Informalidade atinge menor patamar da década, diz Ipea
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quinta-feira, 23 de setembro de 2010 10:07
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Informalidade atinge menor patamar da
década, diz Ipea
O instituto afirma que, apesar do aumento do desemprego em 2009, o mercado de trabalho avançou em
aspectos qualitativos
Glauber Gonçalves, da Agência Estado
RIO - Apesar dos efeitos negativos da crise financeira
internacional no Brasil, como a ampliação da taxa de desemprego
no ano passado, o mercado de trabalho avançou em aspectos
qualitativos, apontou comunicado divulgado nesta quinta-feira, 23,
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base
nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad)
de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Tópicos: informalidade;
d´pecada; ipea; aumento
do desemprego; mercado
de trabalho; aspectos
qualitativos;
Enquanto o País viu a taxa de desemprego subir mais de um
ponto porcentual em 2009 ante 2008, o grau de informalidade atingiu o menor patamar
da década (48,45%) no ano passado. Para isso, contribuiu o fato de a variação absoluta
nos postos de trabalho considerados protegidos (com carteira assinada, militares e
estatutários) ter sido superior à variação de ocupados.
No ano passado, a população ocupada cresceu em 680 mil pessoas, bastante abaixo
do aumento de 2,5 milhões de pessoas registrado em 2008, ambos na comparação
com o ano anterior. Além do reduzido aumento do número de pessoas ocupadas, outro
fator que pode explicar o crescimento da taxa de desemprego para 9,1% no ano
passado, é que as pessoas teriam passado a procurar mais emprego, aponta o Ipea.
Outro dado revelado pelo comunicado foi o aumento de 15 pontos porcentuais na
participação de pessoas com onze anos ou mais de escolaridade na composição da
força de trabalho entre 2001 e 2009. Para a faixa de até três anos de escolaridade foi
registrada queda de 9 pontos porcentuais, e para a de quatro a dez anos, redução de
seis pontos porcentuais. De acordo com o comunicado, isso se deve à combinação de
maior escolaridade dos entrantes no mercado de trabalho à maior procura das
empresas por trabalhadores mais qualificados.
O comunicado mostrou, ainda, que o rendimento real médio de todos os trabalhos
atingiu R$ 1.068,39 no ano passado, maior valor desde 2001. O crescimento está
relacionado ao aumento da participação de pessoas escolarizadas entre os ocupados,
avalia o documento do Ipea.
Segundo o instituto, o setor de transporte e a indústria foram os que mais sentiram os
efeitos da crise no mercado de trabalho. Nesses dois segmentos, verificou-se um
decréscimo da população ocupada de 3,5% e 2,2% respectivamente. Os demais
apresentaram crescimento, com destaque para serviços (7,1%), administração pública
(4,8%) e comércio (2,5%).
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Embora tenha sido registrada elevação de 3,4% na massa de rendimentos entre 2008 e
2009, houve uma diminuição do ritmo de crescimento. Entre 2001 e 2009, esse
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,informalidade-atinge-menor-patama... 24/9/2010
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agregado teve um aumento de 34,6%. De 2003 a 2009, a taxa média da trajetória de
crescimento foi de 5,9% ao ano.
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