Panorama Histórico
do Comportamento
Anormal
Fernanda Vaz Hartmann
A Doença Mental ao longo dos
Tempos
• A sociedade é quem determina o que vem a ser
o comportamento normal e anormal, com base
nos valores e suposições sobre a vida e o
comportamento humano.
• Grécia Antiga: o comportamento anormal era
compreendido como decorrentes de possessão
por forças sobrenaturais; como deuses irados,
maus espíritos e demônios, pois estas culturas
antigas atribuíam a qualquer fenômeno
imprevisto e de caráter negativo, tais como
incêndios,
inundações,
também
seriam
causados por forças sobrenaturais
•
Europa Medieval: a religião era o pensamento predominante, desta
forma, a anormalidade era freqüentemente atribuída à causa
sobrenaturais, como demônios e o tratamento envolvia preces e
diversas formas de exorcismo.
–
A vida era compreendida como a luta da força do bem contra o mal.
– As pessoas perturbadas poderiam ser acusadas de ser agentes do
demônio (não meramente suas vitimas) e portanto eram rotuladas de
bruxas.
– Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas), o manual igualava
comportamento anormal com o possesso pelo demônio e supunha-se
que os indivíduos possuídos fossem bruxas, para que o demônio fosse
expulso, as bruxas teriam que ser mortas, e muitas vezes queimadas
vivas.
– indivíduos mentalmente perturbados eram vistos como ameaças
(perigos) para a sociedade e mortos em uma tentativa de proteger os
outros
O caminho da medicina em
relação a doença mental



Hipócrates (384-322 a.C.), conhecido como o pai da
medicina moderna, ensinou que o cérebro é o órgão
responsável pelos transtornos mentais.
Iniciou no caminho de ver o comportamento anormal
como um mau funcionamento ou doença fisiológica,
ou seja, doenças naturais sem qualquer implicação
religiosa.
Primeiro hospital construido para doentes mentais foi
em Bagdá, no ano 782 d.C.
A Psiquiatria
•
•
A psiquiatria é uma das áreas da medicina mais
antigas, pois seus métodos diagnósticos e
terapêuticos, estão entre os mais remotos
recursos da medicina tradicional: transe
hipnótico,
catarse,
persuasão,
sugestão,
interpretações de fantasias e sonhos, utilização
de drogas psicoativas e até mesmo
intervenções neurocirúrgicas.
Apenas no início do sec. XX conseguiu se
separar da neurologia e adquirir sus próprios
conceitos e métodos.
A Psicopatologia
- O termo psicopatologia surgiu em 1878, como
sinônimo de psiquiatria clínica
- Somente no início do século XX foi criado um
método patológico para compreender a psicologia
normal pelo estudo do fato patológico.
- A partir do sec.XVI, monastérios e prisões
começaram a dar lugar a instituições mais
específicas para pacientes com doença
mental, cujo cuidado com o paciente deixava
muito a desejar.
- O marco oficial ocorreu em 1913 com a
publicação da obra Psicopatologia Geral do
psiquiatra e fenomenólogo Karl Jaspers.
Ciência dos Fenômenos Patológicos
do Psiquismo
O psiquismo (psico), trata-se do termo grego
psiqué que deriva de psykhein – soprar,
respirar; significa sopro ou princípio vital, ou
seja, o mesmo que o termo latim anima, alma –
o eu nos anima, nos dá vida. Psiqué é a alma
individual personificada e psíquico é o que diz
respeito às “coisas da alma”.
O termo psicopatologia quer dizer, literalmente,
“falar sobre a alma que sofre”
• Páthos tem o sentido etimológico de
passividade e sofrimento e é por isso que
dizemos que o doente padece; porém páthos
também é sinônimo de paixão e significa muito
mais que doença. Pois em sua origem, esse
termo se referia a tudo que afeta o corpo e a
alma em um bom ou em um mau sentido, assim
como a qualquer estado psíquico agitado por
circunstâncias exteriores: por sentimentos
agradáveis como amor, prazer, piedade ou
negativos como pensar, aflição, tristeza, cólera,
ódio ou dor.
Diferença entre Psicopatologia e
Psiquiatria
• A psicopatologia e a psiquiatria partilham
o mesmo campo, mas diferem em seus
meios e finalidades:
• a psicopatologia teria o objetivo de estudar o
patológico;
• a psiquiatria seria uma terapêutica do
funcionamento mental,
A psicopatologia seria responsável pela teoria
e a psiquiatria por aplicá-la.
• A psicopatologia é uma disciplina
científica, não-médica, mergulhada na
experiência
íntima
do
sofrimento
individual, mas preocupada em produzir
proposições de caráter geral sobre o
padecer psíquico.
Nosografias Contemporâneas: CID-10
(Classificação Estatística Internacional
de Doenças e) e DSM-V (Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais)
•
Utiliza-se da psicopatologia como campo de estudo e
descrição dos sintomas psíquicos e suas relações com
as estruturas e funções do cérebro a partir do uso dos
recursos tecnológicos modernos. Faz uso critérios
considerados ateóricos, isto é, baseados somente na
descrição e classificação de sintomas e síndromes.
Alguns conceitos importantes:




Sinal: comportamentos objetivos verificáveis pela observação direta
do paciente.
Sintomas: vivências subjetivas relatadas pelo paciente, suas queixas e
narrativas, aquilo que o sujeito experimenta e, de alguma forma
comunica a alguém.
Síndromes: agrupamentos relativamente constante e estáveis de
determinados sinais e sintomas. A síndrome é puramente uma
definição descritiva de um conjunto momentâneo e recorrente de
sinais e sintomas.
Entidades Nosológicas, doenças ou transtornos específicos: nesta
especificação os fenômenos mórbidos podem ser identificados com
certa consistência, percebe-se os fatores causais (etiologia), um curso
relativamente homogêneo, estados terminais típicos, mecanismos
psicológicos e psicopatológicos característicos, antecedentes genéticos
familiares específicos e respostas a tratamentos mais ou menos
previsíveis.
Forma e Conteúdo dos Sintomas:



Dois aspectos devem ser considerados:
Forma dos sintomas: sua estrutura básica, relativamente
semelhante nos diversos pacientes (alucinação, delírio,
ideia obsessiva, labilidade afetiva).
Conteúdo do sintoma: aquilo que preenche a alteração
estrutural (conteúdo de culpa, religioso,de perseguição,
etc). De modo geral, os conteúdos estão relacionados aos
temas centrais da existência humana, tais como
sobrevivência e segurança, sexualidade, temores básicos
(morte, doença, miséria, etc), religiosidade, entre outras.
Estes temas representam uma espécie de substrato, que
entra como ingrediente fundamental na constituição da
experiência psicopatológica.
Referência Bibliográfica:
•
•
Bastos, C. L. (2011). Manual do Exame
Psíquico:uma introdução prática à
psicopatologia. Rio de Janeiro: Revinter.
Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia
e Semiologia dos Transtornos Mentais.
Porto Alegre; Artes Médicas.
O DSM V (Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais
•
Os transtornos mentais são concebidos como
síndromes ou padrões comportamentais ou
psicológicos clinicamente importantes, que ocorrem
em um indivíduo e estão associados com sofrimento
(ex.sintomas dolorosos) ou incapacitação ( ex.
prejuízo de uma ou mais áreas importantes do
funcionamento) ou com um risco significativamente
aumentado de sofrimento, morte, dor, deficiência ou
perda importante da liberdade.
•
Um equívoco comum consiste em pensar
que uma classificação de transtornos
mentais classifica pessoas, quando na
verdade o que se classifica são os
transtornos que as pessoas apresentam.
Por isto, evita expressões como
“esquisofrênico” e sim “indivíduo com
esquizofrenia”.
•
Classificação do DSM-IV:
algumas considerações
Uso de categorias “Sem outra
Especificação” (SOE)
•
Existem 4 situações que pode ser indicado o uso do
diagnóstico SOE:
– O quadro sintomático não satisfaz os critérios de
quaisquer transtorno específico, por estarem abaixo do
limiar de diagnóstico ou por se apresentar de forma mista
ou atípica.
– A apresentação ajusta-se a um padrão sintomático que
não foi incluído no DSM-IV.
– Existe incerteza quanto à etiologia (se o transtorno é
devido a uma condição médica geral, induzido por
substâncias ou primário).
– O tempo é insuficiente para a coleta de dados (ex. em
situações de emergência).
Critérios para definição de leve,
moderado, grave
•
Apenas para os transtornos de Retardo Mental,
Transtorno de Conduta, Episódio Maníaco e
Episódio Depressivo.Maior
Critérios específicos para a
definição de Em Remissão Parcial e
em Remissão Completa
•
Oferecidos para os seguintes transtornos:
Episódio Maníaco, Episódio Depressivo
Maior, e Dependência de Substância.
Diagnóstico Multiaxial – DSM-V
Envolve uma avaliação em diversos eixos
 Cada qual relativo a um diferente domínio
de informações
 Capaz de ajudar o clínico a planejar o
tratamento e predizer resultado
 A Classificação Multiaxial do DSM-V é
composta de 5 Eixos

Sistema Multiaxial
•
•
•
•
•
•
Eixo 1: Transtornos Clínicos
Eixo 2: Transtorno de Personalidade e
Retardo Mental
Eixo 3: Condições Médicos Gerais
Eixo 4: Problemas Psicossociais e
Ambientais
Eixo 5: Avaliação Global do
Funcionamento
Eixos Diagnósticos do DSM-IV





I Diagnóstico do Transtorno Mental
II Diagnóstico da Personalidade e do Nível Intelectual
III Diagnóstico de Distúrbios Somáticos Associados
IV Problemas Psicossociais e Eventos da Vida
Desencadeantes ou Associados
V Avaliação Global do Nível de Funcionamento
Psicossocial
Avaliação Multiaxial

Avaliação
Multiaxial
dos
Transtornos
Mentais tem sido definidos por uma série de
indicadores:
 Sofrimento
 Descontrole
 Desvantagem
 Incapacitação
 Inflexibilidade
 Irracionalidade
Conceito de Transtorno Mental


Síndrome ou padrão comportamental, ou padrão psicológico clinicamente
importante, que ocorre em um indivíduo, e que está associado com
SOFRIMENTO ( sintoma doloroso) ou INCAPACITAÇÃO (prejuízo em
uma dou mais áreas importantes do funcionamento) ou com um risco
significativamente aumentado de sofrimento atual, morte, dor, deficiência ou
perda importante da liberdade. Além disso, essa SÍNDROME ou PADRÃO
não deve ser meramente uma resposta previsível e culturalmente sancionada
a um determinado evento, como por exemplo, “morte de um ente querido”.
Qualquer que seja a causa original, ela deve ser considerada como uma
manifestação
de
uma
DISFUNÇÃO
COMPORTAMENTAL,
PSICOLÓGICA OU BIOLÓGICA do indivíduo. Nem o comportamento que
apresenta desvios ( ex, político, religioso, sexual) nem conflitos entre
indivíduos e sociedade, caracterizam TRANSTORNOS MENTAIS, a menos
que o desvio ou conflito seja um sintoma de uma disfunção no indivíduo.
Avaliação Multiaxial

É aplicado à apresentação atual do
indivíduo, e não para diagnósticos
anteriores dos quais o indivíduo pode já
ter se recuperado
Eixo I -Transtornos Clínicos
Outras Condições que Podem ser Foco de
Atenção Clínica
Serve para relato de todos os vários transtornos
ou
condições
da
Classificação,
exceto
Transtornos de Personalidade e RM
 Quando há mais de um transtorno no Eixo I
todos devem ser listados, mas o diagnóstico
principal será ou motivo da consulta e, deve ser
indicado em primeiro lugar
 Quando apresentar transtorno do Eixo I mais
Eixo II deve indicar - Diagnóstico Principal ou
Motivo da Consulta

EIXO I


Transtornos Clínicos
Outras Condições que Podem ser um Foco de Atenção Clínica








Transtornos Geralmente diagnosticados pela primeira vez na Infância
ou Adolescência( excluindo o Retardo Mental)
Delirium, Demência, Transtornos Amnésico e outros Cognitivos
Transtorno Mental devido a uma Condição Médica Geral
Transtorno Relacionados a substâncias
Transtornos Psicóticos, Esquizofrenia
Transtorno de Humor
Transtorno Somatoformes
Transtornos Alimentares e outros(....)
Eixo II - Transtornos de Personalidade
e Retardo Mental
Aspectos da personalidade e mecanismos
de defesa mal adaptativos
 Quando indivíduo apresentar um
diagnóstico do Eixo I e outro Eixo II, se o
Eixo II é o diagnóstico principal ou motivo
da consulta deve vir especificado –
“Diagnóstico Principal” ou “Motivo da
Consulta”

EIXO II













Transtornos de Personalidade
Transtorno de Personalidade Paranóide
Transtorno de Personalidade Esquizóide
Transtorno de Personalidade Esquizotípica
Transtorno de Personalidade Anti-Social
Transtorno de Personalidade Borderline
Transtorno de Personalidade Histriônica
Transtorno de Personalidade Narcisista
Transtorno de Personalidade Dependente
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva
Transtorno de Personalidade Sem Outra especificação
Transtorno de Personalidade Esquiva
Retardo Mental
Eixo II
O Eixo II também pode ser usado para indicar
aspectos predominantemente mal adaptativos
da personalidade que não alcançam o limiar
para um Transtorno de Personalidade.
 Nesse caso nenhum código numérico deve ser
utilizado
 Utiliza-se o código V71.09

Exemplo:
Eixo I: 293.83 –Transtorno de Humor Devido a
Hipotireoidismo, Com Características Depressivas
 Eixo II: V71.09 – Nenhum Diagnóstico, características
de Personalidade Histriônica
 Eixo III: 382.9 – Hipotireoidismo
365.23 – Glaucoma crônico de ângulo estreito
 Eixo IV : Nenhum
 Eixo V : AGF = 45 (na admissão)
AGF = 65 (na alta)

Eixo III – Condições Médicas
Gerais
Condições médicas gerais potencialmente
relevantes para o entendimento ou
manejo do transtorno mental do indivíduo.
 A finalidade de dar destaque às condições
médicas gerais consiste em encorajar
uma avaliação minuciosa e melhorar a
comunicação entre os serviços de
assistência à saúde.

Eixo III - Condições Médicas Gerais
















Doenças Infecciosas e Parasitárias
Neoplasias
Doenças Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas e T. da Imunidade
Doenças do Sangue e Órgãos Hematopoiéticos
Doenças do Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais
Doenças do Sistema Circulatório
Doenças do Sistema Respiratório
Doenças do Sistema Digestivo
Doenças do Sistema Geniturinário
Complicações da Gravidez, Parto e Pós-Parto
Doenças da Pele e Tecido Subcutâneo
Doenças do Sistema Mulsculoesquelético e do Tecido Conjuntivo
Anomalias Congênitas
Condições Originadas no Período Perinatal
Sintomas, Sinais e Condições Mal-Definidas
Ferimento e Envenenamento
Eixo III - Condições Médicas
Gerais



Podem estar relacionadas aos transtornos
mentais de diversas maneiras.
Quando um transtorno mental é considerado
consequência fisiológica direta de uma condição
médica geral,ou seja, o Transtorno Mental
ocorre devido a uma condição médica geral,
dever ser diagnosticado no Eixo I.
A condição médica geral deve ser registrada no
Eixo I e no Eixo III
Exemplo
Quando hipotireoidismo é uma causa
direta de sintomas depressivos
 Eixo I - 293.83 –Transtorno do Humor
Devido
a
Hipotireoidismo,
Com
Características Depressivas
 O
Hipotireoidismo deve ser citado
também Eixo III – 244.9

Eixo IV - Problemas
Psicossociais e Ambientais

Utilizado
para
relatar
problemas
psicossociais e ambientais que podem
afetar o diagnóstico, o tratamento e o
prognóstico dos transtornos mentais
(Eixos I e II)
Eixo IV - Problemas
Psicossociais e Ambientais
 Esses
problemas podem afetar o diagnóstico , o
tratamento e o prognóstico dos Transtornos Mentais(
eixos I e II ).
 Eventos negativos;
 Dificuldades ou deficiências ambientais;
 Estresse familiar ou interpessoal;
 Inadequação do apoio social ou de recursos
pessoais;
 Estressores positivos ( promoção) causando
problemas de adaptação.




Apenas serão listados os problemas psicossociais e
ambientais dentro dos últimos dois anos, e se
associados ao Transtorno Mental em questão ou ao
tornarem-se foco de tratamento.
P.ex.: experiência e enchente e desabrigo, causando
u,m Transtorno de Estresse Pós- Traumático.
Se este problema psicossocial ou ambiental for o foco
primário da atenção clinica, deverá ser registrado no
EIXO I, com um código extraído da seção sobre Outras
Condições que Podem ser um Foco de Atenção Clínica.
( código 316 – Fator Psicológico Afetando a Condição
Médica).
Problemas Psicossociais e
Ambientais









Problemas com o grupo de Apoio Primário ( p.31)
Problemas Relacionados ao Ambiente Social
Problemas Educacionais
Problemas Ocupacionais
Problemas de Moradia
Problemas Econômicos
Problemas com acesso a serviços de cuidados à saúde
Problemas relacionados à interação com o sistema
lega/criminal
Outros problemas psicossociais
Eixo IV - Problemas
Psicossociais e Ambientais









Problemas com o grupo primário de apoio
Problemas relacionados ao ambiente social
Problemas educacionais
Problemas ocupacionais
Problemas de moradia
Problemas econômicos
Problemas de acesso aos serviços de assistência à saúde
Problemas relacionados à interação com o sistema judicial
Outros problemas psicossociais e ambientais
Problemas com o grupo primário
de apoio











Morte de um membro da família
Problemas de saúde na família
Ruptura da família por separação, divórcio ou desavença
Saída do lar
Novo casamento do pai / mãe
Abuso sexual ou físico
Superproteção pelos pais
Negligência
Disciplina inadequada
Discórdia entre irmãos
Nascimento de um irmão
Problemas relacionados ao
ambiente social
Morte ou perda de um amigo
 Apoio social inadequado
 Viver sozinho
 Dificuldades de aculturação
 Discriminação
 Adaptação à transição no ciclo vital
◦ Ex. Aposentadoria

Problemas Educacionais




Analfabetismo
Problemas acadêmicos
Discórdia com professores ou colegas
Ambiente escolar inadequado
Problemas ocupacionais







Desemprego
Ameaça de perda de emprego
Jornada de trabalho estressante
Condições de trabalho difíceis
Insatisfação com o emprego
Mudança de emprego
Discórdia com chefe ou colegas de trabalho
Problemas de moradia




Falta de moradia
Moradia inadequada
Bairro perigoso
Discórdia com vizinhos ou com o locador
Problemas econômicos



Extrema pobreza
Recursos financeiros inadequados
Apoio previdenciário inadequado
Problemas de acesso aos
serviços de assistência à saúde
Serviços inadequados de assistência à
saúde
 Indisponibilidade de transporte aos locais
de assistência à saúde
 Seguro-saúde inadequado

Problemas relacionados à
interação com o sistema judicial




Detenção
Prisão
Litígio
Vítima de crime
Outros problemas psicossociais
e ambientais



Exposição a desastres, guerras e outras
hostilidades
Discórdia com prestadores de serviços que não
fazem parte da família tais como advogados,
assistente social ou médico
Indisponibilidade de agências de assistência
social
Eixo V
Avaliação Global do Funcionamento
Usado para o relato do julgamento clínico
acerca do nível global de funcionamento
 Informações úteis para:
◦ Planejamento do tratamento
◦ Mensuração de seu impacto
◦ Previsão de resultado

EIXO V

Avaliação Global do Funcionamento
 Considera-se
o funcionamento psicológico,
social e ocupacional em um continuum
hipotético de saúde-doença mental.
 Não
deve ser incluído prejuízos no
funcionamento, devido a limitações físicas ou
ambientais






Escala AGF
Atribuição de uma pontuação na Escala AGF
Envolve a escolha de um único valor que melhor reflita o
nível geral de funcionamento do indivíduo
10 faixas de funcionamento – 0 a 100 pontos
Cada faixa tem dois componentes: Gravidade dos
sintomas e Funcionamento
Quando a severidade dos sintomas for diferente
do nível de funcionamento a pontuação final AGF
deverá refletir o pior resultado
ESCALA DE AVALIÇÃO GLOBAL
DO FUNCIONAMENTO



100 – 91 - Funcionamento superior em uma ampla faixa de
atividades, problemas de vida jamais vistos fora de seu controle,
é procurado por outros em vista de suas muitas qualidades
positivas Não apresenta sintomas.
50 - 41 - Sintomas sérios ( ideação suicida, rituais obsessivos
graves, frequentes furtos em lojas), OU qualquer prejuízo sério
no funcionamento social , ocupacional, escolar(ex: nenhum
amigo, incapaz de manter emprego).
10 - 0 – Perigo persistente de ferir gravemente a si mesmo ou a
outros(ex: violências recorrentes) OU inabilidade persistente
para manter uma higiene pessoal mínima OU sério ato suicida
com clara expectativa de morte.
Exemplo


Faixa 41-50
Sintomas graves (p.ex. ideação suicida, rituais
obsessivos severos, furtos frequentes em lojas)”
e a segunda parte inclui “qualquer prejuízo
grave no funcionamento social, ocupacional ou
escolar (p.ex. nenhum amigo, incapaz de
manter um emprego).
Referências Bibliográficas:
American Psychiatric Association (2002).
Manual diagnóstico e estatístico de
transtornos mentais. DSM-IV. 4ª. Ed.
Porto Alegre:Artmed.
 Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia
e Semiologia dos Transtornos Mentais.
2ª. Ed. Porto Alegre: Artmed.

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Panorama Histórico do Comportamento Anormal