50 INDICADORES PARA VOCÊ INVESTIR
EM TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Ao observar o universo de treinamento e desenvolvimento no mundo empresarial atual, é possível perceber que cada vez mais as
empresas estão investindo no desenvolvimento de seus colaboradores.
Mas este movimento de investimento mais maciço em T&D não está pautado somente na ampliação de concorrência ou como diferencial mercadológico.
Um movimento está ocorrendo, como maior observação, desde o final da década de 1990, quando houve uma inversão no papel
das empresas em relação às escolas tradicionais.
Talvez seja uma aproximação entre as partes, mas o que podemos afirmar é que as escolas estão cada vez mais parecidas com as
empresas, e assim, as empresas estão mais parecidas com as escolas.
A universidade corporativa é a expressão atual do processo de empresas-escola, isso se deve a necessidade de implementar novos
processos de inovação cada vez mais rápido. A concorrência deixa de ser em função de preço, qualidade ou produto e passa a ser
medida pela eficiência das empresas e também pelas pessoas que fazem parte da companhia.
Sabemos que há uma grande dificuldade de reter bons profissionais nas empresas e que o índice de turnover assusta cada vez mais
os gestores.
Algumas mudanças vem ocorrendo no sentido da retenção de profissionais e também na conquista da admiração destas pessoas
pelas empresas.
Algumas empresas conseguiram grandes avanços no âmbito de crescimento sustentável e retenção de talentos. Elas encontraram
um fator de engajamento muito forte chamado Propósito.
Este retorno às raízes da empresa, reconhecendo os porquês de sua existência e redirecionando sua cultura para um único propósito
tem engajado profissionais, fornecedores e clientes.
Quando as empresas colocam as pessoas no centro de sua estratégia de crescimento e inovação elas passam a se preocupar com
seu maior diferencial competitivo.
Empresas como a Apple, que até hoje possuem uma estrutura organizacional horizontalizada e muito parecida com a de startups
possuem profissionais altamente engajados e clientes amantes da marca.
Em sua universidade corporativa, a Apple, mantém um sentimento de exclusividade, pelo fato das pessoas serem convidadas a participar de módulos de desenvolvimento, e assumirem a responsabilidade de fazer o conhecimento chegar a todos pela ação do compartilhamento.
Considerando a realidade brasileira de treinamento e desenvolvimento, podemos dizer que o empresariado está investindo também
na construção de uma base sólida de profissionais e investindo ano após ano mais recursos para alcançar a maturidade desejada.
Selecionamos uma série de dados estatísticos sobre treinamento e desenvolvimento para ajudar os gestores a encontrar elementos
que possam direcionar seus esforços em desenvolver pessoas para que elas sejam o fator diferencial de sucesso e felicidade das
companhias, devolvendo assim a humanidade às empresas.
Recentes estudos direcionam os esforços de treinamento e desenvolvimento para 7 áreas de interesse.
Consideramos ainda, que dois fatores complementam esta lista e ampliam o universo de observação dos gestores.
Fatores A e B e 7 áreas de interesse para treinamento e desenvolvimento:
A
1
Gestão do conhecimento como base
da vantagem competitiva.
2
Mais tecnologias, mídias sociais
e conexões.
3
4
B
Inovação pautada em colaboração como
estratégia de ampliação da awareness.
5
Desenvolver líderes continua muito
relevante.
6
Investir e mensurar o impacto no
dia a dia.
7
Utilização estratégica de fornecedores
externos de T&D.
Redescoberta do Propósito da empresa
como fator de engajamento.
Retomada dos investimentos em
T&D como ação estratégica.
T&D como parte da estratégia de
engajamento e retenção de talentos.
Então, por que investir em T&D?
#1
Se comparado com empresas
tradicionais listadas no S&P 500
este crescimento foi de apenas
122%, na mesma década.
Empresas que se reconectam com
seu Propósito tem 82% de seus
colaboradores engajados no
crescimento da companhia
Na obra “Empresas feitas para crescer” de Jim Collins
este número é de 360%.
#5
#2
#4
#3
79% dos colaboradores
de empresas com forte
senso de Propósito
acreditam que vão
superar seus
concorrentes
diretos.
Os empregados que se
engajam com o Propósito
de sua organização são
três vezes mais propensos
a ficar com a sua empresa.
Companhias que possuem
um forte Propósito
cresceram 1025% nos
últimos 10 anos.
Empresas com baixo senso de propósito,
apenas 49% dos colaboradores acreditam nisso.
#6
Empresas que estimulam a colaboração no
processo de inovação crescem o dobro de suas
concorrentes que não fazem o mesmo.
#7
Somente 21% das empresas que utilizam
metodologias de inovação colaborativa
competem em preço com seus concorrentes.
#8
Mais da metade das empresas que utilizam o
Design Thinking, por exemplo, como forma de
vantagem competitiva, são amadas por seus
clientes, fornecedores e principalmente
colaboradores.
Num estudo conduzido pela IBM com 4000 executivos C-Level,
#9
78% dos CEO’s pretendem conhecer melhor
seus clientes através de metodologias de
inovação colaborativa.
#10
Mais de 24% dos investimentos em treinamentos são realizados em questões
comportamentais e
de capacitação.
#11
Os Estados Unidos investem 80% mais
horas de treinamento
formal por colaborador do que a média
mundial.
As companhias investem entre 6% e 9% a
mais todos os anos nas
estratégias de desenvolvimento de suas
equipes. Elas compreendem que a gestão do
conhecimento é um dos
pilares estratégicos
para a sustentabilidade
das organizações.
Podemos olhar para este dado como
uma oportunidade incrível de sermos
muito mais competitivos se ampliarmos os investimentos em T&D.
Metodologias como
On-the-job training
respondem por quase
27% das ações de
treinamento.
#13
#12
O crescimento dos meios tecnológicos nas ações de T&D são #14
da ordem de 4% ao ano, podendo chegar em 2015 a 25% das
empresas.
Quando o conteúdo é de fácil acesso as pessoas tendem a se engajar mais.
Quando questionadas, 53% das empresas dizem utilizar parcial ou totalmente Storytelling e gamificação nas ações de
T&D para engajar seus profissionais.
#15
#16
As ações baseadas em e-learning respondem por 11,8% das
ações de T&D.
Quando as ações acontecem em conjunto (Presencial e EAD), #17
o chamado Blended learning, elas somam 6% dos investimentos.
O e-learning assíncrono, quando não há a figura do tutor, apa- #18
rece em 47,6% das ações EAD em grandes empresas investidoras no desenvolvimento de pessoas.
Quase 16% das empresas usam recursos EAD síncrono, com #19
o facilitador “ao vivo”, para ampliar os resultados de treinamento, percebem aumento da aderência do participante e
retenção do conteúdo.
#20
Quando construídos com foco nos resultados para
o negócio, as ações de T&D costumam ser duas vezes
mais eficientes.
No entanto as métricas qualitativas são mais importantes que as quantitativas, segundo
alguns CEO’s.
#21
As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) representam 29% do PIB nacional e 41,9% dos investimentos
em T&D.
#22
Apesar de ser responsável por 29% do PIB nacional, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) representam somente 8,1% dos investimentos em T&D.
#23
No cenário 2013/2014 as empresas pretendiam investir pouco mais de R$ 4.700,00 por colaborador em
T&D.
A tendência para 2015 é de crescimento nos
investimentos em T&D como ação estratégica.
#24
O modelo amplamente conhecido “70, 20, 10”, no qual a estratégia de desenvolvimento deve
ser aplicada em 70% no local de trabalho, 20% por ações de coaching e mentoring e 10% de
treinamento formal é uma ótima forma de desenvolver pessoas.
#25
As empresas de consultoria tiveram um crescimento de 130% no investimento em T&D feito
em seus profissionais.
#26
O mercado de palestras no Brasil (considerado uma ação de T&D) aparece como incremento
às soluções tradicionais e do uso de tecnologia, e, nos últimos anos cresceu acima do PIB: 11%.
#27
Nos últimos anos o valor médio cobrado por palestra no Brasil extrapolou os R$ 6.200,00.
15% das organizações remuneram o palestrante com valores acima de R$8.000,00 por cada
palestra.
#32
#28
A Universidade Corporativa é realidade para 11% das empresas com até 50 mil funcionários.
#29
O crescimento médio no número de empresas que possuem Universidades Corporativas é de 3% ao ano.
#30
Universidade Corporativa está presente em 23% das empresas com mais de 50 mil funcionários, como o principal
núcleo de treinamento e desenvolvimento.
#31
Como forma de superar o desafio de reter profissionais nas
empresas elas estão investindo cada vez mais em programas de pós-graduação e MBA’s. Para 89% delas esta é
uma boa forma de reter profissionais.
26% das empresas que investem em Treinamento e Desenvolvimento (T&D),
NÃO focam seus esforços na Supervisão, Gerencia e na Alta Liderança.
Um fato alarmante é que a equipe normalmente
repete o comportamento de seus líderes.
#34
#33
Desenvolvimento de
Liderança é considerado
tema obrigatório para
cada 4 em 5 empresas.
A liderança recebe
quase ¼ do conteúdo
nas ações formais de
T&D.
#35
5 são os principais temas de desenvolvimento por
ordem de prioridade para as empresas: Liderança, Comunicação e feedback, Qualidade e/ou atendimento ao
cliente, Segurança e/ou treinamentos obrigatórios e
Tecnologia da informação.
#36
80% dos programas voltados para desenvolver o
modelo de liderança são realizados em eventos presenciais. Destes programas presenciais, 75% utilizam mídias
mescladas e combinadas (gamefication, storytelling,
blended learning, mobile learning).
No Brasil, investe-se em
média 45 horas/ano em
treinamento de algum
tipo.
50% das empresas no
Brasil determinam seus
budgets de T&D com
base em valores investidos em anos anteriores.
Em empresas de serviços, tecnologia da
informação e consultorias investe-se quase
do dobro da média nacional em treinamento
e desenvolvimento, 89
horas/ano.
37,6% da empresas
preferem utilizar a Melhoria de Processos
como forma de medir a
efetividade da área de
T&D.
#37
#38
As empresas investem
57% de seu orçamento
em treinamentos
formais.
#42
#39
As avaliações dos programas de treinamento
e desenvolvimento
muitas vezes não refletem o resultado para
o negócio. 66% das empresas em 2014
avaliaram seus resultados através da avaliação
de reação dos
participantes.
O segundo nível de avaliação, a Avaliação de
Aprendizado, foi utilizado por 21% das
empresas em 2014.
#40
#43
#44
#41
O método mais desejado pelos
CEO’s e profissionais de RH foi
utilizado em apenas 1,9% das
empresas. Devido a sua complexidade de medição e dependência de avaliação dos
níveis acima o ROI (Return On
Investment) foi a métrica
menos utilizada em 2014.
#45
A avaliação de resultado, segunda mais profunda, foi utilizada por
9,2% das empresas.
11,5% das empresas optaram por avaliar seus
resultados de treinamento pela Avaliação
de Aplicabilidade.
#46
Os treinamentos exclusivamente presenciais
respondem por 65% dos processos de T&D.
Do total investido em T&D, 44% são realizados por empresas terceirizadas.
#47
#48
Nestes casos, a construção de um bom diagnóstico é primordial para o sucesso!
Multinacionais terceirizam 26% de suas ações
de treinamento e desenvolvimento.
#49
#50
5 temas fazem parte do panorama de investimento em T&D das empresas em 2015. Atendimento, Gestão, Liderança, Foco em Resultados,
Vendas e Desenvolvimento Comportamental.
Conclusão
O mercado de treinamento e desenvolvimento vem em um processo de expansão ao longo dos anos. Está se tornando a cada dia
mais estratégico para as empresas, e, na medida em que conquista a atenção, agrega ferramentas metodológicas e de tecnologia.
As empresas perceberam que seu maior diferencial estratégico está nas pessoas. Elas são o ponto de fusão entre a imagem que
a empresa projeta e aquilo que ela verdadeiramente faz.
Algumas empresas concluíram que ao colocar as pessoas no centro de suas estratégias conquistariam o amor de seus
colaboradores, fornecedores e consequentemente de seus clientes.
As estruturas de treinamento estão cada vez mais gerando ligação entre novas ferramentas e estruturas clássicas de
desenvolvimento.
O sucesso empresarial vai acontecer na mesma medida em que as empresas investirem em treinar seus colaboradores para que
eles sejam os agentes de vitória.
Para obter resultados mais consistentes em inovação os empresários perceberam que agregar ferramentas colaborativas cria
uma enorme vantagem competitiva.
Quando a colaboração é sustentada por um grande senso de Propósito, as companhia conseguem manter altos índices de
motivação e engajamento de seus profissionais.
Investir em treinamento e desenvolvimento de pessoas deve fazer parte da agenda organizacional, quando estas ações são
atreladas aos comportamentos da marca no ambiente externo ela se torna coerente.
A convergência de pessoas treinadas e engajadas com um propósito, somadas a ações consistentes de inovação colaborativa
e acrescidas de altos índices de felicidade, são, com toda certeza, a fórmula de que as empresas tanto buscam!
Referências
http://www.integracao.com.br/Pesquisa_Panorama_do_TeD_2014.pdf
http://extra.shu.ac.uk/sbsblog/2014/02/how-to-measure-the-roi-of-training-and-development-programmes/
http://issuu.com/batteninstitute/docs/designthinking-121814-issuu
http://www.designinnovation.ie/why_business_sec2.html
http://portal.abtd.com.br/Conteudo/Material/Arquivo/PesquisaABTD20132014.pdf?utm_source=pesquisa&utm_medium=email&ut
m_campaign=pesquisa&utm_term=retornorespostapesquisa&utm_content=linkpesquisadownload
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