Avaliação da Viabilidade
Econômico-Financeira
em Projetos - 4ª aula 17/06/13
WACC ou Custo Médio Ponderado do Capital
(uma fórmula simplista)
O custo médio ponderado do capital (CMPC) é obtido pelo custo
de cada fonte de capital, ponderado por sua respectiva
participação na estrutura de financiamento da empresa.
Forma de cálculo:
Calcular o valor do CMPC da empresa, financiada pelo
Patrimônio Líquido (PL) de $ 600.000 e dívidas de $ 400.000.
Neste caso há 60% de capital próprio e 40% de capital de
terceiros. A remuneração requerida pelos acionistas é de 20% e
o custo da dívida é de 10%.
CMPC = (20% x 0,6) + (10% x 0,4) = 16%
O melhor entendimento do CMPC requer o entendimento das
noções de estrutura de capital, custo do capital de terceiros,
capital próprio, bem como dos conceitos de risco e retorno.
Custo Médio Ponderado de Capital
Banco Marte: R$ 72.000,00 - 36 meses - taxa 5,89% a.m.
Banco Júpiter: R$ 58.000,00 - 42 meses - taxa 3,68% a.m.
Banco Mercúrio R$ 92.000,00 - 48 meses - taxa 3,19% a.m.
Investidor R$ 200.000,00 - 24 meses - taxa 2,5 a.m.
Patrimônio Líquido R$300.000,00, sendo que o retorno
requerido pelos acionistas é de 20% a.a.
CMPC = (Tx mês x % correspondente ao PL) + (Txm x %
correspondente ao custo da dívida)
Custo Médio Ponderado de Capital
Banco Marte: R$ 52.000,00 - 36 meses - taxa 5,89% a.m.
Banco Júpiter: R$ 48.000,00 - 42 meses - taxa 4,68% a.m.
Banco Mercúrio R$ 42.000,00 - 48 meses - taxa 2,19% a.m.
Investidor R$ 230.000,00 - 36 meses - taxa 2,3 a.m.
Patrimônio Líquido R$200.000,00, sendo que o retorno
requerido pelos acionistas é de 18% a.a.
CMPC = (Tx mês x % correspondente ao PL) + (Txm x %
correspondente ao custo da dívida)
GOVERNANÇA CORPORATIVA
O QUE É GOVERNANÇA
CORPORATIVA?
Governança corporativa é o sistema pelo qual as
organizações
são
dirigidas,
monitoradas
e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre
proprietários, conselho de administração, diretoria e
órgãos de controle. As boas práticas de governança
corporativa convertem princípios em recomendações
objetivas, alinhando interesses com a finalidade de
preservar e otimizar o valor
da organização,
facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a
sua longevidade.
O QUE É GOVERNANÇA
CORPORATIVA? (2)
Podemos dizer ainda que Governança Corporativa é o
conjunto de processos, costumes, políticas, leis,
regulamentos e instituições que regulam a maneira
como uma empresa é dirigida, administrada ou
controlada. Os principais interessados são os
acionistas, a alta administração e o conselho de
administração. Outros participantes da governança
corporativa incluem os funcionários, fornecedores,
clientes, bancos e outros credores, instituições
reguladoras (como a CVM, o Banco Central, etc.), o
meio-ambiente e a comunidade em geral.
O QUE É GOVERNANÇA
CORPORATIVA? (3)
Governança corporativa é uma área de estudo com
múltiplas
abordagens.
Uma
das
principais
preocupações é garantir a aderência dos principais
interessados aos códigos de conduta pré-acordados,
através de mecanismos que tentam reduzir ou eliminar
os conflitos de interesse. Uma questão muito discutida
atualmente é a eficácia da Governança Corporativa e
sua influência real e direta na atividade econômica,
principalmente no que se refere ao interesse dos
acionistas nas questões de Governança Corporativa.
O QUE É GOVERNANÇA
CORPORATIVA? (4)
Assim sendo,
podemos dizer
ainda que a
Governança Corporativa é um sistema pelo qual as
sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo
os acionistas e os cotistas, Conselho de
Administração, Diretoria, Auditoria Independente e
Conselho Fiscal. As boas práticas de governança
corporativa têm como finalidade aumentar o valor
agregado da sociedade, facilitar seu acesso ao capital
e contribuir para a sua longevidade.
PARA QUE SERVE A
GOVERNANÇA CORPORATIVA?
O acionista delega a um agente especializado,
que normalmente é um executivo da empresa, o
poder de decisão sobre sua propriedade, uma
vez que o acionista é de fato proprietário de
parte da empresa. No entanto, os interesses do
gestor nem sempre estarão alinhados com os
interesses do proprietário, podendo resultar em
um conflito entre as partes.
PARA QUE SERVE A
GOVERNANÇA CORPORATIVA? (2)
A preocupação da governança corporativa é
criar um conjunto eficiente de mecanismos,
tanto de incentivos quanto de monitoramento, a
fim de assegurar que o comportamento dos
executivos esteja sempre alinhado com o
interesse dos acionistas.
PARA QUE SERVE A
GOVERNANÇA CORPORATIVA? (3)
A boa governança corporativa proporciona aos
proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão
estratégica de sua empresa e a monitoração da
direção executiva. As principais ferramentas
que asseguram o controle da propriedade sobre
a gestão são o Conselho de Administração, a
Auditoria Independente e o Conselho Fiscal.
A FALTA DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
A falta de conselheiros qualificados e de bons
sistemas de governança corporativa tem levado
empresas ao fracasso decorrentes de:
- Abusos de poder (do acionista controlador sobre
minoritários, da diretoria sobre o acionista e dos
administradores sobre terceiros);
- Erros estratégicos (resultado de muito poder
concentrado no executivo principal);
- Fraudes (uso de informação privilegiada em
benefício próprio, atuação em conflito de interesses).
OS ATIVOS DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Existem seis ativos principais que compõem os
elementos básicos para o desenvolvimento de
uma boa Governança Corporativa são eles:
Ativos humanos: pessoas, habilidades, planos
de carreira, treinamento, relatório, competências
etc.
Ativos financeiros: dinheiro, investimentos,
passivo, fluxo de caixa, contas a receber etc.
Ativos físicos: prédios, fábricas, equipamentos,
manutenção, segurança, utilização etc.
OS ATIVOS DA GOVERNANÇA
CORPORATIVA (2)
Ativos de PI: Propriedade Intelectual (PI), incluindo o
conhecimento (know-how) de produtos, serviços e
processos devidamente patenteado, registrado ou
embutido nas pessoas e nos sistemas da empresa.
Ativos de informação e TI: dados digitalizados,
informações e conhecimentos sobre clientes,
desempenho de processos, finanças, sistemas de
informação e assim por diante.
Ativos de relacionamento: relacionamentos dentro
da empresa, bem como relacionamentos, marca e
reputação junto a clientes, fornecedores, unidades de
negócio, órgãos reguladores, concorrentes, revendas
autorizadas etc.
.
MODELO DE GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Não existe uma completa convergência sobre a
correta aplicação das práticas de governança
corporativa nos mercados, entretanto, pode-se
afirmar que todos se baseiam nos princípios da
transparência, independência e prestação de
contas (accountability) como meio para atrair
investimentos aos negócios e até ao país.
Código de Melhores Práticas de Governança
Corporativa
De acordo com a definição do Código de Melhores
Práticas de Governança Corporativa, ela consiste
na identificação, mapeamento e listagem dos
principais riscos aos quais a sociedade está
exposta, sua probabilidade de ocorrência, bem
como as medidas e os planos adotados para sua
prevenção ou minimização. O conselho de
administração deve assegurar-se de que a diretoria
identifique-os preventivamente, por meio de
sistema de informações
Gestão do Risco
A gestão do risco consiste em obter
informações adequadas para conhecer melhor a
situação de risco e/ou intervir nela, tendo como
resultado a melhoria da qualidade das decisões
nesta situação, com possibilidade de perda ou
dano.
Os componentes da perda potencial
(componente negativo do risco) são:
(1) magnitude, (2) chance de ocorrência e (3)
grau de exposição.
Qual o papel e as responsabilidades da
gestão de riscos operacionais e o da
auditoria interna?
Onde termina a função de uma área e começa a da
outra?
Não há necessariamente uma fronteira de atuação
demarcada de responsabilidade quando se trata de
avaliação de riscos. Em algumas empresas, tanto a
Gestão de Riscos quanto a Auditoria Interna são
"ferramentas" utilizadas pelo Conselho de Administração,
por meio do Comitê de Auditoria.
No contexto da Gestão de Riscos, existem vários
"atuantes“.
Quais os principais ”Atuantes”
no contexto de Gestão de
Riscos:
- Área de Gestão de Riscos;
- Gestão da empresa;
- Auditoria Interna;
- Compliance.
Onde:
Área Gestão de Riscos:
- definição e manutenção de gestão de riscos;
- coordenação de todas as etapas do processo de
gestão de riscos;
- assessoramento aos comitês e conselhos para
os assuntos relacionados à gestão de riscos;
- acompanhamento dos planos de ação;
- elaboração e coordenação dos processos de
auto-avaliação de riscos e controles;
- elaboração de relatórios de gestão de riscos,
incluindo a divulgação de indicadores de riscos.
Gestão da empresa:
- identificar e avaliar riscos existentes na sua
esfera de atuação;
- sugerir posicionamento em relação aos riscos
para o Comitê Executivo;
- implementar planos de ação definidos para
sua esfera de atuação;
- mensurar indicadores de riscos definidos;
- implementar recomendações efetuadas pela
Auditoria Interna.
Auditoria Interna:
- elaborar testes para aferição da qualidade
dos modelos adotados no contexto da Gestão
de Riscos,
- certificar controles existentes;
- certificar a implementação dos planos de
ação definidos;
- indicar potenciais riscos (estratégicos,
operacionais, financeiros, ambientais, etc.);
- elaborar relatórios de recomendações de
melhoria para a Gestão de Riscos.
Principais diferenças entre a autoavaliação –
ferramenta mais comum de gestão de riscos
operacionais – e relatórios de auditoria interna:
Autoavaliação
Abordagem ampla
Mais superficial
Mais frequente
Menos independente
Mais subjetiva
(-) Recursos de auditoria
Auditoria Interna
Abordagem profunda
Mais detalhada
Menos frequente
Mais independente
Mais objetiva
(+) Recursos de auditoria
A Sustentabilidade sob a ótica da
Governança Corporativa:
Sustentabilidade consiste no princípio que
assegura que nossas ações de hoje não
limitarão a gama de opções econômicas,
sociais e ambientais disponíveis para as
futuras gerações.
Definição de Empresas Familiares
Não há consenso sobre o conceito do termo
"empresa familiar". Porém como definição mais usual
temos que: Empresa familiar é aquela cujo controle
acionário (a maioria do percentual de ações votantes)
se encontra em posse de um indivíduo, família ou
grupo de famílias. Em resumo, as empresas podem
ser classificadas primordialmente pela propriedade
familiar e não pela gestão familiar.
Código de conduta: manual elaborado pela diretoria de
acordo com os princípios e políticas definidos pelo conselho de
administração, visando orientar administradores e funcionários
na sua forma de conduta profissional cotidiana. O código de
conduta deve também definir responsabilidades sociais e
ambientais.
Conflito de interesses: há conflito de interesses quando
alguém não é independente em relação à matéria em
discussão e pode influenciar ou tomar decisões motivadas por
interesses distintos daqueles da organização.
Regimento interno do Conselho: conjunto de normas e
regras que explicita as responsabilidades, atribuições,
funcionamento, rotinas de trabalho e interação entre os
principais órgãos da empresa, entre eles o conselho de
administração, seus comitês, diretoria, conselho fiscal e
conselho consultivo, se existente, prevenindo situações de
conflito, notadamente com o executivo principal (CEO).
Sessão Executiva: parte da reunião do conselho de
administração na qual o executivo principal ou integrantes da
diretoria não participam.
Definição de Empresas Familiares
Não há consenso sobre o conceito do termo
"empresa familiar". Porém como definição mais usual
temos que: Empresa familiar é aquela cujo controle
acionário (a maioria do percentual de ações votantes)
se encontra em posse de um indivíduo, família ou
grupo de famílias. Em resumo, as empresas podem
ser classificadas primordialmente pela propriedade
familiar e não pela gestão familiar.
COMPLIANCE
Basicamente Compliance significa, por tradução do inglês, a
observância, e para o mercado financeiro: estar de acordo,
estar em conformidade com as normas pré-estabelecidas.
O Risco de Compliance, é entendido como risco de sanções
legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação
que bancos ou empresas podem sofrer como resultado da
falha no cumprimento da aplicação de leis, regulamentos e
códigos de conduta.
A área de Compliance busca assegurar, em conjunto com as
demais áreas, a adequação, fortalecimento e o
funcionamento do Sistema de Controles Internos da
empresa, procurando mitigar os Riscos de acordo com a
complexidade de seus negócios, bem como disseminar a
cultura de controles para assegurar o cumprimento de leis e
regulamentos existentes.
COMPLIANCE
O que é: estar em Compliance:
Estar em compliance é estar em conformidade com leis e
regulamentos internos e externos, e é acima de tudo, uma
obrigação individual de cada colaborador dentro da
Empresa.
A função da Área de Controles Internos:
O Sistema de Controles Internos, usualmente difundido
como Controles Internos, define-se pela totalidade das
políticas e procedimentos instituídos pela Administração de
uma empresa, para assegurar que os Riscos inerentes às
suas atividades sejam reconhecidos por todos os
funcionários e administrados adequadamente.
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o que é governança corporativa?