PROJETO COLETIVO DE PESQUISA E EXTENSÃO I Curso de Geografia O objetivo desta disciplina é analisar o conceito de Extensão Universitária; reconhecer as especificidades da comunidade local e regional; compreender a interação do Ensino, Pesquisa e Extensão; eleger um tema de pesquisa em Geografia; organizar o projeto e produzir conhecimentos relacionados à Geografia com aplicabilidade junto à comunidade escolar. A disciplina tem uma carga horária de 54 horas/aula, distribuídas em 17 semanas, durante o primeiro semestre de 2012. É um componente curricular obrigatório do Curso de Geografia do Centro Universitário Franciscano. É oferecida como disciplina obrigatória em todos os cursos da Instituição. Neste semestre, para o Curso de Geografia, a disciplina será ministrada pela professora Elsbeth Léia Spode Becker. Possui doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria UFSM/(2008). Mestrado em Engenharia Agrícola Área das Ciências Rurais pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/(1999). Graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/(1996). Graduação em Geografia - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/(1994). Atualmente é professora Adjunta no Centro de Ciências Humanas do Centro Universitário Franciscano e professora da rede pública estadual atuando no Ensino Médio do Instituto São José de Santa Maria. Publicou o livro "História do pensamento geográfico" destinado aos alunos da graduação em Geografia. Orienta trabalhos de pesquisa e de extensão, com ênfase nos seguintes temas: turismo, geografia, ensino, antropologia e educação ambiental. http://lates.cnpq.br/8368034602822033 Centro Universitário Franciscano - UNIFRA. É uma instituição de ensino superior localizada no centro da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Oferece 33 cursos de graduação, vários cursos de especialização, dois cursos de mestrado,um curso de doutorado, um curso técnico e dezenas de cursos de extensão. Tem a missão de desenvolver e difundir o conhecimento técnico-científico e a cultura em suas múltiplas manifestações, distinguindo-se pela excelência acadêmica na formação de profissionais íntegros e de cidadãos comprometidos com o desenvolvimento humano e o bem-estar social a partir dos princípios cristãos. 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS CURSO DE GEOGRAFIA PROJETO COLETIVO DE PESQUISA E EXTENSÃO I Profª Elsbeth Leia Spode Becker CONCEPÇÃO DE EXTENSÃO Etimologicamente, EXTENSÃO origina-se do latim EXTENSIONE que significa ESTENDER, AMPLIAR, AUMENTAR. Institucionalmente, EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA é entendida como o compromisso e a prática acadêmica que interliga a Universidade nas suas atividades de ensino e de pesquisa, com as demandas da sociedade, no sentido de possibilitar a formação do profissional cidadão. É função da Extensão a articulação da Universidade com a sociedade, de tal modo que aquilo que ela produz em termos de novos conhecimentos e aquilo que ela difunde através do ensino não fiquem restrito apenas àqueles elementos que conseguem ser aprovados no vestibular e que integram determinado curso objetivando se formar numa determinada profissão (Saviani, D. Extensão Universitária). Os critérios e procedimentos epistemológicos da pesquisa incidem diretamente na vinculação desta com o processo de sua comunicação à sociedade. A produção do conhecimento com base numa perspectiva filosófica positivista, por exemplo, acarretará sempre mais riscos de prescindir da sociedade como interlocutora ativa. Por sua vez, tal interlocução, numa perspectiva metodológica que traga como pressuposto e fim a realidade sócio-cultural em toda sua amplitude, terá na extensão não apenas um apoio, mas um fator organicamente integrado em seu processo, reconhecendo nela uma fonte de conhecimento significativo, naturalmente qualificado para o diálogo científico. O Estado, no seu papel de agente regulador do Sistema de Ensino Superior, impõe às instituições determinado padrão de organização e funcionamento. Nesta relação encontram-se implicadas as definições relativas aos currículos , linhas de pesquisa, construção de infraestrutura, formação de professores e instrumentos de avaliação institucional e às atividades de extensão, esta última institucionalizada na Constituição de 1988 e incluída no Plano Nacional de Educação. O Plano Nacional de Educação, ao tratar do Ensino Superior (item 4) cita diversas vezes o tema extensão, enfatizando a necessidade de sua qualidade. Mas especificamente, no seu subitem 4.3 (Objetivos e Metas), no parágrafo 23, indica como meta: Implantar o Programa de desenvolvimento da Extensão Universitária em todas as Instituições Federais de Ensino Superior no quadriênio 2001-2004 e assegurar que, no mínimo, 10% do total de créditos exigidos para a 2 graduação no ensino superior no País será reservado para a atuação dos alunos em ações extensionistas (Lei 10.172 de 09 de janeiro de 2001). Daí que a gestão e a avaliação da extensão encontram-se diretamente implicadas na relação com o Estado, seja no que tange a sua conformação às exigências postas pelas políticas públicas para o setor, seja em relação aos questionamentos e reivindicações das instituições junto ao Estado. Dentro desta conjuntura, a extensão deve ser entendida como uma estratégia ou política institucional que baliza todos e cada uma das ações da IES, de maneira que ela não pode ser gerida ou avaliada sem envolver as dimensões do ensino, da administração e da pesquisa, tendo como interlocutores diretos seus responsáveis na instituição. Algo diferente pode acarretar prejuízos irreparáveis à concepção da extensão como processo integrado e dimensão visceralmente presente a todas às atividades que se colocam como meio e como fim do ser e do agir universitários. É preciso ter claro, portanto, que a construção da gestão e avaliação da extensão é um compromisso, capaz de ser traduzido em co-responsabilidade, parceria, ação conjunta, partilha e encaminhamentos operacionais, enfim, em todos os encaminhamentos primordiais na construção da identidade institucional. A identidade institucional é, sobretudo, um projeto a ser construído coletivamente. Este nível de interação entre as várias dimensões da instituição e dos seus respectivos agentes, poderá garantir que a Extensão do CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO seja gerida e avaliada com a importância que lhe é devida e que SUAS POLÍTICAS FUNDAMENTAR-SE-ÃO NUMA CONCEPÇÃO DE UNIVERSIDADE COMPREENDIDA PELA INDISSOCIABILIDADE DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO. EXTENSÃO NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PARTICULARES As primeiras experiências de extensão ocorreram entre 1911 e 1917, na Universidade Livre de São Paulo. Estas atividades resumiam-se a conferências, que abordavam várias áreas do saber, e semanas abertas ao público em que se trabalhavam variados temas não relacionados às problemáticas sociais e políticas da época. Estas experiências extensionistas aconteceram por ato de vontade ou idealismo de parcelas da comunidade acadêmica, incomodadas pelo elitismo crescente da universidade. Estas práticas não pretendiam atender as necessidades da população. Constituíram-se no mecanismo que universidade encontrou para justificar sua existência ao conjunto da sociedade. Até 1930, as atividades de extensão assumiram claramente o compromisso com a elite. A extensão constituiu-se em mecanismo de atendimento a segmentos da sociedade que tinham o poder econômico e político. Estes argumentos apropriaram-se, assim, dos conhecimentos 3 produzidos como bens sociais, uma vez que estas instituições eram mantidas por verbas públicas. Em 1931, a relação universidade/elite, efetivada através da extensão, é formalizada no Estatuto da Universidade Brasileira. Segundo, este documento, e extensão deveria ser desenvolvida através de cursos e conferências, priorizando “a difusão de conhecimentos úteis à vida individual ou coletiva, a solução de problemas sociais e a propagação de idéias e princípios que salvaguardam os altos interesses nacionais” (FAVERO, 1977). Em 1934, a Universidade São Paulo ampliou as práticas de extensão, mas não alterou sua função política. O papel da extensão, para a USP, segundo documento da época, era o de “realizar a obra social de vulgarização das ciências, das letras e das artes, por meio de cursos sintéticos, conferências, palestras, radiodifusão, filmes científicos e congêneres”. Esta orientação manteve-se intocável até 1960. A partir desse ano, começou a surgir nas universidades um movimento de oposição crítico de seu compromisso com a elite. Este setor aproximou-se dos segmentos mais pobres da população e constatou o distanciamento da universidade dos problemas enfrentados pela maioria da população no campo da saúde e educação. Mas foi em 1964 que a universidade sofreu severas críticas do movimento estudantil e do corpo docente pelo seu elitismo. A ação destes professores e alunos foi compreendida como atividades de extensão e tinha como população-alvo as classes populares. Os programas de extensão nas diversas áreas do conhecimento levaram para os meios rural e urbano o saber erudito. Seus detentores aprenderam o saber gerado nas experiências cotidianas das pessoas comuns, o saber popular. Até 1968, o saber erudito conviveu com o saber popular numa tarefa que os unificou através da luta por uma sociedade justa e fraterna. Ao analisar este período da vida universitária, Reinaldo Fleuri considera que a extensão teve sua função política modificada pela presença de docentes e discentes junto às classes populares. Diz o autor: “a participação maciça de estudantes e professores universitários nas atividades de extensão caracterizou-a enquanto fator de mediação entre a universidade e a população”. No entanto, o novo compromisso da extensão não alterou a relação da universidade com a elite. Lembrando Fleuri, “ a universidade, enquanto instituição, não se envolveu com esta proposta”. A reforma universitária de 1968 ignorou as reivindicações dos professores e alunos que propunham novo modelo de universidade. Nesta proposta, a extensão era compreendida como mecanismo de diálogo com a sociedade. Prevaleceu a orientação do estado, que colocou a extensão no contexto de um projeto de universidade adaptada ao Estado de Segurança Nacional. Em 1975, a avaliação realizada pelo MEC junto a 24 universidades federais indicou que a extensão tinha sido desenvolvida através de cursos, seminários, prestação de serviços e programas de ação comunitária em campi avançados, como o Projeto Rondon e os Crutac 4 (Centro Rural Universitário de Treinamento e Ação Comunitária). Na sua avaliação, o MEC reconheceu que as atividades de extensão estavam distanciadas do ensino e da pesquisa. A realidade constatada pelo MEC não foi muito diferente da de 1930 quanto ao tipo de atividades que deveriam constituir-se como extensão. O diferente foi a ação política através destas práticas, pois objetivavam, com seu caráter assistencialista, a desmobilização dos movimentos sociais. No plano de trabalho elaborado pelo MEC nesses ano, a extensão foi compreendida como “meio através do qual a universidade atende a outras instituições e a população e, por outro lado, recebe retroalimentação para o ensino e a pesquisa”. Com a mesma orientação, o CRUB (Conselho dos Reitores das Universidades Brasileiras) definiu as atividades de extensão segundo três idéias básicas: prestação de serviços à comunidade, realimentação da universidade e, em decorrência, a integração de ambas. A questão central nas concepções de extensão do MEC e do CRUB é a política do não diálogo com a comunidade. Pressupõe, de um lado, os intelectuais portadores da ciência e da técnica e, de outro, a comunidade de necessitados, incapazes de compreender e resolver e, aqueles, os serviços e as soluções prontas a oferecer. Esta prática não desvenda as contradições geradoras dos problemas enfrentados pela comunidade e desarticula sua capacidade organizativa e transformadora da realidade. Nessa perspectiva, a afirmação de Fagundes é ilustrativa: “ a extensão tem contribuído mais para mascarar a realidade, legitimando-a, do que para desvendala, transformando-a”. As discussões sobre a extensão universitária retornaram com intensidade ao cenário político a partir de 1980. Além das universidades estatais, algumas universidades particulares, confessionais, também se fizeram presentes nestas discussões. Os fragmentos da história da extensão evidenciam o fato de que as propostas para rediscutir a extensão surgem em épocas de transformações conjunturais. Isto significa que a universidade, ou setores dela, tentam dar respostas às questões colocadas pela sociedade. Abordar a extensão, em 1980, qualificando-a como prática social, significou para a universidade a aliança com setores organizados da sociedade que denunciavam as desigualdades sociais e a política autoritária do Estado. Diante das mudanças conjunturais, a universidade recebeu do Estado a incumbência de reproduzir sua política social. A extensão passou a desempenhar, desta forma, o papel de materializar uma política pensada como fórmula para atenuar e acobertar as desigualdades sociais, tendo em vista a estabilidade do sistema. Segundo Fagundes, a função de produtora e reprodutora de ideologia dada à universidade pelo estado gera contradições e cria espaços institucionais onde profissionais podem desenvolver atividades de extensão reafirmadoras da cultura construída no cotidiano dos indivíduos comuns. Estes docentes demonstraram competência no lidar com as contradições e inverter os objetivos conservadores e 5 domesticadores atribuídos à extensão. Neste sentido, demonstraram que a extensão é um espaço contraditório, capaz de contribuir para a formulação de um projeto de universidade alinhado com o processo de transformação social, econômica e política. Na história da extensão observa-se que a sua origem e desenvolvimento deu-se nas universidades estatais. Como instituições públicas, estas universidades procuraram, através de programas assistencialistas, seu reconhecimento junto às classes populares. Este reconhecimento junto às elites foi conseguido através do desenvolvimento de pesquisas que atendiam aos interesses destes setores da sociedade. Atualmente, as universidades públicas possuem próreitorias que respondem pelas atividades de extensão. Em função da nova conjuntura, a redefinição da extensão tem sido o assunto de pauta dos pró-reitores em encontros nacionais ocorridos em 87/88/89. A ênfase de seu primeiro encontro foi conceituar a extensão como prática acadêmica. A sua concepção foi divulgada através de documento que sintetizava as discussões dos encontros nacionais. A extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a redação transformadora entre a universidade e a sociedade. Para os pró-reitores, a extensão é uma via de mão dupla, com trânsito assegurado à comunidade acadêmica que encontrará, na sociedade a oportunidade da elaboração da práxis de um conhecimento acadêmico. No retorno à universidade, docentes e discentes trarão um aprendizado que, submetido à reflexão teórica, será acrescido aquele conhecimento. Este fluxo, que estabelece na troca de saberes sistematizados acadêmico e popular, terá como conseqüência a produção de conhecimento, resultante do confronto com a realidade brasileira e regional, e a democratização do conhecimento acadêmico com a participação efetiva na atuação da universidade, além de instrumentalizadora deste processo dialético de teoria/prática, a extensão é um trabalho interdisciplinar que favorece a visão integrada ao social (documento do 4º Encontro Nacional de Pró-Reitores de Extensão). Pela primeira vez na história da universidade, a extensão é tratada como dimensão acadêmica sem diferencia-la do ensino, pesquisa e extensão. Esta concepção foi incorporada ao texto constitucional de 1988, que, no seu artigo 207, regulamenta o princípio de indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. O apoio financeiro à extensão consta do artigo 213, parágrafo 2º, segundo o texto constitucional, a extensão, da mesma maneira que a pesquisa, poderá receber apoio financeiro do poder público. É também no artigo 213 da Constituição Federal de 1988 que as universidades comunitárias/confessionais legitimaram-se legalmente como universidades públicas/particulares. Nesta condição, podem receber fomentos federais para aplicação em pesquisa e extensão. Fonte: FAGUNDES, José. Universidade e Compromisso Social: extensão, limites e perspectivas. Campinas, 1985. (Tese de Doutorado). FLEURI, Reinaldo. Educação Popular e Universidade. Campinas, 1988. (Tese de Doutorado) 6 SOBRE GANSOS E EQUIPES Quando você vê gansos voando em formação “V”, pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. A seguir, algumas descobertas feitas pelos cientistas: 1° FATO: A medida em que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isoladamente. VERDADE: Pessoas que compartilham uma direção comum e um censo de equipe chegam ao seu destino mais depressa e facilmente porque elas se apoiam na confiança umas das outras. 2° FATO: Sempre que um ganso sai fora da formação, ele repentinamente sente a resistência e o arrasto de tentar voar só e, de imediato, retorna à formação para tirar vantagem do poder de sustentação da ave à sua frente. VERDADE: Existe força, poder e segurança em grupo quando se viaja na mesma direção com pessoas que compartilham um objetivo comum. 3° FATO: Quando o ganso líder se VERDADE: É vantajoso o revezamento cansa, ele reveza, indo para a traseira do quando se necessita fazer um trabalho “V”, enquanto um outro assume a ponta. árduo. 4° FATO: Os gansos de trás grasnam VERDADE: Todos necessitam ser para encorajar os da frente a manterem o reforçados com apoio ativo e ritmo e a velocidade. encorajamento dos companheiros. 5° FATO: Quando um ganso adoece ou VERDADE: A solidariedade se fere e deixa o grupo, dois gansos saem dificuldades é imprescindível da formação e o seguem, para ajudar e qualquer situação. proteger. Eles o acompanham até a solução do problema e, então, reiniciam a jornada os três ou juntam-se a outra formação, até encontrar o seu grupo original. nas em 7 CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS CURSO: GEOGRAFIA A GRANDE MURALHA – é um dos mais notáveis ícones do mundo. A grande muralha estende-se por montalhas, desertos e florestas. É considerada a maior e a mais notável estrutura já construída pelo homem.O ponto mais conhecido e visitado pelos turistas está localizado em Badaling. Da antiga tecnologia chinesa. A muralha tem 10 mestros de altura e 5 metros de largura e representa uma prova extraordinária. Ao longo dos trechos da muralha vivem pessoas em suas diferentes cultura e que oferecem verdadeiros exemplos de tradição e de interação com a natureza. Existem, ainda, muitos templos budistas, cidades antigas e a gloriosa e famosa Rota da Seda, com toda a sua história ainda viva. A muralha também atravessa o Deserto de Gobi e seus extremos de temperatura. Embora seja comum a ideia de que se trata de uma única estrutura, na realidade, a grande muralha consiste em diversas muralhas que foram construídas por várias dinastias ao longo de dois milênios. No início, a função da grande muralha foi essencialmente defensiva. Atualmente, é um símbolo da China e uma potencial atração turística. As suas diferentes partes distribuem-se entre o Mar Amarelo (litoral nordeste da China) e o deserto de Góbi e a Mongólia (noroeste). Esta caminhada é dividida em seis trechos. O ponto de partida é a cidade de Lanzhou, cidade movimentada, onde tem-se o primeiro contato com a cultura chinesa dos povos da muralha. O segundo trecho está organizado a partir dos passos pioneiros do grande peregrino Xuan Zang, que nos levam às fabulosas cidades da Rota da Seda. Nas dunas móveis do deserto não há uma trilha definida, e o melhor é seguir rente à muralha. Neste trecho chega-se a um templo budista que serve de abrigo aos viajantes. Em seguida, caminha-se pela trilha para atravessar o impressionante corredor de Hexi, um pedaço da China espremido entre a Mongólia e o planalto do Tibet. Após uma nova parada em uma cidade da Rota da Cidade, Zhangye, inicia-se o quarto trecho da caminhada até as montanhas Qilien. Este trecho da muralha é um dos mais antigos, construído e reconstruído do século 100 a.C. ao século 14. O trecho seguinte é o desafiador deserto de Gobi. Neste trecho enfrenta-se o calor intenso que chega a 40ºC na primavera rodeados por um ambiente espetacular em um dos lugares mais radicais do planeta. O fim da muralha é alcançado na cidade de Jiayuguan, onde está localizado o último posto avançado da China da dinastia Ming. Sobre a muralha A muralha começou a ser construída por volta do ano de 221 a.C. por determinação do primeiro imperador chinês,Qin Shihuang da dinastia Chin. Não há relatos sobre as técnicas construtivas que foram empregadas e nem sobre o número de trabalhadores envolvidos, sabe-se, no entanto, que a obra aproveitou uma série de fortificações construídas por reinos anteriores, sendo o aparelho dos muros constituído por grandes blocos de pedra ligados por argamassa de barro e pasta de farinha de arroz com cal hidratada. Com aproximadamente três mil quilômetros de 8 extensão à época. A função da muralha era a de conter as constantes invasões dos povos ao Norte. Por não se tratar de uma estrutura única, as características da muralha variam de acordo com a região. Assim, devido a diferenças de materiais, condições de relevo, projetos e técnicas de construção, e mesmo da situação militar vivida por cada dinastia, os trechos da muralha apresentam variações. Próximo a cidade de Beijing, por exemplo, os muros foram construídos com blocos de pedras de calcário; em outras regiões, podem ser encontrados o granito ou tijolos. Nas regiões mais ocidentais, de deserto, onde os materiais são mais escassos, os muros foram construídos com vários elementos, como por exemplo, galhos de plantas enfeixados. Em geral os muros apresentam uma largura média de cinco metros na base e de seis metros no topo, alçandose a uma altura média de dez metros. Segundo anunciaram cientistas chineses em abril de 2009, o comprimento total da muralha é de 8.850 quilômetros. Além dos muros, em posição dominante sobre os terrenos, a muralha compreende ainda elementos como portas, torres de vigilância e fortes. As torres, cujo número é estimado por alguns autores em cerca de quarenta mil, permitiam a observação da aproximação e movimentação do inimigo. As sentinelas que as guarneciam serviam-se de um sistema de comunicações que empregava bandeiras coloridas, sinais de fumaça e fogos. As sentinelas tinham forma quadrada e eram divididas internamente. No pavimento inferior podiam ser encontrados alojamentos para os soldados, estábulos para os animais e depósitos de armas e suprimentos. Durante a Dinastia Ming, um sinal de fumaça junto com um tiro significava a aproximação de cem inimigos, dois sinais de fumaça acompanhados de dois tiros eram o alerta para quinhentos inimigos, e três sinais de fumaça com três tiros para mais de mil inimigos. Os fortes guarneciam posições estratégicas. Eram dotados de escadas para a infantaria e de rampas para a cavalaria funcionando como bases de operação. Fonte: Atlas National Geographic. EUROPA. Volume I www.discoverybrasil.com 9 CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS CURSO: GEOGRAFIA IRLANDA- (em irlandês é denominada de Eire e em inglês é denominada de Ireland). A Irlanda é uma das ilhas britânicas e a terceira maior ilha da Europa, situada no Oceano Atlântico. Politicamente a ilha está dividida entre a República da Irlanda (oficialmente denominada Irlanda) e que ocupa aproximadamente 85% da ilha e a Irlanda do Norte que faz parte do Reino Unido. A Irlanda do Norte ocupa aproximadamente 15% da área da ilha. A Irlanda do Norte situa-se a nordeste da ilha da Irlanda e juntamente com a Escócia, o País de Gales e a Inglaterra formam o Reino Unido. A população da ilha é de aproximadamente 6,3 milhões de habitantes; 4,5 milhões na República da Irlanda e 1,8 milhão na Irlanda do Norte. A capital da Irlanda é Dublin e da Irlanda do Norte é Belfast. Um dos atrativos turísticos da Irlanda é a sua exuberante e caprichosa geografia na península de Dingle conhecida como Costa Esmeralda graças à sua espetacular paisagem verdejante em meio ao oceano ora manso, ora bravo. O litoral é extremamente belo e exótico pela composição das rochas e as montanhas são imbuídas de história e de mistério deixadas pelos celtas. A península penetra cerca de 48 Km no Oceano Atlântico a apresenta morfologia irregular de reentrâncias e de litoral escarpado com falésias entrecortadas por pequenas baías e enseadas onde se formam pequenas praias arenosas. O interior da península de Dingle é dominado pela cordilheira de montanhas que constituem a sua espinha dorsal, onde inclui o Mount Brandon, o segundo maior pico da Irlanda com 952 m de altitude (o pico mais alto da Irlanda é o pico Carrantuohill com 1.041 m, localizado na cordilheira de Macgillicuddy. Na classificação de Köppen o clima predominante na Irlanda é Temperado e sofre a influência dos ventos de sudoeste (suaves e influenciados pelas águas temperadas da corrente marítima do Golfo, Gulf Stream). Os meses mais frios são janeiro e fevereiro, com média de 5°C. Os meses mais quentes são julho e agosto com temperatura, em média, de 15º C. As temperaturas são praticamente invariáveis em toda a ilha, mas a incidência de chuvas varia muito: enquanto na na região oeste, mais exposta aos ventos úmidos, do oceano Atlântico, a 10 precipitação anual é de 2.500mm, no leste, mais resguardado, a média é de 750mm. As nevdas são frequentes somente nas montanhas. Os celtas e seus descendentes tiveram grande influência na Europa Ocidental. Essa influência cultural celta jamais desapareceu. Pelo contrário, tem experimentado um ciclo de expansão em sua antiga zona de influência, com o aparecimento de música de inspiração celta e no reviver de muitos usos e costumes conhecidos atualmente como celtismo. Do ponto de vista da independência política, grupos celtas perpetuaram-se em alguns países, entre eles, a Irlanda. Nesse país, por seu isolamento, melhor se preservaram as tradições de origem celta. Outras regiões europeias que também se identificam e preservam a cultura celta são o País de Gales, uma entidade sub-nacional do Reino Unido, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França e norte da Itália), o norte de Portugal e a Galícia (noroeste da Espanha). Nestas regiões os traços linguísticos celtas sobrevivem nos topônimos, em algumas formas linguísticas, no folclores e tradições. Os celtas estavam organizados em múltiplas tribos e pertenciam à família linguística indo-europeia e ocuparam a parte oeste da Europa a partir do segundo milênio a. C. Grande parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas e viviam, especialemnte, na península Ibérica até a Anatólia. Essa região foi ocupada pelos romanos durante a expansão do império romano e a cultura celta, em parte, foi incorporada e integrada pelos romanos. Assim, o modo de vida celta, sob muitas formas e com muitas alterações resultantes da aculturação, devido às invasões bárbaras e a posterior cristianização, tem sobrevivido até os dias atuais e ganha espaço em roteiros turísticos. ALASCA, 49° estado dos Estados Unidos da América é, em grande parte recoberto por gelo. A capital é Juneau. A trilha de Chilkoot revela uma paisagem exuberante e um cenário desafiador, de florestas, lagos muito limpos e animais selvagens. ÁUSTRIA, no “coração” da Europa está encravada ao norte dos Alpes. O monte Dachstein é a montanha mais alta desta parte da Áustria. A cidade histórica de Salzburgo é um patrimônio cultural que recorda a época em que o sal era uma especiaria. Fonte: Atlas National Geographic. EUROPA. Volume I 11 CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS CURSO: GEOGRAFIA ÚMBRIA – Região da Itália. A região é habitada desde época primitiva pelos povos etruscos e úmbrios e, mais tarde, incorporada ao Império Romano. Atualmente, é considerada uma das mais bebas paisagens do mundo, com roteiro turístico de natureza, história e cultura. Essa região não atrai turismo de massa, pelo contrário, é uma região entre as montanhas dos Apeninos, longe do mar e drenada pelo sistema hidrográfico do Rio Tibre. A Úmbria é uma terra permeada por um sopro místico, vivem numerosas cidades históricas ricas de arte e de arquitetura, que convidam ao descanso e à meditação, onde as pegadas dos santos conduzem por caminhos antigos e as construções medievais estão por toda parte. Situada no coração da península, a Úmbria é uma das regiões de maior apelo para o turismo cultural, por resguardar vivos e intactos os lugares do saber medieval e humanístico. Este aspecto é ainda mais valorizado pela harmoniosa relação com uma paisagem doce e meditativa, em grande parte formada por colinas ocupada por cultivos e bosques, por oliveirais e vinhedos: um cenário que deu fama à Úmbria e inspirou seus artistas. O nome "Úmbria" deriva da população etrusca que ocupava o território antes da conquista romana. Os romanos introduziram o latim e estabeleceram algumas colônias na região, especialmente, para a produção de olivas e atravessaram o território Via Flamínia (uma parte da famosa rede de estradas do Império Romano). A principal cidade romana da Região Úmbria era Perúgia. Com a queda do Império Romano a Região tornou-se um palco de lutas e recebeu influência cultural do Império Bizantino até o século XIII quando foi incorporado aos Estados Pontifícios. Com a organização do espaço europeu renascentista e das revoluções burguesas teve influência francesa até o movimento de formação do Reiro da Itália (1860). A Úmbria sempre teve um papel importante na história da Igreja Católica e, também, por ser o local de nascimento, em 1180 de Francisco de Assis, fundador dos franciscanos,. Francisco de Assis morreu em 1226 e foi proclamadoSanto da Igreja Católica em 1228 pelo Papa Gregório IX. Assim, a trilha turística inicia na Nórcia e priveligia o contato com as pessoas, a culinária e a arquitetura. Segue pela Via Flamínia, um trecho da famosa rede de estradas da Roma antiga em que ainda existem diversas cidades históricas e muitas plantações de oliveiras de 2 mil anos de idade e jardins de girassóis. Em Montefalco, cidade natal de oito santos do cristianismo católico, amntem-se vivas várias manifestações folclóricas e destaca-se a culinária e a afesta das velas. O trecho final leva até Assis, lar de um dos mais venerados santos do cristianismo. A cidade, ainda em estilo medieval mantém a origem do santo e a Igreja de São Francisco de Assis é uma exposição permanente das pinturas da Renascença, especialmente, de Giotto, além da arca que contém o túmulo do santo. 12 A Úmbria tem um numeroso acervo artístico renascentista decorrente da privilegiada posição geográfica entre Lácio e Toscana - ou seja, entre os dois principais pólos artísticos de Roma e Florença. Assim, principalmente pela influência de Giotto de Boudone e seu magistral ciclo de afrescos na basílica de São Francisco de Assis, que, pelo realismo e força de suas figuras, representam uma inovação estilística fundamental com relação à tradição do gótico. A Úmbria adquiriu um papel de primeiro plano na pintura italiana atraindo para Assis artistas das mais diversas escolas. As tipologias urbanas mais interessantes da Úmbria foram ditadas pela forma do relevo, as colinas. O sistema hidrográfico da região tem seu cerne no rio Tibre, que neste trecho corre em cachoeiras em função da cadeia montanhosa dos Apeninos. Um de seus afluentes, o rio Nera, após a confluência do rio Velino, forma a espetacular Cascata delle Marmore, a mais alta da Itália: a qual, surpreendentemente, não é natural, mas sim o resultado do desvio do curso do rio Velino para o Nera, feito pelos romanos para sanear a planície na região vizinha, o Lácio. PERU – A trilha Inca. Esta região e esta rota turística é um verdadeiro desafio. Em meio a grandiosa Cordilheira dos Andes, foi construído o grande Império Inca, com mais de 12 milhões de súditos e que, hoje, é uma das trilhas mais instigantes da face da terra. O início da caminhada é Cuzzco, uma importante cidade peruana com mais de 3.300 metros de altitude. O percurso da trilha é íngreme, com neblina e chuvas orográficas passageiras além do cansaço causado pela altitude e pela rarefação do ar. No topo, uma das paisagens mais formidáveis do mundo: Machu Picchu, a cidade sagrada dos Incas. MACHU PICCHU - está situada no alto de uma montanha e cercada de outras montanhas que integram a Cordilheira dos Andes. O sítio de Macchu Picchu é circundada pelo rio Urubamba, que lhe proporciona uma atrmosfera de beleza mística. As montanhas Machu Picchu são parte de uma grande formação geológica conhecida como Batolito de Vilcabamba na Cordilheira Central dos Andes peruanos. As ruínas incas encontram-se a meio caminho entre os picos das duas montanhas (de Machu Picchu e de Huayna Picchu), a 450 metros acima do nível do vale e a 2.438 metros acima do nível do mar. A superfície edificada tem aproximadamente 530 metros de comprimento por 200 de largura e contém 172 edifícios em sua área urbana. Essas ruínas estão dentro de um território do Sistema Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (SINANPE), denominado de Santuário Histórico de Machu Picchu, que se estende sobre uma superfície de 32 592 hectares, (80 535 acres ou 325,92 km²) da bacia do rio Vilcanota-Urubamba (o Willka mayu ou "rio sagrado" dos incas). O Santuário Histórico protege uma série de espécies biológicas em perigo de extinção e vários estabelecimentos incas, entre os quais Machu Picchu é considerado o principal. A Trilha Inca é uma caminhada de quatro dias para chegar a Machu Picchu pela "Porta do Sol". Para isso é necessário tomar o trem até o km 82 da ferrovia Cuzzco-Águas Calientes, de onde parte o caminho a pé. Pode-se realizar a trilha completa, caminhando os 45 quilômetros em 13 quatro dias com pernoites nos acampamentos com infra-estrutura, ou fazer a trilha curta, que pode ser realizada de duas maneiras: em dois dias, com pernoite no alojamento próximo às ruínas de Wina Wayna, chegando à Porta do Sol pela manhã ou caminhar os 12 quilômetros num único dia, chegando em Machu Picchu no final da tarde. FRANÇA – A trilha dos Cátaros. O País Cátaro. Situado no sudoeste da França. A trilha evidencia os vestígios deixados pelos cátaros a partir do século 13, quando a região ainda se chamava de Occitânia e esta foi o centro de uma seita que teve um final trágico ao desafiar os dogmas do poder central da Igreja Católica. A caminhada pela trilha dos Cátaros remonta a rota de fuga deste grupo que se refugiou em castelos medievais que continuam de pé até hoje. Seguindo as pistas das lendas e dos mitos em busca do suposto segredo dos cátaros, percorre-se ruínas de grandes fortalezas e conhece-se a famosa cidade de Peyrepertuse. A paisagem completa o mistério que existe na trilha em meio aos cenários de neblina e solidão. Os cátaros desenvolveram uma religião gnóstica que desafiou os dogmas da Igreja Católica e que ganhou forte influência na região sul da França. A nobreza, nesta área, se sentia mais de uma aliança com os cátaros, que eles consideravam as pessoas das suas terras, em vez de o líder religioso remoto do Papa (em Roma). Os nobres ofereceram seus castelos e fortalezas como um refúgio e que se tornou o último reduto para os cátaros, quando perseguidos pelo poder central da Igreja.. Assim, a Igreja investiu para a destruição dos cátaros por meio das Cruzadas. Com a proteção da nobreza, os cátaros resistiram e se esconderam dentro das muralhas dos castelos. Essas fortalezas se tornaram o ponto focal de grandes batalhas em que o Papa tentou livrar a França dos cátaros. Despois de longos e duradouros anos de perseguição, os cátaros remanescentes, foram, enfim aprisionados e lhes foi dada a chance de retratação perante a Igreja. No entanto, os cátaros permaneceram firmes em sua crença e foram queimados na fogueira. Hoje, as ruínas antigas que sobreviveram as batalhas e à passagem do tempo, complementam a paisagem e continuam, silenciosamente, em cima das montanhas. A paisagem é exuberante. Para complementar a lenda, um padre da famosa cidadela de Peyrepertuse, no século XX, enriquece de forma extraordinária sem explicar a origem do dinheiro. O padre realiza grandes obras de arquitetura com influências culturais cátaras e resgata muitos símbolos da religiosidade cátara. Esse mistério instiga os visitantes que se vislumbram com a arquitetura e arte cátara, além da paisagem mística da natureza do local. Fonte: Atlas National Geographic. EUROPA. Volume I www.portalitalia.com.br 14 PROJETO DE EXTENSÃO I 1- IDENTIFICAÇÃO 1.1 Oficina de maquetes 1.2 Elsbeth Leia Spode Becker 1.3 Unifra – Santa Maria – Rio Grande do Sul – Brasil 1.4 Março a junho de 2006 2- INTRODUÇÃO A maquete é um recurso didático útil para fornecer ao aluno e a todas as pessoas interessadas na organização do espaço em que vivem, a possibilidade de visualizar, em modelo reduzido e simplificado, os principais elementos do relevo do município, estado, região ou país que se queira estudar. Além disso, a maquete também serve para espacialização e localização de fenômenos naturais, indústria, agricultura, vegetação, hidrografia, cidades, pontos turísticos, etc. O objetivo desta disciplina é construir maquetes, cuja base é o relevo do Rio Grande do Sul que será utilizado como recurso didático para as aulas de Cartografia, Geografia do Rio Grande do Sul, Geografia do Turismo e nas práticas didáticas. Além disso, pretende-se instrumentalizar os alunos com a técnica de construção de maquetes e demonstrar as etapas para construção de maquetes com finalidade de uso didático. Para tanto, será utilizada uma escala menor, que permitirá o melhor manuseio e a produção em série. Dessa forma, será possível realizar oficinas de produção maquetes para professores da rede municipal e da rede estadual de ensino que trabalham com crianças da quarta série do ensino fundamental e para os alunos graduandos dos cursos de Geografia, Turismo, História e Pedagogia. O uso de maquetes permite ao aluno a visão tridimenscional comumente apresentada no plano: mapa. Permite, portanto, a passagem de um nível abstrato – o modelo tridimenscional ou maquete da área. Visa ser um meio didático através do qual vários elementos da realidade podem ser trabalhados em conjunto, no caso, o relevo no Estado do Rio Grande do Sul. 15 3- OBJETIVO 3.1 Geral: Demonstrar as etapas para construção de maquetes com finalidade de uso didático. 3.2 Específicos: - Ser um meio didático através do qual vários elementos da realidade podem ser trabalhados em conjunto, no caso, aqueles elementos que serão selecionados pela grupos de alunos. - Instrumentalizar os alunos com a técnica de construção de maquetes e demonstrar as etapas para construção de maquetes com finalidade de uso didático. - Realizar oficinas didáticas para produção de maquetes para professores da rede municipal e da rede estadual de ensino que trabalham com crianças da quarta série do ensino fundamental e para os alunos graduandos dos cursos de Geografia, Turismo, História e Pedagogia. 4- METODOLOGIA ROTEIRO BÁSICO PARA CONFECÇÃO DA MAQUETE O detalhamento de cada maquete vai depender da escala. Em função da escala teremos um determinado grau de simplificação dos fenômenos reais. A escolha das escalas horizontal e vertical vai depender, portanto, das dimensões que se quer obter no trabalho ou dos objetivos a que se propõe e do grau de generalização dos fenômenos representados, que por sua vez dependem do uso a que se destina a maquete (SIMIELLI, 1991). No caso da maquete do Rio Grande do Sul que será utilizada nas oficinas, optamos por uma escala horizontal de 1:2.500.000, ou seja, 1 cm no mapa base corresponde a 2.500.000 cm ou 25 Km no terreno. Para a escala vertical optamos por 1:40.000, onde 1 cm corresponde a 40.000 cm ou 400m de altitude real, onde 1 cm representado corresponde a 40.000 cm ou 400 m de altitude real, obtendo assim uma sobrelevação (ou exagero vertical) de 100 vezes. A espessura da chapa de isopor deve ser sempre escolhida em função da eqüidistância e da escala vertical utilizada. No caso da maquete do Rio Grande do Sul, com escala vertical de 1:40.000 (1cm=400m) e a eqüidistância de 200 m, utilizamos chapas de 0,5 de espessura. 16 Para representar estas escalas em terceira dimensão recorre-se à hipsometria que tem por base as curvas de nível. METODOLOGIA DESENVOLVIDA PELOS ALUNOS SOB ORIENTAÇÃO DA PROFESSORAS RESPONSÁVEL PELO PROJETO 1. DESENHO DAS CURVAS DE NÍVEL Retirar cada curva separadamente em um papel vegetal sendo recomendado uma cor diferente para cada curva, para facilitar a visualização. O contorno da área da maquete ou a curva de zero metro deve ser traçada em todas as folhas, para facilitar posteriormente a montagem das curvas e Ter-se sempre a mesma referência. 2. TRANSPOSIÇÃO DAS CURVAS DE NÍVEL PARA AS PLACAS DE ISOPOR Desenhar as curvas no isopor. Para tanto, intercalar o papel carbono entre o papel vegetal e o isopor e fixá-los (somente nas bordas) com os alfinites. Perfurar com agulha todo o contorno, ficando a curva demarcada na placa de isopor. 3. RECORTE DAS CHAPAS DE ISOPOR Recortar as curvas nas chapas de isopor (com instrumento de ponta aquecida) ou com Isocorta (aparelho próprio para cortar isopor). 4. COLAGEM DAS PLACAS DE ISOPOR Colar a curva mais baixa na chapa base e sucessivamente. Para a melhor localização da curva e portanto atingir maior precisão, é aconselhável Ter sempre como referência o mapa base ou o traçado da curva anterior. 5. RECOBRIMENTO COM GESSO OU MASSA CORRIDA Preencher os intervalos entre os degraus das placas com gesso (ou massa corrida) diluído em água. Este acabamento é muito importante para disfarçar as formas estanques das chapas de isopor e dar idéia da continuidade do relevo. 17 6. SUPORTE Colar a maquete no suporte. 7. ACABAMENTO Lixar com todo o cuidado e suavemente para dar uniformidade ao acabamento. (para esta fase o gesso deve estar completamente seco). 8. REPRESENTAÇÃO TEMÁTICA NA MAQUETE Participação ativa dos alunos e professores que integram as oficinas, dando espaço às idéias e materiais que eles trazem. Relacionar a maquete com os fenômenos que se quer trabalhar, sendo que os recursos para a representação podem ser os mais diversos. Como por exemplo: vegetação, hidrografia, clima, relevo, urbanização, pecuária, agricultura, indústria, pontos turísticos, estradas, etc. 5- CRONOGRAMA Conforme plano de ensino. 6- ORÇAMENTO MATERIAL PARA CONSTRUÇÃO DA MAQUETE Suportes para a maquete (madeira, eucatex ou isopor) tamanho 40 x 40 cm Chapas de isopor (espessura 0,5cm) – tamanho mínimo 30 x 30 cm 10 chapas de isopor (espessura a calcular) – tamanho a calcular 5 folhas de papel vegetal (tamanho 40 x 40 cm) 10 folhas de papel transmissor (papel carbono) (tamanho 30 x 30 cm) 6 alfinetes (com cabeçote) 2 agulha (tamanho médio) 2 palitos de picolé (ou semelhante) p/ servir de suporte da agulha 2 velas 18 3 cola (especial p/isopor) 5 lixa d’água suave 2 porção de gesso ou massa corrida 2 pote de margarina (c/tampa) 2 pincéis (p/passar a massa corrida) Canetas coloridas, ou canetas hidrocor ou lápis de cor Tintas acrilex Serragem colorida 1 suporte em vidro e madeira para a maquete grande que ficará no Laboratório e Cartografia Os materiais listados estimam o valor aproximado de R$ 300,00. 5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS SIMIELLI, M. H. R. Geoatlas. São Paulo: Ática. 1990. SIMIELLI, M. H. R. Do plano ao tridimensional: a maquete como recurso didático. Separata do Boletim Paulista de Geografia. AGB – SP, nº 70. 1991. 19