AREA TEMÁTICA: FITOTECNIA DESEMPENHO PRODUTIVO DE DOZE VARIEDADES DE ALGODÃO NO CERRADO DO OESTE DA BAHIA, SAFRA 2013/14 Genivaldo Batista dos Santos1, Elisângela Kischel1, Mônica Cagnin Martins1, Fernando Fumagalli1, Pedro Brugnera1, Marco Antonio Tamai2 1 Círculo Verde - Círculo Verde Assessoria Agronômica e Pesquisa, 2UNEB - Universidade do Estado da Bahia RESUMO: A cada ano tem aumentado a oferta de variedades de algodão no mercado brasileiro, resultantes do melhoramento genético que tem por objetivo desenvolver materiais com alto potencial produtivo, adaptados a colheita mecânica, com fibra de qualidade e resistência a doenças. No entanto, a produtividade de cada variedade depende do ambiente de produção para que este possa expressar todo seu potencial produtivo. Meredith Junior et al. (2012) estimaram o efeito da variedade na produtividade de fibra em 7,4%, e do ambiente em 84%. Assim é necessária a avaliação de variedades de algodão no ambiente de cultivo, para determinar a que melhor se adapta a cada condição. O objetivo da pesquisa foi avaliar a produtividade de 12 variedades de algodão no Oeste da Bahia, safra 2013/14. A pesquisa foi realizada no Campo de Validação da Círculo Verde Assessoria Agronômica & Pesquisa, em Luís Eduardo Magalhães-BA, adotando-se o delineamento experimental de blocos casualizados com 12 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos foram representados por 12 variedades semeadas em 03/01/2014: BRS 335, BRS 336, BRS 368 RF, FM 944 GL, FM 975 WS, FM 980 GLT, FM 982 GL, FM 993, DP 555 BG RR, DP 1227 RF, DP 1228 BGII RF e DP 1231 BGII RF. Cada parcela experimental foi composta por quatro linhas de 7,0 m de comprimento, espaçamento entre linhas de 0,76 m, considerando como área útil da parcela as duas linhas centrais. As variáveis avaliadas foram: a) peso médio de capulho: pesagem em balança de precisão de 30 capulhos/parcela, sendo 10 capulhos de cada terço da planta (superior, médio e inferior), colhidos em plantas aleatórias na área útil de cada parcela na fase de pré-colheita da cultura; b) produtividade: pesagem dos capulhos e conversão dos valores para kg/ha, e c) rendimento de pluma: pesagem da pluma obtida dos 30 capulhos/parcela, após a separação da pluma do caroço do algodão. Os dados obtidos para as variáveis estudadas foram submetidos à análise estatística por meio do teste de Scott-Knott a 5%, para comparação de médias, utilizando o programa SASM-Agri (CANTERI et al., 2001). O peso médio de capulho diferiu significativamente entre as variedades (CV = 5,32%), formando quatro grupos estatísticos distintos. O Grupo 1, de maior peso, foi representado por BRS 336 (peso de capulho = 6,6 g), seguido do Grupo 2 (DP 1227 RF = 6,3 g; BRS 368 RF = 6,1 g; BRS 335 = 6,1 g) e Grupo 3 (FM 975 WS = 5,7 g; DP 555 BG RR = 5,7 g; FM 993 = 5,6 g; FM 944 GL = 5,6 g; DP 1228 BGII RF = 5,5 g; FM 982 GL = 5,5 g; DP 1231 BGII RF = 5,4 g). O Grupo 4, com os capulhos mais leves, foi representado por FM 980 GLT (4,4 g). Também houve diferença significativa para produtividade (CV = 9,96%), com a formação de dois grupos estatísticos, o de maior produtividade com valores entre 315,2 e 366,8@/ha (BRS 335, BRS 336, BRS 368 RF, DP 1227 RF, FM 944 GL, FM 975 WS, FM 982 GL e FM 993) e o de menor produtividade (251,8 a 296,0@/ha) representado pelas variedades DP 555 BG RR, FM 980 GLT, DP 1231 BGII RF e DP 1228 BGII RF. Não houve diferença significativa entre variedades para o rendimento de pluma (CV = 6,89%), que variou de 37,4% (BRS 336) a 48,1% (FM 980 GLT) para os materiais. Os cultivares com as maiores produtividade foram BRS 335, BRS 336, BRS 368 RF, DP 1227 RF, FM 944 GL, FM 975 WS, FM 982 GL e FM 993. Palavras-chaves: Gossypium hirsutum, Peso de capulho, Produtividade, Rendimento de pluma