www.fisicaexe.com.br No sistema mostrado na figura, p 1 é uma polia móvel, p 2 uma polia fixa, o peso do bloco B é de 2 000 N e o ângulo do plano inclinado de 30o. Determinar qual deve ser o peso do bloco A para que o bloco B tenha uma velocidade de 20 m/s após um percurso de 40 m no sentido ascendente. Desprezamse as massas das fios e das polias e os atritos entre os fios e as polias e entre o bloco B e o plano. Adote g = 10 m/s2. Dados do problema • • • • • • peso do bloco A: ângulo de inclinação do plano: deslocamento do bloco B: velocidade inicial do sistema: velocidade final do bloco B: aceleração da gravidade: P B = 2 000 N; θ = 30o; ΔS B = 40 m; v 0 = 0; v B = 20 m/s; g = 10 m/s2. Solução No fio que sustenta o bloco B temos uma tração T devido ao peso do bloco B. O fio transmite essa tração para a polia móvel p 1 através da polia fixa p 2 . Do outro que é lado da polia móvel p 1 tem-se a mesma tração T xtransmitida para o ponto fixo na parede. No fio que prende , devido a tração T a polia móvel p 1 atua um tração 2 T que atua no fio nos dois lados da polia, esta tração é transmitida pelo fio para o bloco A (figura 1). Isolando os corpos e pesquisando as forças que agem neles, temos figura 1 • Bloco A Adotamos um sistema de referência xy com o eixo-x paralelo ao plano inclinado e sentido descendente. Neste corpo agem a força peso ( P A ), a força de tração no fio ( 2 T ) e a reação normal da superfície ( N A ), conforme a figura 2-A. figura 2 A força peso pode ser decomposta em duas, uma componente paralela ( P A P ) ao eixox e a outra normal ou perpendicular ( P A N ). Da figura 2-B vemos que a força peso é perpendicular ao plano horizontal, forma um ângulo de 90º, o ângulo entre o plano inclinado, que contém a componente paralela, e o plano horizontal é dado como 30º, como os ângulos internos de um triângulo devem somar 180º o ângulo entre a força peso e a componente paralela deve ser 60º. No triângulo à direita temos que a componente normal faz com o plano inclinado um ângulo de 90º então o ângulo entre a força peso e a componente normal deve medir 30º, é um ângulo complementar. 1 www.fisicaexe.com.br Colocando as forças num sistema de eixos coordenados, figura 2-C, podemos usar a 2.ª Lei de Newton F = ma Na direção y não há movimento, a reação normal e a componente normal do peso se anulam, na direção x escrevemos P A P−2 T = m A a A (I) pela figura 2-C temos a força peso dada por P A P = P A senθ (II) P A senθ−2 T = m A a A (III) substituindo (II) em (I), obtemos • Bloco B Adotamos um sistema de referência com o eixo-x no sentido ascendente. Neste corpo agem a força peso ( P B ) e a força de tração no fio ( T ), conforme a figura 3. Aplicando a 2.ª Lei de Newton, na direção direção horizontal não temos forças atuando, na direção vertical temos a força peso e a tração, assim T −P B = m B a B (IV) figura 3 Para encontrarmos a aceleração do bloco B utilizamos o deslocamento dado no problema (figura 4). Da Cinemática Escalar usamos a Equação de Torricelli 2 2 v = v 0 2 a Δ S (V) Bloco B • • • velocidade final: v = v B = 20 m/s ; velocidade inicial: v 0 = v 0 B = 0 ; deslocamento: Δ S = ΔS B = 40 m . figura 4 substituindo esses valores em (V), temos 2 2 v B = v 0 B 2a B Δ S B 20 2 = 0 2 2. a B . 40 400 = 080a B 80 a B = 400 400 aB = 80 2 a B = 5 m/s (VI) O intervalo de tempo que o bloco B levará para se deslocar os 40 m será dado pela expressão v = v 0 at substituindo os dados e a aceleração encontrada em (VI) na expressão (VII), temos 2 (VII) www.fisicaexe.com.br v B = v 0B a B t 40 = 05 t 40 t= 5 t =8 s (VIII) Quando o bloco B sobe 40 m um ponto C 1 do fio também se deslocará os mesmos 40 m, desse deslocamento total, 20 m serão usados no deslocamento da polia e do bloco A e os outros 20 m darão a volta na polia e o ponto C 1 terminará se deslocamento no ponto C 2 (figura 5). Portanto o deslocamento do bloco A será a metade do deslocamento do bloco B. Para encontrarmos a aceleração do bloco A usamos a expressão S = S 0 v 0 t at 2 2 (IX) figura 5 Bloco A • • • velocidade inicial: v 0 = v 0 A = 0 ; ΔS B = 20 m . deslocamento: Δ S = ΔS A = 2 Intervalo de tempo para o deslocamento: t = 8 s substituindo esses valores em (IX) a aceleração do bloco A será 2 a At 2 a At 2 S A −S 0A = v 0 A t 2 S A = S 0 A v 0 A t como S A −S 0A = Δ S A , escrevemos a At 2 aA8 2 20 = 0.8 2 16a A 20 = 0 2 20 = 8 a A 20 aA= 8 2 a A = 2,5 m/s 2 Δ S A = v 0 A t As expressões (III) e (IV) formam um sistema duas equações ∣ P A senθ−2 T = m A a A T −P B = m B a B multiplicando e dividindo o lado direito da igualdade de ambas as equações por g, temos ∣ g g g T −P B = m B a B g P A senθ−2 T = m A a A 3 (X) www.fisicaexe.com.br ∣ mA ga A g mBg aB T −P B = g P A senθ−2 T = nas duas expressões m A g e m B g representam os pesos P A e P B dos blocos A e B respectivamente, substituindo temos ∣ P Aa A g P Ba B T −P B = g P A senθ−2 T = substituindo os dados do problema e as acelerações encontradas em (VI) e (X), obtemos ∣ o sendo sen 30 = P A 2,5 10 2 000 .5 T −2 000 = 10 P A sen30o −2 T = 1 , temos 2 ∣ PA PA −2 T = 2 4 T −2 000 = 1 000 isolando o valor da tração T na segunda expressão T −2 000 = 1 000 T = 1 0002 000 T = 3 000 N substituindo este valor na primeira expressão, temos finalmente PA PA −2 .3 000 = 2 4 PA P A − = 6 000 2 4 o Mínimo Múltiplo Comum (M.M.C.) entre 2 e 4 é 4 2 P A −P A = 6 000 4 P A = 4 .6 000 P A = 24000 N 4