ATRASO NO PAGAMENTO DO PIS O abono salarial do PIS é uma espécie de 14o salário pago a trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. O benefício equivale a um mínimo (R$ 788) e é concedido todos os anos. O governo costumava pagá-lo entre julho e outubro, mas mudou o calendário para fazer o pagamento em 12 meses, até junho de 2016. Metade dos benefícios do abono – 12 milhões – que seriam pagos neste ano foram atrasados. 1 VOLTA DA CPMF Em setembro, o Planalto revelou a intenção de trazer de volta a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), dentro do conjunto de medidas do ajuste fiscal. A receita anual esperada é de R$ 32 bilhões. O valor seria cobrado sobre as transações bancárias para financiar integralmente gastos da Previdência Social. A medida enfrenta resistência de parlamentares. 2 REPATRIAÇÃO DE RECURSOS NO EXTERIOR O projeto de lei que regulariza, mediante pagamento de multas, dinheiro enviado por brasileiros ao exterior sem declaração à Receita segue emperrado na Câmara. O texto prevê que quem repatriar os recursos terá de pagar 35% sobre o valor, sendo 17,5% de multa e 17,5% de Imposto de Renda. Conforme o governo, se mantido o texto original, a arrecadação deve ficar entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões. PENSÃO POR MORTE O governo também restringiu o acesso à pensão por morte, criando um tempo mínimo de 24 meses de contribuição para que o dependente receba os recursos. Antes da mudança, não havia carência para ter direito ao benefício, era necessário apenas que, na data da morte, o segurado estivesse contribuindo. 3 oi feito f já 4 REPASSES MENORES AO BNDES Ao longo do ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revisou as políticas para conceder financiamentos. O juro subiu e a participação da instituição em projetos foi reduzida. O banco aumentou o uso de taxas cobradas por outros bancos, abrindo espaço para outras fontes de empréstimos. 5 MENOR DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO Adotada em 2011 para reduzir os gastos com mão de obra e estimular a economia, a desoneração da folha de pagamento das empresas foi revista pelo governo e aprovada no Congresso. Com a mudança, quem pagava alíquota de 1% de contribuição previdenciária sobre a receita bruta passou a pagar 2,5%. Quem tinha alíquota de 2% passou para 4,5%. 6 ALTA DO IPI PARA AUTOMÓVEIS O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre os automóveis voltou a chamada “alíquota cheia”. Para carros com motor até 1.0, o imposto em vigor passou a ser de 7%, em vez dos 3% até 31 de dezembro. Os veículos com motorização acima de 1.0 e até 2.0 flex tiveram alíquota do IPI elevada 2 3 FIM DO ABONO PERMANÊNCIA O Planalto pretente acabar com o percentual a mais que o servidor aposentado recebe para continuar na ativa, mas para isso precisa de aprovação do Congresso. Pelas contas do Ministério da Fazenda, pode gerar economia de até R$ 1,2 bilhão em 2016. a FALTA nd ai SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL Para reduzir o número de benefícios concedidos, o Planalto restringiu o acesso ao seguro-desemprego. O tempo mínimo de trabalho com carteira assinada para ter o direito passou de seis meses para 18. A nova regra, aprovada no Congresso, também ampliou o tempo mínimo de serviço, de 30 dias para seis meses, para receber o abono salarial. 1 4 IR MAIOR NA VENDA DE IMÓVEIS O projeto cria alíquotas progressivas para o Imposto de Renda Pessoa Física sobre ganhos de capital, cobradas quando um bem é vendido por um valor maior do que o comprado. Hoje, incide alíquota única de 15%. A medida deve atingir sobretudo a venda de imóveis. Para quem lucra até R$ 1 milhão, o imposto continua o mesmo, de 15%. Para ganhos de capital acima de R$ 20 milhões, o tributo será de 30%. 5 SUSPENSÃO DE CONCURSOS PÚBLICOS Para confirmar o adiamento dos concursos, o governo precisa aprovar no Congresso mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias e do orçamento anual. A economia prevista é de R$ 1,5 bilhão. 6 PRORROGAÇÃO DA DRU O governo tenta prorrogar até 2023 a vigência da Desvinculação das Receitas da União (DRU), que vence em 31 de dezembro. Instituída em 1994, a DRU permite ao governo usar livremente 20% de todos os tributos federais. A Câmara adiou para hoje a votação da emenda à Constituição (PEC).