UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA TEREZINHA LUZ BRANDÃO1 Orientadora: profª Klívia de Cássia Silva Nunes2 Co-orientadora: profª Gizelda Moura Rodrigues3 Resumo A presente pesquisa tem como objetivo apresentar o relatório desenvolvido no Projeto de Intervenção: Contribuir com o desenvolvimento das habilidades da lectoescrita dos alunos da Escola de Tempo Integral XV de Novembro. Inicialmente foi elaborado um diagnóstico para detectar o nível de aprendizagem dos alunos. Foram realizadas diversas reuniões com a equipe escolar entre estes, coordenadores, professores e orientador educacional, para a condensação dos resultados e coleta de dados feitos até o momento que se refere aos problemas levantados no projeto. Tendo em vista que o projeto de intervenção aponta como problemática a dificuldade do desenvolvimento da leitura e escrita dos alunos dos 2º anos. No intuito de subsidiar o professor, houve momento de estudo de textos voltado para alfabetização e letramento. Durante a leitura, os professores se inteiravam de assuntos pertinentes que fazem parte do dia-adia escolar, para daí então lançar novas metodologias para o desenvolvimento das competências leitoras e escritora dos alunos. Observa-se que houve avanços significativos na leitura e escrita dos alunos dos 2º anos do ensino Fundamental. O que está sendo apresentado neste relatório nos faz acreditar que irá mudar essa imagem que existe dos alunos que sai da série anterior sem desenvolver habilidade e competência da lectoescrita para a série que atua, de acordo com as matrizes de competências e habilidades do Referencial Curricular. A análise desses fatores é imprescindível para a compreensão dos caminhos que percorre para o desenvolvimento da leitura e escrita, acarretando avanços significativos colaborando no processo efetivo de democratização do ensino. Palavras Chaves: Intervenção, leitura e escrita. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1 TEREZINHA Luz Brandão, Cursista do curso de Especializão em coordenação pedagógica /UFT, graduada em Pedagogia. Na fundação universidade do Tocantins-UNITINS em 1998, foi professora no colégio estadual Padrão, em Tocantinópolis, até 2011, quando participou do seletivos para diretores na Diretoria Regional, passando a trabalhar como gestora no Colégio Estadual Olavo Bilac na cidade de Itaguatins, Tocantins. Em 2002 pós- graduou-se em Administração e Supervisão pela faculdade Integrada de Amparo-FIA/SP. Pós- graduada em Orientação educacional e Psicopedagoga, pelas Faculdades Integradas de Patos em 2004.Pós-graduada em Gestão Educacional e Metodologia de Ensino em Linguagem- Língua portuguesa, Artes e Educação física em 2006.EDUCON. Hoje professora nas disciplinas de Estudo Dirigida e Leitura. 2 Mestre em Educação - PUC de Goiás. Prof.ª do Curso de Ciências Sociais da UFT. Membro do Grupo de Pesquisa em Cultura, Educação e Política: patrimônio, ruralidades, tecnologia e gestão [email protected] 3 especialista em Gestão Educacional – UCB. Prof.ª. De Educação Básica pela SEDUC do Tocantins. [email protected] INTRODUÇÃO Aprendizagem é um processo complexo, que envolve caminhos e tempos individuais e se manifesta em conhecimento, acarretando direta ou indiretamente alguma mudança, que deve ser relativamente duradoura, utilizada em favor do crescimento individual. Uma vez que a leitura e a escrita são essenciais na vida do educando. Tendo em vista que a escola é responsável pela formação intelectual do aluno, é essencial analisar a importância que ela deve estabelecer para o tratamento dos gêneros textuais, com destaque à nossa abordagem das historias de literatura infantil. É importante enfatizar que trabalhar com os gêneros textuais significa colocar o aluno diante de diversas situações, além de ser uma maneira de torná-lo apto para escolher como ele vai se suportar ao ter que elaborar um discurso, seja ele formal ou informal. Diante do exposto, é que surge a iniciativa de elaborar um projeto de intervenção por entender que a temática sobre a lectoescrita e interpretação textual era um problema que deveria ser sanado na Escola Estadual XV de Novembro de Tempo Integral. A escola atende uma clientela de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os quais permanecem na escola 10 horas diárias. De acordo diagnóstico realizado no início do ano letivo, a maioria dos alunos apresentam dificuldades de lectoescrita e interpretação textual. Essa deficiência possibilitou aos professores uma reflexão sobre o problema, levando-os á hipótese de que a razão das dificuldades de leitura, produção e escrita estaria na falta de um investimento específico para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Assim, houve todo investimento do governo estadual na adoção do Programa Circuito Campeão como forma de apoiar a escola na caminhada de desenvolver uma educação de qualidade. Esse apoio acontece desde o principio do aluno letivo, com capacitação inicial que se estende durante todo o período por meio de analise dos registros mensais das habilidades previstas no documento de matriz de habilidades. Nesse contexto, o programa funciona como termômetro da qualidade da aprendizagem e garante a escolha pela intervenção mais adequada a cada dificuldade que venha a ser encontrada. Sendo acompanhado e monitorado pelo coordenado pedagógico, para garantir o sucesso dos alunos no desenvolvimento da lectoescrita. A competência da lectoescrita são hoje um dos maiores desafios da escola, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, a inserção no mundo letrado e, sobretudo o despertar para o novo, pois de posse dessa habilidade torna-se sujeito do conhecimento. Preocupados em alterar a realidade no que diz respeito às dificuldades de leitura, escrita e produção de texto, detectadas em grande parte dos alunos que ainda não desenvolveram as competências e habilidades para a série, e de forma inexplicável, são promovidos, os alunos que fatalmente se tornam “problema”. O investimento em atividades voltadas para o desenvolvimento da lectoescrita, através da literatura, âncora para a execução do projeto, é a solução para o problema. Assim, o presente trabalho se apoiar na necessidade de investir nas habilidades da lectoescrita, pois se entende que o aluno que ler e escreve bem, é certo que o aprendizado das outras disciplinas ocorre facilmente. A experiência aponta para o trabalho com a literatura infantil podendo esta metodologia contribuir significativamente para o desenvolvimento cognitivo das crianças, ajudando a formar leitores. 2. REFLEXÃO SOBRE UMA DEFINIÇÃO DE LEITURA Refletiremos, inicialmente, sobre uma definição de leitura, estabelecido pelo escritor Ivan Ângelo (Apud, Silva, 1997) diz: “Ler é um ato libertador, pois a leitura deve ser vista como uma atividade humana, uma pratica social”. O ser humano tem muitas peculiaridades, dentre elas, a de estar em continua transformação. Sua formação não é estática, desde criança está sempre aprendendo coisas novas para construir um ser social melhor. A leitura funciona como um incitador deste ser a ponto de fazê-lo conciliar os pré-conceitos que ele detém aos novos conceitos adquiridos através da leitura. Ivan ângulo diz que, quanto maior vontade consciente de liberdade, maior índice de leitura. Para Chiappini (2000, p. 17): O ato de ler é um processo abrangente e complexo; é um processo de compreensão, de intelecção de mundo que envolve uma característica essencial e singular ao homem: a sua capacidade simbólica e de interação com o outro pela a mediação da palavra. Sendo a leitura um processo abrangente, se faz necessário o redimensionamento na forma de trabalhar a linguagem. E hoje é consensual que esse trabalho esteja centrado no texto, pois o aluno que lê, integra-se com o mundo conquistando a autonomia, deixando de ler pelos olhos de outrem para ter a sua própria leitura. A finalidade deste estudo é contribuir para discussões em torno da leitura, considerada um dos principais pilares da formação do cidadão. As dificuldades de leitura limitam a participação do individuo na vida social. Decifrar sinais gráficos não é tudo nesse processo, é preciso ir além das letras. Quando se está lendo, várias outras habilidades como a fala, a escrita e a capacidade de reflexão estão sendo desenvolvidas, simultaneamente. Apesar da importância da leitura, do seu poder de elevar os níveis de conhecimentos humanos, muitas dificuldades ainda existem nesse processo tão significativo e, muitas vezes até são detectadas, mas os índices que seriam melhorados através desse hábito revelam que muito precisa ser; Segundo Lajolo (apud, GERALDE, 1991): “Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto é a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhes significados, relacionando a outros textos...” Feito para mudar essa realidade. Acredita se que a cada dia iremos mudar essa imagem que existe na escola dos alunos que sai da série anterior sem desenvolver habilidade e competência da lectoescrita para a série que atua, de acordo com as matrizes de competências e habilidades curriculares do Fluxo Circuito Campeãs. A muito se aponta a falta de leitura como um dos problemas da educação brasileira; já é sabido por todos os envolvidos no processo ensino aprendizado que isso faz do estudante que não tem o hábito da leitura um elemento à parte desse processo; que a inserção na vida social depende dessa prática; mas, o problema já foi diagnosticado e mesmo assim não foi sanado, a cada dia o número de pessoas que não fazem parte desse mundo de informações é maior. O projeto incentiva o estudante a ler de forma prazerosa, estimulando também a leitura em família. Através da leitura das obras, os estudantes realizam outras atividades, como, cartazes e desenhos, confecção do livrinho, historia em quadrinho, retratando aquilo que leram. Assim sendo fica claro que, quanto mais o professor investir na diversidade metodológica, mais fácil será para o aluno desenvolver o gosto pela leitura. 1.2. Necessidades de leitura e consequência de sua falta. A falta do exercício da leitura é vidente na quantidade de pessoas que, mesmo sabendo ler e escrever, não consegue estabelecer uma relação entre o texto lido e a realidade, ou até mesmo os que não conseguem extrair do texto embasamentos suficientes para exercitar a sua criatividade. Para muita gente, o ato de ler reduz-se a um simples reconhecimento de sinais gráficos como se os mesmos não tivessem atrelados a uma carga de informações que esclarece, informa e / ou adverte e acima de tudo o faz pensar corretamente. Sobre a necessidade de leitura e das consequências de sua falta, em sua obra aqui já mencionada, Educação como prática da liberdade, Paulo Freire escreveu: A partir das relações do homem com a realidade, resultantes de estar com ela e de estar nela, pelos atos de criação, recriação, vai ele dinamizando o seu mundo. Vai dominando a realidade. Vai humanizando-a. Vai acrescentado a ela algo de que ele mesmo é o fazedor. Vai temporalizando os espaços geográficos. Faz cultura. E é ainda o jogo destas relações do homem com o mundo e do homem com os homens, desafiando e respondendo ao desafio, alterando, criando, que não permite a imobilidade, a não ser em termos de relativa preponderância, nem das sociedades nem das culturas. E, na medida em que cria, recria e decide, vão se conformando as épocas históricas. E também criando, recriando e decidindo que o homem deve participar destas épocas. (p.. 44) O trecho acima demonstra a necessidade de uma boa leitura a ser cultivada, uma vez que esta se torna elemento fundamental na composição da sociedade, e, sendo ativo precisa nutrir-se de capacidade para concordar, discordar e até mesmo propor mudanças das coisas com as quais não concorda isso tudo visando, através da leitura, atingir a liberdade. O fragmento aqui citado mostra também que, para o teórico, a compreensão critica do leitor não é fundamentada apenas em decifrar a palavra ou a linguagem escrita, mas dar-lhe. A possibilidade de repensar a teoria e a realidade como coisas coesas, e estruturais de suas vivências. 2-A IMPORTANCIA DA LECTOESCRITA E PRODUÇÃO TEXTUAL. O Projeto trata de um conjunto de ações de apoio à leitura, escrita, produção de texto, aqui denominado de desenvolvimento da lectoescrita e será realizado através da promoção de atividades e oficinas. A proposta é chegar ao final do ano letivo com todos os alunos lendo e escrevendo fluentemente. Porém, existiram e existi alguns fatores que dificultaram e dificultam o trabalho, como por exemplo, a heterogeneidade nas turmas, visto que a Escola Estadual XV de Novembro atende alunos de diferentes classes sociais e com diferentes experiências de aprendizagem (alunos que fizeram maternal, jardim e alguns até na alfabetização). Enquanto que outros chegam pela primeira vez na escola. Recebemos também, alunos com necessidade de atendimento diferenciado, os mesmos são atendidos na Escola PE Giuliano Moretti, em sala de recurso, de uma a duas vezes por semana, de acordo a dificuldade de aprendizagem de cada aluno. [...] deverão organizar a sua prática de forma a promover nos alunos: o interesse pela leitura de histórias; a familiaridade com a escrita por meio da participação em situações de contato cotidiano com livros, revistas, histórias em quadrinhos; escutar textos lidos, apreciando a leitura feita pelo professor; escolher os livros para ler e apreciar. Isto se fará possível trabalhando conteúdos que privilegiem a participação dos alunos em situações de leitura de diferentes gêneros feita pelos adultos, como conto, poemas, par lendas, trava-línguas, etc. propiciar momentos de reconto de histórias conhecidas com aproximação às características da história original no que se refere à descrição de personagens, cenários e objetos, com ou sem a ajuda do professor. (RCNEI, 1998, p. 117-159). O trabalho em sala de aula com Literatura Infantil é importante sob vários aspectos. O mais focado será o desenvolvimento cognitivo, pois proporciona às crianças meios para desenvolver habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem. Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório lingüístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade. Estas habilidades propiciarão novas leituras, oportunizando o leitor fazer inferências e novas releituras, agindo, assim, como facilitadores do processo de ensinoaprendizagem não só da língua, mas também na aquisição de habilidades e competências das outras disciplinas. Segundo a fala de (José Nicolau Gregorim Filho), acredita que poderemos realmente levar muitas crianças a ampliar e educar seus olhares para literatura e para a arte, a se transformar em leitores plurais e, conseguintemente, em cidadãos mais preparados para a vid0a em sociedade. Além das atividades de leitura na sala de aula, ele coloca que procura discutir, ainda que de modo rápido e objetivo, critérios e instrumento de avaliação para o trabalho com a leitura e a literatura infantil, questões sempre conflituosa para professores. Para o desenvolvimento das ações contamos com a participação de toda a equipe escolar, dentre eles, professores, coordenadores e orientador educacional. Percebe-se também que a cada etapa do projeto desenvolvido, havia o interesse e o avanço dos alunos. Entendemos com isso, que, a leitura e escrita deve ser estimulada no dia-a-dia, pois sabemos que a mesma não é tão fácil assim de acontecer na vida dos educandos, porém, isso fica claro que quanto mais os alunos tiverem contato com a leitura, mais fácil será para os mesmos se apropriarem dela. O papel do professor e de outro mediadores da leitura e fundamental desde o momento da seleção dos textos e materiais de leitura- em diferente suportes (livros, revistas, jornais, recordes, cartas, e-mails, blogscartazes, panfletos, bulas etc.) e numa diversidade de gêneros( literários, jornalísticos, científicos, publicitários, epistolares etc.). Qualquer que seja o nível da turma com que se trabalhe o planejamento da leitura e, dentro dele, a organização do tempo pedagógico para as atividades de leitura são peças- chave para o bom resultado do trabalho do professor. (SILVA e MARTINS, 2010.p.33.) Por tanto as Atividades foram desenvolvidas de acordo o cronograma foi satisfatório, com os professores foi um momento de estudo muito rico, com debates e discussão sobre a leitura e escrita, Quando falamos em leitura, o que primeiro costuma vir à mente é a compreensão das palavras e o processo de alfabetização. No entanto, já nos alertava Paulo Freire que leitura é bem mais que decorar palavras: é ler o mundo. E, neste mundo moderno, repleto de mensagens imagéticas, a leitura também envolve ler imagens, tornando-as alicerce para a formação de leitores também, de textos. A ficha de monitoramento de leitura e escrita nos permite acompanhar o desenvolvimento dos alunos durante esse caminho. Outra observação importante e criar condições para que não se percam os objetivos destas atividades, partir do texto literário para viajar pelo mundo. O professor deve se guia dessas deliciosas viagens que possuem um ponto de partida e outro de chegada: o universo da literatura. Quebra cabeça, e contação de histórias, oficina de arte, oficina de dramatização oficina de expressão corporal, propaganda do livro, Roda de leitura, Mágica das palavras etc. Não se propôs esgotar o tema mesmo porque a discussão sobre a produção literária para crianças abarca vários pontos de vista e vária nuance, tanto teóricas como metodológicas. Espera-se que, acima de tudo, esteja de mente aberta e disponível para aprender com as possibilidades de leitura de mundo e de vida e que uma criança pode ensinar, construindo esse conhecimento por meio de leitura de bons livros e com professores bem preparados para as atividades diárias no espaço escolar. No presente relatório registram-se os relatos das ações desenvolvidas do projeto de intervenção: Contribuir com o desenvolvimento das habilidades da lectoescrita dos alunos da Escola de Tempo Integral XV de Novembro. Observa-se que através do diagnóstico sobre a lectoescrita dos alunos, comprovado no projeto de pesquisa, fica mais fácil para o desenvolvimento das ações, bem como buscar solucionar os problemas, quando são conhecidos antes. E isso é o que está sendo apresentado neste relatório. Assim sendo fica claro que, quanto mais o professor investir na diversidade metodológica, mais fácil será para o aluno desenvolver o gosto pela leitura. Como mediador da leitura, o professor e o especialista que precisa conhecer selecionar e indicar livros para a criança, mais e preciso que ele próprio seja usuário assíduo da literatura. (OLIVEIRA, 2010.p, 52.) Dessa forma diria que o jeito mais fácil de incentivar o aluno é dando o próprio exemplo, ou seja, lendo para as crianças. Mas Existem profissionais que insistem em não buscar novas metodologias para melhorar sua prática pedagógica em sala de aula, não gostam de buscar fontes novas para inovar as aulas continuam nas aulas monótonas, e tradicionais, ficam apenas culpando o aluno e a família. 3. PESQUISA DE CAMPO: LEITURA E ESCRITA. Iniciamos nossa pesquisa de campo no inicio do ano letivo, de 2011, na Escola Estadual XV de Novembro, situada à Rua 15 de Novembro nº 178, centro, na cidade de Tocantinópolis, Tocantins. A pesquisa foi desenvolvida na perspectiva qualitativa, seguindo os seguintes passos: realização da pesquisa bibliográfica, coleta de dados, entrevista semiaberta para com 02 professores das turmas dos 2º anos, com intuito de verificar quais as suas dificuldades e forma a poder trabalhar nas reuniões de estudo e orientação. O procedimento da pesquisa incluiu a execução de diversas ações como, por exemplo: seleção de Literatura Infantil e infante juvenil; momento de estudo de texto referente à leitura e a escrita e oficina de produção de texto, para os 02 professores desenvolverem com os alunos do 2º anos do ensino fundamental, após foi realizada a análise e verificação dos resultados obtidos com a pesquisa. No primeiro momento foram com estudo do texto psicogêneses da leitura e escrita para com os 02 professores da disciplina de Língua Portuguesa, das turmas dos 2º anos, partir da ir cada um fez a sondagem com sua turma, com atividades conforme a hipótese da escrita de cada aluno, para diagnostica o nível de aprendizagem da sua turma, para fazer as intervenções necessárias no decorrer do ano. Tivemos outro momento de estudo com os 15 professores de todas as turmas de 1º ao 5º ano com o texto Como analisar a situação de leitura e escrita e produção de textos, classificando corretamente no acompanhamento. Para que todo tenha melhor esclarecimento de como analisar a situação de leitura e escrita dos alunos de suas turmas. Em seguida os resultados da sondagem; foram condensados nas fichas de leitura e escrita do programa circuito campeão, para fazer analise mensalmente, na própria ficha onde consta coluna da Leitura: Ainda não lê, lê silabando palavras com silabas simples, Lê com fluência somente palavras, lê silabando frases e com fluência, Lê texto com pausa e com fluência, coluna da Escrita: Ainda não escreve não ortograficamente somente palavras, e ortograficamente produz texto com frases solta dentro do tema e coeso. Os alunos foram selecionados dentro de cada coluna que conta na ficha de Leitura e escrita. Além disso, foi necessário fazer uma análise das fichas que já existem na escola de acompanhamento do desenvolvimento dos alunos na lactoescrita, sendo este mais um elemento para ser trabalhados com os professores, a partir das fichas de leitura, registros dos gráficos, associação da leitura com as ações desenvolvidas na escola, como forma de se propor alternativas viáveis o trabalho com a lectoescrita e produção textual. Através da execução das ações do projeto, percebemos que aos poucos fomos alcançando os objetivos, visto que já foi planejado nas ações da escola, pois sabemos que o PPP é o elemento norteador da organização do trabalho dentro da escola, visando o sucesso na aprendizagem dos alunos e esta e a finalidade maior da escola como instituição social. Faz-se necessário compreender que é importante o que a criança sabe, traz consigo e com isso seja valorizado, pois é a escola o lugar de aprendizagem, lugar onde a criança tem direito de errar, de não saber, de aprender. Faz-se necessário que precisa ser revistas as metodologias de ensino, o sistema, os recursos didáticos de modo a refazer o currículo e o mesmo a maneira de ensinar. Sabemos que a escola é vista como um dos principais instrumentos de formação de cidadão e precisa de um planejamento que venha nortear suas ações, para que possa ser capaz de tornar o indivíduo ativo na sociedade onde estão inseridos. De início foi preciso muita disposição para encarar esse trabalho, principalmente no fator tempo para executar as atividades, foi muitos entraves no decorrer de semestre. Ainda não conseguimos atingir os 100% e que desejamos, tivemos alguns avanços bem significativos. Esse projeto representa possibilidades de criar um espaço de interação entre os educados no momento das apresentações de forma como reflete ordenar, distrai, se expressam sua imaginação, seus desejos e medos. Não conseguimos os 100% a participação ativa dos alunos nas atividades propostas do projeto, não vamos parar por aqui, vamos dar uma retomada nas ações que menos os alunos participaram. O procedimento da pesquisa incluiu a execução de diversas ações como, por exemplo: seleção de Literatura Infantil e enfarto juvenil; momento de estudo de texto referente a leitura e a escrita e oficina de produção de texto, para os professores desenvolverem com os alunos do 2º ano do ensino fundamental, após foi realizada a análise e verificação dos resultados obtidos. Como demonstra a seguir GRÁFICOS DA PESQUISA COMPARATIVO DA LEITURA DOS ALUNOS FEVEREIRO/2011 20 20 11 77 10 3 0 0 44 3 0 0 2º A 1 0 0 2º B Podemos aqui perceber as dificuldades de leitura e escrita em crianças que estão aprendendo a ler e escrever. COMPARATIVO DA ESCRITA DOS ALUNOS FEVEREIRO/2011 20 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 14 2º A 11 7 2º B 3 0 Ainda não escreve Escreve palavras não ortograf. 1 Escreve palavras ortograf. 0 Produz textos c/ frases soltas 0 0 Produz textos coesos A leitura é o processo mediante o qual se compreende a linguagem da escrita. “é por não ter refletido bastante sobre o assunto, que o homem de talento se sente embaraçado não sabendo por onde começar a escrever”. COMPARATIVO DOS ALUNOS NA LEITURA NOVEMBRO/2011 10 9 10 8 7 8 5 6 4 3 4 1 2 0 1 4 1 1 2º A 2º B 0 0 Ainda não lê Lê Lê palavras Lê frases silabando com silabando fluência Lê frases com fluência Lê textos com pausa Lê textos com fluência Aqui se percebe bem a importância da leitura na produção de um bom texto, pois a dissertação caracteriza-se pela análise objetiva de um assunto, pela sequência lógica das ideias, quando refletidas e expressas, pela coerência na exposição delas. COMPARATIVO DE ESCRITA DOS ALUNOS NOVEMBRO/2011 14 14 12 10 8 5 6 4 6 2º A 7 6 5 3 5 2º B 3 0 2 0 Ainda não escreve Escreve palavras não ortograf. Escreve palavras ortograf. Produz textos c/ frases soltas Produz textos coesos Portanto os resultados aqui obtidos com a pesquisa que apontam para um complexo de fatores relacionados à origem do problema que algumas crianças enfrentam na aprendizagem da leitura e da escrita, que nem sempre são de domínio da escola. CONSIDERAÇÕES FINAIS A leitura é uma das formas de entender o mundo e fazer parte dele. A dificuldade de leitura e produção é um problema que tem acompanhado as pessoas desde as séries iniciais até a conclusão, mas essa realidade precisa e deve ser mudada, como já vem acontecendo com muitas escolas que têm a leitura como alicerce para a formação de um cidadão crítico e apto para estar na sociedade. . LAJOLO (2001) diz que “Lê se para entender o mundo, para viver melhor”. Em nossa cultura, quanto mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode, nem costuma encerrar-se nela. Um sinal evidente de que o trabalho com a leitura não é um trabalho impossível de ser realizado com sucesso, é que muitas escolas de todo o Brasil tem obtido resultados. “É no cotidiano das práticas escolar que os alunos precisam sentir-se envolvidos e assessorado para que possam criar e construir dentro da escola que oferece condições necessárias para aos seus enfrentamentos e desafios, também para irem além dos seus melhores meios de aprendizagem”. (Espaço da escola, junho de 1993: p.23). O trabalho de conscientização tem que ser feito pelos professores quanto à importância da leitura na produção textual, mostrando os pontos de mais relevância, como os efeitos da leitura e consequências de sua falta. Provavelmente esse trabalho não acontecerá da noite para o dia, mas ao longo dos anos e esses alunos que estão rumo à faculdade e a o mercado de trabalho conseguiu ou conseguirá alcançar essa habilidade. Concluem-se através dos estudos, observações e participação nas ações pedagógicas, que a Escola estadual xv de novembro, ainda tem muito que avançar no sentido de efetivar uma educação participativa. Pequenas mudanças já são percebidas na postura dos educadores (gestores, professores e servidores administrativos). O trabalho coletivo vem se destacando, através do compartilhamento das ações do conselho escolar participativo, colaborando para o crescimento educacional dos alunos e efetivação da gestão participativa e autonomia escolar. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERREIRA, Naura Syria Carapeto (org.) gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003. LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 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