3 Terça-feira, 2 de dezembro de 2014 Economia&Finanças 2014 M O N TA D O R A S Investimentos de estatais têm queda real de 13,9% Venda de carros novos cai quase 4% em novembro LU AIKO OTTA/AE um momento de baixa confiança, em que o governo precisaria de um impulso estatal para manter a economia aquecida, as empresas estatais registraram queda real de 13,9% no volume investido no período de janeiro a outubro deste ano, comparado com igual período de 2015. Paralisada pelas investigações da operação Lava-Jato e amargando os efeitos da contenção artificial dos preços dos combustíveis, a Petrobras registrou o menor volume de investimentos desde a crise de 2009, com R$ 65,6 bilhões. A Eletrobras desembolsou, no mesmo período, o menor volume desde 2008: R$ 4,3 bilhões. Os dados das empresas estatais, que em seu conjunto investiram R$ 75,6 bilhões até outubro, foram divulgados ontem pelo Ministério do Planejamento. A queda na comparação com anos anteriores foi detectada pela organização não-governamental Contas Abertas, que compilou os dados oficiais desde 2000 e os N atualizou conforme a variação do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGPDI). Em termos reais, as empresas estatais investiram R$ 12,2 bilhões menos que em 2013. Só na Petrobras, a redução foi de R$ 12,5 bilhões. "Em se tratando da Petrobras, tendo em vista as graves denúncias sobre corrupção em diversos empreendimentos, até mesmo os gestores corretos certamente estão tendo maior cautela em relação à aprovação de projetos, recebimento de obras, pagamentos, etc", comentou o secretário-geral da ONG, Gil Castello Branco, apontando para uma possível causa do fraco desempenho. "Além disso, deve-se destacar o congelamento dos preços dos combustíveis, que ocorreu por tempo prolongado, fato que afetou o caixa, a rentabilidade da empresa e aumentou o seu endividamento." As ações da Eletrobras, disse ele, viraram "mico" desde que o governo decidiu forçar as tarifas para baixo por meio da renovação antecipada de contratos. Esse cenário foi agravado pela estiagem, que elevou o custo da energia por causa do acionamento das usinas térmicas e gerou um desequilíbrio financeiro que os subsídios do Tesouro Nacional não foram capazes de cobrir. "Se fossem empresas privadas, elas estariam quebradas", resumiu. A Eletrobras corre sério risco de ser tragada pela LavaJato. Investigadores encontraram indícios de que o esquema instalado na Petrobras atuou em outras áreas, e o setor elétrico é um deles. Neste ano, houve ainda redução nos investimentos da Infraero, que Castello Branco considera natural. Isso porque a comparação é feita com 2013, num período em que os preparativos para a Copa do Mundo estavam a todo vapor. Paralisia Os efeitos das investigações policiais sobre o andamento dos negócios das empresas estatais ainda são difíceis de calcular. Mas já há, na própria equipe de governo, a avaliação que os investimentos em 2015 poderão ser prejudicados, dependendo da ex- tensão do caso. Além da paralisia administrativa das estatais, as obras podem ser prejudicadas porque muitas das maiores construtoras do País são também alvo da investigação. Há, ainda, dúvidas sobre como ficará o financiamento a essas empresas. A nova política econômica que a presidente Dilma Rousseff pretende implantar conta com os investimentos para puxar o Produto Interno Bruto (PIB). Mas a perspectiva para as empresas estatais, ao menos nesse momento, não parece ser de melhoria. A proposta do Orçamento de Investimentos das Empresas Estatais, que está em análise no Congresso Nacional mas poderá ser revista pela nova equipe econômica, contempla uma pequena queda em relação a 2014. São R$ 105,9 bilhões este ano, e R$ 105,7 bilhões no ano que vem. No caso da Petrobras, a redução será de R$ 1,1 bilhão. O Planejamento explica que muitas obras - entre elas a enrolada refinaria Abreu e Lima - entrarão em fase final e por isso demandarão menos verbas. ANEEL Leilão de energia A-1 terá preço máximo de R$ 201 por MWh ANNE WARTH/AE O leilão de entrega de energia A-1 das distribuidoras terá um preço máximo de R$ 201 por megawatt-hora (MWh), informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O leilão será realizado na próxima sexta-feira, e o prazo de fornecimento começa em 1º de janeiro de 2015. Foi a primeira vez que o governo divulgou os preços do leilão na mesma semana em que ele seria realizado. Isso ocorreu porque algumas das definições a respeito do setor elétrico saíram apenas na semana passada, fundamentais para definir se a licitação será ou não bem-sucedida. Para empreendimentos com energia proveniente de todos os tipos de fonte, exceto térmicas, (contratos por quantidade), contratos de fornecimento de três anos, até 31 de dezembro de 2017, terão preço-teto de R$ 201 por MWh. Já contratos de fornecimento de cinco anos, até 31 de dezembro de 2019, terão preço-teto de R$ 180 por MWh. O prazo de fornecimento será de três anos, com início em 1º de janeiro de 2015 e fim em 31 de dezembro de 2017, para empreendimentos com energia proveniente de térmicas, inclusive biomassa (contratos por disponibilidade). O preço-teto será de R$ 192 por Mwh. Mercado Na semana passada, a Aneel aprovou a queda do preço da energia no mercado à EPE: consumo cresce 2% em outubro ANDRÉ MAGNABOSCO/AE O consumo de energia no Brasil atingiu 40.163 GWh em outubro, uma expansão de 2% em relação a igual período do ano passado. O resultado foi impulsionado pelo aumento de 7,6% na demanda comercial, a maior variação dos últimos sete meses, e pela alta de 5,2% no consumo residencial. O consumo industrial, por outro lado, encolheu 4,9% em igual base comparativa. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a temperatura mais elevada pode ter contribuído com o consumo mais elevado das classes comercial e residencial, responsáveis por 46,5% do consumo de energia do País. "De fato, em vários dias de outubro, foram registradas temperaturas máximas entre 5º e 10º acima da máxima normal climatológica na faixa do território que se estende entre o Paraná e o Mato Grosso", destacou a EPE em documento mensal divulgado ontem. O consumo da classe residencial atingiu 11.092 GWh, enquanto o segmento comercial demandou 7.606 GWh. Já o consumo industrial "continuou refletindo a baixa atividade do setor, embora com resultados um pouco melhores em vários segmentos", informou a EPE. O consumo das indústrias ficou em 15.019 GWh. Entre os segmentos com mais retração do consumo, destaque para metalurgia (-18,4%), fa- bricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,8%) e químico (9%). O consumo da indústria responsável pela extração de minerais metálicos, por outro lado, cresceu 15%. No acumulado de janeiro a outubro, o consumo de energia elétrica na rede alcançou aproximadamente 393.000 GWh, uma expansão de 2,4% em relação a igual intervalo de 2013. O consumo comercial desde janeiro cresceu 7,6% sobre o ano passado, acompanhado de uma expansão de 5,8% pela classe residencial e 5,2% no consumo cativo. O consumo industrial, por outro lado, encolheu 3,2% no acumulado de dez meses, acompanhado por queda de 4,8% no consumo do mercado livre. vista (PLD) pela metade. A partir de 1º de janeiro de 2015, o teto do PLD será reduzido de R$ 822,83 para R$ 388,04. Se o teto continuasse nesse patamar, havia risco de que os geradores não tivessem interesse em vender a energia às distribuidoras no leilão e optassem por liquidá-la no mercado à vista, onde poderiam obter um lucro maior. Foi exatamente o que ocorreu no fim do ano passado. Enquanto o preço-teto do leilão foi de R$ 192 por MWh no leilão do ano passado, na mesma época, a energia atin- gia R$ 300 por MWh no mercado à vista. Com isso, os geradores não apareceram e as distribuidoras conseguiram contratar menos da metade do que precisavam no leilão. Faltaram 3,3 mil MW médios para atender os consumidores, energia que teve que ser adquirira pelas distribuidoras no mercado à vista neste ano. Isso custou R$ 17,8 bilhões às empresas em empréstimos bancários intermediados pelo governo. Ao longo de 2013, pelas mesmas razões, o Tesouro Nacional foi obrigado a aportar R$ 9,8 bilhões para socorrer as distribuidoras. Dessa vez, o governo não atuou antes para impedir esse fracasso. Também na semana passada, a Aneel definiu a divisão, entre as distribuidoras, da energia produzida pelas usinas mais antigas e que estão com contratos de concessão próximos do vencimento. Com energia, proveniente de usinas que hoje pertencem à Cesp, Cemig e Copel, cujos contratos vencem no ano que vem, a demanda das distribuidoras no leilão será menor. aproximadamente R$ 1,7 bilhão. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pretende assinar na próxima sexta-feira a autorização para uso da faixa. O pagamento deve ser feito antes da data. "Pagamos à vista com o valor principal sem nenhum tipo de questionamento", disse Abreu após participar da abertura da 20ª Conferência Bienal da International Telecommunications Society (ITS), promovida pelo Instituto TIM, no Rio. No início de novembro, o executivo falou, em reunião com analistas, que a área financeira da empresa avaliava o pagamento à vista. Ele confirmou que será feita a contestação sobre uma parcela de R$ 200 milhões que está sendo cobrada pela Anatel das quatro empresas que participaram do leilão (TIM, Vivo, Claro e CTBC). Flash TIM PAGARÁ À VISTA FAIXA 4G O presidente da TIM Brasil, Rodrigo Abreu, confirmou ontem o pagamento à vista do espectro adquirido em setembro no leilão da frequência de 700 MHz, da internet 4G. A tele vai desembolsar nesta semana CLEIDE SILVA/AE Apesar de um mês recheado de promoções, o mercado de carros novos voltou a cair em novembro, depois de dois períodos de alta na comparação mensal. Foram vendidas 294,6 mil unidades, quase 4% a menos que em outubro. Em relação a novembro de 2013, a queda foi de 2,7% nos números que incluem também caminhões e ônibus. O resultado negativo, contudo, é creditado ao menor número de dias úteis - três a menos que no mês anterior. Nesse comparativo, as vendas diárias somaram 14.734 unidades em novembro, ante 13.343 em outubro. O número ainda perde para o de um ano atrás, quando a média foi de 15.148 unidades. No acumulado do ano, os negócios somam 3,128 milhões de veículos, resultado 8,3% abaixo em relação ao do mesmo período do ano passado. Só em automóveis e comerciais leves, a queda acumulada está em 8,2%, com um total de 2.978,8 milhões de unidades. As fabricantes esperam por uma melhora em dezembro, pois contam com a última parcela do 13º salário e uma antecipação de compras em razão da possível volta da cobrança integral do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com motor até 2.0, prevista para janeiro. "O mercado está melhorando, parte porque também há mais crédito na praça", disse o consultor da ADK, Paulo Roberto Garbossa. "Dezembro deve ter bons resultados, mas não a ponto de salvar o ano", afirma. Ele acredita que o ano feche com queda de 6% a 7% em relação a 2013. Garbossa lembrou que os estoques ainda estão elevados, na casa das 400 mil unidades, e as promoções devem ser mantidas neste mês. A Chrysler, por exemplo, oferece até o dia 20 um vale combustível de R$ 1.630 (pago em três parcelas de R$ 534,34) para quem comprar modelos Jeep e Dodge. A Jaguar Land Rover realiza hoje, em Itatiaia (RJ) a cerimônia da pedra fundamental da fábrica que o grupo começa a construir. O grupo está investindo R$ 750 milhões na planta, que será inaugurada no início de 2016. A capacidade produtiva será de 24 mil veículos por ano, e o primeiro modelo a sair da linha de montagem é o utilitário-esportivo Discovery Sport, que vai custar R$ 180 mil. Um modelo da Jaguar não está descartado. Em visita ao Brasil para participar da cerimônia de início das obras da fábrica, o presidente global da Jaguar Land Rover, Ralf Speth, ressaltou hoje que é a primeira fábrica 100% do grupo fora do Reino Unido. A empresa tem uma unidade na China, mas em parceria com a Chery. "Estou muito otimista com a melhora da economia e, de qualquer forma, nosso investimento não é de curto prazo", disse Speth. "Pensamos nos próximos anos e investimos agora para estar no mercado no momento correto". O grupo lembrou que, de 2010 para 2014, o mercado de veículos premium, onde a Jaguar Land Rover vai atuar, dobrou de tamanho, de 23 mil unidades para 46 mil unidades. As vendas da Land Rover cresceram 96% no período, para 8.245 unidades, e a da Jaguar, 300%, para 351 unidades. Pela primeira vez no ano, Palio passa Gol como o mais vendido CLEIDE SILVA/AE Carro mais vendido no País há 27 anos consecutivos, o Gol, da Volkswagen, perdeu o título para o Fiat Palio neste mês. No acumulado do ano, o modelo vendeu 159.207 unidades, ante 160.784 do concorrente Palio, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O Gol já estava atrás do Palio nos últimos seis meses, mas, na soma total, ainda conseguia estar à frente, até perder a posição no mês passado com uma diferença de 1.577 unidades. Como o ano ainda não acabou, é possível que a Volkswagen ainda tenha uma carta na manga e recupere as vendas neste mês, embora analistas de mercado vejam a ação como uma missão difícil. Na semana passada, o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, afirmou que "o Gol é um vencedor e será uma briga boa até o fim do ano". Entre as razões para a perda da liderança está o fim da produção, no fim do ano passado, do Gol G4, versão antiga e mais barata da linha. Sozinho, ele representava 20% das vendas do modelo. Hoje, o novo Gol disputa clientes com o novo Palio e o antigo, o Fire. No lugar do G4 entrou o up!, que de março até agora vendeu 53,2 mil unidades. Em novembro, o Palio vendeu 15.399 unidades, seguido por Chevrolet Onix, com 14.484 e Gol, com 12.024. Na sequência estão todos embolados o Ford Ka (10.748 unidades), o Hyundai HB20 (10.688) e o Fiat Uno (10.472). Não é só com o Gol que a Volkswagen está perdendo. A marca foi a que mais caiu em vendas entre as principais fabricantes neste ano em relação a 2013. Enquanto as vendas totais de automóveis e comerciais leves caíram 8,2% no acumulado do ano, a Volkswagen recuou 14,8%. A Fiat, líder do mercado, vendeu 9,5% menos e a General Motors, segunda no ranking, 11,5%. A Ford, quarta marca em vendas, registrou queda de 10,3% e a Renault (sexta na lista), de 1,5%. A Hyundai (quinta no ranking) cresceu 10,9% e a Toyota (sétima), 9,3%. POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. CNPJ n.º 12.261.588/0001-16 EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL DE TITULARES DE CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS DA 13ª SÉRIE DA POLO CAPITAL SECURITIZADORA S.A. Nos WHUPRVGD/HL¿FDPRV6HQKRUHV7LWXODUHVGH5HFHEtYHLV,PRELOLiULRVGD 6pULHGD(PLVVmRGH&HUWL¿FDGRVGH5HFHEtYHLV,PRELOLiULRVGD3ROR&DSLWDO6HFXULWL]DGRUD6$³(PLVVmR´H³&RPSDQKLD´UHVSHFWLYDPHQWHFRQYRFDGRV SHOD&RPSDQKLDDVHUHXQLUHPHP$VVHPEOHLD*HUDOGH7LWXODUHVGH5HFHEtYHLV ,PRELOLiULRVDVHUUHDOL]DGDQRGLD jVKRUDVQD3ROR&DSLWDO$WDXIRGH3DLYDDQGDU/HEORQ5LRGH-DQHLURD¿PGHGHOLEHUDUDFHUFDGD L(VFROKDGRQRYRDJHQWHGHSDJDPHQWRWHQGRHPYLVWDDUHQ~QFLDSHOD%1< 0HOORQ6HUYLoRV)LQDQFHLURV'LVWULEXLGRUDGH7tWXORVH9DORUHV0RELOLiULRV6$D HVWDIXQomRUHVSHLWDQGRVHDVVLPRTXHGLVS}HDFOiXVXODGR,QVWUXPHQWR 3DUWLFXODUGH&RQWUDWRGH3UHVWDomRGH6HUYLoRVGH$JHQWHGH3DJDPHQWRVH&RQWDV³&RQWUDWRGH3UHVWDomRGH6HUYLoRV´2V7LWXODUHVGH5HFHEtYHLV,PRELOLiULRV GHYHUmRVHDSUHVHQWDUQRHQGHUHoRDFLPDLQGLFDGRSRUWDQGRRVGRFXPHQWRVTXH FRPSURYHPDWLWXODULGDGHGRVUHVSHFWLYRV&5,V(YHQWXDLVLQVWUXPHQWRVGHPDQGDWRRXWRUJDGRVSHORV7LWXODUHVGH&5,SDUDVXDUHSUHVHQWDomRQD$VVHPEOHLDRUD FRQYRFDGDGHYHUmRVHUHQFDPLQKDGRVDR$JHQWH)LGXFLiULRDWpGRLVGLDV~WHLV DQWHFHGHQWHVjVXDUHDOL]DomRDWUDYpVGRHPDLODVVHPEOHLDV#SHQWDJRQRWUXVWHH FRPEUEHPFRPRVHUGHSRVLWDGRVSHUDQWHR$JHQWH)LGXFLiULRQRHQGHUHoRDFLPD LQGLFDGR,QIRUPDo}HVDGLFLRQDLVVREUHD$VVHPEOHLDRUDFRQYRFDGDHDPDWpULD FRQVWDQWHGDRUGHPGRGLDDFLPDSRGHPVHUREWLGDVMXQWRj&RPSDQKLDHRX$JHQWH)LGXFLiULR5LRGH-DQHLURPolo Capital Securitizadora S.A.