Abapuru
Operários
Oswald de Andrade (11/01/1890 – 22/10/1954), defende a idéia de valorização das
raízes nacionais, que devem ser o ponto de partida para os artistas brasileiros.
Criando assim o movimento, PAU-BRASIL.
Ele também escrevia para os jornais expondo suas idéias renovadoras, formou
grupos de artistas que uniram-se em torno de uma nova proposta estética.
PRECURSORES
Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que
colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar
Segall, em 1913, e a de Anita Malfatti, em 1917.
Pelo fato de Lasar Segall, não ser brasileiro, sua exposição não atraiu tantas
críticas, uma vez que, suas obras eram consideradas como “coisa de estrangeiro”.
A exposição de Anita Malfatti provocou uma grande polêmica com os adeptos da
arte acadêmica. Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O
Estado de S. Paulo, intitulado: “A propósito da Exposição Malfatti”, publicado na
seção “Artes e Artistas” da edição de 20 de dezembro de 1917, foi a reação mais
contundente dos espíritos conservadores.
No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato, preso a princípios estéticos
conservadores, afirma que “todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis
fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude”. Mas Monteiro Lobato
vai mais longe ao criticar os novos movimentos artísticos. Assim, escreve que
“quando as sensações do mundo externo transformaram-se em impressões
cerebrais, nós ‘sentimos’; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou
futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que
o nosso cérebro esteja em ‘pane’ por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a
percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos
cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá ‘sentir’ senão um gato, e é
falsa a ‘interpretação que do bichano fizer um totó, um escaravelho ou um
amontoado de cubos transparentes”.
Um dos principais eventos da história da arte no Brasil, a Semana
de 22 foi o ponto alto da insatisfação com a cultura vigente,
submetida a modelos importados, e a reafirmação de busca de uma
arte verdadeiramente brasileira, marcando a emergência do
Modernismo Brasileiro.
Desta semana tomam parte pintores, escultores, literatos, arquitetos
e intelectuais. Durante três dias 13, 15 e 17 de fevereiro - o Teatro
Municipal de São Paulo foi tomado por sessões literárias e musicais
no auditório, além da exposição de artes plásticas no saguão, com
obras de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Yan de
Almeida Prado . As manifestações causaram impacto e foram muito
mal recebidas pela platéia formada pela elite paulista, o que na
verdade contribuiria para abrir o debate e a difusão das novas idéias
em âmbito nacional.
São Paulo se caracteriza como o centro das idéias modernistas, onde
se encontra o fermento do novo. Do encontro de jovens intelectuais
com artistas plásticos eclodirá a vanguarda modernista.
Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto da burguesia
tradicionalista e conservadora, São Paulo, incentivado pelo
progresso e pelo afluxo de imigrantes italianos será o cenário
propício para o desenvolvimento do processo do Modernismo. Este
processo teve eventos como a primeira exposição de arte moderna
com obras expressionistas de Lasar Segall em 1913, o escândalo
provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917
e janeiro de 1918 e a 'descoberta' do escultor Victor Brecheret em
1920. Com maior ou menor peso estes três artistas constituem, no
período heróico do Modernismo Brasileiro, os antecedentes da
Semana de 22.
ANITA MALFATTI
LASAR SEGALL
VICTOR BRECHERET
Di Cavalcanti
Candido Portinari
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
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