ENGENHARIA DE TRÁFEGO
- Princípios Básicos
4. FLUXO DESCONTÍNUO - MÉTODOS DE ANÁLISE
Eng.Hugo Pietrantonio, Prof.Dr.
LEMT/PTR-EPUSP, ADDENDUM
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3. Fluxo Contínuo
ELEMENTOS QUE OPERAM EM FLUXO DESCONTÍNUO
CONTROLE DE TRÁFEGO EM FLUXO DESCONTÍNUO
INTERSEÇÕES NÃO SEMAFORIZADAS
INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS
CORREDORES ARTERIAIS
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3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...
condições operacionais determinadas por fatores "externos" à corrente
de tráfego (semáforos, outras correntes de tráfego prioritárias)
que causam interrupções periódicas do fluxo (podem afetar
grande extensão da via).
Interseções: são os locais onde normalmente estão presentes os
fatores que causam Interrupções e podem dominar as condições
de tráfego à montante atrasos.
(segundo o U.S.HCM 2000, para espaçamentos até 3,6 km)
Outros Elementos:
- Rotatórias de pequeno diâmetro
- Travessias de pedestres
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3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...
L
L
1 1 nd
T
=

d


n
.
d

 
.d
d
T
Fluxo interrompido:
V
V
V V L T
(nd: no. de pontos de atraso ou demora no trajeto L)
V: velocidade de percurso média (diferente de V média global)
função das características da via arterial (fora das filas)
é pouco afetada pelo fluxo de tráfego !
d T : atraso médio por veículo (global: D T  q. d T em veículos-hora)
função das condições de demanda e oferta nas vias,
do tipo de interseção e de controle de tráfego
tipos:
regular: fixo ou variável, de controle/fluxo, geométrico ...
sobre-atraso: aleatoriedade e sobre-demanda.
número médio de paradas por veículo: desaceleração/aceleração
afeta consumo de combustível, emissão de poluentes
( p k probabilidade de parar k vezes)
d T   p k . d Tk
(taxa de paradas global: H  q. h )
h  k p k . k
atraso parado ( dk ) ou tempo dispendido em filas (  d T , atraso total)
P
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3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...
Interseções: definições básicas
aproximação (chegada): cada trecho de
via que chega à interseção;
afastamento (saída): cada trecho de via
que sai da interseção;
movimento (manobra): cada origem/destino
de veículos ou pedestres.
corrente de tráfego: conjunto de
movimentos de uma aproximação.
- deve-se considerar os veículos e também os pedestres, ciclistas ...
- os conflitos entre manobras são mais comuns em interseções
- preferência no uso da via segundo a sinalização de controle de tráfego
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3. Fluxo Descontínuo: Elementos ...
Conflitos em interseções: há conflito quando dois ou mais veículos
procuram ocupar o mesmo espaço da via num mesmo instante.
- relevância dos conflitos é função dos volumes de tráfego
nos movimentos conflitantes (capacidade e desempenho
dependem de brechas adequadas no fluxo conflitante)
- outros fatores relevantes são n. ligações, n. de faixas, n. de
mãos de direção, tipo de interseção e de controle de tráfego
- periculosidade do conflito é função da intervisibilidade entre os
movimentos conflitantes e da velocidade relativa de impacto (VRI).
Tipos de Controle de Tráfego:
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Tipos de Controle de Tráfego em Interseções
Regras gerais de prioridade sem sinalização regulamentadora no local:
-cruzamento: Brasil, têm prioridade os fluxos que vêm da direita
Brasil, UVC/EUA: prioridade ao fluxo vindo
da face interna (nearside=lado interno,
oposto à posição do motorista no veículo).
UK, Austrália: prioridade ao fluxo vindo
da face externa (offside=lado externo, do motorista).
-quem muda para via deve dar prioridade aos demais fluxos.
- CTB/1997: quem entra em rodovias ou rotatórias deve dar prioridade.
- ainda existem situações ambíguas, pelo menos do ponto de vista legal
(exemplo: conversões direita e esquerda opostas, ...)
- pedestres: no Brasil, a lei é ambígua e, ainda assim, desrespeitada !?!
(exemplo: preferência do pedestre diante de conversões ...)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Interseções sem sinalização de preferência:
todas as correntes de tráfego são interrompidas (para qualquer fluxo
há sempre uma outra corrente cruzando que vêm da direita).
tipos de movimento:
permitidos: podem ser realizados
quando não houver outro veículo
com preferência (prioritário).
proibidos: não podem ser realizados.
regulamentação de circulação:
positiva - sinais R25a, b, c, d
negativa - sinais R3, R4a,b, R5
- em geral admissível para VDM até 1000 a 1500 (150 v/hora-pico)
menos de 2 colisões angulares/ano (ou atropelamentos)
- problemas:
segurança - acidentes, conflitos
capacidade - veículos/hora
desempenho - atrasos, filas
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Regulamentação de Circulação:
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Interseção com sinalização de prioridade:
somente fluxo secundário é interrompido (fluxo principal é contínuo)
tipos de movimentos:
principais: têm preferência no uso da
via (nessa direção).
secundários: devem dar preferência
ao fluxo principal.
proibidos: não podem ser realizados.
há uma hierarquia de prioridade entre os fluxos da via principal e secundária
- fluxos da via principal x fluxos da via secundária
- fluxos de conversão x fluxos diretos em cada via
- via principal: fluxos diretos x fluxos de pedestres x fluxos de conversão
- secundária: fluxos de pedestres x fluxos diretos x fluxos de conversão
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Objetivo da sinalização de prioridade:
- definição afirmativa de fluxos prioritários;
- reduzir conflitos e acidentes (lateral, atropelamentos);
- melhorar tráfego para fluxos prioritários
dê preferência:
em geral VDM até 3000 (300 v/hora-pico)
VSA maior que 15 à 30 km/hr
pare simples:
em geral VDM até 8000 (800 v/hora-pico)
VSA menor que 15 à 30 km/hr
aspectos locais de segurança
cuidados:
dificuldade:
Qp/Qs > 1,5 a 2,0;
geometria consistente com prioridade.
regra estática (tráfego varia ao longo do dia)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Interseção com sinalização semafórica:
programável, mas quase sempre todos os fluxos são interrompidos.
tipos de movimentos:
protegidos: movimentos autorizados e
prioritários em algum estágio.
permitidos: movimentos autorizados mas
secundários (usando brechas).
proibidos: movimentos não autorizados
em nenhum estágio do semáforo.
durante a operação do semáforo, a indicação luminosa define movimentos:
autorizados: movimentos com operação autorizada em um período (verde ...)
interrompidos: movimentos não autorizados em um período (vermelho ...)
(existe um período de entreverdes para segurança na mudança de controle)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Objetivos da instalação de semáforos
reduzir conflitos por divisão no tempo
reduzir acidentes (lateral, atropelamentos)
reduzir atrasos para fluxos “secundários”
economizar policiamento em períodos normais
Justificativas para implantação de semáforos
movimentos conflitantes com volume grande (VDM>8000);
tráfego principal contínuo (semi-atuado);
interseções complexas com muitos conflitos;
movimentos conflitantes com grande volume de pedestres;
índice de acidentes altos (elimináveis);
implantação de movimento progressivo;
controle de áreas congestionadas (V>C);
situações locais (visibilidade, ...).
Condições que dispensam implantação de semáforo
semáforos próximos formam pelotões;
circulação permite eliminar cruzamentos.
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Análise dos Conflitos em Interseções:
3
tabela de conflitos: assinala somente os conflitos de cruzamento (x)
e convergência na intersecção (c), mas não de divergência ...
(i.e., apenas conflitos entre correntes de tráfego diferentes).
Movimentos
1
2
3
4
1
c
x
2
c
3
x
c
4
c
-
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
diagrama de movimentos concordantes: assinala, dois a dois, os
movimentos não-conflitantes (compatíveis, que podem operar juntos)
movimentos admissíveis: condições de conflito aceitáveis.
compatíveis
admissíveis
- estratégias usuais para reduzir os problemas decorrentes dos conflitos:
definir preferência (vias principais e secundárias)
separar conflitos no espaço (canalização de tráfego)
separar conflitos no tempo (controle semafórico)
- quando for impossível eliminar todos os conflitos (ou desnecessário por
serem pouco importantes) alguns movimentos podem permanecer como
movimentos secundários.
- manobras podem ser decompostas em etapas (se é possível acomodar o
veículo nas aberturas do canteiro intermediário)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
- algumas vezes é necessário proibir alguns movimentos para eliminar
os conflitos e tornar a operação menos complexa na interseção.
todos os
todas as
movimentos
conversões
permitidos
à esquerda
proibidas
- naturalmente é necessário prover itinerários alternativos para os usuários
que realizam as manobras que serão proibidas (desvios, retornos,...)
- pode-se admitir algum grau de interferência (redução de V) na via principal ...
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Canalização de Tráfego: definição de trajetórias das manobras para separar
movimentos conflitantes (sinalização horizontal, ilhas e refúgios) para
reduzir número de pontos de conflito, o risco e gravidade de acidentes.
Ações: - desencorajar movimentos proibidos (errados)
- definir claramente as trajetórias corretas
- geometria consistente com velocidade e prioridade
- eliminar pontos com conflitos importantes simultâneos
- dar visibilidade à sinalização e aos fluxos conflitantes
- separar correntes de tráfego com velocidades diferentes
- prover refúgios para movimentos de pedestres
VER EXERCÍCIO CANALIZAÇÃO
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Controle por Semáforos: definição de períodos sucessivos em que o direito
de uso da via é alternadamente cedido a grupos de movimentos
compatíveis ou admissíveis (pouco ou não conflitantes).
Estágio: cada intervalo de tempo do ciclo semafórico em que o conjunto
movimentos autorizados ( ou bloqueados ) não se altera.
Entreverde: intervalo de tempo entre estágios sucessivos ( no qual ocorre
alteração do conjunto de movimentos autorizados e bloqueados)
Grupo/Fase Semafórica: cada conjunto de movimentos comandados por
uma mesma sequência de indicações luminosas nos estágios do ciclo.
Grupo de Tráfego: os movimentos de um mesmo grupo/uma mesma fase
semafórica e uma mesma aproximação
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Definição de plano semafórico: é um dos aspectos mais críticos do
projeto de uma interseção semaforizada.
diretrizes:
- o número de estágios deve ser o menor possível (de
preferência 2) para reduzir o tempo perdido;
-o número de movimentos simultâneos e sem conflito
deve ser máximo, especialmente os fluxos maiores e/ou
os movimentos da mesma aproximação;
- introduzir estágios específicos para conversão à
esquerda quando o fluxo de conversão e/ou o fluxo
oposto de veículos for excessivo;
- introduzir estágios específicos para pedestres quando
seu fluxo e/ou o fluxo oposto de veículos for excessivo
- a ordem dos estágios deve ser a que produz maior
segurança e rendimento na interseção;
- a proibição de conversão à esquerda deve ser decidida
examinando o corredor ou área como um todo, provendo
itinerários adequados aos desejos de viagens com locais
especiais para conversão.
VER EXERCÍCIO PLANO SEMAFÓRICO
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Tratamento para conversões:
- as conversões à direita podem ser eliminadas dos semáforos quando seu
volume for significativo e houver possibilidade de construir uma faixa de
conversão canalizada (uma pista exclusiva para conversão);
- no Brasil é preciso sinalização semafórica específica para qualquer
tratamento especial para a conversão à direita (existem alguns países
onde é possível sinalizar a autorização da conversão à direita permitida
mesmo com indicação de vermelho para sua aproximação e outros
países em que a autorização é a regra normal e é preciso sinalizar a
proibição nos locais em que for insegura), exceto quando a conversão
puder ser acomodada em pista para conversão canalizada e sinalizada.
- as conversões à esquerda podem ser permitidas ou protegidas (é preciso
sinalizar a proibição de conversão à esquerda em um semáforo e
aconselhável sinalizar os períodos em que o movimento é permitido ou
protegido, embora nem sempre seja necessário fazê-lo).
- as faixas/pistas exclusivas para conversão devem ser providas quando: o
fluxo de conversão for significativo (evita bloqueio) ou houver estágio
com fluxo de conversão protegido.
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
- a ordem do estágio com conversão à esquerda protegida no ciclo semafórico
é uma questão importante e controvertida:
conversão principal protegida antes do fluxo direto oposto:
limpa os veículos em espera para
conversão (evitando bloqueio e aproveitando
a reação mais rápida dos condutores); opera
adequadamente com conversão secundária
permitida (evitando armadilha de segurança);
conversão principal protegida depois do fluxo direto oposto:
inicia ambos os movimentos diretos
simultaneamente (evitando mal-entendimento
e indecisão pelos condutores); evita conflitos
da conversão protegida com a travessia de
pedestres paralela (que ocorre antes do
início da conversão protegida).
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Tratamento para pedestres:
- concorrente: a preferência dos pedestres diante dos movimentos de
conversão é a regra de controle de tráfego vigente quando ambos os
movimentos são autorizados (apesar de não respeitada como deveria
ser, ainda é uma situação segura para baixos fluxos de conversões);
- carona: o controle semafórico dos fluxos veiculares pode garantir que alguns
fluxos de pedestres naturalmente não tenham conflitos durante alguns
estágios (exemplo: travessias de linha de retenção com sentido único);
- estágio protegido: sempre que as condições anteriores não ocorrem em
condições seguras, pode-se interromper fluxos veiculares conflitantes
para garantir a travessia segura para fluxos de pedestres específicos;
- estágio exclusivo: pode-se interromper simultaneamente todos os fluxos
veiculares e, em decorrência, atender simultaneamente todos os fluxos
de pedestres em um único período (de duração adequada); esta
estratégia somente deixa de ser vantajosa quando a duração necessária
para o período é muito grande e/ou motiva desrespeito pelos veículos.
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Tratamento para pedestres:
- a seleção do local seguro para as travessias de pedestres (faixas de
pedestres) é muito importante; em princípio, todos os locais de travessia
devem receber tratamento seguro e a exclusão deve ser uma exceção;
- a posição do estágio protegido de pedestres é um aspecto muito importante:
o estágio protegido antes das conversões é, em geral, mais
seguro para os pedestres (veículo inicialmente parado)
o estágio protegido depois das conversões é mais produtivo
para os veículos (fluxos opostos inicial junto em pelotão)
- a posição do estágio exclusivo de pedestres é também muito importante:
o estágio exclusivo após a via principal (estágio mais longo):
em geral, menos atraso para pedestres (obediência)
o estágio exclusivo após a via secundária (estágio mais curto):
em geral, conversões de menor velocidade (menor risco)
(neste caso, a preferência varia e manter a consistência é importante também)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Planos Semafóricos Típicos: cruzamentos
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Planos Semafóricos Típicos: junções
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Interseções Compostas: semaforização + canalização (distâncias reduzidas)
exemplo: atual = interseção simples movimentos principais: 3,6,7
(maior volume de tráfego), cada
movimento principal é parado
em dois estágios no ciclo
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
exemplo: decomposição da interseção em 2 etapas de cruzamento
retenções internas (filas pequenas):
necessidade de coordenação
restrições: continuidade 3-3’ e 5-5’
(espaço para acomodar fila)
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3. Fluxo Descontínuo: Controle ...
Interseções Compostas: casos comuns com interseções próximas ...
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Operação com Fluxos Conflitantes
Sinalização de prioridade: PARE (R1) ou DÊ PREFERÊNCIA (R2)
- definição da via principal
(operação contínua, não interrompida, exceto
para conversões com fluxo oposto, que podem
acabar causando interferências nos demais fluxos)
- manobras secundárias: cedem passagem
(operam em fluxo descontínuo, interrompidas)
hierarquia de prioridade:0 - fluxos principais da via principal;
1 - conversões à esquerda da via principal;
2 - conversões à direita da via secundária;
3 - fluxos diretos da via secundária;
4 - conversões à esquerda da via secundária.
(naturalmente, interseções mais complexas podem ter outros níveis)
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Características de operação:
- movimentos secundários ocorrem nas brechas entre veículos das correntes
de tráfego conflitantes no fluxo prioritário: brecha h no fluxo conflitante
(é um movimento prioritário).
- brecha crítica, mínima adequada,  : função
do tempo necessário para realizar a manobra
(depende da aceitação de risco na manobra).
- havendo fila contínua, os demais veículos
passam com um intervalo de seguimento  (=intervalo de saturação).
- movimentos secundários também competem entre si pelo uso das brechas:
- fluxo interferente é um fluxo oposto, que tb é secundário (de outro ...)
- tempo disponível  brecha H   ,
adequada H  
- tempo perdido   0    
 f = H    (n  1).  
2
VER EXERCÍCIO MEDIDA DE BRECHA CRÍTICA
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Capacidade: tempos disponíveis e bloqueados são variáveis aleatórias !
,
capacidade depende
também da distribuição de intervalos ...
Generalização de Troutbeck: com a distribuição de intervalos de Cowan
L .q 0
e .(  )


C2  L .

q
0 , com
1  .q 0
(1  e . )

e 1 . 0    q0




.
aproximação contínua C2  L .
com 0
2


0 : intervalo mínimo fluxo oposto ( q 0máx  3600  S0 : fluxo de saturação)
0
L  1  P : proporção do fluxo livre ( P em pelotão, medido; Tanner: P  q. )
i i
i
Li.qi
e
~


com fluxos por faixa: qi , Pi , i de cada faixa C2  L .
,

q
i
0
   i .
1  i .qi
i
(1  e
)
3600 e

~
L =  (1 - Pi ). i , fluxo oposto total: q0  i qi ( i 
Pi  i .qi )
Si
i q0
i

 .(   )
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
e  q 0 .
.q 0 (com a fluxo total e   0 )
Fórmula de básica (Poisson): C2 
1  e  q 0 .

e  q 0 . 0




aproximação contínua de Siegloch: C2 
com 0
2

q0 2
C

f

C
,
f

1

0
,
1
.(
)
antigo método alemão: 2c c 2
c
1000
  0,6. , na ausência de dados de campo
versão atual utiliza a aproximação de Siegloch
método do HCM/85: usou a mesma fórmula com   0,5.  0,5seg
método do HCM/94: utilizou diretamente a aproximação de Siegloch !
DENATRAN/84: compatível com Fórmula de Tanner ( P    q 0 . )
h
 q 0 .(   )
e
C2  (1  q 0  ).
 q 0 ou C2c  fc .C2 ( L = 1 - q0 .    q0 )
 q 0 .
1 e
  0,25.  1,5seg e   2,25seg /faixa ( 1,0seg com + de 1 faixa)
(manual não explicita fórmula de capacidade e parâmetros adotados)
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Capacidade com uso compartilhado: dadas as capacidades específicas
1
Q
 X   Xi , Xi  i
pi
Ci
C
i
(composição de tráfego para tipos de manobra)
Interferências: bloqueio enquanto a posição interferente está ocupada
fórmula de capacidade compartilhada: CS 
 fator de impedância: C3e  f3.C3 , f3  1  P02 (X2 )  1  X2
onde P02 ( X 2 ) é a probabilidade de ter a posição interferente vaga !
(nível 3 tb interfere no nível 4; fórmulas similares, mais complexas)
Interferências entre etapas: quando a manobra usa posições intermediárias
restrição na etapa I: CIe  f I .CI , f I  1  XII
, m=no.posições em II
m 1
restrição na etapa II: QII  mínQI , CI  (sobre-demanda é retida em I)
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Atrasos: de controle + de congestionamento
atraso total: espera pela brecha + espera na fila
Fórmulas dinâmicas:
- fórmula generalizadas (integrais, com período TP e n 0  0 ): d 2  d c  d Q
d c  d min  1
para cada manobra (tempo no topo da fila)
C
Tp 
8.k.X 
2
dQ 
.(X  1)  (X  1) 
 (tempo na fila)
4 
C.Tp 
Q
d Q comum a todas as manobras, com X    X i !
C
- pode-se usar as fórmulas recursivas gerais
- expressão mais criteriosa da espera pela brecha pode ser deduzida
como nas fórmulas estacionárias mas em geral é menos importante ...
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Fórmulas estacionárias:
- espera pela brecha (atraso do veículo no topo da fila):
e q1.( )
1 q1. 2 (1o.veículo, topo da fila)
d mín 
 
q1.(1  q1  )
q1
2
depende de qual é a manobra do veículo no topo da fila
q1.
e
1
para pedestres, em geral admite-se d 2  d mín 

q1da fila): q1
- espera total (incluindo o tempo para
chegar
ao
topo
d mín  .X 2
q2
e q1.  q1 .  1
ou
d2 
, X2 
, =
q1.
1 X2
C2
q1 .(e  1)
.X 2
d 2  d c  d q  d mín (1 
)
, dc : atraso de controle
1 X2
dq : atraso de congestionamento
 + d mín
=
, d c  d mín (compatível com Tanner e Troutbeck)
d mín
depende das características de todas as manobras na faixa !
características médias podem ser calculadas
ponderando por Xi
( q1. q 2 .)
aproximação de Harders:d 2  1  e
(compatível com Siegloch)
C2  q 2
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Outras Medidas de Desempenho:
fila: n 2  q 2 d 2 é a fila média (estacionária).
- com fórmulas dinâmicas, a fila média usa o fluxo médio incluindo pico
e pós-pico e também interessa calcular a fila máxima no período !
- em geral, adota-se um fator de segurança igual a 1,5 ou 2,0 para fila
máxima provável (para representar o efeito da aleatoriedade).
medidas secundárias (Troutbeck):
probabilidade de parar: PP  1 (1 X).(1 1. . q 1 ). e  ( 1)
1
número de movimentos/veículo: N  n 2 com Nm 
v
1 e .2
Nm
=número de paradas/veículo na fila, onde veículos/brecha
estas são fórmulas que admitem condições estacionárias e q<C !
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
exemplo: q 2  180v / h  0,05v / s ,   6seg ,  2  3seg
q 1  900v / h  0,25v / s ,  P  0,6 , 1  2seg
0,4.0,25


 0,20 / seg
capacidade – Troutbeck  L  1 0,6  0,4 ,
1

2
.
0
,
25
e 0, 20.( 62 )
C 2  0,4.
.900  358,5v / h
1  e 0, 20.3
(os outros métodos forneceriam valores entre 308v/h e 390v/h)
,51  1 (fórmula estacionária ou dinâmica)
atraso: para X 2  180 358,5  03600
- fórmula dinâmica: d c  D min  358,5  10,04seg , para TP  0,25h e   1
900 
810
. . ,51 
2
dq 
. 0,51  1  0,51  1 
  9,99seg  d 2  20,03seg
4 
358
,
5
.
0
,
25

e0, 25.( 62 )
1
0,25.22
- fórmula estacionária: D min 
6

 1125
, seg
,,25 .0,512
e0,25.3  0,25.3  10,25.(1 0,25.2)1125
, 01314

 1314
,
 d2 
 24,3seg
0,25.( e0,25.3  1)
1 0,51
, v (ou n 2  0,050.20
,3  1,0v )
outras medidas: fila n 2  0,05.24,3  12
, 20.( 62)
0,51).(1 20
. ,25). e
 0,89
probabilidade de parar Pp  1 (1
1
12
,
 0,54
0, 20.3  2,2  N v 
e movimentos/veículo N m 
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- Princípios Básicos
3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Casos Especiais
Múltiplas faixas na aproximação secundária:
- em geral, máximo de 2 faixas adjacentes para fluxos secundários.
- os fluxos em cada faixa podem ou não ser interferentes !
- restrições de visibilidade (o veículo de uma faixa reduz a
visibilidade do fluxo oposto para o veículo de outras faixas);
- conflitos entre os movimentos secundários adjacentes
(especialmente quando a via receptora tem apenas 1 faixa);
- apenas interferência
tb interferência
por visibilidade
por fluxo oposto
- interferência justifica a inclusão do fluxo na faixa com manobra
mais fácil como conflitante do fluxo nas demais faixas;
- em qualquer caso, impõe-se a observação também do limite de
capacidade da via receptora.
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- Princípios Básicos
3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Rotatórias de pequeno diâmetro:
- considerada como um conjunto de interseções com sinalização de prioridade
- rotatória convencional dá prioridade ao fluxo circulante na rotatória em todas
as aproximações (compatível com a regra geral de prioridade inglesa no
cruzamento entre veículos; incluída no novo CTB/97);
- rotatória não convencional determina a prioridade entre fluxos circulante e
entrante em cada aproximação com sinalização específica (maior
flexibilidade na definição do controle de tráfego);
- análise pode seguir o procedimento geral, mas a proximidade das
interseções torna a alocação dos fluxos entre faixas dependente da
proporção do fluxo que fica ou sai da rotatória antes de cada
aproximação (julgamento do técnico ou observação do local);
(há métodos específicos para rotatórias convencionais, que avaliam a
capacidade para o fluxo entrando em cada aproximação; dados obtidos
com métodos australianos, alemães e franceses são mais conservativos
que os obtidos com métodos ingleses).
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Faixas de entrada livre (com ou sem adição de faixa):
- os fluxos da via secundária
podem receber
faixas de entrada livre,
permitindo que
pelo menos a
conversão à direita
seja feita
sem fluxo oposto.
VER EXERCÍCIO REPARTIÇÃO DE CAPACIDADE *
VER EXERCÍCIO INTERSEÇÃO CANALIZADA *
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3. Fluxo Descontínuo: Int.ÑSemaf. ...
Comentários sobre os Procedimentos Existentes:
- de forma geral, todos não tratam dos efeitos das intervenções sobre a
segurança de tráfego e dos efeitos sobre os fluxos de pedestres
(incluindo atrasos, acidentes, segregação) e existe pouca validação dos
métodos de análise de interseções sem semáforos no Brasil,
reconhecendo o comportamento típico dos motoristas brasileiros;
- aplicação criteriosa dos métodos existentes é mais recomendável ...
- método do DENATRAN/84 baseado em estudos ingleses/escoceses (Tanner)
. não detalha a identificação dos fluxos conflitantes e não trata a interferência;
. não considera efeito da composição de tráfego (na via principal ou
secundária);
. não fornece parâmetros e equações básicas de cálculo (somente gráficos);
. não considera a influência de fatores locais nos parâmetros de operação;
. não avalia atrasos ou outras medidas de serviço (com exceção da
capacidade);
. trata uso compartilhado de forma dúbia (análise por manobra ou posição);
. não existe estudo empírico conhecido sobre a validação do método no Brasil.
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- métodos do HCM/85, 97, 2000 permitem eliminar maior parte das deficiências
. HCM/85-97: baseados no método alemão com a fórmula de Poisson discreta;
(HCM-94 foi baseado no método alemão com a fórmula de Siegloch)
. HCM/85-97 detalham identificação de fluxos conflitantes e de interferência;
. HCM/85-97 consideram o efeito da composição de tráfego na via secundária;
. HCM/85 considera a influência de fatores locais nos parâmetros de operação;
. HCM/97 despreza a influência da maioria dos fatores locais sobre a operação;
. HCM/85 não avalia atrasos (a reserva de capacidade é a medida de eficácia);
. HCM/97 avalia o atraso com fórmula dinâmica (sem distinguir os movimentos);
. HCM/97 usa o atraso médio parado como medida de eficácia;
. HCM/97 trata da interferência nos fluxos principais (bloqueios de faixas ...).
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