AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: A PRÁTICA DOCENTE VISTA PELO PONTO DE VISTA DOS DISCENTES Max Oliveira Madeira Priscila Soares Gonçalves Tamara Salviano Martins Ayra Lovisi Oliveira Maria Elisa Caputo Ferreira Universidade Federal de Juiz de Fora Juiz de Fora – Minas Gerais – Brasil [email protected] RESUMO Introdução: No decorrer das últimas décadas a EF se valorizou obtendo espaço no currículo escolar e, portanto “ganhando o mérito” de fazer parte das disciplinas avaliativas. Avaliação aqui entendida como uma ferramenta que irá contribuir para o autoconhecimento e para a análise das etapas já vencidas, utilizando as mais diversificadas formas de verificação possíveis (ZABALA, 1998; DARIDO e RANGEL; 2005). Objetivo: O presente estudo tem como objetivo dar continuidade a uma análise realizada no ano de 2008 e que se refere a práxis pedagógica de professores da Cidade de Cabo Frio/RJ analisada do ponto de vista dos alunos acerca da avaliação escolar nas aulas de EF. Metodologia: Participaram deste estudo 932 adolescentes (da 7ª e 8ª série do ensino fundamental) de ambos os sexos, de escolas da Rede Pública da Cidade de Cabo Frio/RJ. Os participantes responderam a um questionário semi-estruturado com dezoito perguntas sobre várias temáticas da EFE. Analisa-se neste momento, a pergunta nº 16 que discute a temática avaliação nas aulas de EFE. (Quais os instrumentos de avaliação aplicados pelo professor de Educação Física?) Esta questão foi formulada de maneira discursiva, onde os alunos poderiam responder mais de um tipo de avaliação, por entender que esta, poderia ser administrada de várias formas. Foi utilizada para verificação dos dados análise percentual dos mesmos. Resultados: Na leitura das respostas da pergunta aplicada aos alunos, o presente estudo verificou como os mesmos analisam as formas de avaliação aplicadas pelos professores no cotidiano das aulas de Educação Física. Obtendo assim como resultado/resposta a seguinte porcentagem de presença dos tipos de avaliação: Prova Prática 51,07%; Participação nas aulas 37,98%; Prova Escrita 31,43%; Vestimenta apropriada 31,33%; Trabalhos 27,46%; Presença 25,75%; Desconhecem 8,26%; Comportamento 6,54%; Prova Oral 6,00%; e Autoavaliação 1,28%. Discussão: Verifica-se através dos dados expostos, a maior concentração em uma avaliação mais tecnicista voltada para habilidade motora e desempenho com provas práticas, desvalorizando, segundo os dados pesquisados, a auto-avaliação que, segundo Darido e Rangel (2005), valoriza o diálogo com o aluno e estimula o despertar de suas potencialidades. Conclusão: O tema avaliação é muito discutido por diversos autores da Educação e Educação Física, tornando-se uma temática polêmica. Pode-se dizer, com os resultados apresentados, que existem dificuldades dos docentes em avaliarem os conteúdos da EFE. Por tanto, acreditamos que pela história brasileira da EF ser muito vinculada a esportivização, estas avaliações estão ligadas ao desempenho e técnicas esportivas, desvalorizando o processo de avaliação formativa. PALAVRAS-CHAVE: Educação Física Escolar, práxis pedagógica e avaliação na educação física.