Economia Brasileira
A INFLAÇÃO

Saindo da recessão
 Em 1984, a economia brasileira começou a se recuperar
da recessão do período anterior, graças ao aumento das
exportações da indústria extrativa mineral, que foram
beneficiadas com a volta do crescimento da economia
mundial;
 Seguiu-se o rápido crescimento do PIB, nos dois anos
seguintes, baseado na ocupação da capacidade ociosa
existente no período anterior de recessão;
 A recuperação se beneficiou da capacidade produtiva
gerada pelos investimentos em obras públicas, feitos
pelo segundo PND, que chegavam à sua fase de
maturação;
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CONTINUAÇÃO
 Foram os gastos de consumo que estimularam o
crescimento: não houve aumento do investimento nesse
período. Além disso, ao longo de 1984 e dos dois anos
seguintes, as exportações foram diminuindo em relação
ao período anterior.
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AS
DESVALORIZAÇÕES
CAMBIAIS
CONTINUAM

A política de gerar divisas para o pagamento do
serviço da dívida externa continuou sendo perseguida,
e, portanto, a taxa de câmbio continuou desvalorizada
para promover as exportações e desestimular as
importações;

Mais produtos importados começaram a ser
produzidos domesticamente, e, por causa disso, o
superávit comercial foi conseguido sem reduzir a
atividade econômica. Por outro lado, a inflação
aumentou.
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A NOVA REPÚBLICA



Em 1985, a economia manteve a tendência de
recuperação do crescimento iniciada em 1984;
Embora os pagamentos do serviço da dívida externa
tenham exigido a manutenção do superávit comercial,
este deixou de ser o principal objetivo da política do
governo;
O governo da Nova República priorizou a manutenção
do crescimento e a renegociação dos prazos e dos juros
da dívida externa.
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O CONTROLE DIRETO DOS PREÇOS

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
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Para reduzir a inflação, houve controle direto de preços
e, secundariamente, interrupção da expansão
monetária com taxas de juros mantidas altas;
No início, houve a estabilidade da inflação, conseguida
à custa do rígido controle de preços e do congelamento
dos preços dos serviços públicos;
Isso criou distorções nos preços públicos, prejudicando
a capacidade de auto-financiamento das empresas
estatais, o que aumentou o déficit público. As estatais
recorreram, cada vez mais, aos recursos do Tesouro
para se manter em funcionamento;
Para conter o seu déficit, o governo tinha de cortar
gastos e aumentar a arrecadação tributária.
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O PLANO CRUZADO

A partir de 1986, a estabilização da inflação
passou a ser a principal preocupação da
política macroeconômica;

O governo adotou o Plano Cruzado, que
procurou eliminar os mecanismos de
indexação, fez uma reforma monetária e
congelou preços e salários.
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O PLANO CRUZADO

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
A partir de 1986, a estabilização da inflação passou a
ser a principal preocupação da política
macroeconômica;
O governo adotou o Plano Cruzado, que procurou
eliminar os mecanismos de indexação, fez uma reforma
monetária e congelou preços e salários;
O governo acreditava que a inflação era “INERCIAL”,
alimentada pela indexação formal vigente na economia;
Com os preços controlados, o produto e o emprego da
economia cresceram no primeiro semestre de 1986,
baseados no aumento do consumo;
Com as taxas de juros congeladas a um nível muito
baixo, seguiu-se uma expansão monetária, o que
provocou a explosão do consumo;
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O PLANO CRUZADO - CONTINUAÇÃO



Os gastos do governo, que vinham crescendo desde
1985, continuaram a crescer em 1986 e, em 1987,
atingiram o recorde histórico;
A demanda agregada aumentada esbarrou na
insuficiência de produtos, que começavam a
desaparecer das prateleiras por causa do
congelamento, caracterizando um grande excesso de
demanda;
Como não havia incentivo para o investimento privado,
o governo resolveu investir. Para obter a poupança para
esse investimento, instituiu o Fundo Nacional de
Desenvolvimento (FND). O FND foi uma contribuição
forçada das pessoas que consumiam os bens
considerados “não-essenciais” pelo governo;
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O PLANO CRUZADO - CONTINUAÇÃO




Com a taxa de câmbio congelada em nível
sobrevalorizado, houve a progressiva queda das
exportações, acompanhada de elevação das
importações;
Aumentou o consumo de importados e o saldo da
balança comercial teve uma queda;
Em vez de descongelar os preços e cortar o seu gasto,
o governo insistiu no congelamento, tentou restringir
seletivamente o consumo e fez gastos de investimento;
Com a persistência do excesso de demanda, aumentou
o desabastecimento e surgiram os ágios cobrados
sobre os produtos em falta;
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O PLANO CRUZADO - CONTINUAÇÃO

Para reduzir o desabastecimento, o governo tentou
aumentar as importações, mas isso não foi possível
diante da queda do saldo comercial e da necessidade
de pagar os juros da dívida externa;

Depois das eleições de novembro de 1986, o governo
descongelou os preços, e a inflação galopou.
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DE VOLTA À REALIDADE

A política do governo restaurou a indexação e passou a
dar importância ao controle da demanda agregada;

Para reduzir a demanda agregada, o governo tentou
diminuir os seus gastos, ao mesmo tempo que
aumentou os impostos indiretos. Do lado das contas
externas, o governo fez minidesvalorizações da taxa de
câmbio. Contudo, a queda do superávit comercial levou
à moratória: não foi possível cumprir os compromissos
assumidos de pagamento dos juros da dívida externa.
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Economia Brasileira
EXERCÍCIOS
1.
Em que se baseou o crescimento econômico a partir de 1984?
2.
Como se comportaram o PIB, a taxa de inflação e a taxa de
câmbio, no ano de 1984?
Por que, a partir de 1984, os saldos comerciais puderam ser
obtidos sem precisar reduzir muito a atividade da economia
brasileira?
Quais foram os objetivos gerais de política econômica
estabelecidos pelo governo da Nova República?
Qual foi a forma de estabilizar a inflação tentada em 1985?
Quais foram os objetivos gerais do Plano Cruzado?
Qual foi o diagnóstico da inflação feito pelo Plano Cruzado?
O que provocou o aumento do consumo agregado durante o
Plano Cruzado?
3.
4.
5.
6.
7.
8.
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EXERCÍCIOS
9
10
11
12
13
14
15
O que ocorreu com os gastos do governo, entre 1985 e 1987?
Por que o crescimento do consumo criou problemas para o
Plano Cruzado?
Para que foi criado e por quem foi financiado o Fundo
Nacional de Desenvolvimento?
Como se comportou a balança comercial em 1986?
Qual foi o comportamento do governo diante do excesso de
demanda surgido no Plano Cruzado?
Qual foi o resultado desse comportamento?
Com a volta da inflação, após o descongelamento, quais
foram as duas principais atitudes de política do governo?
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