco, é necessária a utilização de ferramentas SCRUM para cadastrar e gerenciar os Backlogs e atividades dos Sprints, o que acaba tirando um pouco do dinamismo do SCRUM. 50 8 GERENCIAMENTO DE TEMPO 8.1 Introdução O tempo é um item cuja disponibilidade deve ser rigidamente administrada no projeto. A gestão de tempo depende de muito sincronismo das atividades dos vários agentes do projeto. No âmbito do projeto, há uma crítica seqüência de interações em que fornecedores internos precisam abastecer clientes internos de produtos, serviços, informações etc. Assim, torna-se necessário observar um perfeito ajustamento de todos os processos produtivos desde entregas de insumos, duração das atividades e dos procedimentos de transformação, transportes diversos e etc. Se toda a gestão de tempo puder ser resumida em poucas palavras, pode-se dizer que ela consiste no cuidadoso preparo de um cronograma e no seu criterioso controle, para que o projeto seja concluído no tempo previsto. (VALERIANO, 2005) A abordagem ágil (SCRUM), assim como a abordagem tradicional (PMBOK), possui características positivas e negativas, sendo que a principal diferença entre as duas está no conjunto de pressupostos de cada uma. É possível afirmar, ainda, que existe uma sinergia muito grande entre as duas metodologias, ou seja, uma pode complementar a outra. 8.2 Gerenciamento Ágil O gerenciamento ágil surgiu a partir dos conceitos de desenvolvimento rápido como uma alternativa para tratar com o ambiente competitivo do mercado atual que exige resultados imediatos, sob condições de altas incertezas e constantes mudanças. O gerenciamento ágil fundamenta-se pelo planejamento rápido, com reuniões intensivas e com a participação de todos os envolvidos com o objetivo de obter o plano do projeto aprovado e pela participação efetiva do cliente em todas as fases do projeto atuando na definição, validação e aprovação do trabalho a ser realizado em conjunto com a equipe do projeto, pelo ambiente de colaboração entre os membros da equipe e pela rápida incorporação de alterações durante o ciclo de vida do projeto. (RIBEIRO, 2007) 51 8.3 Gerenciamento de Projetos Tradicional O gerenciamento de projetos tradicional baseia-se em processos bem definidos e documentados que passam por melhorias contínuas nas diversas organizações. No gerenciamento tradicional o foco está no processo, portanto o suporte gerencial, a comunicação e a infra-estrutura organizacional são requisitos chaves para o sucesso do empreendimento. (BOEHM, 2002) Características Modelo ágil Modelo Tradicional controlado Premissa fundamental Ênfase na agilidade Ênfase no controle operacional Condução dos trabalhos Baseado em processos empíricos Baseado em processos formais Escopo da solução Centradas no desenvolvimento Englobam todas as disciplinas Profundidade da abordagem Definir apenas o quê deve ser feito Definir o quê e como deve ser feito Foco dos profissionais Atuação local (por projeto) Atuação global (por disciplina) Abordagem estratégica Atender melhor o curto prazo Atender melhor o longo prazo Palavras chaves Pessoas, feedback, adaptação Maturidade, estrutura, padronização Modelos de implementação Xp, scrum, fdd, apm, lean, crystal e dsdm CMMI, RUP, ITIL, ISO, PMI Frase que resume sua filosofia Aproxime sua equipe do cliente, Não podemos melhorar o que não simplifique o projeto e aumento sua podemos controlar produtividade Figura 15: Comparação entre os modelos Ágil e Tradicional 8.4 Gestão de Tempo pelo PMBOK Os processos de definição e estimativa de esforço e duração das atividades são comuns aos dois métodos, que irão diferir na forma de elaboração do cronograma. A elaboração de um cronograma detalhado de todas as atividades para a execução do projeto é uma característica do método tradicional. Porém, em função do tempo disponível ou das incertezas que envolvem o projeto torna-se uma projeção, sujeito a constantes alterações que podem levar a perda do controle do prazo ou insegurança por parte dos envolvidos. No método ágil o cronograma é orientado ao produto que será produzido em cada iteração, que é planejada de acordo com a prioridade funcional definida pelo cliente. 52 Estas iterações devem ter duração de duas e quatro semanas para atender rapidamente às necessidades do cliente. Nesta situação o prazo final não está claramente definido. No entanto, como o cliente recebe produtos constantes de acordo com sua própria orientação, há uma redução dos conflitos pela cumplicidade no processo. O gerenciamento de tempo do projeto inclui os processos necessários para realizar o término do projeto no prazo. Os processos de gerenciamento de tempo do projeto incluem os seguintes: • Definição da atividade – identificação das atividades específicas do cronograma que precisam ser realizadas para produzir as várias entregas do projeto. • Seqüenciamento de atividades – identificação e documentação das dependências entre as atividades do cronograma. • Estimativa de recursos da atividade – estimativa do tipo e das quantidades de recursos necessários para realizar cada atividade do cronograma. • Estimativa de duração da atividade – estimativa do número de períodos de trabalho que serão necessários para terminar as atividades individuais do cronograma. • Desenvolvimento do cronograma – análise dos recursos necessários, restrições do cronograma, durações e seqüências de atividades para criar o cronograma do projeto. • Controle do cronograma – controle das mudanças no cronograma do projeto Esses processos interagem entre si e também com processos de outras áreas de conhecimento. Cada processo pode envolver o esforço de uma ou mais pessoas ou de grupos de pessoas, com base nas necessidades do projeto. Cada processo ocorre pelo menos uma vez em todos os projetos e ocorre em uma ou mais fases do projeto, se o projeto estiver dividido em fases. Embora os processos sejam apresentados aqui como componentes distintos com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir . (PMBOK, 2003) Vejamos algumas situações nas duas formas de gerenciamento tanto tradicional quanto ágil. 53 9 COMPARAÇÃO DA GESTÃO DE TEMPO NOS MÉTODOS AGIL E TRADICIONAL 9.1 Estimativa da duração das atividades 9.1.1 Estimativa no Gerenciamento Ágil No Scrum é utilizado uma forma diferente de estimar o tempo usando uma técnica chamada planning poker. Estimar é uma atividade da equipe – cada membro é freqüentemente envolvido pra estimar cada estória. Por que? • Quando vamos planejar, normalmente nós não sabemos exatamente quem vai implementar quais partes de quais estórias. • Estórias normalmente envolvem diversas pessoas e diversos tipos de expertise (design de interface de usuário, codificação, teste, etc). • Para prover uma estimativa, o membro da equipe precisa de algum tipo de entendimento do quê trata a estória. Pedindo para todos estimarem cada item, nós nos certificamos que cada membro da equipe compreende do que cada item se trata. Isso aumenta a probabilidade de que os membros se ajudarão durante o sprint. Isso também aumenta a probabilidade de que questões importantes sobre a estória surjam cedo. • Quando pedimos que todos estimem uma estória, freqüentemente descobrimos discrepâncias onde duas pessoas da equipe têm estimativas bastante diferentes para a mesma estória. Esse tipo de coisa é melhor ser descoberto e discutido o quanto antes. Se você pedir à equipe para que gere uma estimativa, normalmente a pessoa que melhor entende a estória será a primeira a revelar a sua. Infelizmente, isso afetará fortemente as estimativas de todo o resto. Há uma técnica excelente para evitar isso – ela é chamada planning poker. Cada membro da equipe recebe um baralho de 13 cartas. Sempre que uma estória deve ser estimada, cada membro escolhe uma carta que representa a sua estimativa de tempo (em pontos por estória) e coloca-a virada para baixo sobre a mesa. Quando todos os membros da equipe tiverem feito sua estimativa, as cartas são reveladas simultaneamente. Dessa forma, cada membro da equipe é forçado a pensar por si próprio ao invés de basear-se na estimativa de outra pessoa. Se houver uma grande divergência entre duas estimativas, a equipe discute as diferenças e tenta chegar a uma 54 visão comum do trabalho envolvido na estória. Eles podem fazer algum tipo de decomposição de tarefas. Depois disso, a equipe faz novamente à estimativa. Esse processo é repetido até que as estimativas de tempo cheguem a uma convergência, isto é, todas as estimativas sejam aproximadamente a mesma para cada estória. É importante lembrar aos membros da equipe que eles devem estimar a quantidade total de esforço envolvido na estória. Não é somente “a sua” parte do trabalho. O testador não deve somente estimar a quantidade de esforço de teste. (KNIBERG, 2004) Agora imagine que cada membro da equipe é a realização de um baralho de cartas, contendo os seguintes cartões: O Product Owner diz: Mais uma vez, a equipe começa a pensar quanto tempo a história vai tomar. 55 Desta vez ninguém se arrisca a falar sem pensar. Em vez disso, todos têm de apresentar um cartão de face para baixo, contendo sua estimativa. Todo mundo tem de apresentar um cartão, por isso, “D” e “E” despertam. “D” admite que ele estava dormindo. Todas as cartas são viradas simultaneamente, revelando todas as estimativas. Divergência em especial em “A” e “C”. Há a necessidade de discutir essa história e por que as suas estimativas são tão diferentes. Após alguma discussão, “A” percebe que ele se esqueceu de algumas tarefas importantes que devem ser incluídas na história. Já, “C” percebeu que incluiu tarefas a mais. Após o debate (3 minutos no total) é feita outra rodada, até que as estimativas tenham a mesma história. Convergência Eles concordam que uma estimativa de 5 deve estar perto o suficiente. Próxima história. 9.1.2 Estimativa das durações das atividades – Gerenciamento Tradicional Este processo objetiva os tempos necessários a execução das atividades já dispostas em suas precedências no diagrama de rede do projeto. O processo de estimativa das 56 durações das atividades é muito iterativo com o processo precedente e com o de gestão dos recursos. • Entradas: A lista de atividades provem do processo anterior e as hipóteses e restrições e os dados históricos são elementos auxiliares. As necessidades de recursos foram levantadas ao se determinar as declarações de trabalho e devem ter por base as atividades atualizadas. As disponibilidades de recursos foram levantadas nas declarações de trabalho e, se for o caso deve-se considerar as atualizações das listas de atividades. O correto conhecimento das disponibilidades de recursos e da avaliação de sua eficácia são fatores de grande importância para a estimativa da duração das atividades • Recursos e atividades As estimativas de duração das atividades são expressas em unidades de tempo (em dias ou semanas) e podem vir acompanhadas de indicativos de tolerância ou faixas de tempo mais prováveis como, por exemplo, 10 dias + ou – 2 ou então em porcentagem, 20 dias + ou – 10%. Entre os principais meios que permitem avaliar a duração das atividades estão a opinião de especialistas, as estimativas por analogia e outras atividades e métodos de simulação, segundo os quais é atribuída a cada atividade uma distribuição estatísticas de durações conforme várias hipóteses e, por processamento matemático, são determinadas as prováveis durações para todo o projeto. • Saídas Como resultado deste processo, obtem-se as estimativas de durações de atividades acompanhadas das hipóteses e restrições e demais bases das estimativas encontradas. As estimativas geralmente são figuradas no diagrama de rede do projeto ou em gráficos de barra. (VALERIANO, 2002) 9.2 Controle do Cronograma ou atividades 57 9.2.1 • Controle do Cronograma – Gerenciamento tradicional As entradas são provenientes dos processos: o Definição das atividades o Seqüenciamento das atividades o Estimativo de recursos das atividades o Estimativa das durações das atividades o Desenvolvimento do cronograma • Recursos e Atividades O sistema de controle de mudanças do cronograma aplica os procedimentos de mudanças estabelecidos no plano da gestão do cronograma. Este sistema inclui os documentos apropriados, define as pessoas autorizadas a participar das mudanças e procede ao rastreamento das mudanças. Ele é parte integrante do sistema geral de controle de mudanças do projeto. Como conseqüência dos resultados obtidos, expressos pelas medidas de desempenho e conseqüentes mudanças do cronograma, estas podem dar origem a replanejamento do projeto com reflexos em outras gestões, como a do pessoal, dos recursos, dos custos. O controle de cronograma de projeto foi pioneiro no emprego de software em gerenciamento de projetos, destinados a automatizar os trabalhos manuais anteriores. • Saídas O principal resultado deste processo são as atualizações do cronograma, dando origem as atualizações dos cronogramas subsidiários do projeto. Outras saídas são as ações corretivas e preventivas e as valiosas lições aprendidas como já enfatizado. (VALERIANO, 2002) 9.2.2 Gráfico de Burndown – Gerenciamento ágil Como funciona o gráfico de burndown, vejamos um gráfico de burndown: 58 Figura 16: Gráfico de Burndown Este gráfico mostra que: No primeiro dia do sprint, 1 de agosto, a equipe estimou que havia aproximadamente 70 pontos por estória de trabalho a serem feitos. Isso foi na verdade a velocidade estimada de todo o sprint. Em 16 de agosto a equipe estimou que havia aproximadamente 15 pontos por estória de trabalho a serem feitos. A linha de tendência tracejada mostra que eles estão aproximadamente dentro do prazo, isto é, neste ritmo eles completarão tudo até o final do sprint. Nós pulamos os finais de semana no eixo-x, uma vez que o trabalho raramente é executado aos finais de semana. Nós costumávamos incluir finais de semana, mas isso tornaria o gráfico de burndown um pouco confuso, já que o mesmo ficaria “reto ” nos finais de semana e isso poderia parecer um sinal de alarme. (KNIBERG, 2004) Sinais de alarme do quadro de tarefas Uma olhada rápida no quadro de tarefas daria a qualquer um uma indicação de quão bem o sprint está progredindo. O scrum master é responsável por garantir que a equipe haja quando surgirem sinais de alarme como: 59 Figura 17: Sinais de alerta no gráfico de Burndown 9.3 Estimando dias X horas Na maioria dos livros e artigos sobre Scrum, você vai encontrar que as tarefas são estimadas em horas, e não em dias. Costumávamos fazer isto. Nossa formula geral era: 1 homem-dia = 6 horas-homem reais. Atualmente deixamos de fazer assim, pelo menos na maior parte de nosso grupo, pelas seguintes razões: • As estimativas em homem-hora eram muito granulares, e isto provocava uma tendência a estimar muitas tarefas de 1-2 horas e a conseqüente micro gerencia. • De qualquer forma, como todos estavam pensando em temos de homens-dias, e simplesmente multiplicavam por 6 antes de escrever homem-hora. “Hmmmm, esta tarefa deve gastar um dia. 60 • Bom, tenho que escrever horas, então escrevo 6 horas”. Duas unidades diferentes podem causar confusão. “Esta estimativa é em homem-hora ou homem-dia? Assim, atualmente usamos o homem-dia para todas as nossas estimativas (embora continuemos chamando de pontos por estória - story points). Nosso menor valor é 0,5, isto é, qualquer tarefa que é menor que 0,5 será eliminada, combinada com outras tarefas ou receberá o valor de 0,5. (Não tem problema superestimar um pouco). Simples e elegante. O ponto-chave para diminuir a lacuna existente entre o uso das abordagens “tradicional” e “ágil” está em considerar, na escolha de uma ou de outra, as características do projeto a ser desenvolvido, ou seja, buscar aplicar a metodologia correta para o trabalho a ser realizado. Os projetos que têm como natureza a inovação tecnológica inviabilizam o uso da abordagem tradicional (PMBOK), pois o risco de ser necessário alterar um produto depois da conclusão de uma fase de seu ciclo de vida é bastante alto. A abordagem ágil (SCRUM) consegue uma adaptação muito fácil nesses casos de mudança (seja de requisitos ou de escopo do projeto). (KNIBERG, 2004) Por outro lado, a abordagem tradicional é mais adequada para projetos que necessitam de um forte planejamento e muita disciplina no processo, mas ela não promove uma ampla comunicação entre os membros de equipes diferentes e seus gerentes, o que também representa uma característica de modelo centralizado. (Kleber Nardi) 10 CARACTERISTICAS DOS MÉTODOS AGIL E TRADICIONAL 10.1 Características do Gerenciamento Tradicional O objetivo principal do gerenciamento tradicional está relacionado ao processo que suporte o desenvolvimento e permita o controle dos problemas durante o ciclo de vida do projeto (Nerur et al., 2005). A partir das informações históricas e da repetição obtémse a melhoria da capacidade do processo através da padronização, medição e controle do projeto (Boehm, 2002). 10.2 Características do Gerenciamento Ágil 61 A base do gerenciamento ágil está em responder rapidamente as alterações, na confiança nos membros da equipe e na realização de entregas freqüentes ao cliente permitindo estabelecer um ambiente colaborativo e integrado para a realização do projeto. A flexibilidade do método sugere sua aplicação em ambientes de projetos que tenham restrição de prazo, onde exista um nível elevado de incertezas e com alterações constantes. Além disso, considera-se recomendável sua utilização em projetos que tenham entre 5 a 10 pessoas devido ao nível mínimo de documentação que é produzido. O planejamento deve ser realizado de forma rápida com a participação efetiva de todos os envolvidos. O gerente do projeto conduz reuniões com todas as pessoas interessadas no projeto de forma a obter o consenso em relação ao plano do projeto e o comprometimento de todos. Da mesma forma que no gerenciamento tradicional, alterações substanciais no projeto podem gerar novas reuniões de planejamento. A equipe trabalha em grupos pequenos junto com o cliente. Os requisitos a serem implementados em cada ciclo são avaliados em conjunto e as decisões tomadas de forma colaborativa entre todos os envolvidos. O gerente de projetos exerce o papel de facilitador ou coordenador (Nerur et al., 2005). O cliente deve ser membro efetivo da equipe com conhecimento e domínio do processo de negócio que está sendo construído e com poder de decisão sobre as questões e alterações que surgirem durante a fase de construção. A comunicação é interpessoal e informal e o conhecimento é implícito, ou seja, está com cada membro da equipe. Para minimizar o impacto é recomendável a troca dos grupos de desenvolvimento nas iterações. 62 Figura 18: Quadro Comparativo entre as áreas de conhecimento no gerenciamento tradicional e ágil 11 CONCLUSÃO Gerenciamento de projeto está sendo cada vez mais abordado no mundo corporativo. O uso de técnicas, metodologias, modelos e certificações ou uso de termos como “melhor 63 prática”, “Benchmarking” e “Lições aprendidas” estão sendo cada vez mais procurados e utilizados pelas organizações. As empresas utilizam dessas técnicas para capacitar seus recursos, aprimorar o produto final, melhorar atendimento, melhorar resultados, se tornar reconhecido no mercado e etc., para fazer com que sua marca se torne mais valorizada por seus clientes e apresentem um alto nível de qualidade. O modelo ou metodologia a seguir não importa desde que se encaixe na estrutura. Neste trabalho podemos observar que nenhuma metodologia é melhor que a outra e sim depende do segmento que empresa possui. Para algumas empresas o método tradicional é mais eficaz do que o método ágil, mas nada impede a organização tente utilizar qual quer que seja a prática. Observamos também que a comunicação é um fator muito importante na implantação dessas técnicas, pois todos os envolvidos devem seguir em busca do mesmo objetivo para no final gerar bons resultados. Todos devem participar! O Scrum não é muito utilizado no Brasil, mas está começando a ganhar seu espaço. As empresas estão querendo trabalhar com um modelo que seja tão rápido quanto às constantes mudanças que acontecem nos projetos, para isso escolhem o modelo ágil. Encontramos a prática desse modelo em projetos de desenvolvimento de software, pois software é desenvolvido em funcionalidades e o Scrum possui essa característica de trabalhar em partes. O único problema é o prazo de entrega, por entregar em funcionalidades/partes pode ser que o tempo se prolongue mais do que o esperado. Não foram identificadas na pesquisa desse trabalho relatos de problemas relacionados ao tempo ou a qualquer outra área de conhecimento, ao contrário, as pessoas escrevem artigos, relatam suas experiências e seus conhecimentos para que as empresas tentem utilizar o método ágil. Acredito que como o Scrum está ganhando espaço agora é cedo para encontrarmos “lições aprendidas” principalmente em áreas não relacionadas a desenvolvimento de software. Independente da escolha, o importante e que o projeto seja gerenciado a fim de proporcionar melhoria nos processos e bons entregáveis, fazendo com que a empresa se destaque e desenvolva no mercado. 64 12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Adriane Monteiro Cavalieri; DINSMORE, Paul Campbell. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos : livro base de "preparação para certificação PMP - project management professional". Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. CAMP, Robert C. Benchmarking : o caminho da qualidade total: identificando, analisando e adaptando as melhores praticas da administração que levam a maximização da performance empresarial . São Paulo, SP: Pioneira, cl993. CAMP, Robert C. Benchmarking dos processos de negocios : descobrindo e implementando as melhores praticas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1996. GIDO, Jack; CLEMENTS, James P. Gestão de projetos. São Paulo: Thomson, 2007. KEELLING, Ralph. GESTÃO projetos: uma abordagem global. 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