Antibioticoterapia inicial nas Pneumonias Adquiridas na Comunidade: Novas diretrizes SBPT III Curso Nacional de Infecções Respiratórias BH, 2008 Marcelo Alcantara Holanda [email protected] Prof Terapia Intensiva e Pneumologia, Universidade Federal do Ceará UTI respiratória, Hospital de Messejana, Fortaleza www.huwc.ufc.br SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA COMISSÃO DE INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS E MICOSES PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMNIDADE DIRETRIZES BRASILEIRAS – 2008 Tratamento, falência terapêutica, prevenção EDITORES ●Ricardo Amorim Corrêa ●Fernando Lundgren ●Jorge L. Pereira-Silva (*) ●Rodney Frare e Silva GRUPO III (*) ●Alexandre Pinto Cardoso ●Flávia Rossi ●Manuela Cavalcanti ●Marcelo Alcantara Holanda Cortesia::Dr Jorge Pereira Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para atípicos – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica O primeiro passo na avaliação de pacientes com PAC Avaliação da Gravidade Leve Hospitalização Ambulatorial Co-morbidade ? e/ou > 60 anos? sim † 21 a 54% † 5 a 25% † < 1 a 5% não Grave Moderada a grave Hospitalização Qualquer idade com ou sem co-morbidade 20% Enfermaria 10% UTI ATS, 2001; SBPT, 2001 e 2004; ERS, 2005; IDSA / ATS, 2007 Pneumonia adquirida na comunidade grave Importância da escolha do(s) antibióticos Leroy et al, Intensive Care Med 1995;21:24 • 286 pac., mortalidade 28,5% • Terapêutica inicial eficiente c/ melhora em 72h 194 pac., mortalidade: 11% • Terapêutica ineficiente nas primeiras 72h: 92 pac., mortalidade: 60% Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Terapia empírica vs dirigida • Empírica • Vantagem: Menos falhas por cobertura inadequada • Desvantagem: Maior chance de indução de resistência • Dirigida • Vantagens Monoterapia Menor chance de indução de resistências • Desvantagens Maior risco de falhas K. Stralin Usefulness of aetiological tests for guiding antibiotic therapy in community-acquired pneumonia. Int J of Antimicrobial Agents, 2008 • • • • Estudo prospectivo, randomizado, aberto Terapia dirigida vs empírica 262 pacientes hospitalizados Desfecho 1º: Tempo de internação Terapia empírica: β lactâmico + inibidor de β lactamase + Eritromicina IV DESFECHO ATS, 1993 ●Permanência DIRIGIDO EMPÍRICO p 95%CI 13,7 12,8 0,63 -1,9 a 3,7 ●Falha terapêutica n(%) 26 (19) 27 (21) 0,74 -12% a 8% ●Admissão em UTI n(%) 11 (8) 11 (9) 0,91 -7% a 6% ●Mortalidade n(%) 10 (7) 18 (14) 0,09 -14% a 1% ●Efeitos adversos n(%) 23 (17) 77 (60) hospitalar (dias) <0,001 -0,5 a -0,3 MM van de Eerden, Thorax, 2005 Recomendação Tratamento empírico vs dirigido • A seleção do esquema terapêutico inicial para pacientes com PAC deve considerar os microorganismos de maior prevalência e fatores de risco. • O tratamento inicial dirigido a patógeno(s), embora preferível, na maioria das vezes não é factível. • Nos casos em que se identifica o(s) agente(s) etiológico(s) nos pacientes hospitalizados a terapêutica pode ser dirigida SBPT, 2008 PAC-Diagnóstico Etiológico Detecção de Antígenos na urina - Rapidez - Praticidade • S. Pneumoniae positivo mesmo se culturas negativas • Legionella - antígeno urinário - Sens.:70 a 90% - Especif.: > 99% - Somente Legionella pneumophila sorogrupo1 - RIA e EIA (Binax Now) - BIOTEST – outros sorogrupos e espécies Benson RF J Clin Microbiol. 2000 Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para atípicos – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Quinolona, Macrolídeo, Ketolídeo vs. Betalactâmico ± IBL Estudos (n= 2.000) Participantes (n=6.749) 30 países Estudos (n=100) Estudos (n=20) Estudos (n=18) Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005) Pró Antiatípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005) Pneumonias por Mycoplasma Pró Antiatípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005) Pneumonias por Chlamydia pn Pró Antiatípicos Pró β-lactâmicos Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005) Pneumonias por Legionella Pró Anti- atípicos Pró β-lactâmicos Cobertura para atípicos superior a β-lactâmico Mills GD et al. BMJ, doi:10.1136/bmj.38334.591586.82 (31 January 2005) Estudos (n=25) Participantes (n=5.244) “Anti-atípico” vs. Βeta-lactâmico Cobertura de antibióticos (atípicos vs. não-atípicos) Sem diferenças na mortalidade RR= 1,15 (95%CI 0,85-1,56) Robenshtok E et al. Cochrane Database of Systematic Reviers 2008; issue 2 Recomendações Necessidade de cobertura para atípicos • Em revisões sistemáticas não há evidências definitivas que comprovem a superioridade de esquemas terapêuticos com cobertura para atípicos vs βlactâmicos (monoterapia) em pacientes hospitalizados • Ensaios clínicos randomizados para comparar β-lactâmico (monoterapia) vs β-lactâmico + (macrolídeo ou quinolonas), elegendo taxa de mortalidade como desfecho primário, são necessários. SBPT, 2008 Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Objetivos da terapia combinada na PAC • Potencial sinergismo – sítios de ação distintos • Macrolídeos – efeito imunomodulador • Ampliar cobertura para atípicos e germes resistentes SBPT, 2008 Estudo observacional, prospectivo 515 Hospitalizados β lactâmico + macrolídeo vs Quinolonas Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2007 Terapia combinada (BL+M) vs monoterapia (Quinolona): Mortalidade em 30 dias: 50% menor - pacientes com PSI V Antimicrobial Agents and Chemotherapy 2007 Combination antibiotic therapy improves survival in patients with community-acquired pneumonia and shock Alejandro ER et al. Critical Care Med, 2007 • • • • Estudo observacional, prospectivo, 33 UTIs na Espanha 529 pacientes com PAC grave – UTI, 1/2 com choque Sem diferenças nos pacientes SEM choque Terapia combinada > monoterapia nos pacientes COM choque para sobrevida em 28d (RR, 1.69; 95% confidence interval, 1.09-2.60; p = .01) Mesmo ajustando para monoterapia adequada • Estudo observacional, prospectivo, internacional (Brasil) • N:844 , PAC por S pneumoniae e bacteremia Não grave Grave Am J Respir Critical Care Med, 2004 Recomendações Terapia combinada vs monoterapia • A terapia combinada não é superior à monoterapia em • pacientes de baixo risco. A terapia combinada deve ser recomendada para pacientes com PAC grave, sobretudo na presença de: - bacteremia, - insuficiência respiratória ou - choque SBPT, 2008 Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Timing of antibiotic administration and outcomes for Medicare patients hospitalized with community-acquired pneumonia Houck PM et al. Arch Intern Med 2004;164:637-44 • 13771 pacientes > 65 anos • Admitidos por PAC sem ATB prévio • Administração do ATB < 4 horas após chegada no Hospital – 60,9% dos pacientes • Mortalidade Hospitalar – 6,8% vs 7,4%, OR:0,85 (IC 95%:0,74 a 0,98) • Mortalidade em 30 dias – 11,6% vs 12,7%, OR:0,85 (IC: 0,76-0,95) • Tempo de internação > 5 dias – 42,1% vs 45,1%, OR:0,90 (IC:0,83 a 0,96) Antibiotic timing and errors in diagnosing pneumonia. Welker JA, Huston M, McCue JD. Arch Intern Med, 2008 • Revisão de 548 pacientes admitidos por PAC • Grupo 1 – Orientação para 1ª dose < 8h, n-255 (167 +/-120min) Dx correto: 62% • Grupo 2 – Orientação para 1ª dose < 4h, n-293 (158+/-93min) Dx correto: 54% Recomendações Tempo ideal até a 1ª dose de ATB • A antibioticoterapia deve ser instituída precocemente • em pacientes com PAC, com o potencial de reduzir as taxas de mortalidade, o tempo de permanência hospitalar e os custos A janela de tempo ideal até a primeira dose é discutível, sendo recomendável a administração “o mais precocemente possível”, devendo a mesma ser feita ainda no setor de admissão no hospital, sobretudo no serviço de emergência SBPT, 2008 Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica Revisão dos valores de MIC segundo o Clinical Laboratory Standards Institute -CLSI Sensibliidade MIC90 considerado em Guidelines anteriores* Para meningite Sensível MIC90 para PAC CSLI 2008** < 1mg/L 2 mg/L Intermediária 2mg/L 4 mg/L Resistente 4mg/L 8mg/L •Heffelfinger JD et al. DRSPTWG. Arch Intern Med 2000; 160:1399-408 •Flávia Rossi, SBPT, 2008 - Diretrizes Recomendações Importância da resistência pneumocócica • Os estudos de vigilância mostram, à luz do CLSI 2008, que as cepas invasivas de S. pneumonia isoladas no Brasil são uniformemente sensíveis à penicilina • Somente a determinação da concentração inibitória mínima (CIM) interpretada à luz dos novos pontos de corte estabelecidos pelo CLSI 2008 permitem a caracterização de sua resistência SBPT, 2008 IDSA / ATS Guidelines for CAP in Adults CID; 2007;44 (S2) PAC- Estratificação conforme a gravidade define o ATB inicial Ambulatoriais* *Amoxicilina (1 falha / 14 ttos)* Co-morbidades fatores de risco Hospitalizados não graves Grave UTI VO Macrolídeo ou Quinolona +/- β lactâmico ? Parenteral (IV) Monoterapia: Macrolídeo ou Quinolona Terapia combinada: β lactâmico + macrolídeo Sem risco de Pseudomonas Com risco de Pseudomonas Situações especiais Monoterapia VO Macrolídeo ou Quinolona Sem fatores de risco Terapia combinada IV β lactâmico + (macrolídeo ou quinolona) Terapia combinada IV: β lactâmico antipseudomonas e antipneumo + quinolona (levo 750mg ou cipro) SBPT 2004, 2008- IDSA / ATS, 2007 ATB MIC90 SENSÍVEIS (mg/L) (%) Levofloxacino 1,0 99,8 Moxifloxacino 0,5 99,8 Castanheira M et al. Microb Drug Resist. 2006; 12:91-8 Farmacocinética e farmacodinâmica e ação das quinolonas C max C max AUIC = AUC24 MIC90 AUC 24 MIC90 Meia-vida Tempo acima da MIC 90 Forrest A et al. Antimicrob Agents Chemother 1993;37:1073-81 Farmacocinética e farmacodinâmica e ação das quinolonas C max C max 3,0 MIC90 AUIC = AUC24 MIC90 2,5 2,0 1,5 AUC 24 Tempo acima da MIC 90 1,0 0,5 Meia-vida Levofloxacino Moxifloxacino Forrest A et al. Antimicrob Agents Chemother 1993;37:1073-81 PAC caso 1 • 36 anos, masc., previamente hígido, ex-fumante • Há 03 dias tosse c/ exp. mucóide + dor torácica + dispnéia moderada + febre. • EF: Estado geral bom, eupnéico • PA:110 x 80mmHg FC:108 bpm f:24 irpm Temp.:39 C. AP:Normal • Leucócitos:25600/mm3 Qual o melhor esquema antibiótico inicial? Terapia oral: Macrolídeo ou quinolona VO PAC caso 1 • Claritromicina 500mg VO 12/12h por 10 d • Evolução : Melhora da tosse e diminuição da febre após 72h. Resolução dos sintomas ao final de 21d • Raio-X após Sorologias: + Legionella sp 1:256 Gentilmente cedido pela Dra Rosali T Rocha, UNIFESP PAC - Caso 2 • 17 a, masc., má condição sócioeconômica • Na emergência: Tosse c/ exp. purulenta + febre + dor torácica • EF: P:136ppm f:50 irpm PA:110 x 60 • T:38oC Ht:30% Leucócitos:2.300/mm3 Plaq: 91.000 Ur:98 Cr:1,8 • PaO2/FIO2:126 Qual o melhor esquema antibiótico inicial? Terapia combinada β-lactâmico + macrolídeo IV PAC - Caso 1 • Internação em UTI • Ceftriaxona + azitromicina IV • Toracocentese - Empiema drenagem • Hemocultura e cultura de L pleural: • S. Pneumoniae • Melhora após 2 semanas PAC - Caso 3 • 39 a, masc., etilista, ex-fumante • Há alguns dias tosse c/ exp. mucóide + alterações do nível de consciência. • EF: Admitido em VM com FC:140bpm PA:70x40 • T:35,8o Leu:1600/mm3 Plaq:36000 Ur:53 Cr:2,1 PAC - Caso 2 • Ceftriaxone + Clindamicina + Levofloxacina • Evoluiu com choque refratário e óbito em menos de 24h • Aspirado traqueal: Klebsiella pn. Sensível ao esquema antibiótico • Necrópsia: Pneumonia grave + sepsis Aplicação tardia do antibiótico, de nada valeu a escolha foi correta • PAC - Caso 4 61 a, fem, ex-fumante • Há 7 dias tosse c/ exp. purulenta, febre e adinamia + alterações do nível de consciência. • Diabética (não-insulina dependente) e HAS • Antecedentes de bronquiectasias • EF: Admitida já intubada em VM • PA:100x70 em uso de noradrenalina IV • T:35,6o Leu:3800/mm3 • PaO2/FIO2 = 260, • D-dimero:6318 (Nl < 500) • Fibrinogênio:1350mg/dL • Plaq:105.000 Ur:50 Cr:1,7 Qual antibioticoterapia usar ? Fator de risco + para Pseudomonas PAC - Caso 4 • Antígeno urinário (BINAX) – Legionella: negativo – Pneumococo: positivo – Culturas: negativas, incluindo LBA Optado por: -Levofloxacina + Cefepime -Hidrocortisona p/ choque refratário -Estratégia protetora na VM Resolução do choque, D3 Resolução da I Renal, D4 Desenvolvimento de PAV no 8o O antibiótico inicial é uma dia, Tratada e resolvida entre muitas estratégias Extubação após 15 dias terapêuticas Alta da UTI no 18o dia... Objetivos de consensos sobre PAC • Reunir a melhor evidência para embasar as recomendações clínicas – De 1995−2000: 805 artigos/ano – De 2000−2003, 1.497 artigos/ano • • • • • Melhorar a qualidade da prática médica Melhorar desfechos clínicos Devem ser adaptados à realidade local! Devem abordar processos e não aspectos pontuais Não nos isenta de pensar e analisar caso a caso IDSA / ATS Guidelines for CAP in Adults CID; 2007;44 (S2) Duração ideal do tratamento: •Mínimo: 5 dias •Pelo menos 48-72h afebril •Sem sinais de instabilidade clínica •Tratamentos prolongados (11 a 15 dias), se complicações Critérios de estabilidade: Temp < 37,8oC FC < 100 bpm f < 24 irpm PAS > 90mmHg SaO2 > 90% ou PaO2 > 60mmHg, sem O2 Ingestão via oral OK Estado mental normal • Macrolídeos: -VO: Azitromicina Claritromicina -IV Azitromicina Claritromicina Eritromicina • Quinolonas: -VO: Levofloxacina (750mg/d) Moxifloxacina -IV: Levofloxacina (750mg/d) Moxifloxacina Ciprofloxacina • Beta-lactâmicos VO: Amoxicilina Amoxicilina-clavulanato Ampicilina-sulbactam Cefalosporinas de 2a e 3a geração • Beta-lactâmicos IV: Amoxicilina-clavulanato Ampicilina-sulbactam Cefalosporinas de 2a e 3a geração Anti pneumo/pseudomonas Piperacilina-tazobactam Cefepime Antibioticoterapia Inicial na PAC Questões revisadas • Avaliação da gravidade e fatores de risco para patógenos específicos • Terapia empírica vs dirigida • Necessidade de cobertura para (atípicos) – não graves • Terapia combinada vs monoterapia • Tempo ideal até a primeira dose • Resistência Pneumocócica LEVOFLOXACIN 750mg FOR 5 DAYS FOR THE TREATMENT OF HOSPITALIZED FINE RISK CLASS III/IV COMMUNITY ACQUIRED PNEUMONIA LEVOFLOXACINO 750 mg/d (5d) CURA CLÍNICA 69/76 (90,8%) LEVOFLOXACINO 500mg/d (10d) 95%CI (-15,9 a 5,4) ERRADICAÇÃO (88,9%) CURA CLÍNICA 71/83 (85,5%) ERRADICAÇÃO (87,5%) 95%CI (-18,3 a 15,6) Shorr AF et al. Respir Med 2006; 100:2129-36 Cortesia: Dr Jorge Pereira MM van de Eerden, Thorax, 2005