O TEXTO DISSERTATIVO. CH: Redação AULA 01 Profa Soninha VIOLÊNCIA SOCIAL Atualmente, um dos grandes problemas que afetam a vida de uma sociedade, é a violência nela inserida. Violência essa que devido a vários fatores, segundo sociólogos, psicólogos e outros estudantes das ciências humanas, será praticamente impossível de ser eliminada. A dificuldade na solução deste problema está na complexidade do mesmo. Várias são as causas e para cada uma se faz necessária uma medida especial, medidas essas que muitas vezes são impossíveis de serem colocadas em prática. A violência pode ser gerada pela própria sociedade, por crises econômicas, por um problema mental do individua, pelo grande número de adeptos ao uso de drogas, e por uma enorme série de outros fatores. Devido as perspectivas quase que inexistentes em uma solução a curto ou médio prazo para a questão da violência, o melhor a fazer, é se precaver para não se tornar mais uma vítima de uma dos problemas mais sérios da nossa sociedade. (Redação de aluno) VIOLÊNCIA SOCIAL A violência no Brasil acontece pela diferença econômica e social que existe nas sociedades nacionais. O Brasil está mudando, crescendo e progredindo, só que ainda existe a má distribuição de renda para as populações. Assim o “cidadão” privilegiado vivendo na pobreza, na miséria fica revoltado e tem como solução de vida violentar os outros para sobreviver. Para outros a sobrevivência formada na miséria é se adaptar as drogas para fugir da realidade e não saber o que se faz. Dentro dessas desigualdades encontra-se o comércio clandestino de armas que se transforma em um ato comum do dia-a-dia do cidadão. A arma é usada como um utensílio “doméstico”. Entretanto o Estado deve dar prioridades a classe baixa, investindo em educação, moradia, saúde, uma distribuição de renda bem feita, para chegarem numa condição de vida melhor e para que esta parte social não tenha necessidades de procurarem e violentarem outras pessoas para terem uma vida decente. ESTRUTURA Em geral para se obter maior clareza na exposição de um ponto de vista, costuma-se distribuir a matéria em três partes: Introdução: em que se apresenta a ideia ou o ponto de vista que será defendido; Desenvolvimento desenvolve o ponto para isso, deve-se exemplos, recorrer dados... Conclusão: em que se dá um fecho ao texto, coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados. ou argumentação: em que se de vista para tentar convencer o leitor; usar uma sólida argumentação, citar a opiniões de especialistas, fornecer PROJETO DE TEXTO: •Escrever pressupões organização, desta forma não é possível pensar em uma boa redação sem haja um planejamento. Faça perguntas para ajudá-lo (a) a organizar suas ideias: INTRODUÇÃO: DESENVOLVIMENTO: O que eu acho disso? (Ponto de vista sobre o tema) Por que eu acho isso? (Mencionar brevemente os argumentos a serem desenvolvidos) Como eu provo isso? (Exemplos, dados, opiniões de especialistas para comprovar seus argumentos.) Retomada da tese: (O que eu acho disso? ) CONCLUSÃO: Para elaborar sua redação, que deverá estar em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa, leia os textos. TEXTO I As pessoas que são favoráveis à manutenção do voto obrigatório no Brasil partem dos princípios de que o voto é um dever do cidadão e de que o Estado tem que obrigar o cidadão a exercer este dever e ainda tutelar todos neste sentido. Este raciocínio afirma que a população brasileira não tem consciência da importância deste dever para a manutenção da democracia e que, se o voto não fosse obrigatório, os “menos esclarecidos” (ou seja, os com pouca escolaridade) deixariam de votar – por isso, a necessidade da tutela oficial para obrigá-los a praticar o sufrágio com consequências negativas e multas caso o cidadão deixe de votar. Porém, as pessoas que pensam ao contrário – que o voto seja um direito do cidadão, que ele pode exercer se quiser – são favoráveis ao conceito do voto facultativo. A comparação é com a carteira nacional de habilitação. A pessoa com o requisito mínimo (18 anos) tem o direito de tirar uma carteira de motorista – não é obrigatório, mas, sim, um direito que o cidadão pode exercitar se quiser. [...] Embora grande parte do eleitorado em 2010 não tenha acesso aos jornais, quase todos têm acesso ao rádio e à televisão, pelos quais recebem uma quantidade grande de informações sobre o sistema político brasileiro, os governos e os candidatos às eleições. As pesquisas de opinião mostram claramente que, sim, os eleitores brasileiros estão bastante esclarecidos sobre a política. Outro argumento a favor do voto obrigatório é o de que, se fosse facultativo, “os pobres deixariam de votar”. Mas, pesquisas sucessivas do Datafolha mostram o contrário – uma “curva em U”, em que os pobres e os mais ricos continuariam votando, e justamente a classe média (alienada?) deixaria de votar. Com o voto facultativo, as pressões sobre os eleitores com “menos autonomia” para tutelar seu voto seriam reduzidas por não contar mais com a coação da obrigatoriedade. (DAVID FLEISCHER) TEXTO II No seu famoso discurso como presidente da Associação Americana de Ciência Política, em 1996, o cientista político Arend Lijphart defendeu o voto obrigatório como solução para o problema da abstenção e da desigualdade nas eleições dos Estados Unidos. O testemunho dele alerta para um dos riscos a que o Brasil estará sujeito caso o Congresso Nacional aprove emenda à Constituição para tornar o voto facultativo. A taxa de comparecimento eleitoral tende a ser menor em países que adotam sistema de voto facultativo. Nos Estados Unidos, em 2008, 58% dos cidadãos com idade para votar compareceram às urnas para escolher o presidente, segundo o International Institute for Democracy and Electoral Assistance. Nem o fenômeno Barack Obama foi suficiente para motivar o registro e a votação em massa. Na eleição para o Congresso, em 2006, só 37% dos americanos votaram. Por outro lado, nos países em que há penalidades para quem se ausenta da eleição e não se justifica perante a Justiça, a maioria dos cidadãos exerce o direito ao voto. [...] A lei do voto obrigatório, quando aplicada rigorosamente, contribui para melhorar as condições de vida da população, sobretudo em países em desenvolvimento, conforme atestam vários estudos. Quando o exercício do voto se estende aos mais pobres e menos escolarizados, há uma pressão para que os governos adotem políticas voltadas para o combate à pobreza e à desigualdade. Por último, e não menos importante, a obrigatoriedade faz com que os eleitores busquem informação sobre a política, além de pressionar candidatos e partidos a incluir propostas para o segmento mais amplo da sociedade. Quando têm o dever de votar, os cidadãos se informam e conversam sobre política, aumentando o interesse pelo assunto. Se o voto se tornar facultativo no Brasil, pode haver um retrocesso na democracia e no bem-estar social. Em primeiro lugar, a mudança da lei reduzirá o número de votantes. Os menos escolarizados e mais pobres renunciarão, com maior frequência, ao exercício do voto. Sem a pressão de setores da sociedade, os governos terão menos incentivo para promover políticas de distribuição de renda e combate à pobreza. Os avanços obtidos ao longo dos últimos 16 anos podem estar comprometidos. (CELSO ROMA) (Ambos os textos extraídos da Folha de S.Paulo, 02.10.2010, com adaptações)