INOVAÇÃO PARA CHEGAR JUNTO À CLASSE C
De acordo com especialistas, esse público está mais conectado a estética
das lojas, prioriza a relação custo benefício e está disposto a pagar mais
em troca de experiências inéditas com novas marcas
Se o horizonte até agora para quem pretendia atingir a classe C foi de que
esse segmento busca “consumir mais por menos”, esse ponto de vista mudou.
De acordo com especialistas, esse público está mais conectado a estética das
lojas, prioriza a relação custo benefício e está disposto a pagar mais em troca
de experiências inéditas com novas marcas. Todas essas mudanças apontam
para um segmento mais atento, exigente e que deseja ser surpreendido no seu
consumo, recebendo um atendimento acolhedor.
Recentemente tive oportunidade de conferir a palestra Insight Tendências do
Mercado: a necessidade de inovação nos meios de comunicação devido às
mudanças que estão no mercado como um todo, na HSM Educação. Romeo
Busarello, atualmente diretor de Marketing e Ambientes Digitais da Construtora
TECNISA, analisou importantes cases brasileiros voltados para esse público.
A CVC é considerada um dos mais importantes cases de sucesso, nesse
sentido. A empresa inaugurou uma nova era no turismo nacional e
democratizou o acesso as viagens para brasileiros de todas as classes sociais.
A agência lançou tendências e ampliou sua gama de produtos e serviços. Foi a
primeira a fretar aviões, oferecer parcelamento em viagens e desenvolver
produtos turísticos que coubessem no bolso da maioria. Facilitou o turismo,
deixando o cliente livre para escolher como, quando e para onde viajar.
Outro case emblemático é a Brastemp. A empresa desenvolveu uma simples
ideia como estratégia para criar diferenciais em seus serviços. No início dos
anos 90, a empresa decidiu parar de vender seus purificadores e passar a
fornecê-los como um serviço. Em vez de comprar o filtro, o consumidor assina
um contrato, passa a pagar uma mensalidade à Brastemp e conta com
manutenção permanente sem custo adicional para o purificador de água. O
novo modelo permitiu a empresa diferenciar-se dos novos competidores do
mercado e, de quebra, conseguir vender mais do que produtos, mas sim uma
carteira de serviços.
Em outro exemplo, as Casas Bahia a primeira rede a abrir lojas em
comunidades como a de Heliópolis, provaram que vale a pena dar crédito aos
consumidores de baixa renda. A habilidade para atender as necessidades
emocionais e os hábitos de compras dos clientes, resultou em um modelo de
negócios único no que diz respeito ao varejo. A contribuição da empresa para o
desenvolvimento da população brasileira e na realização de seus desejos foi
reconhecida pelos clientes fiéis e serve de exemplo para o mundo todo.
A empresa em que trabalho participou do inicio deste movimento da classe C
onde tivemos o desafio de desenvolver um trabalho para ampliar o crédito
oferecido pelas Casas Bahia. A agência tinha o desafio de ativar 60 mil cartões
em 40 dias, com 8 minutos para abordagem, digitação da proposta e entrega
do cartão com ’aproach’ para desbloqueio e uso imediato. Nos surpreendemos
pois o resultado alcançado foi 50% de superação do que o objetivo proposto.
Apesar de todas as particularidades do mercado consumidor brasileiro e de
como ele vem se comportando durante a crise econômica, acredito que
continuaremos a ver estas tendências aportando cada vez mais por aqui,
influenciando comportamentos de compras dentro e fora dos pontos de vendas
como forma de agregar valor à marca.
Por: Sandro Ari Pinto - Co-Presidente da CIAGROUP
Fonte:
http://administradores.com.br/noticias/administracao-e-negocios/inovacaopara-chegar-junto-a-classe-c/80890/
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