Em pr e e n de dor ism o e de le ga çã o
Rôm ulo é um em preendedor de sucesso. Há quat ro anos abriu o seu prim eiro negócio num a pequena garagem .
Com eçou vendendo elet rodom ést icos num bairro pobre da periferia. At ualm ent e est á m uit o ent usiasm ado com as
vendas de sua nova loj a, recém inaugurada, num m ovim ent ado shopping cent er. Rôm ulo, com o a m aioria dos
pequenos em preendedores, com eçou a sua em presa fazendo de t udo. Com prava m ercadorias, t ransport ava num a
velha Kom bi, arm azenava, organizava a loj a, fazia o m arket ing, vendia, em it ia not as fiscais, cobrava e cont rolava
as finanças. Rôm ulo, apesar de sobrecarregado, cont inua eficient e naquelas t arefas que consegue fazer
pessoalm ent e. Todavia, m uit as áreas do seu negócio j á com eçam a em it ir sinais de descont role e m á gest ão.
Subordinados ent ram no seu escrit ório a t odo inst ant e. Seu t elefone t oca de m inut o em m inut o. Todos querem
saber quais são as suas det erm inações para porm enores e det alhes das t arefas que precisam execut ar. O negócio
cresceu, m as Rôm ulo não aprendeu e, parece não querer aprender, a delegar at ribuições. Ele insist e em cont inuar
fazendo t udo sozinho. Ele não confia na com pet ência dos seus colaboradores. Cont inua t rat ando- os com o
aut ôm at os. Rôm ulo vive cansado e irrit ado. A sua j ovem esposa j á com eçou a reclam ar. A pergunt a é: at é quando
Rôm ulo conseguir á suport ar essa cent ralização excessiva, sem prej udicar irreversivelm ent e o negócio?
O dilem a da delegação de at ribuições nas organizações é ant igo. Ele est á descrit o na bíblia. Moisés com eçou a
governar o povo de I srael cent ralizando t udo. Diant e disso, problem as de gest ão com eçaram a pipocar por t odo os
lados. Provavelm ent e, a esposa de Moisés com eçou a reclam ar da sobrecarga de t rabalho e das excessivas
preocupações do m arido. Diz a bíblia, que Moisés precisou ser advert ido pelo sogro para a necessidade de com eçar
a delegar suas at ribuições. Diant e disso, ele delegou e se deu bem . Moisés escolheu condut ores ou "líderes de
m ilhares", de cent enas e de pequenos grupos. Esses novos auxiliares de com ando passaram a analisar, j ulgar e
resolver os problem as m ais sim ples. Moisés ficou, ent ão, longe de porm enores, de decisões irrelev ant es. Passou a
t er um a m ent e livre e sem pre pront a para focar nos grandes obj et ivos e, sobret udo, em est rat égias int eligent es
para alcançá- los.
Um a quest ão que sem pre aflora na delegação de at ribuições é o senso de m edida ou grau. É saber diferenciar
ent re o que pode e, o que não pode ser delegado. Alguns em preendedores, ao cont r ário de Rôm ulo, exageram na
delegação. Alegando a necessidade de est im ular um clim a de livre iniciat iva, m uit os j ovens em preendedores
t ransferem para os seus colaboradores at ribuições indelegáveis, pr óprias do dono da em presa. Com o
conseqüência, cost um am surgir em presas acéfalas, ou m ult icéfalas, onde os result ados, no m édio ou no longo
prazo, só poderão ser cat ast róficos.
Diant e do expost o, Rôm ulo precisa fazer, com urgência, um a parada para balanço de suas at ividades rot ineiras
com o gest or. Precisa list ar e classificar suas at ribuições em delegáveis e indelegáveis. Precisa escolher os
colaboradores para quem delegará. Precisa t reiná- los e m onit orá- los depois da delegação. Depois de t udo
organizado e delegado, Rôm ulo t er á que t irar um as duas sem anas de férias. Elas servir ão para Rôm ulo adquirir
confiança nos subordinados a quem delegou as suas ant igas at ribuições. Assim , poder á perceber que ele, t ant o
quant o o ant igo Moisés, não são insubst it uíveis. Cert am ent e, Rôm ulo passará a concordar com o dit ado: "o
cem it ério est á cheio de insubst it uíveis" .
ED ER LUI Z BOLSON - em presário, fundador de cinco em presas, professor universit ário e
consult or de em presas. Engenheiro form ado pela Universidade Federal de Sant a Maria, RS. Fez
curso de m est rado na Nort h Dakot a St at e Universit y dos Est ados Unidos.
Fez diversos cursos de especialização em gest ão de negócios e m arket ing no Brasil e ext erior.
Foi professor de Técnicas de Elaboração e Avaliação de Proj et os do Depart am ent o de
Econom ia da AEUDF ( Associação de Ensino Unificado do Dist rit o Federal) . Foi Assessor de
Planej am ent o e Gerent e da EMBRAPA/ SPSB.
www.ClubedoPaiRico.com.br
É president e da APSEMG ( Associação dos Produt ores de Sem ent es e Mudas de Minas Gerais) e
Vice- president e para Negócios I nt ernacionais da ABRASEM ( Associação Brasileira dos Produt ores de Sem ent es) .
Fundador e Vice- president e do SI NDBI O/ FI EMG ( Sindicat o das Em presas de Base Biot ecnológica no Est ado de
Minas Gerais) . É m em bro do Conselho de Represent ant es da FI EMG. È professor de Em preendedorism o e Planos de
Negócio de cursos de pós- graduação e consult or da Fundação I srael Pinheiro.
Sua experiência pr át ica em preendedora é int eressant e e diversificada, pois a part ir de sonhos ou visões fundou
em presas que se desenvolveram e hoj e at uam com sucesso, gerando em prego e renda, em diversos set ores
com o: alt a t ecnologia, indúst ria, com ércio e prest ação de serviços. Cont inua criando em presas e aj udando out ras
pessoas a criarem novos negócios.
Eder Luiz Bolson é aut or do Livro: " Tcha u , Pa t r ã o !"
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