Lavanderia francesa planeja convencer a classe C a lavar roupa
fora de casa
Jornal de Hoje - Natal-RN - terça-feira, 15 de outubro de 2013
A rede de lavanderias 5àsec, de origem francesa, busca aumentar a fatia de clientes
pertencentes à classe C nas suas lojas, diante do número crescente de mulheres que
trabalham fora de casa e o aumento de renda da população nos últimos anos.
Para isso, prepara uma campanha publicitária com enfoque na acessibilidade financeira
para o ano que vem, conta o diretor de marketing Sérgio Carvalho. “Queremos mostrar que
o serviço não é tão caro como imaginam, não é coisa de rico”.
Hoje, 33% dos clientes da 5àsec pertencem à classe A e 35% à classe B. O restante, 32%,
são consumidores da classe C e D, que levam peças para lavar pontualmente, geralmente
de maior valor e mais delicadas.
De olho neste público, e também no de solteiros, a rede vem apostando em promoções e
parcerias com lojas de vestuário para dar descontos nas peças.
Na promoção Mega Combo, um cliente que levasse dez peças lavaria cada uma por R$ 5,
um desconto de cerca de 50%.
A ação aumentou em 15% o faturamento da rede no País. “A concorrência aposta na
limpeza por quilo. Queremos mostrar que a limpeza por peça é competitiva”, aponta
Carvalho.
Agora, a 5àsec converte serviços em créditos para uma próxima lavagem, que expira em
uma semana, para fidelizar e conquistar novos clientes. “Queremos incentivar mais idas às
lojas.”
Hoje, o Brasil é o maior mercado para a 5àsec tanto em faturamento de loja quanto em
quantidade de peças processadas.
A rede tem pouca adesão nos Estados Unidos, onde existe uma cultura de lavanderias
coletivas e o serviço é automatizado e pago com moedas.
Além de roupas, cresce nas unidades da rede a demanda por limpeza de edredons, tapetes
e cortinas. O delivery, que tem a possibilidade de acontecer com hora marcada em
condomínios nas grandes cidades, também ganha corpo. Hoje, cerca de 25% das peças que
a rede recebe utilizam o delivery.
Compensação de custos
Novas tecnologias auxiliam a expansão da rede. Há dois anos, 80% das peças de roupas
eram limpas no modo seco e 20% com água. Atualmente, a situação se inverteu, segundo
Carvalho.
Desta forma, é possível ter maior economia ao diminuir o uso de produtos químicos
importados. “Isso foi possível porque temos agora um sistema que economiza água”.
Segundo o executivo, a opção do cliente mudou naturalmente. “Ele não sentiu diferença na
limpeza da peça.”
Com menos custos por unidade, foi possível absorver aluguéis e mão de obra mais caros.
Nova cara
Em 2011, a rede reposicionou sua marca mundialmente ao mudar a cor do seu logo,
identidade visual e decoração das lojas.
De cerca de 400 unidades no Brasil, 160 já incorporaram o novo conceito. “O Brasil é o líder
nesta implantação. A Europa está atrás por conta da crise, pois a mudança exige
investimento”, conta Carvalho. A ideia é ter todas as lojas no País com a nova marca até
2015.
O grupo francês retomou a operação brasileira em 2010, com exceção do Rio de Janeiro, e o
Brasil se tornou a sede da empresa na América Latina. De cada dez projetos colocados em
prática no mundo, sete são criados por aqui.
Em 2012, a rede faturou R$ 176 milhões no País. A meta é crescer 10% ao ano em número
de lojas. O foco são as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte do País.
Fonte: iG
http://jornaldehoje.com.br/lavanderia-francesa-planeja-convencer-a-classe-c-a-lavar-roupa-forade-casa/
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