ALIZIN: UMA REVOLUCIONÁRIA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO
DA PIOMETRA EM CADELAS
Estudos Clínicos revelam a eficácia de Alizin na Terapia Medicamentosa de Piometra em
Cadelas
A piometra nas cadelas e nas gatas é resultante de alterações hormonais induzidas no útero
que permitem a instalação de infecção secundária.
Normalmente ocorre no diestro e é causada por uma maior concentração de progesterona
e/ou hipersensibilização do útero. Em ambos os casos são formados cistos que contêm
células secretórias, que produzem grandes quantidades de fluidos que são lançados no
interior do útero. Com o avanço da doença este fluido começa a vazar pela vagina.
Além da proliferação e aumento da atividade secretória das glândulas endometriais, a
progesterona é responsável pela manutenção da oclusão cervical e inibição da contração
uterina.
A desobstrução da cérvix (piometra fechada ou aberta) é uma influência importante na
severidade da doença, no seu prognóstico e nas opções de tratamento que podem ser
oferecidas, pois após certo tempo ocorre o fechamento da cérvix e, com o acúmulo do
exsudato inflamatório, pode ocorrer a ruptura do útero e a liberação deste material na
cavidade abdominal, levando o animal à morte em 48 horas.
O organismo tenta eliminar a infecção por meio da filtração renal, porém devido ao excesso
de secreção ocorre uma sobrecarga dos rins, levando a uma insuficiência renal e
conseqüente morte do animal.
Os principais sintomas da doença estão relacionados à polidipsia, poliúria, secreção
vaginal, febre, hiporexia e letargia.
O tratamento convencional consiste na ovariosalpingohisterectomia (OSH), ou seja, na
remoção cirúrgica do útero, trompas e ovários.
Renomados pesquisadores europeus comprovaram que há uma alternativa inovadora, eficaz
e segura para a terapia medicamentosa da piometra: Alizin (aglepristone).
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Propriedades da Molécula
Aglepristone é uma substância ativa esteróide com atividade antiprogestágena.
Estudos in vitro indicam forte afinidade desta substância por receptores de progesterona e
de glicocorticóides, o que explica o seu efeito no organismo.
Testes in vivo, realizados com a aplicação de doses de 10 e 15 mg/kg/dia, por via
subcutânea, respectivamente para cadelas e gatas, confirmam sua atividade
antiprogestágena em todos os animais tratados.
Pela via subcutânea, o aglepristone atinge concentração máxima no organismo
aproximadamente 2,5 dias após a última administração.
Aproximadamente 80% da dose administrada é excretada durante 24 dias, ou seja, a
eliminação se faz de forma lenta, devido à marcante lipofilia da droga.
A principal via de eliminação é a fecal (90% do total administrado), o que sugere que a
droga seja metabolizada pelo ciclo êntero-hepático.
Modo de ação
O aglepristone inibe competitivamente os receptores de progesterona devido à sua alta
similaridade estrutural com esta molécula, sendo 3 vezes maior pelos receptores de
progesterona do que a própria molécula.
Com sua ligação a estes receptores, o aglepristone impede que o endométrio sofra a
influência da progesterona, conseqüentemente ocorrerá a contração uterina e dilatação da
cérvix, com expulsão do conteúdo.
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Estudos clínicos
O estudo realizado por Fieni e colaboradores com o objetivo de demonstrar a eficácia do
tratamento de metrite e piometra com Alizin em cadelas foi realizado com 54 fêmeas, de
diferentes idades que apresentavam metrite e piometra (aberta e fechada). A dose utilizada
foi a de 0,33 mL/kg de Alizin, o que corresponde a 10 mg/kg de aglepristone administrados
nos dias 1, 2 e 8 após o aparecimento dos sintomas. Em alguns casos, foi necessária uma
quarta administração no dia 14. Todos os animais estudados que apresentavam metrite
responderam bem ao tratamento somente com aglepristone. Nos animais que apresentavam
piometra aberta ou fechada, foi obtido total sucesso em 63% dos casos somente com
aglepristone. Porém constatou-se que quando foi associado cloprostenol – prostaglandina
sintética – ao tratamento com aglepristone ocorreu uma regressão dos sintomas em um
período menor e um aumento do índice de eficácia que passou para 87%.
Segundo um outro estudo realizado por Hoffmann e colaboradores em 31 fêmeas, de
diferentes idades que também apresentavam piometra, no qual foi utilizado a mesma
posologia e modo de usar do estudo anteriormente descrito, concluiu-se que este tratamento
é eficaz em animais que apresentam função ovariana normal e níveis de progesterona
maiores que 1 ng/mL, ou seja, na fase de proestro e no início do estro o tratamento não
responde bem, pois os níveis de progesterona são baixos.
Protocolo Terapêutico
Fórmula
Cada 100 mL contém:
Aglepristone .................. 3,0 g
Veículo ..... q.s.p. ........... 100,0 mL
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Para tratamento de piometra e metrite:
Cadelas: 0,33 mL/kg (10 mg de aglepristone/kg) por via subcutânea, no lado interno do
membro posterior, nos dias 1, 2, 8 e 15 após o início dos sintomas, totalizando 4 aplicações
ou a critério do Médico Veterinário.
Para interrupção de gestação:
Administrar 0,33 mL/kg/dia por via subcutânea, no lado interno do membro posterior, a
cada 24 horas, durante 2 dias consecutivos. Realizar a 1a aplicação em um dos membros e a
2a no membro oposto.
Para otimizar a difusão do produto, recomenda-se massagear levemente o local da
administração após a injeção. Um exame clínico, laboratorial e de diagnóstico por
imagem são recomendados para a confirmação da eficácia do tratamento.
Apresentação: Frasco-ampola contendo 10 mL
Produto Importado
Importado da Virbac S/A (França)
Referências Bibliográficas
FIENI, F., BRUYAS, J.F., TAINTURIER D., BATTUT, I. Clinical use antiprogestins in
the treatment of metritis/pyometras in the bitch. Report from the joint meeting of
EVSSAR/5 th ESDAR annual conference held in Vienna, Austria, September 13-15, 2001.
HOFFMANN, B., LEMMER, W., BOSTEDT, H., FAILING, K. Application of the
antiprogestin aglepristone for conservative treatment of pyometra in the dog. Tierarztliche
Praxis Ausgabe Kleimtiere, vol. 28, Iss 5, pp 323-329, 2000.
BIRCHARD, S. J., SHERDING, R. G. Clínica de Pequenos Animais, cap. 16, pp. 1045,
1998.
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FAQ
1. Qual a dose, posologia e modo de usar do Alizin para tratamento de piometra?
Cadelas: 0,33 mL/kg (10 mg de aglepristone/kg) por via subcutânea, no lado interno
do membro posterior, nos dias 1, 2, 8 após o início dos sintomas e a critério do
Médico Veterinário, se necessário, no dia 15.
2. Só o tratamento com o Alizin é suficiente para tratar piometra?
Não, devemos recomendar o uso de antibiótico concomitante (devido ao pús
existente no útero), evitando assim uma septicemia e de fluidoterapia (para prevenir
uma desidratação e para não sobrecarregar os rins devido à infecção uterina).
3. Qual antibiótico deve ser indicado?
De acordo com os autores dos trabalhos realizados os antibióticos indicados são:
Enrofloxacina (Fieni) e amoxicilina e amoxicilina + ácido clavulânico (Hoffmann).
As doses recomendadas em literatura são as seguintes:
- Enrofloxacina: via oral, 5 mg/kg, a cada 24 horas
- Amoxicilina: via oral, 20-30 mg/kg, a cada 8-12 horas
- Amoxicilina + Ácido clavulânico: via oral, 14 mg/kg, a cada 12
horas
4. O que fazer em casos de piometra crônica?
O Médico Veterinário deve sempre avaliar as condições do animal. Em casos de
piometra crônica, em que o animal está bastante debilitado, não podemos descartar a
possibilidade de castração. Nestes casos, o Alizin melhora o quadro clínico do
animal, pois a maior parte do conteúdo uterino será eliminada, o que facilita a
intervenção cirúrgica. Entretanto, este é um caso emergencial e o tratamento só com
o Alizin não é suficiente.
5. Devo solicitar algum exame complementar?
Sim, exames laboratoriais (hemograma e função renal e hepática) e diagnóstico por
imagem (radiografia ou ultrassonografia).
6. Qual a incidência de eficácia do tratamento?
O trabalho realizado por Fieni obteve 100% de eficácia em casos de metrite, 63% de
eficácia com o tratamento apenas com Alizin e 87% de eficácia quando foi
associado Alizin e cloprostenol (prostaglandina sintética).
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7. Qual o mecanismo de ação do Alizin em casos de piometra?
O aglepristone inibe competitivamente os receptores de progesterona devido à sua
alta similaridade estrutural com esta molécula e possui uma afinidade 3 vezes maior
pelos receptores de progesterona do que a própria molécula.
Com sua ligação a estes receptores, o aglepristone impede que o endométrio sofra a
influência da progesterona, conseqüentemente ocorrerá contração uterina e dilatação
da cérvix, com expulsão do conteúdo.
8. Qual(is) o(s) efeito(s) adverso(s) do tratamento com Alizin?
Podem ocorrer no momento da administração do produto manifestações de dor e
algumas reações locais devido à natureza de seu veículo. O estro subseqüente à
administração poderá ser reduzido.
9. Qual(is) o(s) efeito(s) colateral(is) do tratamento com Alizin?
Fieni relata que durante o estudo foram observados alguns efeitos colaterais como
vômito, salivação e diarréia que cessaram com o término do tratamento.
10. Há alguma contra indicação para o uso do Alizin no tratamento de piometra?
De acordo com os estudos realizados por Hoffmann concluiu-se que este tratamento
é eficaz em animais que apresentam função ovariana normal e níveis de
progesterona maiores que 1 ng/mL, ou seja, na fase de proestro e no início do estro
o tratamento não responde bem, pois os níveis de progesterona são baixos.
11. Além da piometra, o Alizin pode ser usado para tratamento de metrite?
Sim, Fieni obteve 100% de cura no estudo que tinha por objetivo avaliar a eficácia
do Alizin para tratamento de metrite.
12. Há possibilidade da cadela desenvolver piometra novamente no cio seguinte?
Fieni observou os próximos 3 cios subseqüentes após o término do seu trabalho com
Alizin e nenhuma das cadelas desenvolveu piometra novamente.
13. O uso do Alizin pode alterar a fertilidade do animal?
Sim, a fertilidade pode ficar normal ou aumentada.
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