Direção Executiva da CNTE (Gestão 2008/2011) Presidente Roberto Franklin de Leão (SP) Vice-presidente Milton Canuto de Almeida (AL) Secretário Geral Denílson Bento da Costa (DF) Secretária de Finanças Juçara M. Dutra Vieira (RS) Secretária de Relações Internacionais Fátima Aparecida da Silva (MS) Secretário de Assuntos Educacionais Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho (PE Secretário de Formação Gilmar Soares Ferreira (MT) Secretária de Assuntos Municipais Marta Vanelli (SC) Secretária de Organização Maria Inez Camargos (MG) Secretária de Políticas Sociais Rosana Sousa do Nascimento (AC) Secretária de Imprensa e Divulgação Antonia Joana da Silva (MS) Secretária de Assuntos Jurídicos e Legislativos Rejane Silva de Oliveira (RS) Secretária de Relações de Gênero Isis Tavares Neves (AM) Secretário de Política Sindical Rui Oliveira (BA) Secretário de Saúde Alex Santos Saratt (RS) Secretário de Direitos Humanos Marco Antonio Soares (SP) Secretária de Aposentados e Assuntos Previdenciários Maria Madalena Alexandre Alcântara (ES) Secretário Adjunto de Assuntos Educacionais Joel de Almeida Santos (SE) Secretário Adjunto de Política Sindical José Carlos Bueno do Prado – Zezinho (SP) Secretário Adjunto de Política Sindical José Valdivino de Moraes (PR) Secretária Adjunta de Assuntos Educacionais Maria Antonieta da Trindade Gomes Galvão (PE) Diretor José Geraldo Correa Jr. (SP) Suplentes à Direção Executiva CNTE Janeayre Almeida de Souto (RN) Paulina Pereira Silva de Almeida (PI) Odisséia Pinto de Carvalho (RJ) Cleber Ribeiro Soares (DF) Silvinia Pereira de Sousa Pires (TO) Joaquim Juscelino Linhares Cunha (CE) Conselho Fiscal da CNTE (Titulares) Odair José Neves Santos (MA) Mário Sérgio Ferreira de Souza (PR) Miguel Salustiano de Lima (RN) Guilhermina Luzia da Rocha (RJ) Ana Íris Arrais Rolim (RO) Conselho Fiscal da CNTE (Suplentes) Rosália Maria Fernandes da Silva (RN) Selene Barbosa Michelin Rodrigues (RS) Marco Túlio Paolino (RJ) Coordenador do Depto. de Funcionários de Escola (DEFE) João Alexandrino de Oliveira (PE) Coordenadora do Depto. de Especialistas em Educação (DESPE) Zenaide Honório (SP) CNTE - SDS - Edifício Venâncio III, Salas 101/107, Brasília/DF - CEP 70393-900, Tel.: (61) 3225-1003 - Fax: 3225-2685 [email protected] - www.cnte.org.br Caderno de Resoluções » ÍNDICE APRESENTAÇÃO.................................................................................... 7 RESOLUÇÃO 1 Corrente Sindical Classista - CSC/CTB ................. 9 RESOLUÇÃO 2 Corrente Proletária na Educação.................... 23 RESOLUÇÃO 3.................................................................................................. 28 RESOLUÇÃO 4 Unidos pra Lutar e TLS .......................................... 33 RESOLUÇÃO 5 CSP-Conlutas............................................................. 41 RESOLUÇÃO 6 Articulação de Esquerda......................................... 49 RESOLUÇÃO 7 CSD - CUT Socialista e Democrática..................... 59 RESOLUÇÃO 8 CPERS - Conlutas e Intersindical ..................... 72 RESOLUÇÃO 9 ................................................................................... 78 RESOLUÇÃO 10 Intersindical........................................................ 80 RESOLUÇÃO 11 Articulação Sindical .............................................. 93 ESTATUTO DA CNTE ........................................................................... 108 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 5 Caderno de Resoluções » APRESENTAÇÃO O 31º Congresso Nacional dos Trabalhadores da Educação Básica Pública, reunidos na CNTE, ocorre em um momento ímpar para o país, em que a primeira mulher eleita Presidente da República toma posse no cargo, e quando o Congresso Nacional se prepara para debater e votar o Plano Nacional de Educação com vigência 2011 a 2020. Do ponto de vista da luta sindical, além de intervir no processo de debate do novo PNE – visando contemplar a íntegra das deliberações da Conae 2010, sobretudo a constituição do Sistema Nacional de Educação –, os trabalhadores devem ainda (i) traçar os eixos da mobilização em torno da implantação da Lei 11.738 (PSPN) em todo país, assim como o julgamento do mérito da Adin 4.167 no STF; (ii) pressionar a aprovação dos projetos de lei 1.592/03 e 2.738/03, que visam, respectivamente, fixar as diretrizes nacionais de carreira e regulamentar o piso salarial nacional para todos os profissionais da educação; (iii) exigir a aplicação de 10% do PIB e a destinação de 50% dos recursos provenientes da camada pré-sal para a educação; (iv) cobrar a implementação da Emenda Constitucional nº 59, referente à expansão do ensino obrigatório (pré-escola ao ensino médio), e as metas do PNE 2011/20 – inclusive a que estabelece prazo para institucionalização da gestão democrática nos sistemas de ensino; e (v) integrar a pauta da CUT e das demais centrais sindicais que compõem a Marcha da Classe Trabalhadora. O presente caderno – edição preliminar – contém onze conjuntos de resoluções apresentadas por diferentes forças políticas do movimento dos trabalhadores em educação. Os textos são de total responsabilidade dos proponentes e encontram-se impressos tal como encaminhado à coordenação do 31º Congresso, na ordem de protocolo. Desejamos, a todos e a todas, boa leitura com vistas a extrairmos as melhores deliberações para a luta por uma escola pública universal, plural, democrática e de qualidade socialmente referenciada. Diretoria Executiva da CNTE Dezembro de 2010 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 7 Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Resoluções » resolução 1: Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL superam a casa dos 500 bilhões de dólares e a presença 5. a A integração Latino americana e a luta pela de tropas de ocupação em países contra os quais reali- 6. a paz devem entrar na pauta dos trabalhadores. zou guerras, atestam isto. 7. a O mundo continua sua saga entre o avanço Os documentos secretos divulgados no WikiLe- 8. a para o socialismo ou a degradação dos seres humanos e aks, Julian Assange, denunciou a ofensiva dos Estados do planeta. O antagonismo entre os interesses dos tra- Unidos no Afeganistão. O site postou 91 mil documen- 10. a balhadores e o da burguesia monopolista, dos povos e tos com registros militares americanos de seis anos 11. a do imperialismo, se acentua em toda parte do mundo. da guerra contra o grupo islâmico Taleban (de janeiro 12. f Na Grécia, França, Espanha, Portugal os descarrega- 2004 a dezembro de 2009). O material traz evidências 13. f ram todo o ônus da crise sobre os trabalhadores, em contundentes de crimes de guerra cometidos no Afega- 14. f Portugal é recorde o número de desempregados 10,8% nistão. 15. f da população ativa, na França Sarkozy tenta impor mu- 16. f danças no sistema previdenciário. importantes frentes do combate anti-imperialista. 17. f O desafio da integração latino americana 18. f prova de sua resistência, a exemplo da França com 3,5 A América Latina vive momentos de ascensão de 19. f milhões de manifestantes em todo o país (Outubro de forças democráticas e revolucionárias e a conformação 20. f 2010), dias de muita luta e mesmo assim não alcan- de um pólo sul e latino-americano de países soberanos 21. f çaram vitória. Porque? Ou muda o sistema ou con- com projetos nacionais compartilhados. O povo brasi- 22. f quistamos migalhas ou retrocessos. A consciência de leiro tem grande interesse no avanço desse processo, 23. f um mundo socialista ainda carece de multidões que a pois uma América Latina unida e integrada permite 24. apõem. ao Brasil e a seus vizinhos, conjuntamente, melhor 25. f Já no velho mundo a cúpula econômica é mar- posicionar-se para enfrentar as contradições advindas 26. f cada por conflitos e divisão, com a tentativa franco- de um mundo em transição. Portanto lutar pela inte- 27. f -alemã de impor sansões aos países que violarem a gração Latino Americana seja construindo rodovias e 28. f disciplina fiscal (pela qual o déficit público não pode ferrovias, ampliando os laços político e culturais tem 29. f superar 3% do PIB) parecida com nossa LRF. sentido estratégico aponta para a unidade dos povos 30. f A luta pela paz tem caráter estratégico contra a ofensiva do imperialismo. 9. 31. f Nestes mesmos países os trabalhadores dão Assim a luta pela paz surge como uma das mais O principal vetor da situação política internacional CONJUNTURA NACIONAL 32. continua sendo a ação do imperialismo norte-america- 33. f no para dominar o mundo. Ainda detentor de posições- As eleições de 2010 demonstraram com transpa- 34. f -chave na economia mundial, dispõe de uma colossal rência dois projetos distintos de desenvolvimento, 35. f força militar e nuclear, que constitui grave ameaça à Serra e seu projeto de redução do Estado brasileiro, 36. f segurança e à paz internacionais. Seus comandos e fro- privatização das riquezas a exemplo da Petrobras e do 37. tas navais espalhados em todos os continentes, mares e pré-sal, e a ampliação do projeto neoliberal, versus Dil- 38. oceanos, suas mais de 800 bases e missões militares em ma Russeff com mais democracia, soberania nacional, 39. f cerca de 120 países, seus colossais gastos militares, que distribuição de renda e integração da América do Sul. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 9 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB A vitória de Dilma Russeff é sem dúvida um novo ção centrada em produtos primários; reduzir a elevada 2. a marco na continuidade das forças democráticas e pro- concentração da renda e do patrimônio; suplantar as 3. a gressistas no governo central, fruto da eleição de Lula a desigualdades sociais e as tensões no seio povo. Ter o 4. a presidente da República em 2002 e do desenvolvimen- desenvolvimento como fator de distribuição de renda 5. a to econômico brasileiro dos últimos 8 anos. e progresso social. Estabelecer reformas que univer- 6. a As forças democráticas e progressistas ampliaram salizem os direitos sociais; combater o racismo, a ho- 7. a sua representação no Congresso Nacional, no Senado mofobia, combater a intolerância religiosa, são temas 8. a e nos governos estaduais, o DEM que já teve 105 de- que a nova conjuntura coloca sobre os ombros dos 9. a putados federais hoje passa a ter 42, o novo governo trabalhadores para serem superados, e os profissionais 10. a incluindo todos os partidos da base tem 402 deputados da educação devem dominar e propagandear em todo 11. ambiente a luta por um novo ciclo civilizacional para o 1. a federais. As conquistas recentes na economia e na polí- 12. a tica não foram dádivas. O sindicalismo foi protagonista povo brasileiro. 13. a destes avanços e se cacifou para propor novas mudan- O socialismo está na ordem do dia? 14. f ças. Ele sempre defendeu o fortalecimento do mercado Do ponto de vista político ainda não. Mas do ponto 15. f interno, o reforço do papel do estado, a valorização do de vista histórico, a luta pelo socialismo está na ordem 16. f trabalho, a prioridade aos programas sociais e a sobe- do dia, principalmente no quadro de uma crise capita- 17. f rania. Nas 65 conferências promovidas pelo governo lista de caráter sistêmico que se agrava e leva a huma- 18. f Lula, que reuniram 4,5 milhões de pessoas em debates nidade ao confronto inevitável de escolher entre o rumo 19. f democráticos sobre os rumos do país, o sindicalismo socialista e alcançar novas conquistas civilizatórias, ou 20. f lutou por um novo projeto nacional de desenvolvimen- retroceder as formas inferiores de convivência social. 21. f to. No quadro brasileiro de crescimento econômico, 22. f O desafio na atualidade é conduzir o processo po- relações democráticas com o novo governo e amadure- 23. f lítico a um patamar mais promissor. O Brasil precisa e cimento do sindicalismo – confirma que o cenário atual 24. f tem condições de efetivar um Novo Projeto Nacional é bem mais favorável à luta dos trabalhadores por seus 25. f de Desenvolvimento com realizações arrojadas. Este direitos na perspectiva de abrir caminhos ao socialis- 26. projeto é chamado a suplantar os impasses e deforma- mo. Durante os anos de hegemonia neoliberal, os sindi- 27. f ções resultantes das vicissitudes da sua história política catos ficaram acuados devido à explosão do desempre- 28. f e socioeconômica. go e à regressão do trabalho, que fragmentou a classe e dificultou suas lutas. Hoje, é possível sair da retranca e 29. f Superar as contradições estruturais da propriedade 30. f latifundiária improdutiva ou de baixa produtividade; 31. f remover a defasagem da renda do trabalho em relação Para transformar o atual momento numa “jane- 32. f à renda do capital, que ocorre em proporção elevada. la de oportunidades”, o sindicalismo deverá também 33. f Não se constrói uma economia moderna e avançada, enfrentar seus próprios gargalos. Há sintomas preocu- 34. com um regime de trabalho desvalorizado e a redução pantes de crise que ainda persistem da fase do tsunami 35. f de direitos trabalhistas; transpor a condição de econo- neoliberal. Devido ao desemprego e à precarização, 36. f mia dependente e de desenvolvimento médio, na di- os sindicatos reduziram seu enraizamento nos locais 37. f visão internacional do trabalho imposta pelas grandes de trabalho. É urgente investir na organização sindical 38. f potências. Liberar-se da dependência econômica, cien- de base. O sindicato só é forte quando está presente 39. f tífica e tecnológica; ultrapassar a estrutura de produ- no coração da exploração, quando conta com ativistas 10 adotar táticas mais ofensivas, ousadas. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. a dispostos a mobilizar os trabalhadores na luta por seus o governo, ele necessita pressionar por mudanças na 2. a direitos, contra qualquer tipo de injustiça e opressão. política macroeconômica, superando o tripé neoliberal 3. a que contém o desenvolvimento. Outro sinal preocupante é o do afastamento da 4. a juventude. Com uma formação individualista e tecni5. a cista, os jovens não se sentem representados nos sin- POLÍTICA SINDICAL 6. a dicatos, não possuem uma cultura de valorização da A vitória eleitoral e política da coalizão encabeçada 7. a ação coletiva e desconhecem que seus direitos derivam pela candidata Dilma Roussef, primeira mulher eleita 8. a da luta de outras gerações. Para atingir esta juventu- para a Presidência da República, representa a continui- 9. a de, ainda tão distante, é preciso repensar a linguagem dade de um ciclo político progressista, alinhado com 10. a do sindicalismo, que está envelhecida, e as formas de as forças avançadas que governam importantes países 11. atuação. Só a luta economicista não motiva os jovens, latino-americanos, e traz a marca do protagonismo dos 12. a que procuram outras formas para se expressar – como movimentos sociais, particularmente do sindicalismo, 13. a a cultura e o lazer. nas grandes lutas políticas de interesse nacional e po- 14. f Um terceiro desafio é o de investir na formação pular. 15. f político-sindical, o que ajuda a oxigenar antigas li- A CTB propugnou pela unidade na ação desde sua 16. f deranças e a forjar novos líderes. A luta de idéias na fundação, compreendendo que o quadro sindical brasi- 17. f sociedade é cada dia mais complexa e dura. A mídia leiro havia passado por modificações qualitativas que 18. f manipula informações e deforma comportamentos. As apontavam para a construção da unidade não dentro de 19. f empresas investem na luta de idéias para seduzir os tra- uma única central sindical, mas através da convergên- 20. f balhadores. Sem um trabalho permanente, que municie cia de suas distintas concepções num espaço plural e 21. f as lideranças e estimule o senso crítico, o sindicalismo unitário de debate e encaminhamento das distintas re- 22. f ficará em desvantagem no embate ideológico – o que soluções políticas, consubstanciado hoje no Fórum das 23. f dificulta sua capacidade de mobilização e organização. Centrais e reafirmado no processo de construção da se- 24. f Por último, o sindicalismo necessita aprimorar 25. f seus meios de comunicação, seu contato diário com as Com firmeza de princípios e propósitos a CTB con- 26. bases. Sem repensar sua linguagem e sem utilizar to- tribuiu com as lutas pelo fim do Fator previdenciário, 27. f das as ferramentas hoje disponíveis (jornais, revistas, pelo reajuste dos aposentados e pela adoção de medi- 28. f programas de rádio e televisão, internet) será difícil en- das anticíclicas contra os efeitos devastadores da crise 29. f frentar a alienação e o ceticismo reinantes no meio dos mundial do capitalismo, barrando a ofensiva patronal 30. f trabalhadores, que prejudica a ação coletiva por seus e de direita que exigia redução de direitos, precariza- 31. f direitos. ção das relações trabalhistas, arrocho salarial e cortes gunda edição da CONCLAT. 32. f Agora é a hora de partir para ofensiva. De cobrar no orçamento das políticas sociais. Sempre mantendo 33. f as promessas de campanha e exigir mudanças urgentes um amplo e elevado debate político, ideológico e pro- 34. no país. O sindicalismo não pode se limitar à luta cor- gramático com as centrais sindicais co-irmãs, a CTB 35. f porativa e econômica. Ele precisa politizar suas bases comprovou na prática seu caráter amplo, unitário e 36. f e interferir nos rumos nacionais. No campo político, agregador. 37. f é urgente defender as reformas estruturais – agrária, Visto em retrospecto, o período comportado entre o 38. f urbana, educacional, política, tributária e de democra- XXX Congresso da CNTE e o próximo está repleto de 39. f tização da mídia. Ainda na sua relação autônoma com experiências importantes para o amadurecimento, con- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 11 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. a solidação e intervenção mais qualificada dos sindicatos edição da Conclat, encontro que aprovou a Plataforma 2. a e centrais sindicais na construção de um Novo Projeto da Classe Trabalhadora, documento que sintetizou as 3. a Nacional de Desenvolvimento. bandeiras do sindicalismo, propugnando as políticas a 4. a serem adotadas para a construção de um Novo Projeto Sob o Governo do Presidente Lula, não obstante 5. a a equivocada contra-reforma da Previdência e o veto Nacional de Desenvolvimento. 6. a ao fim do Fator Previdenciário ocorreram avanços e Cumpre também ressaltar o caráter vitorioso da 7. a conquistas de grande alcance e profundidade em favor CONCLAT e apontar como desafio premente à conse- 8. a dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil: legaliza- cução de seus objetivos: Crescimento com Distribuição 9. a ção das Centrais Sindicais, Política de Valorização do de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno; Valo- 10. a Salário Mínimo, retirada do projeto de flexibilização da rização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão 11. CLT, reajuste aos servidores públicos e aos aposenta- Social; Estado como Promotor do Desenvolvimento 12. a dos, ampliação facultativa da licença-maternidade para Socioeconômico e Ambiental; Democracia com Efeti- 13. a 180 dias, Promulgação da Convenção 151 da OIT, que va Participação Popular; Soberania e Integração Inter- 14. f trata da negociação coletiva no Serviço Público, Veto à nacional; Direitos Sindicais e Negociação Coletiva. 15. f Emenda 3. Portanto, como assinala o jornalista Altamiro Bor- 16. f No que concerne à Educação foram aprovadas leis ges “A eleição de Dilma Roussef barrou o retroces- 17. f de impacto real sobre a condição de trabalho e de vida so neoliberal, mas não garante por si só o avanço nas 18. f dos trabalhadores(as) em educação, como a que institui mudanças. Com autonomia e inteligência política, os 19. f o Piso Salarial Profissional Nacional para o Magistério movimentos sociais precisarão intensificar a pressão 20. f e a que reconhece na LDB os funcionários de escola para garantir seus direitos imediatos e futuros. A luta 21. f como profissionais da educação, além daquelas polí- de classes tende a se acirrar no Brasil.” 22. f ticas públicas voltadas a formação (Plataforma Freire, Cabe aos sindicatos e suas respectivas centrais, 23. f ProFuncionário) ou a derrubada da Desvinculação das ciosos que são da responsabilidade de garantir condi- 24. f Receitas da União (DRU) que contigenciava 20% dos ções políticas superiores para deslanchar um programa 25. f recursos da Educação pública brasileira. fundado no desenvolvimento, na valorização dos traba- Também é digno de nota o papel desempenhado lhos, na ampliação dos direitos e no fortalecimento da 27. f pelos sindicatos e movimentos sociais na realização e democracia e soberania, dar nitidez ao projeto com o 28. f aprovação do documento final da Conferência Nacio- qual a presidente foi eleita e definir prioridades. 29. f nal de Educação (CONAE), expressando uma pers- De imediato, se destacam medidas para enfrentar a 30. f pectiva de estabelecimento de um Sistema Nacional “guerra cambial” assegurando os interesses nacionais, 31. f de Educação que contemple as necessidades da clas- concluir a votação do marco regulatório do Pré-Sal 32. f se trabalhadora no que tange a elevação do seu nível com o regime de partilha, mais recursos para a saúde, a 33. f de escolaridade, o acesso e permanência em todos os aprovação da PEC-300 que dispõe sobre o piso salarial 34. níveis de ensino, na responsabilização do Estado com da segurança, aumento real do salário mínimo e redu- 35. f percentuais mínimos de investimento ção da jornada de trabalho para 40 horas semanais. 26. 36. f Interessa constatar que o fio condutor dessa con- Comporta ainda a luta pela efetiva aplicação do 37. f juntura foi a unidade das Centrais Sindicais, a partir princípio da negociação coletiva e regulamentação do 38. f do Fórum das Centrais, espaço político articulador das direito de greve no serviço público, instrumentos es- 39. f Marchas da Classe Trabalhadora e da exitosa segunda senciais para assegurar os legítimos direitos dos traba- 12 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Resoluções » 1. a lhadores no que diz respeito às suas campanhas sala- universidades públicas e a construção de novos campi 2. a riais e a conquista de direitos. universitários em várias regiões do país, conjugadas à 3. a Por fim, está posta a luta por Reformas de caráter políticas de concessão de crédito, estabelecimento de 4. a democrático, estruturantes para um Novo Projeto Na- quotas e reformulação do ENEM, recuperaram o papel 5. a cional de Desenvolvimento. É um importante mote de do Estado enquanto garantidor do direito à educação. 6. a lutas para o sindicalismo e que implica numa disputa Entretanto, após um período tão longo de abando- 7. a acirrada com a agenda regressiva que o empresariado no e sucateamento da educação pública, agravado pe- 8. a procura impor (especialmente nas questões sindical, los 8 anos do governo neoliberal de FHC/Paulo Renato, 9. a trabalhista e previdenciária) e com as concepções es- persiste um passivo acumulado que mesmo nos 8 anos 10. a querdistas que recusam compreender a justa relação en- do governo Lula não foram enfrentados e que exigi- 11. tre reforma e transformação social na atual conjuntura rá do próximo governo a definição de um projeto bem 12. a de enfrentamento ao neoliberalismo e ao imperialismo. mais ousado para enfrentar os problemas que afligem a 13. a Tais tarefas, sintonizadas e amalgamadas na expe- educação brasileira . 14. f riência da CONCLAT e de seu documento unitário – Só com um novo projeto de desenvolvimento na- 15. f Agenda da Classe Trabalhadora - compõe o cerne do cional, que inclua entre seus pilares uma reforma estru- 16. f debate e da ação sindical de cunho classista, democrá- tural da educação, que garanta, dentre outras questões: 17. f tico e emancipatório em favor dos interesses imediatos - mobilização nacional para erradicação do analfa- 18. f e futuros da classe trabalhadora. betismo no país; - expansão das escolas de tempo integral com base 19. f 20. f POLÍTICA EDUCACIONAL na concepção da escola unitária, possibilitando a nossa 21. f Os dois mandatos do presidente Lula levantaram 22. f o Brasil do chão. O país encontrou o caminho do 23. f crescimento econômico e do progresso social. 24. f A vida do seu povo só tem melhorado. 25. f A produção ganhou força, a oferta de emprego au- - valorização dos profissionais da educação com 26. mentou, os salários subiram. A democracia se fortale- reajuste do valor do piso de modo a garantir salários 27. f ceu, as entidades e os movimentos sociais passaram a compatíveis com a importância estratégica do exercí- 28. f jogar um papel de maior destaque no debate e na cons- cio do cargo para o desenvolvimento da nação; defini- 29. f trução das políticas públicas. ção de legislação que estabeleça diretrizes nacionais de juventude o acesso a todos os aspectos do conhecimento social e cultural; - implementação das propostas oriundas da CONAE; carreira, tendo como base os parâmetros da resolução 30. f Esse cenário, impulsionador do desenvolvimento 31. f e da inclusão social, possibilitou o estabelecimento de 32. f novas políticas educacionais, baseadas na ampliação de - definição de um projeto de enfrentamento às desi- 33. f direitos, assegurando a maioria do nosso povo o aces- gualdades regionais no campo educacional que deverá 34. so ao conhecimento anteriormente restrito às minorias ser utilizado no processo de aprimoramento do Exame 35. f privilegiadas. Nacional do Ensino Médio; do CNE e do projeto de lei 1592/2003; 36. f As mudanças no financiamento da educação, ga- - inclusão de recursos no PAC destinados a refor- 37. f rantindo ampliação de recursos de 19 bilhões em 2003 mas e construção de novas escolas que atendam a todas 38. f para 59 bilhões em 2010, a expansão da educação as necessidades fundamentais para construção de um 39. f profissional e tecnológica, a ampliação de vagas nas espaço pedagógico; 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 13 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB - garantia de um processo mobilizador da socieda- No momento em que um novo governo assume, é 2. a de na discussão do novo Plano Nacional de Educação necessário avançarmos na luta pelo Piso, mantendo a 3. a de modo a possibilitar tanto a definição de diretrizes e pressão no STF, aprimorando a forma de reajuste e o 4. a metas compatíveis com as necessidades reais da educa- valor do Piso, garantindo uma legislação que assegure 5. a ção pública brasileira na atualidade, quanto criar condi- diretrizes nacionais para a carreira e a retomada do de- 6. a ções para que ocorra o acompanhamento da sociedade bate da ampliação da lei para que possamos assegurar 7. a no que diz respeito a sua efetivação. o Piso para todos os profissionais da educação, e as- 1. a 8. a É Preciso Avançar na Luta pelo Piso Salarial segurar no Plano Nacional de Educação propostas que 9. a Profissional Nacional retirem esses profissionais do patamar daqueles com 10. a mais baixa remuneração entre os servidores públicos 11. A aprovação da lei 11.738, resultado de um longo processo de disputas, mobilizações e negociações, foi 12. a uma importante conquista para os profissionais do ma13. a gistério, e em particular,um poderoso instrumento de brasileiros. O Fortalecimento da Luta pela Profissionalização e Valorização dos Funcionários de Escola 14. f distribuição de renda em municípios onde os salários Desde o processo de unificação, que resultou na 15. f do magistério sequer chegavam ao valor do salário mí- transformação da CPB em CNTE, nunca se avançou 16. f nimo. tanto na construção da identidade profissional desse segmento da nossa categoria, que muitas vezes foi dis- 17. f Sua aprovação foi imediatamente combatida pelas 18. f forças conservadoras, que têm o interesse ideológico 19. f em manter a educação pública em um patamar que di- A definição de uma política de formação para os 20. f ficulte a formação de sujeitos protagonistas da emanci- funcionários, coordenada pelo MEC em parceria com 21. f pação social. diversas instituições, inclusive a CNTE, motivou a ade- criminado em seu próprio ambiente de trabalho. 22. f A ADIN, encaminhada ao Supremo Tribunal Fe- são dos funcionários de várias regiões do Brasil, que 23. f deral, além de gerar, como sempre ocorre no STF, um encontraram no Profuncionário a oportunidade de ad- 24. f longo processo de espera, criou um argumento para quirir o conhecimento técnico em várias áreas relacio- 25. f prefeitos e governadores desinteressados na implanta- nadas à sua atuação, lançando a perspectiva de inves- 26. ção da lei. timento cada vez maior em sua formação profissional 27. f Mesmo aqueles governantes cuja bancada apoiou e revigorando a luta pelo desenvolvimento na carreira. 28. f na Câmara e no Senado a aprovação da lei, utilizaram- A profissionalização também aguçou a consciência 29. f -se de mecanismos contábeis para efetivar a implanta- de classe, resultando em um processo de maior partici- 30. f ção do Piso, reformulando políticas de gratificações e pação nas lutas sindicais e intensificou o sentimento de 31. f redefinindo percentuais nos planos de cargos, carreiras que somos todos trabalhadores em educação, enfren- 32. f e vencimentos, tornando o Piso em um quase salário tando os mesmos desafios e movidos pela mesma ne- 33. f único, desconsiderando a formação, o tempo de serviço cessidade de transformação social. 34. e a jornada. A CONAE e a Mobilização em Defesa da Educação 35. f Diferentemente da política de reajuste do salário A mobilização deflagrada em torno do debate da 36. f mínimo que vem sendo discutido com as centrais sindi- Conferência Nacional de Educação, embora realizada 37. f cais, o MEC não contribuiu com o fortalecimento da lei no último ano do governo Lula, possibilitou que esta- 38. f ao publicar que, com o último reajuste, o valor atual do dos e municípios colocassem a discussão sobre as po- 39. f Piso seria de 1024 reais para uma jornada de 40 horas. líticas educacionais entre as prioridades institucionais. 14 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Trabalhadores em educação, estudantes, pais e desmascarar mais essa farsa, apresentada como alterna- 2. a mães, gestores e representantes de diversas entidades, tiva para solucionar os graves problemas educacionais 3. a a partir dos eixos do documento referência, aprofun- brasileiros. 1. a 4. a daram o debate sobre a educação brasileira, resultando 5. a em um processo de construção coletiva de propostas 6. a que fortalecem a construção do sistema nacional arti- BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO Consideramos que a atividade desenvolvida pela 7. a culado de educação. CNTE no campo educacional, sindical e político no úl- 8. a Entretanto, é necessário garantir a mobilização per- timo período foi positiva. A Confederação manteve sua 9. a manente para que as propostas resultantes desse debate postura de independência e autonomia nas suas ações 10. a nacional sejam a referência para a definição das polí- e opiniões, sem deixar de dialogar com os diferentes 11. atores sociais e políticos. ticas educacionais e para a formulação do novo Plano Articulando as lutas de massas, nas greves, para- 12. a Nacional de Educação. 13. a O Avanço da Meritocracia lisações e mobilizações, com as disputas nos espaços 14. f Apesar do povo brasileiro ter derrotado por três ve- institucionais e a afirmação de suas concepções ideoló- 15. f zes consecutivas o retorno dos condutores do modelo gicas e programáticas, a CNTE viabilizou a aprovação 16. f neoliberal ao poder central, ainda persistem e ganham do FUNDEB e do Piso Salarial do magistério, o reco- 17. f força as propostas de adoção dos métodos mercadoló- nhecimento dos funcionários de escola como profissio- 18. f gicos da qualidade total para o gerenciamento dos ser- nais da educação, a convocação de uma Conferência 19. f viços públicos. Nacional de Educação e a construção de políticas nacionais de formação para professores e funcionários. 20. f Na educação, inclusive, propaga-se o discurso de 21. f que não há o que redefinir em termos de políticas e Obteve êxito na derrubada da DRU na Educação e 22. f financiamento, pois o desafio na atualidade está rela- na luta pelo estabelecimento de diretrizes nacionais de 23. f cionado a adoção de técnicas gerenciais capazes de ga- carreira para docentes e não-docentes. E, no seu pró- 24. f rantir a produtividade, e o cumprimento das metas por prio seio, desenvolveu políticas de formação sindical, 25. f parte dos trabalhadores. de prevenção e combate a DST/AIDS, de luta pelos O mérito passa a ser o parâmetro definido para o direitos da mulher através de publicações e participa- 27. f desenvolvimento na carreira, e a premiação aos que ção nos fóruns e Conselhos. Esteve firme na defesa dos 28. f atingirem as metas é o artifício utilizado para arrefecer Direitos Humanos, no respeito à diversidade sexual 29. f a luta pela valorização profissional e conquistar a apro- através da formação do Coletivo LGBT e no necessário 30. f vação da população. debate sobre a saúde dos trabalhadores em educação. 26. 31. f Há empresas no mercado especializadas na im- Foi notável o empenho da CNTE na construção da 32. f plantação e acompanhamento desse modelo gerencial, CONAE. Com a realização da 7° Conferência de Edu- 33. f à exemplo do INDG- Instituto de Desenvolvimento cação da CNTE deu-se a preparação teórica e mobili- 34. Gerencial- que se intitula “A maior Organização de zatória para a disputa política observada na CONAE. 35. f Consultoria em Gestão Empresarial do Brasil”, e que Cumpre registrar que a articulação da CNTE com ou- 36. f já conquistaram mentes e corações de vários chefes do tras entidades e organizações do campo educacional, 37. f poder executivo. sindical e popular permitiu a aprovação de um docu- 38. f O combate a esse modelo exigirá uma atuação 39. f firme e unitária do movimento sindical no sentido de 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em mento final avançado, subsídio valioso ao novo PNE e ao SNAE. Educação 15 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB A luta central que perpassou a gestão que ora se pela atual gestão. Também merece destaque a preocu- 2. a encerra foi, sem dúvida, a da aprovação e aplicação pação com o debate e a intervenção quanto à questão 3. a integral do PSPN. Em que pese a morosidade do Judi- da saúde dos trabalhadores e trabalhadoras em educa- 4. a ciário, a CNTE ocupou as ruas, realizou atos, greves e ção, sublinhando a realização de seminário nacional 5. a paralisações em defesa do Piso e pressionou o Execu- específico sobre o tema, bem como a publicação de um 6. a tivo e o Legislativo para que se empenhassem na sua Caderno de Educação sobre saúde e a formação – em 7. a implementação. caráter pró tempore – do Coletivo de saúde da CNTE. 1. a Também foi digno de nota a luta pelo reconheci- Através das Semanas em Defesa e Promoção da 9. a mento dos funcionários de escola como educadores Educação Pública demos continuidade ao rico processo 10. a profissionalizados, bem como a articulação desenvol- de construção coletiva dos fundamentos basilares para 11. vida pela CNTE para garantir – ainda enquanto política a efetiva realização dos preceitos constitucionais que a 12. a de governo – a sua devida formação por intermédio do cidadania reclama. A ampliação do número de entida- 13. a ProFuncionario. Os encontros regionais e o nacional des afiliadas à Confederação representou um fortale- 14. f dos funcionários de escola alçou a luta destes educa- cimento não só da própria CNTE, como proporcionou 15. f dores a um patamar mais politizado e consentâneo às uma presença mais próxima e cotidiana junto à redes 16. f suas exigências. municipais. 8. a 17. f Igual desenvoltura teve a Confederação na luta Desapegada de um estreito corporativismo, a atual 18. f pela aprovação de diretrizes de carreira para docentes e gestão envolveu-se em questões relacionadas a cida- 19. f não-docentes que significassem verdadeira valorização dania. A participação no Programa SPE, o combate ao 20. f profissional e estímulo ao ingresso na Educação. Em trabalho infantil e o apoio ao movimento Ficha Limpa 21. f relação aos aposentados, a CNTE promoveu pesquisa ilustram a aspiração da CNTE em dialogar e construir 22. f e encontros que forjaram uma plataforma de luta e mo- ações para além das pautas sindicais e laborais. 23. f bilização exeqüível e coerente, capaz de empolgar um A CNTE acertadamente aprovou nas suas instân- 24. f segmento vital em toda e qualquer entidade sindical. cias não só o apoio a candidaturas do campo popular e 25. f Também envidou máximo esforço para proporcionar democrático, como estabeleceu um parâmetro objeti- 26. às suas afiliadas um programa de formação sindical vo: a aceitação, por parte dos candidatos, do documen- 27. f atualizado, contemporâneo e de corte classista. Não to “Compromisso com a Educação de Qualidade”. 28. f obstante, a consolidação da escola de Formação (ES- Apesar de sua amplitude e desprendimento, alguns 29. f FORCE), através da organização de seminários (PDE, gargalos precisam ser superados: a limitada articulação 30. f Novo Ensino Médio, etc) e da publicação periódica da com as pautas e mobilizações mais gerais do movimento 31. f Revista Retratos da Escola, respondeu a demanda por sindical e social e a unidade com outras entidades edu- 32. f uma intervenção política e científica da Confederação cacionais pode e deve ser aprimorada, realçando a com- 33. f na salutar disputa de idéias, concepções e projetos. preensão do papel estratégico da Educação como fator No tocante às políticas de gênero, a publicação da de desenvolvimento e emancipação social. Uma maior 35. f Revista Mátria, a participação em diversos fóruns de aproximação e presença nas ações desencadeadas pelo 36. f debate e formulação e a presença no CNDM foram a Fórum das Centrais Sindicais e pela CMS e, de modo 37. f tônica da ação sindical da CNTE. De modo semelhante, similar, uma atuação conjunta com CONTEE, PROI- 38. f as questões relacionadas à raça/etnia, orientação/diver- FES, FASUBRA, UNE, UBES e demais entidades liga- 39. f sidade sexual e direitos humanos foram contempladas das visceralmente à educação potencializa uma saudável 34. 16 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Resoluções » 1. a energia social e política para avançarmos na luta por um 6. Defesa de um desenvolvimento harmônico e integra- 2. a país mais justo, igualitário, democrático e soberano. do, com a adoção de medidas que possibilitem a 3. a redução das desigualdades regionais; Cabe apontar algumas questões desafiadoras para 4. a a conjuntura imediata: aplicação do Piso, garantia das 7. Combate às opressões e discriminações que envol- 5. a carreiras, melhoria da qualidade de ensino, financia- vam o desrespeito à liberdade religiosa e à livre 6. a mento adequado, formação profissional e aprovação de orientação sexual; 7. a um novo PNE que institua um SNAE sintonizado com 8. Reforma política que assegure o pluralismo parti- 8. a manutenção e ampliação dos direitos sociais, traba- dário, fortaleça os partidos e amplie a liberdade 9. a lhistas, previdenciários e democráticos, unindo num só política, assegurando o financiamento público de 10. a movimento as lutas gerais com as específicas, descorti- campanhas; nando um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimen- 9. Reforma dos meios de comunicação que fixe meca- 12. a to, com valorização do trabalho, distribuição de renda, nismos de controle social e reveja os critérios de 13. a inclusão social, democracia e soberania. concessão; 11. 10. Reforma tributária que desonere a produção e o tra- 14. f 15. f PLANO DE LUTAS balho e seja direcionada para a redução das desi- 16. f Para seguir avançando nas conquistas a CNTE precisa gualdades regionais e sociais; 17. f continuar os esforços para melhorar a organização dos 18. f trabalhadores, em especial os da Educação, e reforçar improdutiva e aproveite as parcelas de terras devo- 19. f o Plano de Lutas para os próximos anos, neste sentido lutas do Estado; 20. f propomos: 21. f 1. Defesa do Socialismo como único caminho para a nal articulado de educação pública, que universali- 22. f retomada dos avanços civilizacionais da humani- ze o ensino básico, democratize o acesso ao ensino 23. f dade; superior e exerça o controle público sobre o ensino 11. Reforma agrária que elimine a grande propriedade 12. Reforma educacional que fortaleça o sistema nacio- 24. f 2. Defesa da construção de um Estado democrático e privado e garanta que a educação seja fator de su- 25. f inovador de suas instituições; um país de alta tec- peração da desigualdade social, fortalecendo a luta 26. nologia, avançado na indústria do conhecimento e pela erradicação do analfabetismo; 27. f grande produtor de alimentos e energia; 28. f 29. f 13. Reforma urbana que garanta o direito à moradia de 3. Vida digna para o povo: iguais oportunidades e uni- qualidade com saneamento básico, transporte coletivo, segurança, esporte e lazer; versalização dos direitos básicos; 30. f 4. Aprofundamento e consolidação da integração da 14. Fortalecimento do SUS e da Seguridade Social de 31. f América do Sul e das parcerias estratégicas em modo a garantir o preceito constitucional de acesso 32. f âmbito mundial; universal à proteção social em todos os ciclos da 33. f 5. Valorização do trabalho com a democratiza- vida; 15. Lutar contra a opressão da mulher decorrente da 34. ção do sistema de relações trabalhistas, com 35. f o aperfeiçoamento e atualização da CLT, ga- lógica do capital e do preconceito de gênero; 36. f rantia da organização sindical por local de tra- 16. Lutar pela defesa da autodeterminação dos povos; 37. f balho e ampliação dos direitos trabalhistas; 17. Lutar pela retirada das bases estrangeiras da Améri- 38. f 5.1. Luta pela redução constitucional da jornada de 39. f trabalho sem redução salarial; 31o Congresso Nacional dos ca Latina e Caribe; 18. Lutar contra o imperialismo, defender a paz mun- Trabalhadores em Educação 17 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. a dial, a integração da América Latina, a solidarieda- âmbitos: educação infantil, ensino médio e ensino 2. a de a Cuba, à revolução bolivariana da Venezuela, superior; 3. a ao governo de Evo Morales, na Bolívia, aos povos 32. Lutar contra a mercantilização do ensino; 4. a do Iraque, da Palestina e a todos os povos e nações 33. Lutar pela instituição do Sistema Nacional de Edu- 5. a que são vítimas da opressão imperialista. Pela sa- 6. a ída das tropas brasileiras do Haiti, por uma socie- 7. a dade socialista; cação; 34. Trabalhar pela elevação significativa do grau de escolaridade da classe trabalhadora destacando parte 8. a 19. Lutar contra a desestabilização dos governos demo- da jornada remunerada de trabalho para a educa- 9. a cráticos e populares da América Latina, contra os ção; 10. a Golpes de Estado, a exemplo de Honduras; Defesa 11. da Amazônia como patrimônio nacional; balho de crianças e menores adolescentes; 12. a 20. Pela democratização e o fortalecimento das forças 13. a 14. f 15. f 35. Lutar pela erradicação do trabalho escravo e do tra36. Priorizar a luta pela educação pública, gratuita, de qualidade e laica para todos e todas. Estabelecer a armadas; regulamentação das escolas privadas. Batalhar por 21. Redução da jornada de trabalho sem redução de sa- creches públicas e escolas de tempo integral, bem lário; 16. f 22. Rejeitar todo e qualquer tipo de retrocesso nas re- 17. f gras da Previdência Social, defender a Previdência 18. f Pública, a universalização dos benefícios e o fim 19. f do fator previdenciário; como pela valorização dos profissionais de educação; 37. Defender novas contratações no setor público; a valorização do servidor; a realização de concursos 20. f 23. Participar ativamente da construção da unidade públicos; a ratificação da Convenção 151 (que ga- 21. f da classe trabalhadora, participando das lutas pro- rante aos servidores o direito à negociação coleti- 22. f postas pela CMS, pelas Centrais Sindicais e pelos va); a instituição de mesas de negociação perma- 23. f demais movimentos que defendem os direitos dos nente em todos os Estados e municípios; a denún- 24. f trabalhadores e trabalhadoras; cia e o combate sem trégua à terceirização; 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 24. Garantir o direito irrestrito de greve, coibir as prá- 38. Acabar com a política de arrocho fiscal, utilizando os recursos esterilizados no superávit primário para ticas anti-sindicais; ampliação dos investimentos públicos na infraes- 25. Defender a valorização dos aposentados e pensio- trutura produtiva e social, bem como em ciência, nistas (públicos e privados); pesquisa e tecnologia; 26. Defender a saúde do trabalhador e da trabalhadora 39. Acabar com as restrições impostas pela Lei de Res- e a efetiva segurança no trabalho; 31. f 27. Em defesa do Estado laico; ponsabilidade Fiscal aos gastos e investimentos 32. f 28. Contra os monopólios midiáticos; públicos.» Solidariedade à resistência dos povos 33. f 29. Pela universalização da internet banda larga, feita palestino, libanês, iraquiano, afegão e de todos os 34. 35. f 36. f povos que lutam pela sua soberania e autodetermi- pela Telebras; nação, contra os ataques imperialistas. 30. Pela democratização de todos os meios de comunicação; ESTATUTO 37. f 31. Educação pública, gratuita e de qualidade para to- 38. f dos, com a universalização do acesso, promoção da 39. f qualidade e incentivo à permanência nos diversos §3º - Da decisão que concedeu a filiação cabe recurso 18 1. Incluir o §3º no art.3º, com seguinte redação: 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Resoluções » 1. a ao Conselho Nacional de Entidades, que poderá ser de 2006) e a ampliação da licença-maternidade de seis 2. a feito por qualquer terceiro interessado, no prazo de até meses (Lei 11.770 de 9 de setembro de 2008), duas 3. a dois anos. conferencias para avaliar e definir as políticas para as 4. a 2. Suprimir a letra “h” do art. 4º. mulheres são exemplos significativos, mas ainda há 5. a 3. Suprimir o §2º do art.4º. muito que se fazer para tornar a relação entre homens e 6. a 4. Adicionar no art.12 o §4º com a seguinte reda- mulheres menos desigual. 7. a ção: §4º - Para efeito de determinação da quantidade Apesar disto violência doméstica contra mulheres 8. a de delegados da entidade será utilizado o número de é maior que a violência urbana. No trabalho, o assédio 9. a sócios desta quites com suas obrigações há 06(seis) sexual e o assédio moral, também se caracterizam como 10. a meses do Congresso. outro tipo de violência afetando a vida profissional e 11. 5. Substituir a letra “n” do art.21, que passa a ter a afetiva das mulheres. Isto agrava em especial a saúde 12. a seguinte redação: n) eleger substituto(a) para a vacân- laboral das trabalhadoras em educação, que ficam cada 13. a cia na Diretoria Executiva e Conselho Fiscal da CNTE vez mais vulneráveis à Síndrome do Burnout. A lei 10. 14. f quando não houver mais suplentes eleitos, respeita- 224/01 trata do assedio sexual como crime e estabelece 15. f da a proporcionalidade do Congresso que os elegeu. a pena de um a dois anos de detenção. Não conseguimos superar a violência contra a mu- 16. f 17. f POLÍTICAS PERMANENTES lher no movimento sindical. A segregação, o assédio 18. f A emancipação das mulheres é fundamental para moral e sexual, o desrespeito às opiniões, o alijamento 19. f o progresso social. Seu imenso potencial de tantas for- do poder de decisão, dentre outras práticas machistas, 20. f mas reprimido apesar dos avanços, sustenta em grande são problemas recorrentes dentro das entidades sindi- 21. f parte a acumulação capitalista. cais. Não podemos ficar indiferentes a esta realidade. O combate a estas práticas deve estar aliado a um pro- 22. f Esta luta é em primeiro lugar, delas próprias. En- 23. f tretanto, a transformação nas relações entre gêneros e 24. f a igualdade integral de direitos, na lei e na vida, asse- A luta das mulheres tem dimensão relevante em 25. f gurar tais direitos na esfera do trabalho, da educação e 2011. Com a eleição de Dilma Roussef, abre-se uma 26. saúde, e adotar políticas públicas de combate à violên- importante oportunidade para o fortalecimento da luta 27. f cia praticada contra as mulheres necessitam do empe- pela igualdade. No Brasil a questão de gênero ainda 28. f nho da sociedade como um todo. não atingiu a dimensão de massas, por isso, ser presi- cesso de formação. 29. f Foram muitos os avanços já alcançados. Somos dido por uma mulher, é algo particularmente relevante. 30. f hoje aproximadamente 50% das ocupações no mercado Por outro lado, a campanha eleitoral trouxe também 31. f de trabalho e já há maior diversificação nas atividades a primeiro plano, de maneira distorcida, a questão do 32. f desempenhadas, o que lhes confere maior autonomia aborto e da religião, e nas redes sociais a homofobia. 33. f econômica e confere o papel de provedoras e chefe de 34. família em um número crescente. O debate ideológico sobre a questão do aborto nas eleições deve ser substituído pelo debate político para 35. f A luta social - de homens e mulheres - no País já que possamos ter avanços neste tema. O aborto deve 36. f produziu significativos avanços em defesa e garantia ser entendido como problema de saúde pública. Preci- 37. f dos direitos das mulheres. A partir desta frente de luta samos defender a descriminalização e legalização do 38. f no governo Lula, os avanços na legislação trabalhis- aborto para evitar o grande número de morte de mulhe- 39. f ta, a Lei Maria da Penha (Lei 11.340 de 7 de agosto res Da mesma forma o combate à homofobia e os de- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 19 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. a safios de maior inserção da mulher na política também Para que possamos avançar nas conquistas de gê- 2. a são desafios no debate de gênero. nero e raça precisamos construir uma agenda que prio- 3. a rize: Num ano com disputas eleitorais tão importantes – 4. a quando elegemos a primeira presidente da história do • Desenvolvimento do país, a superação das de- 5. a país – ainda estamos numa posição muito ruim nos es- sigualdades regionais e sociais e a ampliação 6. a paços de poder. No ranking mundial, o Brasil é o 107º da democracia. 7. a colocado entre 187 países. Entre as Américas, o país • minirreforma política. 8. a fica na frente apenas da Colômbia, do Haiti e de Beli9. a ze. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram • e distritais. Mantivemos apenas 9% de mulheres na Câ- Combate à violência contra a mulher, inserindo-se na luta dos movimentos femininos. 10. a eleitas 44 deputadas federais e 136 deputadas estaduais 11. Exigir o cumprimento de cotas, aprovada na • Apoiar as denúncias de assédio sexual e moral jurídica e politicamente. 12. a mara. • Programa preventivo de combate às doenças 13. a Segundo o “Índice Global da Igualdade de Gêne- 14. f ro”, um relatório anual elaborado pelo Fórum Econô- do trabalho com especial atenção às doenças 15. f mico Mundial, O Brasil ocupa a 85ª posição entre os inerentes às mulheres. 16. f 134 países analisados. Na série histórica, perdemos 17. f posições ano a ano. Entre 2006 e 2010, saímos da 67ª social da mulher, combatendo os estereótipos 18. f entre 115 países, para 85ª entre 134 países, respectiva- de gênero. 19. f mente. • • Inserir-se na luta pela valorização da imagem Lutar contra o desemprego, pela campanha da redução da jornada de trabalho sem redução do 20. f Apesar do avanço que foi a aprovação na minirre- 21. f forma política o preenchimento das listas dos partidos 22. f no mínimo 30% dos candidatos a cargos legislativos 23. f nos partidos sejam mulheres, que 10% dos programas carização e flexibilização do trabalho, bem 24. f partidários tenham mulheres e que 5% do fundo parti- como contra a retirada de direitos trabalhistas 25. f dário seja direcionado à formação e capacitação femi- já conquistados; 26. nina para a política, nesta eleição conseguimos muito 27. f pouco no que tange à superação dessa questão, apesar lher e para que o trabalho no âmbito doméstico 28. f das campanhas realizadas em especial pelo Ministério e familiar seja compartilhado e de responsabi- 29. f de Políticas para as Mulheres. lidade também do Estado através de políticas salário e sem flexibilização laboral. • • Lutar contra o trabalho informal, contra a pre- Lutar contra a dupla jornada de trabalho da mu- públicas; 30. f Portanto, a grande questão do abismo de gênero 31. f no Brasil é a sub-representação feminina na política, • Lutar pela melhoria das condições de trabalho; 32. f sendo a sub-representação das mulheres negras ainda • Promover relações de trabalho não discrimi- 33. f mais grave. 34. natórias, com equidade salarial e de acesso a cargos de direção; Mesmo com os avanços com a criação do Minis• Combater a violência de gênero, racial e ho- 35. f tério da Igualdade Racial, a discussão do Estatuto da 36. f Igualdade Racial, a população negra como um todo mofóbica no trabalho, bem como o assédio se- 37. f está na margem da riqueza produzida pela sociedade xual e moral; 38. f brasileira. A concentração do poder político e econômi- 39. f co impede a democracia social. 20 • Considerar as singularidades de gênero, de raça, de geração e de classe nas ações e polí- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Sindical Classista - CSC/CTB Resoluções » 1. a ticas de inserção das mulheres no mercado de ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: 2. a trabalho; Antonieta Trindade –PE. Alex Saratt – RS. Isis Tava- Criar equipamentos públicos de qualidade que res – AM. Rui Oliveira- BA. Odair José – MA. Rosália 4. a permitam a liberação das mulheres para o ple- Fernandes - RN. Wilson Macedo – PE. Valéria Silva 5. a no exercício profissional; – PE. Washington Buenos Aires- PE. Zélito Passavante Defender a educação pública, gratuita, de qua- – PE. William Menezes- PE. Noel Albertim- PE. Ana 7. a lidade social, unitária e incorporar a perspecti- Cristina David de Souza – PE. Aurivânia Farias – PE. 8. a va de gênero, raça, etnia e orientação sexual no Rosalena Santos- PE. Eliane Raimundo- PE. Lindinal- 9. a processo educacional formal e informal; va Ferreira- PE. Maria do Carmo Botelho- PE. Inês Ri- A luta antiimperialista e anticapitalista e a luta beiro – PE. Maristela Ângelo – PE. João Eudes – PE. pelo socialismo; Fernanda Ângelo- PE. Edite Jovina Nascimento – PE. Continuar a luta pelo aumento continuo do Iranadja Andrade Lima – PE. Ana Maria Marques- PE. 13. a salário mínimo e contra as desigualdades sala- Joaquim Pontes Neto- PE. Georgos Assunção – PE. 14. f riais, constantes na vida das mulheres. Nagib Nunes de Melo- CE. Maria do Socorro Albu- Interagir mais com outros segmentos do movi- querque- CE. Gorethi Soares Oliveira- CE. Antonio 16. f mento social na luta contra o racismo, precon- Luiz Sampaio- CE. Antonio Ferreira dos Santos- CE. 17. f ceito, discriminação e exclusão. Antonio Júlio Pinheiro- MA. Antonia Benedita Perei- Acompanhar o debate das reformas da Agenda ra- MA. Edinaldo Sousa da Silva- MA. Janice da Sil- 19. f 120 Anos da abolição, apresentar propostas e va Néry- MA. Júlio César Rego Guterres- MA. Lilian 20. f garantir resultados positivos para a demanda maria veloso costa- MA. José dos santos brussio- MA. 21. f anti-racista. Williandckson azevedo – MA. Maria de lourdes caR- Garantir acesso e permanência universal até Neiro da fonseca- MA. Maria EuniCE cAMpos brus- 23. f o ensino médio a todos brasileiros, ampliar o sio- MA. José Chaves da silva – ac. Ricardo Kleyson 24. f acesso e permanência ao ensino superior para da Silva –AC, Andréa Alab de oliveira – AC. Antonio 25. f população negra e pobre Matias da Costa Filho- ac. João Evangelista Gomes – Reforma do currículo escolar, que atenda a di- AC; Mozinete Maria do Nascimento –AC. Elza Souza versidade cultural brasileira. Melo – BA. Sonia Real Pereira – BA. Jorge Carneiro Melhorar a qualidade da educação investindo – BA. Valdice Edington- BA. Ivone Alves- BA. José prioritariamente nos seus profissionais. Lourenço Souza – BA. Gercyjalda Rosa da Silva – BA. Reforma política ampla, privilegiando a trans- Noildo Gomes – BA. Ivana Maria Cabral- BA. Zai- 31. f parência na gestão pública, fortalecimento dos neide dos Santos – BA. Jane dos Santos – BA. Mo- 32. f partidos políticos, da democracia participativa, nica Maria Santana- BA. Marilene dos Santos Betros 33. f ampliar a presença de negros e mulheres nas – BA. Bárbara Virginia Virgens - BA. Paulo Bonfim F. 34. três esferas de governo. da Silva – BA. Nivaldino Felix – BA. Hercia Azevedo Defender o cumprimento do Decreto Presiden- – BA. Clovis Rios – BA. Cleber Resende – PA. Mairo 36. f cial 4887/03 que estabelece regras para regula- Bentes- pa. Luzia canuto – PA. Divino miltom – PA 37. f rização de terras ocupadas por remanescentes Francisco das Chagas – PA Raquel Guisone – SP. João 38. f de quilombos. Antonio Donizato de Carvalho –SP. Francisca Pereira 3. a 6. a 10. a • • • 11. 12. a 15. f 18. f 22. f 26. • • • • • 27. f 28. f • 29. f 30. f 35. f • • – SP. Carmem Luiza Urquiza - SP. Terezinha de Jesus 39. f 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 21 Caderno de Resoluções » Corrente Sindical Classista - CSC/CTB 1. a - SP. Márcio de Oliveira - SP. Jovina Maria da Silva - Wagner ribeiro - MG. João carlos alves arêas - MG. 2. a SP. Alberto Cristiano Soares - AM. Alfredo Farias da Rafael calado Alves Pereira - MG. Maysa Salgado de 3. a Rocha - AM. Ana Alzira Gualberto - AM. Ana Rita Faria - MG. Aparecida Gregorio e da Paixão - MG. 4. a Souza dos Santos - AM. Carlos Alberto de Sousa Mo- Nalbar Alves Rocha -MG. José Carlos Madureira Si- 5. a rais - AM. Cleber de Oliveira Ferreira - AM. Deuze queira – RJ. Regina Celis - RJ. Josenildo Mucio sePE 6. a Maria Caridade Maquine - AM. Djanira Gualberto da - RJ. Edson Braga – RJ. Christini Marcelino – RJ. Sil- 7. a Costa - AM. Eliana Maria Teixeira de Assis - AM. Eny vana Carneiro - RJ. Aria Lourenço ( Zezé ) - RJ. An- 8. a Gadelha Cardoso - AM. Fátima Maria Serrão Leite - tonio Carlos SEPE Itaperuna - RJ. Solange Carvalho 9. a AM. Graziela Maria Pinheiro Sarmento - AM. Helena - RS. Luciana Campos – RS. Ana Paula Santos – RS. 10. a Pinto Marinho - AM. Isis Litaiff de Souza - AM. Je- Teresinha Castoldi - RS. Luis Etevaldo da Silva– RS. 11. zanias Rosa de Souza - AM. João Batista de Castro Arnildo Moscato – RS. Frank de Moraes Hames - RS. 12. a - AM. João Menezes de Lacerda Junior - AM. José de Susana Pereira Cabral – RS. Gerusa Elena Möller – 13. a Araújo Daide - AM. José Roberto de Souza Maciel - RS. Marisa Telexa – RS. Magda Suzana– RS. Dartag- 14. f AM. Karlson Klinger G. Santos - AM. Leia Dorotéia nan d´Agostini – RS. Rafael Zaydtka – RS. Patrícia 15. f de Castro - AM. Madalena Alves de Farias - AM. Ma- Tessaro – RS. Paulete Souto – RS. Marcio Dejalmo 16. f dalena BArbosa albuquerque - AM. Manoel Paixão – RS. Alessandra Bohm – RS. Cleber Custódio Duarte 17. f Freitas da Costa - AM. Marcus Libório de Lima - AM. – RS. Enilson Pool – RS. Luiz Afonso Medeiros – RS. 18. f Margarida A. Pereira - AM. Maria Adiene Martins Ro- Aldeirton Pereira Diniz – RN. Maria do Carmo (Car- 19. f mão - AM. Maria Auxiliadora F. Santos - AM. Maria minha) – RN. Edson Moreno – RN. Manoel Barbosa 20. f Auxiliadora Rodrigues - AM. Maria da Conceição de (Ramos) – RN. Maria Rosa – RN. Severino Barbosa 21. f A. Cerdeira - AM. Maria do PErpétuo s. Silva Rojas (Manu) – RN. Roberto Sérgio – RN. Pedro Filho Fla- 22. f - AM. Maria do Perpétuo Socorro R. Batista - AM. viano – RN. Miriam Estevam – RN. 23. f Maria do Socorro da Silva Muñoz - AM.Maria Euni- 24. f ce Gil de Carvalho - AM. Maria Gorete Barbosa da 25. f Silva - AM. Maria Lindalva Magalhães- AM. Mário 26. Jorge Pereira Amaro - AM. Marlene Maria de Carva- 27. f lho Braga - AM. Mauricélio Correia Campos - AM. 28. f Nazaré de Oliveira Campos - AM. Nazaré do Socorro 29. f do Espirito S. Ruiz - AM. Olinda Maria da Conceição 30. f Miguel filho - AM. Pedrina Manoel dos Santos - AM. 31. f Raimunda de souza gomes - AM. Raimundo de Matos 32. f Vieira - AM. Raimundo Hamililton M. Guimarães - 33. f AM. Raimundo Torres Albuquerque - AM. Raimundo 34. Trindade V. Costa - AM. Sebastião Chagas Padilha da 35. f Silva - AM. Sidney Barata de Aguiar - AM. Sidney 36. f Oliveira Miranda - AM. Fabrício dos Santos Vieira - 37. f AM. Tenner Inauhiny de Abreu - AM. Teresinha de 38. f Jesus S. Costa - AM. Waldecir Silva de Sousa - AM. 39. f Wilcineide França Nery - AM. Sergio Vaz Vieira - MG. 22 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a de Corrente Proletária na Educação Resoluções » RESOLUÇÃO 2 :CORRENTE PROLETÁRIA NA EDUCAÇÃO 4. a dial, como país atrasado, exportador de matéria-prima, 5. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 6. a Vivemos a época de decadência do capitalismo e de 7. a crises econômicas. A última, em 2008, atingiu os EUA fonte de riqueza para multinacionais e para o capital financeiro. 8. a e levou consigo uma dezena de outros países, como Não existem dois modelos contrapostos de capita- 9. a Grécia, Espanha, Portugal, exigindo de outros medidas lismo, um conservador (FHC) e um de desenvolvimen- 10. a de contenção de gastos por parte dos governos, como to sustentável (Lula). Existe apenas um capitalismo, França, Inglaterra etc. Isso porque os governos burgue- que mantém a miséria das massas, o desemprego, a 12. a ses atuam nas crises de modo a usar as riquezas nacio- riqueza dos bancos e empresas capitalistas e a falência 13. a nais para “salvar” bancos e empresas. dos serviços públicos. Esse capitalismo é o mesmo de 11. FHC a Lula. 14. f Predomina o capital financeiro, o que conduz ao 15. f parasitismo sobre o conjunto dos países, sobretudo os A contenção das lutas, a estatização dos sindica- 16. f mais atrasados, ao aumento do desemprego e à des- tos e o assistencialismo regado com as migalhas que 17. f truição de direitos sociais. As disputas por mercados caem dos lucros capitalistas são, de fato, heranças do 18. f consumidores e fontes de matérias-primas se acirram. governo Lula. Por sua natureza, tais medidas apenas 19. f As invasões como no Iraque, Afeganistão e as disputas obstaculizam o desenvolvimento da luta de classes no 20. f no Oriente Médio são alimentadas pelas grandes potên- país e colocam num patamar mais elevado as futuras 21. f cias. No capitalismo, a paz mundial é impossível e as crises econômicas. 22. f tendências bélicas tornam-se cada vez mais concretas. A democracia que existe no país é a ditadura de 23. f Os países semicoloniais da América Latina não uma classe sobre a maioria explorada. Não há como re- 24. f têm como se desenvolver, rompendo as travas históri- solver as tarefas históricas do capitalismo atrasado sem 25. f cas de seu atraso. São fornecedores de matéria-prima, romper com essa democracia. A classe operária, apesar 26. mercados consumidores para os países ricos, fonte de de minoritária, é a força motriz para as transformações 27. f especulação para o capital financeiro e de exploração sociais. Por isso, o programa operário deve ser levado 28. f para as multinacionais. Nenhum governo, mesmo os a cada movimento social. Nele, a estratégia é a do go- 29. f considerados “nacionalistas”, consegue alterar essa ló- verno operário e camponês e se assenta na abolição da 30. f gica. Porque são governos burgueses. propriedade privada dos meios de produção, através da 31. f É preciso lutar pela destruição do modo de pro- 32. f dução capitalista, defendendo a revolução proletária. 33. f Destruir as relações produtivas burguesas e implantar 34. as forças produtivas coletivizadas é o caminho para 35. f construir uma sociedade sem classes. POLÍTICA SINDICAL A estatização dos sindicatos aprofundou-se com o governo Lula. O chamado pacto social funcionou tão bem que todas as Centrais, mesmo as que eram adver- 36. f 37. f Revolução dirigida pelo partido operário. sárias como Força e CUT, estão sob as asas do governo. CONJUNTURA NACIONAL 38. f O governo Lula não transformou a base econômica Os dirigentes se corrompem com cargos no Estado e 39. f do Brasil. Nosso país continua, no capitalismo mun- rebaixam as reivindicações para se adequar aos acordos 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 23 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a com a patronal. Tal fenômeno atinge a maioria absoluta avaliações de desempenho e de mérito são aplicadas de 2. a dos sindicatos e aparece na APEOESP através da subi- norte a sul do país culpabilizando os professores pelo 3. a da da presidenta do sindicato para o Conselho Nacional fracasso da Educação. 4. a de Educação. A burocratização dos sindicatos é a mani- Sobre o PNE: 5. a festação da política burguesa no interior do movimento 1. Constatou-se que o PNE (2001-2010) foi apenas 6. a de massas. uma formalidade exigida pela LDB. FHC e Lula des- 7. a Combater tal burocratização exige um trabalho sis- prezaram as metas do Plano. O MEC admitiu que ape- 8. a temático de denúncia e de luta nas bases para arrancar nas 30% foi cumprido, evidenciando que o documento 9. a os trabalhadores da influência dos pelegos. Essa tarefa era uma farsa que não alterava a política educacional. 10. a opõe-se àquela que PSTU e PSOL realizaram ao cin- O governo Lula colocou de lado o PNE ao decretar o 11. direm com a CUT. A formação de Centrais pequenas, PDE (2007), cujo conteúdo não tocava no aumento de 12. a sem influência nas grandes massas trabalhadoras, adia verbas nem na universalização do ensino, apresentando 13. a a luta contra a burocracia e contribui para a estatização a mesma essência do PNE de FHC. 14. f das grandes Centrais. É preciso construir frações revo- 2. Com a exigência de um novo Plano, o MEC cha- 15. f lucionárias em todas as Centrais para combater pela mou a “sociedade” para elaborá-lo no CONAE. Os bu- 16. f independência de classe. rocratas apresentaram as suas propostas. Entre as medidas, algumas eram “requentadas” do passado, como 17. f 18. f POLÍTICA EDUCACIONAL aumento de 10% do PIB, “qualidade” na Educação Bá- 19. f A crise econômico-social determina os rumos da sica e aumento de vagas no Ensino Superior. A novida- 20. f educação brasileira. Em vez de ser elemento de desen- de foi a proposta de Sistema Nacional Articulado que 21. f volvimento, o ensino reflete a mutilação e o embruteci- teria o poder de “melhorar” a Educação. 22. f mento a que estão submetidos os trabalhadores e suas 3. Outra farsa foi montada. Por isso, o projeto do 23. f famílias. Por isso, é um ensino decadente e não pode PNE (2011-2020) deve ser rejeitado por: a) garantir a 24. f ser reformado através do Estado, isto é, por meio de existência do ensino privado, através de regulação esta- 25. f políticas públicas. tal; b) estabelecer verbas insuficientes (a meta de 10% A tese da “reforma” da Educação é dos petistas que do PIB até 2014); c) reafirmar a lei do Piso do Ma- 27. f controlam o sindicato e tiveram oito anos para “trans- gistério que é manutenção do arrocho salarial; d) esta- 28. f formar” a Educação em nível nacional. O resultado foi belecer maior centralização das políticas educacionais 29. f pífio: o analfabetismo mantém-se na casa dos 15 mi- através da proposta de Sistema Nacional; e) manter o 30. f lhões; SAEB, PROVA Brasil e outras avaliações exter- FUNDEB, com a lógica do Custo-Aluno; f) legitimar 31. f nas comprovam que, na escola, não se aprende nada; as avaliações externas que atuam repressivamente so- 32. f o FUNDEB preserva o FUNDEF diminuindo propor- bre o trabalho docente. 33. f cionalmente o repasse para os municípios (já que am- Uma política não-reformista, portanto, revolucio- 34. pliou a abrangência de EF para toda EB); o Ensino Su- nária para a educação implica defender os que traba- 35. f perior cresce com recursos minguados, reproduzindo lham e estudam nas escolas. Lutar por um salário míni- 36. f a mesma expansão ocorrida nas décadas de 60 e 70, mo vital, que atenda às necessidades dos trabalhadores 37. f que destruiu a Educação Básica; a EaD se multiplica de educação; lutar pelo fim da precarização do traba- 38. f com recursos federais e com uma legislação privatista; lho, através de garantia de aulas para todos (jornada 39. f os salários dos professores continuam miseráveis e as móvel de aulas); garantir que os estudantes possam es- 26. 24 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a tudar e trabalhar, sem se evadir, através da bandeira de gratuita, entre elas as que impõem as avaliações insti- 2. a 4 horas na produção e 4 horas na escola; defender que tucionais. 3. a a escola esteja vinculada à produção social para que 4. a possa desenvolver todas as capacidades dos alunos e PLANO DE LUTAS 5. a dos trabalhadores. 1. A total independência frente ao governo e sua políti- 6. a Por fim, a luta pelas bandeiras democráticas da 7. a Educação só pode ser consequente se se liga à luta pela ca de colaboração com os capitalistas. Colocar os sindicatos a serviço da luta de classes; 8. a transformação social. Uma nova escola só pode ser fruto 2. As reivindicações que unificam os trabalhadores: 9. a de uma nova sociedade, saída da revolução socialista. a) O emprego a todos, por meio da implantação da escala móvel das horas de trabalho. Que não haja ne- 10. a 11. 12. a BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO nhum trabalhador sem seu posto de trabalho. Que Um dos grandes obstáculos da CNTE é ter uma 13. a direção vinculada organicamente ao governo do PT. não haja nenhum jovem desempregado; b) O salário mínimo vital. Nenhum trabalhador ou 14. f Membros de sindicatos filiados à CNTE compõem o aposentado recebendo o salário mínimo de fome 15. f Conselho Nacional de Educação, organismo que ela- do governo. O salário mínimo vital é o necessário 16. f bora as diretrizes da educação de acordo com a estra- para manter uma família de 4 pessoas, em nossos 17. f tégia do governo e dos organismos financeiros interna- cálculos deve ser R$3.500,00. Reposição das per- 18. f cionais. O sindicalismo orgânico e estatizado está em das salariais; 19. f contradição com as necessidades do ensino e dos traba- c) Fim da farsa dos concursos públicos, que só trazem 20. f lhadores da educação. Assim, o congresso deve votar demissão. Estabilidade a todos os contratados, in- 21. f a independência política e organizativa da CNTE em dependente do tempo de serviço. 22. f relação ao Estado e ao governo do PT. d) Um único sistema de saúde estatal, sob o controle dos trabalhadores. Expropriação da rede privada de 23. f A CNTE não foi capaz de ser um organismo cen- 24. f tralizador das lutas nacionais dos trabalhadores da edu- 25. f cação. Trata as greves nos estados e municípios como e) Um único sistema de educação, público, laico e esta- 26. casos isolados e de responsabilidade unicamente dos tal. Estatização de todo o sistema privado. Fim das 27. f sindicatos locais. Inviabiliza, assim, a força coletiva reformas privatistas da educação. Abaixo o ensino 28. f dos educadores para enfrentar de conjunto a política a distância. Implantação da escola única, pública, 29. f governamental, que é a mesma por todo o País. laica, em todos os níveis, vinculada à produção so- convênios e hospitais e sua estatização; cial; 30. f Uma Confederação que não arma a resistência dos 31. f explorados só pode servir de aparelho para os burocratas e f) Um único sistema estatal de previdência. Aposenta- 32. f correia de transmissão da reforma privatista da educação. doria a todos. Fim da reforma privatista da previ- 33. f Não por acaso, apoia a miséria do Piso Salarial Nacio- dência. Estatização do sistema privado de previ- 34. nal, o P NE, o ensino a distância e toda legislação antitra- dência, sob o controle dos trabalhadores; 35. f balhadora do governo PT/PMDB. Sequer faz campanha 36. f contra a lei anti-greve e as multas contra os sindicatos. 37. f O congresso deve rechaçar a política traidora da h) Combate à lei anti-greve e defesa do direito irrestrito 38. f burocracia da CNTE e aprovar uma CNTE para enfren- de manifestações e greves. Nada de pagar multas 39. f tar de conjunto as medidas destruidoras da educação aos governos e Justiça burguesas. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em g) Terra aos camponeses sem-terra, por meio da revolução agrária. Educação 25 Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a 3. O método da ação direta (greves, ocupações, blo- ção subumana, porque o país se estruturou como uma 2. a queios, manifestações de rua etc), como a única via economia atrasada, que combinaria alta desigualdade 3. a para arrancar as reivindicações e enfrentar a bur- social, através da miséria, desemprego, baixos salários 4. a guesia e seus representantes no poder do Estado. etc. Nenhuma política afirmativa pode “reparar” a con- 5. a dição de mais de metade da população brasileira. Por 6. a ESTATUTO isso, tal política conclui mantendo a maioria na miséria. Em relação às mulheres, a opressão finca raiz na 7. a Mudanças estatutárias 8. a Sobre a periodicidade divisão social do trabalho, que as jogou nas condições 9. a . O congresso da CNTE deverá se reunir no período mais precárias e as submeteu ao jugo do homem. Mas, se a origem é o trabalho, a forma de luta contra a opres- 10. a de 2 em 2 anos 11. Sobre o mandato são não pode separar homens de mulheres, pois am- 12. a O mandato dos membros da diretoria executiva, bos sofrem a exploração do trabalho. As reivindicações específicas como o direito ao aborto, à maternidade, à 13. a consequentemente, deverá ser de 2 anos 14. f Sobre a eleição de delegados para o Congresso proteção contra todos os tipos de violência etc., devem 15. f Cada entidade filiada deverá convocar ampla as- ser combinadas com luta contra a exploração do traba- 16. f sembleia para a eleição de delegados, defesa de teses 17. f e a eleição de delegados deverá ser proporcional aos 18. f votos obtidos na defesa da tese. lho. Por sua vez, a luta contra a discriminação aos homossexuais deve também estar vinculada à luta contra 19. f Sobre os princípios a sociedade de classe, uma vez que são os laços com a 20. f . Defesa da democracia sindical em todas as instân- herança e com a propriedade privada que tornam a ex- 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f pressão sexual um problema moral, condicionado por cias da CNTE; . Defesa dos métodos próprios dos trabalhadores (ação direta – greves, ocupações, manifestações etc); . Unidade dos movimentos nacionais para enfren- atuais não podem se limitar à defesa de maior espaço ou visibilidade, porque esse, na sociedade capitalista, é o espaço do mercado e, portanto, reproduz a opressão tar os governos; . Defesa da proporcionalidade direta para a compo- sem extingui-la. Apenas na sociedade sem classes, em que a propriedade privada deixou de existir, a livre ex- sição da direção da CNTE, sem nenhum corte; . Defesa da independência política e organizativa do Estado, dos partidos burgueses e do governo. pressão sexual será uma questão de cunho pessoal. A luta pelas reivindicações de igualdade de direitos se choca com a sociedade de classe. O fim de toda 30. f 31. f leis e normais rígidas da sociedade. As reivindicações POLÍTICAS PERMANENTES opressão depende da luta pelo fim das classes, o que só 32. f A política burguesa toma os fatos da opressão 33. f como casos isolados ou de natureza comportamental. 34. Tal postura alimenta a fragmentação dos movimentos 35. f sociais e impulsiona o corporativismo que opõe opri- 36. f midos entre si. 37. f A opressão aos negros é herança que carregamos 38. f do passado colonial. A burguesia nacional não pode 39. f realizar a tarefa histórica de livrar o negro da condi- 26 pode ser alcançado por meio da revolução proletária. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Corrente Proletária na Educação Resoluções » 1. a ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: 2. a Ana Raquel Cerchiari de Oliveira, Antônio Pedro 3. a da Silva, Aparecida Edneia Ferreira, Rivail da Silva, 4. a Ires Maria Magalhães, Antônio Bastos de Oliveira, 5. a Dirce F. Borges, Maria Helena Gigliotti, Dulce do Nas6. a cimento da Silva, José de Jesus Rodrigues, Josimar Li7. a bel, Wilson Ap. Magalhães, Silvana de C.M. Baliviera, 8. a Elza Prado, Luciana Salvatori, Vera Lucia de Carvalho, 9. a Marcelo R da Silva, Catia Regina Henrique, Rosema10. a rie R. M. Barros, Ivana A. Perassi, Aline Candido de 11. Oliveira, Paulo Roberto Varela, Talma Peres Meirelles, 12. a Helena Teixeira Marchiori, João Carlos Martins, Julio 13. a César Voltani, Adilson de Oliveira Lopes, Maria Teresa 14. f Rodrigues Pinto, Áurea Lúcia Alves Alfredo, Claudia 15. f Cristina Henrique, Helena Pereira Silva, Rosangela Al- 16. f ves, Vanderlei Mendes Souza, Wilson Aranda da Silva, 17. f Wanessa C. Fernandes de Souza, Edneia C. Arruda, 18. f Maria Selma Gomes Trindade, Deosdete Lisboa Car- 19. f doso, Maria Violeta Coelho, Rosimeire G. Nascimento, 20. f Andréia Paula Rocha, Tatiana Rodrigues de Oliveira, 21. f Douglas Ferreira de Paula, Carlos Bruno Pereira An- 22. f drade, Everton Santana Zuin, Isabella Pereira Raffaini, 23. f Perla Camila de Melo Martins, Patricia Artuza, Silvia 24. f Vilalva, Kleber Olimpio, Christiana Brunieri Fonseca, 25. f Ana Gabriela Anselmi, Daniela dos Santos, Daniel- 26. le Bernadeli Rodrigues, Alessandra Mendes da Silva, 27. f Neiva Cristina do Carmo, Arlindo Alves Carneiro, Ele- 28. f nice Borsatti, Jose Ad da Silva, Mauricio O Queiroz, 29. f Ruth E Queiroz, Monica S Rodrigues, Ailton Ribeiro, 30. f Maria C F Souto, Eligmar Ap Santana, Carlos Napoli- 31. f tano, Mercia F Santos, Isabel C Roberto, Maria Delfina 32. f Silvestre, Marcia Aleixo, Rosana R C Azenha, Patri- 33. f cia F Silva, Rosangela A I Silva, Ivonete de Almeida, 34. Marilia P de Souza, Danilo G Guedes, Agnaldo L R, 35. f Hallan R Cordeiro, Liliane Krauss, Marcia R Monteiro, 36. f Sonia G Lima, Lucineia C machado, Aparecida R Car- 37. f doso, Irene J Fernandes, Iracelia A Custodio, Euzira R 38. f Oliveira, Agnaldo Ferreira, Rita F. S. Rodrigues, Maria 39. f de Lourdes C. Gamedo. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 27 Caderno de Resoluções » RESOLUÇÃO 3 1. a 2. a 3. a Juiz de Fora (SINDUTE): Gilberto Oliveira Paulino; Alagoas (SINTEAL): Emmanuel Welling- 4. a ton Miranda, Maria do Carmo Miranda Sobrinho, Carlos Cristiano Barboza Frederico; Paraná 5. a (APP): Adauto da Silva, Alfeo Luiz Cappellari - (cafu), Marcelo dos Santos Junior, Rafaella Nolli, 6. a Johny Marcelo Araújo dos Santos, David Brito da Silva, Oberdan Leonel; São Paulo (SINPEEM): 7. a Nelson Luiz Gimenes Galvão, Rogério Tadeu Gonçalves Marinelli, Alani Stefania Widniczek, Fran- 8. a cisco Donizete da Silva, Juliano Godoi, Maria de Fátima Costa; (APEOESP): José Reinaldo de 9. a Matos Lima, Heitor Cláudio Leite e Silva, Marina Ines do Nascimento, Francisco Gomes de Lima, 10. a Maria da Conceição Carvalho Pessoa, Maria de Fátima Santos Ferreira, Helaine C. Ferreira, He- 11. lione S. Piccolo, Maria Eni do Carmo, Ednéia Cristina Scapin, Maria Lenir dos Santos Rodrigues; 12. a Pernambuco (SIMPERE): Jacqueline Dornelas, Bianca Lima; Ceará (SINDIUTE): Ana Cristina 13. a Fonsêca, Guilherme da Silva, Gardênia Pereira Baima, Maria do Livramento Rios Osterno, Cecília 14. f Gonçalves Vieira, Cleide Maria Martins de Oliveira, Rômulo Jerri Carlos de Andrade, Damião No- 15. f gueira Maia, Francisca Edilma Monteiro Pinto, Maria José (Zezé) Morais, Maria Valdecir Abreu, 16. f Ana Célia Caracas, Cátia Benevenute de Moraes; Brasília (SINPRO-DF): Magnete Barbosa Gui- 17. f marães, Ênio Cavalcante de Holanda, João Bosco Monteiro Lobato Reuber; Rio Grande do Sul 18. f (CPERS): Cleber Luis Alvares da Silva - funcionário de escola - Portão/RS, Luiz Henrique Becker 19. f - professor - Portão/RS, Neusa Terezinha Mueller – funcionária de escola – Núcleo 8 – Estrela/RS, 20. f Denise Goulart - 38º - Porto Alegre/RS, Maria Terezinha M. Peixoto - 38º - Porto Alegre/RS. 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f CONJUNTURA INTERNACIONAL roso, os EUA, cabendo aos demais países representar A situação mundial segue marcada pela crise eco- seu papel de coadjuvantes no cenário das suas reuniões. 26. nômica, iniciada em 2008 nos EUA, centro do siste- A marca do capitalismo mundial é a do desempre- 27. f ma capitalista internacional, e hoje atinge os países da go, flexibilização e liquidação de direitos sociais e tra- 28. f União Européia. A crise está longe de ser passageira, balhistas, políticas de “ajuste” para salvar os bancos e 29. f pois foi criada pelo próprio funcionamento do sistema grandes empresas privadas em detrimento dos interes- 30. f imperialista (com o lugar central que assume o capital ses das populações exploradas e oprimidas do mundo. 31. f financeiro e especulativo). O aumento da exploração da força de trabalho, 32. f As instituições a serviço das grandes multinacio- apresentado como “saída” para a crise mundial, acom- 33. f nais e bancos, como o FMI e o Banco Mundial, recei- panha uma política de guerras manejadas pelas grandes 34. tam “mais do mesmo” que gerou a atual crise: ataques potências, em particular os EUA. O governo Obama 35. f a direitos sociais, aumento da idade para aposentadoria, continua a política de agressão às nações e povos que 36. f pensões e cortes dos serviços públicos, a começar pela foi a do seu antecessor Bush. 37. f Educação e a Saúde. No Oriente Médio, o Estado de Israel (racista e 38. f O G20 em nada altera a situação, pois o poder de opressor), apoiado pelos EUA, continua a guerra con- 39. f decisão continua nas mãos do imperialismo mais pode- tra o direito do povo palestino de viver e retornar para a 28 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » 1. a própria terra de seus antepassados. Na América instala das entidades filiadas e da própria CNTE), revelou a 2. a bases militares, como na Colômbia, e ameaça a sobera- vontade do povo brasileiro de impedir a volta dos pri- 3. a nia dos povos em decidir seu próprio destino. vatistas do PSDB e DEM ao poder e, ao mesmo tempo, Os trabalhadores e suas organizações sindicais re- a vontade de que as reivindicações inadiáveis de terra, 5. a sistem e defendem as posições conquistadas pela luta salário, serviços públicos de qualidade, Saúde e Educa- 6. a da classe trabalhadora. É o que vemos na Grécia, Fran- ção gratuitas, sejam atendidas. 4. a 7. a ça, Espanha, Portugal, com greves gerais e mobiliza- A constituição de um governo de ampla coalizão, 8. a ções dos trabalhadores que se recusam a pagar o preço com um papel reforçado do PMDB (partido que con- 9. a da crise com a perda de seus direitos. grega setores dos mais corruptos e oportunistas da clas- Qual o papel de uma organização sindical neste se dominante brasileira) e outros “aliados” de ocasião, cenário? Certamente não é o de carregar o peso da fa- por si só, coloca problemas que o movimento sindical e 12. a lência do sistema para os grupos de capitalistas e espe- o movimento dos trabalhadores em Educação em parti- 13. a culadores que criaram a atual crise que empurra o mun- cular terão que enfrentar. 10. a 11. 14. f do ao desastre. O sindicato, a confederação nacional A condição para a atuação de nossas entidades é, 15. f (como a CNTE) ou a central sindical (como a CUT), mais do que nunca, a independência e autonomia sin- 16. f devem defender com unhas e dentes o que foi conquis- dicais para fazer valer as reivindicações pendentes dos 17. f tado e recusar, portanto, a política de ajuste proposta trabalhadores. Está aí o Piso Nacional Salarial do ma- 18. f pelo FMI, mantendo sua independência diante dessas gistério, que foi aprovado mas que não é aplicado não 19. f instituições e governos, só pelos governos estaduais que o questionam na justi- 20. f Nossa Confederação - a CNTE, deve também abra- ça mas por praticamente a totalidade de governadores 21. f çar a luta de povos irmãos, como o povo do Haiti que, (da situação e da oposição) que não aplicam a lei do 22. f sofrendo a ocupação militar por parte de tropas da Mi- Piso sobre o salário base, mas a fraudam empilhando 23. f nustah - ONU comandadas pelo Brasil, além de ter so- “penduricalhos” (gratificações, por exemplo) que fa- 24. f frido com o terremoto do início de 2010, os ciclones do çam o salário chegar ao piso. 25. f fim do ano e agora a cólera, tem suas mobilizações re- A CNTE tem a responsabilidade de cobrar dos 26. primidas pelas tropas, que são a garantia do odiado atu- prefeitos, governadores e da presidente a aplicação 27. f al governo corrupto e vendido, que preparou a fraude correta da Lei do Piso, e para tanto a mobilização 28. f eleitoral em meios aos escombros de um país destruído. nacional de nossa categoria deve ser organizada para 29. f O Haiti precisa de médicos, enfermeiros, engenhei- preparar uma grande marcha a Brasília dos trabalha- 30. f ros, ajuda técnica e material, não de soldados e tropas 31. f de ocupação; retirada das tropas da ONU do Haiti, que 32. f os soldados brasileiros voltem para casa! A CNTE deve combater para que os governos não falsifiquem a aplicação do Piso para destruir os Planos de Carreira (PE), ou usem o discurso da aplicação “pro- 33. f 34. dores em Educação. CONJUNTURA NACIONAL porcional” transformando o Piso em Teto salarial (PR)! 35. f Nosso congresso se realiza após a posse de Dilma 36. f Roussef como presidente da República em 1º de janeiro 37. f de 2011. Piso não é Teto: é emprego, salário e carreira! O pagamento do Piso desde o padrão de vencimento inicial da carreira, a partir da menor jornada de 38. f A eleição da candidata do PT, na qual milhares de trabalho abre a luta para estender a lei a todos os tra- 39. f sindicalistas e trabalhadores se empenharam (inclusive balhadores da educação. A aplicação de 1/3 da jorna- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 29 Caderno de Resoluções » 1. a da para trabalho fora de sala promoverá concursos e Do novo governo eleito, devemos exigir também a 2. a a contratação de milhares de professores, medida que revogação da lei 6094/07, que em seu artigo 2º, capí- 3. a tanto ajuda a luta contra o desemprego, quanto melhora tulo 1, inciso XIII trata de “implantar plano de carreira, 4. a a qualidade da educação. cargos e salários para os profissionais da educação, pri- 5. a A defesa da aplicação da Lei do Piso – que inclui vilegiando o mérito, a formação e a avaliação do de- 6. a a exigência aos governadores que entraram na Justiça sempenho”. É esta lei federal que possibilita ataques 7. a a retirar suas ações – é uma expressão da resposta que de governos estaduais aos salários dos profissionais em 8. a devem dar os trabalhadores e suas organizações aos educação, submetidos a “provinhas” e “provões” para 9. a efeitos da crise mundial capitalista sobre o nosso país. que uma ínfima minoria seja “premiada” pelo seu méri- 10. a to, enquanto não existem planos de progressão funcio- 11. Assim, os derrotados nas urnas, através da grande imprensa que controlam, tentam pautar o governo na nal e de cargos e salários. 12. a aplicação dos planos de ajuste ditados pelo FMI: corte Mantendo sua filiação à CUT, a CNTE deve apoiar 13. a de gastos públicos é o lema agitado. Isso significa su- a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 ho- 14. f cateamento do setor público, contenção de salários dos ras semanais sem redução de salários, e, conjuntamente 15. f servidores, falta de investimentos do Estado na infra- com outras entidades de trabalhadores do setor público, 16. f -estrutura e na defesa da nação das conseqüências da batalhar pelo respeito ao direito de greve e pela apli- 17. f crise. cação da Convenção 151 da OIT, que garante nego- 18. f Uma política de defesa da nação, que devemos ciações entre sindicatos de servidores e seus emprega- 19. f defender na CNTE, no conjunto das entidades e na dores (as 3 esferas de governo: municipal, estadual e 20. f CUT, significa exigir a realização da Reforma Agrária federal). A discussão de uma data base nacional para os 21. f (paralisada pelos interesses ruralistas que se abrigam trabalhadores em Educação representados pela CNTE, 22. f não só na oposição mas inclusive na “base aliada” do também é questão importante, pois a inexistência da 23. f governo); que a riqueza do Pré-sal seja utilizada para mesma leva a mesas de negociações, quando existem, 24. f melhorar as condições de vida de nosso povo, com uma intermináveis. 25. f Petrobras 100% estatal; que a política de valorização A melhor contribuição que a CNTE e suas filiadas po- 26. do Salário Mínimo avance mais rapidamente, que os dem dar para a construção de um Brasil justo e soberano 27. f investimentos necessários sejam feitos na Educação e é a defesa intransigente das reivindicações dos trabalha- 28. f Saúde públicas de nosso povo. dores e demais setores explorados e oprimidos da nação. 29. f Posições que a CNTE já tomou no passado recente 30. f – como o fim da política de superávit primário (recur- 31. f sos “economizados” pelo governo federal para pagar as Defendemos que a CNTE continue filiada e forta- 32. f dívidas aos banqueiros e especuladores), a revogação leça a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT, 33. f da Lei de Responsabilidade Fiscal (que privilegia o pa- fundada em 1983 a partir de uma onda de greves que 34. gamento das dívidas e bloqueio a valorização salarial chocou-se com a ditadura militar e a estrutura sindical 35. f dos servidores) – mantém toda a sua atualidade. oficial pelega no Brasil, segue sendo a principal orga- 36. f Nosso congresso deve posicionar-se contra qual- 37. f quer “reforma” da Previdência que ataque direitos ad- 38. f quiridos pelos trabalhadores e exigir o Fim do Fator 39. f Previdenciário que amputa as aposentadorias. 30 POLÍTICA SINDICAL nização geral dos trabalhadores brasileiros, dos setores público e privado, do campo e da cidade. Entretanto, no último período (grosso modo os dois mandatos sucessivos de Lula na presidência da Repú- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » 1. a blica), para além das entidades que defendem a estru- dência de classe, sobre a base e das reivindicações dos 2. a tura oficial pelega (imposto sindical e unicidade), que trabalhadores de Ensino que o congresso definirá. 3. a continuaram a existir (Força Sindical, Nova Central, 4. a UGT, CGTB), setores que estavam na CUT romperam POLÍTICA EDUCACIONAL 5. a com ela em favor de outras organizações. Primeiro foi O tema de nosso 31º congresso é “O PNE na visão 6. a a Conlutas, depois a Intersincal, que confundindo o pa- dos trabalhadores em Educação”. Sim, uma entidade 7. a pel do sindicato com o de partido político, optaram por sindical como a CNTE tem não só o direito como a 8. a serem “oposição ao governo Lula” e racharam com a obrigação de discutir e apresentar a sua visão de como 9. a CUT acusando-a de “chapa branca” (as maiores gre- deve ser organizada a Educação no país, portanto a sua 10. a ves e mobilizações ocorridas no período de governo visão do que deve ser um Plano Nacional de Educação. de Lula foram, entretanto, lideradas pela CUT e suas Entretanto isso vem sendo confundido com a parti- 12. a entidades filiadas, como a própria CNTE). Neste ano cipação da CNTE e entidades filiadas num sem número 13. a de 2010 o projeto de unificação da Conlutas com a In- de fóruns em que a organização sindical é dissolvida no 14. f tersindical acabou fracassando, após um congresso que meio de ONGs, instituições privadas de Ensino (os tu- 15. f se perdeu na discussão do nome que deveria ter a nova barões da Educação), autoridades governamentais, etc. 16. f organização. 11. Neste sentido é necessário que tenhamos uma vi- 17. f Já a Corrente Sindical Classista, que havia ingres- são crítica da 1ª Conferências Nacional de Educação 18. f sado na CUT em 1991, diante do processo de legaliza- (CONAE) – que reuniu exatamente os “atores” men- 19. f ção das centrais sindicais (que veio, lamentavelmente, cionados acima –, que acaba aparecendo como uma fi- 20. f acompanhado de uma distribuição proporcional de re- nalidade em si, ou pior, como exemplo de “democracia 21. f cursos oriundos do famigerado Imposto Sindical para participativa”. 22. f as centrais reconhecidas), decidiu romper com a CUT e 23. f formar a CTB em 2007. Assim a “sociedade” (onde cabem todos, explorados e exploradores, trabalhadores e patrões, ONGs etc) 24. f Objetivamente esses rachas jogaram na divisão das é convidada a opinar sobre um projeto emanado do Mi- 25. f organizações construídas pelos trabalhadores, a pró- nistério da Educação, e as propostas que tiverem “con- 26. pria CUT em primeiro lugar, em nome de organizações senso” ou maioria deveriam ser consideradas no Plano. 27. f “de combativos” ou “revolucionários”, ou, no caso da Ora, seria muito mais eficiente e positivo que, uma 28. f CTB, correia de transmissão de um único ponto de vis- vez definidas nos congressos e instâncias sindicais as 29. f ta (no caso o da CSC, ligada ao PCdoB). prioridades que a CNTE considera necessário traduzir 30. f Nenhuma das correntes que rompeu com a CUT em reivindicações, que estas fossem dirigidas diretamen- 31. f foi expulsa da central ou obrigada a sair. Ao contrá- te aos governos (estadual, municipal e federal) a partir 32. f rio, as portas da CUT continuam abertas para todos que de uma mobilização de nossas bases em sua defesa. 33. f nela queiram entrar, pois seus estatutos se definem por Qual consenso é possível, por exemplo, com os 34. regras democráticas e proporcionais de representação. donos de escolas privadas sobre a defesa da Educação 35. f A defesa da CNTE como entidade cutista coloca de Pública e gratuita para todos? Ficarmos prisioneiros de 36. f imediato a questão de que chapa construir para disputar fóruns institucionais que “opinam” e adotam “diretri- 37. f a direção da confederação. Na nossa opinião, uma chapa zes” que o governo pode pegar ou largar, equivale a 38. f expressamente CUTista deve defender a manutenção da neutralizar uma ação sindical mais incisiva em defesa 39. f filiação da CNTE à CUT, embandeirando-se da indepen- do que os trabalhadores julgam necessário. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 31 Caderno 1. a de Resoluções » A CONAE definiu 7% do PIB para a educação, ensino. Todos sabem o que é necessário para resolver 2. a já a proposta da CNTE é de 10% do PIB (para depois 3. a estabilizar-se em 7%). Mas tais percentuais estão sub- os problemas da educação – inclusive os governos -, a 4. a metidos às oscilações na economia, ainda mais numa 5. a situação de crise mundial que atravessamos (lembre- inconcebível que os professores sejam avaliados pelo 6. a mos que a variação do PIB em 2009 foi negativa, o que 7. a diminuiria os recursos voltados para a Educação). É inadmissível que professores estejam condicionados a 8. a hora de discutirmos a vinculação do financiamento da 9. a Educação ao atendimento do Custo Aluno Qualidade/ rial, como nos estados de Bahia e São Paulo. raiz é a falta de investimento público na Educação. É resultado dos estudantes nas avaliações externas. É resultados de provas para obter algum aumento sala- 10. a inicial definido pela CNTE para que a educação seja de 11. fato, considerada como investimento e não como gas12. a tos sem retorno. E essa reivindicação não deveria pas13. a sar pelo filtro de conferências institucionais, mas sim 14. f ser dirigida diretamente ao governo. 15. f A CONAE insiste na “ampliação da participação 16. f da sociedade civil” na “definição e realização das po- 17. f líticas educacionais, de modo a estabelecer o pleno 18. f funcionamento dos conselhos e órgãos colegiados de 19. f deliberação coletiva da área educacional”. Ora, a cha- 20. f mada “sociedade civil”, como já dissemos, é uma abs- 21. f tração, a sociedade real é dividida em classes sociais 22. f com interesses antagônicos, inclusive, é claro, quando 23. f se discute o tema Educação. 24. f Tomemos o exemplo de bancos (Itaú e Unibanco) 25. f que criam ONGs para intervir nas conferências e de- 26. fender seu ponto de vista para a Educação, interferindo 27. f em assuntos pedagógicos inclusive. Tomemos o exem- 28. f plo das Organizações Sociais, instituições religiosas e 29. f Parcerias Público-Privadas no Município de São Paulo 30. f – que mesmo à revelia da posição vitoriosa dos traba- 31. f lhadores na Conferência Municipal contra a privatiza- 32. f ção - têm a garantia do Governo Kassab (DEM/PSDB) 33. f de que continuarão expandindo os convênios privados 34. que já abarcam mais de 50% das creches. 35. f Também devemos tomar posição em nosso con- 36. f gresso sobre as Avaliações institucionais (as “provas”). 37. f Devemos afirmar uma posição contrária a avaliações 38. f externas, as quais buscam jogar no trabalhador em 39. f Educação a culpa pelas mazelas do sistema público de 32 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Unidos pra Lutar e TLS Resoluções » RESOLUÇÃO 4: unidos pra lutar E tls 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 5. a A crise do capital e a resistência cavam uma vitória espetacular do PT sobre o PSDB: dos(as) vitória no primeiro turno para presidente, maioria es- 6. a trabalhadores(as) Grosso modo podemos dizer: há dois grandes pe7. a magadora no senado e na câmara e vitória na disputa 8. a ríodos do desenvolvimento histórico do capitalismo, a 9. a expansão e a retração, ambas significam a grande ex10. a ploração do trabalho humano e do trabalhador que o exerce. 11. pelos governos dos estados. Dessas somente a maioria no parlamento foi conquistada. A vitória de Dilma no segundo turno expressou a força do governo Lula, através de sua popularidade. A população votou pela continuidade, pois entende que Infelizmente, com a crise, assistimos movimentos, há elementos de melhoria nas condições de vida. É fato 13. a alimentados pelo capitalismo, que se apresentam entre 14. f os trabalhadores. Foi assim na Inglaterra que, aos ver também que a candidata demonstrou a altura da tarefa 12. a colocada, ou seja, não era um poste como alguns diziam. 15. f os primeiros trabalhadores perdendo seus empregos, Cabe registrar que a tônica da campanha no segun- 16. f presenciou manifestações de cunho xenófobo, com a do turno foi marcada por um retrocesso político, uma 17. f reivindicação “emprego na Inglaterra para ingleses”. E onda conservadora que deslocou o debate político para 18. f mesmo nos EUA onde a nova legislação sobre a imi- a questão moral e religiosa. O PSDB valendo-se de 19. f gração tem levado muitas pessoas a serem presas. todas as armas para tentar reverter o quadro eleitoral 20. f Ao mesmo tempo é animador para a nossa luta ver pautou o debate e o PT por sua vez deixou-se levar para 21. f a resistência do povo iraquiano e afegão contra a ocu- esse campo que mais confunde o povo do que escla- 22. f pação de seus territórios. Da mesma forma que vemos rece. A imprensa que havia apostado num plebiscito e 23. f com muita esperança a ação dos trabalhadores de vá- operado para isso, ao constatar a possibilidade real de 24. f rios países da Europa, que têm resistido bravamente às estabelecimento de hegemonia governista no Congres- 25. f medidas de ataques aos direitos trabalhistas. Na Grécia, so, na maioria dos Estados e a manutenção da Presi- 26. o pacote governamental inclui demissões, redução e dência da República, forjou uma espécie de terceira via 27. f congelamentos dos salários, além da reforma da previ- com a candidatura de Marina Silva, numa tentativa de 28. f dência, ampliando a idade mínima para aposentadoria. forçar o segundo turno. Sabe-se que essa candidatura, 29. f Assistimos também a greve geral dos trabalhadores de não respondia sequer pelo debate do meio ambiente. 30. f Portugal contra as medidas de redução de aposentadoria, Da nossa parte, não nutrimos nenhuma esperança 31. f salário mínimo e dos salários dos servidores públicos. nesse governo. Acreditamos que de fato vai ser um go- 32. f Esses trabalhadores estão mostrando que o cami- verno de continuidade: política assistencialista pra uns 33. f e garantia de altos lucro pra outros. A classe trabalha- nho é a luta! dora continuará enfrentando desafios, dentre os quais 34. 35. f CONJUNTURA NACIONAL as reformas da previdência, trabalhista, política e tri- 36. f Dose maior da mesma receita neoliberal: Dilma butária, pois todas têm como objetivo atacar os poucos 37. f direitos que conquistou em décadas de muitas lutas. A Rousseff 38. f O resultado eleitoral aponta que a disputa entre PT crise que assola a Europa em breve vai chegar aqui. A 39. f e PSDB vai continuar. As análises pré-eleitorais indi- equipe econômica está sendo mantida com poucas al- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 33 Caderno de Unidos pra Lutar e TLS Resoluções » 1. a terações nos quadros e absolutamente nada da política arrocho e precarização dos serviços. A CUT, devido 2. a econômica (mais cortes, mais austeridade). aos compromissos com este governo, não irá enfrentá- 3. a Também não haverá mudanças na política externa -lo. Esta deverá ser uma tarefa dos lutadores que não 4. a do Brasil, Dilma deve seguir no mesmo rumo que esta- estão emaranhados na máquina estatal. A luta vai ser 5. a va o Governo Lula. árdua e carece de unidade. Do ponto de vista da relação com os movimentos Devemos evitar toda sorte de cooptação que poderá 7. a sociais deve haver diferenciação com o Governo Lula, surgir para que nos burocratizemos, uma vez que a re- 8. a uma vez que este conseguia dialogar diretamente com forma sindical prevê milhões às Centrais Sindicais que 9. a o movimento, dado sua proximidade histórica, coisa estão em processo de legalização. Com o discurso de 10. a que Dilma não acumulou. Entendemos que ela não ter liberdade e autonomia sindical e do fim do vínculo com 11. a mesma facilidade para manter a política de cooptação o Ministério do Trabalho, a reforma sindical aprofunda 12. a do governo que hora se acaba, por consequência, deve os vínculos das entidades de base com as Centrais e 13. a endurecer aumentando a repressão. A composição que estas com o governo. 6. a 14. f elegeu Dilma já demonstra fortes indícios de que seu 15. f governo será mais conservador que o Governo Lula. loquem um fim ao imposto sindical, como forma arcaica de manutenção do aparato sindical, sobretudo os 16. f 17. f Devemos educar as nossas entidades para que co- POLÍTICA SINDICAL de carimbo. Os sindicatos e demais entidades de classe 18. f Contra a burocratização do movimento sindical devem sobreviver da contribuição espontânea de seus 19. f A CUT, construída em meio às lutas dos trabalha- sócios. 20. f dores, ocupa papel de destaque no governo Lula, atu- A defesa da autonomia e liberdade sindical, passa 21. f ando como amortecedor das lutas dos trabalhadores. pelo fim da unicidade e a proposta de regulação apre- 22. f Diferentemente da CNTE, que sempre fez parte da es- sentada pelo governo às Centrais Sindicais. Os gover- 23. f trutura sindical oficial do país, a CUT, nos anos 80, se nos devem respeitar a forma organizativa construída 24. f impôs aos governos e patrões através da luta. Tarefa pelas entidades dos próprios trabalhadores em seus fó- 25. f esta que abriu mão, já no governo FHC, mas que ganha runs, sem a interferência do Estado. 26. dimensão de governismo na atual gestão. Que a CNTE lute pelo PSN vinculado ao DIEESE por 20 horas. 27. f Diante disto, faz-se necessário uma nova direção 28. f para o movimento de massas em nosso país para fa- Independência diante de todos os governos, isto 29. f zer um combate às burocracias sindicais, dirigidas pela significa que os dirigentes das entidades dos trabalha- 30. f CUT e demais centrais pelegas e que, ainda, dirigem a dores não devem ocupar postos do governo, sob pena 31. f maioria das entidades da classe. de incompatibilidade. Defesa inconteste do direito de greve, sem limita- 32. f A fragmentação das entidades dos trabalhadores 33. f só interessa ao capital, todavia, quando estas entidades 34. não mais representam a classe, tornam-se necessárias Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais 35. f novas organizações classistas. É nossa tarefa urgente a e sindicais e penalização de todos os envolvidos em 36. f construção de um instrumento unitário, classista e in- tais crimes. 37. f dependente dos patrões e governos. Desfiliação da CNTE da CUT, uma vez que esta já 38. f O governo Dilma deve aprofundar as medidas de 39. f redução de gastos no setor público, o que significa mais 34 ções instituídas pelo governo. não mais nos representa. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Unidos pra Lutar e TLS Resoluções » 1. a POLÍTICA EDUCACIONAL 2. a Plano de Desenvolvimento da Educação: um ver- al, Banco Santander, Instituto Ethos, entre outros. “ 3. a niz ao PNE de FHC 4. a O PDE é um programa de ações do governo Lula, Como confiar num plano que tem o apoio desta ( grifo nosso) casta privatista da burguesia nacional? Só pelo apoio já 5. a que tem como objetivo colocar um verniz programá6. a tico sobre o Plano de Educação de FHC, que expira 7. a no ano de 2011, mas que não altera substancialmente desconfiaríamos. Lendo o Plano, as nossas desconfian- 8. a o que esta proposto nesse plano, sobretudo no que se 9. a refere aos recursos para a educação. O PDE, mantém 10. a os elementos nucleares do PNE, dentre estes a políti- que poderia ser visto como um avanço, o Piso Salarial 11. ca de fundos, a manutenção da lógica meritocrática em ras de trabalho e abandona a defesa histórica do piso 12. a educação com a premiação por “merito”, as avaliações 13. a externas, fomento à municipalização, dentre outros. Na do Dieese por 20 horas-aulas e a jornada, cuja defesa 14. f realidade, na intenção de parecer diferente de seu ante- 50% extra-classe. 15. f cessor, o governo Lula apresentou o PDE em 2007 pois 16. f era preciso, por conta da agenda eleitoral, lançar uma 17. f proposta que parecesse inovar. As alterações residuais Essa nova reforma do Ensino Médio mantém as pos- 18. f não mexem no ponto central que possibilitaria a me- sibilidades de flexibilização da educação da LDB, man- 19. f lhoria da educação, qual seja: o aumento dos investi- tém como eixo norteador dos currículos escolares para o 20. f mentos para a área, dos irrisórios 4% para, no mínimo, Brasil, os PCNs e DCNs, tanto criticado por educadores, 21. f 10%. Ademais, é preciso lembrar que tal plano contou mantém e aprofunda a política de financiamento da edu- 22. f com o apoio de inúmeros grupos vinculados ao grande cação, através da chamada “política de fundos”, criando 23. f capital, setores que historicamente tem se apresentado o FUNDEB que, na prática, significou a adição da pré- 24. f contrários ao aumento das verbas públicas para a edu- -escola e do ensino médio, aumentando a demanda, to- 25. f cação. Vejamos Saviani: davia, sem investimento suficiente para atendê-la. ças se materializam, pois o governo apresenta o que é igual ao PNE/FHC com a pompa de inovador. Aquilo Nacional, acaba se apresentando como um atraso, uma vez que apresenta uma proposta rebaixada, por 40 ho- histórica é a divisão entre 50% do tempo com alunos e Porque temos de dizer não à Reforma do Ensino Médio de Lula/ Haddad “No contexto indicado, o PDE assumiu plena A proposta de Lula/Haddad traz a carga horária 27. f mente, inclusive na denominação, a agenda de com- mínima de 3.000 horas, apresenta 2.400 horas paras 28. f promisso Todos pela Educação , movimento lançado as áreas de conhecimento, da mesma forma que a pro- 29. f em 6 de setembro de 2006 no Museu do Ipiranga, em posta de SEE de 2.000/Covas, as 600 horas restantes 30. f São Paulo,. Apresentando-se como uma iniciativa da serão distribuídas em outras atividades, o que poderá 31. f sociedade civil e conclamando a participação de to- significar a porta de entrada das empresas privadas na 32. f dos os setores sociais, este movimento constitui-se de educação. 33. f fato, como um aglomerado de grupos empresariais A atividade docente deverá ocorrer em caráter de 34. como representantes e patrocínios de entidades como dedicação exclusiva à escola, o que dificultaria ou im- 35. f o Grupo Pão de Açúcar, Fundação Itaú-Social, Fun- pediria os acúmulos legais que os professores são, mui- 36. f dação Bradesco, Instituto Gerdau, Fundação Rober- tas vezes, obrigados a assumirem, por uma questão de 37. f to Marinho, Fundação Educar-Dpaschoal, Instituto sobrevivência. 38. f Itaú Cultural, Faça parte-Instituto Brasil Voluntário, Nessa proposta também está implícita a proposta 39. f Instituto Ayrton Senna, Cia Suzano, Banco ABNRe- de ensino a distância –EAD-, visto que permite a utili- 26. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 35 Caderno de TLS e Unidos para Lutar Resoluções » 1. a zação de novas mídias e tecnologias como processo de BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO O 30º Congresso da CNTE, já indicava como se- 2. a dinamização dos ambientes de aprendizagens. Por tudo isso, devemos combater a proposta de ria a atuação da CNTE. O governo Lula a todo vapor 4. a Lula/Haddad, por todas as suas consequências nefastas com a reforma da previdência consolidada, a reforma 5. a para a educação. universitária, a política de superávit primário, conge- 3. a 6. a Ensino fundamental aos 5 anos? lamento de salários, corte em gastos públicos, aprofun- 7. a O ensino fundamental que aos 6 anos já considera- damento dos programas ditos “sociais”, mas que dis- 8. a mos um absurdo, pois não respeita o desenvolvimento tribuem migalhas à classe trabalhadora e a diretoria da 9. a da criança, pode piorar com o Projeto de Lei do Sena- CNTE convida para a mesa de abertura do congresso o 10. a dor Flávio Arns, que prevê a entrada das crianças no ministro da educação Fernando Haddad. ensino fundamental aos 5 anos de idade. A entrada das O que se viu em seguida foi a ação de delegados 12. a crianças cada vez mais cedo no ensino fundamental é (as), que de forma justa, defenderam que o ministro não 13. a induzida pelo FUNDEB, devido à distribuição das ver- se sentasse à mesa de abertura dos trabalhos, por uma 14. f bas, que privilegia o ensino fundamental. Notamos que razão absolutamente correta e principista: a indepen- 15. f a lógica é meramente econômica, sem nenhuma res- dência de classe da entidade. 16. f ponsabilidade pedagógica. 11. 17. f 18. f Desde a chegada de Lula ao governo federal, a bu- ENCCEJA E ENEM: mecanismos para dizimar o rocracia tem demonstrado sua política colaboração de classe. ensino presencial 19. f O ENCCEJA – Exame Nacional para Certificação Para isso promove a defesa das propostas de Lula 20. f de Competências de Jovens e Adultos tem como obje- e contribui com sua implementação e, numa demons- 21. f tivo substituir a EJA – Educação de Jovens e Adultos e tração inequívoca de colaboração, chegam a convidar 22. f o ensino regular, uma vez que permite que se obtenha a membros do governo a serem partícipes dos fóruns dos 23. f certificação de conclusão do ensino fundamental e mé- trabalhadores. 24. f dio através da eliminação de matérias. Uma medida aprovada pelo governo em julho de Este programa, criado por Fernando Henrique Car- 2008 passou a ser o “carro chefe” da política da diretoria 26. doso, Lula/PT não só aplica como o aprofunda. Até da CNTE: o piso salarial profissional nacional – PSPN. 27. f 2008, o ENEM, “apenas” concorria com os vestibula- Inicialmente aprovado com o valor de R$ 950,00 (para 28. f res tradicionais, como funil para a entrada nas univer- 2010 o valor foi reajustado em R$ 1024,67), para uma 29. f sidades. A partir de 2009 passa a ser um instrumento, jornada de40 horas semanais. 30. f também, de certificação para a conclusão do Ensino Em outras palavras, em que pese a ideia de piso 31. f Médio. Percebemos o caráter perverso destes dois pro- salarial nacional aos professores seja uma proposta, em 32. f jetos, uma vez que descaracteriza a educação como um si, avançada, a materialização dessa política demons- 33. f processo na vida do educando, período em que as inte- trou-se rebaixada e distante das necessidades dos pro- 34. rações pedagógicas e afetivo/psicológicas se materiali- fessores. 35. f zam em saber historicamente construído. 25. f A burocracia da CNTE abandonou a defesa de uma 36. f Portanto, nos posicionamos contrários a este tipo decisão congressual antiga: o piso salarial calculado 37. f de política: pelo fim do ENCCEJA, em defesa da EJA! pelo DIEESE, que em outubro de 2010 estava em R$ 38. f Pelo Fim do ENEM e vestibulares, universidade públi- 2.132,09 para 40 h. de trabalho, sendo 20h em sala de 39. f ca para todos! aula, 20h fora. 36 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de TLS e Unidos para Lutar Resoluções » A direção da CNTE fez da defesa do PSPN a prin- lhadores do setor público: luta pelo fim da Lei de Res- 2. a cipal bandeira nesse período. Mas não cumpriu seu pa- ponsabilidade Fiscal, que reserva verba ao pagamento 3. a pel: em 2010, muitos trabalhadores em educação fize- das dívidas e nunca aos trabalhadores; 1. a 4. a ram greve, mas a CNTE não unificou essas lutas, que Campanha pela conversão das verbas destinadas ao 5. a tiveram elementos comuns, como a luta contra o con- pagamento da dívida externa, para a elaboração e apli- 6. a gelamento de salários, as terceirizações, a precarização cação de políticas públicas; 7. a do trabalho e da carreira docente, a lógica meritocrática Nenhuma verba à instituições privadas de ensino, 8. a de premiação, as avaliações internas (desempenho) e verba pública para escola pública: pelo fim do PROU- 9. a externas, a diminuição da aplicação de verbas na escola NI; Pelo aumento de vagas em universidades públicas: 10. a pública, dentre outras. 11. Assim, os trabalhadores em educação de vários Es- 12. a tados fizeram greves importantes em 2010 e a CNTE 13. a não fez o papel de unificar essas lutas, o que contri- luta pelo acesso direto pós ensino médio, sem o funil do vestibular ou ENEM; Contra as avaliações de desempenho e externas (SAEB, SARESP etc) 14. f buiria para a formação de uma “massa crítica”, além 15. f de fortalecer as lutas gerais e específicas em cada um Contra o PDE do governo Lula/PT; 16. f desses Estados. Contra a política de fundos. Não ao FUNDEB; 17. f Nesse sentido o 31º congresso precisa aprovar re- 18. f soluções que possam impulsionar e unificar as lutas no 19. f próximo período, período que será de mais ataques aos 20. f servidores e demais trabalhadores. PIB; Piso do DIEESE, 50% da jornada de trabalho com aluno e 50% fora da sala de aula, Contra a Reforma do Ensino Médio de Lula/Ha- 21. f 22. f Mais verbas para a educação: no mínimo 10% do PLANO DE LUTAS ddad; Plano de carreira aberto; 23. f Como tarefa prioritária, neste próximo período, a 24. f CNTE deverá contribuir para a unificação das lutas dos Contra o extermínio da EJA; 25. f trabalhadores(as) em educação do país, criando fóruns Menor número de alunos por sala; 26. que possam aglutinar os que querem combater os ata- Reconhecimento de várias doenças de “transtorno 27. f ques aos serviços públicos, impetrados pelos diferen- 28. f tes governos, permitindo para que os setores em luta 29. f construam uma agenda o mais unitária possível; de humor”, como doenças profissionais; Contra o ensino fundamental de 6 anos e também de 5 anos; 30. f Organização de um seminário nacional, com parti- Pelo atendimento, imediato, em aparelhos públicos 31. f cipação dos trabalhadores das entidades de base, amplo no nível de educação infantil, financiados integralmen- 32. f e democrático, com a apresentação de diferentes po- te pelo Poder Público, com funcionários concursados 33. f sicionamentos, e que tenha como tema as avaliações – fim das terceirizações e conveniamentos; 34. externas, de desempenho e plano de carreira. Abertura imediata de concurso público classificatório em todos os níveis da educação; 35. f Abertura de um debate com os trabalhadores em 36. f educação, escolas e entidades de base para a construção Campanha pela reversão das empresas estatais pri- 37. f de um Plano Nacional de Educação, cujos principais vatizadas e fim das privatizações, medida para recupe- 38. f interessados estejam envolvidos em sua elaboração; rar a bandeira histórica de serviço público universal de 39. f Exigência de reajuste salarial imediato dos traba- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em qualidade a todos(as); Educação 37 Caderno 1. a de TLS e Unidos para Lutar Resoluções » Em defesa da livre organização dos trabalhadores, cavam sob responsabilidade da mãe em casa. • 2. a sem a ingerência do Estado. 3. a ESTATUTO A mulher trabalhadora se viu obrigada a cum- prir a dupla jornada de trabalho; 4. a 1)Supressiva: • No caso daquelas que resolvem se dedicar à luta política e sindical, a tripla jornada; 5. a Artigo 3º 6. a Supressão da letra H. • Tem sido objeto de assédio por parte das chefias; 7. a 2) Substitutiva: Portanto, há que se construir reivindicações que 8. a Artigo 10 – trocar trienalmente por BIENALMENTE. realmente permitam que a mulher, não se submeta a 9. a 3)Aditiva dupla exploração. Nesse sentido, a defendemos a cons- 10. a Artigo 14, idem d: trução de aparelhos públicos, como, por exemplo cre- 11. ches e lavanderias públicas. Adicionar: após Conselho Fiscal, sob a base da propor- 12. a cionalidade direta e qualificada. Sobre a homofobia 13. a 4)Substitutiva Para além de situar a questão da sexualidade hete- 14. f Artigo 23: rossexual, orientada por um padrão procriativo, deve- 15. f Substituir 3(três) anos por 02 ANOS. mos nos ater à negação do prazer vinculada à tradição 16. f 5)Substitutiva judaico-cristã, cristalizado pelo dominio ideológico da 17. f Artigo 43 Igreja durante séculos. Se é verdade que hoje, outros 18. f Substituir mandato de 03(três) anos por 02 ANOS. aparelhos ideológicos substituem a Igreja, em particu- 19. f 6)Aditiva lar a grande mídia, é verdade também que a substituem 20. f Artigo 47 mantendo-a como matriz. Portanto, a apresentação da 21. f A diretoria da CNTE será eleita, SOB A BASE DA homossexualidade nos meios de comunicação se dá de 22. f PROPORCIONALIDADE DIRETA E QUALIFICA- forma esteriotipada e muitas vezes jocosa. O que pa- 23. DA, em chapa completa por votação direta pelos dele- rece ser uma maior liberdade para as diferenças é, de 24. f gados presentes à plenária. fato, uma depreciação à orientação sexual diferenciada 25. f 7) Aditiva do padrão “oficial”. 26. f Artigo 50 27. f Após (...) a mesa do congresso, SENDO PERMITIDO, procriativo, temos que o universo do prazer, é apre- 28. f EM CASO DE DÚVIDA DO INTERESSADO OU DA sentado como um desvio comportamental. Esta 29. f CHAPA, RECURSO AO PLENÁRIO. interpretação,altamente ideológica, não atinge apenas o Se a sexualidade está orientada para o padrão universo homossexual, mas também o universo hetero. 30. f 31. POLÍTICAS PERMANENTES É preciso que resgatemos a dimensão humana da 32. f A questão da mulher trabalhadora sexualidade, entre homens e mulheres que trocam his- 33. f A mulher foi inserida, de forma precarizada, no tórias afetivas e manifestam a sua sexualidade sem as 34. f mercado de trabalho com o advento da revolução in- travas ideológicas inscritas pelos arautos do patriarca- 35. f dustrial. O capitalismo impõe seus mecanismos de do- lismo religioso. 36. f37minação de forma particularmente nefasta às mulheres. 37. 38. 39. instâncias político-jurídicas da sociedade e do Estado Portanto, verificamos que: • Os patrões não construíram mecanismos para substituir os cuidados com as crianças, que outrora fi- 38 Que a homofobia seja denunciada em todas as capitalista, uma vez que entendemos como dispositivo ideológico criado por esta sociedade. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de TLS e Unidos para Lutar Resoluções » 1. a DEFENDEMOS: ao ensino superior, deve passar pelo fim dos vestibu- 2. a Elaboração de cartilha sobre o tema para discutir lares e qualquer outro mecanismo seletivo como hoje 3. a com as crianças em idade de compreendê-la, as diferen- é o ENEM. 4. a tes orientações sexuais que há em nossa sociedade, com 5. a o objetivo de construir adolescentes e adultos capazes ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: 6. a de entender a heterogeneidade do ser humano, contri- APEOESP (SUBSEDE OESTE LAPA)Silvana so- 7. a buindo, assim, para evitar toda sorte de preconceito, em ares de Assis, Marcos de oliveira soares, Alexandre 8. a particular aqui, a homofobia. Pinheiro Costa, Demétrio ramos paiva, Jorge Arlen 9. a Sobre o racismo de Almeida,Maria Margarete Silva Oliveira,Elaine 10. a O Brasil utilizou a mão de obra originária do conti- Regina dos Santos, Gilmar Bezerra da Rocha, Ma- nente africano, cuja coloração da pele e modo de produ- ristela Soleo Funari, Maria Gorete Silva Pequeno, 12. a ção eram diferenciados dos europeus dominadores. Estas Rita Maria Dias dos Santos, Marineila Apareci- 13. a duas características foram utilizadas pelo Estado e pela da Marques, Riviane Medino da Rocha, Diva de 14. f Igreja para afirmar a “inferioridade” do povo de origem Souza Santos, Rosangela Cardoso Marques, Ma- 15. f africana. Foram cerca de 400 anos sob tal informação. ria Inês Tamioso, Selma Maria da Cruz Pereira, 16. f Este discurso ideológico se inscreveu no imaginário e, Ivair Venceslau Espirito Santo, Maria Margarete 17. f embora produzido pela classe que dominou, passa a fa- da Silva, Emilia K. Ikeda, Alexandre pinheiro, 18. f zer parte do repertório de milhões de trabalhadores(as). Jorge arlen moreira, Verônica maria da silva, Vi- 11. 19. f Como resultado de um processo de dominação de tória Keiko Vassoler, Leo Marcos Ortiz Credidio, 20. f um modo de produção sobre outro, temos que, a maioria Jorge Henrique da Silva, Evaldo de Assis, Walter 21. f da população pobre ou abaixo da linha de pobreza, são José Baltazar, Miriam Segre Rosenfeld, Joanes da 22. f negros(as) . Esta hierarquia fez com que tal grupo fosse Silva Lessa, Marcos Lemos da Silva, Henrique p 23. f o que menos acesso teve à riqueza social, expressa em Destro, Celina C. Sobrinho Souza, Maria Rosária 24. f emprego e estudo. Lima, Tais Lopes, Demetrio Ramos Paiva, Maria No que tange ao estudo formal parte significativa do Carmo c Oliveira, Renato Santos Nascimen- 26. do abandono da escola ocorre dentro da população ne- to, Alexandre Dantas da Silva, Edson de Novaes, 27. f gra, pois os jovens, pela sua origem de classe, tem que Jefferson Marin, Valesca Evangelista de Matos, 28. f adentrar , de forma cada vez mais precária, ao mercado Maria Cleide dos Santos, Vera Lucia da Guirra, 29. f de trabalho e, ademais, parcela ínfima da população tem Rosangela Cardoso Marques, Rosangela Silva Ro- 30. f acesso às universidades públicas. cha, Andrea Tessitore Silva, Ana Lúcia Dutra de 25. f 31. f Como resposta ao primeiro problema, só há uma: Faria, Diogo Furtado Rodrigues, William Alves, 32. f garantia de emprego a todos e redução da jornada de tra- Lair Aparecida Pereira Tirso, Catia Maria Della 33. f balho! Coletta, Gerson Arestides da Silva Filho (SUBSE- Como proposta para o segundo, o acesso à universi- DE SUL SANTO AMARO): Severino Honorato da 35. f dade, o movimento negro e setores sociais anti-racistas, Silva, Erivaldo Martins, Claudia Martinho, Leni- 36. f promovem as chamadas políticas afirmativas, assentadas nha, Valmira,Marlene, Eni, Paulo Moreno, Gilson, 37. f nas cotas. Algenor, Veridiana,Valmelírio,Adecir,Ana Maria, 34. 38. f Entendemos que esta medidas são insuficientes, Antônio José, Domingos Valério, Celso, Eder, Fábi 39. f portanto, que qualquer medida que permita o acesso a,Helga,Joaquim,Laedson,Leonardo,Marilene,Ose 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 39 Caderno de TLS e Unidos para Lutar Resoluções » 1. a ias, Osvaldo, Tadeu, Teixiera, Valdeci, Vanessa (SUB- Rosilene Barros, Nazaré Gomes, Cecília Ferreira, Ja- 2. a SEDE DE SÃO CARLOS):Julieta Lui, Eliete Silveira nette Gomes, Lucimar Tavares, Eide France, Renato 3. a (SUBSEDE DE JACAREI)Suzete Chaffin (SUBSE- Jairo, Cristina Vidal, Vanilsa Sousa, Claudean Sousa, 4. a DE DE MARÍLIA):Tales Amaro Ferreira, Edson Fer- Janne Claudia, Pedro Fabrício, Meire Frazão, Walci- 5. a miano Soares, Sidnilson Roberto Minholi, Maria José cleide Lima, Maria Valdeci, Enylton Guimarães, Jose- 6. a Rodrigues de Souza, Eliano Freitas Silva, (APEOESP fa Macedo, Marilene Cirqueira, Marinalva dos Santos, 7. a – LITORAL SUL):Moacir Américo da Silva, Ange- Saria Marinho, Terezinha de Jesus, Maria das Graças, 8. a la Maria de Brito, Rosi Silva Santos,Esdra da Silva Valdirene dos Reis, Zélia Ângela, Marilene Cosme, 9. a Matos, Soraia Luciene Correria, Marina de Oliveira, Alexandra Cosme, Maria Isabel,Concita Pereira, Mª 10. a Henrique Godoretz, Edson Kujume, João Domingues Bárbara Costa, Ildemarques Alves, Alexandra Floren- 11. do Rosário, João Salvador, Alexandre Antônio Mo- ce, Eliana Ibiapina, Raimunda Brito, Marly Mendes, 12. a tenau, (APEOESP – SUBSEDE DE AVARÉ): Anita Maurício Costa, Edivaldo Viana. 13. a Aparecida Rodrigues Marson, André Aparecido Silva 14. f Barbosa,Abigail Puccini Rodrigues, Hélio Ivan Mar- 15. f son, Nancy Aparecida Guimarães, (SUBSEDE DE 16. f SÃO BERNARDO DO CAMPO):Nilzete Nascimento, 17. f Nayara, Abighail, Denis,Vera Lúcia Lima, Diógenes, 18. f Rogélio, Aldo Júnior, Alan, Marina, Vanderlei, Odair, 19. f Lúcia, Cida Balthazar,(MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 20. f - SINPEEM): Gicélia Santos silva, Dora Alice Ramos, 21. f Sidnei Reinaldo, BRASÍLIA: Ana Angélica, Osmar, 22. f Ângelo PARÁ: Silvia Letícia, Carlos Moreira, Andréa 23. f Solimões, Miriam Sodré, Carlos Alberto, Yara Yonara, 24. f André Luis, Creuza Maciel, Nazaré Couto, Marcio Ca- 25. f lil, Marcelo Bezerra, Ana Nascimento; Edilane Cabral, 26. Helena, André Vinicius, Andrey Borges; Celso Ramos; 27. f Maria Raimunda; Raimunda Sousa, Lélia Rodrigues, 28. f Edileuza da Silva; Joyce Rebelo, José Alberto Brito, 29. f Wendel Bezerra, Tatiane Alves, Everaldo Marinho, Ar- 30. f naldo Santos, Zilda Elizarde, Edigleuma Vieira, Suely 31. f Vidal, Jesus Torres, Rogério Fontinelli, Ana Maria 32. f Cerqueira, Lúcia Chaves, Francisca Sousa, Anageth 33. f Márcia, Ana Paula Fraga, Mônica Renata Fraga, Arie- 34. ne Borges, Nelinho Carvalho, Dheime Tadey, Aurinete 35. f Matos, Rosa Maria Cordeiro, Maria Helena, Nilsa Ma- 36. f ria, Joélia Maria, Maria Carmosita, Claudia Hoffmann, 37. f Valdemir Ferreira, Antônio Lira, Elson Carlos, Seane 38. f Oliveira, Rina Suleima, Suly Rosa, Eloi Alves, Eleo- 39. f nisa Marques, Simone Rocha, Ana Corrêa dos Santos, 40 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSP - Conlutas Resoluções » RESOLUÇÃO 5 : CSP - CONLUTAS 1. a 2. a 3. a CONJUNTURA INTERNACIONAL tudo está tranqüilo. Existe um déficit nas contas corren- 4. a Boicote ao Estado de Israel 5. a Duas recentes demonstrações do caráter nazista e Com a decisão do governo americano de desva- 6. a racista do estado israelense foram o bloqueio à faixa de lorizar ainda mais o dólar, aumenta a perspectiva de 7. a gaza – impedindo a entrada até de remédios e alimentos ampliação deste déficit em contas correntes brasileiras. 8. a – e o ataque assassino a ajuda humanitária enviada por Também existe a possibilidade de que a crise da tes do país que vai se aproximando dos U$ 60 bilhões. 9. a mar a região. Europa atinja os EUA e particularmente a China. Esta 10. a Que o governo brasileiro rompa todas as relações última concentra boa parte das exportações brasilei- comerciais, diplomáticas e de cooperação com Israel; ras e se entrar em crise afetará diretamente o Brasil. 12. a por uma Palestina laica, democrática e não racista e Por isso, o governo que assumirá em janeiro anuncia 11. 13. a pelo fim da presença israelense na Palestina. medidas de ajustes. Entre estas medidas o congelamen- 14. f Fora Tropas do Haiti to dos salários do funcionalismo. Além disto, a propos- 15. f Após o desastre causado pelo terremoto de janeiro ta de reajuste para o salário mínimo é vergonhosa, além 16. f e do fracasso da operação de ajuda internacional, os da volta da CPMF e de mais uma reforma da previdên- 17. f haitianos continuam vivendo miseravelmente. Como cia. Enquanto o governo discute um salário mínimo de 18. f se isto não bastasse, a epidemia de cólera tornou a si- R$ 540,00, os parlamentares de sua base de sustenta- 19. f tuação intolerável. Por isso, acompanhamos no ultimo ção debatem um reajuste de 100% para os deputados. 20. f período as mobilizações de rua. A tentativa do governo O mesmo governo que deu R$ 380 bilhões para 21. f e das tropas de ocupação de controlar a situação através os banqueiros diz que faltam verbas para a saúde pú- 22. f da repressão não está dando certo. blica e por isso debate a volta da CPMF. Isto nada 23. f 24. f . Em Porto príncipe, capital do país, acampamentos se transformaram em favelas permanentes. 25. f 26. mais é do que uma manobra para garantir o superávit fiscal e o pagamento aos bancos. A nova reforma da A revolta faz com que o povo saia às ruas e continue lutando. previdência, que segue a lógica das anteriores realizadas – por FHC em 1998 e Lula em 2003 – é exa- 27. f Diante das cruéis imagens dos soldados atirando tamente igual ao que estão fazendo os governos eu- 28. f contra o povo, os trabalhadores brasileiros devemco- ropeus, transferindo para os trabalhadores pagarem 29. f brar do governo brasileiro o retorno imediato das tro- a conta da crise econômica, com retirada de direitos 30. f pas ao nosso país. O Congresso da CNTE decide: e ampliação no tempo exigido para a aposentadoria. 31. f 32. f 33. f 34. - Organizar uma campanha de solidariedade aos trabalhadores haitianos; zações realizaram no dia 25 de novembro uma reunião - Exigir do governo brasileiro a imediata retirada das tropas do Haiti. 37. f para organizar a luta e evitar os ataques às aposentadorias, aos salários e ao serviço público, que estão sen- 35. f 36. f Por isso, a CSP-Conlutas e várias outras organi- do preparados. No final de janeiro um novo encontro CONJUNTURA NACIONAL deverá elaborar o calendário de lutas para o próximo Mesmo que a economia brasileira siga em cres- período. Neste sentido, o Congresso resolve que: A 38. f cimento e que provavelmente o PIB aumente em 7% nes- CNTE deve integrar este pólo de resistência e luta que 39. f te ano, a presidente eleita e a burguesia sabem que nem se organiza para impedir os ataques aos direitos dos tra- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 41 Caderno de CSP-Conlutas Resoluções » 1. a balhadores e o arrocho salarial. Participar da reunião Devemos discutir com os movimentos de luta por 2. a que vai se realizar no dia 27/01 em Brasília. moradia a ocupação das terras das grandes multina- 3. a cionais e dos bancos, bem como as terras ociosas que 4. a POLÍTICA SINDICAL estão nas mãos do Estado, tendo como princípio à pre- 5. a Com a chegada de Lula à presidência, o debate so- servação ambiental e o combate á degradação do ar, da 6. a bre autonomia e independência sindical ganhou corpo, água, das matas e do solo. Lutar contra o monopólio 7. a ao mesmo tempo em que a CUT foi se atrelando cada dos meios de comunicação de massas, principal difusor 8. a vez mais ao governo. A CUT assumiu a postura oficial da ideologia e do modo de vida capitalista. 9. a de Central Chapa Branca: fato constatado em diversos Na CNTE, considerando que, no governo Lula, a 10. a episódios, dos quais destacamos a colaboração e defesa CUT - e a própria direção de nossa entidade - passou 11. da Reforma da Previdência realizada por Lula, que eli- a ser um braço do governo no movimento sindical, es- 12. a minou direitos históricos dos servidores públicos, abriu cancarando sua traição. Consideramos que já passou da 13. a uma avenida para implantação de fundos de aposenta- hora de rompermos com essa central e, por isso defen- 14. f doria complementar privados; e manteve na íntegra os demos que em 2011, seja realizado o plebiscito para 15. f prejuízos causados pela Reforma de FHC. definir a desfiliação da CNTE a CUT. 1. Independência e autonomia sindical em rela- 16. f Em seu papel de governista, a CUT abandonou a 17. f defesa do piso do salário mínimo do DIEESE, e pas- 18. f sou a defender um plano de reposição para os próximos 2. Não participar do CNE; 19. f vinte anos, calcado na constatação de que no governo 3. Romper com a CUT governista – Plebiscito de 20. f Lula, a vida do trabalhador melhorou. Essa postura se 21. f traduz no recente encontro no Ginásio do Pacaembu/SP 4. Pelo fim do Imposto Sindical; 22. f em 2009, reunindo milhares de trabalhadores de diver- 5. Contra o sucateamento dos serviços públicos; 23. f sas centrais governistas para, deslavadamente, declarar 6. Contra as reformas: trabalhista, sindical, previ- 24. f apoio a candidata de Lula, Dilma Roussef, a presidên- 25. f cia da república. 26. ção a governos e patrões; desfiliação em 2011; denciária e universitária; 7. Salário mínimo de acordo com o valor deter- Para o movimento sindical que se construiu na luta 27. f pela independência de classe e pela autonomia sindical 28. f dos trabalhadores não restou outra saída a não ser rom- 29. f per com a CUT na perspectiva de manter a construção 30. f classista do movimento sindical, popular, estudantil e 31. f de juventude. minado pelo DIEESE; 8. Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução de salários; POLÍTICA EDUCACIONAL CONAE – Imposição antidemocrática de um Plano Nacional de Educação Privada. 32. f Temos uma tarefa histórica. Romper com os atuais 33. f limites da nossa ação nos movimentos sociais. Desen- O documento final da Conferência Nacional de 34. volver uma atuação sindical que organize os trabalha- Educação (CONAE), realizada em abril de 2010, se 35. f dores na luta pelas reivindicações econômicas e ime- propõe como projeto de um novo plano nacional de 36. f diatas, mas que também contribua para formar outra educação (PNE), para 2011. A propaganda oficial pro- 37. f visão de mundo, radicalizando na construção de formas meteu que haveria, durante o ano de 2009 conferências 38. f de organização de base que confiram real poder de ação municipais/intermunicipais e estaduais, para elaborar 39. f e decisão aos trabalhadores. propostas a serem encaminhadas e votadas na confe- 42 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSP-Conlutas Resoluções » 1. a rência nacional. Essas etapas aconteceram, mas, pelas O Plano apresentado é eminentemente legalista e 2. a suas composições, é de se supor que tenham sido se- defende a institucionalização da privatização do Estado. 3. a lecionados em função das afinidades com o governo Basta ver o quanto o Estado se utiliza de recursos pú- 4. a federal, que patrocinou o evento. blicos para financiar empresas privadas (parcerias e em- 5. a O documento não analisa o caráter da sociedade e préstimos do BNDES), em grande parte, investindo em 6. a do Estado e inclusive dos governos (mesmo os ditos educação privada. 7. a progressistas, vinculados ao PT). A falta dessa análise importância da regulamentação, mas não se pergunta por 8. a pressupõe que ele poderia, num passe de mágica, servir que até hoje a União não a fez e nem tem planos pra isso. 9. a aos interesses da maioria da população. Parece até que Quanto ao financiamento propõe “ampliar o in- 10. a o Estado brasileiro não tem nenhuma relação com o vestimento em educação pública em relação ao PIB, na capitalismo e com as classes dominantes. A propos- proporção de 1% ao ano, de forma a atingir no mínimo 12. a ta dilui a identidade de classe e reforça as “múltiplas” 7% do PIB até 2011 e no mínimo 10% até 2014.”. Em 13. a identidades específicas. Trata-se de um reforço do mul- primeiro lugar, não assume a defesa dos 10% (rumo aos 14. f ticulturalismo, substituindo-se a luta de classes pela to- 15%), no mínimo para educação, como propõe os mo- 15. f lerância inter-classes. vimentos social e sindical e não aponta que é impossí- 11. Paradoxalmente, o texto ressalta a 16. f Quando trata do Fundeb, diz que ele “ se pauta pela vel cobrar dos governos a aplicação de um percentual 17. f universalização do atendimento à educação”, o que é do PIB porque eles não arrecadam PIB, mas impostos, 18. f falso, pois ele prevê apenas a redistribuição de 20% da taxas e contribuições, que correspondem hoje, com base 19. f maioria dos impostos entre o governo estadual e as na contabilidade oficial, a cerca de 40% do PIB. É o 20. f prefeituras com base no número de matrículas na edu- próprio governo federal que se utiliza de subterfúgios 21. f cação básica e em pesos diferenciados dessas matrícu- para que não se considere Taxas e Contribuições nas 22. f las. Com relação ao professorado, o texto afirma que o contas da educação. 23. f Fundeb promoveu a valorização do magistério, porém O documento também propõe desvincular os recur- 24. f não apresenta nada que fundamente isso. Afinal, como sos da educação de qualquer nível de contingenciamento 25. f isso será possível se o Fundeb não abrange uma série e revogar a DRU (Desvinculação da Receita da União), 26. de outros impostos vinculados à educação e, portanto, mas não questiona o fato do governo e seus aliados não 27. f não poderia ser referência para a valorização do magis- terem feito isso até agora. Ao contrário, o governo Lula 28. f tério (pelo menos no sentido de melhoria salarial). prorrogou a DRU por duas vezes e só em novembro de 2009 ela foi revogada pelo Congresso. 29. f Na linha de negação da luta de classes, não dis- 30. f cute a necessidade de uma escola de qualidade para O texto também semeia a ilusão de que órgãos como 31. f a classe trabalhadora e utiliza a expressão “qualida- Ministério Público e Tribunais de Contas fiscalizem 32. f de social”. Até hoje não se discutiu o conteúdo desse os recursos, como se eles não fossem de confiança do 33. f termo, presente no atual PNE, que permaneceu assim Capital. Os Tribunais de Contas tem seus conselheiros 34. para comodidade do governo federal e dos especialis- nomeados por critérios políticos, não técnicos, adotam 35. f tas em generalidades. O CONAE não faz uma análise as interpretações mais variadas e contraditórias sobre as 36. f do PNE de 2001, cujas metas não foram cumpridas. Se receitas e despesas em educação, na maior parte das ve- 37. f seus fundamentos neoliberais têm sido buscados pelos zes favoráveis aos governantes. 38. f governos, seus objetivos específicos foram jogados na 39. f lata de lixo. 31o Congresso Nacional O texto do CONAE aponta para isso, mas é, propositalmente, omisso sobre o FIES, que, é apresentado dos Trabalhadores em Educação 43 Caderno de CSP-Conlutas Resoluções » 1. a como um fundo para financiar o estudante das institui- A CNTE marcou para o dia 16/03/2010 um dia na- 2. a ções privadas de ensino superior, mas que garante ao cional de paralisação. O eixo de mobilização foi o Piso 3. a ensino privado lucrar de três formas: (1) uma clientela Salarial Nacional aprovado pelo governo Lula e apoia- 4. a cativa; (2) diminuição da capacidade ociosa; (3) uma do pela CUT e CNTE. Em março inicia a greve dos 5. a receita para pagar as dívidas com o INSS. professores de São Paulo contra as provas para contra- 6. a Além disso, quando fala sobre o investimento pú- tação de professores e provas de avaliação de mérito e 7. a blico no ensino superior, a obrigatoriedade muda para pelo aumento de 34,3%, uma greve onde a direção do 8. a “prioritariamente”, provavelmente para despistar a sindicato teve como centro de sua política o desgaste 9. a contradição do financiamento público às IES privadas eleitoral das candidaturas do PSDB ao governo esta- 10. a através do Prouni, cujo caráter privatizante o documen- dual e à presidência. Em abril, como relata o “CNTE 11. notícias” estoura as greves em Minas Gerais e Mato to, mais uma vez de propósito, não comenta.. Por fim, constatamos que a Conae esteve longe Grosso, ambas reivindicando a aplicação do Piso Na- 13. a de ser democrática e debater seriamente os principais cional. Em Tocantins a greve foi vitoriosa e conquistou 14. f problemas da educação,uma vez que o texto base apre- 25% de aumento. As greves sofreram dura repressão. 15. f sentado pelo governo, é quase o mesmo publicado pos- Também entraram em greve os professores de Ala- 16. f terior as conferencias municipais e estaduais, sendo goas, Goiás, Pará e Pernambuco. Predominou a luta 17. f apenas mais uma tentativa de mobilização de forças pelo piso e plano de carreira. A política da direção da 18. f pró-governo na campanha para as eleições presiden- CNTE segue a tática de reforçar o governo Lula, tan- 19. f ciais em 2010 e de legitimação das iniciativas governa- to pelas reivindicações, como pelo tipo de enfrenta- 20. f mentais. Frisamos que a Conferencia ocorreu poucos mento desenvolvido em especial em estados dirigidos 21. f meses antes da eleição presidencial, sendo, pois, um pelo PSDB. Nestes o confronto dos professores com a 22. f bom palanque para a candidata do governo federal. polícia foi utilizado como denúncia da truculência do 12. a PSDB em especial de Serra. 23. f GESTÃO Quase dez estados em greve simultaneamente e a 25. f Balanço da CNTE: De sindicato nacional a departa- direção da CNTE nada fez para unificar essas lutas. O 26. mento do MEC. que podemos verificar é que existia um plano da CNTE; 24. f BALANÇO POLÍTICO DA 27. f O congresso da CNTE de 2011 ocorrerá no início desencadear movimentos que reforçassem o governo 28. f do governo Dilma que já declarou a continuidade da federal através da defesa do piso salarial e denunciar os 29. f atual política educacional. Política essa que secunda- governos tucanos utilizando para tal as greves nos esta- 30. f riza a educação para atender as necessidades dos ren- dos – principalmente São Paulo, o estado de José Serra. 31. f tistas nacionais e internacionais, em especial a política Portanto, o centro da política da CNTE foi o re- 32. f imperialista de manter o Brasil como produtor de com- forço do processo eleitoral e das instituições; além da 33. f modities. Um dado significativo desses interesses é ex- defesa do governo Lula e do piso salarial nacional. 34. traído do orçamento executado pelo Governo de Frente O governismo explícito da CNTE – e da cen- 35. f Popular em 2008: foram destinados R$ 282,5 bilhões tral sindical a qual é filiada, a CUT – reforça mais 36. f para a remuneração dos juros da dívida e apenas R$ do que nunca a necessidade de unificar todos os se- 37. f 23,7 bilhões para a educação – em 2009 e 2010 a situ- tores que se opõem a essa política para defender a 38. f ação foi parecida, os serviços da dívida pública foram categoria dos futuros ataques do governo Dilma. 39. f mais de dez vezes maior que o gasto com educação. 44 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSP -Conlutas Resoluções » 1. a PLANO DE LUTAS 2. a Em todo o mundo estão atacando os direitos dos sem indenização; o não pagamento das dívidas interna 3. a trabalhadores e da juventude. As principais economias e externa; o controle estatal sobre o fluxo de capitais 4. a capitalistas – EUA e Europa – estão aproveitando o (entrada e saída), câmbio e juros; reajuste automático 5. a avanço da crise mundial para retirar empregos e con- de salários pela inflação; estabilidade no emprego; re- 6. a quistas dos trabalhadores e dos jovens. dução da jornada de trabalho sem redução de salários e 7. a Devemos exigir a estatização do sistema financeiro O governo da Grécia iniciou os ataques impôs a 8. a reforma da previdência aumentando o tempo de con- expropriação de todas as empresas que demitirem trabalhadores. 9. a tribuição e reduzindo salários; na Espanha outra refor- Juntamente com isso, a CNTE deve unificar as 10. a ma previdenciária reduziu salários e pensões; Portugal lutas dos trabalhadores em educação a nível nacional 11. 12. a adotou medidas similares. pela defesa dos nossos direitos e por nossas reivindica- O governo irlandês anunciou a demissão de 20.000 13. a servidores e a redução de 12% nos salários. Na Ingla14. f terra as anuidades das universidades públicas estão 15. f sendo triplicadas. ções – piso salarial do DIEESE por 20 h/aula e 50% de hora-atividade, entre outras. Defender o piso nacional do governo federal é atrelar nosso movimento aos interesses governamentais e 16. f Na França a reforma da previdência; reduziu apo- rebaixar nossa plataforma de luta. Nos estados onde a 17. f sentadorias e pensões, aumentou a idade e o tempo de luta pelo piso do governo pode mobilizar a categoria 18. f contribuição para aposentadoria. devemos ser parte desta luta, mas em todas as mobili- 19. f Em todas essas situações houve lutas de resistência zações devemos manter a luta pelo piso do DIEESE e 20. f dos jovens e do proletariado; as lutas ainda continuam. pelos 50% de hora-atividade; exigindo o cumprimento 21. f Também no brasil não devemos pagar o preço da imediato dos 1/3 de hora-atividade previstos na lei do 22. f crise. piso do governo. 23. f A presidente eleita, Dilma Roussef, começa mal. 24. f Está articulando com todos os governadores a volta da ESTATUTO 25. f CPMF e com os empresários a desoneração total da fo- A CNTE, como entidade nacional de trabalhadores 26. lha de pagamento; mais uma provável nova reforma da em educação, deve ser o mais representativa e ampla 27. f previdência e o reajuste zero em 2011 para o funciona- possível fazendo representar em todas as suas instân- 28. f lismo federal. cias todos que fazem parte de nosso movimento. 29. f 30. f Não aceitaremos que retirem nossos direitos e empregos; total unidade para defendê-los. Ao mesmo tempo, considerando que os professores, funcionários e a própria educação pública vivem 31. f Um passo importante na resistência às prováveis sob permanente ataque dos governos federal, estaduais 32. f medidas contra os trabalhadores foi o Encontro Nacio- e municipais; é necessária a unificação e organização 33. f nal Unitário de 25 de novembro/2010 – com a partici- de nossas lutas no país inteiro – não há um ano em que 34. pação de setores da CUT, CSP-Conlutas, Intersindical, haja lutas nos estados e municípios, muitas delas con- 35. f CTB e outros – que indicou a necessidade de um ca- comitantes. 36. f lendário de mobilização e de uma plataforma comum 37. f de lutas que serão formalizados num novo encontro 38. f nacional em janeiro de 2011 – a CNTE deve se somar 39. f a esta luta. 31o Congresso Nacional A CNTE deve ajudar a organizar essas lutas e unifica-las. Por isso entendemos que nossos congressos devam se anuais. dos Trabalhadores em Educação 45 Caderno 1. a de CSP-Conlutas Resoluções » Por outro lado, para assegurar a democracia e re- A opressão da mulher justifica políticas de discrimi- 2. a presentatividade da CNTE é necessário que conste do nação salarial e desprestígio social. Há entre opressão da 3. a estatuto um critério de proporcionalidade – deixar para mulher e desvalorização do magistério relações diretas 4. a o CNE definir a regulamentação pode se tornar um puro que explicam os baixos salários e os rótulos de profissio- 5. a casuísmo a favor dos interesses de eventuais maiorias. nais desqualificadas, despreparadas. A luta das/os pro- 6. a fissionais da educação, além da questão de classe dá-se, Defendemos o critério da proporcionalidade direta 7. a e qualificada para composição da diretoria. também, em outros níveis, num tripé classe-gênero-et- 8. a nia. O ensino pré-escolar no Brasil é 94,8% exercido por 9. a POLÍTICAS PERMANENTES mulheres; no ensino fundamental, 92,6%, ao passo que 10. a As mulheres junto com os demais setores oprimi- no ensino superior é minoria, 40,8% (IBGE). A maior dos deste país são as principais vítimas da pobreza, do participação da mulher num ou noutro nível de ensino 12. a salário mínimo de fome; da ausência de políticas públi- está fortemente vinculado ao valor salarial e ao prestígio 13. a cas tais como saúde, educação e moradia; constituem a social, apesar da guetização atingir toda categoria. Outro 14. f maioria dos/as desempregados/as; ocupam o mercado fator a se verificar é a presença maior ou menor de ne- 15. f de trabalho em maior número nas últimas décadas, em- gras e afrodescendentes nesses níveis de ensino. 16. f purradas principalmente pelo desemprego dos compa- No tocante a violência que sofre cotidianamente em 17. f nheiros e filhos, como mão-de-obra mais barata, sem seu ambiente de trabalho, inclusive os casos de assédio 18. f a garantia de direitos essenciais como creche, auxílio moral e sexual, a professora encontra-se desamparada. 19. f maternidade e geralmente encontram-se em profissões Na sociedade em geral, a discriminação e o precon- 20. f “guetizadas”, discriminadas salarialmente e desvalo- ceito são constantes nos locais de trabalho, nos discursos 21. f rizadas socialmente, tais como o serviço doméstico, a e práticas religiosas, nas relações sociais, nos meios de 22. f educação, a saúde etc. comunicação etc. Não raramente, o preconceito é fatal, o 11. 23. f Essas trabalhadoras foram duramente atacadas que faz com que o Brasil contabilize cerca de 2 mil ho- 24. f com a Reforma da Previdência do governo Lula, ao mossexuais assassinados somente nos últimos 20 anos. 25. f exigir de milhares de trabalhadoras rurais e domésticas Lamentavelmente, nas escolas a situação não é diferente. 26. comprovação do tempo de serviço, aprofundando-o, Construção de creches para o atendimento de toda 27. f ao ampliar em 7 anos a idade mínima para efeito de 28. f aposentadoria, desconsiderando as múltiplas jornadas 29. f de trabalho e o aprofundamento de medidas neolibe- 30. f rais ameaça retirar direitos conquistados pelos/as tra- 31. f balhadores/as como o 13º salário, férias, multa sobre o 32. f FGTS, e uma medida que atinge em cheio as mulheres, Orientação sexual nas escolas; 33. f a redução da licença maternidade. Proibição da concepção educacional que orienta as 34. As mulheres lutam fundamentalmente combatendo demanda hoje existente; Política de formação sobre o tema opressão e superexploração de negros e negras, mulheres e LGBTT; Elaboração de materiais para as profissionais da educação abordando assuntos específicos; mulheres para as tarefas domésticas; 35. f o capitalismo que sobrevive da fome e da pobreza de 36. f mais da metade da população mundial, da opressão, do tereótipos discriminatórios; 37. f racismo, do machismo, da homofobia, da xenofobia e Combate à homofobia; 38. f de tantas outras formas de intolerância no intuito de Inserção no currículo: a luta das mulheres contra a 39. f dividir para reinar. 46 Por uma nova didática de ensino que não utilize es- opressão, o machismo e a violência sexista; 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSP-Conlutas Resoluções » 1. a Direito ao aborto em hospitais públicos; percentual de negros existentes nas regiões em que se 2. a Acesso a métodos contraceptivos gratuitos e a tra- encontram as universidades, escolas técnicas, serviços públicos, etc. 3. a tamentos de fertilização; Evidentemente, toda a discussão racial, no nosso 4. a Defesa da união civil homossexual; 5. a Contra a obrigatoriedade dos exames ginecológi- entender, deve-se combinar com as lutas gerais dos 6. a cos para admissão; trabalhadores e trabalhadoras, no sentido de discutir, 7. a Direito à licença para amamentação; como afirmava Malcolm X, que “não existe capitalis- 8. a Por um salário família de meio salário mínimo do mo sem racismo”. Por isso, a luta pela real libertação 9. a DIEESE por cada filho; de negros e negras deve-se combinar com o não paga- 10. a mento das dívidas, a ampliação de verbas para a edu- 11. 12. a Ampliação da licença maternidade para seis meses cação, saúde e demais serviços públicos, a redução da e da paternidade para trinta dias; Redução da jornada de trabalho para mães e pais jornada de trabalho sem redução de salários etc.. Implementação, de fato, da lei 10.369, com desti- 13. a no primeiro ano de vida dos filhos; nação de verba para a formação dos educadores; 14. f Pela descriminalização e legalização do aborto. 15. f O racismo é um sério problema no interior das es- 16. f colas, não é novidade para ninguém. Livros didáticos 17. f carregados de ideologia racista e conteúdo eurocêntri- 18. f co, discriminação aberta contra alunos e professores 19. f são lugar comum. Reivindicamos políticas pedagógi- 20. f cas para lidar com o tema. Denúncia do Estatuto da Igualdade Racial como mais uma manobra do governo Lula; Denúncia da violência policial e racial contra os negros, principalmente nas áreas periféricas; Exigir do governo federal que 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, seja feriado nacional. 21. f Os que muitos se recusam a admitir é que esta si- 22. f tuação – estimulada pelas políticas governamentais e 23. f pela omissão ou cumplicidade dos movimentos negros 24. f e aliados do governo no movimento sindical – só está Bonfim, Gislene Lopes Bosnich, Claudio Soares De 25. f piorando. Souza, Nivia Leao Almeida, Maria Emilia Fonseca De ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO Sinpeem SP: Lourdes Quadros Alves, Clarice A defesa das cotas raciais deve ser combinada com Moraes, Alessandro Rubens De Matos, Douglas Rosse- 27. f a ampliação dos serviços públicos e um plano de obras, to, Helena Maria Martins da Silva, Sind-Ute Mg: An- 28. f para gerar emprego e moradia para a população negra. gêlo Barcelos Silveira,Gilber Martins Duarte, Huender 29. f Neste ponto, nos diferenciamos tanto daqueles que se Dias Franco, Elivander José Mendonça, Gilberto José 30. f opõem às cotas com argumentos reacionários (como os De Melo, Sinte-Pi: Marcos Fernandes Lima, Romildo 31. f intelectuais que assinaram o manifesto “Todos têm di- De Castro Araújo, Francisco Petrônio De Paula, José 32. f reitos iguais na República Democrática”) quanto dos Maurício M. Santos, CPER-RS: Regis Batista Ethur, 33. f governistas, que inseriram a proposta no projeto de Re- Antonio Carlos Rodrigues, Jeferson de Souza Cava- 34. forma Universitária ou daqueles que defendem a cota lheiro, Manoel da Silva Fernandes, Ana Clélia Schnei- 35. f por si mesma como solução para a questão racial. der Teixeira, Andréa Cezimbra Ortiz, Maria Resplande 26. 36. f Para nós, as cotas raciais são justas e necessárias Batista de Sá, Margareth Rose Rodriguez, José Cláu- 37. f para que o Estado comece a reparar a população negra dio Ramos Cardoso, Eunice Souza Couto, Júlio Cezar 38. f pelos séculos de racismo e escravidão. Neste sentido, Leirias Flores, Leda Magna de Lima Gobbi, Paulo Ri- 39. f também, defendemos cotas raciais proporcionais ao cardo Merten, Apeoesp: Silvio de Souza, Ézio Expedi- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 47 Caderno de CSP-Conlutas Resoluções » 1. a to Ferreira Lima, Gilberto de Lima da Silva, Claudio wski, Maria Helena Boeira Bittencourt, Helga Anita 2. a Juhrs Rodrigues, Mara Cristina de Almeida, Ulisses K.Feliciano, .Eva Teresinha Jornada, Maria de Fátima 3. a Gomes de Oliveira, Rui Carlos Lopes de Alencar, Ado- Vieira Contreira, Zenira Andres Manara, Salete Maria 4. a nias Costa de Aquino, Edson Vieira de Melo Filho, Possan Nunes, Francisca Izabel da Silva Bueno, Lani- 5. a Joel Fernando Changane, Edson Silvino Barbosa da mar Pires Supptitz,, Márcia de Medeiros Barilli, Hoza- 6. a Silva, Antonio de Oliveira, Maria Aparecida Soares, na de Fátima da Silva Perera, Irma de Almeida Panis- 7. a Flademir Batista de Oliveira, Linus Nakamura, Neusa son, Maria Cristina Silva de Souza, Maria Celestina de 8. a Maria Marcondes, Luiz Carlos de Freitas, Idalina Le- Castro, Luciane Bernardi Polachini, Valmor Fontana, 9. a lis de Freitas Souza, Luiz Carlos Sales Pinto, Sergio Lourdes Salete Bruschi, Anair de Lucchi, Rosane Biffi 10. a Albenes da Silva, Eliana Nunes dos Santos, Claudia Aravassos, Elza Terezinha Bernardi da Rocha, Delci 11. Cristina Alves Souza, Marcelo de Souza, João Luís Lourdes Peruzzo Comiran, Odete do Amaral Marcolan, 12. a Dias Zafalão, Flavio James de Paula, Valdemir Lima Leda Maria Lemos Porto, Jaime Antonio Censi, Maria 13. a Cerqueira, Veruschka de Sales Azevedo, Shirley Kelly Claudete Oliveira Ferreira, Claudia Maria Panser, Nor- 14. f R Moreira, Joaquim Joao dos Anjos, Lucy Lopes Da ma dos Santos Machado, Sandra Bernarda Mantovani, 15. f Rocha, Karl Heinz Hadzic Junior, Flavio Estefanio Al- Paulo César Machado, Janice Bairros Zambrana, Pe- 16. f ves, Roodney Herminio, Dayana Teixeira Dos Santos, dro Moacir Abrianos Moreira, Michela Regina Scherer 17. f Regis Goncalves de Oliveira, Marinete Ferreira Cunha, Vieira, Adelia dos Santos Pimentel, Conceição Osó- 18. f Valmi Fernandes dos Santos, Orimar Fernandes, Cintia rio Sales, Alveni Teresinha Diehl, Adriani Reis Fin- 19. f Carla Ferraz L Demarchi, Eliane Catia Alves De Sou- ger, Clarice Maria Rohr, Ivete Basso, Edson Gilberto 20. f za, Richard Araújo, Ana Cristina De Oliveira, Eliana Sotoski Soares, Ironita Adam Ramos, Eny Osório de 21. f Penha Rinald Silveira, Jefferson Júnior Dias De Oli- Sales, Maria da Conceição Silveira, Dea Terezinha 22. f veira, Edson Calheiros Costa, José Geraldo Correa Ju- Reis Finger, Nilva Schacht Lamper, Maria Aparecida 23. f nior, Maria Del Carmen Túbio Pereira, Vilson Antônio Portela Prado, Astor Henrique Nagel, Marivete M de 24. f Fiorentin, Roberta Maria Teixeira De Castro, Edgard Melo, Laura Marques, José Rogério da Silva Pache- 25. f Fernandes Neto, Paulo D. Silva Pereira, Fransérgio co, Ana Lúcia Xavier Cabral, Maria do Horto Osório 26. Noronha De Oliveira, Ana Paula Pascarelli, Sueli De de Morais, Lea Beatriz Lopes Pimentel, Tânia Mara 27. f Araújo Mangabeira, Alfredo Andrade Da Silva, Sind. Vasconcelos, Genilce Coelho dos Santos, Salete Maria 28. f UTE Vanessa Portugal, André Nogueira de Ávila, Ele- Abel Rodrigues, Erico Torres, Rosana Grigoletto dos 29. f andro da Fonseca, Gustavo Olimpio S. Rocha, Maria Santos, Vera Regina Lopes de Araújo, Jussara Vargas, 30. f Betania F. Lobato, Silvio de Souza, Janaina Rodrigues, Luzia Regina Pereira Herrmann, SINTE– PI 40 Hally- 31. f ANDREA CARLA FERREIRA, CPERS Regis Batista son F. D. Monteiro, APP-PR Marica Fahrrer, Rodrigo 32. f Ethur, Sonia Terezinha Pacheco Braga, Albina Maria Tomazini Dias, Ivan Ramos Bernardo, Marcello Loca- 33. f Silveira Trindade, Janaína de Fátima Echeveste Pe- telli Barbato, Políticas Permanentes:Luci Ferreira da 34. reira, Maria Amália de Oliveira Dreyer, Neiva Matos Silva, Riberto Meroni, Eva de Fátima Ferreira Cunha, 35. f Moreno, Maira Iara de Farias Ávila, Cláudia Simone Lourdes Ferreira da Silva Moura, Mauro Sérgio Ma- 36. f Costa de Farias, Roberto Rocha da Rosa, Vera Lúcia galhães, Plinio Roberto Zangirolami, Adriana Teixeira 37. f Rodrigues de Souza, Tereza Guimarães, Mariangela da Gomes, Daniele Luz de Andrade, Marly de Almeida 38. f Silva Alexandre, Angela Marcia de Souza Rodrigues, Lopes, Edivaldo dos Santos Nascimento. 39. f Cleonita de Souza Vaz, Carla Simone de O. Blasko- 48 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a de Articulação de Esquerda Resoluções » RESOLUÇÃO 6 :ARTICULAÇÃO DE ESQUERDA 3. a 4. a CONJUNTURA NACIONAL E INTERNACIONAL vernos que implementaram as políticas neoliberais no 5. a Situação e perspectivas, no mundo e no Brasil Brasil, produzindo abertura comercial, endividamento 6. a A eleição de Dilma Roussef deve ser comemorada externo, privatizações e redução das políticas sociais. 7. a pelos partidos de esquerda e pelos movimentos sociais Depois, durante os oito anos de governo Lula, teve iní- 8. a brasileiros por três motivos fundamentais: i) ela se com- cio um lento processo de reversão das políticas neoli- 9. a prometeu em dialogar com os movimentos sociais e berais. 10. a nunca reprimir; ii) ela se comprometeu em erradicar a 11. O governo Dilma (2011-2014) terá dois grandes miséria e continuar mudando o Brasil; iii) uma mulher desafios: acabar com a influência do neoliberalismo 12. a na presidência é importante para combater a discrimina- (expressa principalmente nas altas taxas de juros) e 13. a ção machista que afeta metade da população brasileira. acelerar a implementação do desenvolvimentismo com 14. f Os movimentos sociais já aprenderam, contudo, que distribuição das riquezas. 15. f não basta eleger um presidente da República (ou um Para fazer isto, o governo Dilma e seus apoiadores 16. f governador, ou um prefeito). O Estado brasileiro não terão que enfrentar a oposição, que recebeu 44% dos 17. f foi construído para favorecer os trabalhadores. O Estado votos e elegeu os governadores de estados importantes 18. f brasileiro foi construído, ao longo de séculos, para favo- do país, como São Paulo, Minas Gerais, Pará, Santa 19. f recer os grandes capitalistas, os latifundiários, os ricos, Catarina e Paraná, além de senadores e deputados. 20. f os poderosos. Mesmo que o presidente tenha fortes com- Por quais motivos a oposição recebeu tantos vo- 21. f promissos com o povo, existem vários mecanismos que tos? Se Lula tem 80% da aprovação popular, por qual 22. f dificultam e algumas vezes até impedem que o governo motivo sua candidata recebeu 56% dos votos válidos? 23. f aja em favor das maiorias. Existem dois motivos principais. 24. f Um balanço detalhado do processo eleitoral precisa O primeiro motivo é o seguinte: durante o governo 25. f incluir o conjunto das eleições, não apenas a presiden- Lula, houve uma melhoria nas condições de vida do 26. cial. Governadores, senadores, deputados federais e es- povo; mas esta melhoria material não foi acompanhada 27. f taduais, votos de cada partido e coligação, abstenções, de um progresso equivalente no nível político, cultural, 28. f programas e debates, tudo deve ser objeto de análise de- ideológico da população. 29. f talhada. Neste texto, nos limitaremos a alguns aspectos 30. f que nos parecem centrais na campanha presidencial. O segundo motivo é o seguinte: o governo Lula melhorou a vida do povo, sem prejudicar os ricos, que 31. f A polarização entre PSDB e PT é a expressão par- ganharam dinheiro “como nunca antes na história des- 32. f tidária de uma disputa que vem de longe, na história do te país”. O resultado disto é que uma parte dos “seto- 33. f Brasil: a disputa entre duas vias de desenvolvimento. res médios” (gente que não é rica, mas também não é 34. De um lado, os que defendem um desenvolvimento sem pobre) conclui que está perdendo status social, pois os 35. f distribuição das riquezas; de outro, os que defendem um pobres estão subindo na escala social; os ricos ficam 36. f desenvolvimento com distribuição das riquezas. cada vez mais ricos; enquanto os setores médios conti- 37. f Esta disputa entre duas vias de desenvolvimento se 38. f acentuou entre 1990 e 2002, quando o Brasil foi go- É daí que vieram os 44% de votos de José Serra: 39. f vernado por Collor, Itamar e Fernando Henrique. Go- a soma entre um punhado de ricos (que podem ganhar 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em nuam onde já estavam. Educação 49 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a dinheiro como nunca, mas não votam na candidata do financeiras em todo o mundo. Pois bem: para enfren- 2. a PT), mais setores médios insatisfeitos com a perda de tar sua crise interna, os Estados Unidos estão aumen- 3. a status social, mais setores pobres sem consciência de tando a quantidade de dólares existentes no mundo. 4. a classe. Com isso, o dólar fica mais barato (pois existe em mais 5. a quantidade). Se o governo Dilma quiser enfrentar estes proble- 6. a mas, ele precisa investir em três ações: reforma tribu- O problema é que se os Estados Unidos vende 7. a tária, democratização da comunicação social e refor- mais, os outros países compram mais (dos EUA) e 8. a ma política. vendem menos (para o resto do mundo). Pois ao mes- 9. a Reforma tributária, progressiva, com imposto so- mo tempo que o dólar fica mais barato, as outras mo- 10. a bre grandes fortunas, para o Estado ter mais dinheiro edas, cotadas em dólar, ficam mais caras. Na prática, 11. para investir em crescimento econômico e nas políti- o produto brasileiro passa a custar mais caro do que o 12. a cas sociais. Mais dinheiro, sem penalizar os setores importado dos EUA. Para complicar um pouco mais 13. a médios. a equação, a China (que é a maior fábrica do mundo) 14. f Democratização da comunicação social, para que mantém a sua moeda nivelada com o dólar. Ou seja, os 15. f a melhoria nas condições de vida da população seja 16. f acompanhada de uma mudança progressista na cultu- A reação a isto, por parte dos demais países, ou 17. f ra, na visão de mundo, na ideologia, na consciência das pelo menos daqueles que têm força para reagir, é des- 18. f pessoas. Além da comunicação, é preciso mais atenção valorizar sua própria moeda; ou adotar medidas que 19. f para a Educação, para a Cultura e para os Esportes. limitem a entrada e saída de capitais; e aumentar as produtos chineses também ficam mais baratos. 20. f Reforma política, para acabar com a influência do barreiras comerciais aos produtos estrangeiros. Ou 21. f poder econômico nos processos eleitorais, que hoje seja: uma “guerra cambial”, comercial e... que pode 22. f acontece através do financiamento privado das cam- virar uma guerra de verdade, pois como alertou a pró- 23. f panhas eleitorais. pria presidenta Dilma Roussef, foi assim que começou a escalada que terminou dando na Guerra Mundial. 24. f Para enfrentar a oposição, portanto, o governo 25. f Dilma terá que dar conta de três grandes objetivos: Interessa ao Brasil transformar a América Latina 26. reforma tributária, democratização da comunicação e num bloco regional. Isto passa por fortalecer duas ins- 27. f reforma política. Os objetivos da oposição são: des- tituições: a Unasul (União das nações da América do 28. f gastar ao máximo o governo Dilma, ganhar as eleições Sul) e a Celalc (Comunidade dos estados latino-ame- 29. f municipais de 2012 e preparar o cenário para disputar ricanos e caribenhos). Passa, também, por criar uma 30. f com chances a eleição de 2014. Para atingir estes ob- infra-estrutura comum (estradas, pontes, iniciativas 31. f jetivos, haverá uma divisão de trabalho na oposição, econômicas como as refinarias feitas em conjunto por 32. f entre os parlamentares, os governadores e os meios de Venezuela e Brasil etc.), compatibilizar legislações, 33. f comunicação. realizar comércio usando as moedas dos próprios paí- A crise econômica internacional continua e está se ses (e não o dólar), estimular o estudo das línguas (es- 35. f agravando. Sua principal expressão, hoje, é o que está panhol e português, basicamente), fortalecer os víncu- 36. f sendo chamado de guerra cambial. Para explicar o que los culturais, ter uma política de segurança ambiental 37. f é a guerra cambial, é importante lembrar que o dólar e nacional comum (a Amazônia, por exemplo, é com- 38. f é, ao mesmo tempo, a moeda dos Estados Unidos e a partilhada por nove países e precisa disso) etc. Nem 39. f principal moeda utilizada nas transações comerciais e todos os governos latinoamericanos e caribenhos de- 34. 50 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a fendem a integração continental. Os governos do Peru, POLÍTICA EDUCACIONAL 2. a Chile, Colômbia, México, Panamá e Honduras, por Ao cabo de 08 anos o que se pode dizer da política 3. a exemplo, são pró-integração com os Estados Unidos. educacional levada a termo no governo Lula da Silva? 4. a Além disso, dentro de cada país existe uma oposição A resposta exige uma análise de muitos fatores e, por- 5. a de direita que é contra os governos progressistas e de tanto, muito mais complexa, no entanto, nortearemos 6. a esquerda. No Brasil, por exemplo, José Serra iniciou a discussão a partir do que entendemos como consoli- 7. a sua campanha eleitoral atacando a Bolívia, o Paraguai dado na política educacional e aquilo que apresenta re- 8. a e o Mercosul (acordo comercial que reúne a maioria sistência na implementação por setores conservadores 9. a dos países da América do Sul). A integração é inevitá- e, em alguns casos, no meio mais popular, por desin- 10. a vel. Ou se fará com os Estados Unidos, desintegrando formação e enviesamento das discussões. Inicialmen- 11. os países por dentro. Ou se fará em torno da própria te, é inegável a caminhada iniciada em direção a uma 12. a América Latina, integrando os países por dentro e por maior democratização do acesso ao Ensino Superior. 13. a fora. Este segundo tipo de integração depende total- Os diversos mecanismos para o alcance desse objetivo 14. f mente do Brasil. Por isto, o governo Dilma terá que passaram por programas como PROUNI, ENEM E AS 15. f investir ainda mais na integração, inclusive através de POLÍTICAS DE AÇÕES AFIRMATIVAS. 16. f investimentos diretos do Banco Nacional de Desen- 17. f volvimento Econômico e Social. Cremos como consolidados os dois primeiros programas, mas reputamos como fundamental a defesa das 18. f Dentro do povo, há dois segmentos que devem ações afirmativas, preocupando-nos diretamente, a re- 19. f merecer nossa atenção especial: os trabalhadores e a tirada desse item no programa de Direitos Humanos. O 20. f juventude. Os trabalhadores são a principal força so- PROUNI apesar de consolidado, não encerra críticas 21. f cial deste país. E somos nós que devemos nos organi- que o movimento popular, mais de perto aqueles que 22. f zar para construir um caminho de mudanças, sem per- militam no setor educacional têm feito, a exemplo de 23. f der de vista a construção de uma sociedade socialista. o recurso público ser canalizado para Institutos supe- 24. f A juventude, porque é o futuro. E atenção: em riores privados, principalmente pela possibilidade de 25. f 2014, os jovens que estiverem votando pela primeira estancar a expansão das Universidades Públicas, algo 26. vez terão nascido em 1998 e não terão conhecido ne- vital para o processo de democratização do Ensino Su- 27. f nhum governo federal que não os governos do PT. E, perior. 28. f pior ainda, para muitos deles, o PT, a esquerda, Lula e O PDE ( Plano de Desenvolvimento da Educação) 29. f Dilma serão exemplos do tradicional, do estabelecido. também se consolidou como determinação da política 30. f Se não soubermos trabalhar politicamente a juventu- educacional nos entes federados, tendo em vista a as- 31. f de, eles poderão votar majoritariamente na oposição sinatura do Termo de Adesão que obriga uma série de 32. f conservadora. ações conjugadas para a melhoria educacional. Porém, A mesma situação se repete, com as diferenças e a exigência da implantação da Gestão democrática, não 34. ajustes óbvios, em cada estado e município do país. tem sido praticamente observada por Estados e Municí- 35. f Com um agravante: a esquerda é mais forte nacional- pios que insistem em ignorar a determinação no Plano 36. f mente, do que nos estados e municípios. Embaixo, a de Aplicação, negligenciando um dos grandes fatores 37. f direita continua muito forte. E vão nos enfrentar nas da mudança da prática educacional vigente.Nesse par- 38. f eleições municipais de 2012, preparando o terreno para ticular, faz-se mister observar a exigência do estabele- 39. f uma candidatura forte deles em 2014. cimento da avaliação de desempenho para o professora- 33. f 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 51 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a do, é possível que nos próximos anos, todos os estados o ENEM como fator decisivo para o acesso ao Ensino 2. a brasileiros sejam pautados por essa exigência, o que vai Superior. 3. a exigir dos educadores formulação e disputa para que O que de fato não está consolidado é o Programa 4. a tenhamos um processo de avaliação de desempenho de Ações Afirmativas perpetrado pelo Governo Fede- 5. a democrático, eficiente e justo.O PDE também consoli- ral. A objeção a esses programas tem diversas facetas 6. a dou a parceria do ESTADO BRASILEIRO com O EM- e interesses, considerando a garantia aos setores mais 7. a PRESARIADO que cada vez mais adentra no centro populares o acesso não só as Universidades, como tam- 8. a nervoso das decisões educacionais, obrigando-nos a bém, a cursos, quase que exclusivamente freqüentados 9. a lutar contra o estabelecimento de formas ultrapassadas pela elite nacional, trazendo consideráveis redimensio- 10. a de alfabetização, muitas vezes sem êxito. Outra políti- namentos, inclusive para a rede particular de ensino, 11. ca consolidada também com um caráter que necessita principalmente aquelas escolas que se especializam em 12. a de muito debate, não pela transferência de renda, mas preparar para determinados cursos. As ações afirmati- 13. a diretamente pelo êxodo que provoca no ensino regular, vas devem ser vistas, não só como resgate de direitos, 14. f a saber: O PROJOVEM. Esse programa foi ampliado negados no processo de formação da nossa brasilidade 15. f para o campo, para os adolescentes, o que denota a sua a um dos povos que mais foi responsável pela constru- 16. f consolidação, com ela trazendo o aberrante aligeira- ção da nossa riqueza, mas também, como a abertura 17. f mento da formação da faixa etária jovem, entre outros. de oportunidade numa sociedade excludente que não 18. f Na prática, observa-se a nociva forma de recrutamento, apresenta as mesmas oportunidades para todos os seus 19. f considerando as relações de trabalho, tendo em vista filhos e filhas. Notadamente, o Programa de Ações 20. f o fato de que não há uma necessária relação professor Afirmativas é um mecanismo criado em defesa da etnia 21. f com a rede que adota o programa, podendo a rede , seja negra, dos portadores de deficiência física e das classes 22. f estadual, seja municipal, congregar nos seus quadros, mais pobres. É o Estado brasileiro fazendo a defesa de 23. f via contrato temporário, profissionais de todas as redes, seus filhos mais pobres e injustiçados, alvos de uma 24. f inclusive particular. costumeira exclusão que destina aos mesmos a inexo- 25. f Não obstante o aumento da sua importância, o rabilidade da subalternação e do abandono. 26. ENEM não está ainda consolidado como um instru- A grande expectativa aberta pelo Governo Federal 27. f mento de acesso ao Ensino Superior, o que não pode foi a realização da CONAE (Conferência Nacional de 28. f ser confundido com a política educacional de exames. Educação), amplo debate foi feito sobre a realidade da 29. f Os motivos são vários e vão desde a formatação da lici- educação brasileira, apontando para a busca da supe- 30. f tação e os problemas advindos da mesma, como a pró- ração dos vários gargalos. Sem duvida, pela sua repre- 31. f pria discussão nas inúmeras Universidades a respeito sentatividade e abrangência, pelo debate qualificado 32. f da sua significância como instrumento classificatório, e pelo seu ineditismo foi um marco no atual governo, 33. f além dos problemas com a lisura do exame, conside- o que não inviabiliza a crítica de ter-se realizado ape- 34. rando os últimos episódios de vazamento e erros de nas no último ano do segundo mandato do Presidente 35. f impressão de exemplares da prova. Apesar dos senões, Lula. A CONAE se constitui na grande referência para 36. f esse instrumento tem servido às classes populares como o PNE ( Plano Nacional de Educação) cuja vigência se 37. f essencial para ter acesso a cursos antes dificilmente fre- encerra este ano, e o Governo Federal precisa apresen- 38. f qüentados por esse estrato da população. Nunca é tarde tar à sociedade uma nova proposta ainda em 2010. Se 39. f para dizer que um filão da classe média já trabalha com tomarmos como parâmetro os tópicos que foram apro- 52 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a vados na CONAE, teremos um bom PNE. O grande nó ção básica vem reduzindo sistematicamente. Parado- 2. a passa pela ampliação dos recursos para educação em xalmente no ano de 2010, em virtude da retomada do 3. a 10% do PIB, hoje investimos 5%, e ao que nos parece, crescimento econômico, as receitas da União batem re- 4. a o Governo Federal pretende aumentar para 7% de ime- cordes, porém sem repercussão nos outros entes fede- 5. a diato. Ainda insuficiente, se quisermos vencer proble- rados, situação que precisa ser melhor apreciada numa 6. a mas crônicos como o analfabetismo, as precárias con- futura reforma tributária. 7. a dições de trabalho e de estrutura das escolas; a inclusão Assim, cabe-nos uma reflexão mais detalhada a 8. a de milhões de crianças em creches e pré-escolas, a dis- respeito do papel do poder judiciário, bem como das 9. a torção série-idade no ensino fundamental, a expansão consequências da aprovação de determinadas leis que, 10. a com qualidade do ensino médio e das universidades, e em tese são importantes, como a do PSPN, no entan- 11. to aprovada com a desvinculação de uma estrutura a valorização do professor com política específica de 12. a formação e salários dignos, este um capítulo à parte. de carreira que valorize, e sem um financiamento vi- 13. a Portanto, um PNE que expresse os anseios da so- goroso, pode redundar na fragmentação sistemática da 14. f ciedade será a nossa próxima trincheira de luta, e a nos- carreira docente, e na continuidade do quadro de desva- 15. f sa grande disputa no Congresso Nacional lorização profissional do educador brasileiro. Portanto, 16. f 17. f PISO SALARIAL. VALORIZAÇÃO? STF, UMA urge um total redimensionamento do financiamento da educação com um aumento significativo de recursos PEDRA NO CAMINHO? 18. f Em julho de 2008, o Governo Lula sancionou a Lei em relação ao PIB brasileiro, bem como a regulamenta- 19. f do PSPN ( Piso Salarial Profissional Nacional). Uma ção do Pré-Sal, com um aporte significativo de recursos 20. f lei importante na busca pela valorização do magistério dessa receita para a educação, conforme deliberação da 21. f público, porém com um valor baixo, R$ 950,00 , além CONAE. 22. f de ter uma redação complexa e confusa, facilitando a PNE , O QUE ESPERAR ? 23. f atuação contrária daqueles que não queriam ver a lei O PNE que se encerra este ano não conseguiu cum- 24. f aprovada. Em dezembro de 2008 o STF, a partir da so- prir a grande maioria das metas que foram estabeleci- 25. f licitação julgou a lei como constitucional, no entanto das em uma lei que surgiu em plena vigência das polí- 26. põe obstáculos que frearam até o momento a imple- ticas neoliberais e que se propunha a avançar na qua- 27. f mentação do PSPN na maioria dos estados brasileiros. lidade da educação sem fazer investimentos. Os vetos 28. f A decisão do STF de estabelecer piso salarial como aos artigos que objetivavam ampliar o aumento de re- 29. f remuneração acabou provocando um achatamento sa- cursos para a educação pelo então presidente Fernando 30. f larial na maioria dos estados brasileiros, uma violen- Henrique Cardoso já demonstrava ali que aquele plano 31. f ta precarização da carreira do professor, além de uma não era mesmo para elevar a qualidade social da escola 32. f enorme letargia para a luta, pois estados e municípios pública, muito menos valorizar os seus profissionais. 33. f começaram a utilizar a decisão do STF como barreira Aliados a isto tivemos o absenteísmo da maioria dos 34. para a negociação dos direitos. Para agravar o quadro, estados e municípios na formulação dos seus planos 35. f a crise internacional iniciada em 2008 e aprofundada estaduais e municipais de educação. 36. f em 2009 provocou redução ou estabilidade nas receitas BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 37. f de estados e municípios, sobretudo àquelas derivadas Nos últimos três anos a grande maioria das ações da 38. f de transferências federais, a exemplo do FPE, FPM e Cnte se confluíram na luta pela conquista e implemen- 39. f FUNDEB. Nos últimos 05 anos a matrícula na educa- tação do PSPN nos estados e municípios. E nesse ce- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 53 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a nário importa registrar a interlocução que foi feita pe- sem que a lei seja cumprida em seu inteiro teor, uma 2. a los seus dirigentes no sentido de reverter as primeiras lei que nasceu insuficiente, e que precisa ser alterada 3. a propostas de formulação da lei, em que a idéia de Piso para trazer dignidade aos trabalhadores, e não levá-lo 4. a Salarial se resumia a um valor simbólico, sem qualquer ao rebaixamento de conquista que se vê nos dias atuais. 5. a menção há aspectos de implantação, jornada de traba- Cabe registrar que após o julgamento do STF, a 6. a lho, e sua distribuição de tempo em sala de aula ou fora CNTE através da Secretaria de Assuntos Jurídicos pro- 7. a dela. moveu um encontro para discutir os mecanismos jurí- 8. a As alterações no projeto inicial da lei do piso foram dicos para subsidiar os enfretamentos políticos que as 9. a fruto das mobilizações feitas nos estados no período entidades estaduais que estavam em luta precisavam 10. a mais próximo da aprovação da lei, da boa interlocução para que a implementação do piso se desse de forma a 11. preservar a lei aprovada, mesmo após o julgamento da da Cnte com o parlamento, e de marchas que foram 12. a realizadas durante esse período, embora não tivessem 13. a se repetido as grandes marchas de outrora. Daí tive- Adin do piso. Outro ponto importantíssimo a ser ressaltado foi a 14. f mos uma lei do possível em um cenário de correlação promoção de um grande encontro sobre comunicação 15. f de forças complexo, em virtude da rejeição do projeto sindical realizado pela CNTE, e organizado pela Secre- 16. f por parte de governadores de estados importantes. A lei taria de Comunicação da entidade. O encontro ocorreu 17. f trouxe um valor baixo de piso, R$ 950,00, abre-se para em 2009 com a participação de jornalistas progressis- 18. f uma idéia de Carreira, e teve como avanço o tempo de tas renomados a exemplo de Beto Almeida, e de Vito 19. f jornada fora da sala, no mínimo 33%, percentual supe- Giannoti, que debateram sobre a importância da comu- 20. f rior ao que é aplicado na maioria dos estados brasilei- nicação para a disputa da hegemonia na sociedade. O 21. f ros. trabalho da Secretaria de Comunicação faz com que 22. f A reação dos governadores á lei do piso foi muito a Cnte esteja cada vez mais conectada com as redes 23. f organizada no STF, e embora não tivessem vencido na sociais. No entanto, é visível ainda a necessidade de 24. f tese da inconstitucionalidade, venceram quando con- avançar nessa área, a Cnte mesmo com o seu tamanho 25. f seguiram sustar ou tornar sem efeito liminarmente os e a sua abrangência, é ainda uma entidade de pouca 26. artigos e incisos da lei que versavam sobre piso como visibilidade na mídia, e de pouca penetração em áreas 27. f vencimento inicial, prazo para implementação, jornada alheias à educação. 28. f de trabalho e fórmula de revisão do piso. Isso foi sufi- Registre-se também a grande conquista na área de 29. f ciente para criar um confusão jurídica e um arrefeci- formação da Cnte que foi a Esforce ( Escola de For- 30. f mento de mobilização dos trabalhadores em educação mação da CNTE ) seja pela qualidade da maioria dos 31. f brasileiros que faz com que até os dias de hoje tenha- cadernos de formação sindical que foram enviados às 32. f mos a maioria dos estados brasileiros sem implementar entidades filiadas, seja pela criação da Revista Semanal 33. f piso salarial no vencimento básico, ou com a carreira RETRATOS DA ESCOLA. A revista é um grande re- 34. profissional completamente destruída, no período de ferencial de leitura, estudos e debates sobre a educação 35. f implementação, pelas inúmeras interpretações dadas pública brasileira. 36. f ao julgamento do STF, ou por aporte insuficiente de Mas esse período também foi muito importante a 37. f recursos provenientes do governo federal para consti- atuação do DEFE ( Departamento de Funcionários da 38. f tuição do PSPN. Em dezembro passado fez dois anos Educação ) pelas conquistas dos trabalhadores em edu- 39. f do julgamento da Adin e poderemos ter mais um ano cação não docentes. O Pró-funcionários tem sido um 54 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a importante espaço de formação e valorização dos tra- agricultores permaneçam no campo, preservando, 2. a balhadores em educação que ao se profissionalizarem, assim, a função social da terra; 3. a além de melhorar a qualidade do seu trabalho, facilita 6. Lutar em defesa da reforma urbana, reprimindo a es- 4. a o avanço na carreira, e abre o caminho para o grande peculação imobiliária e a ocupação irracional das 5. a sonho da conquista do PSPN. Mas o grande marco foi cidades e buscando assegurar condições dignas de 6. a a aprovação da lei 12014/2009 que reconhece os fun- vida, saúde, educação, segurança e moradia para o 7. a cionários de escolas como profissionais da educação. povo; 8. a A Cnte terá muitos desafios a enfrentar. Estamos 7. Defender a priorização do ser humano como centro 9. a em um cenário de um novo governo, embora de con- de todo e qualquer projeto de sociedade, afirman- 10. a tinuidade de grupo político, que terá que trazer boas do a solidariedade, a justiça, a igualdade e a de- 11. novas para a educação. A presidente Dilma reiteradas mocracia como princípios fundamentais, onde as 12. a vezes disse publicamente que educação no seu gover- diferenças étnicas, culturais, de gênero, religiosas, 13. a no seria prioridade, e mais foi firme em dizer que os sexuais e tantas outras sejam respeitadas e possam 14. f professores precisam de salários dignos e boa forma- conviver dialeticamente; 15. f ção. Ocorre que as prioridades do governo são muitas, 8. Lutar contra as altas taxas de juros, a especulação 16. f e como a pressão por escola pública de qualidade no financeira e monetária, o superávit primário, o de- 17. f Brasil nos últimos tempos é um discurso de poucos se- semprego, perda de direitos adquiridos e o arrocho 18. f tores da sociedade, cabe à Cnte junto com as entida- salarial; 19. f des reconhecidamente de luta encaminhar uma série 20. f de ações políticas e de massas para não deixarmos a 21. f educação em segundo plano. Por isso urge um cenário 10. Lutar pela demarcação e homologação das terras 22. f de muita mobilização, sobretudo porque estamos dian- indígenas, garantindo, inclusive as condições de 23. f te de uma discussão de um novo PNE, cuja face será subsistência do povo indígena, resgatando e pre- 24. f fruto da na nossa capacidade de organização e de luta. servando a sua cultura; 25. f 9. Lutar para combater a exploração do trabalho, a prostituição e o abuso sexual infanto-juvenil; 11. Manter a luta em defesa da Amazônia e de todo o 26. PLANO DE LUTAS patrimônio natural e ecológico terrestre e marítimo 27. f 1. Lutar pela realização de uma auditoria séria e contra como mecanismo de defesa da vida e do futuro das 28. f gerações humanas; o pagamento da dívida externa; 29. f 2. Lutar pela independência política e econômica dos 30. f países da América Latina e de outros países ainda 31. f dependentes de capital internacional; 32. f 33. f 34. 12. Priorizar a luta em defesa e preservação das bacias hidrográficas nacionais e locais; 13. Defender a revitalização do Rio São Francisco e 3. Lutar pela nacionalização das empresas privatizadas lutar para que a transposição, atualmente realizada seja voltada ao consumo humano e animal do Nor- no Governo de Fernando Henrique Cardoso; 4. Lutar para que as riquezas petrolíferas do Pré-Sal se- deste Setentrional e das regiões Ribeirinhas; 35. f jam utilizadas para investimentos em educação pú- 14. Discutir e implementar uma nova matriz energéti- 36. f blica, saúde pública, habitação popular, saneamento ca para o Brasil, com vistas a encontrarmos novas 37. f básico, agricultura;cultura e erradicação da pobreza; fontes alternativas de energia, reforçando a luta 38. f 5. Lutar a favor de Reforma Agrária, de modo a garan- pela desativação das usinas nucleares e contra a 39. f tir as condições de sucesso para que os pequenos 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em construção de novas; Educação 55 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a 15. Reafirmar a necessidade de uma Reforma Sindical Educação Infantil (Creches e Pré-escolas) nos mu- 2. a e Trabalhista que garanta e amplie direitos, demo- nicípios; 3. a cratize as relações de trabalho e fortaleça a organi- 29. Lutar pela universalização do atendimento para os 4. a zação sindical, como instrumento da luta autônoma portadores de necessidades especiais, com a ga- 5. a dos trabalhadores; rantia das condições pedagógicas, materiais e de 6. a 16. Combater a política imperialista dos Estados Uni- equipamentos necessários a essa modalidade de 7. a ensino, inclusive com a permanente formação pro- dos; 8. a 17. Reafirmar a bandeira da defesa da qualidade social fissionalizante dos docentes, e demais funcionários 9. a da escola, que lidam com alunos com necessidades dos serviços públicos; 10. a 18. Lutar pela reconquista de direitos suprimidos pela especiais; 11. Reforma da Previdência, defendendo um modelo 30. Reafirmar o combate a política excludente e neoli- 12. a de Previdência Pública que esteja sob o controle beral do Governo do Estado na educação através de 13. a dos trabalhadores; pacotes educacionais que negam o Projeto Político 14. f 19. Aprofundar a discussão sobre a importância da Pedagógico das escolas e autonomia do educador; 15. f implementação de políticas sócio-econômicas e 31. Lutar para extinguir das escolas estaduais e muni- 16. f ambientais na perspectiva de um desenvolvimento cipais os pacotes educacionais (Se Liga, Acelera, 17. f sustentável; Alfa e Beto, Centros Experimentais entre outros); 18. f 20. Lutar pelo respeito e pela igualdade de direitos para 32. Combater os problemas que atingem os educadores 19. f os aposentados e pensionistas, bem como, pelo res- que reflete na auto-estima, no stress, LER-Lesão 20. f peito aos direitos adquiridos pelos mesmos; por Esforço Repetitivo e outros que influenciam no 21. f 21. Lutar pela garantia da paridade do direito ao Piso 22. f para os aposentados do Regime Geral de Previdên- 23. f cia; 24. f processo de ensino-aprendizagem; 33. Denunciar a violência interna nas escolas e lutar para que as unidades de ensino possam debater e 22. Lutar pela paridade e integralidade salarial dos tra- encontrar alternativas pedagógicas de combate a violência, o tráfico e o uso de drogas; 25. f balhadores da ativa e aposentados; 26. 23. Lutar pelo fim do Fator Previdenciário; 27. f 24. Lutar pela fixação de um salário mínimo capaz de 28. f garantir as necessidades do trabalhador e da sua fa- 29. f mília, usando-se, para tanto, os cálculos efetuados 30. f pelo DIEESE; 34. Lutar pela Regulamentação da Gestão Democrática com eleição para dirigentes escolares em todo o país; 35. Lutar para aumentar o percentual do Produto Interno Bruto - PIB destinado à educação para 10%; 31. f 25. Lutar pela redução da jornada de trabalho, sem re- 36. Lutar pelo aumento do valor do custo-aluno-ano, 32. f dução de salários e sem perda dos demais direitos numa perspectiva de garantirmos o padrão de qua- 33. f trabalhistas historicamente conquistados; lidade social requerido para a educação dos brasi- 34. 35. f 26. Lutar pela regulamentação dos limites da proprie- 37. Lutar para que as verbas públicas destinadas à edu- dade da terra; 36. f 27. Lutar para combater o monopólio dos meios de co- 37. f municação e valorizar a mídia alternativa (rádios, 38. f TV’s comunitárias, jornais, revistas, etc.); 39. f cação sejam aplicadas exclusivamente na educação pública; 38. Manter a unidade e a mobilização da categoria para 28. Lutar por uma política nacional de implantação da 56 leiros; lutar pela valorização profissional (com condições 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a dignas de salário, trabalho e carreira), e por polí- Silva De Oliveira –MS; Francisco Givanildo dos San- 2. a ticas públicas que priorizem a qualidade social da tos –MS; Ana Cristina De Souza – DF;Jorge Adriano 3. a educação, que foquem o aluno como o centro do Ferreira Alves – AL; Maurino Fidelis – ES; Maria Bar- 4. a processo de ensino e aprendizagem e que conside- roso Vieira – SE;Janieire Tavares Miranda –SE; Neil- 5. a rem a formação inicial e permanente dos educado- ton Diniz Silva – SE;Carlos Sérgio Lobão Araújo – SE; 6. a res como condição indispensável do sucesso dessas Roberto Silva Dos Santos – SE; João Brandão – RJ; 7. a políticas; Evandro Acrobate –SC;Ozete Pasin Bedin – SC; San- 8. a 39. Lutar pelo o aumento da profissionalização dos dra Vavaski – SC; Luiz Veronezi – RS;Antonio Ave- 9. a Funcionários de Escola, de modo que possam re- lange; Marina da Silva –RS;Cândida Rosseto – RS; 10. a ceber Piso Salarial Profissional, como determina o Cleci Maria Souza – RS;Lucilaine Nogueira Gonçal- 11. Art. 206, Inciso VIII da Constituição Federal; ves – RS;Maria Eliza Fernandes Ajala- RS; Maria Lú- 12. a 40. Lutar pela qualidade social da educação básica cia Oliveira – PE; Rossana Pereira Moura – PE; Jair 13. a como forma de se superar a atual necessidade do Cavalcanti – PE;Maria Fabiana Silva – PE; Erineto 14. f estabelecimento de políticas compensatórias para Vieira dos Santos –SE; Maria Luci Santos Leite – SE; 15. f o ingresso nas universidades públicas; Jose Carlos Brumatti -MS; Vitória Elfrida Antunes – 16. f 41. Lutar pelo fim das contratações temporárias de edu- MS;Alexandro Luiz PEira –MS; Ivonete Alves da Cruz 17. f cadores nas redes estadual e municipais de ensino; – SE;Claudia Oliveira Barreto – SE; Ederaldo Jose de 18. f 42. Reafirmar, e fiscalizar, o concurso público como Arruda – SE; Ivonia Aparecida Ferreira – SE; Markilina 19. f única forma constitucionalmente definida para in- Debora Nascimento – SE; Estefane Lindeberg Santos – 20. f gresso na carreira do Magistério Público e nas de- SE; Fátima Ferreira dos Santos – SE;Claudia Patrícia 21. f mais funções ligadas ao trabalho em educação; De Santana – SE; Nadja Milena Santana – SE; Maria 22. f 43. Lutar contra toda e qualquer forma de precarização Enivalda Leite – SE;Denise Albuquerque – PE;Ana 23. f e terceirização das relações de trabalho no âmbito Karla Pereira- PE; Fernando Barbosa – PE;João Elpí- 24. f das Secretarias de Educação, dos seus órgãos e uni- deo Do Nascimento- PE; Gutemberg Cavalcanti- PE; 25. f dades de ensino; Francisco José Dos Santos – SE; José Francisco Andra- 26. 27. f 44. Reafirmar a bandeira da defesa da qualidade social de – SE; Maria Do Carmo Drumond – MS; Emerson dos Santos - MS;Tânia Ivone Lima Moura – SE; Maria dos serviços públicos; Bernadete Rodrigues – SE; Ubaldina Fonseca Santana 28. f 45. Lutar para que a União assuma, junto com Estados 29. f e Municípios, a responsabilidade para o pagamento 30. f do Piso Salarial Nacional Profissional Nacional em Derlan Trombeta –RS;Daniela PEretti –RS;Claudete 31. f todos os estados, através de repasses de recursos, Scherer – RS;Adélia Menezes- RS;Simone De Freitas 32. f numa política unificada de valorização desses pro- Gama – SE;Ana Cristina Oliveira Lima – SE; Uilson 33. f fissionais. De Meneses Hora – SE; Izabel Cristina Santana – – SE;Silvia Vasques;Claudiomiro Ambrosio –RS; SE;Maria do Socorro Barreto; Joana Seabra – PE;Lúcia 34. 35. f ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: Porto – PE; Elcyene Carvalho – PE;Josélio Oliveira – 36. f Joel Almeida – CNTE;Antonia Joana Silva – PE;Sandra De Morais Bomfim – SE;Ana Geni De An- 37. f CNTE;Rubens Marques de Sousa – SE;Angela drade – SE; Márcia Marize Gama Souza – SE;Jailde 38. f Maria de Melo – SE;Cláudio Somacal – RS;Aldoir dos Passos Professor – SE;Mara Margareth Gama Bis- 39. f José Kraemer–SC; Andréa Batista – PE; Denize po – SE; Sônia Maria Santos – SE;Joanita Cavalcanti 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 57 Caderno de Articulação de Esquerda Resoluções » 1. a – PE;Sandra Maria – PE; Leandro Peixoto – PE; Alda- 2. a maris Maria – PE; Mariza de Azevedo – PE;Humberto 3. a Felipe – PE; Wilson de Melo – SE;Manoel de Souza 4. a Jesus – SE; José de Jesus Santos – SE;Edivaldo B Car- 5. a dozo – MS; Zilda Peixoto – MS;Jociene Matilde De 6. a Amorim – SE; Maria Vicencia Lemos Da Cruz – SE; 7. a Marly Rodrigues Silva – SE; Jose Valmir de Souza – 8. a SE;Marinez Rocha –RS; Núbia Rosa –RS;Rosa Gio- 9. a vanoni – RS; Suzi PEretti – RS;Joelza Oliveira Santos 10. a Araújo – SE; Edinalva da Silva Mendes – SE; Geri- 11. valda dos Santos Feitosa – SE; Maria Augusta de Oli- 12. a veira – SE; Maria Amelia Pereira Souza – SE; Maria 13. a Eliana Melo – SE; Ana Luzia Costa Santos – SE; Ga- 14. f ribaldi Nascimento Cardoso- SE 15. f 16. f 17. f 18. f 19. f 20. f 21. f 22. f 23. f 24. f 25. f 26. 27. f 28. f 29. f 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f CONJUNTURA INTERNACIONAL 39. f 58 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a 3. a de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » RESOLUÇÃO 7: CSD - CUT sOCIALISTA E DEMOCRÁTICA 4. a O aprofundamento do neoliberalismo através de tendência em direção a governos democráticos com 6. a suas políticas, somada à crescente financeirização da 7. a economia levaram o sistema capitalista a uma crise compromissos de afirmação do espaço público, anti- 8. a sem precedente, superior a maior crise que o mundo já 9. a vivenciou a de 1929. O que se viu foi uma crise estru- soberania popular. Evidente que esta tendência não sig- 10. a tural de todo o sistema econômico baseado na supremacia do capital financeiro e na expansão ilimitada do 11. para afirmarmos que a AL se esquerdizou. Mas, sem 12. a crédito que atingiu praticamente todos os países, ainda 13. a que de forma diferenciada. O discurso liberal de que lismo. O mais importante é que esta fase “democrati- 14. f o Estado não deve intervir, pois o mercado é capaz de da por bases populares, como é o caso do Brasil, que 15. f regular todas as suas necessidades, caiu por terra. depois de ataque virulento da direita ao governo Lula, 5. a -privatizantes, com caráter nacionalista e defesa da nifica que o contorno seja em linhas claras o suficiente dúvida, ela se nacionalizou e repele hoje o neoliberazante, nacionalista e antineoliberal” tem sido sustenta- 16. f Na Europa, como resposta à crise financeira inter- este se reelegeu com mais de 60% dos votos válidos e 17. f nacional, a mesma receita aplicada durante 30 anos de acaba de eleger sua sucessora Dilma Roussef como a 18. f hegemonia neoliberal tem sido requentada, ou seja, a primeira mulher presidenta na história do Brasil. 19. f crença de que gastos excessivos do Estado motivaram O grande desafio para a esquerda é justamente ca- 20. f a crise. Postura de Organismos internacionais (FMI, nalizar este amplo movimento democrático e naciona- 21. f Banco Central Europeu) frente à crise da Grécia indi- lista em um grande projeto para a América Latina. A 22. f cam isso: ajuda financeira condicionada a medidas or- importância do Brasil neste processo é vital, sendo o 23. f todoxas como arrocho salarial, corte de aposentadorias maior PIB da região. 24. f e suspensão de investimentos públicos em políticas so- 25. f ciais, penalizando assim, cada vez mais a classe traba- 26. lhadora para salvar o mercado. CONJUNTURA NACIONAL Do ponto de vista histórico, o objetivo da esquerda 27. f Os países que formam o BRIC – Brasil, Rússia, Ín- brasileira deve ser a conquista do poder do Estado em 28. f dia e China – tem papel fundamental entre as nações uma perspectiva socialista. Isto significa que a ruptura 29. f que, atualmente, concentram o poder mundial. Estes e superação do sistema capitalista deve estar apontada 30. f quatro países reúnem 40% da população do planeta e mesmo dentro dos marcos do Estado Democrático de 31. f 15% do PIB. O Governo brasileiro sai fortalecido da Direitos que é a expressão progressista da concepção 32. f crise, ao não seguir a linha liberal de enfrentamento, liberal de Estado. 33. f aumentou as relações com os mais diversos povos de O Brasil – com suas especificidades nacionais – é 34. todos os continentes, aprofundando as relações eco- parte central do cenário latinoamericano. Pelas suas di- 35. f nômicas, sobretudo no plano Sul-Sul e de integração mensões territoriais e sua capacidade industrial e pro- 36. f regional da América Latina, em especial a America do dutiva é peça chave para que toda a região possa avan- 37. f Sul,, como também alterou os parâmetros de sua políti- çar para além da dependência ao imperialismo e supe- 38. f ca econômica antes do início da referida crise. rar definitivamente o neoliberal. As classes dominantes 39. f As eleições no continente tem demonstrado uma 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em ainda continuam fortes e os interesses do grande capital Educação 59 Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a internacional estão mais profundamente arraigados. A democrático e popular permanecem fortes. Não rever- 2. a candidatura da companheira Dilma Roussef (PT) se temos à profunda reforma trabalhista executada pelo 3. a consolidou a partir da polarização entre o projeto repre- governo FHC. A trincheira parlamentar tem bloqueiado 4. a sentado por estas elites e o projeto democrático e popu- essa possibilidade. No entanto, temos forte consciência 5. a lar saindo mais uma vez vitorioso nas eleições de 2010, de que é o projeto democrático e popular que tem con- 6. a aquele que busca os avanços rumo ao projeto democrá- dições de operar essa reversão. É esse projeto em curso 7. a tico e popular. O desfecho dessa disputa dependerá da que tem possibilitado a redução da pobreza e o aumen- 8. a luta de classes, o que para a classe trabalhadora orga- to do emprego formal. Dentre os pontos centrais de en- 9. a nizada significa, em primeiro lugar, que dependerá de frentamento na conjuntura, devemos eleger o combate 10. a sua capacidade de se mobilizar e angariar aliados para ao rentismo como alvo. Essa linha econômica susten- 11. suas reivindicações imediatas e seu projeto de país. ta a defesa do aumento da taxa de juros. O argumen- As medidas tomadas pelo Governo Federal garan- to é que, com o reaquecimento da economia, deve-se 13. a tiram a recuperação do emprego diante das perdas da retomar como política central o domínio da inflação. 14. f crise. Reduziu a taxa de juros, o superávit primário e Devemos intensificar as mobilizações para derrotar o 15. f até a tributação para determinados setores. Esse últi- neoliberalismo ainda presente no Banco Central. A ins- 16. f mo aspecto, porém, merece a nossa crítica. O governo titucionalização de conquistas sociais, a reversão das 17. f não buscou comprometer os setores privilegiados pe- perdas de direitos do período de hegemonia neolibe- 18. f las medidas com metas de geração de mais empregos. ral e a democratização do Estado são, ainda, aspectos 19. f O Governo Lula sai fortalecido da crise e do processo com grandes bloqueios. Devemos transformar esses 20. f eleitoral, provocando uma derrota programática da di- objetivos em iniciativas concretas de mobilização para 21. f reita organizada, que sugeria corte nas políticas sociais. pressão social. A atual polarização social e política no 22. f A elevação da renda do trabalho, dos benefícios da pre- país é um momento para imprimir derrotas terminais ao 23. f vidência, dos programas sociais e da geração de empre- neoliberalismo. Mas, acima de tudo, é o momento de 24. f gos, inclusive formais, foram determinantes. No Brasil, avançar rumo à implementação do projeto democrático 25. f optou-se pelo fortalecimento do mercado interno de popular, fortalecendo a luta socialista em nosso con- 26. consumo de massas, com acesso ao crédito, política de tinente. O enfrentamento na conjuntura assumiu lugar 27. f valorização do salário mínimo, ampliação das transfe- prioritário. Devemos aponta para a disputa em torno de 28. f rências de renda para as famílias e, fundamentalmente, um modelo de desenvolvimento que privilegie o traba- 29. f com recordes na geração de empregos formais e a con- lho em detrimento do capital. Ao mesmo tempo, busca 30. f seqüente redução das taxas de desemprego. Hoje, cerca a democratização do Estado, com participação popu- 31. f de 60% da população brasileira é beneficiária dos pro- lar nas decisões políticas. A polarização na disputa de 32. f gramas sociais. É uma dimensão populacional maior hegemonia deve servir para avançar nas conquistas. A 33. f que a maioria dos países da América Latina. É a maior construção da plataforma da classe trabalhadora tende 34. rede de proteção social em execução no mundo. O or- a se estabelece como a principal iniciativa programáti- 35. f çamento para a agricultura familiar partiu de 1,5 para ca do movimento sindical latino-americano para a dis- 36. f 12 bilhões de reais nesse governo. Cerca de 70% dos puta de projetos. 37. f alimentos servidos na mesa dos brasileiros é oriunda A polarização social acirrada em 2010 deve ser uti- 38. f pela agricultura familiar. Por outro lado, os bloqueios lizada, também, para reposicionar a organização sindi- 39. f que dificultam para avançarmos em direção ao projeto cal CUTista. Necessitamos repensar as formas de enga- 12. a 60 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » 1. a jamento das lutas sociais, procurando organizar outros 2003, sob o signo da reforma da previdência social, 2. a setores sociais que tem sido favorecido pelas mudanças que implicou em perdas para diversos setores dos tra- 3. a positivas dos anos recentes. Ao mobilizar em torno da balhadores do serviço público. Foi um símbolo nega- 4. a nossa Plataforma, precisamos alcançar aos quarenta tivo na “inauguração” do relacionamento do Governo 5. a milhões de pessoas beneficiadas pela valorização do Lula com os trabalhadores. Esse é um tema de grande 6. a salário mínimo, os/as trabalhadores/as da agricultura importância para qualquer balanço dos últimos perío- 7. a familiar, as famílias atendidas pelos programas sociais, dos. Porém, quando se analisa o quadro geral, há diver- 8. a como Bolsa Família, Pronasci, Projovem, Luz Para To- sos outros pontos que também merecem atenção, tais 9. a dos, Territórios da Cidadania, dentre outros. como: aumentos reais do salário mínimo (a maioria das 10. a Em um processo recente fizemos o enfrentamento negociações coletivas resultou em aumentos reais de dentro do Fórum instalado pelo Ministério da Previ- salários); instalação de mesas nacionais de negociação; 12. a dência quando se fazem sentir novamente pressões pró- políticas como o “Bolsa-Família”, que na condição de 13. a -reforma, sendo assim, reafirmamos a posição contrária política de Estado ajuda a libertar o povo pobre do co- 14. f a qualquer reforma que signifique a retirada de direitos ronelismo nos grotões do país; impacto positivo sobre 15. f dos trabalhadores, tantos para quem esteja no mercado o nível de vida com a combinação de redução do preço 16. f de trabalho como para as gerações futuras, ao mesmo da cesta básica, aumentos reais de salários, baixa infla- 17. f tempo que indicamos a posição de que a CUT se retire ção e acesso ao crédito. Esse impacto positivo foi sen- 18. f do Fórum Nacional da Previdência. tido mais intensamente nos setores de baixos salários; 11. 19. f É preciso definir claramente uma tática para a atu- redução do desemprego e um crescimento do emprego 20. f ação do sindicalismo cutista, e nesse sentido deve ficar formal, mas, em geral, em ocupações com baixa remu- 21. f claro que a CNTE e CUT não aceita ações que vão na neração. 22. f contramão dos interesses dos trabalhadores, ao mesmo Para o movimento sindical o resultado mais frus- 23. f tempo que trabalha para avançar em uma agenda de trante do primeiro mandato do Governo Lula é não ter 24. f direitos para a classe trabalhadora. realizado nenhuma mudança na estrutura sindical no 25. f 26. sentido de avançar na liberdade de organização sindiPOLÍTICA SINDICAL cal. 27. f O movimento sindical sofreu violentos ataques O veto de Lula à Emenda 3 foi de grande importân- 28. f durante o período neoliberal. Novas formas flexíveis cia para impedir a generalização da fraude trabalhista e 29. f de trabalho, qualidade total, trabalhadores multifuncio- a perda de direitos dos trabalhadores. Porém, boa par- 30. f nais, terceirização e demissões marcaram o mundo do te da “base parlamentar do governo” votou a favor da 31. f trabalho. O que unificou a luta foi a resistência pela Emenda 3. 32. f manutenção de direitos e o enfrentamento social para Durante os dois mandatos de Lula ocorreu uma re- 33. f derrotar o neoliberalismo. O movimento sindical e as estruturação dos serviços públicos com: a) concurso pú- 34. lutas populares, com o MST, contribuíram para o novo blico em diversas áreas; b) aprovação de planos de car- 35. f momento político. reiras para os servidores federais. Porém, a negociação 36. f Assim, é possível afirmar que a conjuntura atual coletiva no serviço público que já deveria ter sido regu- 37. f resulta de uma acumulação política do campo demo- lamentada tem se arrastado. O PLP 001 (do PAC) coloca 38. f crático e popular, onde a CUT se destacou. um limitador no gasto público com pessoal, impossibi- 39. f O primeiro mandato do governo Lula começou em 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em litando nomeações de servidores, para substituição por Educação 61 Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a aposentadoria, bem como impedia reajuste dos venci- tados e pensionistas. Propomos que o acordo firmado 2. a mentos para garantir o seu poder de compra. E a propos- pela CUT e as demais centrais sindicais com o governo 3. a ta da AGU para regulamentar o direito de greve dos ser- seja aprovado pelo Congresso Nacional, contemplando 4. a vidores é, na verdade, uma regulamentação anti-greve. ganhos reais crescentes até 2023. 5. a O reconhecimento das Centrais Sindicais é outro A estratégia sindical deve responder a essa situação 6. a ponto fundamental na organização dos trabalhadores/ reforçando duas linhas de atuação: a) fortalecer os vín- 7. a as. As regras acordadas favorecem a fragmentação e bu- culos com outros movimentos sociais que organizam, 8. a rocratização e se constituem em novos obstáculos para em função de agendas não sindicais, segmentos impor- 9. a a conquista da plena autonomia e liberdade sindical. tantes de trabalhadores/as que hoje se encontram fora 10. a A correlação de forças atual no movimento sindi- dos sindicatos. Essa é a tarefa principal que temos na Co- cal repõe e potencializa velhos problemas. Setores do ordenação dos Movimentos Sociais; b) apoiar e organi- 12. a movimento sindical não conseguiram se colocar como zar alternativas econômicas autogestionárias de traba- 13. a alternativa de organização e direção da classe trabalha- lhadores, pressionando para que o poder público apóie 14. f dora e tem aprofundado sua vocação divisionista. Pri- essas experiências, sua implementação e disseminação. 15. f meiro, ocorreu à criação da Conlutas, pelo PSTU. Em Bandeiras a serem priorizadas pela CUT e todo o 16. f seguida, os setores ligados ao PSOL não conseguiram 17. f superar a cláusula de barreira do 9º Concut e formaram 18. f outra organização sindical, chamada de Intersindical e 19. f por último tivemos a decisão da CSC de saída da CUT 20. f se constituindo em uma nova central. 11. movimento sindical no próximo período, já iniciado: a) aprovar uma política nacional de valorização do salário mínimo; b) a redução da jornada de trabalho sem redução de salários (para 40 horas semanais e com regulamentação 21. f As mobilizações recentes demonstraram o protago- 22. f nismo de nossa Central como construção do pólo social c) a formalização do trabalho - retirar milhões de 23. f por mudanças estruturais e em defesa dos direitos dos trabalhadores da informalidade, sem alterar o padrão 24. f trabalhadores e do povo, apresentando suas reivindica- de direitos já conquistados; 25. f ções de melhores condições de vida e trabalho, mobi- 26. lizando e pressionando o poder público e as organiza- 27. f ções patronais, tendo como perspectiva a superação do 28. f capitalismo. das horas extras); d) alterações constitucionais para garantir a liberdade de organização sindical; e) instituição de mecanismos de Democracia Participativa; 29. f É fundamental a unificação das campanhas sala- 30. f riais em torno às bandeiras do aumento real dos salá- 31. f rios e pela redução da jornada de trabalho. Devemos 32. f pressionar para que a lógica da economia seja da dis- h) incorporação de políticas públicas universais 33. f tribuição da renda e que seja esse o pilar da retomada que garanta a permanência da juventude no sistema 34. sustentável do crescimento econômico. educacional; 35. f Assim, a política de valorização do salário míni- 36. f mo demonstrou ser essencial para o enfrentamento aos 37. f impactos negativos da crise e para o combate às desi- 38. f gualdades sociais e regionais, fortalecendo o mercado 39. f interno e o poder de compra dos trabalhadores, aposen- 62 f) democratização dos meios de comunicação; g) uma nova relação dos governos com os servidores públicos. i) organização sindical de todos os servidores públicos em todas as esferas governamental; j) defesa do Plano Nacional de Defesa da Cidadania e direitos humanos; l) defesa de um modelo que assegure o desenvolvi- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » 1. a mento sustentável e garanta a existência do planeta, dos 2. a seres humanos e de suas gerações futuras; 3. a ranking das avaliações. Já com relação à gestão democrática da educação a m) defesa da integralidade/universalidade do SUS mesma deve ter como princípio fundamental e básico 4. a para que todos os trabalhadores/as tenham direito ao a radicalização da democracia, traduzindo-se no cará- 5. a acesso gratuito aos serviços de saúde. ter público e gratuito da educação, na inserção social, 6. a nas práticas participativas, na descentralização de po- 7. a POLÍTICA EDUCACIONAL der, na eleição direta de seus dirigentes, na socialização 8. a O segundo mandato do governo Lula promoveu dos conhecimentos e das decisões colegiadas. Assim, 9. a avanços na política educacional do país, a consolida- o processo de construção da gestão democrática pres- 10. a ção do Ensino de 9 anos, Piso Salarial Profissional Na- supõe autonomia, representatividade social e formação 11. para a cidadania. cional – PSPN, regulamentação do inciso V, do artigo 12. a 206 da CF, alterado pela Emenda Constitucional 53, A concepção de gestão democrática defendi- 13. a que definiu os Profissionais da Educação Escolar e a da historicamente pelo Fórum Nacional em Defesa 14. f promulgação da EC 59 que estabeleceu o Ensino obri- da Escola Pública está fundamentada na constituição 15. f gatório dos 04 aos 16 anos, e acabou com a Desvincu- de um espaço público de direito, que deve promover 16. f lação de Recursos da União – DRU que represava 20% condições de igualdade social, garantir estrutura mate- 17. f dos recursos Orçamentário da Educação. Apesar dos rial que viabilize um atendimento educacional de boa 18. f avanços, as políticas educacionais aplicadas precisão qualidade, criar um ambiente de trabalho coletivo com 19. f ser muito mais ousadas, principalmente no ponto chave vistas à superação de um sistema educacional fragmen- 20. f de qualquer projeto político pedagógico que é o finan- tado, seletivo e excludente. 21. f ciamento com recursos públicos diretamente voltados Este ano de 2011 se inicia com um grande desa- 22. f para formação, valorização profissional, manutenção fio, que é o debate e aprovação no Congresso Nacio- 23. f de prédios, instalações, equipamentos objeto de regula- nal do Novo Plano Nacional de Educação, sendo assim 24. f mentação a partir da regulamentação de um custo/alu- um ano de muita exigência na disputa de projeto, seja 25. f no qualidade por aluno, por tipo de escola, por turnos no PNE, seja na atualização de ordenamentos legais. 26. de funcionamento e localização. O financiamento da É sine qua non a formação do Sistema Nacional de 27. f Educação atingiu seu maior percentual em relação ao Educação com implantação de regime de colaboração 28. f PIB em 2009, chegando a 4,6%, no entanto é preciso efetivo entre os sistemas de ensino estaduais e munici- 29. f ser consolidado no Novo Plano Nacional de Educação pais, tendo como um dos instrumentos o financiamento 30. f o que a CONAE aprovou, ou seja, investimento ime- da Educação. A não existência de um Sistema Nacio- 31. f diato em 2011 de 7% do PIB e progressivamente che- nal de Educação tem contribuído para as altas taxas 32. f gando a 10% em 2014. Com relação aos mecanismos de analfabetismo e para a frágil escolarização formal 33. f de avaliação (Prova e Provinha Brasil, SAEB, ENEM, de sua população, portanto torna-se fundamental que 34. ENADE etc.) se faz necessário ser aperfeiçoados, pois neste sistema deva haver totalidade para além da con- 35. f é preciso que as mesmas venham a servir para a tomada sideração da diversidade de redes, das diferenças, da 36. f de medidas sistêmicas que contribuam para a melhor ação interdependente, da flexibilidade para inovações e 37. f formação, valorização e qualificação dos/as educado- criatividade, para as instâncias de pactuação federativa 38. f res/as, além das condições físicas de trabalho. Portan- com clara divisão de competência entre os diferentes 39. f to é preciso superar o fundamento meritocrático e de níveis do sistema nacional, sendo que o princípio da 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 63 Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a gestão democrática deve ser praticado em todas as suas na Ação Direta de Inconstitucionalidade n° 4.167/08 o 2. a instâncias. É preciso avançar na regulamentação do re- que traria uma nova realidade, diante da regulamenta- 3. a gime de colaboração destacando o estabelecimento de ção das Diretrizes Nacionais de Carreira em especial 4. a mecanismos de fiscalização e controle que assegurem sobre as relações federativas, a regulação da carga de 5. a o cumprimento da aplicação dos percentuais mínimos trabalho, a extensão do Piso Salarial Profissional Na- 6. a vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensi- cional e sua incidência necessária sobre a carreira, en- 7. a no; e de instrumentos que promovam a transparência tre outros pontos indispensáveis para a consolidação de 8. a na utilização dos recursos públicos pelos sistemas de um sistema nacional de Educação. 9. a ensino e pelas escolas, para toda a comunidade local e Nossa luta também levou o Governo Federal a im- 10. a escolar. plementar o trabalho de valorização dos Funcionários 11. Neste sentido, o Fundeb (Fundo de Manutenção de Escolas. O MEC, através do CNE – Conselho Na- 12. a e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valo- cional de Educação criou a 21ª Área Profissional que 13. a rização dos Profissionais da Educação) operfeiçuou compreende, dentre os/as Trabalhadores/as em Edu- 14. f algumas das principais reivindicações da nossa cate- cação, os/as funcionários/as de escola. Na seqüência 15. f goria, ao assegurar o financiamento não só do ensino o MEC implementou o Curso Profissional Técnico em 16. f fundamental e da educação especial, que já havia, mas Educação – Profuncionário. 17. f agora também da educação infantil, do ensino médio O programa Profuncionário consiste em capacitar 18. f e da educação de jovens e adultos; ou seja, de toda a os/as educadores/as que exercem funções administra- 19. f Educação tiva nas escolas das redes públicas estaduais e muni- 20. f Básica, mesmo assim ainda é uma política insufi- cipais de Educação Básica. O programa oferece habi- 21. f ciente para resolver os graves problemas educacionais litação, para os/as funcionários/as que já concluíram o 22. f do nosso País. Ensino Médio, em quatro áreas: Alimentação Escolar, Gestão Escolar, Meio-Ambiente e Infraestrutura Esco- 23. f Por outro lado, é preciso a consolidação definitiva 24. f do PSPN como política de valorização profissional, defi- 25. f nindo as estratégias de mobilização para fazer valer a Lei É importante ressaltar mais uma vitória da organi- 26. n° 11.738/08, pressionando o STF a proceder à votação zação dos/as trabalhadores/as em Educação: o ensino 27. f da ADI que tem sido um obstáculo a efetivação da lei. fundamental de nove anos. Acreditamos que é um mo- 28. f Do ponto de vista da valorização profissional torna- vimento positivo em busca da qualidade na Educação 29. f -se fundamental a aprovação pelo Congresso Nacional que almejamos. Ainda que não haja garantia de vaga 30. f do projeto de Lei N° 1592/03 que institui Diretrizes de em creches e escolas de educação infantil para todas 31. f Carreira para todos os Profissionais da Educação Esco- as crianças, esperamos que os recursos do Fundeb sir- 32. f lar nas redes de ensino da União, dos Estados, do Dis- vam à gradativa ampliação das vagas escolares para as 33. f trito Federal e dos Municípios, o que será fundamental crianças pequenas, nos três próximos anos de implan- 34. no ordenamento da vida funcional de todos os Traba- tação. 35. f lhadores em Educação disciplinando os mecanismos Entendemos que a organização curricular e peda- 36. f de evolução funcional bem como a aplicação do piso gógica da escola deva estar centrada no processo de 37. f salarial nos níveis de ensino. A aprovação desta matéria ensino e de aprendizagem, a implantação do ensino 38. f para nós é fundamental, em especial pelos limites in- fundamental de nove anos leva-nos a repensá-lo em 39. f terpostos pela indecisão do Supremo Tribunal Federal, seu conjunto – saberes, tempos, métodos, sujeitos; ou 64 lar e Multimeios Didáticos. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » 1. a seja, currículo como forma de encaminhamento e or- O avanço organizativo dos Trabalhadores em Edu- 2. a ganização escolar, e não somente como listagem dos cação do Brasil tem a marca registrada da CNTE. Mas 3. a conteúdos disciplinares. Para receber essas crianças, a para tanto muitas lutas foram travadas ao longo dos 4. a escola precisa reorganizar sua estrutura, seus conteú- anos, desde os primeiros passos da antiga CPPB - Con- 5. a dos, suas formas de avaliação, suas práticas pedagógi- federação dos Professores Primários do Brasil nos anos 6. a cas, aprofundar a formação dos Profissionais. Enfim, a 60, passando pela incorporação em seguida dos pro- 7. a organização, como um todo, do trabalho pedagógico. O fessores secundários dos antigos ginásios, tornando-se 8. a MEC/SECAD incluiu a discussão da Educação em di- CPB - Confederação dos Professores do Brasil período 9. a reitos humanos nas escolas. Constatamos a necessida- em que consolidou-se como entidade federativa e como 10. a de de politização desse debate que apresenta ainda um principal via de organização do sindicalismo docente, 11. viés liberal e de falsa neutralidade. Sobretudo devemos mesmo no período em que era proibida a sindicaliza- 12. a exigir que essa e toda discussão sobre políticas edu- ção para o funcionalismo público. Filiou-se à Central 13. a cacionais garantam a participação legítima das entida- Única dos Trabalhadores - CUT em 1987 e finalmente 14. f des representativas dos trabalhadores tanto na formu- transformou-se na confederação de todos os Trabalha- 15. f lação quanto na avaliação das políticas. É necessária dores em Educação - CNTE. Em cada período de ges- 16. f uma séria e ampla discussão de currículo que suplante tão a intensidade das lutas aumenta em defesa de uma 17. f o formato limitado adotado pelo CNE, em audiências educação que possibilitasse a sociedade melhor condi- 18. f públicas restritas. ções de vida. As lutas são permanentes nos obrigando 19. f Sendo assim, os desafios estão postos e a CNTE a cada instante estarmos atentos a ações mobilizadoras 20. f deverá lutar sem trégua neste período que se avizinha que avancem no sentido de garantir conquistas de direi- 21. f na busca de garantir a consolidação de um sistema na- tos da classe trabalhadora. 22. f cional de educação que garanta a universalização da Nós contribuímos para que a CNTE dentro des- 23. f educação e seu padrão de qualidade em toda a federa- ta CONJUNTURA fosse cada vez mais vigilante no 24. f ção, observando as seguintes características: promoção acompanhamento permanente dos acontecimentos no 25. f da qualidade social pela valorização da competência Congresso Nacional e nos diversos órgãos governa- 26. e pela garantia das condições de trabalho correspon- mentais, a exemplo a luta pela aprovação e implanta- 27. f dentes; coordenação planejamento, gestão e avalia- ção do Piso Salarial Profissional Nacional - PSPN. Ou- 28. f ção democrática da política educacional; participação tro aspecto relevante deste período foi à contribuição 29. f da sociedade civil, dos agentes da educação e de seus permanente com análise e subsídios contribuindo para 30. f destinatários; simplificação das estruturas burocráticas, uma melhor intervenção das nossas entidades de base, 31. f descentralização dos processos de decisão e de execu- sem também perder de vista e estando a frente de todas 32. f ção e fortalecimento das unidades de ensino; coopera- as ações e manifestações ocorridas neste país que fos- 33. f ção entre as diversas esferas do Poder Público e entre sem em defesa da educação, dos direitos da cidadania, 34. as unidades de ensino; articulação entre os diferentes das políticas sociais, da soberania nacional e em fim 35. f níveis de ensino; integração entre a educação escolar das lutas dos Trabalhadores. 36. f formal e as ações educativas produzidas pelo movi- Tivemos nestes três anos cada vez mais fortes, as 37. f mento social; flexibilidade para o reconhecimento da mobilizações da Semana Nacional em Defesa e Pro- 38. f experiência extracurricular. moção da Educação Pública e com participação efetiva 39. f BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO nas mobilizações nacionais coordenadas pela CUT. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 65 Caderno 1. a de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » A CNTE esteve sempre atenta na defesa da educação 2. a como direito, inclusive nos enfrentamento com o MEC pliar e consolidar novos direitos. Portanto torna-se fundamental a ampliação a cada 3. a nas disputas das políticas educacionais apresentadas. dia de sua intervenção política sempre garantindo a 4. a participação plural consolidando assim, cada vez mais Os encontros realizados envolvendo as Secreta- 5. a rias Jurídicas e o conjunto dos Advogados das afiliadas sua organização e democracia interna. 6. a marcou o aprofundamento na relação da CNTE com 7. a as entidades, aperfeiçoando os mecanismos de troca de PLANO DE LUTAS 8. a experiência nas demandas comuns da nossa base. A realidade mundial, o cenário constituído na America 9. a Outro aspecto que vem se consolidando a cada pe- Latina, estabelece um novo ciclo político democrático 10. a ríodo diz respeito a formação através da Escola de for- que deve ser consolidado no sentido da construção de 11. mação que conjuntamente com as afiliadas iniciou um um modelo de desenvolvimento alternativo ao projeto 12. a projeto de longo prazo, que sem sombra de dúvidas tem neoliberal. Sendo assim, a agenda dos trabalhadores 13. a sido de grande valia para o conjunto dos Trabalhadores (as) pelo desenvolvimento concentra ações em quatro 14. f em Educação de todo País. O projeto foi aplicado du- âmbitos problemáticos: a desigualdade e a concentra- 15. f rante esta gestão, onde procurou trabalhar um processo ção de renda; o desemprego e o mercado de trabalho; a 16. f de reflexão amplo a partir da relação entre as contri- capacidade do estado em promover o desenvolvimen- 17. f buições acadêmicas, a pratica pedagógica concreta, os to; e a democracia e a participação social. 18. f desafios colocados para escola pública e a militância Portanto reafirmamos princípios e ações que visam à 19. f política no atual contexto de transição e superação do construção de uma outra sociedade, e emancipação hu- 20. f neoliberalismo. mana dos sujeitos. Neste sentido nossas ações e estra- 21. f tégias devem-se pautar em: Nestes três anos de atuação da CNTE nós da CSD 22. f nos fizemos presentes contribuindo de forma proposi- ►Defender o socialismo: a construção de uma socie- 23. f tiva e participativa, possível e permitida, na construção dade em que a emancipação humana seja o principio 24. f de mais um período da vida da CNTE como é nossa fundante como alternativa e combate ao capitalismo; 25. f tradição, sendo assim consideramos o balanço desta ►Buscar a solidariedade nacional e internacional, es- 26. treitando relações de solidariedade, no campo da luta gestão positivo. Para fazer a CNTE cada vez mais forte e democrá- de classe. A saída para os trabalhadores é internacional; 28. f tica na defesa da educação e na representação dos tra- ► Defender ampliação da reforma agrária e urbana e 29. f balhadores em educação é preciso, sem desconsiderar pela retomada da política de redistribuição de riquezas 30. f a legitimidade da maioria, criar instrumentos que per- nos países da América Latina e ouras regiões equiva- 31. f mitam cada vez mais dividir o grau de responsabilidade lentes do globo; 32. f entre as forças eleitas para dirigir a CNTE. ► defender as riquezas naturais nacionais como patri- 33. f mônio nacional estratégico e lutar contra toda tentativa 27. f 34. O papel e a responsabilidade que a CNTE exerce hoje no conjunto da classe trabalhadora e dos movi- de fragmentação ou privatização deste patrimônio; 35. f mentos sociais, nós impõe a cada instante estarmos ► Intensificar a pressão ao Congresso Nacional para 36. f atentos e rigorosamente vigilantes para lutar contra que aprovem a PEC sobre a aplicação da regra de Tran- 37. f qualquer medida ou reformas que venham retirar di- sição na aposentadoria do Magistério; 38. f reitos dos(as) trabalhadores(as), além de ampliar sua ►Buscar as unificações das lutas, participando de for- 39. f intervenção juntos as nossas afiliadas no sentido de am- ma concreta e efetiva das campanhas e mobilizações 66 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » 1. a definidas e encaminhadas pela CUT Nacional e pela tal para a contenção da violência contra mulheres e a 2. a Coordenação dos Movimentos Sociais; impunidade; 3. a ► Lutar pela redução da jornada de trabalho sem redu- ► Incentivar a criação de fóruns municipais, estaduais 4. a ção de salário e distribuição de renda e riqueza; e nacional a fim de construir uma política que garanta 5. a ► Luta pela ampliação do orçamento público para qualidade de vida ao idoso; 6. a educação, saúde, habitação popular, e geração de em- ► Realizar cursos e debates para trabalhadores/as em 7. a prego trabalho e renda; educação aposentados/as sobre saúde, sexualidade, en- 8. a ►Lutar pela manutenção do direito irrestrito de greve velhecimento, aposentadoria, previdência pública; 9. a e respeito total a organização dos trabalhadores; ► Construir políticas sociais de inclusão das mulheres, 10. a ► Lutar contra qualquer Reforma da Previdência que contra a discriminação racial, em defesa do meio am- 11. bientes e na defesa da livre orientação sexual; aponte retirada de direitos; 12. a ►Defender a construção e consolidação de um Siste- ► lutar pela inserção no Programa Nacional do Livro 13. a ma Nacional de Educação Pública na perspectiva dos Didático, no Programa Nacional do Livro Didático 14. f Trabalhadores; para o Ensino Médio e no Programa Nacional Biblio- 15. f ► Defender um novo PNE, que atenda os anseios da teca da Escola e nos Currículos, de maneira explícita, 16. f classe trabalhadora; nos princípios e critérios para a avaliação de livros, cri- 17. f ► Defesa intransigente do PSPN e Plano de Carreira térios eliminatórios para obras que veiculem preconcei- 18. f para todos os Trabalhadores em Educação e do custo- tos referentes à condição social, regional, etnicorracial, 19. f -aluno qualidade compatível com a as necessidades de gênero, identidade de gênero, orientação sexual, 20. f educacionais; linguagem ou qualquer outra forma de discriminação 21. f ► Defesa de recursos públicos exclusivamente para a ou de violação de direitos humanos, bem como o apri- 22. f escola pública; moramento da avaliação do livro didático, a orientação 23. f ► Ampla discussão na categoria e na sociedade sobre para análise de estereótipos de gênero e orientação se- 24. f reformulação curricular a fim de construir uma esco- xual e a temática das famílias compostas por lésbicas, 25. f la includente e sintonizada com as demandas do nosso gays, bissexuais, travestis e transexuais, considerando 26. tempo; recortes de etnia, orientação sexual, identidade de gê- 27. f ► Construção de um projeto pedagógico que oportu- nero e socioeconômica, os novos modelos de famílias 28. f nize uma educação crítica, questionadora da realidade, homoafetivas, ênfase nos recortes de etnia, orientação 29. f voltada para a transformação social e liberdade do in- sexual, identidade de gênero, de acordo com a faixa 30. f divíduo; etária do/a aluno/a, sem resquícios de discriminação e 31. f ► Lutar pela aplicação de 7% do PIB já em 2011 che- contemplando aspectos relacionados às diversas for- 32. f gando em 10% em 2014; mas de violência sexual contra crianças, adolescentes 33. f ► Lutar pelo cumprimento do artigo 69 da LDB; e mulheres; 34. ► Luta pela instituição, fortalecimento e afirmação ► Lutar pela inclusão dos funcionários de escola como 35. f dos Conselhos Escolares autônomos e democráticos; profissionais de educação do sistema educacional; 36. f ► Luta contra as renúncias fiscais indiscriminadas e ► Lutar contra a desqualificação do trabalho do/a 37. f combate à sonegação; funcionário/a de escola, feita através da terceirização 38. f ►Defender irrestritamente a aplicabilidade da Lei n° e improvisação de outros profissionais nos setores das 39. f 11.340/06 (Lei Maria da Penha) como instrumento vi- escolas. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 67 Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a ESTATUTO 2. a cação o Plano de Carreira e nem concursos públicos. ARTIGO 22 - .......Acrescentar a secretaria de Fun- A violência é um dos maiores problemas enfren- 3. a cionários. tado pelas mulheres brasileiras, fruto de condições so- 4. a ciais, econômicas e culturais profundamente desiguais 5. a POLÍTICAS PERMANENTES e de uma tradição de impunidade. A aprovação da Lei Educação, Gênero e Diversidade Sexual: Para Maria da Penha - Lei N.º 11.340/06 - é uma conquista 7. a que a sociedade tenha clareza da forma como a história do movimento, mas é preciso que esta Lei seja imple- 8. a das mulheres foi construída, é preciso possibilitar no mentada plenamente. 6. a 9. a ambiente escolar, espaços de ações coletivas de estudo Outro tema importante é o aborto que hoje, segun- 10. a e reflexão que favoreçam o conhecimento e o debate do dados do Ministério da Saúde, é um grave problema sobre essa construção histórica, fomentando assim o de saúde pública brasileira. No Brasil, 31% dos casos 12. a respeito e a consciência da igualdade entre todas as de gravidez terminam em aborto, 1,4 milhão de abor- 13. a pessoas e povos. tamentos são realizados com uma taxa de 3,7 abortos 11. 14. f As mulheres do Brasil são as principais vítimas da 15. f pobreza, do salário mínimo de fome; da ausência de po- E o que dizer da homofobia que exclui, discrimina 16. f líticas públicas, tais como saúde, educação, previdência e mata todos os dias? Entre 1948 e 1990, a Organização 17. f e moradia. Constituem a maioria dos/as desemprega- Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexuali- 18. f dos/as; ocupam o mercado de trabalho em maior núme- dade como um transtorno mental. Em maio de 1990, a 19. f ro nas últimas décadas. Geralmente, se encontram em assembléia geral da OMS aprovou a retirada do código 20. f profissões “guetizadas”, discriminadas salarialmente e 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacio- 21. f desvalorizadas socialmente, como o serviço doméstico, nal de Doenças, declarando que “a homossexualidade 22. f a educação, a saúde etc. A pesquisa Retrato da Escola não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A 23. f 03, feita pela CNTE, revelou a predominância feminina nova classificação entrou em vigor entre os países-mem- 24. f na educação brasileira. bro das Nações Unidas em 1993. Com isso, marcou-se o para 100 mulheres de 15 a 49 anos. A maior participação da mulher num ou noutro ní- fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico- 26. vel de ensino está fortemente vinculada ao valor sala- -cristã encarou a homossexualidade primeiro como pe- 27. f rial e ao prestígio social, apesar da guetização atingir cado, depois como crime e, por último, como doença. 28. f toda a categoria. O sistema educacional continua sendo Apesar do reconhecimento da homossexualidade como 29. f um nicho para as mulheres no mercado de trabalho, mais uma manifestação da diversidade sexual, as lésbi- 30. f com salários cada vez mais arrochados. cas, gays, bissexuais, travestis e transexuais ainda so- 25. f 31. f Em relação às funcionárias das escolas isto fica 32. f ainda mais explícito: o percentual de mulheres nos 33. f chamados serviços gerais e administrativos das escolas Para enfrentar o preconceito e a discriminação 34. – merendeiras, trabalhadoras da limpeza, da biblioteca se faz necessário: desenvolver ações que potenciali- 35. f e secretaria – é muito maior do que na relação profes- zem a escola como espaço de transformação, rompen- 36. f sor/professora. Não são reconhecidas como educadoras do com a lógica da reprodução capitalista e patriarcal e 37. f pelo governo e sociedade por desenvolverem um tra- dos valores por ela impostos e reproduzidos, como o de 38. f balho análogo ao trabalho doméstico, na maioria das uma educação sexista, racista e elitista; cobrar do MEC 39. f vezes atuam sem formação profissional, não há na Edu- e das Secretarias de Educação a visibilização das mu- 68 frem cotidianamente as consequências da homofobia. A escola não pode fechar os olhos para esta realidade. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a lheres e da comunidade LGBT na história, através de no escolar; a constituição de relações saudáveis entre 2. a materiais específicos sobre suas lutas no combate à po- negros e brancos repudiando todas as atitudes precon- 3. a breza, às injustiças sociais e pela participação política ceituosas presentes no ambiente escolar. E ainda: um 4. a nos espaços de poder, das representações de gênero e de ensino de história do Brasil que traga de forma crítica a 5. a suas lutas específicas; propor mecanismos de controle participação de todas as etnias constituintes da socieda- 6. a quanto à divisão de tarefas na escola, para que as mes- de brasileira; a superação dos estereótipos presentes em 7. a mas não sejam realizadas com base na cultura constru- livros didáticos que levam a uma visão de inferiorida- 8. a ída de que a limpeza, a alimentação e os cuidados com de dos negros brasileiros; a história de resistência dos 9. a educandas/os são tarefas exclusivamente femininas. negros como constituintes da história de resistência do Relações Étnico-Raciais, Educação e Classe - Os conjunto dos trabalhadores; um processo de formação educadores têm refletido sobre a necessidade de supe- continuada para professores e funcionários tendo em 12. a ração de construções ideológicas presentes na escola e vista a necessidade de uma educação anti-racista e a 13. a na sociedade de legitimação das desigualdades raciais valorização de todas as etnias presentes no ambiente 14. f e sociais presentes na sociedade brasileira. Em nosso escolar a fim de que os estudantes possam assumir com 15. f país, a elite dominante produziu um conjunto de idéias tranquilidade a sua identidade étnico-racial. 16. f com objetivo de justificar a escravidão e em seguida, a Neste sentido, o Coletivo Anti-Racismo Dalvane 17. f exclusão racial e social dos negros. Construções ide- Lellis deve priorizar sua atuação na implementação da 18. f ológicas construídas também pela omissão de conteú- Lei N°. 10.639/03, do Parecer 03/04 do Conselho Na- 19. f dos históricos e culturais relativos à contribuição dos cional de Educação, que tratam da obrigatoriedade do 20. f negros no processo civilizatório da humanidade, pre- ensino da história e cultura afro-brasileira no currículo 21. f sentes ainda hoje no espaço escolar. A educação pode escolar. A nova legislação incluiu também o dia 20 de 22. f trazer contribuições importantes para a superação do novembro “Dia da Consciência Negra” no calendário 23. f racismo. Para tanto, é preciso perceber que o racismo é escolar. 24. f resultado de justificações e classificações ideológicas, Saúde dos/as Trabalhadores/as em Educação: 25. f com o objetivo de subjugação e exploração de força de É cada vez maior a quantidade de trabalhadores em 26. trabalho. Constitui-se, enquanto forma de ideologia de educação afastados do trabalho por problemas de saú- 27. f dominação de uma classe sobre outra, dentro das rela- de. Os sindicatos estão em alerta, buscando intensificar 28. f ções de produção da vida material. ações de orientação e prevenção para que os educado- 10. a 11. res possam realizar seu trabalho com qualidade, saúde 29. f Para avançar na direção de relações sociais justas e 30. f igualitárias, a educação deve, necessariamente, desve- 31. f lar as ideologias de dominação fundadoras da realida- A CNTE reivindica reajuste salarial compatível, 32. f de brasileira. Assim, uma escola pública de qualidade, diminuição da carga horária, melhoria das condições 33. f comprometida com os anseios dos trabalhadores deve de trabalho e uma reforma no ensino brasileiro. 34. ter como horizonte: o reconhecimento do problema ra- Por traz destas medidas encontra-se a possibilida- 35. f cial como uma das formas de dominação de classe; o de de modificar a situação do adoecimento que vem 36. f respeito às origens históricas e manifestações culturais acometendo um número cada vez maior de profissio- 37. f e religiosas das etnias dos estudantes; o resgate da his- nais da educação. Quando o tema é saúde dos educado- 38. f tória de resistência dos povos historicamente discrimi- res, o primeiro passo é conhecer a realidade enfrentada 39. f nados; a reflexão constante sobre o racismo no cotidia- para que o quadro seja revertido. As queixas são infini- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em e prazer. Educação 69 Caderno de Resoluções » CSD - CUT Socialista e Democrática 1. a tas: dores musculares, passando por alterações vocais Santos, Wagner Arestides Luciano, Helenice Balbino 2. a e distúrbios mentais. Não há educação de qualidade Silva, Jane Medeiros dos Santos, Darcir Acioli Silvei- 3. a enquanto o educador não tiver saúde. Nossa luta é para ra, Jivanete Bernardino da Silva, Marta Maria Queiroz 4. a que os problemas não aumentem ainda mais, e que os de Moura, Rosilda Salustiano da Silva Lazaro, Cicera 5. a trabalhadores não precisem se afastar de suas funções. Ferreira da Silva, Marluce Remígio dos Santos Barros, 6. a A mudança só será sentida quando todos os edu- Erivaldo Simão da Silva, Maria José Odorico dos San- 7. a cadores estiverem conscientes de que as doenças estão tos, Edilton Dantas Costa, Margarida da Rocha Alves, 8. a relacionadas ao trabalho. Os distúrbios de ordem vocal, Juracy Pinheiro dos Santos, Maria Felix, Maria Vilma 9. a por exemplo, não são reconhecidos como doenças ocu- Barbosa Lúcio, Francisco José Barros da Silva, Miche- 10. a pacionais, é preciso fazer esta abordagem com os edu- line, Maria Vieira de Lima, Valdir dos Santos Costa, 11. cadores, envolvendo os profissionais da área de saúde. Jirleide Maria Costa Santos, Sônia da Silva Falcão, Articulando ações individuais/curativas com ações Sitrânia Pereira Cardoso, João Jorge Melo de Farias, 13. a coletivas, de vigilância sobre os ambientes e processos Gilvânia Machado Silva, Antonio Moreira da Silva Ju- 14. f de trabalho, considerando-se que os agravos à saúde do nior, Carlos Alberto Rodrigues Sampaio, Cosmo Go- 15. f trabalhador são potencialmente previsíveis e prevení- mes da Silva, Josimi da Silva, Cicero José da Silva, 16. f veis; garantia do direito à atenção aos trabalhadores ví- Catarina Andra Ferro Ribeiro, Carlos Ramos da Silva, 17. f timas de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, Maria Aparecida Andrade de Souza, Zelia Correia Por- 18. f incluindo, além de outras, o tratamento, a recuperação to Lira, Edivaldo Pimenta Santos, José Francisco da 19. f e a reabilitação física, psicossocial e profissional; ga- Silva, Matuana Cristiana da Silva, Faleiana, Alexandre 20. f rantia do direito à informação aos trabalhadores e suas dos Santos, José Cicero de Menezes, Henrique Marce- 21. f entidades representativas sobre os riscos existentes nos lo Marquesde Lima, Eraldo Inácio de Souza, Adriano 22. f ambientes e processos de trabalho e suas conseqüên- Gomes Felix, Ana Lúcia Gomes de Barros, Lucioano 23. f cias sobre a saúde; integrar-se e debater o Programa Pedro dos Santos, APP-Sindicato: Marlei Fernandes 24. f DST/AIDS – Brasil, a ser desenvolvido em parceria de Carvalho, Janeslei Aparecida Albuquerque, Lirani 25. f com os Ministérios da Educação e da Saúde, objetivan- Maria de Franco, Mariah Seni Vasconcelos, Luiz Car- 26. do a formação de dirigentes sindicais. los Paixão da Rocha, Idemar Vanderlei Becki, Silvana 12. a Prestes Rodacoswisk, Tomiko Falleiros, José Ricardo 27. f 28. f ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: Correa, Áurea de Brito Santana, Clotilde Santos Vas- 29. f Milton Canuto de Almeida, José Valdivino de Mo- concelos, Siumara Ferreira, Inês Conegero Pastor, Ja- 30. f rais, SINTEAL: Célia Maria Henrique Capistrano, Ma- cqueline Meiry Cuenca, Vilma Trindade Souza, Marly 31. f ria Consuelo Correia, Girlene Lázaro da Silva, Jailton Marcusso de Brito, Paulo Fonseca, Cecília Maria Sto- 32. f de Souza Lira, Lenilda Lima da Silva, Sineide Rodri- ppa, Walkíria Olegário Mazeto, Nueli de Souza, Davel- 33. f gues Correia, Maria dos Prazeres Batista Silva, Maria cir Leonardo, Irmã Pereira de Lima Thomazini, Jomar 34. Zélia Pereira, Teresinha Barbosa da Fonseca, Edna Vieira Rocha, Valci Maria Mattos, Hélio Clemente Fer- 35. f Maria Lopes do Nascimento, Rosilde Maria Rodrigues nandes, Amâncio Luiz Saldanha dos Anjos, Humberto 36. f de Barros, Maria Salete da Silva, Brunio Albino Pon- Santos, Vilma de Oliveira Ceccon Frigatti, Sidineiva 37. f tes de Souza, Neide Aparecida Alves de Brito, Ivanil- Gonçalves de Lima, Izabel Cristina Marson, Aparecido 38. f za Fabrício Coelho, Edileuza Vespasiano dos Santos, de Sampaio Baptista, Maria Vany Fernandes da Silva, 39. f Renilda de Albuquerque Nunes, Josineide Martins dos Sabina da Silva Turbay, Maria Adelaide Mazza Cor- 70 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CSD - CUT Socialista e Democrática Resoluções » 1. a reia, Davi Brito da Silva, Cássio Roberto Esteche Brito, Maria de Fátima, Judith da Costa Moraes, Keila Maria 2. a Roberto Piano, Leila Elias de Barros, Ana Paula Perei- Pimentel Araújo. 3. a ra, Denila Coelho, Antonio Jucelino Batista, Pedro Fer4. a reira De Almeida, Paulo Sérgio Boschen, Luiz César de 5. a França, Tatiana Nanci da Maia, José Jailton Camargo, 6. a Claudete Maria Petriw, Geraldo José Bueno, Cesário 7. a Benedito Pedro, Selma Maria Ambrosio, Vitélio Pe8. a dro Dalmolin, Antonio Marcos Rodrigues Gonçalves, 9. a Arnaldo Vicente, Nelson Antonio Silva, Rosalina dos 10. a Santos Araujo, Zélia Del’anhol, José Claudinei Posta11. li Stachetti, Maria Ignes Teixeira, Marisa Márcia Ro- 12. a magnole, Luiz Carlos dos Santos, Flora Cardoso Dias, 13. a Lucimara Valente Silva, Ana Lúcia Zambão Gutier, 14. f Marlus Vandelao, Maria Tavares, Nair da Silva, Lauro 15. f Anselmo Ferrarini, Mariza do Rocio Mazzo, Ronaldo 16. f de Castro, Luciano Lempek Linhares, Claiton Luis da 17. f Rocha, Cristiani Maria Lima dos Santos, Júlio Cézar 18. f Amorin, Mariza Chiarani, Ilo Fontanive, Maria Rosely 19. f de Col, Vera Rosi Lopes de Morais, Marisa Pereira de 20. f Camargo, Deborah Bittencourt, Maria Begair Siquei- 21. f ra, Regina Maria Ramos, Carlos Alberto Seibert, João 22. f Batista de Souza, Sebastiana Ruiz Garcia, Márcio Al- 23. f ves Lopes, Maria Aparecida Mariani da Silva, Nádia 24. f Aparecida Brixtener Mendes, Andrea Rosane de Sou- 25. f za, SISMMAC/PR: Maira Beloto de Camargo, Lorici 26. Khun Corsi, Glacelise Cordeiro de Brito, Simeri de 27. f Fatima Ribas Calixto, Ana Denise Ribas de Oliveira, 28. f Aline Chalus Vernik Carissimi, Fernanda, SINPRO/ 29. f DF: Kleber Ribeiro Soares, Fernando Ferreira dos 30. f Reis, Eleceuda França, Hamilton da S. Caiana, Iolanda 31. f Rocha, Maria Auriene Vieira, Misael Barreto, Vilmara 32. f P. do Carmo, SIND-UTE/MG: Elaine Cristina Ribeiro 33. f Ribeiro, Jakes Paulo Felix dos Santos, Ronaldo Amé- 34. lio, APEOESP/SP: Celso Augusto Torrano, Sebastião 35. f Severino Neto, SINTE/RN: Fátima Cardoso, Fátima 36. f Costa, Rômulo Arnaud, Eliane Bandeira, 37. f Arimateia, APEOC/CE: André Luis Araujo Sabino, 38. f SINTEP/PB: Antonio Arruda, Paulo Tavares, Gilber- 39. f to Cruz, Edvaldo Faustino, Geraldo Amâncio Nunes, 31o Congresso Nacional dos Vicência Trabalhadores em Educação 71 Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » resolução 8: cpers - CONLUTAS E INTERSINDICAL 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA NACIONAL 5. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 6. a Fora as Tropas do Haiti! Mesmo que a economia brasileira siga em cresci- Após o desastre causado pelo terremoto de janeiro mento e que provavelmente o PIB aumente em 7% nes- 8. a e do fracasso da operação de ajuda internacional, os te ano, a presidente eleita e a burguesia sabem que nem 9. a haitianos continuam vivendo miseravelmente. Como tudo está tranqüilo. 7. a 10. a se isto não bastasse, a epidemia de cólera tornou a si- Existe um déficit nas contas correntes do país que tuação intolerável. Por isso, acompanhamos no ultimo vai se aproximando dos U$ 60 bilhões. Com a decisão 12. a período as mobilizações de rua. A tentativa do governo do governo americano de desvalorizar ainda mais o dó- 13. a e das tropas de ocupação de controlar a situação através lar, aumenta a perspectiva de ampliação deste déficit 11. 14. f em contas correntes brasileiras. da repressão não está dando certo. 15. f Mas, apesar de tudo que tem ocorrido no Haiti, Também existe a possibilidade de que a crise da 16. f a maioria dos brasileiros ainda acredita que as tropas Europa atinja os EUA e particularmente a China. Esta 17. f que ocupam o país estão em missão humanitária. Ao última concentra boa parte das exportações brasileiras 18. f contrario, estão lá para garantir o plano econômico das e se entrar em crise afetará diretamente o Brasil. 19. f multinacionais têxteis que produzem jeans e pagam sa- 20. f lários miseráveis. Por isso, o governo que assumirá em janeiro anuncia medidas de ajustes. Entre estas medidas o conge- 21. f Durante todos estes anos de ocupação nenhuma lamento dos salários do funcionalismo. Além disto, a 22. f rede de esgotos ou de água foram construídas. O que proposta de reajuste para o salário mínimo é vergonho- 23. f realmente os soldados tem feito é reprimir as greves sa, além da volta da CPMF e de mais uma reforma da 24. f e as manifestações populares. Os haitianos continuam previdência. 25. f -1,5 milhão de pessoas- vivendo em acampamentos. Enquanto o governo discute um salário mínimo de 26. Em Porto príncipe, capital do país, estes acampamentos R$ 540,00, os parlamentares de sua base de sustentação 27. f se transformaram em favelas permanentes. debatem um reajuste de 100% para os deputados. 28. f Agora, a epidemia de cólera pode arrasar estes O mesmo governo que deu R$ 380 bilhões para os 29. f acampamentos. Por isso a dor e a revolta fazem com banqueiros diz que faltam verbas para a saúde pública 30. f que o povo saia às ruas e continue lutando. e por isso debate a volta da CPMF. Isto nada mais é do que uma manobra para garantir o superávit fiscal e o 31. f Diante das cruéis imagens dos soldados atirando 32. f contra o povo, esperamos que os trabalhadores brasilei- 33. f ros reajam para cobrar do governo brasileiro o retorno A nova reforma da previdência, que segue a lógica 34. imediato das tropas ao nosso país. O Haiti precisa de mé- das anteriores realizadas – por FHC em 1998 e Lula 35. f dicos e outros profissionais de saúde e não de soldados. em 2003 – é exatamente igual ao que estão fazendo os 36. f Neste sentido, o Congresso decide que a CNTE deve: governos europeus, transferindo para os trabalhadores 37. f - Organizar uma campanha de solidariedade aos pagarem a conta da crise econômica, com retirada de 38. f direitos e ampliação no tempo exigido para a aposen- trabalhadores haitianos; - Exigir do governo brasileiro a imediata retirada 39. f das tropas do Haiti. 72 pagamento aos bancos. tadoria. Por isso, várias organizações realizaram no dia 25 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » 1. a de novembro uma reunião para organizar a luta e evitar 25% do orçamento anual, mas o pagamento da dívida 2. a os ataques às aposentadorias, aos salários e ao serviço que sangra quase 40% do orçamento ( dados de 2008 e 3. a público, que estão sendo preparados. 2009), dívida que ultrapassa os 2 trilhões de reais. 4. a No final de janeiro um novo encontro deverá elabo- Diante disso, o 31º Congresso da CNTE resolve: 1. 5. a rar o calendário de lutas para o próximo período. A CNTE será parte do movimento de luta 6. a Neste sentido, o Congresso resolve que: contra a Reforma da Previdência, seja ela apresentada 7. a A CNTE deve integrar este pólo de resistência e como uma reforma global envolvendo o regime geral 8. a luta que se organiza para impedir os ataques aos direi- ou a previdência pública, ou sendo apresentada frag- 9. a tos dos trabalhadores e o arrocho salarial. mentada através de PECs ou PLs. 2. A CNTE, junto com as organizações que atuam 10. a 11. POLÍTICA SINDICAL em defesa dos direitos dos trabalhadores, denunciará e 12. a Lutar contra a reforma da previdência combaterá todas as medidas do governo Dilma ou dos 13. a Diante de mais uma das crises do capitalismo os governos estaduais que alteram as atuais regras previ- 14. f governos tem atuado para salvar bancos e grandes em- denciárias para subtrarir direitos conquistados, como é 15. f presas. São trilhões de dólares para os capitalistas e para o caso também anunciada regulamentação da previdên- 16. f salvar Estados Nacionais endividados, como vimos na cia complementar pública. 17. f Grécia e Irlanda. E para reequilibrar esses verdadeiros 18. f rombos tem promovido ferozes ataques a direitos his- previdenciário e não aprovação da Fórmula 95 que é o 19. f tóricos dos trabalhadores como redução de salários, fim substituto do fator; pelo fim da contribuição dos servi- 20. f do 13% salário e aumento da idade para a aposenta- dores públicos federais aposentados e contra a reforma 21. f doria. Assim tem sido em praticamente toda a Europa tributária que elimina contribuições sociais destinadas 22. f (Grécia, Espanha, França, Alemanha, Portugal). ao financiamento da previdência pública. 3. A CNTE fará parte da luta pelo fim do fator 23. f No Brasil, a crise mais aguda ainda não chegou. 24. f Mesmo assim, empresários, mídia e governos tem in- POLÍTICA EDUCACIONAL 25. f sistido na necessidade de reformas trabalhistas para Investimento de 10% do pib em educação 26. flexibilizar direitos e na reforma da previdência para Alguns dados sobre a Educação Brasileira. 27. f aumentar a idade para a aposentadoria e igualar os re- De acordo com o IBGE, em 2009, a taxa de anal- 28. f gimes de previdência ( o geral – INSS com o público) fabetismo das pessoas de 15 anos ou mais é de 98% da 29. f regulamentando a previdência complementar também população, correspondendo a cerca de 19 milhões de 30. f para os servidores públicos. analfabetos. Comparando a alguns de nossos vizinhos 31. f Os defensores da reforma da previdência continuam latino-americanos, estamos bastante atrasados: segun- 32. f sustentando seus argumentos na insustentabilidade do do levantamento feito pela Campanha Latino-America- 33. f sistema, no aumento da longevidade e na necessidade de na pelo Direito à Educação (Clade), em Cuba a porcen- 34. incluir os trabalhadores informais como contribuintes. tagem é 0,2%, no Uruguai é 1,9% e na Argentina é 2,%. 35. f A verdade é que a Previdência é viável e sustentá- “O Brasil tem cerca de 2 milhões de crianças de 0 36. f vel. Muitos estudos confirmam essa posição, como é o a 4 anos que não são atendidas, entre as crianças de 4 37. f caso do Jubileu Sul da Dívida e diversas outras organi- a 6 anos esse número é de 1 milhão”, segundo Moacir 38. f zações sociais. O problema do gasto público, sustenta o Gadotti. 39. f Jubileu, não é a previdência que consome em torno de 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em De acordo com o INEP, em 2005 a rede priva- Educação 73 Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » 1. a da de ensino Fundamental tinha 131.000 alunos. Em empresariado articulado no Movimento Todos pela edu- 2. a 2006, ela teve um crescimento de 400%, passando para cação defende que é suficiente 5% do PIB até 2010. 3. a 614.000. Muito diferente da rede pública, que teve um 4. a crescimento de aproximadamente 15%, passando de 5. a 7.900.000 para 10.000.000 (Caros amigos, nov/10). 6. a Cumprimento da lei do piso salarial e sua extensão aos funcionários de escola Há um debate permanente da necessidade de qua- Segundo o economista Márcio Pochmann, atual pre- lificar a educação nacional que nas avaliações interna- 7. a sidente do IPEA, em sua obra “Qual desenvolvimento? cionais ocupa lugares vergonhosos, incompatíveis com 8. a Oportunidades e desafios” 2009, seria necessário que o a posição econômica do país. Enquanto somos a 8ª 9. a país incluísse 5,7 milhões de jovens entre 15 e 17 anos economia, ocupamos o 68º lugar em Desenvolvimento 10. a no Ensino Médio para que alcançasse não 100% , mas o Educacional. 11. patamar do Chile de atendimento de 85% dos jovens em A qualificação da educação tem como um dos pila- 12. a idade apropriada. Para tanto, estima ele, seria necessária res básicos a valorização profissional. O que pressupõe 13. a a contratação de 500 mil novos professores. o pagamento de um Piso Salarial digno aos trabalha- 14. f Hoje somente 14% dos jovens entre 18 e 24 anos dores em educação. É inaceitável, portanto, que a Lei 15. f tem acesso ao Ensino Superior. 4% tem acesso ao en- do Piso Salarial Profissional Nacional – PSPN não seja 16. f sino público. Numa conta feita pelo professor Roberto cumprida, porque cinco governadores argüiram sua in- 17. f Leher, com todos os projetos de expansão do governo constitucionalidade e o governo federal, responsável 18. f Lula (Reuni, Prouni, etc.) demoraria 59 anos para 30% pela sua criação, não garanta as condições para o seu 19. f dos jovens trem acesso ao ensino superior, meta que o pagamento, já que tem que respeitar o pacto federativo. 20. f PNE previa para 2010. A dura realidade é que 26 estados atingem o valor 21. f Segundo o Pnad de 2009, das pessoas de 25 anos do piso de R$ 1.024,00 (valor rebaixado pelo MEC no 22. f ou mais no Brasil, 23% terminaram o ensino médio e final de 2009) não como diz a lei original, como básico 23. f apenas 10,6% tem nível superior completo. 36,2 mi- das carreiras, mas como remuneração inicial, conside- 24. f lhões de pessoas de 10 anos ou mais (22,2% da popu- radas outras vantagens, os chamados “pinduricalhos”. 25. f lação) não estudaram ou freqüentaram a escola durante Para ser sério é preciso que governo federal e de- 26. pelo menos 4 anos. O funil da educação continua! (Ca- mais governantes cumpram a Lei do Piso, com seu va- 27. f ros Amigos nov/10) lor original que seria R$1.312,00 em 2010 e que o mes- 28. f O investimento total do PIB em Educação não che- mo seja extendido aos funcionários de escola, como 29. f ga aos 5%, porque o governo Lula manteve o veto de básico dos planos de carreira. Ou tudo não passará de 30. f FHC aos 7% quando da aprovação do PNE em 2001. promessas e de uma grande falácia num país rico que 31. f Assim, o país não salda seu o défict educacional. Se por paga salários miseráveis aos educadores. 32. f um lado está em extinção a DRU na educação, o Minis- Diante disso, o 31º Congresso da CNTE resolve: 33. f tro Guido Mantega já confirmou que em 2011 haverá 1. A CNTE exigirá o cumprimento da lei que criou 34. cortes no custeio dos serviços públicos. o Piso Salarial para o magistério e a sua extensão para 35. f Diante disso, o 31º Congresso da CNTE resolve: os funcionários de escola, como básico dos planos de 36. f 1. A CNTE mobilizará os educadores do país, atra- carreira. Cumpra-se a Lei! A lei do Piso é inegociável! 37. f vés das suas afiliadas, para lutar pela aplicação de 10% 2. A CNTE não aceitará a proposta do Ministro Ha- 38. f do PIB na Educação até 2014 no novo PNE, conforme ddad, endossada pelo Presidente Lula na COAE 2010, 39. f meta aprovada na CONAE 2010, tendo em vista que o de criar uma mesa de negociação entre governos e repre- 74 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » 1. a sentantes dos educadores para negociar a implantação da e do PSB, respectivamente. E a presidente eleita, Dilma 2. a Lei do Piso. Roussef, em seu primeiro discurso afirmou “Zelaremos 3. a 3. A CNTE exigirá do Governo Dilma a revogação pela meritocracia no funcionalismo”. Não podemos per- 4. a da decisão do MEC de adotar o INPC como fator de cor- mitir que esse mecanismo perverso se extenda país afo- 5. a reção do valor do piso salarial, retomando a lei original ra, quando já sabemos dos seus objetivos, das suas con- 6. a que determina que o índice de reajuste seja mesmo do seqüências e de que é falso o discurso de que qualifica a 7. a valor do custo-aluno. educação e o serviço público. 8. a A meritocracia na educação e em defesa das car- 9. a reiras dos educadores 10. a Diante disso, o 31º Congresso da CNTE resolve: 1. Que a CNTE é contra a adoção da meritocracia A fase atual de desenvolvimento do capitalismo, na educação e no serviço público, mecanismo apresen- entre outros mecanismos de acumulação de capital, tem tado como avaliação de desempenho individual, pois 12. a imposto aos governos de plantão o ajuste dos gastos pú- tem a finalidade de premiar alguns, deixar de conceder 13. a blicos. Nesse contexto insere-se a tendência internacio- reajustes salariais universais, acabar com os planos de 14. f nal de exigência de diminuição de gasto com funciona- carreira dos educadores, tudo para que os governos gas- 15. f lismo, materializando-se, também na educação no fim tem menos com funcionalismo para atingir as metas de 16. f de reajustamento universal de salários. Tudo isso com superávit primário destinados a pagamento de juros de 17. f o objetivo de produzir os chamados “superávits primá- dívidas impagáveis. 18. f rios”, para assegurar o pagamento dos juros das dívidas 2. Que a CNTE denunciará todos os governos que 19. f públicas, responsáveis pela garantia de acúmulo de ri- já adotaram ou tem em seus programas a adoção da me- 20. f queza para as elites e pela “falência” de países como te- ritocracia. 21. f mos assistido na Europa. 11. 3. Que a CNTE lutará pela preservação e criação 22. f Por isso, os capitalistas e os governos subservientes 23. f têm vendido a idéia de qualificar a educação valorizan- 24. f do aqueles educadores que atingirem as metas que eles 25. f estipulam. Como na produção: metas de produtividade. 26. Assim, premiam os que as atingirem. Pagam um bônus Considerando que: 27. f para “quem merece” na concepção produtivista. É a fa- A CNTE aprofunda, a cada dia, a sua submissão 28. f mosa e propagandeada “Meritocracia”. de planos de carreira que de fato valorizem e estimulem profissionais a serem educadores. BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO aos interesses governistas e assim, se afasta cada vez 29. f A meritocracia não pode ser adotada no serviço pú- 30. f blico e na educação. Ela ataca frontalmente os planos de 31. f carreira, aos criar prêmios, Bônus, 14º salário apenas para Ao se consolidar como uma ferramenta meramente 32. f uma parcela dos educadores. Nos EUA, onde iniciou sua eleitoral a serviço do governo, a Confederação facilita 33. f implementação, idealizadores do sistema, depois de dé- os ataques das elites burguesas contra os educadores, 34. cadas, estão denunciando que foi um fracasso, um meca- propondo medidas neoliberais para a educação pública, 35. f nismo perverso que gerou exclusão social ao ranquear es- como a implantação da meritocracia e de uma concep- 36. f colas, e que não melhorou as condições dos professores. ção mercantilista para as escolas. 37. f Aqui no Brasil, a meritocracia já foi adotada em No governo Dilma, teremos a continuidade da atual 38. f diversos lugares. Os casos mais conhecidos talvez se- política educacional, que secundariza a educação para 39. f jam São Paulo e Pernambuco. Em governos do PSDB atender aos interesses dos rentistas. Um dado significa- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em mais do seu papel de defender a educação pública e os direitos dos trabalhadores em educação brasileiros. Educação 75 Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » 1. a tivo é extraído do orçamento executado pelo governo 2. a federal em 2008: foram destinados R$ 282,5 bilhões PLANO DE LUTAS Pela auditoria cidadã da dívida O Brasil que tem um enorme déficit social não pode 3. a para remuneração dos juros da divida e apenas R$ 23,7 4. a bilhões para a educação. seguir sustentando o enriquecimento de uma elite atra- 5. a vés de altísssimas taxas de juros e pagamento de uma Esta situação permite que o Piso Salarial Nacional, 6. a bandeira histórica da categoria, esteja seriamente ame7. a açado. Além de ser um “direito virtual”, pois simples- dívida estratosférica. 8. a mente não está implantado em nenhum estado ou mu9. a nicípio e o governo Lula não faz valer a lei, ainda por ais, como tem denunciado o Jubileu Sul da Dívida, tem 10. a cima, com um “canetaço”, rebaixou o seu valor para R$ 11. 1.024,00 quando deveria ser de R$ 1.312,27. tado Brasileiro para enriquecimento de bancos e empre- 12. a Esta linha política de servir como instrumento de 40% dos recursos do orçamento federal tem sido dre- 13. a eleitoral e de defesa do governo Lula, impediu que a 14. f CNTE unisse as diversas lutas e greves que ocorreram nados para o pagamento dos juros e serviços da dívida A dívida pública, que ultrapassa os 2 trilhões de resido um mecanismo legal de assalto dos recursos do Essas, através de títulos da dívida. Anualmente, em torno pública interna e externa. 15. f em todo o país. Pelo contrario, a Confederação bus- É impossível que entidade como a CNTE continuem 16. f cou tão somente reforçar os movimentos em estados em silêncio sobre este tema, quando do mesmo orçamen- 17. f dirigidos pelo PSDB, numa tática de desgaste destes to apenas 2,8% são destinados à educação, 4,6% para a 18. f governos para reforçar a campanha da Frente Popular. saúde. É preciso seguir o exemplo do Equador que ao 19. f A degeneração imposta à CNTE pela política go- realizar uma auditoria da sua dívida reduziu em 70% o 20. f vernista da Articulação Sindical já levou diversas enti- seu valor, ou seja, grande parte já havia sido paga. Aqui 21. f dades representativas de educadores a se desfiliarem da no Brasil, aconteceu a CPI da Dívida, mas os acordos 22. f Confederação, pois é cada vez mais necessária a exis- políticos do governo Lula e seus aliados impediu o enca- 23. f tência de uma ferramenta de luta para responder aos minhamento da realização da auditoria. 24. f ataques do governo. A CNTE e também a CUT foram Diante disso, o 31º Congresso da CNTE resolve: 25. f omissas e nada fizeram para enfrentar a nefasta Refor- 1. A CNTE desencadeará, junto com outras organi- 26. ma da Previdência promovida pelo governo em 2003. zações e movimentos, um movimento pela realização da 27. f O congresso resolve que: AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA para que o povo 28. f A Confederação estará a serviço dos educadores, brasileiro conheça o que é a dívida que o país tem, do 29. f assim como dos demais trabalhadores do nosso país que ela é composta, quem são os beneficiários, e se ela 30. f que devem estar preparados para combater a nova re- já não foi paga. 31. f forma da previdência anunciada para 2011. Será neces- 2. A CNTE também lutará pelo fim do superávit 32. f sária uma grande mobilização, que una os trabalhado- primário e pela redução dos juros praticados no país, 33. f res do setor público e do privado, para garantir que a mecanismos de apropriação dos recursos públicos e da 34. classe tenha forças para combater estes ataques. riqueza nacional por um punhado de banqueiros, empre- 35. f 36. f A CNTE exigirá do Governo Federal o cumpri- sários e políticos corruptos. ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO mento do PSPN de R$1.312,27. 37. f A CNTE terá autonomia e independência em rela- Ana Mello, Carla Grijo Almada, Carmen Lucia da 38. f ção aos governos deixando de ser um aparelho burocrá- Silva Alves, Cergi Regina Rodrigues, Cleusa Souza 39. f tico que freia as mobilizações e colabora com o capital. Santos, Daniele da Silva Ferreira, Dulcimara Bragog- 76 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de CPERS - Conlutas e Intersindical Resoluções » 1. a nolo, Eliane Coelho Martini, Elton Dorneles Castro, Odete Mirian Dutra, Olívia Carini, Silmara Hoffmann 2. a Genilza Azeredo, Glair da Cunha Zuch, Gleci Munhoz Stdile, Terezinha de Fátima Fonseca dos Santos, Celso 3. a de Freitas, Ione Ponsoni Lazzarotto, Itacyr Divino Zu- Adalberto, Luciane Bloter, Katia Hesheler, Eva Angéli- 4. a ffo Jr., Juacema Maria Dias de Siqueira, Julieta P. Sil- ca, Tânia Pazeto, Vitalina Arigony, Elisiane Maria dos 5. a va, Julio Cesar Farias, Jussara Lopes da Silva, Klymeia Santos Berwig, Maria Odete Cantine Belmonte, San- 6. a Mendonça Nobre, Ligia Araujo, Margarida Passios, dra Mariza dos Santos Teixeira, Tânia Maria Borges de 7. a Maria Luiza de Oliveira Ferreira, Mariliza Dias Bou- Melo, Nadir Terezinha Duarte Pillar, Helenir dos Santos 8. a yssounade, Marisa Gomes Peres, Marisa Perez Gomes, Ferreira, Odelcinda Umpierre Saldanha, Rosane Leite 9. a Marisa Teresinha Bruschi Cassol, Moises Marques Lo- Mathucheski, Gládis Cleonice Veloso Deble, Sidemar 10. a pes, Myriam Öris Moreira Santana, Neidi Weschfelder, Terterola Tarouco, Lenir Garcia Medeiros, Elen Rose 11. Neli de Souza Kummer, Neusa Teresinha Wille, Noeli Ferreira Silva, Ana Araci do Nascimento Chagas, Lia 12. a Lurdes de Grandi, Norma Dalvia Furtado, Odete tere- Mara Bica dos Santos, Carmen Marques Santana, Sônia 13. a zinha Radin, Pablo Henrique Silva dos Santos, Ranir Maria Rodrigues da Silva, Neiva Ida Ulmer, Vera Regi- 14. f Santos dos Santos, Rejane Andriolli, Vanderleia Joana na da Silva Serpa, Neiva Matiasso Commanduli, Nel- 15. f Zangrande, Vera Lucia Maskalenkas Sampaio, Adriana ci Fatima Santana, Rejane Todero, Rita Maria Todero, 16. f Cristina Gomes, Ana Maria Alves dos Santos, Eloiza Ronaldo Roncalio, Roque Lazzarin, Rosana de Souza 17. f Terezinha Pinto Favero, Emilton Faccin, Gilmar Nunes Paiva, Rosane Margarete do Calmo Cavagni, Scheila 18. f Correa, Isabel Cristina Gomes, Jane Elisabethe Alves Fatima Frizzo Pegararo, Silvia Regina de Freitas, Julio 19. f Avila, Jorge Floriano Andrades da Rosa, José Manoel Alexandre Severo Domingues, Sueli Pereira da Silva, 20. f de Mello, Lucia Medianeira Paim, Adriana Augusta Maristela Machado da Silva, Andrea de Sousa Godi- 21. f Hahn, Matea Henrieta Gerarda Michels, Mara Luiza nho, Joaquina Gladis R Freitas , Jair Dossena Espín- 22. f Arnold, Cecília Bolgenhagen, Carla Maria Rostirolla, dola, Elisangela Ceccon da Silva, Rosmari Walendorff 23. f Marli Terezinha Petry, Maria Terezinha Moraes Wedy, Petter, Oralino Conceição dos Santos, Maria Dejaci da 24. f Neusa Maria Streit Martins, Marli Terezinha Nezello, Silva Daniel, Rozi de Freitas Pinto da Costa, Rosecler 25. f Geraldo Ferreira Schacht, Ione Mirian dos Santos, Os- Port, Vera Lucia Salvia, Maria Luiza Lopes, Ondina Pe- 26. mari da Luz, Helena Alves Spacil, Erondina Correa reira Ribeiro, Delmar Soares Cardoso, Fabricia Moraes 27. f Sturm, Terezinha de Fatima da Silva, Aurora Senger, Ferreira, Adao Rosa Da Silva, Danilo Martins Galim- 28. f Carla Rosane Oliveira, Maria Helena Martins, Ivone berti, Maria Denize Vinchiguerra, Carmem Inês Bra- 29. f Teresa Vidal, Miriam Calixto de Quadros, Gema Ge- ganholo, Zenaira Maria Costa de Marco, Ida Dolores 30. f suina Fassini, Maria Iraci da Rocha, Maria Augusta Walendorff, Evani Prestes da Silva, JAco Emilio Mal- 31. f Albarello, Lorena Teresinha Pereira, Alba Maria Pas- daner, Rosecler Finger da Silva, Schirlei Eroni Tavares 32. f quetti, Vitória Xavier, Ruth Saldanha, Maria Edizanetti, de Campo, Izaura Ozório Sales, Carlos Sidenei Viegas 33. f Eleone Bertani, Maria Madalena Marchiori, Marluza Pereira, Carmen Castoldi, João Diniz Gonçalves, Julice 34. Moraes Zirbes, Lelia Pinto Sudbrack, Elite Moresco Li- de Moura Machado, Ana Lúcia Martins de Ávila, Diná 35. f ppert, Gilvani Roque Lopes do Carmo, Nair Rocrigues Maria Hilgenstieler, Eva Edimar Napp, Jane Terezinha 36. f de Andrade, Erondina Dos Santos de Oliveira, Claudete Siqueira de Toledo, Lenir Lourdes Pedroso, Odila Alves 37. f Bonfada da Silva, Rosalina Portela Prado, Roni Veieira Pereira, Luis Fernandes Pinheiro Meira, Marli Simon 38. f Moreira, Edson Sperandio, Sônia Balest, Erenita Sen- Myra, Nelson Von Grafen, Nilce dos Santos Machado, 39. f ger Rambo, Telma de Morais Minuzzi, Noemi Pastori, Ieda Maria Pinto Nunes, Regina Rossi de Lima. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 77 Caderno de Resoluções » 1. a 3. a resolução 9: 4. a Rejane de Oliveira, Tânia Freitas, Antonio Branco, Nei Sena, Marlene Catarina Stochero, Gilberto 5. a Corazza, Terezinha Gerhardt, Elenir Santos da Silva, Maria Odila Filgueira Messa, Antonio Valdir 6. a Vian, Elton Gilberto Backes, Loreni Cappa, Vilma Maria Vasconcellos Correa, Maria Celeste Ramos 7. a Paiva, Celina Erodi Ramos, Livio Osvaldo Arenhart, Zenilda Machado, João Tarcisio Schneider, 8. a Ivanice Maria Segatto, Rosane Terezinha Lubini, Janice Maria Kaefer, Maurilio Borges de Matos, 9. a Dania Maria Hannel, Maria Gorete Calheiro, Anilo Celib Sperb, André Luis Machado Alves, Alceu 10. a Darski Urique, Cleusa Margarete Werner, Edson Luiz Portilho, Feliciana da Silva Antunes, Georgina 11. Regina Ricardo dos Santos, Ivanir de Souza Christ, Marlene Tereza Abreu Carneiro, Maria Florestina 12. a da Silva Borges, Maria Ines Martini, Maria Jose Araújo Mendez, Marilene Zonta, Marina Lima Leal, 13. a Roberto Andrade Pereira, Selvino Armando Scheibel, Adriana Amaral dos Santos, Beatriz Rodrigues 14. f Aquino, Dalva Maria da Silva Maidana, Eloa Damasceno da Silva, Guacira Rodrigues Matos, Guacira 15. f Santos de Moraes, Jose Antonio Severo, Jose Roberto Bernardo de Lima, Juçara Gomes Carvalho, 16. f Jurema Soares Marcondes, Márcia Rejane de Queiroz Bandeira, Maria Elvira Santos Moura, Maria 17. f Regina Chaves dos Santos, Nadia Maria Ajalla, Queila Divanuze Ávila Nazario, Rita Terezinha 18. f Braganholo de Souza, Tânia Roseli Pereira, Vanderlei Rodrigues, Vera Lucia Bueno Pereira, Simone 19. f Garcia Nunes, Solange Nogueira, Fátima Caetano, Denise Vargas, Nely Almeida, Yara Bonfante, Sadi 20. f Porto, Tânia Zinelli, Marco Sozo, Cledi Oliveira, Venicio Guareschi, Naema Nelci dos Santos Antunes, 21. f Maria Marlene Pereira Menezes, Roberto Carlos Quiroga Amorim, Elizete Caminha Porto, Jurema 22. f Becker de Vargas, Coselaine Dorneles de Freitas, Neiva de Oliveira Peres, Jorge Eugenio Botelho 23. f dos Santos, Cristiane dos Santos Viana, Paulo Ariosto Rodrigues Dutra, Ivete Brandolt Pedroso, 24. f Maria Justina Muttes de Morais, Lizete Rodrigues Passamani, Maria Ivonete Souza Lisboa, Aládio 25. f Kotowski, Alcemar Fabriz, Giselda Teresinha Grzeca Diesel, Gladis Maria Hippler, Izaura Beniz 26. Bieger, Jandenis Lirianete Degaspery Kotowski, Lúcia Cecília Schmitt, Luís Carlos Rossato, Merici 27. f Teresinha Oppermann Gutjahr, Odilo Kreutz, Paulo Reis, Renita Dias Celestrino, Rosmeri Maders 28. f Thomas, Fabio Bins Kalil. 2. a 29. f 30. f 31. f CONJUNTURA NACIONAL também existe uma forte pressão da burguesia para que 32. f A crise capitalista continua impondo aos trabalha- ocorra um ajuste fiscal. 33. f dores, cada vez mais desemprego e degradação do tra- Os meios de comunicação pautaram durante todo o 34. balho. As empresas aproveitam para impor diminuição processo eleitoral, a necessidade d e cortar gastos pú- 35. f de salário, e piorar ainda mais as condições de traba- blicos como garantia do famoso déficit fiscal. 36. f lho.Os governos de todos os países socorrem bancos e O discurso do ministro da fazenda, ao ser anunciada 37. f empresas, tirando dos cofres do Estado o dinheiro que a sua permanência no cargo reforçou a necessidade de 38. f deveria ser gasto nos serviços públicos. medidas de austeridade, como por exemplo, salário mí- 39. f No Brasil apesar da economia continuar crescendo, 78 nimo de R$ 540 reais.Além disso a pauta das reformas 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Resoluções » 1. a está colocada para o próximo período,principalmente a processo eleitoral, outro exemplo é a CNTE num dia de 2. a reforma da previdência. luta nacional garantir a participação da sua direção com 3. a Portanto, cada vez mais será importante que os tra- que reflitamos, sobre esses elementos, esse é o maior 4. a balhadores se unam para lutar. 5. a verbas públicas patrocinadas pelo MEC. È necessário Nesse sentido, dia 25 de novembro várias organi- símbolo de atrelamento e de ausência de autonomia. 6. a zações de trabalhadores realizaram em Brasília uma 5 - A lei do piso significou uma conquista dos 7. a reunião que marcou o início de “uma grande unidade trabalhadores de todo o país, a aprovação dela é um 8. a de ação” para organizar a luta ea resistência dos traba- ponto de partida para a valorização dos trabalhadores 9. a lhadores em defesa de seus direitos, frente a qualquer em educação, mas é tarefa da CNTE fazer com que o 10. a ameaça que estejam sofrendo ou venham sofrer. Piso como básico das carreiras seja uma realidade no Por isso o Congresso decide que: a CNTE integra- contracheque dos trabalhadores em educação, profes- 12. a rá este “Forum de Mobilização”, junto com as demais sores e funcionários de escola. a sua efetivação só vai 13. a entidades convocantes. acontecer com um calendário nacional de mobilização, 14. f contundente, frente aos governos pela implementação 11. 15. f BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 16. f 1 - A CNTE, uma ferramenta de lutas dos traba- 6 - A efetivação da luta pela pauta dos trabalhadores 17. f lhadores em educação, ao longo das últimas décadas de educação se dará com mais eficácia norteada pela au- 18. f deu passos importantes na resistência aos ataques de tonomia e independência. Este é o ponto que centramos a 19. f governos neoliberais aos direitos dos trabalhadores em nossa critica a atual direção da CNTE .Não defendemos 20. f educação e da imposição de políticas educacionais de uma direção que desencadeie uma ação de destruição 21. f exclusão a uma educação de qualidade social de uma de um governo construído pelas forças populares, mas 22. f grande parcela da população. uma direção que seja capaz de fazer o debate e a pressão imediata do Piso Nacional profissional. 23. f 2 - O constante debate de uma concepção de edu- 24. f cação libertadora deu expressividade nas nossas ações 25. f de lutas ideológicas regionais, onde foram capazes de 26. demarcar e mostrar qual era o centro das divergências 27. f das políticas de educação com os governos neoliberais. 28. f 3 - Foram inúmeras lutas em defesa dos educadores 29. f e de temas fundamentais para a sociedade brasileira, 30. f como busca da universalização do acesso à escola, ga- 31. f rantias dos direitos e a luta pelo Piso Salarial Profissio- 32. f nal Nacional. 33. f social com força política de trazer avanços significativos do projeto de educação que defendemos. 4 - No período do Governo Lula, a CNTE optou 34. pela submissão às políticas educacionais do governo 35. f Federal. Neste período passou a adotar um sindica- 36. f lismo subordinado às políticas governamentais. Estas 37. f opções passam longe da autonomia sindical e da inde- 38. f pendência política. Um exemplo disso foi o cartaz mu- 39. f ral da CNTE com a foto do Presidente Lula em pleno 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 79 Caderno de Intersindical Resoluções » RESOLUÇÃO 10: INTERSINDICAL 1. a 2. a 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL tinuam a existir. Os últimos acontecimentos que vem As formas de produção e de distribuição de rique- ocorrendo em toda Europa reafirmam a continuidade 6. a za no planeta são hoje, salvo raras ilhas de exceção, da crise, que está longe chegar ao seu fim. A palavra 7. a determinadas pelo lucro e pela divisão social entre de ordem da burguesia e dos governos neoliberais é 8. a proprietários e trabalhadores. A corrida por maiores ta- aplicar um conjunto de medidas (plano de ajustes) que 9. a xas de lucro transforma o mundo constantemente. Não tem como objetivos reduzir e congelar os salários dos 10. a obstante, deixa intocado o que é mais elementar ao ca- servidores públicos, reformas que retiram direitos, de- 5. a 11. pitalismo: a exploração do homem pelo homem e do missões, cortes orçamentários entre outros ataques. A resistência dos povos 12. a capital sobre o trabalho. 13. a Enquanto uma parcela diminuta da população O avanço do neoliberalismo e do imperialismo 14. f mundial tem acesso ao consumo de mercadorias e de agravou a situação dos trabalhadores e trabalhadoras e 15. f serviços tão sofisticados quanto supérfluos, a maior afetou as suas forças para resistir. 16. f parte da humanidade, os trabalhadores e trabalhadoras, Seja como for, a resistência persiste e, após um 17. f não tem garantido nem o necessário, vêem seus direitos momento de baixa nos anos 90, vem crescendo paulati- 18. f mais básicos regredirem e faz da vida uma luta cotidia- namente. Os processos na América Latina estão abrin- 19. f na pela sobrevivência. Nunca houve na história tanta do o caminho. Greves e grandes manifestações de rua 20. f riqueza e tanta desigualdade. contra as reformas não deixaram de ocorrer nos países 21. f A continuidade da crise..... centrais, sobretudo na Europa. Na realidade, ganharam 22. f O ciclo de realização de lucros promovido pelo ne- impulso com as conseqüências da crise e dos ataques 23. f oliberalismo resultou numa crise econômica de grandes que os governos neoliberais vem intensificando como, 24. f proporções e cujo desfecho, a despeito do que dizem a por exemplo, as reformas nos serviços públicos, em es- 25. f mídia e os grandes partidos no Brasil, ainda não se deu. pecial a reforma previdenciária. O capitalismo não se Para salvar o capitalismo dos capitalistas os gover- dá sem resistência dos povos e das classes oprimidas. 27. f nantes e os organismos internacionais tiveram de abrir A história não chegou a seu fim e a luta contra a ordem 28. f mão do princípio liberal de que a economia é capaz vigente e pela construção de outra ordem, sem explo- 29. f de se auto-regular. Governos ao redor do globo socor- ração e desigualdade, portanto a busca pela construção 30. f reram com dezenas de trilhões de dólares os bancos, da sociedade socialista, segue viva. Ou o socialismo, 31. f montadoras e inúmeros outros conglomerados econô- ou a barbárie! 32. f micos. 26. 33. f Certo é que a crise não é apenas financeira, apesar CONJUNTURA NACIONAL 34. de ter se desencadeado a partir da esfera especulativa. A realidade brasileira e a necessidade de resistir! 35. f Estamos em meio a uma crise ambiental, energética, O processo eleitoral de 2010 foi caracterizado por 36. f social, política, enfim, uma crise civilizatória, desse uma total despolitização e uma falsa polarização das 37. f modelo de civilização, do sistema capitalista. candidaturas majoritárias de Dilma (PT/PMDB/outros) 38. f Ainda que os efeitos mais evidentes da crise te- 39. f nham arrefecido, as sua causas mais profundas con- 80 e Serra (PSDB/DEM/outros). Lula, na prática, aprofundou a política econômica 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a de FHC, baseada nos juros altos, no ajuste fiscal, ou tem menos a ver com a mudança da matriz energética 2. a seja, no contingenciamento de recursos para as áreas e mais com a realização de lucros para os usineiros, 3. a sociais e no superávit primário para o pagamento de heróis nacionais de acordo com o presidente. O agro- 4. a juros da dívida. negócio perpetua uma gama de mazelas - a insegurança 5. a A dívida pública, a despeito do silêncio da grande alimentar devido ao seu caráter exportador, a concen- 6. a mídia e dos grandes partidos, à esquerda e à direita, tração fundiária, a desigualdade social, a superexplora- 7. a segue sendo a questão mais importante do Estado bra- ção do trabalho, a destruição ambiental, etc. 8. a sileiro. Não bastasse a obscenidade de se gastar quase Ao se tratar da questão energética o debate sobre o 9. a metade do orçamento com a dívida, sobretudo com ju- Pré-sal é fundamental. Há dois aspectos mais relevan- 10. a ros, a dívida pública brasileira não apenas é ilegítima, tes. O primeiro é o da pertinência de manter o modelo 11. como boa parte dela é ilegal. A CPI da dívida realizada energético baseado no petróleo. O segundo, é sobre o 12. a entre 2009 e 2010 já apontou para isso. É preciso ha- controle desses recursos. O governo brasileiro optou 13. a ver uma auditoria para verificar contrato a contrato e por um modelo que faz muitas concessões ao capital 14. f cancelar o pagamento do que é ilegal e do que já foi privado e permite que cerca de 80% fique nas mãos 15. f pago. A auditoria também abriria espaço para o debate do setor privado. Defendemos que o Pré-sal seja 100% 16. f público sobre a ilegitimidade do pagamento da dívida e estatal. 17. f sobre a sua suspensão. A forma de governabilidade também não mudou. 18. f Não só a condução da política macroeconômica foi Continua imperando o fisiologismo no congresso, na 19. f preservada, mas também o seu correlato, as reformas, composição do governo e nas alianças eleitorais. Ve- 20. f que seguem os mesmos objetivos que vimos na década lhas e novas oligarquias estão com o governo, como 21. f passada: enxugar o Estado, retirar direitos dos traba- os Sarney no Maranhão e Renan e Collor em Alagoas. 22. f lhadores e das trabalhadoras e privilegiar os interesses Não é surpreendente neste contexto social, portan- 23. f do capital. A Reforma da Previdência de 2003 foi apro- to, que a violência tenha ganho contornos tão dramáti- 24. f vada seguindo os passos e os mesmos argumentos da cos com milhares de jovens sendo atraídos para a cri- 25. f anterior, repetindo a mentira do déficit da Previdência, minalidade por falta de outras perspectivas. O aumento 26. quando sabemos que o Sistema de Seguridade na qual a da criminalidade serve de pretexto para governantes 27. f Previdência está inserida é superavitário. A presidenta adotarem políticas de criminalização da pobreza e dos 28. f eleita já anunciou que uma terceira reforma está por vir movimentos sociais. Há um extermínio da juventude, 29. f e que uma reforma trabalhista para flexibilizar ainda sobretudo negra, promovida pelo Estado. Essa políti- 30. f mais os direitos não será descartada. ca repressora está ligada à abertura de espaços urbanos para a especulação imobiliária. 31. f Enquanto isso, as reformas de interesse popular 32. f não acontecem. A reforma agrária não ocorre porque o A realização da Copa e das Olimpíadas faz parte 33. f agronegócio é parte constitutiva do atual bloco de po- desse processo. A título de urbanizar os grandes centros 34. der. As íntimas relações do agronegócio com o governo a população mais pobre está sofrendo com a desapro- 35. f não somente impedem a reforma agrária como fazem priação forçada e o crescimento da violência policial 36. f avançar uma política antiambientalista. O novo códi- para a segurança dos turistas. E como se tudo isso não 37. f go florestal apresentado pelo governista Aldo Rebelo bastasse, sob o falso argumento de combate ao tráfico, o 38. f é a licença para desmatar. A produção de biocombus- Governo Lula juntamente com o Governo Estadual do 39. f tíveis, que vem revestida de um discurso antipoluidor, Rio de Janeiro, proporcionou um espetáculo deprimente 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 81 Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a e caríssimo nos últimos dias, no Morro do Alemão, com tões são fundamentais: AUDITORIA CIDADÃ DA 2. a uma operação jamais vista, onde tanques, helicópteros DÍVIDA, JÁ! E LUTA CONTRA A REFORMA DA 3. a e armamentos pesados foram utilizados, aterrorizando PREVIDÊNCIA 4. a ainda mais, a população indefesa. Ademais, as gran5. a des empreiteiras, outro setor integrante do atual bloco 6. a de poder, estão faturando alto, legal, ou ilegalmente. 7. a Na política externa, a despeito dos discursos, o que POLÍTICA SINDICAL Por uma CNTE autônoma e independente dos Governos e dos partidos 8. a se vê de fato, é a intervenção no Haiti. Aliás, agora com O movimento sindical e popular brasileiro, que já 9. a a invasão do Morro do Alemão, orgulhosamente a mí- vinha num processo acentuado de refluxo, fruto das 10. a dia burguesa mostrava os tanques de guerra e afirmava mudanças no mundo do trabalho, da ofensiva política e 11. ideológica do capital e dos governos neoliberais, sofreu que estes são usados pelo Governo brasileiro no Haiti; 12. a ou seja, um verdadeiro desrespeito à soberania de um 13. a país e à dignidade de um povo-irmão. Outro caso é o duros ataques no Governo Lula. A Reforma Sindical e Trabalhista, cujo projeto fi- 14. f objetivo da diplomacia brasileira nas negociações co- cou engavetado no Congresso Nacional, foi implemen- 15. f merciais – exigir o fim dos subsídios agrícolas da Euro- tada pelo Governo Lula através de leis, como a que 16. f pa e dos EUA em troca de abrir de vez nossas fronteiras “reconheceu” as centrais sindicais (uma lei vergonhosa 17. f para produtos industrializados e serviços. Se é lucrati- cujo objetivo foi dividir o imposto sindical e não propi- 18. f vo para o agronegócio brasileiro, é péssimo para outros ciar o reconhecimento de direito e de fato das centrais 19. f setores; será a volta ao pacto colonial. em nosso país); de medidas administrativas, como a 20. f Por fim, a característica mais marcante do governo Portaria 186, do Ministério do Trabalho, uma verdadei- 21. f é gastar pouco com os mais pobres fazendo parecer que ra intervenção do Estado sobre a organização sindical; 22. f é muito, enquanto gasta muito com os mais ricos fazen- de medidas judiciais que visam coibir o legítimo direito 23. f do parecer que não é nada. Programas de transferência de greve, dentre outras. 24. f de renda, como a Bolsa-Família, importantes para com- Mas, o refluxo se deu não apenas no âmbito da 25. f bater a urgência da fome e reduzir os níveis de misera- administração, da justiça e da lei. O maior refluxo se 26. bilidade, além de serem insuficientes, ficam descolados deu com a adequação, submissão e cooptação da maior 27. f de um processo estrutural de redução da desigualdade, parte das organizações e lutadores e lutadoras sociais, 28. f que só se concretizaria com as reformas agrária e urba- ganhos inicialmente pelas teses neoliberais e posterior- 29. f na, por exemplo. O Brasil, portanto, segue sendo um mente pelas migalhas do poder político. 30. f país profundamente injusto e desigual. Mantido o atual 31. f modelo econômico a desigualdade tende a aumentar 32. f ainda mais. Este processo teve impactos sobre o conjunto do movimento! A principal central do país, a CUT, criada para uni- Lutar contra esse modelo deve ser tarefa de todas ficar os trabalhadores e trabalhadoras na luta, transfor- 34. as entidades comprometidas com a luta por uma socie- mou-se no braço direito do governo, e, passou, inclusi- 35. f dade justa e igualitária, sem a exploração do homem ve, a defender os interesses governistas, contra direitos 36. f pelo homem, uma sociedade socialista. conquistados com muita luta, como no caso da Reforma 33. f 37. f Em janeiro, assumirá um novo Governo, continui- da Previdência, onde os/as maiores prejudicados/preju- 38. f dade do atual, e o que se espera são mais ataques sobre dicados foram os/as servidores/servidoras públicos/pú- 39. f classe trabalhadora brasileira. Diante disto, duas ques- blicas. E a CNTE, na prática, cumpriu o mesmo papel. 82 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Intersindical Resoluções » Retomar a organização nacional dos trabalhadores POLÍTICA EDUCACIONAL 2. a e trabalhadoras em outro patamar, resgatando princí- Os governos de FHC e Lula em consonância com 3. a pios históricos da classe trabalhadora, construindo uma o neoliberalismo, adotaram políticas públicas que aca- 4. a central unitária, autônoma e independente frente aos taram as exigências de contenção de recursos impostas 5. a governos, patrões e partidos políticos é o nosso desafio, pelos organismos internacionais, em detrimento da am- 6. a numa CONJUNTURA em que, novos ataques já estão pliação necessária dos investimentos na área educacio- 7. a sendo preparados pela velha equipe do “novo” Gover- nal e da expansão do ensino público com boa qualidade. 8. a no, submissa aos ditames do Fundo Monetário Interna- Preserva-se o método antidemocrático de elaboração 9. a cional. Algumas medidas inclusive, serão impostas até de tais planos, que saem dos gabinetes, sem valorizar a 10. a o final do Governo, como forma de facilitar o trabalho contribuição do movimento organizado, tampouco o que 11. há de consolidado no próprio PNE – Plano Nacional de da futura presidenta que, assim como seu antecessor e 12. a padrinho, fará de tudo para atender aos interesses das Educação. O ponto crucial desses planos são as avaliações, apa- 13. a elites e do grande capital nacional e internacional. 14. f Para representar legitimamente os trabalhadores e rentemente, uma avaliação técnica, isenta, mas que não 15. f trabalhadoras em Educação do Brasil, a CNTE necessi- conseguem aferir com justeza o que se passa no dia-a- 16. f ta romper com a CUT, defender e praticar os princípios -dia da sala de aula. São antes mecanismos de controle, 17. f históricos da classe trabalhadora, tais como: de regulação do sistema, baseados em instrumentos de 18. f 1. Unidade e Sindicatos Únicos; avaliação em larga escala – exames nacionais ou estadu- 19. f 2. A democracia em suas instâncias e nas enti- ais, periódicos. O que está implícito aí é a idéia de que o 20. f 21. f 22. f desempenho dos/das alunos/alunas pode sofrer melhoras dades de base; 3. Organização pela base e a politização da ação pela competitividade entre as escolas ou sistemas de ensino, quer pela divulgação dos resultados em um ranking sindical; 23. f 4. Lutar contra a estrutura sindical celetista, her- que induziria a mudança na atitude dos gestores, quer 24. f dada da ditadura varguista, que pulveriza os trabalha- pela premiação, gratificação ou o que o valha para aque- 25. f dores, desde a base, em categorias profissionais, ao les com melhor desempenho. E, mais uma vez: qualquer 26. tempo em que os submete à tutela estatal e que vem um que resistir às avaliações de desempenho é um vilão, 27. f sendo imposta pelo Governo Lula, através de portarias incompetente e que tem medo de avaliação. 28. f do Ministério do Trabalho e Emprego e da CLT, dentre 29. f outras medidas; 30. f 31. f Abandonam as políticas públicas universalistas – de efetivação de direitos sociais a todos/todas – para ado- 5. Defender a liberdade e autonomia sindical fren- tar aquelas cuja regra é a focalização, isto é, o direcionamento de recursos e esforços para socorrer grupos te aos Governos, patrões e partidos políticos; 32. f 6. Solidariedade de Classe; específicos, ali onde o serviço é muito “mal prestado”, 33. f 7. Lutar pelo fim do Imposto Sindical; sem considerar, porém, diferenças, desigualdades e es- 34. 8. Combater a reforma sindical e trabalhista, bem pecificidades de cada escola ou sistema de ensino, nem 35. f como qualquer medida que tenha como objetivo cassar mesmo a diferença valor custo-aluno efetivamente gasto 36. f direitos, cercear o livre exercício do direito de greve e com a educação. 37. f promover o atrelamento das entidades ao Estado e aos 38. f Governos. Diante deste quadro, a INTERSINDICAL, apresenta as seguintes Resoluções acerca da Política Educacional: 39. f 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 83 Caderno 1. a de Intersindical Resoluções » Pelo Investimento de 10% do PIB em Educação até 2. a 2014 lhões de pessoas de 10 anos ou mais (22,2% da população) não estudaram ou freqüentaram a escola durante 3. a Alguns dados sobre a Educação Brasileira. pelo menos 4 anos. O funil da educação continua! (Ca- 4. a De acordo com o IBGE, em 2009, a taxa de anal- ros Amigos nov/10). 5. a fabetismo das pessoas de 15 anos ou mais é de 9,8% O investimento total do PIB em Educação não che- 6. a da população, correspondendo a cerca de 19 milhões de ga aos 5%, porque o governo Lula manteve o veto de 7. a analfabetos. Comparando a alguns de nossos vizinhos FHC aos 7% quando da aprovação do PNE em 2001. 8. a latino-americanos, estamos bastante atrasados: segundo Assim, o país não salda seu o défict educacional. Se por 9. a levantamento feito pela Campanha Latino-Americana um lado está em extinção a DRU na educação, o Minis- 10. a pelo Direito à Educação (Clade), em Cuba a porcenta- tro Guido Mantega já confirmou que em 2011 haverá 11. 12. a gem é 0,2%, no Uruguai é 1,9% e na Argentina é 2,0%. “O Brasil tem cerca de 2 milhões de crianças de 0 cortes no custeio dos serviços públicos. Diante disso, o Congresso da CNTE resolve: 13. a a 4 anos que não são atendidas, entre as crianças de 4 A CNTE mobilizará os educadores do país, atra- 14. f a 6 anos esse número é de 1 milhão”, segundo Moacir vés das suas afiliadas, para lutar pela aplicação de 10% 15. f Gadotti. do PIB na Educação até 2014 no novo PNE, conforme 16. f De acordo com o INEP, em 2005 a rede privada de meta aprovada na CONAE 2010, tendo em vista que 17. f ensino Fundamental tinha 131.000 alunos. Em 2006, ela o empresariado articulado no Movimento Todos pela 18. f teve um crescimento de 400%, passando pra 614.000. Educação defende que é suficiente 5% do PIB até 2010. 19. f Muito diferente da rede pública, que teve um crescimen- Pelo Cumprimento da Lei do Piso Salarial e Ex- 20. f to de aproximadamente 15%, passando de 7.900.000 21. f para 10.000.000 (Caros amigos, nov/10). tensão aos Funcionários e Funcionárias A lei do Piso Nacional da Educação contém avan- 22. f Segundo o economista Márcio Pochmann, atual pre- 23. f sidente do IPEA, em sua obra “Qual desenvolvimento? A lei avança ao propor um terço da jornada de tra- 24. f Oportunidades e desafios” 2009, seria necessário que o balho fora da sala de aula, mas este avanço ainda não 25. f país incluísse 5,7 milhões de jovens entre 15 e 17 anos se tornou realidade. Em relação ao piso salarial houve 26. no Ensino Médio para que alcançasse não 100% , mas o um rebaixamento da proposta historicamente acumu- 27. f patamar do Chile de atendimento de 85% dos jovens em lada. Atualmente o piso é de R$ 1.024,67 por quarenta 28. f idade apropriada. Para tanto, estima-se ele, seria neces- horas semanais e ainda assim muitos estados não pa- 29. f sária a contratação de 500 mil novos professores. gam este valor, uma vez que a lei está subjudice. Não ços e retrocessos. 30. f Hoje somente 14% dos jovens entre 18 e 24 anos há como falar em qualidade sem diminuição da jornada 31. f tem acesso ao Ensino Superior. 4% tem acesso ao en- de trabalho e, consequentemente, sem a diminuição da 32. f sino público. Numa conta feita pelo professor Roberto proporção entre número de professores/professoras e 33. f Leher, com todos os projetos de expansão do governo número de alunos/alunas com a contra tação de novos 34. Lula (Reuni, Prouni, etc, demoraria 59 anos para 30% professores e professoras. Reivindicamos 50% da jor- 35. f dos jovens terem acesso ao ensino superior, meta que o nada fora da sala de aula. 36. f PNE previa para 2010. O governo federal e demais governantes para cum- 37. f Segundo o Pnad de 2009, das pessoas de 25 anos prirem a Lei do Piso, devem respeitar o valor original 38. f ou mais no Brasil, 23% terminaram o ensino médio e que seria R$1.312,00 em 2010 e que o mesmo seja es- 39. f apenas 10,6% tem nível superior completo. 36,2 mi- tendido aos funcionários de escola. 84 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Intersindical Resoluções » A meritocracia não pode ser adotada no serviço pú- 1. a Diante disso, o Congresso da CNTE resolve: 2. a 1. A CNTE exigirá o cumprimento da lei que criou blico e na educação. Ela ataca frontalmente os planos de 3. a o Piso Salarial para o magistério e a sua extensão para carreira, ao criar prêmios, Bônus, 14º salário apenas para 4. a os funcionários de escola. Cumpra-se a Lei! A lei do uma parcela dos educadores. 5. a Piso é inegociável! Diante disso, o Congresso da CNTE resolve: 6. a 1. Lutar contra a adoção da meritocracia na educa- 2. A CNTE não aceitará a proposta do Ministro Ha- 7. a ddad, endossada pelo Presidente Lula na COAE 2010, 8. a de criar uma mesa de negociação entre governos e re9. a presentantes dos educadores para negociar a implanta- 2. Denunciar todos os governos que já adotaram ou tem em seus programas a adoção da meritocracia; Lutar pela preservação e criação de planos de carrei- 10. a ção da Lei do Piso. 11. ção e no serviço público; 3. A CNTE exigirá do Governo Dilma a revoga- 12. a ção da decisão do MEC de adotar o INPC como fator ra que de fato valorizem e estimulem os/as profissionais da Educação. 13. a de correção do valor do piso salarial, retomando a lei Reforma Universitária 14. f original que determina que seja o índice de reajuste do As medidas e sinalizações do governo acerca da Re- 15. f valor do custo-aluno. forma Universitária vão ao encontro dos ditames do FMI 16. f 4. Defender como referência de um salário digno, e do Banco Mundial. A lógica é de fortalecer o privado 17. f o piso salarial do Dieese, para 20 horas semanais, esti- e enfraquecer o público, como se deduz do ProUni, que 18. f mado em R$ 2.011,03 – em julho de 2010. expande o ensino superior através da iniciativa privada 19. f 20. f Contra a Meritocracia na Educação e em Defesa das Carreiras dos Educadores e Educadoras por meio de isenção fiscal; o Reuni, que reduz o custo-aluno; as parcerias Público-Privadas (PPPs) que subor- 21. f A fase atual de desenvolvimento do capitalismo, dinam o interesse público das IFES à lógica do mercado; 22. f entre outros mecanismos de acumulação de capital, tem a ampliação das fundações que privatizam o espaço pú- 23. f imposto aos governos de plantão o ajuste dos gastos blico criando “feudos” privilegiados dentro das univer- 24. f públicos. Nesse contexto insere-se a tendência interna- sidades. Defendemos o acesso à educação para os estu- 25. f cional de exigência de diminuição de gasto com fun- dantes pobres, a partir de políticas cujo centro seja o da 26. cionalismo, materializando-se, também na educação no universalização da educação básica com qualidade e da 27. f fim de reajustamento universal de salários. Com o ob- expansão do ensino superior público. 28. f jetivo de produzir os chamados “superávits primários” Diante disto, a CNTE deverá lutar para: 29. f ou “metas de dívida”, para assegurar o pagamento dos 1. Reverter os avanços das políticas neoliberais na 30. f juros das dívidas públicas, responsáveis pela garantia educação. Isto significa, em primeiro lugar, ampliar os 31. f de acúmulo de riqueza para as elites e pela “falência” recursos para a educação para o correspondente a 10% do 32. f de países como temos assistido na Europa. PIB – meta que entra em contradição com as atuais priori- Por isso, os capitalistas e os governos subservien- dades de governo, a saber, o pagamento da dívida pública; 34. tes têm vendido a idéia de qualificar a educação valori- 2. Pela auditoria da dívida pública, tanto a federal 35. f zando aqueles educadores que atingirem as metas que quanto as estaduais, uma estratégia para partirmos de 36. f eles estipulam. Como na produção: metas de produtivi- novos patamares na discussão sobre o financiamento da 37. f dade. Assim, premiam os que as atingirem. Pagam um educação; 38. f bônus para “quem merece” na concepção produtivista. 39. f É a famosa e propagada “Meritocracia”. 33. f 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores 3. Plano de carreira e de salários compatíveis com a função docente. Além de aumento dos níveis sala- em Educação 85 Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a riais para todos, uma jornada de trabalho em que esteja BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 2. a previsto todo o trabalho pedagógico extra sala de aula. Considerando que: 3. a Para cada aula com os alunos, uma hora de trabalho A CNTE aprofunda, a cada dia, a sua submissão 4. a pedagógico fora da sala de aula, para que seja possí- aos interesses governistas e assim, se afasta cada vez 5. a vel o tempo para a formação continuada em serviço, mais do seu papel de defender a educação pública e os 6. a na escola; direitos dos trabalhadores em educação brasileiros. 4. Que se estabeleça o número máximo de alunos Ao se consolidar como uma ferramenta meramente 8. a por professor e por sala de aula, o que aumentará a de- eleitoral a serviço do governo, a Confederação facilita 9. a manda por novas vagas e escolas; os ataques das elites burguesas contra os educadores, 10. a 5. Fortalecer os conselhos de escola, ampliando a propondo medidas neoliberais para a educação pública, participação da comunidade escolar, com pais/mães, como a implantação da meritocracia e de uma concep- 7. a 11. 12. a alunos/alunas, professores/professoras e funcionários/ ção mercantilista para as escolas. No governo Dilma, teremos a continuidade da atual 13. a funcionárias; 14. f 6. Eleição direta para diretores/diretoras de esco- política educacional, que secundariza a educação para 15. f la, de modo a contribuir com uma efetiva a autonomia atender aos interesses dos rentistas. Um dado significa- 16. f escolar; tivo é extraído do orçamento executado pelo governo 17. f 7. Por uma educação que promova nos/nas edu- federal em 2008: foram destinados R$ 282,5 bilhões 18. f candos/educandas o desejo de participar ativamente do para remuneração dos juros da divida e apenas R$ 23,7 19. f mundo, que se reconheçam como sujeitos da história. bilhões para a educação. 20. f Educação de boa qualidade é democrática, par- Esta situação permite que o Piso Salarial Nacional, 21. f ticipativa e criativa – e não reprodutora de conteúdos bandeira histórica da categoria, esteja seriamente ame- 22. f apostilados. O que a escola deve ensinar sobre a nossa açado. Além de ser um “direito virtual”, pois simples- 23. f participação neste mundo não é matéria que pode cair mente não está implantado em nenhum estado ou mu- 24. f em um exame do tipo vestibular, é fundamentalmente nicípio e o governo Lula não faz valer a lei, ainda por 25. f relação construída entre professores/professoras e edu- cima, com um “canetaço”, rebaixou o seu valor para 26. candos/educandas quando juntos/juntas aprendem.aula R$ 1.024,00 quando deveria ser de R$ 1.312,27. 27. f e dos espaços escolares. 28. f Além de outras medidas como: eleitoral e de defesa do governo Lula, impediu que a 29. f a) Redução do número de alunos por sala na educação CNTE unisse as diversas lutas e greves que ocorreram 30. f básica, visando ampliar as condições de qualidade em todo o país. Pelo contrario, a Confederação bus- 31. f da educação e do trabalho docente, gerando cam- cou tão somente reforçar os movimentos em estados 32. f pos de trabalho e atuação para a juventude no cam- dirigidos pelo PSDB, numa tática de desgaste destes 33. f po da educação; governos para reforçar a campanha da Frente Popular. Esta linha política de servir como instrumento b) Reorganização dos currículos, atendendo às neces- A degeneração imposta à CNTE pela política go- 35. f sidades sociais e acompanhando o avanço técnico- vernista da Articulação Sindical já levou diversas enti- 36. f -científico contemporâneo; dades representativas de educadores a se desfiliarem da 34. 37. f 38. f c) Avançar nos estudos e avaliações das experiências de organização da escola por ciclos de formação. Confederação, pois é cada vez mais necessária a existência de uma ferramenta de luta para responder aos ataques do governo. A CNTE e também a CUT foram 39. f 86 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a omissas e nada fizeram para enfrentar a nefasta Refor- tor Previdenciário / Recomposição do valor das apo- 2. a ma da Previdência promovida pelo governo em 2003. sentadorias e seu reajuste conforme o salário mínimo 3. a O congresso resolve que: / Defesa da Previdência Social pública / Fim da Alta 4. a A Confederação estará a serviço dos educadores, Programada; 5. a assim como dos demais trabalhadores do nosso país 2. Defesa dos direitos trabalhistas e sindicais / Re- 6. a que devem estar preparados para combater a nova re- gulamentação do artigo 7º e 8º da CF / Aprovação da 7. a forma da previdência anunciada para 2011. Será neces- convenção 158 da OIT – Proibição da demissão imoti- 8. a sária uma grande mobilização, que una os trabalhado- vada / Regulamentação e proteção do direito de organi- 9. a res do setor público e do privado, para garantir que a zação nos locais de trabalho; 10. a classe tenha forças para combater estes ataques. 11. 3. Intensificação da luta nacional e urgente pela re- A CNTE exigirá do Governo Federal o cumpri- 12. a mento do PSPN de R$1.312,27. dução da jornada de trabalho, sem redução dos salários e sem banco de horas; 13. a A CNTE terá autonomia e independência em rela- 4. Defesa dos serviços e dos servidores públicos / 14. f ção aos governos deixando de ser um aparelho burocrá- Fim das políticas de “avaliação de desempenho” e da 15. f tico que freia as mobilizações e colabora com o capital. terceirização / Aprovação da Convenção 151 da OIT 16. f 17. f pelo Congresso Nacional, assegurando-se o direito dos PLANO DE LUTAS servidores públicos à negociação coletiva e livre orga- 18. f A necessidade de responder às questões imediatas 19. f de forma articulada com a luta geral continua sendo 5. Fim da Portaria 186 e da interferência do Minis- 20. f um de nossos grandes desafios, agravado pelos ataques tério do Trabalho nas entidades sindicais, que tem sido 21. f da patronal contra a organização dos trabalhadores e usada para dividir organizações dos trabalhadores; 22. f trabalhadoras, criminalizando os movimentos e a pró- 6. Fim à repressão e à criminalização dos movi- 23. f pria população trabalhadora, como se a pobreza fosse mentos sociais / Fim da criminalização da pobreza e 24. f crime. Os direitos sindicais, trabalhistas, previdenciá- das políticas de “higienização” social / Fim dos despe- 25. f rios e sociais continuam sendo atacados e retirados, na jos e remoções violentas / Pleno direito de greve para 26. esfera do trabalho e da vida. todos os trabalhadores da iniciativa privada e servido- nização nos seus sindicatos; 27. f Portanto, para além das propostas específicas de 28. f luta, constantes da Resolução Educacional e da Reso- 7. Reforma Agrária já! / Por uma política agrária 29. f lução de Políticas Permanentes, dentre outras, a CNTE e agrícola voltada para a priorização da produção de 30. f deve encampar as bandeiras de luta definidas de co- alimentos e contra a monocultura e em defesa da agri- 31. f mum acordo por diversas organizações que, diante da cultura familiar; 32. f conjuntura, buscam somar forças para defender, de 33. f forma autônoma em relação aos Governos, patrões e 34. partidos políticos, os interesses dos trabalhadores e tra- 35. f balhadoras de nosso país. res públicos; 8. Moradia digna para todos / Reforma Urbana de acordo com os interesses da população; 9. Educação e saúde pública e de qualidade para todos / Contra a privatização e a terceirização da saúde 36. f Deve, também, participar deste espaço de unidade 37. f de ação de todos os lutadores e lutadoras sociais, de- 10. Contra esta Reforma Tributária (rejeitar a PEC 38. f fendendo as referidas bandeiras, que consistem na luta: 233/2008), que ameaça os direitos trabalhistas e o sis- 39. f 1. Contra a Reforma da Previdência / Fim do Fa- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em pública; tema de financiamento da seguridade social; Educação 87 Caderno 1. a de Intersindical Resoluções » 11. Fim do superávit primário / Utilização dos re- parar os trabalhadores e trabalhadoras para lidar com 2. a cursos, hoje destinados ao pagamento das dívidas ex- as diferenças, principalmente de orientação sexual; 3. a terna e interna, para financiar a saúde educação e polí- estimular uma prática militante que se contraponha a 4. a ticas públicas que beneficiem a população / Realização qualquer estrutura social conivente com o machismo, 5. a da Auditoria da Dívida Pública conforme determina a o racismo ou a homofobia na escola, no sindicato e na 6. a CF de 88; sociedade. É fundamental para nossa prática política no 7. a sindicato, como também para nossa prática política na 12. Defesa da volta do monopólio estatal do petró- 8. a leo e de uma Petrobrás 100% estatal / Contra todas as 9. a privatizações, de estatais e de serviços públicos; 10. a 11. escola. Compreender os meios em que se dá a dominação 13. Combate a toda forma de violência, opressão e de classes exige uma análise mais ampla, que combine discriminação contra as mulheres, negros e homossexu- as relações de exploração do trabalho pelo capital com 12. a ais / Defesa da luta dos quilombolas e povos indígenas; outros elementos que aprofundam a dominação entre 13. a 14. Correção da tabela do imposto de renda; sujeitos, como gênero, raça/etnia e orientação sexual. 14. f 15. Democratização dos meios de comunicação; As relações de gênero 15. f 16. Defesa do meio ambiente. As relações de gênero, desiguais, devem ser reco- 16. f E mais, compreendendo que a luta dos povos em nhecidas para serem desconstruídas. A relação entre 17. f todo mundo é parte da nossa luta em defesa do planeta, homens e mulheres sempre se pautou pelos papéis es- 18. f da vida e dos direitos sociais, previdenciários, traba- tabelecidos cultural e socialmente e não por diferenças 19. f lhistas, e sindicais a CNTE deve apoiar a luta dos po- biológicas. A capacidade da mulher para gestar novas 20. f vos, em especial de nossa América. vidas não pode significar que, inata e naturalmente, ela 21. f 22. f 23. f 24. f Em defesa da soberania e autodeterminação dos povos. na privacidade do lar e do cuidado com as crianças, por Contra a Ocupação do Haiti e a criminalização dos movimentos sociais em todo o mundo. 27. f 28. f oposição ao homem, que tem associado ao seu papel as idéias de força, iniciativa, independência, responsabili- 25. f 26. tenha certas qualidades que determinassem seu lugar dade com os assuntos públicos, com a política. É assim POLÍTICAS PERMANENTES que as mulheres, quando ingressam no mercado de tra- EDUCAÇÃO PELA DIVERSIDADE E SEM HOMOFOBIA balho, acumulam duas senão três jornadas de trabalho : a profissional, antes privilégio dos homens, e a relativa 29. f No mundo todo a população homossexual é cerca 30. f de 10%. Na última década o movimento GLBTT teve Reconhecer tais papéis como formas culturais e so- 31. f grande protagonismo social e deu visibilidade a gays, ciais através das quais a dominação se dá e se reproduz, 32. f lésbicas, travestis e transgêneros. Passou a denunciar o sutil ou violentamente, exige uma reflexão contínua so- 33. f preconceito, as diversas formas de violência e a cobrar bre práticas e condutas que adotamos corriqueiramen- 34. políticas públicas e igualdade de direitos para casais te. Exige empenho para que estas práticas e condutas 35. f homossexuais. O movimento organizado já obteve o possam ser transformadas, como anúncio da sociedade 36. f reconhecimento de diversos direitos, inclusive, de ca- que almejamos, sem nenhuma forma de exploração. 37. f ráter previdenciário. ao lar, como dona-de-casa, além da maternidade. Por uma educação não sexista 38. f Para combater o preconceito é preciso investir em A organização e cotidiano escolares, e o olhar que 39. f políticas de formação que garantam a diversidade; pre- o professor e a professora tem de seus alunos e alunas, 88 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a pode reproduzir as desigualdades de gênero, com base gros. As condições de vida da população negra, subme- 2. a na qual a educação de meninos e meninas se fundamen- tida a exploração econômica da elite racista dominante, 3. a ta. Por em prática uma educação não-sexista passa pela que se reflete em desemprego, violência, ausência de 4. a reconstrução de nossa própria experiência escolar, pela direitos universais como saúde, educação e cultura, nos 5. a percepção das formas pelas quais a escola busca mol- obriga a romper o cerco que o racismo nos impõe. 6. a dar comportamentos, incidir naquilo que “está fora do A resistência e a luta da população negra desde os 7. a padrão”, reforçando formas de compreender o mundo navios negreiros até hoje, nas favelas, cortiços, fábri- 8. a que se baseiam na desigualdade. cas e escolas, servem de estímulo para a construção de 9. a outra sociedade, sem racismo e discriminação racial, Uma escola não-sexista reconhece alunos e alunas, 10. a professoras e professores não apenas por suas carac11. terísticas físicas, biológicas. Aposta sim no desenvol- exploradores e explorados, opressores e oprimidos. As cotas, o reformismo e o sectarismo. 12. a vimento de todos/todas como direito inalienável não As políticas de ação afirmativa encampada pelo 13. a impondo pontos de chegada, mas apresentando as di- governo federal assumem, cada vez mais, um recorte 14. f conservador, de viés assistencialista. O princípio de ga- versas possibilidades de caminho. 15. f A participação política da mulher rantir igualdade de condições, dentro de uma perspec- 16. f Embora as mulheres sejam maioria na categoria, tiva de discriminação positiva que viabilize a equida- 17. f esta presença não se expressa na direção dos sindica- de, tornou-se política compensatória e instrumento de 18. f tos e da CNTE de um modo geral. O debate acerca da divisão do movimento, cooptação e barganha política, 19. f participação política das mulheres ainda se coloca na desmobilizando e reduzindo o horizonte político e a 20. f ordem do dia, com a necessidade de formação de todas emancipação do povo negro. Defendemos a política de 21. f as companheiras para vivenciar os espaços de partici- cotas, enquanto tática, na medida que constrói o norte 22. f pação política e criação das condições para que possam estratégico da equidade. 23. f participar de fato das entidades e do movimento sindi- A implementação da Lei 10.639/03, que estabelece a 24. f cal. É necessário repensar os espaços de nossa entida- obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Bra- 25. f de, que exigem de suas participantes práticas muitas sileira, esbarrou na formação insuficiente para que fosse 26. vezes vinculadas a um estereótipo de masculinidade. universalizada nas escolas. A estrutura pedagógica, tanto 27. f Contra isso, é preciso defender no discurso e na prática das Secretarias Estaduais de Educação quanto do MEC, 28. f que lugar de mulher é na política, estimulando e crian- não oferecem respostas à altura desta nossa conquista. 29. f do condições para que as mulheres estejam na escola e O Povo Negro resiste 30. f na luta! No último período, o Movimento Negro demonstra 31. f produção de ma- organização e garra na construção da luta do povo ne- 32. f teriais e a formação para uma educação não-sexista; gro. O Congresso Nacional de Negras e Negros do Bra- 33. f bemcomo a divulgação da Lei Maria da Penha como sil (CONNEB), cujo mote foi “Construindo um projeto 34. instrumento de combate à violência contra a mulher. político do povo negro para o Brasil”, trouxe as princi- Faz-se necessária, também,a 35. f 36. f 37. f pais lideranças e organizações nacionais do MovimenPOLÍTICAS RACIAIS: DERROTAR O CAPITALISMO E O RACISMO as posições de cada entidade, forjando um projeto para 38. f No Brasil, 70% dos 22 milhões de brasileiros que 39. f sobrevivem abaixo da linha de pobreza são negras/ne- 31o Congresso Nacional to Negro apontando para uma ação comum, respeitadas dos Trabalhadores em o povo negro que tenha, de fato, como protagonistas as negras e negros de todos os cantos do país. Educação 89 Caderno 1. a de Intersindical Resoluções » A partir da iniciativa de jovens negros no nordes- 2. a te, que em meados de 2005 iniciaram o debate sobre a 3. a violência e extermínio da população jovem negra, com 4. a o tema “Reaja ou será morta, reaja ou será morto”, o mais jovens, pois são testemunhas vivas da sabedoria acumulada pelo tempo. A CNTE precisa voltar-se para a situação dos educadores e educadoras indígenas e portanto, decide: 5. a Encontro Nacional da Juventude Negra realizou plená- 1. Defender os direitos dos professores, professo- 6. a rias em vários Estados do Brasil e muitas ações contra a ras, funcionários e funcionárias administrativas indíge- 7. a faxina étnica e a criminalização da pobreza vêm sendo nas, vítimas da super-exploração - a terceirização; 2. Contribuir com a promoção da cultura e do co- 8. a desenvolvidas. 9. a Em defesa dos direitos dos povos originários nhecimento dos Povos Originários na sociedade brasi- 10. a “Ninguém respeita aquilo que não conhece. Pre- leira e internacionalmente; 11. cisamos mostrar quem somos, a força da nossa cul- 12. a tura. Só assim vão respeitar e admirar o que temos.” 13. a Wabuá Xavante 4. Defender a implantação em todas as aldeias da Educação e Saúde diferenciadas; 5. Lutar pela apuração e punição dos assassinatos das lideranças indígenas; 14. f E assim transcorreram 510 anos de usurpação das 15. f terras de seu verdadeiro dono - os povos originários. 16. f Em nome de Deus, sua cultura e religiosidade foram 17. f desrespeitadas. A política promovida pela FUNAI com 7. Lutar pelas cotas indígenas nas universidades e 18. f o intuito de “integrar o índio à sociedade brasileira”, para que estudantes indígenas tenham direito a aloja- 19. f não é muito diferente da política implementada pela mento nas universidades durante o curso; 20. f Igreja e o Estado, durante mais de 500 anos. As “portas 8. Apoiar a luta do Movimento Tamoios, que ocupa 21. f das Aldeias” foram abertas para os missionários, favo- o antigo Museu do Índio e desenvolve um importante 22. f recendo a decadência do orgulho indígena, a invasão trabalho educacional no Rio de Janeiro. 23. f por parte dos latifundiários das terras indígenas e ou- 24. f tras formas de descaracterização do povo que habita ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: 25. f estas terras, há milhares de anos. Lujan Miranda - Sinte-PI - Coordenação Nacional 6. Apoiar a luta dos povos originários pela demarcação das terras indígenas já! A política equivocada de demarcação de terras com da Intersindical; Pedro Paulo V.Carvalho - Apeoesp 27. f construção de aldeias próximas às cidades, sem terras -SP - Coordenação Nacional da Intersindical; Neiva 28. f suficientes para o plantio, tem condenado nações in- Lazarotto - Vice-presidente do CPERS-RS-Coordena- 29. f dígenas à mendicância, à fome e à extinção de muitas ção Estadual Intersindical; Conceição Holanda - Sinte- 30. f etnias. A atual política indigenista do governo federal, pp - PA - Coordenadora Geral-Coordenação Estadual 31. f não difere das implementadas por governos anteriores. Intersindical; SINTEPP/PA - ANANINDEUA: An- 32. f Mantém a visão tutelar e oficialista, ignorando a pauta tônio Carlos, Carlos Alberto, Jair Pena, Miguel Tau- 33. f de reivindicações indígenas, construída desde 2004, em rino, Sandra Azevedo, Uzias Leite, Edson Miranda. 34. função dos burocratas que dirigem a FUNAI. Arranca- BELÉM: Antonio Netto, Edimilson Rodrigues (Dep. 35. f dos de suas terras, os indígenas têm sido alvo de estu- Est. Eleito), Eloy Borges, Lena Pena, Maria José Bar- 36. f pro, prostituição, trabalho escravo e todas as formas de bosa, Marinor Brito (Senadora eleita), Mateus Ferreira, 37. f discriminação e violência. O desrespeito aos anciãos Ronaldo Rocha, Rosa Olívia, Williams Silva, Mauro 38. f indígenas demonstra a diferença da cultura dominan- Borges, Rosangela Luz, Alex Rufel, Agnaldo Sam- 39. f te em nosso país. Nas aldeias são reverenciados pelos paio, Laisa Reis, Ajax Vantuir, Augusto Sousa, Mônica 26. 90 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a Everton, Elson Luís, Jorge Caldas, Deizanilce Batista, Andrade, Iraneide Pinto, Lírley Corrêa, Edinélza Sou- 2. a Rosane Moraes, Sandra Almeida.. BENEVIDES: Kátia sa, Arenildo Silva, Paulo Souza, Márcio Souza, Evan- 3. a Simony. REGIONAL MARAJÓ: ANAJÁS: Hamilton, dro Silva, Keila Silva, Luciana Andrade, Leila Lima, 4. a Juscelino, Doca. BREVES: Elinalva Pantoja, Fábio Nalva Silva. REGIONAL SUDESTE: CANAÃ DOS 5. a Paes, Marielson Guimarães, Cleves Cardoso. CURRA- CARAJÁS: Joaquim Martins, Milton, Lindomar, Rita, 6. a LINHO: Jerry, Mery Terezinha, Paulo Júnior, Randel Edmilson. DOM ELISEU: Almiralice. ITUPIRANGA: 7. a Sales. PONTA DE PEDRAS: Isonete, Aline Lô, Anto- Rennedy Coelho dos Santos. JACUNDÁ: Francilene 8. a nia. PORTEL: Jader Amaral, Ronaldo, Oclécio, Bruno Rocha, Vanildo Pereira, Cirlene. MARABÁ: Tibirica, 9. a Palheta. SÃO SEBASTIÃO DA BOA VISTA: Sinval Alda. NOVA IPIXUNA: Everton. PALESTINA DO 10. a Pureza, Wilson Carlos. SOURE: Wilma, Ana Rosa, PARÁ: Edilene de Souza Dias. PARAUAPEBAS: Nor- 11. Joana D’arc, Juliana. BAIXO TOCANTINS: ABAE- manci, Neves. RONDON DO PARÁ: Cristina. SÃO 12. a TETUBA: Régia Suely, Elizângela Pinheiro. ACARÁ: DOMINGOS DO ARAGUAIA: Javier Lourencini, 13. a Francisco, Zezinho, Benedito, Cléia, Waldomiro Neto. Jainton. SÃO GERALDO DO ARAGUAIA: Helton 14. f BARCARENA: Janete Benjamim, Rosivaldo Furtado, Rodrigues. REGIONAL SUL: FLORESTA DO ARA- 15. f Walmir Bastos. CONCÓRDIA DO PARÁ: Esdmundo, GUAIA: Cleber, Wesley. OURILÂNDIA DO NORTE: 16. f Edson. MOJU: Jeorgea Gordo, Irlene Aracati Marques, Dalva Nogueira. REDENÇÃO: Milton, Marcelo Flá- 17. f Juliena Gordo, Arléia. TAILÃNDIA: Glaci, Francisca. vio, Dorinha, João Batista, José Rodrigues, Maria Dina. 18. f REGIONAL TOCANTINA: CAMETÁ: Esmeralda, SÃO FÉLIX DO XINGU: Eli Coelho. XINGUARA: 19. f André,Raimundo Coelho, Fortunato Damasceno, Jo- Arléia, Augusto Silva, Janisley, Keila. TUCUMÃ: Ma- 20. f ana Pompeu. GOIANÉSIA DO PARÁ: Eliana Pan- noel Viana, Rita de Cássia. REGIONAL XINGU: AL- 21. f toja. LIMOEIRO DO AJURÚ: Fábio. MOCAJUBA: TAMIRA: Mônica Brito. GURUPÁ: Sandro, Fernan- 22. f Marcos, Rosinha. TUCURUÍ: Maria Rosa, Ronaldo, da. PAU D’ÁRCO: Célio. URUARÁ: Cleuma Matos, 23. f Nívea Maria. REGIONAL NORDESTE: AUGUSTO Maria Dulce de Matos. BRASIL NOVO: Jacerema. 24. f CORRÊA: Regiane. BRAGANÇA: Terezinha, San- VITÓRIA DO XINGU: Adriana. SIMPEEM/SP - Syl- 25. f dro. CAPITÃO POÇO: Liduina Gonçalves. CASTA- vie Bonifácio Klein, Mirian Halcsih Machado, Regina 26. NHAL: Araceli Lemos, Ediana, Maria Mekcdece, Mar- Maria Tavares, Nilson Alves de Souza, Rosângela da 27. f quinhos, Rubenixon, Tânia Nascimento. COLARES: Cruz Alves, Antonio Bonfim Moreira, Eduardo Terra 28. f Daniel. IGARAPÉ – AÇU: Anderson Barbosa, Fran- Coelho, Denilce Cruz Fernandes, Fábio Figueiredo 29. f cisco Adailson, Marcelo Paiva. IRITÚIA: Lourival. Rezende, Jayme Barbosa de Souza junior, João Kleber 30. f MARACANÃ: Edenilson Mauro, Wagner. MARA- Santana Souza, Josafá Rehem Nascimento Vieira, José 31. f PANIM: Nelson Carriço. PEIXE BOI: Luzia, Everton. Carlos Carvalho de Lima, José Roberto Marques da 32. f PRIMAVERA: Amiraldo. QUATIPURU: Ricado, Sa- Silva, Laura Cymbalista, Leonardo Soares Rodrigues 33. f mara. SALINÓPOLIS: Lauro, Otávio. SANTA LUZIA de Oliveira, Levi Laureano, Márcia Cordeiro Moreira, 34. DO PARÁ: Flávio. SANTARÉM NOVO: Nadilson Márcio Silva Batista, Marcos Muller, Maria Ap Freitas 35. f Marques. SÃO CAETANO DE ODIVELAS: Fernan- Sales Maria Hildete G. Nepomuceno Resende, Maria 36. f da. TRACUATEUA: Giselle Santos, Juarez Pantoja. Cláudia Fernandes, Fabrizio Pomme, Rosilene Valério 37. f VIGIA DE NAZARÉ: Roberto. REGIONAL OESTE: da Silva, CPERS/RS: Maremy Machado Quedo, Mir- 38. f ALMERIN: Márcia, Ivanete Queiroz, Lenilson Vilela. na Eloi da Silva, Nehita Isar Peres, Alzira Maria lopes, 39. f ITAITUBA: Izaneide Dias. MONTE ALEGRE: Jesiel Carini Angela Vieira Furtado, Anita Gobatto, Carmen 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 91 Caderno de Intersindical Resoluções » 1. a Teresinha Seganfredo, Cleonice Salete Boeira Bao, De2. a borah Ibraima Ferreira, Eclei Soares Gezita, terezinha 3. a Maschio, Enes Montana Martini, Ivania Reginini, Iva4. a nia Sberse, Ivoti Caon Teles, APEOESP/SP: Maregildo 5. a Pereira Leal, Allyssom Leandro Barreto, Clodoaldo 6. a Rocha, Rosana Rita dos Santos, Vivian Cristina Mo7. a reira, Angela Mari Rosa, Kátia Cilene ribeiro, Vânia 8. a Barbosa Conceição, Tanai Costa Polizato, Francisco 9. a Jose L, Neto, Antonia Damasceno, Maria do Rosario 10. a dos santos, MArineide Brito, Ana Lucia Portugal, Suzi 11. Gama, Cleber dos santos, Ione montanha de Souza, 12. a Adriana Mejia, Icaro caputi farias, Cristina Prada , Eli13. a fas trindade, Antonio Carlos da silva, Edevaldo Carras14. f chi, Milton Bergstron, Julio Cesar dos santos, Maria 15. f ap. Macedo, Hassem Assad Murad, Joao deoliveira ju- 16. f nio, Luiz a. do Amaral, Edmilson Jefersom dos santos, 17. f Jose riltom M. FRazão, Joao amano, Sergio Paulino, 18. f Alexande Tardele, Amarildo dos santos, Andre Mazzi- 19. f ni, Maria auxiliadora, Carolina Correia, Claudia Groff, 20. f Elisabeth defino, Emerson ribeiro, Fátima Reis, Judeni 21. f dos santos, Lisabete manão, Marcelino Almeida, Lu- 22. f ciana fontão, Rogerio Hollfart, Rosangela Quequetto, 23. f Rosangela Benito, Neuza Bento, Stenio Matheus de m. 24. f lima, Abilio Pohl, Vanessa silva, Ana Barretto, Silvanei 25. f Miranda, Crislaine Pizzi, Inês paz, Jorge Paz, Lucia- 26. na Aparecida silva, Olga Felicia, Carlos José carota, 27. f Carlos daniel dos santos, Eugenio Fagundes, Swami 28. f Bergamo Sindupes/ES, Ana Rosa Sindupes/ES, Luiza 29. f Milka de Sá Sinte/PI 30. f 31. f 32. f 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 92 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a 2. a de Articulação Sindical Resoluções » RESOLUÇÃO 11: ARTICULAÇÃO SINDICAL 3. a 4. a CONJUNTURA INTERNACIONAL 5. a hemisfério sul, mantêm-se inertes à má influência dos Desde 2008, um clima de tensão instalou-se no países desenvolvidos na economia mundial. 6. a mundo após a eclosão da segunda grande crise do ca- Há tempos, grupos de países, sobretudo o G-20, 7. a pitalismo. Fruto da irresponsável desregulamentação capitaneado pelo Brasil, clamam por uma nova ordem 8. a dos mercados de capitais nos países desenvolvidos e mundial, pautada na revisão da agenda dos organismos 9. a de condutas antiéticas de empresas e instituições finan- multilaterais e em suas composições. Por se tratar de 10. a ceiras, que fraudaram balanços contábeis contribuindo uma estratégia apta a interferir nas formas de organi- para a formação da “bolha imobiliária” norteameri- zação e movimentação do capital e na logística belige- 12. a cana, a crise financeira mundial continua gerando re- rante das grandes potências, o mundo desenvolvido a 13. a cessão em diversas economias e exigindo intervenção rejeita com eloquência. Assim, seguem inalterados os 14. f estatal para salvar o sistema laissez-faire. Somente nos impasses na rodada de Doha e nas conferências climá- 15. f Estados Unidos, mais de US$ 1 trilhão do erário públi- ticas, continuam as promessas de fim das guerras no 16. f co foi repassado à iniciativa privada a título de socorro. Iraque e no Afeganistão – que rendaram, absurdamen- 17. f Na zona do Euro, o pacote de ajuda a bancos e países te, o prêmio Nobel da Paz a Obama em 2009 –, fomen- 18. f com déficit na casa de dois dígitos (Portugal, Espanha, ta-se o projeto de bloqueio antimíssil EUA/Europa e 19. f Grécia, Irlanda, entre outros) chegou a € 750 bilhões. induz-se a necessidade de proteção das reservas fósseis 20. f Como em outras crises, a classe trabalhadora foi a mais no Atlântico Sul. 21. f prejudicada. O desemprego nos Estados Unidos e na Na América Latina, as expectativas se voltam à in- 22. f Europa aproxima-se de 10%. Grécia e França, em meio cipiente abertura econômica em Cuba, à manutenção 23. f a violentos protestos, elevaram o limite de idade para da hegemonia de governos democráticos e populares 24. f a aposentadoria. Em vários países europeus e asiáticos em vários países e na ampliação do Mercosul. Com ex- 25. f houve redução de salários, além de demissões em massa. ceção do golpe de Estado em Honduras e dos conflitos A insatisfação da sociedade norteamericana, ex- diplomáticos envolvendo Colômbia e Venezuela, a paz 27. f pressa na vitória do Partido Republicano nas eleições e a democracia imperam no continente e o Brasil se 28. f parlamentares de 2010, tem motivado o governo de Ba- mantém como principal referência para as estabilida- 29. f rack Obama a exportar os malefícios internos da crise des política e econômica na Região. A exitosa relação 30. f para o mundo. A emissão desenfreada de dólares para Sul-Sul desenvolvida pelo Itamaraty, sobretudo com o 31. f comprar títulos do governo e fomentar o mercado in- continente africano, além de render dividendos ao país 32. f terno, deu início a uma preocupante guerra cambial no tem ajudado diversas sociedades a se desenvolverem 33. f mundo. Aliada a políticas de protecionismo e à subva- economicamente e a inserirem-se no consumo mundial. 34. lorização da moeda chinesa – que mantém os produtos 35. f produzidos naquele país mais baratos que no resto do 36. f mundo – a estratégia estadunidense tende a acirrar os Estudos de consultorias internacionais e do Insti- 37. f ânimos internacionais e a caminhar para relações de tuto de Política Econômica Aplicada (Ipea), bem como 38. f conflito com as nações prejudicadas. Por outro lado, do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae) indicam 39. f os organismos multilaterais, tão efusivos nas crises no que, nas próximas duas décadas, o Brasil alcançará o 11. 26. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em CONJUNTURA NACIONAL Educação 93 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a posto de 5ª maior economia do mundo. E com uma A média do investimento anual é de aproximadamen- 2. a diferença: as desigualdades sociais no país tendem a te 7,6% do PIB, dos quais 45,6% são do setor público 3. a diminuir, substancialmente, coisa que não acontece em (3,46% do PIB). Mesmo com a ampla liberação de cré- 4. a outras economias emergentes com taxas de crescimen- dito para habitação nos últimos anos, cerca de 7 mi- 5. a to superior à brasileira. lhões de famílias ainda não possuem residência própria As mudanças estruturais, no Brasil, decorrem da e 56% dos domicílios no país não estão ligados à rede 7. a transição gradativa para um modelo de desenvolvi- de esgoto. Cerca de 12 milhões de famílias não contam 8. a mento implantado nos últimos oito anos, que atacou com serviços da rede geral de abastecimento de água. 6. a 9. a o cenário de vulnerabilidade das contas externas e a Esses dados alarmantes, no entanto, são heranças 10. a dependência do FMI, a fragilidade das contas públicas, de 500 anos nos quais o país foi governado por elites as inanições do mercado interno e das políticas sociais. descompromissadas com o bem estar da maioria da po- 12. a Não obstante o conservadorismo do Banco Central em pulação. E os indicadores sociais da gestão do presiden- 13. a relação à taxa de juros e às metas de inflação, o mercado te Lula revelam o quanto é possível reverter esse atra- 14. f brasileiro cresceu acima da média mundial, contribuin- so, com vistas a construir uma sociedade sobre os pi- 15. f do com a geração de empregos e com a acumulação lares da igualdade defendidos pela classe trabalhadora. 16. f de mais de US$ 230 bilhões em reservas. O programa Mesmo durante a crise financeira mundial, houve 17. f Bolsa Família e as políticas de recuperação do salário redução da desigualdade no Brasil, e o processo de 18. f mínimo – conquistada pelas Centrais Sindicais – e de emergência das classes sociais se manteve sólido. De 19. f expansão do crédito popular foram decisivas para con- acordo com a Pnad/2009, entre 2003 e 2009, quase 30 20. f solidar o consumo de massas. A infraestrutura do país milhões de brasileiros ingressaram na classe C, onde 21. f tem sido recuperada pelo PAC e os bancos públicos as famílias detêm renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854. Ao 22. f transformaram-se em catalisadores do desenvolvimen- todo são 94,9 milhões de brasileiros na classe média 23. f to, possibilitando ao Estado recuperar seu papel de ar- (50,5% do total da população). No mesmo período, 24. f ticulador e indutor do investimento público e privado. mais de 20 milhões de pessoas subiram para as classes 25. f A descoberta do pré-sal projetou o Brasil à condição de A e B, de renda acima de R$ 4.854. Os brasileiros das 26. potência petrolífera e a Petrobras mais que decuplicou classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões 27. f seu valor entre 2003 e 2009. para 73 milhões. 11. 28. f Contudo, o país ainda possui impressionantes atra- Os principais fatores que explicam a ascensão so- 29. f sos sociais que necessitam ser combatidos com afinco. cial dos brasileiros são os aumentos da escolaridade, do 30. f No caso da educação, à luz da Pnad/2009, ao se dividir emprego e da renda. Nos últimos oito anos, o país criou 31. f a população com 15 anos ou mais por renda em cinco mais de 14 milhões de postos de trabalho com carteira 32. f partes, verifica-se que os mais ricos estudam, em mé- assinada e a participação da renda do trabalho nas ri- 33. f dia, 10,7 anos contra 5,5 anos da quinta parte mais po- quezas do país atingiu o patamar de 66%, contra 19% 34. bre - praticamente o dobro. O analfabetismo literal aco- dos benefícios assistenciais (Bolsa Família e outros) e 35. f mete 9,7% da população brasileira acima de 15 anos. O 15% da previdência. Em cinco anos, quase 20 milhões 36. f país também possui uma das taxas de homicídio mais de pessoas saíram da pobreza e o país passou a cumprir 37. f elevadas no mundo: 23,5 por grupos de 100 mil habi- a Meta do Milênio na metade do tempo previsto – a po- 38. f tantes. A saúde tem se mostrado de baixa qualidade e breza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%. 39. f em quantidade inadequada para atender a população. 94 Dadas as novas condições estruturais do país, o 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a eleitorado brasileiro optou por eleger, em 2010, após Mesmo com a tendência de forte oposição da mídia 2. a dois mandatos de Lula, a ex-ministra Dilma Rousseff ao governo federal, nos próximos quatro anos, a presi- 3. a para a Presidência da República. Na condição de pri- denta Dilma tende a ter maioria no Congresso capaz de 4. a meira mulher a comandar o país, Dilma se comprome- aprovar reformas que conduzam o país a um processo 5. a teu em ampliar o espaço das mulheres no governo e a mais acelerado de transformação social. Ao final de seu 6. a manter o combate às desigualdades de gênero na so- mandato, o Brasil sediará a Copa do Mundo de Futebol 7. a ciedade. Outro compromisso assumido pela presidenta da Fifa (2014) e a cidade do Rio de Janeiro deverá ser 8. a refere-se à erradicação da miséria. Para tanto, torna-se preparada para receber as Olimpíadas de 2016, duas re- 9. a imprescindível a aprovação de reforma tributária que centes conquistas que também precisam ser traduzidas 10. a priorize os investimentos socais, a distribuição equita- em benefícios a toda sociedade brasileira. 11. tiva dos tributos entre as regiões e a inversão do injusto 12. a princípio regressivo de arrecadação do Estado brasilei13. a ro. A constituição do Fundo Social do Pré-Sal é outro POLÍTICA SINDICAL As frentes de luta da CNTE têm exigido não apenas 14. f ponto decisivo para alavancar mais investimentos em uma articulação sindical vertical com as afiliadas – em 15. f infraestrutra, educação, cultura, saúde, C&T e meio- torno da valorização profissional e do direito de todos 16. f ambiente, por meio do modelo de partilha que garante e todas à educação pública, democrática e de qualidade 17. f mais recursos a União, bem como sua distribuição a socialmente referenciada –, como também articulações 18. f todos os estados-membros da federação. horizontais com organizações, fóruns e colegiados na- 19. f Outra pauta urgente diz respeito à reforma política, cionais, sobretudo com a Central Única dos Trabalha- 20. f a qual deve rever as regras de financiamento de cam- dores - à qual a CNTE é filiada. Internacionalmente, as 21. f panhas e da fidelidade partidária, pautando-se ainda no relações abrangem as pautas da Confederação Sindical 22. f resgate do compromisso ideológico dos partidos polí- de Trabalhadores das Américas, da Confederação Sin- 23. f ticos. dical Internacional, bem como das entidades em que 24. f O “vale tudo” das oposições, nas últimas eleições, 25. f superou os pleitos anteriores e expôs o apetite insano 26. das elites em reaver o poder a qualquer custo, mes- As mazelas das políticas neoliberais e a crise fi- 27. f mo com seus principais representantes derrotados nas nanceira mundial têm planificado os enfrentamentos 28. f eleições parlamentares. Sem apresentar um projeto dos trabalhadores e das trabalhadoras no planeta, uma 29. f consistente, a estratégia do candidato das elites ao Pla- vez que os problemas sociais tornaram-se endêmicos, 30. f nalto pautou-se em ataques preconceituosos a diversas abrangendo, inclusive e fortemente, os países desen- 31. f bandeiras sociais, a exemplo da descriminalização do volvidos. 32. f aborto. 33. f a CNTE é filiada – a Confederação dos Educadores Americanos e a Internacional da Educação. No Brasil, em que pese a superação precoce da Já a maior parte da “grande” mídia, a exemplo de crise mundial e o combate gradativo às desigualdades 34. 2006, comportou-se de forma deplorável e tendenciosa, – especialmente no aspecto do aumento e distribuição 35. f fazendo às vezes dos partidos de oposição. Esta postu- da renda, da queda do desemprego, da valorização dos 36. f ra foi contestada por diversos setores da sociedade, a servidores públicos federais, da crescente formalização 37. f ponto de os jornalistas terem organizado ato público do trabalho e do consequente amparo social aos novos 38. f em plena campanha para cobrar idoneidade dos meios segurados do INSS – graves problemas ainda afligem 39. f de comunicação. os trabalhadores, especialmente no tocante a garantia 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 95 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a de direitos sociais, como a educação, a saúde e a se- não contará com essa ampla representação dos educa- 2. a gurança de qualidade. E, neste sentido, a luta sindical dores, situação esta que exigirá esforço redobrado da 3. a deve, cada vez mais, atentar não só para os direitos afe- CNTE e do conjunto das entidades educacionais, a fim 4. a tos às relações de trabalho, mas também àqueles intrín- de manterem a perspectiva de ampliação dos direitos 5. a secos ao bem estar da classe trabalhadora, incluindo os da categoria e de melhoria da educação. 6. a direitos individuais das presentes e futuras gerações. 7. a Já o reconhecimento das Centrais Sindicais pelo Quanto à luta dos educadores, mesmo com a ampla Estado brasileiro gerou duas consequências: uma ne- 8. a mobilização da categoria, a aprovação do piso salarial gativa, que foi a pulverização de entidades de repre- 9. a do magistério e a previsão de sua extensão aos demais sentação de trabalhadores – dada a nova perspectiva 10. a profissionais da educação ainda não conseguiu rever- de financiamento; e outra positiva, pautada na recente 11. ter-se em efetiva política de valorização. Isso porque unificação das lutas da classe trabalhadora. A ratifi- 12. a os gestores públicos insistem em não observar princí- cação da Convenção 151, da OIT, constituiu uma das 13. a pios da Lei 11.738, que se mantêm sob judice no STF. pautas conjuntas das Centrais, e, com ela, os servido- 14. f Muitas greves já se deflagraram por essa razão, e em res públicos tiveram reconhecidos direitos de greve, 15. f alguns locais avanços têm ocorrido. Contudo, é preciso de organização e negociação junto aos governos, de 16. f universalizar a implantação do PSPN, e a CNTE tem independência e de proteção contra atos de ingerência 17. f agido tanto no STF – cobrando o julgamento do mérito das autoridades públicas na formação, funcionamento e 18. f da ADI 4.167 – quanto em nível dos Executivos e do administração de suas organizações sindicais. O histó- 19. f Parlamento, a fim de buscar consensos sobre a observa- rico acordo que garantiu a política de aumento real do 20. f ção integral dos conceitos da lei federal. salário mínimo também compôs a luta unificada, bem 21. f Do ponto de vista da amplitude de direitos, a CNTE como a Convenção 158 da OIT, ainda pendente de rati- 22. f tem reafirmado sua participação no debate social, ficação, que proíbe a dispensa arbitrária e discriminató- 23. f criando o Coletivo LGBT em âmbito da Secretaria de ria de trabalhadores pelos patrões. 24. f Direitos Humanos. Já o Coletivo da Juventude deve ser Outro desafio da classe trabalhadora refere-se à re- 25. f constituído não só com a finalidade de renovar a repre- gulamentação do direito nacional de greve dos servido- 26. sentação sindical, mas também para atender com maior res públicos, que o STF, alegando omissão do Congres- 27. f direcionamento as demandas desse segmento estraté- so, passou a decidir com base na legislação da iniciati- 28. f gico para o futuro da educação pública de qualidade. va privada. A matéria já foi pauta do Fórum Nacional 29. f Em matéria de Congresso Nacional, a atuação 30. f da CNTE, no último período, contou com o apoio de 31. f parlamentares comprometidos com o movimento dos Durante a gestão do presidente Lula, os condutos 32. f trabalhadores em educação, os quais tornaram possí- de interlocução dos trabalhadores com o governo fo- 33. f vel a aprovação de importantes pautas da categoria e ram aprimorados, possibilitando avanços da luta sin- 34. da educação em geral. Além do PSPN, os funcioná- dical em diversos aspectos. E este cenário mantém a 35. f rios de escola foram reconhecidos na LDB; garantiu- perspectiva de atuação autônoma e independente da 36. f -se financiamento público a todo nível básico de en- CUT e das demais Centrais frente ao governo de Dil- 37. f sino; eliminou-se a incidência da DRU na educação; ma Rousseff, do qual se espera o aprofundamento das 38. f ampliou-se a obrigatoriedade do ensino (4 a 17 anos), políticas de inclusão social, de aumento da renda e de 39. f dentre outras conquistas. Contudo, a nova legislatura garantia de direitos dos trabalhadores 96 do Trabalho, mas falta consenso para sua aprovação no parlamento. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno 1. a de Articulação Sindical Resoluções » Embora previsível, o processo de crescimento eco- Já o apoio ao conceito de PSPN, durante a tramitação 2. a nômico tem imposto desafios estruturantes ao país, do Projeto de Lei no Congresso, se contrastou com a 3. a dentre os quais a capacitação dos trabalhadores para sugestão equivocada de reajuste para 2010. E sobre es- 4. a ocupar postos estratégicos no mundo do trabalho. A ca- tes pontos, a CNTE também deve manter sua atuação. 5. a rência de profissionais atinge vários setores, inclusive Em 2008, a lei de diretrizes e base da educação 6. a a educação. Nesta área, as razões para o déficit pro- nacional estabeleceu como dever do estado garantir 7. a fissional, sobretudo no magistério e nas disciplinas de vagas às crianças de até 4 anos de idade em escolas 8. a biologia, exatas e de língua estrangeira perpassem pe- públicas próximas às suas residências. No currículo foi 9. a los baixos salários e pelas más condições de trabalho, acrescentada a obrigatoriedade das aulas de música, o 10. a impondo à CNTE a manutenção de sua pauta de mobi- estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, 11. bem como a inclusão das disciplinas de filosofia e so- lização direcionada ao avanço e à implementação das 12. a políticas de valorização dos profissionais da educação. ciologia em todas as séries do ensino médio. 13. a No período que se inaugura, a capilaridade das A inclusão da educação profissional técnica de ní- 14. f ações da CNTE deve se fortalecer com a campanha na- vel médio na LDB foi outro fator importante para os 15. f cional de filiação de sindicatos municipais de trabalha- estudantes e para a formação continuada dos trabalha- 16. f dores em educação e/ou por meio da representação das dores, pois determinou que, uma vez atendida a forma- 17. f afiliadas junto às municipalidades. Já a mobilização da ção geral, a mesma poderá prepará-lo para o exercício 18. f categoria deve visar o fim do impasse sobre o PSPN, no de profissões técnicas de forma articulada ou conco- 19. f STF, sua implementação em todo Brasil, bem como o mitante com o ensino médio, ou ainda de forma subse- 20. f envolvimento de setores organizados da sociedade e da qüente em cursos destinados a quem já tenha concluído 21. f comunidade escolar na implantação efetiva das diretri- o ensino médio. O profuncionário possui esta mesma 22. f zes do novo Plano Nacional de Educação. característica e atende a milhares de funcionários da 23. f 24. f 25. f educação básica pública nos cursos de nutrição escolar, POLÍTICA EDUCACIONAL infraestrutura e meio ambiente, secretariado escolar e Grande conquista da CNTE, na última gestão, con- multimeios didáticos. Também a educação de jovens 26. sistiu em consolidar o processo de reversão das políti- e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a 27. f cas fragmentadas na educação – rompendo com uma educação profissional. 28. f das heranças neoliberais – e, consequentemente, em Na educação profissional e tecnológica, os cursos 29. f ver adota a política de concepção sistêmica por parte do de graduação e pós-graduação, conforme preceito da 30. f Ministério da Educação. Todavia, a ausência de sólida Lei 11.741/08, possibilitaram a CNTE incluir no ca- 31. f gestão democrática nas instâncias educacionais, ainda tálogo de cursos dos IFETs cinco áreas de formação 32. f impõe dificuldades aos trabalhadores e à sociedade no profissional voltadas aos funcionários da educação. 33. f sentido de garantir o máximo de coerência dos gestores 34. na implementação das políticas públicas. Outra importante conquista da categoria foi o piso salarial profissional nacional para o magistério público 35. f Em âmbito do MEC, algumas dualidades foram da educação básica, instrumento de luta pela valoriza- 36. f marcantes. Embora o Ministério tenha incentivado e ção profissional, que, por inércia da justiça e descaso 37. f financiado todas as etapas da Conferência Nacional de de muitos gestores, não tem sido aplicado pela maioria 38. f Educação, o PDE e o PAR, quando de suas implanta- dos governadores e prefeitos à luz da Lei 11.738/08. A 39. f ções, careceram de diálogo com os movimentos sociais. intensa mobilização da CNTE fez com que o relator da 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 97 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a Adin no STF, ministro Joaquim Barbosa, disponibili- segmentos da educação básica, profissional e superior 2. a zasse seu relatório para a pauta do Tribunal, mas até o e conseguiu aprovar todas as propostas da categoria, 3. a momento a matéria não foi julgada. A luta da categoria além de neutralizar propostas adversas aos interesses 4. a permanece em manter a integral constitucionalidade da nossa classe. Isso foi possível pelo aprofundamento 5. a da Lei do Piso. do debate do documento de referência, pela participa- 6. a Em 2009 tornou-se obrigatória e gratuita a educa- ção efetiva da base e dos delegados e pela adoção de 7. a ção básica dos quatro aos dezessete anos de idade, as- estratégias compatíveis com os objetivos da CNTE. 8. a segurado o direito aos que não tiveram acesso na ida- A continuidade da luta será pela instituição do fórum 9. a de adequada. Os programas suplementares de material nacional de educação e a inserção das resoluções da 10. a didático, transporte, alimentação e assistência à saúde CONAE no novo PNE. 11. foram estendidos aos estudantes de toda a educação DESAFIOS: A Formação Inicial dos profissionais 12. a básica. Muitas dessas conquistas foram incorporadas à da educação, em que pese o acerto da proposta do MEC 13. a Constituição Federal por meio da EC nº. 59, que tam- em ofertá-la gratuita e preferencialmente em institui- 14. f bém (i) reforçou a necessidade do regime de colabora- ções públicas de ensino superior, ainda carece de revi- 15. f ção – nos termos do plano nacional de educação – en- são de sua base curricular, a fim de aproximar-se das 16. f tre os entes federados para assegurar a universalização demandas escolares, impostas pelas novas gerações e 17. f do ensino obrigatório, até 2016, (ii) estabeleceu o fim pela necessidade dos profissionais em adquirir novos 18. f da DRU na educação e (iii) previu a fixação de meta conhecimentos, sobretudo de técnicas e tecnologias pe- 19. f para aplicação de recursos públicos em educação na dagógicas. E, embora seja muito salutar garantir a for- 20. f proporção do PIB. mação de nível superior a todos os educadores, igual- 21. f Como forma de envolver as famílias no processo mente importante é manter e qualificar o curso Normal 22. f pedagógico da escola, a Lei 12.013/09 atribuiu aos es- de nível médio, bem como os cursos técnicos voltados 23. f tabelecimentos de ensino a tarefa de informar aos res- aos funcionários da educação, na perspectiva de itine- 24. f ponsáveis dos estudantes a frequência e o rendimento rário formativo e de garantia do atendimento universal 25. f dos mesmos, bem como a execução da proposta peda- da educação infantil e anos iniciais do fundamental. 26. gógica da escola. A formação continuada, também instituída pelo 27. f A Lei 12.014/09, que definiu quem são os profis- MEC por meio da Política Nacional de Formação dos 28. f sionais da educação, à luz da exigência do parágrafo Docentes e da Política Nacional de Formação dos Pro- 29. f único do artigo 206 da CFl, além de atender a antiga fissionais da Educação – Funcionários da Educação, 30. f demanda da CNTE contribuiu para fortalecer o direito atendem a reivindicação da CNTE de oferta gratuita 31. f à aposentadoria especial dos profissionais do magisté- pelo poder público. Mas é preciso um maior compro- 32. f rio e garantiu o reconhecimento profissional dos fun- metimento dos estados e municípios com a aplicação 33. f cionários da educação. destas ações. Paralelamente aos cursos de formação 34. Em 2010 foi consolidado o processo de mobili- continuada, ainda são necessários investimentos para 35. f zação da conferência nacional de educação, iniciado a formação no local de trabalho, para o fortalecimen- 36. f nas etapas municipais, regionais, estaduais e distrital. to da gestão democrática, para o estímulo ao processo 37. f A participação da CNTE ficará marcada na história pedagógico e para a formatação de projetos multidisci- 38. f da Entidade, pois, além de conseguir ampliar sua re- plinares direcionados ao currículo da educação básica. 39. f presentação, a confederação articulou-se com outros O ingresso na carreira se apresenta como um de- 98 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a safio do tamanho do Brasil. Combater a contratação fim de envolver a comunidade escolar na construção 2. a temporária e a terceirização é a tarefa principal, assim do projeto político pedagógico da escola. Estas ações, 3. a como a exigência de concurso público nas esferas de além de consolidar a gestão democrática, contribuem 4. a governos. A proposta de concurso público nacional, para a vivência da prática cidadã no espaço escolar que, 5. a apresentada pelo MEC, pode contribuir com esse ob- certamente, será utilizada em outros espaços da socie- 6. a jetivo, já que a mesma prevê a colaboração técnica e dade. 7. a financeira do Ministério para estados e municípios que O financiamento é outro poderoso instrumento 8. a aderirem ao concurso. Assim funcionaria como mais para superar os desafios na educação brasileira. O ad- 9. a um instrumento na construção do sistema nacional de vento do FUNDEB, e, por dentro da lei que o criou, as 10. a educação e da carreira nacional dos professores. O con- conquistas do PSPN, do atendimento a educação infan- 11. curso nacional também pode interferir na indústria de til, de valores maiores para educação especial e da am- 12. a serviços educacionais oferecidos por diversas empre- pliação dos recursos aplicados na educação básica por 13. a sas sem qualificação. Logo, é um instrumento de in- parte da União, contribuiu para que o estado brasileiro 14. f gresso na carreira e não deve ser utilizado em qualquer assumisse a responsabilidade com a educação básica 15. f tipo de meritocracia. e superior e alcançasse, ainda que insuficientemente à 16. f O piso salarial, a carreira e a jornada de trabalho luz das demandas educacionais, os atuais 5% do PIB 17. f são indicadores da qualidade social da educação e de- em investimentos na educação. É impossível elevar o 18. f vem permanecer na pauta de lutas da categoria. Estes Brasil da 73ª posição no IDH sem investir mais recur- 19. f instrumentos são essenciais à valorização dos profis- sos na educação. Alcançar o patamar de 7% do PIB é 20. f sionais da educação, mas, ainda, é preciso desenvolver um passo importante para o novo PNE. Mas entende- 21. f ações junto à sociedade para cobrar políticas que aten- mos que para combinar as virtudes do crescimento eco- 22. f dam às demandas e que façam os governantes assumi- nômico – que elevará o Brasil à 5ª potência econômica 23. f rem de fato seus discursos de priorização da educação, mundial – com a qualidade de vida dos países desen- 24. f garantindo que 2/3 da jornada de trabalho seja dedicada volvidos, é preciso alcançar o patamar de 10% do PIB 25. f a aula-atividade, além do cumprimento correto do valor em educação, a fim de que esta política pública cumpra 26. do PSPN de R$ 1.312,85, referente a janeiro de 2010. seu papel de garantir bem estar e conhecimento dignos 27. f As condições adequadas de trabalho implicam re- 28. f ver o currículo e a infraestrutura escolares, os salários, PROPOSTAS: Além de atuar sobre os desafios 29. f a política de formação continuada nos locais de traba- apresentados, a CNTE, seguindo a trajetória de ocupar 30. f lho e o cuidado com a saúde dos educadores. espaços e disputar políticas, nos próximos três anos re- a todos os brasileiros e as brasileiras. 31. f A gestão democrática da escola, das redes e dos sis- forçará sua atuação sobre os seguintes eixos: i) incidir 32. f temas de ensino é o instrumento catalisador do enfren- decisivamente na elaboração dos PNE, PEE e PME; ii) 33. f tamento dos desafios educacionais. Organizar a comu- aprofundar com os gestores a discussão sobre Regime 34. nidade escolar é mais uma tarefa que os trabalhadores de Colaboração, a fim de avançar na consolidação do 35. f em educação devem cumprir, se organizando nos locais Sistema Nacional de Educação; e iii) lutar de forma 36. f de trabalho; estimulando a criação e o fortalecimento permanente e cotidiana pela valorização dos profissio- 37. f dos grêmios estudantis, das associações de pais e mães nais da educação, aplicando integralmente as leis do 38. f e dos conselhos escolares; participando dos diversos Piso (11.738/08) e a que reconhece os funcionários de 39. f conselhos na educação; atuando de forma decisiva, a escola como profissionais da educação (12.014/09), 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 99 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a bem como, o inciso VIII do artigo 206 da CF, que de- cumprimento do art. 69 da LDB, que estabelece o repas- 2. a termina o piso salarial profissional nacional para os se de recursos para a conta das secretarias de educação. 3. a profissionais da educação. 4. a O Departamento de Especialista da CNTE, que BALANÇO POLÍTICO DA GESTÃO 5. a contribuiu nos últimos três anos com o debate sobre A gestão 2008/11 foi marcada pela intensa mobi- 6. a a formação de pedagogos e as políticas para educação lização em torno da valorização dos trabalhadores em 7. a infantil, deverá ampliar seu trabalho na perspectiva de educação. Após longo processo de debate nas instân- 8. a subsidiar a investigação e as ações da CNTE acerca da cias de poder e na sociedade, em 16/7/2008 o presiden- 9. a escola de tempo integral, do direito de acesso a educa- te Lula sancionou a Lei 11.738, regulamentando o piso 10. a ção das pessoas de 4 a 17 anos de idade, e da constru- salarial profissional nacional do magistério público da 11. educação básica. Porém, logo após o 2º turno das elei- ção coletiva do projeto político pedagógico da escola. Contrapondo as propostas gerenciais de merito- ções municipais daquele ano, cinco governadores in- 13. a cracia, a avaliação da educação deve ser processual, gressaram com Ação Direta de Inconstitucionalidade, 14. f qualitativa e de caráter sistêmico e democrático, com- no Supremo Tribunal Federal, contra a Lei do Piso. 15. f preendendo-se como instrumento de aperfeiçoamento Os efeitos da decisão cautelar do STF impuseram 16. f do processo educacional. Neste sentido, é imperioso à categoria uma árdua luta em defesa dos princípios da 17. f reafirmar a posição do PNE da Sociedade Brasileira Lei 11.738, muitas das quais enfrentadas com longas 18. f (1997), a qual indica que “a avaliação interna e exter- greves em estados e municípios. Dentre as ações insti- 19. f na das instituições educacionais deve levar em conta tucionais e de mobilização promovidas pela CNTE em 20. f os seus recursos, sua organização, suas condições de defesa do Piso, destacam-se: a divulgação de documen- 21. f trabalho, o padrão único de qualidade e, no caso da to contendo a posição da Entidade sobre a norma fede- 22. f educação superior, a indissociabilidade entre ensino, ral e o julgamento da cautelar no STF; a aprovação, em 23. f pesquisa e extensão”, visando alcançar resultados so- seu Conselho Nacional de Entidades, do dia 16 de cada 24. f cialmente significativos. mês como sendo de resistência à constitucionalidade da 12. a Outras pautas latentes dizem respeito (i) à adequa- Lei 11.738; a realização de seminário para debater es- 26. ção do ingresso na carreira de educador às disposições tratégias de aplicação da Lei do Piso, nos estados e mu- 27. f das resoluções CNE/CEB nº 2/09 e 5/10; (ii) à obser- nicípios, à luz da reestruturação dos planos de carreira 28. f vação dos preceitos do parecer CNE/CEB nº 9/2009 – originando, o mesmo, o Caderno de Educação “Di- 29. f em relação ao número de profissionais à quantidade de retrizes para a Carreira e Remuneração”, editado em 30. f estudantes; (iii) à mobilização da sociedade em torno parceria com a CUT e distribuído a todos os municípios 31. f do direito à educação pública, de qualidade social, in- do país; a promoção de encontro com os jurídicos das 32. f clusiva, laica e democrática; (iv) à institucionalização afiliadas, a fim de subsidiar a luta política e judicial em 33. f das diretrizes nacionais de carreira para os profissionais torno da aplicação da Lei; a organização de diversas 34. da educação; (v) à consolidação do Fórum Nacional de mobilizações, sendo três delas em frente ao STF, para 35. f Educação e de instâncias similares nos estados e muni- cobrar dos ministros o julgamento do mérito da Adin; 36. f cípios; (vi) à regulamentação do PSPN, previsto no ar- a articulação junto ao Congresso Nacional para consti- 37. f tigo 206, VIII, da Constituição Federal, destinado a to- tuição da Frente Parlamentar em Defesa do PSPN, ação 38. f dos os profissionais da educação, com base na proposta esta transferida às afiliadas em nível das Assembleias 39. f defendida pelos trabalhadores (PL 2.738/03); (vi) ao Legislativas e Câmaras de Vereadores. 25. f 100 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » De forma simultânea, a CNTE atuou em diversas do que cinco se associaram durante a última gestão. Em 2. a frentes no Congresso para defender os interesses da razão da desfiliação do SEPE/RJ e da importância de os 3. a categoria e fazer avançar o direito à educação de qua- trabalhadores fluminenses manterem sua representação 4. a lidade. Combateu os projetos de certificação, a PEC nacional, a CNTE propõe reconhecer as oposições do 5. a que visava evadir recursos do Fundeb para transporte SEPE, à luz dos critérios de reforma estatutária. 1. a 6. a escolar e a que propunha a criação de pisos salariais Na esfera sindical, a CNTE acompanhou as instân- 7. a regionais. Também pressionou a tramitação do PL das cias e mobilizações convocadas pela Central Única dos 8. a diretrizes de carreira (1.592/03) e o que dispõe sobre a Trabalhadores, à qual é filiada, com destaque para as 9. a regulamentação do PSPN para todos os profissionais da edições da Marcha da Classe Trabalhadora, organiza- 10. a educação (2.738/03), e interveio no PL 3.776/08, que das conjuntamente com outras centrais sindicais e que 11. visa modificar o critério de reajuste do Piso – mantendo foram decisivas para selar o acordo sobre a política de 12. a a perspectiva de ganho real, com a vinculação ao Fun- aumento real do Salário Mínimo, bem como para pau- 13. a deb, e garantindo a reposição mínima do INPC/IBGE. tar na agenda do Congresso as convenções 151 e 158 14. f Em âmbito do MEC, atuou para institucionalizar as da OIT. 15. f políticas de formação dos profissionais da Educação; Sobre as políticas internas, a Escola de Formação 16. f manteve-se atuante no Conselho do Fundeb; pressionou (Esforce) passou a editar, semestralmente, a revista 17. f a instalação da Mesa de Negociação do Piso; e integrou “Retratos da Escola” e a coordenar as publicações da 18. f a coordenação nacional da 1ª Conferência Nacional de CNTE, que, além dos fascículos da formação sindical, 19. f Educação (Conae). Em 2009, a CNTE promoveu sua 7ª produzidos em parceria com o sindicato sueco Larär- 20. f Conferência de Educação com o objetivo de subsidiar a förbundet, também co-produziu com as respectivas Se- 21. f base para atuar nas conferências preparatórias a Conae. cretarias: a 8ª edição da revista “Mátria”, as edições 22. f Como resultado, a Confederação conseguiu estabelecer dos Cadernos de Educação sobre “Diretrizes de Car- 23. f um amplo arco de alianças na Conae, a ponto de fazer reira”, “Saúde dos Trabalhadores em Educação” e “5º 24. f aprovar todas as propostas da categoria com vistas a Encontro Nacional do Coletivo Dalvani Lellis”, além 25. f integrar o plano nacional de educação 2011/2020. Os da revista “Como vivem os/as trabalhadores/as em edu- 26. trabalhadores ainda aprovaram a indicação para manter cação aposentados/as”. 27. f a Conae como instância de consulta oficial e permanen- No cenário internacional, a Confederação esteve 28. f te para elaboração das políticas públicas educacionais. presente nas instâncias e fóruns promovidos pela Inter- 29. f Duas outras importantes conquistas sobrevieram nacional da Educação (IE), e ainda integrou a pesquisa 30. f do Conselho Nacional de Educação, que aprovou, após internacional sobre educação infantil, através da coor- 31. f intensa participação das afiliadas nas audiências públi- denação do DESPE. Durante a gestão, a CNTE tam- 32. f cas, as diretrizes nacionais para a carreira dos profissio- bém manteve os cargos na Vice-Presidência Mundial e 33. f nais da educação (professores e funcionários). As mes- na Vice-Presidência para a América Latina da IE. Por 34. mas visam amoldar, até a aprovação do PL 1.592/03, meio de sua Presidência, a CNTE integrou a Direção da 35. f os desígnios das leis 11.738 e 12.014 aos planos de Confederação dos Educadores Americanos e participou 36. f carreira. das reuniões de cúpula do Mercosul. 37. f A destacada atuação da CNTE em defesa dos tra- A agenda sindical e institucional da gestão desta- 38. f balhadores da educação fez com que muitos sindicatos cou-se pelas seguintes atividades: realização das edi- 39. f municipais requeressem filiação à Confederação, sen- ções da Semana Nacional em Defesa da Educação 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 101 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a Pública; reunião nacional do DESPE, que orientou po2. a sição contrária à regulamentação da profissão de peda- 6. Manter-se na luta em defesa da Amazônia e dos povos indígenas; 3. a gogo; criação do Coletivo LGBT da CNTE, o qual se 7. Combater as políticas beligerantes das potências 4. a encontra vinculado à Secretaria de Direitos Humanos; mundiais e atuar em campanhas nacionais e internacio- 5. a comemoração dos 15 anos do DEFE e realização dos nais pela paz, pelo respeito ao meio ambiente e à digni- 6. a encontros regionais e do 5º encontro nacional do De- dade humana. Pela erradicação da miséria; 7. a partamento; seminários do projeto DST/Aids; edições 8. a regionais e o 8º encontro nacional dos trabalhadores em 8. Participar dos movimentos pela autodeterminação, soberania das nações e liberdade dos povos; 9. a educação aposentados/as; 5º encontro nacional do Co- 9. Cobrar dos organismos multilaterais e dos che- 10. a letivo Antirracismo Dalvani Lellis; seminários nacio- fes de estado e de governo das nações maior controle 11. do capital e a democratização das representações nas nais de saúde, comunicação e do jurídico; presença nos 12. a fóruns sociais e instâncias governamentais de combate 13. a ao trabalho infantil; participação nas lutas coordenadas instâncias da ONU; 10. Cultivar a solidariedade entre os trabalhadores 14. f pela Central de Movimentos Sociais e acompanhamen- e suas organizações, em âmbito local, nacional e inter- 15. f to das greves e mobilizações das afiliadas. nacional; 11. Envolver os trabalhadores brasileiros nas ações 16. f 17. f PLANO DE LUTAS internacionais desenvolvidas pela IE e CEA; 18. f A Seguindo a trajetória de combate às desigualda- 12. Mobilizar a sociedade com vistas à ampliação 19. f des e de promoção dos direitos da classe trabalhadora, do direito à educação pública, de qualidade social, in- 20. f em especial à educação pública, universal, democrática clusiva, democrática, laica, de tempo integral, especial- 21. f e qualidade socialmente referenciada, os/as educado- mente através do financiamento público (aumento do 22. f res/as brasileiros/as concentrarão suas lutas, na próxi- percentual do PIB) e da valorização dos educadores; 23. f ma gestão da CNTE, sobre as seguintes estratégias e 24. f ações: 13. Manter a luta pela constitucionalidade e implantação integral da Lei 11.738 e mobilizar a catego- 1. Participar dos fóruns de governo, em especial ria pela regulamentação do Piso Salarial Nacional para 26. dos da educação, com vistas a propor e disputar proje- todos os profissionais da educação, previsto no art. 206, 27. f tos de interesse da categoria e da classe trabalhadora; VIII da CF/1988; 25. f 28. f 2. Atuar no processo de reformas do Estado, com 14. Manter a mobilização em torno da Semana 29. f vistas a amoldar a estrutura de poder e as políticas pú- Nacional em Defesa da Escola Pública e, se possível e 30. f blicas às necessidades da população e a promover os necessário, com Marchas Nacionais, Estaduais, Muni- 31. f direitos da classe trabalhadora; cipais e com Dia de Paralisação Nacional; 32. f 33. f 34. 3. Defender a Previdência Pública e lutar contra 1.592/03, que visa, fixar as diretrizes nacionais para a qualquer reforma que vise retirar direitos; 4. Cobrar transparência, ética e participação social 35. f dos gestores em relação às políticas e ao erário público. 36. f Contra a corrupção e a impunidade; carreira dos profissionais da educação; 16. Atuar nos processos de elaboração e de debate parlamentar do Plano Nacional de Educação, a viger 37. f 5. Cobrar o aprofundamento das políticas sociais, 38. f responsáveis pela elevação da condição de vida do 39. f povo brasileiro; 102 15. Lutar pela aprovação do projeto de lei nº entre 2011 e 2020, promovendo também a participação das afiliadas; 17. Priorizar no PNE as políticas de financiamen- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a to, valorização profissional e gestão democrática, bem tra o interdito proibitório e pela expansão dos direitos 2. a como as estruturas do regime de colaboração, a fim de dos/as trabalhadores/as; 26. Manter a atuação nas lutas propostas pela CMS, 3. a avançar na consolidação do Sistema Nacional de Edu4. a cação; pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais que 5. a 17.1. Lutar pela gestão democrática em sentido latu defendem os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras; 6. a senso, na escola e nos sistemas de ensino, sobretudo 27. Promover a liberdade e a autônima sindical. 7. a pela constituição do Fórum Nacional de Educação, de Contra a repressão aos sindicatos; 28. Articular com entidades de base e movimentos 8. a caráter propositivo; 9. a 18. Lutar pela expansão da atual política nacional 10. a de formação e profissionalização de educadores (pro- sociais a ampliação de espaços formativos à qualificação política e sindical; fessores e funcionários de escola), que prevê gratuida- 29. Cobrar do poder público novo marco regulató- 12. a de e responsabilidade do poder público em ofertá-la em rio para a atuação da mídia no Brasil, à luz da Confe- 13. a instituições de ensino superior, públicas ou convenia- rência Nacional de Comunicação; 11. 14. f 30. Incentivar as entidades filiadas a desenvolve- das ao Prouni; 15. f 19. Realizar pesquisas em parceria com entidades 16. f e instituições civis e públicas para averiguar as condi- 17. f ções de vida e formação dos educadores e de avaliação 18. f dos sistemas educacionais e de seus profissionais; rem e/ou ampliarem as atividades do Programa de Formação da CNTE; 31. Fortalecer os coletivos nacionais temáticos das políticas permanentes, inclusive o de LGBT, criado re- 19. f 20. Promover pesquisa do Coletivo Antirracismo 20. f Dalvani Lellis: Quem são, onde e como vivem os/as 21. f trabalhadores/as negros da educação básica; centemente; 32. Desenvolver campanhas que apontem para questões sociais como: direito dos aposentados, das 22. f 21. Promover a capacitação das entidades e dos/ mulheres, da criança e do adolescente, contra o traba- 23. f as conselheiros/as sindicais que integram colegiados lho infantil e a homofobia, em apoio à luta indígena, 24. f públicos, em especial de fiscalização do Fundeb e de quilombola e de outras etnias ou grupos minoritários; 25. f outras políticas educacionais; 33. Lutar em defesa da segurança e promoção da 22. Lutar contra a terceirização e precarização das saúde dos trabalhadores, com a constituição de comis- 27. f condições de trabalho, em especial dos funcionários da sões internas nos locais de trabalho e no serviço públi- 28. f educação. Pela ampliação do projeto Profuncionário e co; 29. f dos cursos tecnológicos também voltados aos funcio- 30. f nários; 26. 34. Incentivar os projetos de prevenção às DST/ AIDS; 31. f 23. Mobilizar a base da CNTE para aprofundar as 35. Integrar as campanhas nacionais pelo direito a 32. f ações pautadas pelas centrais, em especial pela CUT, saúde pública das mulheres e pela descriminalização 33. f que visam à manutenção e a ampliação dos direitos da do aborto; 34. classe trabalhadora; 36. Divulgar a Lei Maria da Penha nos Sindicatos 35. f 24. Integrar a luta pela reforma tributaria que taxe 36. f o grande capital e reverta o caráter regressivo dos im- 37. f postos no Brasil; 37. Intervir no processo de escolha dos livros didáticos, evitando estereótipos contra mulheres, aposenta- 38. f 25. Lutar pela redução da jornada de trabalho sem 39. f redução de salário, pelo direito irrestrito de greve, con- 31o Congresso Nacional filiados e nas escolas; dos Trabalhadores em dos/idosos, negros e qualquer posição discriminatória e inferiorizada de grupos sociais; Educação 103 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 38. Promover o engajamento dos trabalhadores em atualizarão seus cadastros junto a CUT e/ou a Secreta- 2. a educação em todos os espaços de formulação de polí- ria de Finanças da CNTE, a fim de assegurarem o direi- 3. a ticas públicas; to à revisão de sócios para a participação nas instâncias 4. a deliberativas da Confederação. 1. a 39. Apoiar a luta pela inclusão de alunos portado- § 1º. Em se tratando de entidades filiadas a CUT, o 5. a res de necessidades especiais; 6. a 40. Lutar pela garantia do modelo de previdência 7. a público e solidário e pela aprovação da PEC 481/05 Sindical. § 2º. As entidades não filiadas a CUT encaminharão 8. a (Paralela da Previdência); 9. a processo de atualização obedecerá as regras da Central 41. Realizar CAMPANHA NACIONAL DE FI- 10. a LIAÇÃO DE SINDICATOS MUNICIPAIS DE EDU- os cadastros financeiro e de associados para a CNTE, tendo como base todo mês de junho. CAÇÃO À CNTE, a fim de fortalecer as lutas da cate- § 3º. As entidades que não procederem a referida 12. a goria e a promoção do direito à educação de qualidade atualização, em anos pré-eleitorais da CNTE, estarão 13. a em todo país. automaticamente impedidas de efetuarem aumento de 14. f sócios para o Congresso Nacional da Confederação. 11. 15. f ESTATUTO EMENDA SUPRESSIVA, seguida de SUBSTITUTIVA 16. f EMENDA ADITIVA 17. f Art 1º. (...) integrada pelos trabalhadores em edu- 18. f cação – professores, funcionários e pedagogos – ativos 19. f e aposentados, efetivos e contratados, a qualquer título, Art. 72. Os Funcionários e Especialistas em Edu- 20. f desde que vinculados às redes públicas estaduais e/ou cação serão organizados em departamentos específicos, 21. f municipais de educação básica de todo o Brasil, que se subordinados a Diretoria Executiva da CNTE. 22. f regem pelo presente Estatuto. Exclui-se o § 1º do art. 72, dá nova redação ao caput e ao § 1º e renumera-se o seguinte. § 1º. A estrutura e funcionamento dos Departamen- 23. f EMENDA SUBSTITUTIVA tos de Funcionários da Educação – Defe e de Especia- 24. f Os parágrafos do art. 5º passam a compor o novo listas – Despe, coordenados por um representante do 25. f respectivo setor, serão regulamentados pelo Conselho art. 6º, conforme redação adaptada. Nacional de Entidades – CNE. 26. EMENDA ADITIVA 27. f Art. 6º. A CNTE poderá reconhecer oposições sin- 28. f dicais, com base em critérios definidos por seu Conse- EMENDA SUPRESSIVA 29. f lho Nacional de Entidades, nos casos em que o Sindi- Exclui-se o art. 73. 30. f cato tenha se desfiliado a ela. 31. f § 1º. O CNE também regulamentará a represen- 32. f tação das oposições nos Congressos e Plenárias da 33. f CNTE. § 2º. (...) POLÍTICAS PERMANENTES Embora a desigualdade ainda seja uma marca de nossa sociedade, depois de décadas de reivindicações, § 2º. Deferido o processo de reconhecimento, as o Brasil começa a apresentar indicadores sociais mais 35. f oposições terão direito a um representante no Conselho satisfatórios e intimamente ligados à melhoria das con- 36. f Nacional de Entidades da CNTE. dições macroeconômicas e ao incipiente compromisso 34. 37. f 38. f 39. f EMENDA ADITIVA (renumeram-se os artigos se- preciso avançar bem mais. guintes) Art. 55. A cada ano, as entidades filiadas a CNTE 104 de distribuição da renda entre os/as cidadãos/as. Mas é Como forma de garantir direitos aos segmentos 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a mais vulneráveis e/ou que sofrem com as diversas for- contro Nacional e na publicação do Caderno de Educa- 2. a mas de discriminação e intolerância, a próxima gestão ção oriunda do mesmo, a luta do Coletivo persiste na 3. a da CNTE deverá manter a cobrança de políticas de Es- implementação das Leis 10.639 e 11.645 nos currículos 4. a tado e aprofundar a inserção da categoria na luta pela escolares. Para a próxima gestão, prevê-se a realização 5. a inclusão social, pela igualdade de gênero e raça, de da pesquisa “Quem são, como vivem e onde trabalham 6. a combate às formas de discriminação e de respeito às os/as educadores/as negros/as”, em âmbito das enti- 7. a diversidades. dades filiadas, e a produção de fascículo da formação 8. a Antirracismo: ação ainda muito necessária sindical sobre os temas “Antirracismo e currículo es- 9. a As heranças escravocratas, no Brasil, ainda são la- colar”. 10. a tentes. Em nível da educação, embora avanços tenham Não obstante as limitações impostas pelo parla- ocorrido, especialmente na última década, muito pre- mento ao Estatuto da Igualdade Racial, sobretudo em 12. a cisa ser feito. Dados da Pnad/2009 revelam que entre relação às políticas de cotas nas universidades públi- 13. a 1999 e 2009, a presença de estudantes negros e pardos cas, a Lei 12.288 deve ser amplamente divulgada e im- 14. f no ensino superior passou de 7,5% e 8% para 28,2% plementada. A CNTE se manterá ativa em defesa das 15. f e 31,8%, respectivamente. Contudo, somente 4,7% de ações afirmativas na educação e apoiando as políticas 16. f negros e 5,3% de pardos com mais de 25 anos con- públicas voltadas à garantia de direitos para a popula- 17. f cluíram o ensino superior no país (em 1999, o percen- ção negra. 18. f tual era de 2,3% para ambos) contra 15% de brancos. Igualdade de gênero 19. f A reserva de 50% das vagas do Prouni para negros e Não basta às mulheres serem maioria no censo 20. f as demais políticas de cotas das instituições de ensino demográfico e nos cursos superiores – tendo o Brasil 21. f superior – ambas questionadas no STF – contribuíram superado as Metas do Milênio – ou comprovar as mes- 22. f para a melhoria desses indicadores, embora aquém da mas aptidões e conhecimentos no mundo do trabalho. 23. f necessidade. O machismo ainda as impõe resistências e as discrimi- 11. nam de várias formas. 24. f Ação importante de combate às diferenças edu- 25. f cacionais entre raças refere-se à expansão do ensino Se, por um lado, os efeitos da educação no empo- 26. obrigatório para 4 a 17 anos de idade. Isso porque na deramento feminino se manifestam no aumento do po- 27. f faixa etária do antigo fundamental obrigatório pratica- tencial de geração de renda, na autonomia de decisões 28. f mente não há desigualdade: as matrículas de brancos pessoais, no controle sobre a própria fertilidade e na 29. f equivalem a 95,4% e, as de negros, a 94,7% do total maior participação na vida pública; por outro, os aspec- 30. f de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos. O proble- tos sócio-culturais ainda exigem maior conscientização 31. f ma, no entanto, se agrava no ensino médio – até então para avançar na igualdade entre gêneros no Brasil. E a 32. f não obrigatório, desvinculado da profissionalização e educação não-sexista tem papel estratégico nessa mu- 33. f carente de políticas contra a evasão – onde 61% dos dança. 34. jovens brancos entre 15 e 17 anos frequentam a escola, 35. f contra 42,2% de negros. A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República representou uma vitória particular das mulhe- 36. f O Coletivo Antirracismo da CNTE, Dalvani Lellis, res brasileiras. Porém, ela não se converteu em maior 37. f tem se empenhado para disseminar uma cultura antir- presença feminina nos cargos eletivos. Mesmo com 38. f racista nas escolas, no meio sindical e na sociedade em as novas regras eleitorais que determinaram o “pre- 39. f geral. Com base nos encaminhamentos de seu 5º En- enchimento” mínimo (ao invés da “reserva”) de 30% 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 105 Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a das vagas dos partidos para as mulheres, ainda assim o tegoria, as quais deverão ser intensificadas na próxima 2. a número de governadoras eleitas reduziu de 3 para 2; a gestão, a fim de garantir políticas públicas apropriadas 3. a composição feminina do Senado diminuiu de 8 para 7 e para a mudança desse cenário ainda desolador. 4. a a da Câmara dos Deputados manteve-se em 45. O aumento da expectativa de vida, no Brasil, tem No primeiro semestre de 2010, a Secretaria de Po- imposto desafios ao poder público e aos/às trabalha- 6. a líticas para as Mulheres (SPM) coordenou debate que dores/as no sentido de melhorar a qualidade de vida 7. a deu origem ao Anteprojeto de Lei de Reforma Eleito- dos/as aposentados/as, sem retirar-lhes os direitos ou 8. a ral. O mesmo visa ampliar a participação das mulheres a expectativa destes para os/as futuros/as aposentados/ 9. a nos espaços de poder, através do condicionamento do as. Em âmbito do magistério, o fim do regime jurídi- 10. a sistema de cotas a critérios de arrecadação dos partidos, co único dos servidores públicos tem imposto a grande 11. parte dos/as aposentados/as regidos pela CLT, a não 5. a de financiamento público e das listas partidárias. Já o debate sobre aborto nas últimas eleições pre- percepção de proventos compatíveis com o PSPN. Já 13. a sidenciais, enviesado e oportunista, revelou níveis ele- a EC nº 62, embora tenha ratificado a prioridade dos 14. f vados de preconceito, intolerância e desconhecimento idosos em receber precatórios, encontra dificuldades de 15. f do assunto por parte significativa da população – razão implementação em razão da Adin movida contra suas 16. f suficiente para que o Estado promova amplo debate so- disposições que privilegiam o pagamento dos valores 17. f bre a descriminalização do aborto, à luz da saúde e das negociados em detrimento do princípio da temporali- 18. f condições sociais e psicológicas das mulheres. dade. Estas pautas, juntamente com a implementação 12. a da Política Nacional e do Estatuto do Idoso, continuam 19. f Através da Revista Mátria e das ações coordenadas 20. f pelas Secretarias de Relações de Gênero da CNTE e 21. f da CUT, com auxilio de seus respectivos coletivos, a O direito de brincar e estudar 22. f Confederação, composta por mais de 80% de mulheres Em 2009, 4,3 milhões de crianças e adolescentes 23. f trabalhadoras, deve buscar manter seu protagonismo na desempenhavam algum tipo de trabalho produtivo, 24. f luta pela emancipação e igualdade de direitos das mu- principalmente no Nordeste. Deste contingente, 1 mi- 25. f lheres brasileiras. lhão tinha entre 5 e 13 anos e 3,3 milhões entre 14 e 17 26. 27. f Saúde e direitos previdenciários dos/as trabalhadores/as em educação a reger a luta dos aposentados/as da educação. anos. A taxa de escolarização do grupo foi de 82,4%, bem maior que as registradas em pesquisas anteriores 28. f As condições de trabalho no nível básico de ensino do IBGE/Pnad. Os empreendimentos familiares, sobre- 29. f continuam a desgastar excessivamente os educadores tudo agrícolas, foram os que concentraram a maior par- 30. f e a dificultar a melhoria da qualidade da educação. Em te das pessoas ocupadas com idade entre 5 e 13 anos. 31. f 2009, o seminário da Secretaria de Saúde da CNTE Destas, 71% não recebiam remuneração. 32. f identificou nas carências de infraestrutura e nas múl- Embora o trabalho infantil esteja em constante 33. f tiplas jornadas as principais causas das doenças físicas queda – em 2004 eram 5,3 milhões de trabalhadores 34. dos profissionais. Já as patologias psicológicas provêm mirins – sua incidência permanece nas famílias pobres 35. f da violência, dos baixos salários ou do distanciamento fixadas no campo, local onde as políticas públicas são 36. f entre a proposta pedagógica e as expectativas dos es- mais escassas. 37. f tudantes e dos próprios profissionais, que não contam, Por meio da participação nos fóruns de prevenção 38. f em sua maioria, com formação continuada adequada. e erradicação do trabalho infantil (FNPETI e DCA), do 39. f As constatações corroboram as reivindicações da ca- Conanda, e através da interação com a CUT e outras 106 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Articulação Sindical Resoluções » 1. a instituições, a CNTE mantém-se em permanente luta ASSINAM ESTA RESOLUÇÃO: 2. a pelo direito das crianças e adolescentes. A denúncia aos Roberto Franklin de Leão (SP), Denílson Bento da 3. a abusos e violências sofridas por crianças e a recepção Costa (DF), Juçara Maria Dutra Vieira (RS), Fátima 4. a de meninos e meninas trabalhadores/as na escola inte- Aparecida da Silva (MS), Heleno Araújo Filho (PE), 5. a gram as pautas da categoria, assim como as campanhas Gilmar Soares Ferreira (MT), Marta Vanelli (SC), Ma- 6. a e projetos de conscientização contra todas as formas de ria Inez Camargos (MG), Rosana Sousa do Nascimen- 7. a trabalho infantil. to (AC), Marco Antonio Soares (SP), Maria Madalena 8. a Contra a xenofobia e pelos direitos dos/as ho- A. Alcântara (ES), José Carlos do Prado (SP), Zenai- 9. a mossexuais de Honório (SP), João Alexandrino de Oliveira (PE), 10. a A constituição do Coletivo LGBT, em âmbito da Janeayre Almeida de Souto (RN), Joaquim Juscelino CNTE, representa um passo importante na luta contra a Linhares Cunha (CE), Paulina Pereira Silva de Almei- 12. a xenofobia e pela garantia de direitos a todas as pessoas, da (PI), Odisséia Pinto de Carvalho (RJ), Silvinia Pe- 13. a independente de sua orientação sexual. Assim, o Cole- reira de Souza Pires (TO), Mário Sérgio F. de Souza 14. f tivo pautará suas ações na conscientização das atuais e (Pr), Guilhermina Luzia da Rocha (RJ), Ana Íris Arrais 15. f futuras gerações, cobrando dos agentes públicos políti- Rolim (Ro), Selene Barbosa Michelin Rodrigues (Rs), 16. f cas de respeito à diversidade e de promoção da cultura Marco Túlio Paolino (RJ), João Felício (SP), José Ce- 17. f de paz. lestino Lourenço – Tino (MG), Antonio Lisboa Amân- 11. 18. f Juventude e combate às DSTs/Aids cio do Vale (DF), Anízio Santos de Melo (CE), Simone 19. f As atuais políticas de inclusão e permanência na Goldschimidt (RS), Francisco das Chagas – Chicão 20. f escola, desenvolvidas pelo MEC, com destaque para (PI), Denivaldo Alves do Nascimento (DF), Isabel 21. f a expansão da rede técnica e tecnológica de educação Portuguez de Souza Felipe (DF), Iêda Leal de Souza 22. f profissional; a integração da educação básica ao ensino (Go), Jaime Teixeira (MS), Júlio César Viana (MT), 23. f profissional; o programa de escola de tempo integral, José Roque Rodrigues Santiago (TO), Maria Da Pe- 24. f Mais Educação; as políticas escolar e de ressocializa- nha Matos Alencar (CE), Odeni De Jesus da Silva (PI), 25. f ção em presídios; além do sistema de cotas no Prouni e Norma Suely da Silva Viana (MA), Manoel da Silva 26. nos institutos federais de educação caminham no senti- Lima (AC), Aildo Santos Da Silva (RO), Claudir Mata 27. f do correto de integrar a juventude à escola e ao mundo Magalhães de Sales (RO), Beatriz da Silva Cerqueira 28. f do trabalho, e precisam ser permanentemente expandi- (MG), Maria Izabel Azevedo Noronha (SP), Noêmia 29. f dos em cooperação com os entes federados. Simonassi (ES), Sandra Maria de Melo Bertagnoni 30. f Em âmbito da CNTE, a próxima gestão deverá atu- 31. f ar no sentido de consolidar o Coletivo da Juventude 32. f dos trabalhadores em educação. (RJ), Suzane Barros A. Costa (RS), Rúbia Brum (RS), Anna Julia Rodrigues (SC). 33. f 34. 35. f 36. f 37. f 38. f 39. f 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 107 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » Estatuto da CNTE 1. a 2. a 3. a 4. a CAPÍTULO I g) examinar e propor soluções sobre os problemas da 5. a educação no País e sobre a formação e a qualidade de 6. a Da Denominação, Sede e Fins e Duração desempenho dos trabalhadores em educação; 7. a Art. 1° - A Confederação Nacional dos Trabalhadores h) promover Seminários, Encontros e outras atividades 8. a em Educação - CNTE, com sede e foro na cidade de de âmbito nacional que envolvam as entidades filiadas; 9. a Brasília, é uma entidade civil de caráter sindical, sem i) apoiar a organização de outras categorias profissio- 10. a fins lucrativos, independente de qualquer atividade nais que atuem na educação e suas reivindicações; 11. político-partidária, sem qualquer discriminação ou pre- j) promover e defender o direito do povo a uma educa- 12. a conceito de raça, cor, sexo, credo religioso, com du- ção democrática e libertadora, acessível à ampla maio- 13. a ração por prazo indeterminado, integrada pelos traba- ria e que se realize como interesse nacional e popular; 14. f lhadores em educação de todo o Brasil, compreenden- l) promover a livre participação de todos para realizar 15. f do-se os das redes públicas estaduais e municipais de e legitimar as formas institucionais necessárias à cons- 16. f educação básica que se regem pelo presente Estatuto. trução efetiva da soberania nacional e solidariedade 17. f internacional; 18. f Art. 2° - A CNTE tem como finalidades: m) incentivar o surgimento de lideranças e promover 19. f a) congregar trabalhadores em educação (professores, a instrumentalização adequada do pessoal que atua em 20. f especialistas e funcionários de escolas) em nível nacio- nível de entidade; no cumprimento de suas finalidades 21. f nal, por meio de entidades a ela filiadas, com objetivo e metas; 22. f de defesa dos interesses da categoria, da educação n) incorporar-se nas lutas das demais categorias profis- 23. f e do País; sionais que defendam a transformação democrática da 24. f b) buscar soluções para os problemas dos trabalhadores sociedade; 25. f em educação, tendo em vista sua dignidade e valoriza- o) defender a escola pública, gratuita, laica e de boa 26. ção profissional, no interesse da educação; qualidade em todos os níveis e o direito ao seu acesso, 27. f c) incentivar o aprimoramento cultural, intelectual, permanência e êxito. 28. f profissional e sindical dos trabalhadores em educação; 29. f d) manter o intercâmbio com suas filiadas e com enti- CAPÍTULO 30. f dades congêneres nacionais e internacionais, estabele- Das Entidades Filiadas: Admissão, Direitos e Deve- 31. f cendo acordos e convênios, visando ao desenvolvimen- res 32. f to da CNTE e de suas filiadas, na defesa de interesses Art. 3° Podem filiar se à CNTE as entidades sindicais 33. f comuns à categoria; de Trabalhadores em Educação de abrangência estadu- 34. e) propugnar pelo direito as condições condignas de al, municipal ou regional, e no Distrito Federal, desde 35. f trabalho e melhores condições sócio-econômicas; que tenham como objetivos precípuos a defesa dos in- 36. f f) prestar assistência e apoio às filiadas e a seus sócios, teresses da categoria e o aprimoramento da educação. 37. f sobretudo quando forem cerceados em suas atividades § 1º - Fica vedada a filiação de entidades sindicais que, 38. f profissionais ou ameaçados em sua liberdade de ex- muito embora tenham tal caráter, concorram direta- 39. f pressão e organização em atividades intelectuais; mente com as entidades anteriormente filiadas. 108 31o Congresso Nacional II dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a § 2º - Caberá ao Conselho Nacional de Entidades defi- § 3º - O Conselho Nacional de Entidades regulamen- 2. a nir quais os casos que se enquadram no parágrafo ante- tará a representação das oposições nos Congressos e 3. a rior ao analisar os processos de filiação. Plenárias. 4. a Art. 4° A entidade sindical que desejar filiar-se à 5. a CNTE CAPÍTULO III 6. a deve formalizar o pedido através do requerimento de Das Instâncias da CNTE 7. a seu Presidente ou Coordenador, instruindo-o com: Art. 8° - São instâncias da CNTE: 8. a a) exemplar do Estatuto Social da Entidade; a) Congresso Nacional - CN; 9. a b) declaração da Diretoria de que a Entidade se subme- b) Plenária Intercongressual; 10. a te ao preceituado neste estatuto; c) Conselho Nacional de Entidades – CNE; 11. d) Diretoria Executiva; c) Prova de que seu quadro social congrega pelo menos 12. a 10% (dez por cento) da base da categoria, sendo que e) Conselho Fiscal. 13. a em qualquer caso o número de filiados deve ser igual 14. f ou superior a 500 (quinhentos) associados; Seção I 15. f d) ata de posse da Diretoria em exercício; Do Congresso Nacional - CN 16. f e) ata da assembléia geral em que foi decidida a filiação; Art. 9° - O Congresso Nacional é instância 17. f f) prova de que os membros da Executiva não exercem soberana da CNTE, integrado por delegados 18. f cargos de confiança em qualquer esfera de governo; e suplentes e reúne-se ordinária 19. f g) comprovação de que compõe-se apenas de trabalha- e extraordinariamente. 20. f dores em educação; Art.10 - O Congresso Nacional ordinário 21. f h) Declaração da entidade comprometendo-se a enca- reunir-se -á trienalmente, em data e local 22. f minhar as deliberações da CNTE, assim como as das determinados no Congresso anterior, sob 23. f entidades as quais a CNTE é filiada. a presidência da CNTE. 24. f § 1º - A CNTE só poderá admitir a filiação de apenas § 1º - O Congresso Nacional ordinário terá seu temário, 25. f uma entidade sindical municipal ou regional da mesma programação e ordem do dia definidos pelo Conselho 26. base territorial de representação. Nacional de Entidades. 27. f § 2º - A filiação de uma entidade sindical deverá ser pre- § 2º - Caso o Congresso Nacional não determine o local 28. f cedida de amplo processo de debate com os trabalha- do próximo Congresso, caberá ao CNE determiná-lo. 29. f dores, devendo contar com a presença de, no mínimo, Art. 11 - O Congresso Nacional reunir-se-á 30. f um(a) diretor(a) da CNTE na assembléia de filiação. extraordinariamente: 31. f Art. 5° a) por convocação do próprio Congresso; 32. f acompanhado de ata da assembléia geral em que foi b) por convocação do Conselho Nacional de Entidades. 33. f decidida a desfiliação. § 1° - O Congresso Nacional Extraordinário somente 34. § 1º - A CNTE pode reconhecer oposições sindicais nos poderá deliberar sobre assuntos para os quais tenha 35. f casos em que o sindicato tenha se desfiliado a ela, com sido especialmente convocado. 36. f direito a um representante no Conselho Nacional de § 2° - A convocação para o Congresso Nacional Ex- 37. f Entidades e representação nas demais instâncias. traordinário será efetuada pelo Presidente da CNTE ou 38. f § 2º - O CNE regulamentará o reconhecimento da opo- seu substituto legal, ou pela Executiva, devendo esta 39. f sição de cada sindicato desfiliado. ser expedida em até uma semana após a competente O pedido de desfiliação à CNTE deverá ser 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 109 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a solicitação e dirigida às entidades filiadas, com edital e) apreciar e aprovar alterações estatutárias. 2. a publicado em jornais de circulação nacional. Art. 13 - O Congresso Nacional Ordinário e Extraor- 3. a Art. 12 - São delegados ao Congresso Nacional dinário é instalado em primeira convocação desde que 4. a da CNTE: exista o quorum de metade mais um dos congressistas 5. a a) com exceção dos suplentes, os membros da Diretoria credenciados, e em segunda, com qualquer número, 6. a Executiva da CNTE, como delegados natos; meia hora após vencido o prazo de realização da pri- 7. a b) uma quantidade determinada de delegados, de acor- meira. 8. a do com o número de sócios da entidade, a ser estabele- Art. 14 - O Congresso Nacional poderá, na reunião or- 9. a cida por coeficiente calculado conforme o número total dinária, por aprovação de 50% mais um dos presentes, 10. a de delegados ao Congresso Nacional, garantindo no deliberar sobre assuntos não constantes da Ordem do 11. Dia. mínimo um delegado por entidade. 12. a § 1º - O número de delegados de cada Congresso será 13. a definido pelo Congresso anterior ou pelo Conselho Na- Seção II 14. f cional de Entidades. Da Plenária Intercongressual 15. f § 2º - Os suplentes eleitos simultaneamente com os de- Art. 17 - A Plenária Intercongressual será realizada em 16. f legados, terão direito apenas a voz e serão inscritos no data e local determinados pelo Conselho Nacional de 17. f limite de 20% dos delegados eleitos. Entidades. 18. f § 3º - As delegações das entidades filiadas serão consti- Parágrafo Único – A Plenária Intercongressual terá seu 19. f tuídas obedecendo-se ao critério da proporcionalidade temário definido pelo Conselho Nacional de Entidades. 20. f entre as diferentes propostas, assegurando-lhe a pos- Art. 18 - São delegados à Plenária Nacional da CNTE: 21. f sibilidade de indicações regionais para posterior refe- a) Os membros do Conselho Nacional de Entidades; 22. f rendo de Assembléias Gerais ou Congressos, desde que b) Os delegados representantes de entidades filiadas 23. f estas também obedeçam ao critério definido pelo CNE. eleitos em Assembléia Geral, Conselho de Represen- 24. f Art. 13 - O pedido da inscrição de cada delegado deve- tantes ou Congresso, segundo critérios definidos pelo 25. f rá estar na Secretaria do Congresso, no prazo definido CNE. 26. pelo CNE e constará de: Art. 19 – Em caso de necessidade poderá ser convoca- 27. f a) Ata de registro da Assembléia Geral ou Congresso da a Plenária Intercongressual Extraordinária, nas mes- 28. f Estadual que elegeu ou referendou a eleição dos dele- mas formas com que o Estatuto trata a convocação do 29. f gados e suplentes contendo a nominata dos mesmos; Congresso Nacional Extraordinário. 30. f b) Cópia do comprovante de depósito no valor da ins- Parágrafo Único – A convocação da Plenária Intercon- 31. f crição solicitada; gressual deverá respeitar os mesmos critérios de parti- 32. f Art. 12- Ao Congresso Nacional compete: cipação da Plenária Ordinária. 33. f a) definir a política educacional, cultural, social, econô- 34. mica e associativa da CNTE; Seção III 35. f b) fixar o plano de lutas em nível nacional; Do Conselho Nacional de Entidades - CNE 36. f c) aprovar relatório de atividades, tomada de contas e Art. 20 - O Conselho Nacional de Entidades - CNE 37. f avaliação da implantação das políticas e Plano de Lutas compor-se-á pela Diretoria Executiva da CNTE, pelos 38. f fixados no Congresso anterior; Suplentes da Direção Executiva, apenas com direito a 39. f d) eleger a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal; voz, pelos Presidentes ou Coordenadores das entidades 110 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a filiadas, ou seus representantes legais e por represen- c) apreciar, aprovar e avaliar as demais decisões políti- 2. a tantes de base eleitos em assembléia na seguinte pro- cas e administrativas da Diretoria Executiva Nacional; 3. a porção: d) resolver os casos omissos no Estatuto até a realiza- 4. a I. Até 10.000 associados: o presidente ou coordenador ção do Congresso Nacional; 5. a mais 1 (um); e) preparar com a Diretoria Executiva Nacional os 6. a II. de 10.001 a 20.000 associados: o presidente ou co- Congressos Nacionais; 7. a ordenador mais 2 (dois); f) aprovar a filiação, desfiliação e exclusão de entidades 8. a III. de 20.001 a 40.000 associados: o presidente ou co- por deliberação de no mínimo 2/3 de seus membros; 9. a ordenador mais 3 (três); g) programar a realização de Seminários, Simpósios, 10. a IV. de 40.001 a 60.000 associados: presidente ou coor- Encontros Regionais e Estaduais, no interesse especí- 11. fico da educação, do educador e da categoria profissio- denador mais 4 (quatro); 12. a V. acima de 60.000 associados: o presidente ou coorde- nal; 13. a nador mais 5 (cinco). h) elaborar e fazer cumprir o regimento interno e de- 14. f §1º - O representante de base do Conselho Nacional de mais normas necessárias à funcionalidade da CNTE; 15. f Entidades e seu respectivo i) apreciar e aprovar o orçamento da CNTE; 16. f suplente serão eleitos em Assembléia Geral, Congresso j) eleger delegados para representações no exterior; 17. f ou eleição direta das entidades tendo mandato coinci- l) referendar a criação de órgão; 18. f dente com o da respectiva diretoria. m) autorizar a oneração de bens imóveis para os fins 19. f § 2° - Após da posse de nova diretoria, as entidades previstos na letra “i” do art. 26; 20. f terão prazo de 90 dias para procederem as eleições e n) eleger substituto(a) para vacância na Diretoria Exe- 21. f indicações dos representantes ao CNE. cutiva da CNTE, quando não houver mais suplentes da 22. f § 3º - O Conselho Nacional de Entidades reunir-se-á: diretoria eleitos, respeitando a proporcionalidade do 23. f a) ordinariamente duas vezes por ano, em data e local Congresso que elegeu a Direção. 24. f determinado na reunião anterior, ou por convocação da 25. f Diretoria Executiva; Seção IV 26. b) extraordinariamente, sempre que necessário. Da Diretoria Executiva Nacional 27. f c) por convocação do Presidente ou da Diretoria; Art. 22 - A Diretoria Executiva Nacional é órgão da 28. f d) por convocação do próprio Conselho; CNTE composto dos seguintes cargos: Presidência, 29. f e) por solicitação da maioria simples das entidades. Vice-presidência, Secretaria Geral, Secretaria de Fi- 30. f § 4º - O suplente do representante de base no CNE par- nanças, Secretaria de Assuntos Educacionais, Secreta- 31. f ticipa das reuniões em substituição ao titular previa- ria de Imprensa e Divulgação, Secretaria de Relações 32. f mente comunicada pela entidade sindical filiada. Internacionais, Secretaria de Políticas Sociais, Secreta- 33. f Art. 21 - Ao Conselho Nacional de Entidades compete: ria de Relações de Gênero, Secretaria de Aposentados 34. a) apreciar, aprovar e avaliar os planos de operaciona- e Assuntos Previdenciários, Secretaria de Formação, 35. f lização das políticas e do plano de lutas aprovados pelo Secretaria de Política Sindical, Secretaria de Organi- 36. f Congresso Nacional e elaborados pela Diretoria Exe- zação, Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legislativos, 37. f cutiva Nacional; Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Assun- 38. f b) apreciar, aprovar e avaliar outros planos de campa- tos Municipais, Secretaria de Saúde dos/as Trabalhado- 39. f nhas reivindicatórias; res/as em Educação e 4 (quatro) Secretarias Adjuntas. 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 111 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a § 1° - As Secretarias Adjuntas serão associadas às de- dos pelo Secretário de Finanças, a serem julgados pelo 2. a mais secretarias segundo as necessidades determinadas Conselho Fiscal e Congresso Nacional; 3. a pelo plano de ação da CNTE. d) aprovar os regimentos das diversas áreas ou setores 4. a § 2° - Compete à Diretoria Executiva Nacional definir administrativos; 5. a as atribuições das secretarias adjuntas. e) criar comissões para promover estudos no que se 6. a § 3º - Serão eleitos 7 (sete) suplentes que poderão as- concerne à educação, ao ensino e ao interesse dos tra- 7. a cender a Diretoria Executiva em caso de vacância do balhadores em educação; 8. a titular do cargo respeitando-se a proporcionalidade do f) 9. a Congresso que elegeu a Diretoria. de exclusão de entidades filiadas, encaminhando-as ao 10. a Art. 23 - O mandato dos membros da Diretoria Execu- Conselho Nacional de Entidades; 11. g) tiva é de 3 (três) anos, podendo seus membros serem estudar as propostas de filiação, de desfiliação e elaborar planos anuais e operacionais da CNTE, 12. a reeleitos. de acordo com as deliberações do Congresso Nacional; 13. a Art. 24 - No impedimento do Presidente, assumirá o h) propor orçamento, planos e despesas para aprova- 14. f Vice-Presidente, sendo este substituído por um outro ção pelo CNE; 15. f diretor. i) solicitar ao CNE “referendum” para despesas extra- 16. f Art. 25 - No caso de vacância simultânea dos cargos do ordinárias superiores a 1/5 (um quinto) da previsão da 17. f Presidente e do Vice-Presidente, um membro da Dire- arrecadação mensal, sob justificativa; 18. f toria, escolhido por seus pares, assumirá a Presidência j) 19. f da CNTE, “ad referendum” do CNE. 1) realizar estudos e pesquisas sobre a situação pro- 20. f § 1° - O Presidente e o Vice-Presidente eleitos nos ter- fissional e cultural da categoria em diferentes níveis, 21. f mos deste artigo deverão completar o mandato previsto divulgando o resultado; 22. f para aquela Diretoria. m) promover o Congresso Nacional; 23. f § 2° - No caso de vacância de qualquer outro cargo da n) 24. f Diretoria, um diretor escolhido entre seus pares assumi- o) programar a realização de Conferências, Seminá- 25. f rá o cargo em questão, sendo convocado, pela ordem, rios, Simpósios, Encontros Nacionais ou Regionais e 26. um suplente para ocupar cargo na Diretoria Executiva. Estaduais, no interesse específico da educação 27. f § 3º - Caso não haja mais suplentes para substituir va- e/ou dos trabalhadores em educação; 28. f cância na Diretoria Executiva de modo a se respeitar a p) manter intercâmbio com órgãos de classe congêne- 29. f proporcionalidade do Congresso que a elegeu, o Con- res no País ou exterior; 30. f selho Nacional de Entidades elegerá substituto, respei- q) prestar relatório de suas atividades ao Congresso 31. f tando a referida regra. Nacional; 32. f Art. 26 - À Diretoria Executiva Nacional Compete: r) submeter ao Conselho Fiscal para estudo, exame e 33. f a) elaborar planos de operacionalização das políticas e parecer, a prestação de contas para a aprovação pelo 34. do plano de lutas aprovados pelo Congresso Nacional, CNE e pelo CN; 35. f submetendo-os à aprovação do CNE; s) criar órgãos e contratar pessoal necessário à execu- 36. f b) coordenar a execução, em nível nacional, através ção dos trabalhos. 37. f das entidades filiadas, dos planos de operacionalização Art. 27 - À Presidência compete: 38. f das políticas e do plano de lutas; a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; 39. f c) b) exercitar e acionar as competências e as ações pre- votar os balanços anuais e balancetes, apresenta- 112 manter publicação informativa da CNTE; realizar a Plenária Intercongressual; 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a vistas no art. 26 deste Estatuto, comprometendo-se pelo Presidente e/ou Diretoria; 2. a com sua execução; Art. 29 - À Secretaria de Finanças compete: 3. a c) representar a CNTE, ativa e passivamente, em juízo a) Apresentar à diretoria orçamento, plano de despesas, 4. a ou fora dele, podendo delegar poderes; balanços e balancetes e relatórios para efeitos de estudo 5. a d) convocar ordinária e extraordinariamente o Con- e posterior aprovação nos termos deste estatuto; 6. a gresso Nacional, o CNE e as reuniões da Diretoria Exe- b) administrar os fundos previstos neste estatuto; 7. a cutiva, e presidi-los; c) fazer despesas autorizadas pela Diretoria; 8. a e) assinar contratos, convênios ou quaisquer outros atos d) organizar e responsabilizar-se pela contabilidade; 9. a jurídicos, inclusive os que importem em transmissão e e) apresentar balancete semestral e relatório anual da Te- 10. a recebimento de domínio, posse, direitos, pretensões e souraria; 11. f) assinar com o Presidente cheques e outros títulos de ações sobre bens móveis e imóveis, após deliberação 12. a das instâncias; créditos; 13. a f) onerar, após autorização do Conselho Nacional de g) exercer outras atividades peculiares ao cargo. 14. f Entidades, bens imóveis de propriedade da CNTE, ten- Art. 30 - À Secretaria Geral compete: 15. f do em vista a obtenção de meios necessários ao cum- a) Encarregar-se dos assuntos da Secretaria Geral, se- 16. f primento dos objetivos sociais; gundo deliberações das instâncias da entidade, analisan- 17. f g) encaminhar à Diretoria proposta de filiação, ou su- do e propondo medidas para o melhor desempenho da 18. f gerir exclusão de filiadas, mediante processo devida- CNTE, mediante plano de ação. 19. f mente instruído; Art. 31 - À Secretaria de Relações Internacionais com- 20. f h) assinar, juntamente com o Secretário de Finanças, os pete: 21. f documentos da Tesouraria, tais como: cheques, notas a) Encarregar-se dos assuntos internacionais, segundo 22. f promissórias, balanços e balancetes; deliberações das instâncias da entidade, analisando e 23. f i) autorizar pagamentos e recebimentos; propondo medidas necessárias ao melhor desempenho 24. f j) designar comissões “ad referendum” do CNE para da CNTE, no interesse da categoria e da Educação, me- 25. f representar a CNTE, perante as entidades de classe, diante plano de ação. 26. órgãos públicos e de caráter privado, bem como para Art. 32 - À Secretaria de Assuntos Educacionais compete: 27. f outros fins não previstos no presente estatuto; a) Encarregar-se dos assuntos educacionais segundo de- 28. f 1) outorgar “ad negocia” ou “ad judicia”, especifican- liberações das instâncias da entidade, analisando e pro- 29. f do-lhes poderes; pondo medidas necessárias ao melhor desempenho da 30. f m) solicitar ao Conselho Fiscal, sempre que necessário, CNTE, mediante plano de ação; 31. f a emissão de pareceres sobre a matéria contábil, finan- b) subsidiar a Diretoria e as afiliadas, formulando políti- 32. f ceira ou econômica da CNTE. cas e coordenando campanhas nacionais; 33. f Art. 28 - À Vice-Presidência compete: Art. 33 - À Secretaria de Imprensa e Divulgação com- 34. a) Cumprir e fazer cumprir este Estatuto; pete: 35. f b) substituir o Presidente nas suas ausências e impedi- a) encarregar-se dos setores de imprensa, comunicação, 36. f mentos; publicação e da produção de material, segundo delibe- 37. f c) auxiliar o Presidente no desempenho de suas ativi- rações das instâncias da CNTE, analisando e propondo 38. f dades; medidas para o melhor desempenho da entidade, segun- 39. f d) executar outras atribuições que lhe forem confiadas do o plano de ação; 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 113 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a b) estabelecer e manter contato com órgãos de comu- Art. 38 - À Secretaria de Relações de Gênero compete: 2. a nicação e imprensa nacionais e locais, para divulgação a) Coordenar e desenvolver as atividades pertinentes às 3. a de informações de interesse da classe trabalhadora e da relações de gênero dos trabalhadores em educação no 4. a educação; âmbito da CNTE; 5. a c) fortalecer a imprensa sindical, propondo políticas de b) subsidiar as instâncias e as afiliadas formulando po- 6. a ação à CNTE e às afiliadas. líticas e coordenar campanhas nacionais, que visem o 7. a Art. 34 - À Secretaria de Política Sindical compete: incentivo a organização e participação das trabalhado- 8. a a) Encarregar-se dos assuntos sindicais segundo delibe- ras em educação. 9. a rações das instâncias da CNTE, analisando e propondo Art. 39 - À Secretaria de Aposentados e Assuntos Pre- 10. a medidas no interesse da categoria, mediante plano de videnciários compete: 11. a) incentivar a organização e a representação sindical ação; 12. a b) promover a articulação da CNTE com todas as as- dos trabalhadores em educação aposentados; 13. a sociações profissionais, sindicatos brasileiros e central b) coordenar e desenvolver as atividades pertinentes 14. f sindical; aos interesses previdenciários dos trabalhadores em 15. f Art. 35 - À Secretaria de Formação compete: educação, analisando e propondo medidas necessárias 16. f a) Coordenar os assuntos relativos à formação, subsi- ao melhor desempenho da ação política e organizativa 17. f diando as necessidades de instrumentalização político- da CNTE. 18. f -sindical das lideranças; Art. 40 - À Secretaria de Assuntos Jurídicos e Legisla- 19. f b) articular convênios com entidades e centros de for- tivos compete: 20. f mação para a execução de atividades; a) Coordenar e acompanhar ações no âmbito do Poder 21. f c) propor medidas visando a formação de lideranças, Legislativo, discutindo e propondo formulações que 22. f mediante plano de ação. atendam os interesses dos trabalhadores em educação 23. f Art. 36 – À Secretaria de Organização compete: com base nas resoluções e instâncias da CNTE; 24. f a) subsidiar a Diretoria no acompanhamento e fortale- b) Acompanhar as questões jurídicas de interesse dos 25. f cimento das entidades filiadas, formulando políticas e trabalhadores em educação, subsidiando as entidades 26. coordenando campanhas nacionais; sindicais filiadas, instâncias e organismos da CNTE. 27. f b) assegurar que as políticas voltadas aos diversos seg- Art. 41 – À Secretaria de Saúde dos/as Trabalhadores/ 28. f mentos da categoria consolidem o processo de unifica- as em Educação compete: 29. f ção orgânica. a) formular propostas de políticas públicas que visem 30. f Art. 37 - À Secretaria de Políticas Sociais compete: atender as questões específicas da saúde dos/as traba- 31. f a) estabelecer e coordenar a relação da CNTE com as lhadores/as em educação; 32. f organizações e entidades do movimento popular da so- b) promover estudos que diagnostiquem as causas dos 33. f ciedade civil em seu âmbito de acordo com a linha geral problemas que afetam a saúde dos/as trabalhadores/as 34. determinada por este Estatuto e instâncias da CNTE; em educação. 35. f b) promover e contribuir na discussão e elaboração de Art. 42 – À Secretaria de Assuntos Municipais com- 36. f políticas sociais que abrangem os trabalhadores em pete: 37. f educação; a) articular, formular e acompanhar questões relativas 38. f c) coordenar a execução de atividades e elaboração de à organização dos servidores públicos municipais da 39. f políticas sociais, no âmbito da CNTE. educação, com vistas a capacitar suas intervenções em 114 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a âmbito da Confederação e dos municípios. Parágrafo Único - A regulamentação do critério da pro- 2. a Art. 43 – À Secretaria de Direitos Humanos compete: porcionalidade será elaborada pelo CNE e submetida 3. a a) Atuar na denúncia de violações, na apuração de res- ao Congresso Nacional e constará do Regimento Elei- 4. a ponsabilidades e na formação e participação em redes toral previsto no artigo 49. 5. a de solidariedade que venham a ser determinadas pelas Art. 48 -Qualquer trabalhador em educação poderá 6. a instâncias da CNTE. candidatar-se à Diretoria da CNTE, desde que com- 7. a prove ser associado de uma entidade filiada à CNTE 8. a Seção V e não exerça cargo de confiança de qualquer esfera de 9. a Do Conselho Fiscal governo. 10. a Art. 44 - O Conselho Fiscal é integrado por 5 (cinco) Art. 49 - O Regimento Eleitoral será aprovado pelo 11. próprio Congresso em que se realizarão as eleições. membros titulares eleitos pelo Congresso Nacional. 12. a § 1º - O presidente é eleito pelos seus pares. Parágrafo Único - O Regimento Eleitoral será elabora- 13. a § 2º - O Conselho Fiscal reunir-se-á ordinariamente do pelo CNE. 14. f uma vez por semestre e extraordinariamente sempre Art. 50 - Qualquer candidatura somente será homolo- 15. f que necessário. gada mediante a aprovação das exigências deste Esta- 16. f § 3º - Serão eleitos 3 (três) suplentes que poderão as- tuto perante a mesa do Congresso. 17. f cender ao Conselho Fiscal em caso de vacância de ti- 18. f tular. 19. f Art. 45 - Ao Conselho Fiscal compete: 20. f a) Examinar, anualmente, os livros, os registros e todos 21. f os documentos deescrituração da CNTE; Do Patrimônio e do Regime Financeiro 22. f b) analisar e aprovar, juntamente com o CNE, os balan- Art. 51 - Constitui-se patrimônio da CNTE: 23. f ços e balancetes prestados pela Diretoria, “ad referen- a) Os bens móveis e imóveis; 24. f dum” do Congresso Nacional; b) as doações de qualquer natureza; 25. f c) fiscalizar a aplicação, pela Diretoria, das verbas da c) as dotações e legado. 26. CNTE; Art. 52 - Constitui-se receita da CNTE: 27. f d) emitir parecer e sugerir medidas sobre qualquer ati- a) As contribuições mensais pagas pelas filiadas; 28. f dade econômico financeira quando solicitado pela di- b) As rendas de qualquer natureza. 29. f retoria. CAPITULO V Art. 53 - A afiliada pagará mensalmente, a contar do seu 30. f 31. f CAPÍTULO IV ingresso na CNTE, a contribuição fixada no Artigo 55. Art. 54 - As entidades filiadas obrigam-se a dar ingres- 32. f 33. f Das Eleições so na Secretaria de Finanças da CUT de soma equi- 34. Art. 46 - A Diretoria da CNTE será eleita no Congresso valente as contribuições referidas no artigo anterior, 35. f Nacional dos trabalhadores em Educação, com manda- impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis após o rece- 36. f to de 3 (três) anos. bimento de suas consignações, que serão repassadas à 37. f Art. 47 - A Diretoria da CNTE será eleita em chapa Secretaria de Finanças da CNTE. 38. f completa por votação direta pelos delegados presentes § 1º - As entidades não filiadas à CUT obrigam-se a dar 39. f à plenária do Congresso. ingresso na Secretaria de Finanças da CNTE de soma 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 115 Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a equivalente às contribuições referidas no artigo ante- d) deixar juridicamente de existir. 2. a rior, impreterivelmente, até 5 (cinco) dias úteis após o Art. 59 - A diretoria dosará a pena, segundo a extensão 3. a recebimento de suas consignações. da gravidade da infração, de acordo com o regulamen- 4. a § 2º - O não cumprimento do estabelecido neste artigo to. 5. a acarretará em sanções contidas neste Estatuto e/ou es- Art. 60 - O reingresso da filiada excluída poderá ocor- 6. a tabelecidas pela CNTE. rer mediante solicitação da própria afiliada à Diretoria 7. a Art. 55- A contribuição mensal das entidades filiadas Executiva, sendo necessária aprovação do pedido, por 8. a será de 3,8% . maioria simples, no CNE. 9. a Parágrafo Único - A parte correspondente a 0,5% (meio Parágrafo Único – Fica, ainda, como condição de rein- 10. a por cento) desta contribuição será destinada a consti- gresso o pagamento das mensalidades atrasadas. 11. Art. 61- Extingue-se o mandato dos membros da Dire- 1 tuição do “fundo de solidariedade”, cuja utilização será 12. a definida pela Diretoria “ad referendum” do CNE. toria e do Conselho Fiscal: 13. a a) Por morte; 14. f CAPÍTULO VI b) por renúncia; 15. f c) por interdição; 16. f Das Penalidades, Suspensão, Perdas, Extinção de d) por término do mandato; 17. f Mandatos e Licença e) por exercício de cargo de confiança em qualquer es- 18. f Art. 56 – São penalidades: fera de governo. 19. f a) advertências; Art. 62 - Os membros da Diretoria e do Conselho Fis- 20. f b) suspensão; cal terão seus mandatos suspensos quando deixarem de 21. f c) exclusão de entidade filiada; comparecer, sem justificativa, a 3 (três) reuniões 22. f d) extinção de mandato de diretor e conselheiro fiscal. consecutivas ou a 5 (cinco) intercaladas. 23. f Art. 57 - As penalidades tipificadas no artigo anterior Parágrafo Único - Cabe à Diretoria determinar a dura- 24. f serão aplicadas pelo Presidente, em cumprimento de ção da suspensão. 25. f deliberações do Conselho Nacional de Entidades, fa- Art. 63 - O membro da Diretoria e do Conselho Fiscal 26. cultada ampla defesa à/ao destinatária/o da pena. perderá seu mandato por decisão de 2/3 da Diretoria 27. f § 1° - A penalidade de advertência será decidida pela quando: 28. f Diretoria e aplicada pelo Presidente. a) Infringir normas deste Estatuto; 29. f § 2° - Da decisão caberá recurso ao Congresso Nacio- b) dilapidar o patrimônio da CNTE; 30. f nal, a partir da comunicação desta à afiliada. c) abandonar o cargo. 31. f Art. 58 - Constituem-se faltas determinantes de exclusão: Art. 64 - A perda do mandato será declarada pela pró- 32. f a) atrasar, por mais de 12 meses, o pagamento das men- pria Diretoria por ato específico, dando-se desta ciência 33. f salidades; ao interessado, cabendo recurso sem efeito suspensivo 34. b) infringir disposições deste Estatuto; ao Conselho Nacional de Entidades. 35. f c) não cumprir as campanhas desenvolvidas pela Art. 65 - Os membros da diretoria têm direito a pedir 36. f CNTE; licença das atividades da direção por um período de até 37. f 38. f 39. f um terço do mandato. 1 Esta alteração foi introduzida para adequar a CNTE à deliberação da Plenária Nacional da CUT. É preciso constar que a Direção da CNTE fica autorizada a proceder nova modificação caso a CUT modifique a decisão da Plenária Nacional. 116 Parágrafo Único – Uma vez a licença ou a somatória das mesmas ultrapassarem um terço do mandato, o di- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação Caderno de Estatuto da CNTE Resoluções » 1. a retor será substituído em definitivo por um suplente da cíficos, subordinados a Diretoria Executiva da CNTE. 2. a mesma chapa para ocupar cargo na Diretoria Executiva. §1° - O Departamento de Funcionários será vinculado 3. a à Secretaria de Políticas Sindicais e o Departamento de 4. a CAPÍTULO VII Especialistas à Secretaria de Assuntos Educacionais. 5. a § 2°- A estrutura e funcionamento dos Departamentos 6. a Das Disposições Gerais e Transitórias de Funcionários de Escola e de Especialistas em edu- 7. a Art. 66 - Este Estatuto poderá ser alterado parcial ou to- cação, coordenados por um representante do respectivo 8. a talmente, por proposição da Diretoria Executiva, CNE setor, serão regulamentados pelo Conselho Nacional de 9. a e Entidades filiadas. Entidades - CNE. 10. a Parágrafo Único - A reforma estatutária será aprovada § 3°- Os coordenadores de ambos os Departamentos 11. participarão, apenas com direito à voz, das reuniões da pelo Congresso Nacional, com exceção ao disposto no 12. a artigo 73. Diretoria Executiva da CNTE. 13. a Art. 67 - A Confederação Nacional dos Trabalhadores Art. 73 - Durante o período de 1 (um) ano, após encer- 14. f em Educação - CNTE somente poderá ser dissolvida rado o XXX Congresso Nacional, o Conselho Nacional 15. f por deliberação unânime das filiadas, em pleno exercí- de Entidades fica autorizado a promover debates sobre 16. f cio dos seus direitos estatutários após ampla discussão. o aperfeiçoamento dos critérios de filiação à Confede- 17. f Art. 68 - Os membros do Conselho Nacional de Enti- ração, podendo proceder as alterações estatutárias que 18. f dades, Diretoria Executiva e Afiliadas não respondem julgar necessárias sobre este quesito. 19. f individual ou solidariamente pelas obrigações assumi- 20. f das pela CNTE. 21. f Art. 69 - No caso de dissolução, o patrimônio terá des- 22. f tino decidido pela instânciaque o dissolveu, observadas 23. f as condições do Art. 66. 24. f Art. 70 - O presente Estatuto passará a vigorar na data 25. f de sua aprovação pelo Congresso Nacional da Confe- 26. deração Nacional dos Trabalhadores em Educação. 27. f Art. 71 - Nos Estados, as entidades, desenvolvendo ou 28. f por desenvolver processos de unificação, poderão con- 29. f tinuar filiadas à CNTE, desde que satisfaçam as condi- 30. f ções exigidas por este Estatuto. 31. f § 1° - Nos Estados onde já houve processos de unifi- 32. f cação, se alguma entidade recusou-se a participar ou 33. f acatar a decisão, esta será excluída da CNTE. 34. § 2° - Caberá ao Conselho Nacional de Entidades, ana- 35. f lisando os processos de unificação dos Estados, definir 36. f quais são os casos que se enquadram no parágrafo an- 37. f terior. 38. f Art. 72 - Os Funcionários de Escola e Especialistas em 39. f Educação serão organizados em departamentos espe- 31o Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação 117