MBA Logística Empresarial Professor M.Sc. Manuel Lemos COPPE-UFRJ [email protected] [email protected] Introdução •O transporte de cargas é o principal componente dos sistemas logísticos das empresas; •Sua importância pode ser medida, pelo menos, em três indicadores financeiros: CUSTO, FATURAMENTO E LUCRO; •Transporte – 64% dos custos logísticos; •Faturamento – 4,3% do faturamento; •Lucro, em alguns casos mais que o dobro. •Administrar o transporte significa tomar decisões sobre um amplo conjunto de aspectos; •Essas decisões podem ser classificadas em dois grandes grupos: 1. Decisões estratégicas; 2. Decisões operacionais. •As decisões estratégicas se caracterizam pelos impactos de longo prazo; •São: escolha do modal, propriedade da frota, seleção e negociação com fornecedores e política de consolidação. •As decisões operacionais são geralmente de curto prazo e se referem às tarefas do dia a dia dos responsáveis pelo transporte; •São: programação de entregas e a auditoria de fretes •Principais modalidades de transporte de cargas: Rodoviário, ferroviário, aquaviário (marítimo, lacustre e cabotagem), dutoviário e aéreo; •Cada modalidade possui estrutura de custos e características operacionais específicas que os tornam mais adequados para determinados tipos de produtos e operações. •Critérios para escolha: aspectos de custos e características do serviço; •O transporte afeta o serviço ao cliente, o tempo em trânsito, consistência do serviço, o nível de estoque, a operação de armazenagem e o projeto de embalagem, entre outros. •No Brasil ordenamento de preços são parecidos aos EUA: Aéreo (maior), rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário (menor); •Os preços refletem a estrutura de custos de cada modal. •Ferroviário – custos fixos elevados em trilhos, terminais, locomotivas e vagões; custos variáveis pequenos; •Rodoviário – custos fixos pequenos (construção e manutenção de rodovias dependem do poder público); custos variáveis são medianos (combustível, óleo, manutenção). •Aquaviário – custos fixos medianos (embarcações e equipamentos); custos variáveis pequenos (capacidade de transportar grandes volumes); •Dutoviário – custos fixos mais elevados (direitos de passagem, construção, estação de controle e capacidade de bombeamento); custos variáveis mais baixos, em alguns casos desprezíveis. •Aéreo – custos fixos baixos (aeronave e sistemas de manuseio); custos variáveis mais elevados: combustível, mão de obra e manutenção; •A qualidade do serviço oferecido pelos diferentes modais de transporte pode ser avaliada em cinco dimensões: tempo de entrega médio (velocidade), variabilidade do tempo de entrega (consistência), capacitação, disponibilidade e frequência. •Deve considerar, além de questões de custo e qualidade, a rentabilidade financeira das alternativas; •Tamanho da operação; •Tecnologia e gestão – implica na manutenção de equipes especializadas e contínuos investimentos em TI. •Competência gerencial . •Caso decida a utilização de terceiros, é necessário estabelecer critérios de seleção; •Principais critérios: confiabilidade, preço, flexibilidade operacional, flexibilidade comercial, saúde financeira, informações de desempenho e qualificação de pessoal operacional; •Monitoramento contínuo das operações: 24 horas, 48 horas... Para cada classe de cliente, cidade e região. •Consolidação de cargas – buscar trabalhar com grandes volumes, utilizando os maiores veículos possíveis em plena capacidade é um mecanismo para redução de preços; •Postergar os determinada rota; •Montagem embarques para de uma rede de instalação envolvendo terminais crossdocking ou transbordo. •Objetivo – comparação dos fretes pagos atualmente, por produto, por cliente ou rota com estatísticas históricas (média, mínimo e máximo); •Softwares de auditoria de fretes também podem ser utilizados para elaboração de orçamentos, controle de custos e negociação com fornecedores. •O aproveitamento de todo o potencial desses softwares depende do cadastramento de todas as circunstâncias nas quais o frete foi pago: condições comerciais, modal, volume, distância, fracionamento da carga etc. • •Programação de entregas – atingir níveis aceitáveis de custo e de nível de serviço. •Duas configurações básicas de distribuição física afetam fortemente as decisões de programação de entregas: 1. 2. Distribuição “um para um” e; Distribuição “um para muitos”. Quem São os Verdadeiros Reis da Logística? Fonte: Textos retirados do livro “Logística para MBA Executivo em 12 Lições; Referência Bibliográfica: WANKE, Peter F. Logística para MBA executivo em 12 lições. São Paulo: Atlas, 2010.