AUP 270 Planejamento de Estruturas Urbanas e Regionais II
O Estado Nacional e a formação das Instituições de Ensino Superior
Alexandre Gaiser Fernandes
Iara Caroline Pimenta de Mello
Julia Caio Siqueira
Juliana Fernandes Silveira
Livia de Salvi Lazaneo
Marcelo Arend Madalozzo
Talvez a Universidade esteja acabando porque o projeto da sociedade
brasileira moderna também está acabando, talvez o ensino superior
forte e atuante não faça mais sentido na condição neo-colonial em que
nos metemos.
Laymert Garcia dos Santos
América Espanhola
Primeira Universidade fundada em Santo Domingo (República Dominicana), em 1538
Primeira Universidade argentina surgiu em Córdoba em 1613
Brasil Colônia
Ensino Superior sob a responsabilidade de colégios jesuítas (cursos de Filosofia e de Teologia)
Depois da expulsão da ordem (1759), passaram para os conventos franciscanos (Rio de Janeiro e
São Paulo)
Reino Unido
Príncipe Regente abre o curso de Cirurgia, Anatomia e Obstetrícia, já em 1808.
Escola Nacional de Belas Artes, fundada em 1816.
Império
Uma lei imperial de 11 de agosto de 1827 cria as primeiras Faculdades de Direito, de Olinda e de
São Paulo.
Durante o período, os cursos dos conventos se limitaram à formação clerical.
República
Em 1889, todas as instituições de ensino superior são estatais.
Criação das primeiras faculdades privadas.
Pensamento positivista/liberalista
A elite intelectual coincide com a elite econômica.
As instituições de ensino são criadas nas cidades politicamente mais importantes
Ditadura
As políticas dos governos militares estabeleceram uma divisão de trabalho entre universidades públicas e
privadas: investiram fortemente em pesquisa e pós-graduação das públicas e estimularam o crescimento
das instituições privadas para que essas se especializassem no ensino de graduação de massa.
Hélgio Trindade
Universidade funcional (década de 1970)
Volta-se para o mercado de trabalho
Universidade de resultados (década de 1980)
Volta-se para as empresas (estágios, financiamento de pesquisas)
Universidade operacional (década de 1990)
Volta-se para si própria
Não mais voltada para o conhecimento
(Marilena Chauí)
O Banco Mundial recomenda as autoridades dos países designados como de Terceiro Mundo que, em
termos gerais, a educação básica seja gratuita, com custo divididos entre os diversos poderes, podendo
mesmo haver subsídios a crianças carentes. Na educação secundária se aplicaria uma cobrança seletiva,
cabendo bolsas aos estudantes sem recurso. Para a educação superior, a recomendação é de que haja
uma cobrança generalizada, com mecanismos de apoio (bolsas, empréstimos e exonerações fiscais) para
os estudantes necessitados. Está muito claro que a prioridade absoluta deve ser conferida à educação
básica e, depois desta, à secundária. Como corolário de tudo isso, o Banco Mundial propõe rigorosa
racionalização e maior eficácia nos gastos públicos. (...) Não resta dúvida que é correto investir na
educação básica. O problema reside no fato de que essa prioridade deve acontecer, segundo a visão
bancomundialista, em boa parte, às custas da educação superior. Como suporte dessa política está outro
conceito que apresenta graves conseqüências às sociedades de nossos países: a idéia de que a pesquisa é
coisa para os países ricos, que já teriam os recursos materiais e humanos instalados para desnvolvê-la.
Aos países pobres cumpriria a tarefa de ampliar mais qualificadamente a massa de consumidores.
José Dias Sobrinho
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