Edição 114 Outubro | Novembro de 2014 Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela ECT. revista Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação Panificação do futuro Confira o andamento do projeto que vai mudar a cara da panificação no Estado! TRADIÇÃO ALEMÃ Ireks parceira da Amipão AMBIENTE Criar um espaço que acolha bem os clientes RH Aprenda a ser líder 10 16 12 Índice 04 Fique por Dentro 07 Jantar do Panificador 55ª edição 10 Panificação do Futuro Ações do Projeto 12 Ambiente Arquitetura na Padaria 14 Tendência Caminho sem volta 21 Dicas Literatura 33 Congrepan 30ª edição 22 Parceria Tradição Alemã: IREKS 34 Entrevista Miyuki Toggi 24 Case de Sucesso Padaria Forno d’Oro 36 Qualidade Teatro da Consciência 40 Bunge BUNGE ALIMENTOS 26 Inovação Pão to Go 16 POP Pop Cake 28 Tecnologia Automação Comercial 18 Especial 28ª Superminas Food Show 30 Festival Pães e Quitandas de Minas 41 Legislação Trabalhista 44 RH Processo de Coaching 46 Padaria Conceito Novo modelo de consumo Expediente Amipão Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação Presidente da Amipão (SIP) l José Batista de Oliveira Panificação e Confeitaria do Estado de Minas Gerais “Marta Salej” Presidente Amipão (AMIP) l Tarcísio José Moreira Comercialização l Marketing e Comercial da Amipão (31) 3282 7559 Revista Amipão l Publicação bimestral da Amipão - Sindicato e Associação Reportagem | Gabriel Carrara, Raquel Gondim, Mariana Petraglia Mineira da Indústria de Panificação Fotografia | Gabriel Carrara, Welson Garcia, Jomar Bragança e Amipão Avenida do Contorno, 4.610 - 2º andar - Funcionários Designer | Hugo Santos www.capaiz.com.br CEP 30110-028 - Belo Horizonte - MG - (31) 3282-7559 Revisão | Cybele Maria de Souza [email protected] . www.amipao.com.br Edição | Dine Alvarenga Diretor-Geral l José Batista de Oliveira Conselho Editorial l Juliana Maria Durães da Cunha Pereira e Dine Alvarenga Colaboradores l Núcleo de Excelência em Treinamento da Indústria de ® 26 18 socio colaborador master 46 Editorial O momento atual é de grande expectativa. A Amipão e os panificadores de Minas Gerais estão se preparando para o segundo maior evento do setor supermecadista e da panificação: a 28ª Superminas Food Show. Confira o guia completo que a Revista Amipão preparou para todos aproveitarem- Sócios colaboradores da Amipão SÓCIOS COLABORADORES AMIPÃO na ao máximo. Fundamental a todo planejamento é o entendimento do momento que vive o mercado. Para isso, trazemos um balanço das ações do Projeto Panificação do Futuro. Não deixe de conferir também a cobertura completa da terceira edição do Festival Pães e Quitandas de Minas e a receita do produto vencedor. Aproveite também as matérias sobre arquitetura, liderança, padrões de rotulagem, além do novo conceito de padaria. Desejamos que a Revista Amipão seja o fermento que faltava para o seu negócio! José Batista de Oliveira e Tarcísio José Moreira Presidentes da Amipão – SIP e AMIP 4 Amipão recebe Fernando Pimentel candidato ao governo de Minas Gerais No dia 8 de setembro, na sede da Amipão, foi realizado o encontro com o candidato ao Governo do Estado de Minas Gerais, Fernando Pimentel. O objetivo do encontro era apresentar ao candidato o cenário atual da panificação mineira, além dos esforços da Amipão na busca constante pelo desenvolvimento deste setor. A importância da Segurança Pública, a redução do ICMS, acréscimo de pão de sal, pão doce e bolo à merenda escolar e a redução de impostos sobre o pão, conforme Projeto de Lei do Senado nº 63, de 2011, que altera a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, e propõe a redução de impostos para 0,5% da base de cálculo sobre o pão do dia, também foram alguns dos assuntos expostos pelos presidentes da Amipão (SIP/AMIP) ao candidato. Motivação através da excelência, da inovação e da atitude Palestra com Willian Caldas da inovação e da atitute”. A Amipão em parceria com o Sebrae Minas, realiza no dia 18 de novembro, às 19 horas, na Amipão, palestra: “Motivação através da Excelência, O objetivo é provocar uma reflexão sobre o cenário brasileiro, o novo modelo mental dos clientes e a inovação do ponto de vista comportamental. 18 /11 - 19 horas Amipão – Av. do Contorno, 4610 – 3º andar – Funcionários. Informações e inscrições: Central de Relacionamento 31 3282-7559. Inscrições gratuitas. Vagas limitadas! FIQUE POR DENTRO Seminário sobre gestão de cafeteria apresenta inovações para o setor de panificação A ABIP, em parceria com a Amipão, realizou, no dia 11 de setembro, o Seminário Gestão de Cafeteira. Durante o evento, foram apresentadas propostas para a otimização dos espaços de café nas padarias, criando um local agradável para o consumidor e lucrativo para os proprietários. O encerramento do evento ficou por conta da Rodada de Negócios e degustação de produtos dos parceiros Café 3 Corações e Puratos. Panificadores mineiros formaram comitiva para participar da FIPAN 2014 A Amipão, em parceria com o Sebrae Minas, organizou uma comissão com empresários do setor de panificação para visitarem a FIPAN. A feira aconteceu em São Paulo, entre os dias 15 a 18 de julho, e contou com a participação de profissionais, visitantes e representantes nacionais e internacionais da área. Ainda em São Paulo, o grupo de empresários mineiros realizou visitas a padarias que se enquadram no padrão sugerido pelo Projeto Panificação do Futuro em BH. 6 FIQUE POR DENTRO O pão oferece componentes que trazem benefícios à saúde e auxilia na redução de doenças crônicodegenerativas. Por se tratar de um alimento prioritário na dieta saudável, a União Internacional de Padeiros e Confeiteiros (International Union of Bakers and Bakers-Confectioners) instituiu, no ano 2000, o Dia Mundial do Pão, celebrado em 16 de outubro. Aproveitando a data, a Amipão (Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação), em parceria com a Fundação Hemominas, lançou uma campanha de sensibilização para doação de sangue e medula óssea. A ideia era chamar a atenção e levar a população ao posto de doação da Hemominas em Belo Horizonte (Alameda Ezequiel Dias, 321, Santa Efigênia). A ação patrocinada pela Vilma Alimentos ocorreu durante todo o dia 16/10. A Amipão ofereceu degustação de produtos para as pessoas que aderiram à campanha e, uma estrutura com apoio de vários fornecedores do setor da panificação: Vilma Alimentos, Itambé, Forno de Minas, Saudali, DVL Distribuidora com a Nissin e Souza Cruz. Os doadores que compareceram puderam saborear produtos como pão francês, pães doces, pães funcionais com ingredientes nutritivos, além de outros quitutes. Olimpíada do Conhecimento Medalha de ouro na Olimpíada do Conhecimento, o competidor do ARG na modalidade de Confeitaria, Luiz Gustavo Nascimento, representará o nosso país em Agosto de 2015 na competição Mundial em São Paulo que reunirá 70 países. Parabéns e Boa Sorte! Sócios colaboradores da Amipão 7 JANTAR DO PANIFICADOR Jantar do Panificador Autoridades e empresários da panificação celebram parceria na 55ª edição do evento 8 O Clube Jaraguá, em Belo Horizonte, recebeu no dia 29 de agosto o tradicional Jantar do Panificador, evento que reúne panificadores e colaboradores para uma grande confraternização. Organizado pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) com o apoio de parceiros, o jantar marcou também a entrega do Trófeu Pãozinho de Ouro 2014. Criado para reconhecer o trabalho de empresários, fornecedores e autoridades que se dedicaram ao crescimento e valorização do setor de panificação em Minas Gerais, o troféu contempla três categorias: Ação de Personalidade Comprometida com o Desenvolvimento do Setor, Destaque do Segmento, e Mulher Empreendedora destaque do Setor de Panificação. Na primeira, o grande vencedor foi Paulo Stoffel, presidente da AB Brasil; a Padaria e Confeitaria Luciana, do panificador Raimundo Pimenta, foi a escolhida na segunda categoria; e Izabela Santiago, da Padaria Vianney, foi homenageada na terceira categoria, presenteada com uma placa e o colar “Trigo de Ouro”, assinado pela Manoel Bernardes. Os presidentes da Amipão, Tarcísio José Moreira (AMIP) e José Batista de Oliveira (SIP), com autoridades políticas, como o Secretário Adjunto de Desenvolvimento Econômico do Governo de Minas Gerais, Antônio Eduardo de Paula Júnior; o Secretário Municipal de Desenvolvimento, Marcelo de Souza e Silva; a Deputada Estadual Luzia Ferreira, e o vereador Silvinho Rezende subiram ao palco para agradecer a presença de todos e fazer a entrega do Trófeu Pãozinho de Ouro 2014. Para ampliar a participação mineira em eventos no país, foi sorteada uma viagem para a Costa do Sauípe, na Bahia, para o 30º Congrepam, contemplou a Padaria Mega Pão. E em uma ação da Vilma Alimentos, a Bento XVI Confeitaria foi sorteada com uma tonelada de farinha de trigo para sua produção. Como toda festa precisa de boa música, o Jantar do Panificador 2014 contou com a dupla sertaneja Don & Juan, o DJ Ronan Rossato e a violinista Nathália Cristina. O cerimonial teve o apoio do SESI/FIEMG, o buffet foi assinado pelo Célia Souto Mayor e a decoração Cristiana Chieri. JAnTAR DO PANIFICADOR Palavra dos parceiros Um evento do porte do Jantar do Panificador só se torna possível com o apoio de parceiros importantes. Este ano, a festa contou com a parceria do SESI-FIEMG, Souza Cruz, Vilma Alimentos, Fleshimann, Mauri, Kibon, Itambé, Sadia, Bunge Alimentos, Nova Safra, Devassa, Prática Fornos, Café Fazenda Caeté, Cecotti, Parma Embalagens, Águas Minerais de Minas e Consulte Vendas. Confira o que seus representantes falaram do evento! “Esse momento mostra a força e a integração do segmento de panificação e é uma oportunidade de fortalecer ainda mais a parceria com a Amipão.” Maurício Macedo, diretor comercial da Bunge Alimentos “O Jantar do Panificador é uma oportunidade de estar junto dos clientes em um ambiente descontraído e alegre. Além da relação comercial de todos os dias, precisamos de um momento para confraternizar. Essas ações estreitam os laços comerciais e de convivência.” Margareth Brand, diretora comercial da Nova Safra “Os eventos da Amipão já fazem parte do calendário oficial da empresa e a intenção é estar presente a cada dia mais no cotidiano do panificador. A Amipão pode contar com a Souza Cruz sempre que precisar. É um prazer fazer parte dessa família.” Gustavo Grossi, gerente de Trade e Marketing da Souza Cruz “A proximidade com o setor gera mais credibilidade para a marca, além de ser uma tradição estar presente em um dos eventos mais importantes da Amipão. Depois de muita dedicação e trabalho árduo é um prazer estar com os panificadores nesse evento que mostra toda a força do segmento de panificação.” Renata Murta, gerente de Food-Service da Vilma Alimentos “A filosofia da Amipão vem ao encontro da filosofia da empresa, ou seja, a valorização do trabalho, da família e da oferta de produtos de qualidade ao consumidor. Itambé e Amipão é uma dupla de sucesso que só tende a crescer.” Reginaldo Dutra, gerente de vendas da Itambé 10 Panificação do Futuro em BH Confira o andamento do projeto que vai mudar a cara da panificação no Estado! O Panificação do Futuro em BH entrou em 2014 com uma série de ações para estimular a panificação e colocá-la na vanguarda nacional, alinhando as ações e as tendências mundiais. Realizado em agosto, o curso de pães artesanais trouxe aos panificadores novas técnicas de aprimoramento da produção, focada nos produtos. O objetivo do negócio para a capital mineira é o segmento de produtos frescos na padaria, apresentando uma das melhores oportunidades de negócios, tanto nas micro como nas pequenas e médias empresas. Como parte estratégica desse plano, os pães artesanais são especialmente importantes, pois reúnem os vetores de saúde e sofisticação, itens fundamentais para a modernização dos serviços da padaria. O curso foi ministrado sob a tutela da San Francisco Baking Institute, renomada instituição americana com grande atuação no segmento de panificação e pâtisserie. Em 32 horas, distribuídas em cinco dias, os panificadores passaram por capacitação em novas técnicas de produção de pães artesanais. Exclusivamente para a realização deste curso, a Vilma Alimentos produziu uma farinha de trigo livre de tratamentos químicos. Isso permitiu a potencialização da produção desses produtos, beneficiando os produtos artesanais, que são em sua maioria livre de tratamentos químicos. Alguns dos pães foram produzidos com farinhas especiais, PANIFICAÇÃO DO FUTURO trazidas pela técnica da SFBI. Essas farinhas ainda não são encontradas no Brasil, e muitas delas apresentam benefícios aos consumidores, como melhor digestão e vitaminas. Para Iraci Batista da Cunha, da padaria Pão Dourado, o curso trouxe novidades que serão aplicadas em sua produção. “Foi muito bom. Algumas coisas eu já fazia, como a baguete, mas aprendi novas técnicas que já estão sendo aplicadas. Devido ao espaço, ainda não tenho como utilizar tudo que foi passado no curso, mas estou com um planejamento para modificar o espaço da área de produção e assim conseguirei aplicar todas as novidades”, afirma Iraci. Sanduíches gourmet Em setembro, foi a vez dos sanduíches serem abordados na padaria. Com o Curso de Sanduíches Gourmet, desenvolvido exclusivamente para a Amipão pelo buffet Bouquet Garni, os panificadores tiveram a oportunidade de melhorar o food service de seu estabelecimento e alavancar vendas, utilizando os pães especiais disponíveis nas padarias. 12 Arquitetura na padaria Criar um espaço que acolha bem os clientes é fundamental para o sucesso de sua loja AMBIENTE No mercado de hoje, não basta cuidar apenas do pãozinho. Com o objetivo de criar a identidade do empreendimento e fortalecer os laços com o cliente, os projetos para ambientação das padarias são cada vez mais procurados. Além de garantirem a boa circulação de pessoas e a exposição adequada dos produtos, projetos de arquitetura e design de interiores bem executados são uma importante ferramenta para alavancar as vendas. mineiro estão impressos em todo o processo, começando desde os jardins de entrada, com duas enormes jabuticabeiras, a logomarca na cor azul colonial, passando pelo revestimento cerâmico na cor do barro, que foi criado especialmente para esse projeto, de forma que os usuários se sintam acolhidos, como se estivessem em casa”, afirma Laura. Atualmente, as padarias têm investido muito no segmento gourmet, investindo na renovação de seus produtos. Nesse reposicionamento do setor de panificação [confira a matéria sobre Panificação do Futuro nesta edição], é importante que o cliente perceba que aquele empreendimento tem condições de oferecer produtos de maior qualidade. Isso deve acontecer antes mesmo que ele entre na loja, já na fachada, e se confirme ao entrar. Por isso, a arquitetura e o design de interiores desempenham um papel estratégico nesse posicionamento. “Com o crescimento da demanda, é interessante criar setores para produtos diferenciados e que tenham embalagens bem cuidadas. Para que todo o processo gere um negócio atual e rentável, há que se criar toda uma identidade, que vai desde a escolha do nome, da logomarca e da identidade gráfica, abordando embalagens, exposição de produtos, uniformes, forma de atendimento. Esses itens são determinantes quando se pretende atuar no segmento gourmet, pois o cliente mais atento logo perceberá e buscará produtos diferenciados em um ambiente propício”, sugere Laura. Tudo parte da ideia da organização das áreas da padaria, definindo espaços para as diferentes atividades que o estabelecimento comporta. É nesse ambiente que o cliente irá se deslocar, conhecendo os diferentes produtos e serviços e, principalmente, sentindo-se acolhido. Como a padaria apresenta tipos de consumo diferentes ao longo do dia, um espaço funcional é fundamental para que o panificador explore de várias maneiras a área de sua padaria. “O objetivo primeiro é criar uma identidade para o negócio em questão, criando uma forma eficaz de exposição dos produtos e incentivando o cliente a identificar o que ele pretende comprar, além de fidelizar o público consumidor”, explica Laura Rabe, design de interiores responsável pelo projeto do Empório Santa Isabel, no bairro Coração Eucarístico. Nesse estabelecimento, Laura conta que houve uma criação de um projeto não só de arquitetura e de design de interiores, mas também gráfico. Uma das tendências utilizadas foi o conceito da arquitetura do afeto, em que materiais e propostas se remetam a boas lembranças. Outro ponto importante explorado foi o da sustentabilidade, presente na estrutura metálica, na laje prémoldada aparente, nas paredes em drywall e nas luminárias em LED. “Foi criada uma identidade marcante, trazendo o novo conceito de empório para o negócio, onde a mineiridade e o barroco É importante lembrar que esses projetos não se restringem a grandes lojas, nem àquelas que ainda serão construídas. Pequenas padarias também podem se valer da arquitetura: com menos espaço, é fundamental que não haja desperdício e que tudo seja muito funcional. Nelas, a lógica é de aproveitar ao máximo cada metro quadrado a favor das vendas. “É primordial trabalhar bem o espaço disponível, criando mobiliários versáteis que consigam expor os produtos e que permitam o correto fluxo dos clientes. Os revestimentos escolhidos são importantes para evidenciar a boa higiene. O conforto acústico, a boa ventilação e iluminação adequada não só garantem o sucesso do empreendimento, como são diretamente responsáveis pelo bom faturamento”, explica a design de interiores. 14 Caminho sem volta Os meios eletrônicos de pagamento não param de crescer no Brasil, seguindo tendência mundial A clássica placa “não vendemos fiado” está ficando fora de moda. Se antes o consumidor podia explicar o pedido de pendura da conta com a justificativa de estar sem dinheiro no bolso, os cartões de crédito e débito acabaram de vez com essa possibilidade. A disseminação do chamado dinheiro de plástico é tamanha que até os ambulantes já aceitam essa forma de pagamento e, sem dúvida, esse é um caminho sem volta. Em 2013, 80% dos brasileiros tinham algum meio eletrônico de pagamento, de acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS). Para se ter uma ideia da velocidade da expansão, enquanto em 2008 o número de pessoas, a partir de 18 anos, que tinha algum cartão era de 16 milhões, no ano passado registrou-se um salto para 20,4 milhões. Hoje, o cartão representa metade do volume financeiro gasto por mês pelo brasileiro. A pesquisa consultou consumidores de 11 capitais brasileiras. O crescimento já detectado e o potencial que ainda existe para os meios eletrônicos de pagamento são tão expressivos que, para a MasterCard, o Brasil está se aproximando da “conversão completa para a utilização de pagamento eletrônico”. Ou seja, para a operadora, em pouco tempo não haverá um consumidor no país sem um cartão de crédito ou débito no bolso. Isso porque, ainda de acordo com informações divulgadas pela empresa, o Brasil vive um rápido processo de urbanização e de expansão da classe média, “que provocam alterações nos padrões de meio de pagamento, em todos os níveis de renda”. Atualmente, conforme levantamento da operadora, 57% dos pagamentos efetuados são por meio de tarjetas. Quando comparado com países desenvolvidos, o Tendência uso da moeda eletrônica no Brasil ainda é tímido. A liderança ficou com a Bélgica, onde 93% das compras são feitas por meio do dinheiro de plástico. Em seguida, aparecem França, Canadá, Reino Unido, Suécia, Austrália e Holanda com, respectivamente, 92%, 90%, 89%, 89%, 86% e 85%. Já quando comparado com outras nações em desenvolvimento, o Brasil apresentou crescimento mais acelerado no uso dos cartões. No México, na Colômbia e no Peru, por exemplo, os índices registrados são de, respectivamente, 53%, 24% e 22%. O levantamento considerou 33 países, responsáveis por 85% do PIB global. A tendência de uso de cartões pelos países e, consequentemente, pelos consumidores de maior renda, também é confirmada no Brasil. De acordo com o levantamento da ABECS, entre as pessoas das classes A e B, a posse de cartões alcança 90%. Já no caso da classe C, o índice chega a 70%, e a 42% no caso das classes D e E. Em relação à escolaridade, os meios eletrônicos atingem com maior força as pessoas com nível superior (93%) e com idade entre 25 e 44 anos. Cresce de um lado, diminui de outro E, se o uso dos cartões está crescendo, naturalmente as outras formas de pagamento estão perdendo força. Em dois anos, de acordo com a ABECS, a taxa de participação do dinheiro, cheque, boleto bancário, carnê, entre outros, caiu de 58% para 50%. A maior queda verificada no período foi do dinheiro, que passou de 43% para 37%. Na contramão, está o cartão de débito, meio que mais evoluiu no intervalo, saltando de 19% para 23%. A associação das empresas de cartões diagnosticou também que o dinheiro eletrônico é usado, sobretudo, para as compras com tíquetes maiores. Quando o valor é menor, a tendência do consumidor é optar por outras formas de pagamento, como dinheiro. Levando em conta os segmentos, os meios eletrônicos são usados principalmente para adquirir bens duráveis para a casa (73%), estadias de hotéis e pousadas (71%) e roupas, calçadas e joias (71%). Inadimplência O uso habitual dos cartões de crédito e débito para alguns significa maior exposição à inadimplência, porém, as pesquisas recentes indicam que o brasileiro está sendo mais controlado na hora de fazer dívidas com as operadoras. Enquanto em 2008, 49% dos consumidores disseram já ter deixado de quitar com a fatura em algum momento, esse índice caiu para 31% no ano passado. Questionados sobre as dificuldades para controlar os gastos tendo um cartão no bolso, a maior parte dos entrevistados (73%) disse que isso não é problema. Já 26% admitiram que é um desafio não comprar, havendo a facilidade do cartão. Alguns números Em 11 capitais brasileiras, 20,4 milhões de pessoas com mais de 18 anos usam cartão 57% das compras feitas no Brasil são pagas com cartões Entre os consumidores das classes A e B, 90% usam cartões Entre os consumidores com nível de escolaridade superior, 93% usam cartões O uso do cartão de débito aumentou de 19% para 23% em dois anos O uso do dinheiro caiu de 43% para 37% em dois anos 16 Pop Cake Rendimento: 60 unidades Custo da receita: R$ 24,00 Custo por unidade: R$ 0,40 Massa Este POP foi aprovado e selecionado pelo Núcleo de Excelência em Treinamento da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado de Minas Gerais “Marta Salej”, localizado no Senai CFP/ARG. Outras informações podem ser obtidas junto ao setor, pelo telefone (31) 3422-5045. Cobertura INGREDIENTE % GRAMAS INGREDIENTE % GRAMAS Bolo assado esfarelado 100 800 Chocolate fracionado ao leite 100 500 Doce de Leite 100 800 500 200 Chocolate ao leite ralado 100 25 - - Chocolate puro ao leite TOTAL 1800 Confeitos diversos TOTAL 1.000 POP MoDO DE FAZER MASSA 1. Rale o chocolate ao leite usando o lado grosso do ralo. 2. Junte o bolo esfarelado com o chocolate ralado e o doce de leite, misturando bem. 3. Modelar as bolinhas com 30 g cada e coloque para gelar, por aproximadamente 1 hora. 5. Depois, molhe o palito no chocolate derretido e fixe-o sobre a bola gelada. Deixe na geladeira por mais 5 minutos. 6. Depois de gelada, banhe as bolinhas no chocolate. Cobertura 4. Derreta o chocolate fracionado conforme orientações da embalagem. Em seguida, acrescente o chocolate ao leite ralado e misture até total derretimento. Erramos 7. Salpique confeitos de sua preferência, deixando sobre um papel impermeável para secar. Em edições anteriores. Não foi mencionada a Souza Cruz como Socio-Colaborador Master 18 ATUALIZAÇÃO NEGÓCIOS RELACIONAMENTO INOVAÇÃO COMPETITIVIDADE RELACIONAMENTO, a base para bons negócios. Chegou a Superminas! BH recebe em outubro o segundo maior e o mais completo e diversificado evento do varejo alimentício brasileiro! O mais importante evento da panificação e do setor supermercadista de Minas Gerais já está se aproximando. De 21 a 23 de outubro, o Expominas vai receber a 28ª Superminas Food Show. Fruto de uma parceria entre o Sindicato e Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amipão) e a Associação Mineira de Supermercados (AMIS), o evento tem como objetivo reunir um público qualificado, em busca de negócios, qualificação profissional e relacionamento empresarial. Neste ano, a Superminas traz o tema “A era do relacionamento”, que busca discutir o papel central que o relaciona- mento, seja pessoal, empresarial ou institucional, tem nos negócios de hoje. Seja virtual ou presencial, é preciso repensar e aprimorar o relacionamento diante dos desafios dos mercados contemporâneos. A estimativa é que 55 mil visitantes de todo o Brasil visitem os 420 expositores da feira, divididos em dois pavilhões: o Azul, com fornecedores da indústria alimentícia e de máquinas e equipamentos; e o Vermelho, voltado para a prestação de serviços. Além dos estandes, o visitante terá à sua disposição uma ampla programação técnica, visando atualizar e capacitar melhor os funcionários do setor. Especial HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DA FEIRA - MOSTRA DE FORNECEDORES 21/10/2014 - após solenidade de abertura até 21h50 que a Superminas mantenha seu nível de excelência. Para que isso ocorra, o público da feira será composto, prioritariamente, de participantes com intuito de negócios, qualificação profissional e relacionamento empresarial. 22/10/2014 - das 14h30 às 21h50 23/10/2014 - das 14h30 às 21h50 COMO CHEGAR A Superminas vai acontecer no Expominas, em Belo Horizonte. O espaço encontra-se na Avenida Amazonas, 6.030, no bairro Gameleira. Para quem vai de carro, o local possui amplo estacionamento: veículo próprio, R$ 8,00 a hora e R$ 20,00 a permanência; moto, R$ 4,00 a hora e R$ 10,00 a permanência; ônibus e caminhão, R$ 45,00 por acesso. Quem preferir transporte público, a melhor opção é o metrô - a Estação Gameleira tem acesso direto para os pavilhões, e funciona de 7h às 22h30. PÚBLICO-ALVO A Amipão e a Amis vêm atuando para INSCRIÇÕES E CARAVANAS As padarias de Belo Horizonte e Contagem receberão um e-mail com um link que irá garantir o acesso dos panificadores à feira. Ao acessar esse link, o panificador terá a possibilidade de validar informações e inserir mais convidados. No caso de dúvidas, entre em contato com a Central de Relacionamento no telefone (31) 3282-7559 ou com o Agente ADEPAN. Os panificadores do interior vão passar por um processo diferente. Será enviado pelo correio um pré-convite com as informações sobre a feira. Aqueles que tiverem interesse devem entrar em contato até o dia 13/10/14 no telefone indicado e fornecer os dados para o credenciamento. Para caravanas, informe-se no telefone (31) 2122-0527. HOSPEDAGEM Por meio da agência de turismo oficial do evento, a Estrada Real Viagens e Turismo, é possível fazer reservas de hotéis com descontos diretamente. Confira os valores exclusivos pelo telefone (31) 3291-9114 ou pelo e-mail [email protected]. Projeção para 2014 Padarias crescimento do setor: 10% Faturamento: R$ 8,5 bilhões Total de lojas: 6.300 Supermercados Crescimento do setor: 3,5% Faturamento: R$ 27,9 bilhões Investimentos: R$ 340 milhões Total de lojas: 6.970 Novas lojas: 85 Especial 20 PROGRAMAÇÃO Seminário ABIP/PROPAN 22/10 9h a 10h40 – Auditório A 11h a 12h – Auditório A “Formatação da Operação com Foco na Qualidade do Serviço” - Carolina Câmara Palestra motivacional “No ritmo do sucesso” Cláudio Schneider “Desafios da Qualidade do Pão e Produtos Panificados no Brasil” - Kadu Carneiro 23/10 9h a 9h40 - Auditório A 9h40 a 12h – Auditório A “O Momento Atual e os Desafios das Empresas de Panificação e Varejo” - Márcio Rodrigues Desafios e exemplos de sucesso relatados por meio de depoimentos de empresários de todo o Brasil Clínicas Tecnológicas Em sua programação técnica, a Superminas oferece capacitação em áreas estratégicas da panificação. As clínicas técnicas serão realizadas nos três dias da feira, em horários diferentes – de 15h a 17h, de 17h a 19h e de 19h a 21h. As inscrições deverão ser feitas antecipadamente pelo telefone (31) 2101-9999, informando nome do participante, razão social da empresa, CNPJ, endereço completo da esa, nome do representante legal da empresa com ID, CPF e e-mail. Confira a programação completa no site: www.superminas.org.br Momento de Debate 22/10 23/10 Para estimular o intercâmbio de ideias, a Superminas reservou dois dias de sua programação para mesas-redondas com debates de tema atuais. O evento é exclusivo para associados da Amipão e Amis, mediante inscrições limitadas no estande institucional. Temas: “Processos operacionais” e “Rentabilização de espaço de loja” Temas: “Remuneração variável como fator de atratividade e retenção” e “Plano de carreira em supermercados e padarias” Consultor: Alexandre Ribeiro Horário: 18h a 21h Consultor: Cezar Carlos Henrique Horário: 18h a 21h. Encontro Feminino No dia 22/10, será realizado o tradicional Encontro Feminino, uma confraternização entre lideranças da panificação e supermercadista. Neste ano, o evento será realizado em Inhotim, um centro de arte ao ar livre com um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil. A programação contempla uma visita monitorada às galerias e um almoço. Para outras informações, utilize os telefones (31) 2122-0504 e 2122-0500. VISITA TÉCNICA Para que proprietários e gerentes conheçam novos modelos de negócio que inspirem seu empreendimento, serão realizadas duas visitas técnicas a padarias e supermercados de Belo Horizonte. No dia 21 de outubro, com saída às 8h do estacionamento do Expominas, os participantes podem optar por duas rotas: a primeira, com visita aos supermercados Mart Plus e Verdemar; a segunda, nas padarias Forno d’Oro e Trigopane. As inscrições devem ser feitas até o dia 13 de outubro no telefone (31) 2122-0500. 21 DICAS Dicas de Literatura Livro: Pão – Arte e Ciência Livro: Técnicas de Confeitaria Profissional Autor: Sandra Canella-Raws Autor: Mariana Sebess Editora: Senac São Paulo, 5ª edição, 2012. Editora: Senac São Paulo, 3ª edição, 2010. Todos supõem conhecer bem o pão, esse alimento universal e ao alcance diário do paladar de ricos e pobres, mas serão surpreendidos neste trabalho, pela variedade de informações que o tema fornece. Há muita sutileza na elaboração de pães, no preparo de sua massa - processo que exige medida e controle a cada passo, caso contrário, nunca se chegará a patamares de consistência e qualidades desejáveis. Além disso, é numerosa e irresistível charme visual e gustativo a família do pão, que incluem membro ilustres como a focaccia, a baguete, a ciabatta, o croissant, o brownie, o cookie e o brioche - que ajudou a fazer a desgraça da rainha Maria Antonieta e, adaptado, recriado e popularizado, tomou a forma também de panettone. Sem falar do brasileiríssimo pão de queijo e de pizza, que é pão estendido. Tudo explicado com clareza pela autora, numa obra destinada a tornar-se de inclusão obrigatória na bibliografia gastronômica A confeitaria vem ganhando importância e espaço no mercado gastronômico mundial, inclusive no Brasil. No entanto, o tema ainda é pouco explorado e estudado pelo mercado editorial - são poucas as publicações, sobretudo na língua portuguesa, especializadas no assunto. A partir de agora, profissionais confeiteiros, alunos e todos os amantes da confeitaria vão poder aprimorar as suas práticas profissionais e se dedicar ainda mais a essa doce arte. O livro “Técnicas de Confeitaria Profissional” ensina passo a passo a preparação de inúmeros doces, tortas, bolos e cremes, desde as mais tradicionais até as mais sofisticadas e inovadoras receitas da confeitaria contemporânea. O grande diferencial do livro é o rigoroso tratamento didático e preciso de todas as informações, receitas, medidas e procedimentos, padronizados, de forma a facilitar o aprendizado das técnicas. São 368 páginas ilustradas com fotos belíssimas que mostram detalhadamente cada etapa do processo. O livro está dividido em 22 capítulos, que demonstram de forma clara e objetiva os procedimentos necessários para a confecção de tantos “ícones culinários” da confeitaria internacional. Os conceitos de segurança e higiene no local de trabalho também são abordados, de acordo com a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 22 Tradição Alemã Há 150 anos, a europeia Ireks oferece soluções para padarias. No Brasil há uma década, companhia é parceira da Amipão Raquel Gondim A tecnologia e as novas tendências não param de mudar o negócio das padarias e uma prova disso são as misturas para panificação e produtos para confeitaria. Quando foi fundada na Alemanha, há 150 anos, a Ireks começou a ganhar o mundo com soluções voltadas para a fermentação de massas. Hoje, um século e meio mais tarde, a multinacional, parceira da Amipão, leva para mais de 90 países matérias-primas que facilitam o dia a dia dos panificadores e incorporam deliciosos sabores às suas receitas. ações conjuntas que resultam em inovação, acesso a tecnologias, produtos e processos em busca de melhorias para as padarias brasileiras. “Institucionalmente, nossa imagem ligada à Amipão leva para os panificadores um posicionamento de empresa que se preocupa com o setor. As ações que efetivamos juntos sempre melhoram nossa imagem e penetração no mercado, o que gera mais negócios”, afirmou Mendes. Nesta edição, a reportagem sobre a Ireks dá continuidade à série de matérias produzidas pela revista Amipão para apresentar aos empresários e fornecedores do ramo as companhias que integram a associação. Em edições anteriores, já foram apresentadas a Souza Cruz, Vilma Alimentos, Penatec, entre outras. Esse tipo de parceria é importante, sobretudo no caso da Ireks, considerando que a empresa fincou bandeira no Brasil faz pouco tempo. Apesar da forte tradição em outros mercados, a companhia está no país há apenas dez anos, onde disputa espaço com outras marcas fortes. Em solo nacional, o principal negócio são as misturas para panificação e confeitaria, que atingem todos os Estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A grife ainda está presente em alguns pontos das regiões Norte e Nordeste e no Distrito Federal. De acordo com o diretor de vendas e marketing da Ireks do Brasil, Darcy Holanda Mendes, a parceria com a Amipão visa um alcance maior ao segmento por meio de Atualmente, são cerca de 20 produtos disponíveis para a área de confeitaria, divididos em duas linhas: Golden e Delicatesse. Preocupada em atender a busca por sabores Parceria regionais, a Ireks oferece misturas como a Golden Cake Aipim, que permite o preparo prático e fácil do bolo tipicamente brasileiro. O bolos de fubá, milho verde e cenoura são outras delícias da terrinha oferecidas pela marca. A estratégia de regionalizar a produção atinge todos os países onde a multinacional está presente. A empresa defende a importância de “pensar globalmente, agir localmente”, para ganhar mercado. Isso porque, apesar do caráter global das padarias, em cada nação os consumidores têm preferências únicas, o que demanda produtos e estratégias próprios. Isso é o que explica a oferta de opções individuais nos cerca de produzido à base de cevada. De acordo com o diretor de vendas e marketing, o objetivo da companhia é justamente trazer para o país o que há de melhor no mercado europeu. “Essa é a nossa missão. Introduzimos novas tendências de panificação e confeitaria e aproveitamos as oportunidades do mercado brasileiro. Temos boas perspectivas de crescimento e acreditamos no potencial do Brasil”, acrescentou. Mendes acrescenta que as misturas da Ireks são ideais por ajudar as padarias a acrescentar agilidade, variedade e padronização à produção. “Temos como bandeira a alta qualidade, o que valoriza as receitas e os produtos de nossos clientes e acreditamos na força do nosso serviço técnico, levando soluções, novas receitas e treinamento para padeiros e confeiteiros”, afirmou. 90 países onde a Ireks está presente. Já no caso da panificação, as misturas são divididas em seis linhas: tradicional, leve, sóvital, soft, pães especiais e concentrados. As misturas trazem para o Brasil tendências fortes no exterior, como o Barustique, pão rústico alemão A importância que a companhia alemã dá à qualidade foi reconhecida recentemente com a conquista da certificação ISO 22000. O negócio foi o primeiro presente no Brasil a alcançar o título. A ISO 22000 é uma norma internacional que estabelece diretrizes para a condução do Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos para toda organização da cadeia. O título garante, além da qualidade, a presença de critérios de seguranças de alimentos no negócio da Ireks. 24 Forno d’Oro CASE DE SUCESSO Há 24 anos no bairro Nova Floresta, a padaria Forno d’Oro investiu em sua expansão. Com uma loja de 380 m² e um conceito de qualidade e conveniência, o novo empreendimento de Tarcísio José Moreira, na região nordeste da capital mineira, busca oferecer a seus clientes uma estrutura completa de alimentação. Situada na principal avenida do bairro Fernão Dias, a nova loja conta com mercearia, hortifruti, ilhas de congelados, adega e cervejas especiais. Investiu-se no espaço com um projeto arquitetônico que possibilitasse ao cliente se deslocar com conforto entre as gôndolas, oferecendo também amplo estacionamento e área externa de lanches, que apresentam um paisagismo moderno. “Belo Horizonte é uma cidade que dá indícios de crescimento para o vetor norte, principalmente com a Cidade Administrativa. O bairro Fernão Dias encontra-se em franco crescimento, com muitos apartamentos ainda vagos. Fizemos uma pesquisa e observamos que ali faltava algo com um conceito de qualidade e conveniência. Temos um mix amplo, para atender a um público com perfil de temos atuado junto a esses clientes em potencial que estão em busca de referências na região”, explica Luciana. Como o objetivo da nova casa é ser mais que uma padaria, o cliente tem a seu dispor um amplo leque de opções no food service. Além de lanches tradicionais, a casa conta ainda com carnes, petiscos, caldos e pizzas. Aproveitando as empresas no entorno, a padaria está com almoço e sushi em fase de implementação. “Todos os dias, temos um setor diferente em destaque. Isso ajuda o cliente a conhecer melhor as opções e a qualidade dos produtos da padaria. Nesse processo de adaptação, o boca a boca tem sido importante”, relata Luciana. Forno d’Oro Av. Joaquim José Diniz, 387 Bairro Fernão Dias Tel.: (31) 3643-2564 consumo fora do lar. Nesse começo, observar o dia a dia da loja é importante para manter tudo dentro das expectativas”, conta Tarcísio, proprietário da Forno d’Oro. Gerente na nova loja, Luciana Gomes dos Santos foi funcionária na Forno d’Oro do bairro Nova Floresta por seis anos. Em poucos meses de funcionamento, ela conta que um dos desafios da nova loja é adequar o serviço aos moradores da região. “Temos novas exigências aqui, e por conta disso temos de promover algumas situações para trazer o cliente. O bairro não é novo, mas há muitos imóveis sendo construídos, trazendo novos moradores. Isso tem sido importante, pois 26 INOVAÇÃO Pão To Go prepara inauguração de padaria walk-thru Rede de franquias inova mais uma vez na venda de produtos de padaria A rede de franquia de padarias drive-thru Pão To Go lançou um novo modelo de venda de pães, a padaria walk-thru, criada para atender as pessoas que utilizam o transporte público. O objetivo é agilizar o atendimento na venda de produtos de padaria por meio de quiosques instalados em estações de trens, metrôs e terminais rodoviários de grandes capitais e regiões metropolitanas, locais onde o fluxo de pessoas é grande. A expectativa, segundo Ricetti, é que a Pão To Go walkthru esteja em todas as estações de metrô em um prazo de cinco anos, além de rodoviárias, estações de trens e vias com grande circulação de pessoas que andam a pé. O diretor acrescenta que a marca está em processo de desenvolvimento de uma sacola apropriada para este perfil de público, que carrega as compras por longos períodos e distâncias, caminhando ou dentro dos transportes públicos. De acordo com o diretor e fundador da rede, Tom Ricetti, ainda este mês serão inaugurados quiosques no metrô da cidade do Rio de Janeiro e na rodoviária de Ribeirão Preto, São Paulo. Em outubro, a previsão é de que a unidade da estação do metrô Ana Rosa, na cidade de São Paulo, seja inaugurada. A Pão To Go possui dez unidades de padarias funcionando no modelo drive-thru, espalhadas pelas cidades de São Carlos, Piracicaba, Rio Claro, Santos, Jundiaí, São Bernardo do Campo (todas no estado de São Paulo), Brasília e Fortaleza. O faturamento mensal gira em torno de R$ 45mil a R$ 60 mil e o investimento total de uma loja, incluindo estoque inicial e capital de giro, é de R$ 195mil. Este modelo foi criado em 2012, e a primeira loja instalada foi em São Carlos. A padaria walk-thru funciona exatamente como a loja drivethru e possui o mesmo mix de produtos que dispensa o manuseio e a preparação dos alimentos, o que otimiza o processo de compra e entrega da mercadoria. A franquia trabalha com mais de 130 produtos, incluindo pães, bolos, doces, sorvetes, refrigerantes, sanduíches, frios, lácteos e outros. Ricetti afirma que ainda não há previsão para a instalação da padaria Pão To Go em Belo Horizonte. “Estamos à procura de parceiros para expandir o negócio em Minas Gerais”, finaliza. Vantagens para os associados Cursos e palestras Teatro da Qualidade Jantar do Panificador Superminas Food Show Convênios com instituições médicas e odontológicas Assessoria jurídica ADEPAN Capital de giro e equipamentos Central de Relacionamento Revista Amipão, Informativo Amipão e Portal Amipão Festival Pães e Quitandas de Minas Recrutamento e Seleção Para maiores informações entre em contato com a Central de Relacionamento Amipão 31 3282-7559 28 Tecnologia para equilibrar a conta Cada vez mais, a automação comercial é a solução encontrada pelas padarias para ganhar em agilidade e organização Dois fatores aparentemente contrários atingiram os panificadores nos últimos anos: a necessidade de cortar custos na esteira do crescimento da concorrência e a demanda dos consumidores por novos produtos, o que exige um rearranjo no caixa das empresas para se adaptar à tendência. Para equilibrar a conta, organização é essencial e nisso as soluções em automação comercial têm ganhado atenção especial no ramo das padarias. Para o proprietário José Geraldo de Barros, do Empório Santa Isabel, loja inaugurada recentemente no bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste de Belo Horizonte, é impossível pensar em um negócio atualmente sem uma solução em automação comercial. No caso da padaria de Barros, a necessidade é ainda maior considerando a amplitude do ponto de venda, que abrange além de padaria, restaurante, confeitaria, adega, delicatessen, entre outros. TECNOLOGIA Com o sistema adequado, o empresário consegue controlar toda a comercialização da loja, o estoque, além de ter mais facilidade no fechamento fiscal. Ele salienta que, além de dar mais agilidade e organização à empresa, esse tipo de tecnologia é fundamental devido ao fato de a maioria das compras feitas, atualmente, ser paga com cartão de crédito ou débito. Assim como o Empório Santa Isabel, outras padarias conhecidas na capital mineira usam a automação comercial como forma de aprimorar o negócio. É o caso, por exemplo, da Vianney, Roma Plus, Boníssima e Santíssimo Pão. Além dos processos internos, já é possível ver o interesse das companhias do setor em usar soluções tecnológicas para facilitar a vida da clientela. As padarias começam a contar com dispositivos eletrônicos que, nas gôndolas, exibem preços, promoções e, em alguns casos, até características dos produtos. Do lado do panificador, o dispositivo pode exibir disponibilidade no estoque de cada mercadoria, fluxo de vendas etc. Outra solução disponível e que começa a dar os primeiros passos no ramo da panificação foi pensada para que o consumidor enfrente menos fila. A identificação por rádiofrequência permite que vários produtos sejam computados ao mesmo tempo, simplificando o processo de pagamento. Já no caso da produção, a ferramenta pode auxiliar na fabricação de mercadorias por meio de controle de receitas e pedidos. Com os processos automatizados, a padaria fica livre de problemas comuns decorrentes da perda de comandas de papel, letra ilegível dos atendentes, entre outros. O software pode ser usado ainda na fidelização da clientela, por meio de distribuição de pontos e resgate de prêmios. Fornecedoras Para atender à demanda crescente das padarias, os fornecedores dessas soluções têm desenvolvido sistemas específicos para o segmento, capazes de contribuir em termos de agilidade e organização. A ideia é oferecer tecnologias que desencadeiem na excelência do atendimento e na fabricação de produtos. Esses sistemas são pensados em módulos que atendem à necessidade diária dos pontos de venda, como, controle de produção, custos, rentabilidade dos produtos fabricados, facilidade no processo de atendimento aos clientes e agilidade na frente da loja. O diretor de tecnologia da Linear, uma das empresas fornecedoras presentes no mercado, Marcelo Urbano, diz que o sistema deve estar atento às questões fiscais. “O software tem que ajudar a padaria a não cometer erros que comprometam as informações fiscais. O objetivo é ter um sistema que ‘pense’ para o usuário, evitando divergências com a legislação, sem perder a simplicidade e a facilidade no uso diário”, afirma. No setor financeiro, por exemplo, os sistemas disponíveis no mercado controlam o fluxo de caixa, as compras feitas com cartão de crédito e débito e a ficha de clientes. Uma dica para o panificador que pretende investir na área é ficar atento se a tecnologia corresponde às demandas dos órgãos de controle e está alinhada com a contabilidade. Tendências E certamente a automação comercial não termina por ai e a tendência é aumentar cada vez mais a eficiência O que a automação comercial já faz pelas padarias Controle fiscal Fluxo de caixa Ficha financeira de clientes Controle de produção Fidelização da clientela Rentabilidade da produção dos softwares. A expectativa do setor é desenvolver um sistema com abrangência cada vez maior, o que poderá reduzir a necessidade por mão de obra, minimizando, assim, um dos maiores gargalos dos panificadores. “Atualmente, a automação comercial está muito ligada a processos internos, mas, a tendência é que o software passe a fazer cada dia mais processos antes feitos de forma manual. Essa é a evolução natural”, disse Marcelo Urbano. É esperado, por exemplo, que em pouco tempo esse tipo de software seja mais utilizado para o autosserviço, em que o próprio cliente faz o registro das mercadorias e o pagamento sem precisar da intervenção de um operador de caixa, reduzindo, assim, o custo com funcionários. 30 Pães e Quitandas de Minas 2014 Terceira edição do evento consolida o trabalho de valorização da panificação em BH Durante um mês, as padarias de Belo Horizonte e da região metropolitana encantaram seus clientes. Com o Festival Pães e Quitandas de Minas, realizado pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão), em parceria com o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC) e apoio do Sebrae Minas, os estabelecimentos criaram novas receitas para uma disputa animada e muito saborosa. Aproveitando o período da Copa, o festival foi realizado entre os dias 12 de junho e 13 de julho. Nesta edição, as padarias participantes precisaram criar suas delícias com dois ingredientes: manteiga e farinha de trigo. Como a hospitalidade mineira vem sempre acompanhada de um pão de queijo, o festival, pensando nos turistas da Copa do Mundo, trouxe uma novidade: uma votação entre as padarias participantes do melhor pão de queijo, para valorizar e divulgar esse importante produto artesanal mineiro.Quem levou o prêmio da 3º edição do festival foi a Padaria Excelência, no bairro Santa Inês, com o “Pão Crocante de Carne Seca”. Participando pela primeira vez do evento, Adalberto Siqueira conta que foi uma vitória muito importante. “Foi resultado do esforço de toda a equipe, que se preocupou em oferecer o melhor atendimento e produto aos clientes. A vitória foi muito especial, já que todos se envolveram para criar essa receita: desde a chefe de produção até o padeiro-chefe”, afirma. Para ele, esse evento é muito importante, pois movimenta o setor da panificação, além de influenciar na criação de novos produtos O vencedor foi conhecido no dia 12 de agosto, na sede do Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação FESTIVAL (Amipão), em um evento que contou com a presença das cinco finalistas. Além da Padaria Excelência, disputavam também Pan Mel, com a receita “Gostinho da roça”; Sabinão, com “Abobrinha Real’’; Gran Vitória, com “Croissant Amanteigado de Doce de Leite”; e Boníssima, com “Brioche Caseiro Recheado de Abóbora com Coco”. Na categoria Melhor Pão de Queijo, a padaria Avenida do Pão teve sua iguaria em posição de destaque. Os cinco finalistas são selecionados a partir do voto de público, para então serem avaliados por um juri técnico em quatro quesitos: aparência, sabor, textura e aroma. Para Elias Alves, coodenador técnico da Vilma Alimentos, a experiência foi muito positiva. “É muito bacana ver como o setor de panificação se envolve para participar desse festival. E a criatividade das receitas é de encantar”, elogia. Classificação do Festival Pães e Quitandas de Minas 2014 1º Lugar - Padaria Excelência Produto: Pão Crocante de Carne Seca 2º e 3° Lugares (empate) Padaria Sabinão No calendário Produto: Abobrinha Real Para que o evento chegasse a sua terceira edição consolidado no calendário da capital, a constante adesão das padarias foi fundamental. Em 2014, foram 30 padarias de Belo Horizonte e Região Metropolitana participando. Na avaliação de José Batista de Oliveira, presidente do Sindicato da Indústria da Panificação (SIP), a aceitação dos clientes é um grande motivador. “O interesse do público pelo festival vem nos surpreendendo a cada ano. Nossa ideia é aguçar os panificadores para aderirem ao projeto e divulgar seus estabelecimentos”, afirma. Padaria Gran Vitória O coordenador do Sebrae, Macrorregião Centro, Anderson de Freitas, destaca que a terceira edição do evento comprova mais uma vez o seu sucesso e que já está consolidado no segmento da panificação, principalmente pelo reconhecimento do público e adesão dos panificadores. “Dados mostram que as padarias tiveram um aumento de 4% no fluxo de clientes, durante o festival. Queremos que esse público experimente novos produtos e conheça as novidades do setor”, completa. Coco Produto: Croissant Amanteigado de Doce de Leite 4º Lugar Boníssima – Raja Gabaglia Produto: Brioche Caseiro Recheado de Abóbora com 5º lugar – Pan Mel Produto: Gostinho da Roça FESTIVAL 32 Pão Crocante de Carne Seca Padaria Excelência Rendimento: 5,130 kg (60 unidades) Recheio Modo de fazer INGREDIENTE Carne de sol Manteiga de garrafa Alho Repicado Massa INGREDIENTE QTDE. Farinha de trigo 2kg Açúcar cristal 5g Sal refinado 30g Reforçador 10g Manteiga 100g Fermento Fresco Água Gelada QTDE. 1kg 150ml 30g Cebola (em Julienne) 350g Tomate (rm Julienne) 350g Pimentão verde (em Julienne) 30g Pimentão Vermelho (em Julienne) 50g Cheiro Verde repicado 10g 60g Requeijão Puro 840g 1,1kg Muçarela ralada 1kg Massa 1. Pese todos os ingredientes e coloque na masseira até o ponto de véu. Divida, boleie e descanse a massa por 15 minutos. 2. Boleie novamente e leve ao forno a 200º C com vapor por 15 minutos. Recheio 1. Cozinhe em água a carne e desfie. Reserve. 2. Em uma panela, aqueça a manteiga de garrafa e refogue o alho e a cebola até dourar. 3. Acrescente os tomates e os pimentões e deixe cozinhar por 2 minutos. Por último, acrescente a carne seca desfiada. Montagem Retire o miolo do pão, preencha o fundo com catupiry, em seguida coloque o recheio da carne seca. Acrescente a muçarela ralada e decore com cheiro verde e pimenta biquinho. Leve ao forno para gratinar. 2004 - 2014: 10 anos IREKS DO BRASIL IREKS DO BRASIL comemora seu 10º aniversário! A IREKS, há mais de 150 anos, fornece ingredientes valiosos para panificação e confeitaria ao redor do mundo, é sinônimo de qualidade em produtos inovadores e no desenvolvimento de receitas atraentes e lucrativas, além de oferecer um serviço técnico de excelência. Nestes 10 anos de trabalho no mercado brasileiro, conquistamos um sólido posicionamento no setor graças ao apoio e cooperação de nossos clientes, parceiros e colaboradores. SIL I REKS DO BRA ANOS ANOS Para comemorar, iniciamos um ano de celebrações e queremos compartilhar com você, pois todas as nossas criações e conquistas não teriam se concretizado sem a sua confiança e parceria. Escritório de Vendas: Rod. Raposo Tavares, KM 22 Bloco F - Sala 223 The Square - Granja Viana 06709-015 - Cotia - SP BRASIL Tel.: +55 11 4612 1143 Fax: +55 11 4612 1506 Uma empresa IREKS GmbH e Cooperativa AGRÁRIA Agroindustrial IREKS DO BRASIL S.A. Avenida Paraná, 200 Vitória - Entre Rios 85139-400 - Guarapuava - PR BRASIL Tel.: +55 42 3625 8448 Fax: +55 42 3625 8433 [email protected] www.ireks.com.br 33 Congrepan Congrepan irá debater inovação e rentabilidade Congresso mais importante do setor aprofundará, em 2015, debate sobre técnicas de congelamento consumidores e formas de atender a essas demandas, com pães de fermentação longa, artesanais, e pricipalmente a qualidade dos produtos. Inovação e rentabilidade. As duas palavras, que são verdadeiras chaves de sucesso para qualquer negócio, estarão no centro da discussão do 30º Congresso de Panificação e Confeitaria (Congrepan). O evento será realizado de 26 a 30 de agosto de 2015 na Costa do Sauípe (BA) e as inscrições já estão abertas. As vagas são limitadas. De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP) e da Amipão (SIP), José Batista de Oliveira, a discussão será centralizada nas técnicas de congelamento, uma das principais tendências atuais do setor que promete mudar a realidade das panificadoras. “O congelamento está diretamente ligado à rentabilidade. São técnicas capazes de tornar os negócios diferenciados em um curto prazo”, salientou. O evento, realizado a cada dois anos pela ABIP e entidades filiadas, abordará o futuro da panificação, pelos próximos dez anos do ramo, além da inovação de processos e matérias-primas, por meio de palestras e cursos práticos sobre pães especiais, confeitaria e congelamento. Já as novas tecnologias estarão no centro do debate, afirmou Batista. Além disso, serão levantados os novos hábitos dos Batista reforça a importância de os panificadores aprenderem mais sobre técnicas de congelamento, que aumentam a competitividade de qualquer negócio. “O congelamento é uma solução para as padarias, por reduzir o custo operacional e possibilitar um melhor aproveitamento dos funcionários. Além disso, as padarias ganham com a padronização, uma vez que a produção não varia de acordo com o padeiro”, completou. Durante os quatro dias de congresso, ocorrerá ainda a segunda edição do Congrejovem, idealizado para a nova geração de panificadores. Os jovens de 17 a 33 anos poderão discutir temas envolvendo o momento atual do mercado e contribuir com ideias que proporcionem a construção de um novo cenário para as lojas do ramo. Segundo o vice-presidente da ABIP, Márcio José Rodrigues, a ideia do evento é acima de tudo confrontar os desafios dos empresários das panificadoras quando o assunto é lucro. “A carga tributária elevada mais a operação da padaria artesanal com elevado número de funcionários é um desafio a ser superado. Iremos abordar estratégias para a redução de custos”, disse. E, estar na Costa do Sauípe não é coincidência. O objetivo de o congresso mais importante do setor acontecer na Bahia é proporcionar, além de muito trabalho e informação, um momento de relaxamento aos panificadores. “A escolha é proposital, pois oferece aos congressistas e a sua família um ambiente de descanso e descontração”, afirmou Batista. Outras informações em www.congrepan.com.br. 34 Entrevista Miyuki Toggi No período de 25 a 29 de agosto, foi realizado em Belo Horizonte o curso inédito sobre “Pão Artesanal com Grãos Antigos”, realizado pelo Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) em parceria com o instituto californiano San Francisco Baking Institute (SFBI), considerado referência mundial em cursos de panificação gourmet. O curso teve a duração de cinco dias e foi realizado no Senai. A representante do instituto para ministrar as aulas foi Miyuki Togi. Miyuki atua no SFBI desde 2006 e é autora de várias publicações sobre “Pão e Pastelaria Avançada”. Em 2012, a professora liderou uma equipe de panificadores para criarem réplicas, de massa de pão, de vestidos desenhados por Jean-Paul Gautier para celebrar o Dia da Bastilha, no de Young Museum. Confira abaixo entrevista exclusiva com a cheff: O que o curso “Pão Artesanal com Grãos Antigos” apresenta de novidades aos participantes? Iremos apresentar nesse curso os diferentes tipos de fermentação, a técnica específica para criar massas para o pão artesanal, além de trazermos dos Estados Unidosas farinhas produzidas dos grãos antigos, que não são encontrados no Brasil. Por meio desses grãos é que fazemos a farinha especial TEFF, por exemplo, que vem da semente do girassol. Ainda temos a Kamuti, que chamamos de grão ancestral e a Farinha do grão Espelta, originário da África e Etiópia, respectivamente. Na Califórnia, esse curso é muito procurado? Sim, nos EUA os panificadores investem nesse curso, pois agrega valor ao produto da padaria e tem bastante procura pelos consumidores. Na Califórnia, o curso acontece em três módulos — baguetes, grãos ancestrais e fermentação natural— e dura três semanas. Já em Belo Horizonte, fizemos um resumo de cada módulo para realizá-lo em uma semana. No Brasil, já foi realizado em outras cidades? Não, a capital mineira é a primeira a receber esse curso. Foi uma parceria muito importante entre o Instituto e a Amipão que privilegiou os panificadores mineiros. Como o panificador pode encontrar essa farinha se aqui no Brasil ela não tem como ser encontrada? No curso expliquei dicas de como fazer essa adaptação ENTREVISTA para as farinhas do Brasil. Contudo, é um processo mais complicado e tem de mudar o processo de hidratação e fermentação. Existe alguma dificuldade em manejar esse tipo de farinha? As farinhas normais possuem glúten, essa, como é feita dos grãos antigos, não possui glúten então requer um pouco mais de manejo. Nos outros países o pão artesanal já tem uma cultura de consumo? Com certeza, nos EUA, Europa e Austrália o pão artesanal já tem uma forte tendência. As pessoas têm procurado bastante esse tipo de pão produzido com a farinha sem glúten. E essa tendência está se espalhando pelo mundo todo e logo chegará ao Brasil. As pessoas estão se informando mais sobre a alimentação saudável. E a nossa expectativa é que mais e mais pessoas possam conhecer os grandes benefícios dos pães produzidos com os grãos antigos. Para a saúde, qual o efeito do consumo desse tipo de pão? São muitos os benefícios, pois o pão produzido com farinha de grãos antigos não tem glúten e o processo de fermentação é maior, comparado com o produzido de farinha normal. Com essa fermentação maior há uma quebra nas proteínas o que ajuda na digestão mais rápida pelo organismo, além de possuírem mais vitaminas. E nos aspectos do sabor e textura existe diferencial também? O pão produzido do grão antigo é mais saboroso e sua textura é mais macia. Ele é menos seco, dependendo dos grãos usados irá trazer um sabor único ao pão. Sem dúvida, é um produto diferenciado e de alta qualidade. E quanto ao período de validade, a sua conservação é superior? Esse é outro diferencial desse tipo de pão. Como é realizada a fermentação natural, a sua durabilidade também tende a ser maior. A casca fica mais crocante, e por dentro ele fica bem macio, já que a fermentação é longa. São inúmeros os benefícios. O que esses pães agregam de valor para a padaria? Como disse anteriormente, são produtos de alta qualidade e o consumidor busca por produtos diferenciados e que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Esses pães são uma tendência mundial. Panificadores de vários países estão investindo nesse produto e criando, dessa forma, o hábito nas pessoas de consumirem esses pães. É um produto natural, sem nenhum aditivo químico de tratamento na farinha e nem no fermento. Ou seja, a padaria que investir e tiver esse produto para oferecer ao consumidor vai sair na frente e se destacar. Sem dúvida, as vendas aumentaram expressivamente. consumo desse tipo de pão? São muitos os benefícios, pois o pão produzido com farinha de grãos antigos não tem glúten e o processo de fermentação é maior, comparado com o produzido de farinha normal. Com essa fermentação maior há uma quebra nas proteínas o que ajuda na digestão mais rápida pelo organismo, além de possuírem mais vitaminas. E nos aspectos do sabor e textura existe diferencial também? O pão produzido do grão antigo é mais saboroso e sua textura é mais macia. Ele é menos seco, dependendo dos grãos usados irá trazer um sabor único ao pão. Sem dúvida, é um produto diferenciado e de alta qualidade. E quanto ao período de validade, a sua conservação é superior? Existe alguma dificuldade em manejar esse tipo de farinha? Esse é outro diferencial desse tipo de pão. Como é realizada a fermentação natural, a sua durabilidade também tende a ser maior. A casca fica mais crocante, e por dentro ele fica bem macio, já que a fermentação é longa. São inúmeros os benefícios. As farinhas normais possuem glúten, essa, como é feita dos grãos antigos, não possui glúten então requer um pouco mais de manejo. O que esses pães agregam de valor para a padaria? processo mais complicado e tem de mudar o processo de hidratação e fermentação. Nos outros países o pão artesanal já tem uma cultura de consumo? Com certeza, nos EUA, Europa e Austrália o pão artesanal já tem uma forte tendência. As pessoas têm procurado bastante esse tipo de pão produzido com a farinha sem glúten. E essa tendência está se espalhando pelo mundo todo e logo chegará ao Brasil. As pessoas estão se informando mais sobre a alimentação saudável. E a nossa expectativa é que mais e mais pessoas possam conhecer os grandes benefícios dos pães produzidos com os grãos antigos. Para a saúde, qual o efeito do Como disse anteriormente, são produtos de alta qualidade e o consumidor busca por produtos diferenciados e que ajudam a melhorar a qualidade de vida. Esses pães são uma tendência mundial. Panificadores de vários países estão investindo nesse produto e criando, dessa forma, o hábito nas pessoas de consumirem esses pães. É um produto natural, sem nenhum aditivo químico de tratamento na farinha e nem no fermento. Ou seja, a padaria que investir e tiver esse produto para oferecer ao consumidor vai sair na frente e se destacar. Sem dúvida, as vendas aumentaram expressivamente. 36 Teatro da consciência Projeto da Amipão leva aos palcos situações rotineiras das panificadoras em busca de um aprimoramento nos negócios do ramo Raquel Gondim Padeiros, funcionários de atendimento, caixas e patrão. Esses são apenas alguns dos “personagens” que rondam o dia a dia das padarias e vivenciam inúmeras histórias (engraçadas ou não) envolvendo a rotina do setor. Uma vez por ano, esses personagens saem do ponto de venda e vão parar no palco, onde o entretenimento se transforma em instrumento para a reflexão, por meio do Teatro da Qualidade. Em agosto, o projeto realizado pela Amipão em parceria com o SENAI|SESI|FIEMG e a Itambé apresentou para proprietários e funcionários de panificadoras a peça “Escolinha do Professor Rocambole”. A idealizadora QUALIDADE O proprietário da Padaria Luciana, no bairro Nova Cintra, Raimundo Pimenta, separou um dia para ir ao evento com 28 dos seus funcionários. Ciente dos bons resultados do método, ele organizou um almoço e alugou um ônibus para levar os empregados para a apresentação. De acordo com Pimenta, o Teatro da Qualidade é um momento importante para a equipe ter a chance de se reciclar, aprimorar conceitos e relembrar todas as normas de boas práticas. Ainda de acordo com o panificador, esse tipo de iniciativa também ajuda a motivar a equipe. do método, conhecido como teatro empresarial, Tânia Mara Leite, explica que a ideia é justamente abordar comportamentos comuns no cotidiano das panificadoras, fazendo com que os empregados do ramo se reconheçam na interpretação dos atores. “O teatro aborda situações rotineiras e a pessoa identifica o que vê exposto na realidade dela. Muitas vezes são situações do cotidiano em que ela própria percebe que precisa mudar. Ocorre um processo de conscientização instantâneo e, assim, a tomada de consciência”, explica Tânia. Segundo Tânia, que trabalha com o método há mais de 20 anos, a conscientização fica evidente no depoimento de empregados do ramo. “Durante a apresentação é comum ouvirmos um comentar com o outro ‘aquele é igual você’ e, é claro, que a própria pessoa se reconhece em determinados comportamentos”, disse. No caso da “Escolinha do Professor Rocambole”, situações típicas das panificadoras foram parar no palco, como a questão do uso de equipamentos, boas práticas de produção, mix de mercadorias e relações com os colegas de trabalho. Entre as novidades, a peça aproveitou para explorar a norma NR-12, que regulamenta o uso de máquinas. Uma das funcionárias da Padaria Luciana, Tamires Pereira, confirma a eficácia do método. Ela, que participou pelo segundo ano do projeto, disse que a cada apresentação aprende novas dicas para melhorar o ambiente de trabalho e suas técnicas. “Tratar bem o cliente, usar uniforme limpo e organizar todo o material utilizado são algumas dicas importantes que aprendemos, além de ajudar a renovar o conhecimento”, disse. A funcionária da Padaria Regina, no bairro Carlos Prates, Angélica da Silva, concorda. Segundo ela, o teatro, além de ser um momento de descontração, serve como ferramenta para o trabalho. “Adorei. Sem dúvida é um momento em que podemos aprender e nos motivar”, resume. 38 Dentro do padrão Cada vez mais rigorosas, normas para rótulos devem ser seguidas à risca pelas panificadoras Primeiro chamariz para o consumidor, a embalagem é uma ótima ferramenta de marketing para as panificadoras. Contudo, mais do que bonitos ou chamativos, os pacotes, e, sobretudo, os rótulos, devem ser informativos e seguir algumas regras. As normas envolvendo a rotulagem para produtos estão sempre em transformação, sendo que a última atualização entrou em vigor em janeiro deste ano. Para os estabelecimentos que produzem alimentos, é necessário estar atento para, além de convencer a clientela a conhecer diferentes mercadorias, evitar punições. A supervisora técnica da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Izabel Paixão, explica que o mais importante é especificar nos rótulos dos produtos de fabricação-própria, se o alimento contém ou não glúten. Esse é, inclusive, segundo Izabel, o maior erro cometido pelas lojas do ramo que também costumam colocar na prateleira embalagens sem a devida tabela nutricional. A última alteração da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que trata da questão é de 2008, porém, em janeiro deste ano, entraram em vigor novas adequações às regras. Ficou definido que os consumidores têm direito a informações qualificadas sobre determinadas expressões comumente presentes nos rótulos, como “light”, “diet”, “rico em”, “não contém” e “fonte de”. Para que um alimento possa incluir, por exemplo, a expressão light em seu rótulo, ele, necessariamente, deve ser reduzido em algum nutriente, na comparação com a versão convencional. Já o diet, faz modificações especiais em sua fórmula para se adaptar a dietas específicas, como de portadores de diabetes. De acordo com a Anvisa, o objetivo da adaptação é proteger o consumidor de alegações nutricionais que não correspondam à realidade. Além disso, com maior rigor, as regras se adaptam à norma de Informação Nutricional Complementar do Mercosul, facilitando a circulação de alimentos entre os países componentes do bloco. Padrão Embora as normas tenham entrado em vigor em janeiro, ainda é comum encontrar produtos fora do padrão. No setor da panificação, em que o controle em torno das embalagens costuma ser menos rigoroso, se comparado à indústria, fica ainda mais evidente a falta de cuidado das empresas. A supervisora técnica da Fiemg lembra que todas as mercadorias precisam trazer informações básicas em seus rótulos. “São necessárias as especificações e composições do produto, prazo de validade, tabela nutricional, peso nORMAS líquido, se é diet ou light, endereço do fabricante, SAC etc”, destacou Izabel. transporte coletivo; g) Quando possível e a lei não exigir, instituir plano de saúde para os empregados; h) Fazer um acompanhamento social do empregado, objetivando verificar condutas impróprias ou qualquer problema que possa não somente afastá-lo do trabalho, mas causar um dano social de difícil reparação, como o uso de drogas, violência doméstica e uso de álcool; i) Realizar periodicamente programas de saúde, como medição de pressão arterial, batimentos cardíacos, medição de glicemia e colesterol, de forma a ajudar não somente na prevenção de doenças, como também na identificação antecipada da doença e neste caso orientar no tratamento; j) Instituir programa de orientação alimentar, evitando a obesidade e as doenças relacionadas a má alimentação. Existe ainda a possibilidade de a empresa iniciar um processo de benchmarking, neste processo positivo e pró-ativo, uma empresa examina como outras empresas realizam funções específicas a fim de melhorar como realizar a mesma função ou uma função semelhante em seu negócio, conduzindo a um melhor desempenho. Como se observa são inúmeras as ações que podem promover a diminuição das faltas justificadas e injustificadas, as boas práticas contribuem muito para a melhoria qualidade de vida dos empregados e familiares, melhorando não somente o ambiente de trabalho, mas a eficiência da empresa, pois os empregados satisfeitos e saudáveis trabalham melhor e produzem mais. - Deve-se estabelecer, por exemplo, um limite de faltas para cada funcionário? Tratando de faltas justificadas, aquelas em que a lei tratou de instituir, a própria lei estabelece o limite de dias em que o empregado poderá deixar de comparecer ao trabalho sem que haja prejuízo no salário, como o caso das faltas em virtude do matrimônio – três dias consecutivos; nascimento dos filhos – cinco dias no decorrer da primeira semana e de dois dias consecutivos no caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social que viva sob sua dependência econômica e, muitas outras previstas não somente na Consolidação das Leis Trabalhista, como também em outras leis. Em todos os casos em que a legislação permite a ausência do empregado do serviço, é possível alterar os prazos estabelecidos em lei, desde que não cause nenhum tipo de prejuízo ao empregado, melhor explicando, o empregador pode aumentar o prazo (dias) definido em lei, desde que esta concessão não seja computada no cálculo do salário do empregado, mas jamais poderá diminuir o prazo. Somente para relembrar: As faltas não justificadas por lei não dão direito a salários e demais consequências legais, e podem resultar em falta leve ou grave, conforme as circunstâncias da repetição, já as faltas justificadas por lei, autorizam o empregado a deixar de comparecer ao serviço, pelo tempo definido na própria lei, sem prejuízo do salário. - O que uma falta representa de prejuízo para a panificação? Como já mencionado antecipadamente em outras perguntas, a ausência do empregado do serviço, tanto por faltas autorizadas em lei, quanto às injustificadas, podem causa prejuízo ao empregador, principalmente quando este não atua proativamente, planejando as atividades de modo que possam ser realizadas considerando um percentual de absenteísmo. Pois todas as vezes em que o empregador planeja mal a sua atividade ou deixa de planejar, o risco de prejuízo aumenta e, o empregador não deve deixar de considerar as faltas na gestão de seu negócio, sob pena, não somente de ter que assumir um prejuízo, como também causar um desequilíbrio no desenvolvimento da sua atividade econômica, o que pode levar outros empregados a um trabalho excessivo e como consequência, causar outros afastamentos. Uma boa sugestão é o empregador planejar, considerar que as faltas existem e estão presente em todas as atividades que exploram mão de obra, mensurar o quanto as faltas podem impactar em seu negócio e gerenciar para que permaneçam em níveis administráveis. Créditos: Dr. Gilson Pereira Santos é advogado, administrador e eletrotécnico. Especialista em Direito Material do Trabalho e docência em curso superior, especializado em proteção de máquinas perigosas, membro da Comissão Direito Sindical da OAB-MG e Consultor Jurídico da Amipão. Algumas informações que devem estar nos rótulos: Se tem ou não glúten Tabela nutricional Peso líquido Se é diet ou light Endereço do fabricante 40 BUNGE Bunge reforça liderança no mercado mineiro com participação em evento do varejo alimentício São Paulo, XX de outubro de 2014 – A Bunge Brasil, uma das maiores empresas de alimentos do país, participa da 28ª edição da SuperMinas Food Show, feira para o setor supermercadista e de panificação, entre os dias 21 a 23 de outubro, no Expominas, em Belo Horizonte/MG. O evento espera reunir os principais representantes dos segmentos de alimentos e bebidas do Brasil, em uma área de exposição de 25 mil m². O estande da empresa na feira conta com cerca de 80 m² para que as equipes de vendas possam receber clientes, parceiros, consumidores e também para apresentar os produtos das marcas Suprema, Soberana, Pré-Mescla, Benta Mix, Predileta, Gradina e Ricca, da Bunge e Útil, Santa Luzia, Alterosa, Alvear, Pedra Mó, Vera Cruz e Vera Mix, do Moinho Vera Cruz. O Moinho Vera Cruz, localizado na cidade de Santa Luzia/MG, foi adquirido pela Bunge em 2013. Desde então, a empresa está atuando para fortalecer seus negócios e se consolidar na região como líder no mercado de farinhas de trigo para panificação, indústria e uso doméstico. Para isso, a Bunge incorporou toda a linha de produtos do Moinho e manteve a mesma equipe de vendas e de telemarketing. Para o gerente de Controle, Gestão e Marketing de Alimentos & Ingredientes da Bunge Brasil, Nilson Vasconcelos, participar da SuperMinas é uma excelente oportunidade de reforçar a marca Bunge junto aos produtos do Moinho Vera Cruz, além de estreitar o relacionamento com importantes parceiros: os supermercadistas e panificadores de Minas Gerais. “A feira tem grande importância para a Bunge, visto que o estado tem o segundo maior PIB brasileiro e o mercado mineiro é um grande consumidor de farinha de trigo no Brasil. Com a recente compra do Moinho Vera Cruz, estamos mais fortes e mais preparados para atender à demanda, bem como aumentar nossa participação de mercado e vendas” afirma Nilson. Mais informações sobre o portfólio de alimentos Bunge estão disponíveis no www. bunge.com.br Serviço: SuperMinas Food Show 2014 Data: de 21 a 23 de outubro Local: Expominas – rua 4 esquina com as avenidas Ipatinga e São Lourenço. Av. Amazonas, 6030 – Belo Horizonte – Minas Gerais Sobre a Bunge Presente no Brasil desde 1905, a Bunge é uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do Brasil e uma das maiores exportadoras. Atua de forma integrada, do campo à mesa do consumidor. Desde a compra e processamento de grãos (soja, trigo e milho), produção de alimentos (óleos, margarinas, maioneses, azeite, arroz, farinhas de trigo, molhos e atomatados), serviços portuários até a produção de açúcar e bioenergia. Eleita empresa mais sustentável do agronegócio pelo Guia Exame de Sustentabilidade, a Bunge conta com cerca de 20 mil colaboradores, atuando em mais de 100 instalações, entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição e silos, em 17 estados e no Distrito Federal. Marcas como Delícia, Salada, Soya, Salsaretti, Primor, Cardeal, All Day e Bunge Pro estão profundamente ligadas não apenas à história econômica brasileira, mas também aos costumes, à pesquisa científica, ao pioneirismo tecnológico e à formação de gerações de profissionais. Informações e imagens para a imprensa: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação Atendimento: Priscilla Martinelli priscilla.martinelli@ inpresspni.com.br (11) 3323 1548 Aline Brandi aline.brandi@inpresspni. com.br (11) 3323 1519 Coordenação: Célia Nogueira célia.nogueira@inpresspni. com.br (11) 3323 1601 41 Legislação ENTENDENDO A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 42 As disposições acerca da Saúde e Medicina do Trabalho estão descritas no Capítulo V da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). As regras são para todos os empregadores, independentemente do segmento ou porte do estabelecimento, desde que desenvolvam atividades e/ou contratem mão de obra em regime da CLT. A partir do início das atividades, nenhuma empresa, segmento ou atividade escapa do cumprimento da legislação em comento. Os códigos de obras, regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, bem como os acordos e convenções coletivas que estabelecem obrigações ou incluem matérias trabalhistas, não desobrigam os administrados da observância, em todos os locais de trabalho, do cumprimento da legislação trabalhista e de outras disposições naqueles contidas, que em razão da matéria deveu-se ser incluída. Quando ocorrem infrações à legislação trabalhista e são identificadas pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), estas acarretam punições ao infrator. Ordinariamente, iniciam-se com as notificações que podem evoluir de acordo com a gravidade da infração, chegando até a paralisação das atividades do estabelecimento, por meio do embargo de obra ou serviço ou da interdição de máquinas e equipamentos, institutos utilizados sempre que for constatado risco grave e iminente à saúde e à integridade física das pessoas. Com relação ao valor da multa, pode ser fixo ou variável. Quando variável o valor pode aumentar nos casos de reincidência, embaraço, reincidência, artifício e simulação. Mesmo antes do início das atividades das empresas, estas devem atentar-se para o cumprimento da legislação, pois as exigências de adequações antes do início das operações das empresas são importantes, posto que as adequações evitam que máquinas e processos comerciais e industriais entrem em operação sem considerar a saúde e o conforto dos trabalhadores. Cabe aos órgãos competentes de âmbito nacional, em matéria de segurança e medicina do trabalho, estabelecer em normas as disposições de como aplicar os preceitos da CLT, especialmente as medidas que previnem a ocorrência de acidentes do trabalho, eliminem os trabalhos penosos e os trabalhos análogos à condição de escravos, entre outros que precarizam a relação de trabalho e de emprego. Assim, surgiram as normas regulamentadoras do MTE, que dispõem sobre como aplicar os preceitos contidos no Capítulo V da CLT, como já esclarecido supra, em especial sobre as matérias descritas no artigo 200 da CLT. De forma a garantir o cumprimento da legislação trabalhista, o órgão competente dispõe de profissionais Auditores que fiscalizam as empresas diuturnamente, impondo penalidades aos infratores. Durante a atuação dos auditores do MTE, são analisadas as leis que tutelam a relação do empregado com o empregador e, quando verificados procedimentos irregulares na empresa, o auditor-fiscal, antes de aplicar eventual multa, pode conceder prazo para a correção. Desta forma, a notificação nada mais é que um tipo de advertência dada pelo órgão competente que pode ocorrer de duas formas: na primeira, durante a fiscalização in loco, o auditor fiscal do trabalho, diante de irregularidades sanáveis, ou tendo o auditor de analisar documentos, determina dia e horário para que o empregador compareça ao MTE para apresentação de documentos ou para demonstrar o cumprimento da legislação trabalhista em determinada matéria; na segunda, verificando a gravidade do ato praticado, sendo a infração de difícil reparação, não sanável ou sendo o infrator reincidente, o auditor-fiscal lavrará o auto de infração, especificando os motivos e mencionando a fundamentação legal que justifica Legislação a autuação. Nota-se que, tratando de risco grave e iminente, esta situação obriga o agente de inspeção do trabalho a aplicar a interdição ou embargo, em qualquer empresa, em todas as atividades, implicando na paralisação parcial ou total da atividade econômica. Nas empresas de panificação, a atuação ministerial é mais complexa, visto que além de verificar as condições de trabalho, os auditores-fiscais devem verificar as condições de higiene, posto que existe o manuseio de produtos alimentícios durante o processo de fabricação. Assim, assevera-se que, tratando-se de microempresas e empresas de pequeno porte, o agente de inspeção do trabalho sempre deverá priorizar pelo caráter educativo da fiscalização, utilizando-se de seus conhecimentos para esclarecer e orientar o empresário de o quê e como fazer para adequar-se as normas regulamentadoras, evitando desta forma prejudicar e punir o empresário que, por diversas razões, ao iniciar suas atividades, deixara de observar aspectos legais, ou alteração legislativa. Entretanto, corrija-se, o tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte não autoriza as empresas a infringirem as leis trabalhistas, caso em que, havendo por parte da empresa resistência em atender à legislação, sofrerá as penalidades previstas, como já antecipadas, pode ocorrer a paralisação do estabelecimento, até que as irregularidades sejam sanadas, principalmente quando o empregador expor pessoa em condição de risco grave e iminente. É importante observar que as normas vigentes é que serão utilizadas pelas empresas para o cumprimento, como também serão usadas pela fiscalização, assim, quando o empresário tiver dificuldade em cumprir qualquer item das normas trabalhistas, deve-se entrar em contato com a Central de Relacionamento da Amipão pelo telefone 31 3282-7559. Com relação à Norma Regulamentadora 12 do MTE (NR-12), esta norma estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, em todas as atividades econômicas. Assim, torna-se necessário que o empresário, proprietário de máquinas e equipamentos, procure um profissional legalmente habilitado (técnico ou engenheiro) para fazer um diagnóstico de sua área fabril; muitas máquinas usadas na indústria estão descritas nos anexos da norma, o que facilita sua adequação, pois nos anexos estão estabelecidos todos os requisitos de proteção que devem ser adotados nas máquinas. Além do que dispõem os anexos da NR-12, o empresário deve ficar atento às obrigações acessórias para o pessoal e máquinas, tais como: a) capacitação dos empregados na operação segura das máquinas, b) manuais das máquinas, c) inventário das máquinas, d) instrução de trabalho e, e) manutenção preventiva das máquinas. As demais máquinas não contempladas pelos anexos da norma devem ser protegidas de acordo com os requisitos especificados na parte geral da NR-12, por meio de uma análise de risco que aponte quais medidas de segurança devem ser adotadas para cada tipo de máquina, elaborada por um profissional legalmente habilitado. Créditos: Dr. Gilson Pereira Santos é Advogado, Administrado e Eletrotécnico, Especialista em Direito Material do Trabalho e Docência em Curso Superior, Especializado em Proteção de Máquinas Perigosas, Membro da Comissão Direito Sindical da OAB-MG e Consultor Jurídico da AMIPÃO. dr.gilson@ adv.oabmg.org.br 44 Aprender a ser líder Cada vez mais difundido no Brasil, o processo de coaching é alternativa para quem precisa ser mais do que um dono de empresa RH Já se foi o tempo em que ser um bom administrador era suficiente para tocar um negócio, Hoje, a palavra de ordem é liderança e os especialistas garantem que essa não é prerrogativa apenas dos grandes executivos. Qualquer empresário pode (e deve) trabalhar para ser um líder e, para quem não tem nem ideia de como fazer isso, um coach pode ajudar. O processo de coaching tem sido cada vez mais procurado por executivos que precisam, além de ser chefes, ser líderes. “Não adianta mais ser ‘dono de empresa’. É preciso engajar as pessoas para os melhores resultados. E somente consegue isso quem é líder”, garante o coach e especialista em desenvolvimento humano, Alexandre Prates. Ele reforça que qualquer pessoa pode trabalhar para desenvolver aspectos de liderança e que a crença de que o coaching é indicado somente para grandes executivos é um dos grandes mitos envolvendo esse trabalho. “Acreditar nisso é pensar que somente os grandes sonham e têm o direito de realizar. Coaching é para quem quer mais. É para quem sonha em ver sua empresa crescer, seu patrimônio aumentar, enfim, para quem sonha. Ou seja, um pequeno empresário pode e deve se submeter a esse processo”, garante. Prates acrescenta ainda que mesmo as pessoas que não têm um negócio ou qualquer pretensão nesse sentido podem buscar a ajuda de um coach. Isso porque a liderança não está necessariamente ligada ao sucesso profissional, mas sim, à vida como um todo. Ainda de acordo com o profissional, essa ferramenta está associada a desejar mais, a “ir além”, independentemente do nível hierárquico, condição social ou expectativa de resultados. A definição de coaching, segundo o especialista, é simples. Trata-se de uma metodologia de desenvolvimento humano que visa potencializar as pessoas para resultados e, quando bem utilizada, irá direcionar o melhor de cada um para os objetivos almejados, criando um equilíbrio entre as diversas áreas da vida e proporcionando um senso de realização profissional e pessoal. E, se ser um líder acrescenta muito à vida pessoal, em termos de carreira trata-se de uma necessidade. “Não temos mais escolha. Quem não é líder irá perder os melhores profissionais e os melhores clientes. Tornar-se líder é a chance de possibilitar o real crescimento para a sua empresa”, afirma Prates. De acordo com ele, o crescimento pela demanda pelo coaching tem resultado em um aumento expressivo na quantidade de profissionais disponíveis no Brasil, o que intensifica a chance de qualquer pessoa, independentemente do perfil, encontrar o coach adequado e com um orçamento que caiba no bolso. Passo a passo Embora seja necessário o apoio de um profissional no processo de formação de líderes, Prates diz que é possível sintetizá-lo. Segundo ele, existem seis mandamentos para tornar-se uma grande liderança. “Evolua rápido e sempre; fale a mesma língua para estabelecer sintonia com as pessoas; importe-se com as pessoas; envolva seu time nas decisões; desafie as pessoas continuamente; aceite que o mundo mudou”, resume. Mesmo que o processo possa parecer abstrato, o especialista em desenvolvimento humano diz que é possível, inclusive, estabelecer o tempo certo para o desenvolvimento de lideranças: um ano. Ele acrescenta, porém, que o trabalho varia de acordo com cada situação e, no caso das empresas, com a necessidade de cada companhia. Segundo Prates, o ideal é que cada negócio crie aos poucos uma cultura de desenvolvimento de pessoas. “Isso pode começar com um workshop e depois evoluir para um treinamento, até que um programa de coaching possa ser implantado”, finalizou. Manual de um bom líder: Evolua rápido e sempre: pense diferente, aja diferente, seja diferente, não fique isolado no seu mundo. Abra a cabeça para novidades. Você não precisa gostar de tudo, mas tem que estar atento ao que existe. Fale a mesma língua para estabelecer sintonia com as pessoas: entenda como pensam, agem, comunicam-se e utilize isso a seu favor. Importe-se com as pessoas: seja um impulsionador de carreiras, desenvolva o seu time, ajude-os a evoluir e amadurecer. Você somente conseguirá isso se, de fato, estiver disposto a conversar muito e na hora certa. Envolva o seu time nas decisões: jamais confunda falta de experiência com falta de inteligência. Muitas vezes uma cabeça mais “fresca” pode produzir ideias sensacionais. Desafie as pessoas continuamente: dinamismo é a palavra-chave das novas gerações, portanto, jamais deixe as pessoas se acomodarem, desafieos sempre. Mas, lembre-se: um desafio só vale a pena se trouxer alguma recompensa. Aceite que o mundo mudou: as empresas mudaram e as pessoas também, logo, a nostalgia dos velhos tempos não o ajudará em nada. Viva o presente! 46 Padaria Conceito: Adapte seu estabelecimento ao novo modelo de consumo Mais do que escolher receitas elaboradas, a gastronomia no seu estabelecimento é um trabalho com o cliente Padaria Conceito Para atender a novas demandas de consumo, a padaria precisou se reinventar. Nesse novo modelo, o pãozinho francês divide espaço com pães artesanais, área para food service com diferentes cardápios para cada refeição do dia, e até mesmo mercearia e hortifruti. Intitulada Padaria Conceito, essa ideia é uma forte tendência que merece a atenção de todos os panificadores. de produção. E para que o mix de serviços Nesse modelo, tamanho não é o diferencial, mas, sim, a criatividade em ampliar os momentos de consumo do cliente com novos serviços e produtos. Seja qual for a sua área, o que deve guiar seu estabelecimento é um mix de serviços completo. Espaço gourmet com lanches, área para adega de vinhos, confeitaria e produtos embalados a vácuo prontos, para serem consumidos, são alguns pontos da Padaria Conceito. tecnologia do frio. O bom funcionamento do modelo não se restringe à área de loja. Ela cumpre um papel importante de expor os produtos, proporcionar um ambiente para o consumo no local e cativar os clientes; mas é necessário também reorganizar sua área completos não tenha rupturas e apresente lucratividade, é preciso que a produtividade da padaria também seja um destaque. Segundo Giovani Mendonça, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), uma forte tendência para os próximos anos é a presença cada vez maior da “A ideia é o congelamento não só de pães, mas de todos os produtos. Uma das formas de o panificador trabalhar é produzindo e congelando seus próprios produtos; com isso ele aumenta a rentabilidade, já que pode preparar os produtos da semana em um só dia e evitar interrupções, e evita também que o padeiro trabalhe nos domingos. Outro modo de trabalho é comprando produtos da indústria de pães congelados; assim, ele mantém seu leque de receitas e pode aumentar seu mix sem um grande impacto na sua produção”, explica. Veja a seguir a Padaria Conceito em detalhes! 48 Raio-x da Padaria Conceito ÁREA DE LOJA CONVENIÊNCIA E PRODUTOS DIVERSOS O objetivo é melhorar a qualidade das vendas das padarias, com a inserção de novos conceitos nos espaços da loja. Momentos de consumo que enfatizam a venda de produtos de alto valor agregado ganham destaque, e a Padaria Conceito está preparada para atender o cliente durante todo o dia. Praticidade, conveniência e conforto são palavras-chave do negócio. Um vasto mix de conveniência atua diretamente no fluxo de clientes. Com isso, cresce a chance de venda dos seus produtos de fabricação própria. ADEGA Vinhos e cervejas especiais apresentam um consumo crescente. Ofereça um mix, ainda que enxuto, e pense sempre em sugestões de combinação com outros produtos da sua padaria. CONGELADOS PRÓPRIOS A tecnologia do frio atua em favor da produtividade da loja, mas pode também ser uma solução de produtos congelados para clientes, gerando um novo momento de consumo. LAYOUT Destaque para o autosserviço, com a exposição de pães especiais, biscoitos e bolos. A proximidade entre cliente e produto é um fator importante para o consumo. MIX DE PRODUTOS Somente o pão francês não é mais suficiente para a padaria. Baguette francesa, ciabatta e outras tantas receitas tradicionais são essenciais. FORNEAMENTO DE PÃES NA LOJA Não despreze o impacto que o cheirinho de pão tem nos consumidores! Padaria Conceito DEGUSTAÇÃO NA LOJA ESTOQUE Tem novidades? Então ofereça-as aos clientes! A matéria-prima em um estoque fechado e controlado por meio dos princípios PVPS (primeiro que vence, primeiro que sai) evita o desperdício quando exposta na área de produção. AUTOSSERVIÇO DE FRIOS ENCARTELADOS Como o cliente está em busca de praticidade e agilidade, manter um balcão de frios já fatiados e embalados a vácuo é um serviço importante. PRÉ-PESAGEM Fundamental para aumentar o tempo de produção da mão de obra especializada. CONGELAMENTO CONFEITARIA FINA O consumidor está sempre buscando novidades. A confeitaria fina, além de um aspecto visual muito chamativo, é uma venda de alto valor agregado. BUFFET AUTOSSERVIÇO Café da manhã, brunch, almoço, lanche da tarde e jantar: faça com que seu cliente tenha motivos para ir ao seu estabelecimento mais de uma vez por dia. ÁREA DE PRODUÇÃO Produção com foco na alta produtividade, minimizando desperdícios e rupturas na loja, com garantia da qualidade dos produtos. RECEBIMENTO DE MERCADORIAS Dedique um local específico para verificar mercadorias, evitando assim erros operacionais. Investir nas tecnologias do frio é garantir à padaria produtividade alta e loja abastecida sem ruptura, além de ser uma reserva para momentos de alto consumo ou de falta de profissionais. Fonte: ABIP Mercado ilegal Dever de todos! Com ações por todo O comércio de produtos ilegais não o Brasil, Dia Nacional do somente representa grandes perdas financeiras para o Brasil, como também Combate à Pirataria tem o objetivo de conscientizar sociedade sobre a importância de se combater o mercado ilegal de produtos contribui para o aumento da criminalidade, já que, autoridade e estudiosos o vinculam ao tráfico de drogas e de armas. Visando conscientizar a população sobre a importância de se combater esse grave problema, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e De- litos Contra a Propriedade Intelectual (CNCP), órgão do Ministério da Justiça, criou, em 2004, o Dia Nacional do Combate à Pirataria – 3 de dezembro. O evento, este ano, terá como tema “Os 10 anos de atuação do CNCP”. “É um dia para que esse assunto de suma importância esteja no centro das atenções do Poder Público e da sociedade. Faremos uma semana de seminários, em Brasília (DF), reunindo entidades nacionais e internacionais, que atuam conosco, para fazer um balanço dessa década, além de projetar os desafios presentes e futuros”, informa Rodolfo Tamanaha, secretário-executivo do Conselho. Também estão previstas ações de conscientização nas capitais A vez do varejo Em entrevista exclusiva à Mais Varejo, o secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos Contra a Propriedade Intelectual, do Ministério da Justiça, Rodolfo Tamanaha, fez um balanço da atuação do órgão e conclamou os varejistas a atuarem firmemente na luta contra o mercado ilegal: “Os varejistas estão em contato direto com o consumidor e têm muito a contribuir no sentido de conscientizá-los sobre a importância de repudiarem os produtos de origem duvidosa”. Isaac Amorim/Agênci MJ Qual balanço o senhor faz desses dez anos de atuação do CNCP? Houve maior integração dos órgãos de fiscalização, que possibilitou que eles se comunicassem e realizassem ações conjuntas. E também, o Conselho, com essa composição pública e privada, conseguiu reunir forças para discutir as políticas públicas do combate à pirataria e ao contrabando e, hoje, as entidades entenderam que o tema merece atenção e deve ser trabalhado junto à sociedade. O Conselho acaba sendo um polo difusor dessa mensagem, incentivando a conscientização e a repressão a esses desvios. Qual o maior empecilho atualmente para se combater o mercado ilegal? São dois os problemas principais. O primeiro é que fiscalizar as fronteiras do Brasil é uma grande dificuldade, pois são dez países e mais de 10 mil quilômetros de fronteiras. Isso exige um investimento maciço de fiscalização nessas áreas. que foram cidades-sede do mundial de futebol, como a destruição simbólica de objetos de descaminho apreendidos durante o ano. Prejuízos para o setor Cigarros contrabandeados estão entre os produtos que mais são apreendidos todos os anos pelas autoridades brasileiras. Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a dezembro de 2013, foram retidos mais de R$ 1,6 bilhão em produtos ilegais e os cigarros representaram cerca de 20% desse total, com 6 milhões de pacotes, avaliados, pela Receita, em R$ 330 milhões. A concorrência desleal do mercado ilegal afeta também as indústrias e o comércio, que perde vendas de produtos de origem comprovada. Saiba como identificar um cigarro legal: • Todo cigarro legal é vendido com nota fiscal; • O cigarro não pode ser comercializado por preço abaixo de R$ 4; • A embalagem do cigarro de origem comprovada possui, dentre outras características, advertência do Ministério da Sáude no verso e advertência adicional escrita na lateral; • Também possui, na parte superior, selo de controle da Receita Federal. • Para comprovar que o selo é original, certifique-se de que, ao incliná-lo, a cor da palavra BRASIL varia de rosa para verde e observe se a sigla RFB está visível. Hoje, existem as operações Sentinela e Ágata, que atuam nas regiões de fronteira para impedir que os produtos entrem no Brasil. Todas as medidas que contribuem para reforçar essas ações, seja com maior possibilidade de orçamento para a execução das operações, seja incrementando o efetivo das polícias e forças armadas, por meio de capacitações dos agentes, são bem-vindas. O segundo problema é trabalhar na cabeça do cidadão que se ele não adquire um produto ilegal, esse mercado, comandado pelo crime, se enfraquece. É necessário difundir a mensagem e conscientizar o brasileiro de que a economia que ele acha que faz ao adquirir um produto ilegal, que é mais barato, acaba gerando uma série de prejuízos, além de que não poderá, futuramente, recorrer aos seus direitos de consumidor. Há alguma ação especial prevista para o futuro próximo? Uma das metas do Conselho é a criação do Diretório Nacional de Combate à Falsificação de Marcas, que ainda é um projeto piloto. A ideia é promover o cadastramento de servidores em todas as cidades em regiões de fronteira e que esse instrumento esteja disponibilizado para órgãos federais, promotores estaduais, polícias estaduais e guardas municipais. É um trabalho que exige capacitação e criação de uma rede de segurança de informações, mas será um instrumento fundamental, porque a cada apreensão que ocorrer, o servidor terá acesso a informações que o possibilite distinguir um produto original de um produto pirata. Desde remédios a cigarros, passando por roupas, etc. Esse diretório será uma espécie de capacitação virtual para fazer a distinção de produtos. Com ele, teremos também um mapeamento mais completo das apreensões em nível nacional. Outra vertente que é um desafio para o Conselho é como podemos ajudar na questão do comércio ilegal de produtos pela internet. Queremos discutir ações de conscientização para inibir esse tipo de comércio online. O mercado ilegal tem relação com o tráfico de drogas e de armas? Sim. Quem nos traz essas informações são as polícias Rodoviária e Federal. No momento das apreensões, as evidências que temos é que a mesma estrutura utilizada para contrabandear cigarros é também usada para trazer drogas e armas para o País. Essa conexão existe, sim. Como o varejista pode contribuir para combater o mercado ilegal? O varejista deve se recusar a vender produtos de procedência duvidosa. E, como está em contato direto com o consumidor, pode desempenhar um importante papel: passar ao consumidor a mensagem de que ele somente poderá fazer valer os seus direitos adquirindo produtos originais, que passaram pelos controles de qualidade, sanitários e fiscais, previstos pelos órgãos brasileiros.