Junho de 2015
Agricultura pressiona desempenho
do agronegócio para baixo
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, estimado pelo Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, com o apoio da
Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA), recuou 0,13% em abril,
em relação a março. No acumulado do
primeiro quadrimestre de 2015, a retração foi 0,2%, na comparação com os quatro primeiros meses de 2014.
Assim como observado ao longo do primeiro trimestre, a queda do ramo agrícola em abril, de 0,2%, pesou sobre o
desempenho do agronegócio. Já para o
ramo pecuário, o resultado mensal foi
estável, com variação ligeiramente positiva de 0,01%. Avaliando as taxas acumuladas no ano (janeiro a abril), observa-se
retração de 0,47% para a agricultura e
alta de 0,37% para a pecuária. Quando
analisados os segmentos do agronegócio, observa-se que, em abril, todos recuaram (insumos, primário, indústria e
serviços) e no acumulado do ano, apenas
os insumos tiveram alta. Considerados os
desempenhos dos segmentos mencionados, o PIB do agronegócio brasileiro estimado para 2015 é de R$ 1,207 trilhão,
sendo R$ 816,1 bilhões (67,6%) referentes à agricultura e R$ 391,67 bilhões
(32,4%) à pecuária (a preços de 2015)1.
Especificamente em relação ao ramo
agrícola, em abril, todos os segmentos
recuaram: 0,3% para insumos, 0,51%
para primário, 0,06% para indústria e
0,09% para os serviços. No acumulado
do quadrimestre, apenas os insumos tiveram variação positiva (0,09%), enquan-
to os demais segmentos apresentaram
queda: 1,29% para primário, 0,23%
para indústria e 0,29% para serviços.
Para o ramo da pecuária, os cálculos
foram atualizados para a elaboração
do presente relatório, dada a divulgação de informações referentes à
produção e ao abate de animais pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, observou-se que,
em abril, os segmentos da pecuária
variaram apenas ligeiramente, com exceção da indústria de processamento
animal, que se manteve estável. Já no
acumulado deste ano, apenas a indústria apresentou queda (0,56%), e os
demais segmentos expandiram a taxas
de 0,58% (insumos), 0,63% (primário)
e 0,26% (serviços).
Segmento de insumos recua
pelo segundo mês consecutivo
Após recuar em março, novamente o
segmento de insumos agropecuários
apresentou queda em abril, de 0,16%.
Esta retração vinculou-se, em especial,
à queda dos insumos para a agricultura
(0,30%), uma vez que os insumos para a
pecuária registraram taxa de 0,01%. Apesar das retrações nos últimos dois meses,
no acumulado do quadrimestre, o resul1
tado do segmento ainda é positivo, em
0,3%, com alta de 0,09% para os insumos
agrícolas e de 0,58% para os pecuários.
Entre os insumos acompanhados, apenas para os combustíveis e lubrificantes
a expectativa para 2015 é de queda no
faturamento. Para os grupos de adubos
e fertilizantes e alimentos para animais,
esperam-se elevações.
Quanto ao grupo de adubos e fertilizantes, a estimativa é de alta de
18,99% no faturamento em 2015 em
relação a 2014. Ainda que a taxa se
mostre elevada, esta apresenta tendência decrescente desde janeiro.
Como já mencionado nos relatórios
Vale destacar que a série histórica apresentada em relatórios mensais é continuamente atualizada considerando-se a inflação registrada pelo Índice Geral de
Preços (IGP) de janeiro até o mês de referência do texto, frente ao mesmo período do ano anterior.
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Junho de 2015
anteriores, pesaram sobre o desempenho do setor as reestimativas para baixo
da produção anual de fertilizantes, já que
os preços seguiram tendência geral de
alta, como reflexo da valorização cambial.
Especificamente em abril, houve ligeiro
recuo dos preços de fertilizantes, e então
certo alívio nos custos, efeito relacionado
ao enfraquecimento do dólar no mês. Em
resumo, na relação entre períodos, para
a produção, a elevação esperada é de
8,41%, e para os preços, de 9,76%.
Para os alimentos para animais, espera-se elevação de 1,09% no faturamento
em 2015. Tal desempenho é reflexo dos
maiores preços na comparação entre períodos (primeiro quadrimestre de 2015
em relação ao mesmo período de 2014) –
alta de 3,04% –, já que, para a produção,
a expectativa é de queda em 1,9%. Como
já apresentado nos relatórios anteriores,
as expectativas negativas quanto à produção vinculam-se às diversas incertezas no plano doméstico.
Para a indústria de combustíveis e lubrificantes, a única a recuar entre os
grupos acompanhados, os cenários na
parcial de 2015 são negativos tanto em
preços (-0,97%, já descontada a inflação) quanto em produção (-0,3%).
Variação anual do volume, dos preços e do faturamento dos insumos (janeiro a abril - 2015/2014)
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE; FGV, ANDA e Sindirações).
Segmento primário: agricultura fecha
primeiro quadrimestre em baixa
Em abril, o segmento primário do agronegócio recuou 0,28%, acumulando retração de 0,41% no primeiro quadrimestre do ano. No mês, a agricultura recuou
0,51% e a pecuária retraiu ligeiros 0,02%
(após expandir ao longo de todo o primeiro trimestre). O cenário foi negativo
para a agricultura também no acumulado
de janeiro a abril, com queda de 1,29% –
essa foi a retração mais expressiva entre
todos os segmentos do agronegócio. Já
para o segmento primário da pecuária, o
resultado acumulado foi de alta: taxa de
0,63%.
A piora do cenário para a agricultura ao
longo de 2015 tem se relacionado à deterioração dos preços agrícolas, visto que,
para a produção, foram observadas reestimativas para cima com o passar dos
meses. De modo geral, para a média das
culturas acompanhadas, houve redução
de 6,77% das cotações, considerando-se
a relação entre janeiro a abril de 2015 e
de 2014. Já para a produção, a expectativa é de elevação em 3,65%, o que não
foi suficiente para compensar a retração
em preços.
O comportamento da agricultura em
2015, que toma como base as estimativas de safra anual e os preços de janeiro
a abril (em comparação com o mesmo
período de 2014), é apresentado na figura abaixo. Observa-se que, entre as
culturas acompanhadas, espera-se crescimento anual no faturamento para arroz
(4,1%), batata (8,22%), café (10,96%),
cana (2,81%), cebola (130,8%) e fumo
(3,64%).
Para a batata, a elevação dos preços foi
de 15,54% na comparação entre períodos, mas, para a produção, espera-se
queda de 6,33%. Mesmo com o preço em
alta na comparação quadrimestral, cabe
destacar a desaceleração ao longo do período. Especificamente em abril, houve
retração nominal de 22,4% em relação
a março, o que, segundo pesquisadores do Cepea, esteve atrelado à maior
oferta. Quanto ao volume produzido,
segundo dados do IBGE, a queda reflete principalmente a menor produção
estimada para a terceira safra.
Quanto ao café, na comparação entre
períodos, as cotações subiram 13,79%.
Assim como observado para a batata,
apesar do nível de preços relativamente elevado em 2015, a tendência geral
ao longo do ano foi de queda. Especificamente em abril, segundo pesquisadores do Cepea, os preços recuaram
tanto para o arábica quanto para o
robusta. Já para a produção cafeeira,
espera-se redução de 2,48%, reflexo da menor produtividade esperada
(-2,2%), ainda que para a área também
se espere certa redução (-0,2%). Para
o café arábica – que nesta safra deve
corresponder a 74,3% da produção
3
Junho de 2015
total –, espera-se acréscimo de 1,9% na
produção. Já para o robusta, a produção
nacional deve recuar 13%, como efeito
da estiagem no Espírito Santo, maior produtor brasileiro da variedade.
Em relação à cana-de-açúcar, os preços
recuaram 0,31% na comparação entre
quadrimestres (2015 e 2014). Já para a
produção, espera-se elevação anual de
3,13%, resultado decorrente de ganhos
de produtividade – como já mencionado
no relatório anterior.
Os produtos para os quais se espera
retração do faturamento em 2015, com
base nas informações publicadas até o
fechamento deste relatório, são: algodão (28,87%), banana (19,67%), cacau
(7,03%), feijão (3,8%), laranja (6,51%),
mandioca (42,99%), milho (10,53%), soja
(2%), tomate (20,28%), trigo (6,43%) e
uva (17,85%).
Quanto ao algodão, a queda esperada reflete cenários baixistas tanto em preços
quanto em produção. Para as cotações,
a redução do patamar na comparação
entre quadrimestres (2015 e 2014) foi
de 18,21%, principalmente em razão
dos elevados valores praticados no mesmo período de 2014, já que, em 2015,
a tendência tem sido sistematicamente de queda. No que tange à produção,
a expectativa é de redução em 13,03%,
reflexo da menor área plantada (como já
explicitado no relatório anterior).
Para o feijão, apesar de certa elevação
nos preços (de 1,46% na comparação entre quadrimestres), a queda esperada de
5,18% na produção pressionou o faturamento. Segundo a Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab), a expectativa
de queda é atribuída à menor área plan-
tada – redução esperada de 8,1% –, já
que, para produtividade, a elevação deverá ser de 3,2%. Ainda de acordo com
a Conab, produtores estão preocupados
com a disponibilidade de água para a 3ª
safra, que em sua maioria é irrigada.
No caso da laranja, pesou sobre o faturamento a expectativa de queda de 6,97%
na produção, visto que, para os preços,
houve certa elevação (taxa de 0,49%).
Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que os preços estejam acima dos observados na safra passada, a situação é
preocupante para produtores independentes. Isso porque estes enfrentaram
três anos seguidos de valores abaixo dos
custos de produção, o que levou ao acúmulo de dívidas.
Quanto à mandiocultura, a forte retração de 45,28% nos preços pesou sobre
a renda esperada para o ano, visto que,
para a produção, a expectativa é de crescimento de 4,17%. Quanto às cotações,
foram observadas retrações sucessivas
ao longo do primeiro trimestre, mas,
em abril, houve certa elevação. Segundo
pesquisadores do Cepea, tal movimento
em abril foi resultado da mobilização de
mandiocultores em relação às quedas
até então observadas. Produtores chegaram a paralisar a colheita em algumas
semanas para tentar reverter a queda na
rentabilidade da cultura. Deste modo,
firmou-se um acordo entre produtores
e fecularias, definindo-se um preço mínimo de R$ 201,25/t (R$ 0,35 por grama
de amido, considerando renda média de
575 gramas).
Para o milho, a expectativa de queda no
faturamento esteve atrelada à redução
de 10,71% nos preços. Especificamente
em abril, houve forte queda das cotações
na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, devido ao avanço da colheita no Brasil, à estimativa de boa produtividade do milho de segunda safra,
ao enfraquecimento do dólar e também
aos efeitos climáticos – o clima favoreceu tanto as lavouras no Brasil quanto
nos Estados Unidos. A produção para
a cultura deve se manter praticamente
estável nesta safra, variação de 0,2%.
No caso da soja, a redução esperada
no faturamento resulta dos menores
preços no ano – queda de 12,13% na
comparação entre períodos – visto que,
para a produção, espera-se expansão de
11,52%. Para os preços, como apresentado nos relatórios anteriores, a queda
relaciona-se principalmente ao nível
praticado no ano passado. Mas, também em abril, houve forte retração. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre as cotações foi reflexo das
apostas de safra recorde no Brasil, que
levaram compradores a postergarem as
aquisições da soja em grão, e também
da desvalorização do dólar. Segundo a
Conab, no caso da produção, a elevação esperada resulta de incrementos de
área (5,7%) e de produtividade (5,5%).
Para o trigo, a forte queda de 26,13% nas
cotações pressionou o faturamento esperado para a cultura. Como já mencionado
nos relatórios anteriores, a relação de
queda no nível de preços reflete principalmente os elevados valores praticados no
mesmo período de 2014. Especificamente em abril deste ano, houve expressiva
elevação das cotações, o que, segundo
pesquisadores do Cepea, ocorreu por
conta da baixa oferta do trigo de qualidade, da necessidade de reposição de estoques por parte dos moinhos e do patamar
ainda elevado do dólar. Para a produção,
espera-se elevação de 26,66%.
Variação anual do volume, dos preços e do faturamento das lavouras (janeiro a abril - 2015/2014)
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab, IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, UDOP)
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Junho de 2015
Algodão
Arroz
Banana
Cacau
Café
Cana
Feijão
Fumo
Laranja
Mandioca
Milho
Soja
Tomate
Trigo
Uva
Valor
-28,87
4,10
-19,67
-7,03
10,96
2,81
-3,80
3,64
-6,51
-42,99
-10,53
-2,00
-20,28
-6,43
-17,85
Preço
-18,21
0,59
-20,53
4,03
13,79
-0,31
1,46
1,63
0,49
-45,28
-10,71
-12,13
-2,45
-26,13
-21,83
Quantidade
-13,03
3,48
1,08
-10,63
-2,48
3,13
-5,15
1,98
-6,97
4,17
0,20
11,52
-18,28
26,66
5,10
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, Conab, IEA/SP, FGV, Cepea, Seagri/BA, UDOP)
No segmento primário da pecuária, houve elevação de 1,65% da cotação média
das atividades acompanhadas. Para a
produção, com o reajuste dos cálculos
após a divulgação por parte do IBGE de
informações para suínos, bovinos, frango
e ovos, espera-se expansão de 1,12% em
2015, também para a média das atividades acompanhadas.
Quanto à bovinocultura de corte, a expansão esperada de 7,45% do faturamento derivou dos maiores preços praticados neste ano. Na comparação entre
quadrimestres, a elevação foi de 16,49%.
Esta taxa reflete as sucessivas altas observadas ao longo do ano, sendo que,
especificamente em abril, as cotações
atingiram patamares recordes em toda
a cadeia (bezerro, boi gordo e carne bovina). Segundo pesquisadores do Cepea,
essa dinâmica dos preços reflete a baixa
oferta e, também, a recuperação das exportações. Já as estimativas no que tange
à produção, que são baseadas nas variações do abate, apontam para retração de
7,76% em 2015.
No mercado de frango ocorreu o inverso,
com a queda esperada do faturamento
(4,05%), sendo resultado dos menores
preços no ano. Na comparação entre
quadrimestres, a retração das cotações
foi de 6,5%, sendo que estas oscilaram
ao longo de 2015 e, em abril, recuaram
ligeiramente. Segundo pesquisadores do
Cepea, a queda em abril esteve atrelada
ao enfraquecimento da demanda pela
carne e à maior oferta do animal vivo,
sendo esta, por sua vez, reflexo do aumento do número de animais alojados
nos meses anteriores. Destaca-se ainda
que, segundo a equipe, apesar da queda
no preço do frango vivo no mês, o poder
de compra do produtor se elevou devido
à redução dos seus principais insumos,
como o milho e o farelo de soja. Já para a
produção, a expectativa para o ano é de
elevação em 2,63%.
Para a atividade leiteira, espera-se apenas ligeira queda do faturamento em
2015, a taxa de 0,6%. Tal desempenho
é resultante da elevação de 11,86% na
produção, associada a preços 11,14% inferiores. Para as cotações, apesar da relação de queda no ano, em março e abril,
foram observadas altas, que, por sua vez,
foram influenciadas pelo período de entressafra, segundo pesquisadores do Cepea.
A forte queda das cotações dos ovos em
abril, resultante do enfraquecimento da
demanda, pressionou o desempenho do
mercado no período, de modo que na
comparação entre quadrimestres houve
queda nos preços de 2,96%. Já a expectativa de elevação de 6,17% da produção
manteve a taxa esperada para o faturamento positiva em 3,03%.
Em relação à suinocultura, combinados
os movimentos de preços e produção, a
expectativa de faturamento para o ano é
de relativa estabilidade: 0,01%. Para os
preços, houve queda de 4,69% na comparação entre quadrimestres, e para a
produção, espera-se alta anual de 4,93%,
dado o crescimento do abate. Para as
cotações, houve forte queda em abril, o
que, segundo pesquisadores do Cepea,
deveu-se à demanda enfraquecida pela
carne, e, consequentemente, ao menor
interesse por novos animais. A queda resultante levou as cotações ao menor patamar deste ano em praticamente todas
as regiões acompanhadas pelo Cepea,
o que acentuou a relação que já era de
queda na comparação com 2014.
No gráfico abaixo, estão as variações dos
preços reais, volumes produzidos e faturamento das atividades da pecuária em
2015, no comparativo com 2014.
Variação anual do volume, dos preços e do faturamento da pecuária (janeiro a abril - 2015/2014)
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do Cepea e do IBGE).
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Junho de 2015
Processamento vegetal e animal em queda em 2015
Mantendo a tendência observada ao longo do primeiro trimestre do ano, a agroindústria nacional recuou novamente em
abril (-0,05%). Deste modo, no acumulado
do quadrimestre, a retração foi de 0,28%.
No mês, a indústria agrícola apresentou
queda de 0,06%, enquanto a indústria
pecuária se manteve estável. Já no quadrimestre, as quedas foram de 0,23% e
0,56%, para o processamento vegetal e
animal, respectivamente.
Entre as indústrias de base agrícola acompanhadas, as que cresceram tanto no mês
quanto no quadrimestre foram: celulose,
papel e gráfica, café e açúcar – as taxas foram, respectivamente, de 0,51%, 1,55% e
1,09% em abril, e de 1,52%, 2,39% e 4,01%
no quadrimestre. A indústria de madeira e mobiliário também cresceu em abril
(0,05%), mas teve queda no acumulado do
quadrimestre, de 1,24%. As indústrias de
beneficiamento de produtos vegetais e de
outros alimentos mantiveram-se estáveis
em abril, sustentando altas no quadrimestre de 0,82% e 0,18%, respectivamente.
Em relação à indústria de papel e celulose,
o resultado positivo observado na parcial
de 2015 é reflexo dos maiores preços no
ano (5,44% a.a.), e para a produção espera-se ligeira retração de 0,77% a.a. Segundo o Centro de Inteligência em Florestas
(CIFlorestas), diante de maiores preços e
crescimento das exportações nos primeiros meses de 2015, as perspectivas para o
setor continuam positivas no curto prazo.
Ainda segundo o Centro, os maiores preços para o papel são compatíveis com o
aquecimento das demandas asiática e europeia. Ademais, como apontado no relatório anterior, o elevado patamar do dólar
tem impactado na estratégia das empresas do setor, que têm aumentado o foco
no mercado externo.
Para a indústria do açúcar, que na parcial
de 2015 (em relação ao mesmo período
de 2014) apresentou o melhor desempe-
nho entre as indústrias acompanhadas,
maiores preços e produção levaram ao resultado. Quanto aos preços, estão em patamares 7,11% maiores, quando comparados ao primeiro quadrimestre de 2014.
Especialmente em abril, houve retração
da cotação média do produto, pressionada pela queda do preço no mercado externo. Como apontado no relatório anterior,
as estimativas no âmbito do mercado internacional apontam para reduções (estoques relativamente elevados em termos
globais, enfraquecimento das moedas dos
principais exportadores da commodity).
Já o aumento da produção está estimado
pela Conab em 5,04%.
expandiram 3,53%, em termos reais (na
comparação entre períodos).
As demais indústrias de base agrícola
recuaram no mês e no quadrimestre.
Em abril, os recuos foram de 0,73% para
elementos químicos (Etanol), de 0,32%
para têxteis, de 0,7% para vestuário e de
0,05% para óleos vegetais. Para as mesmas indústrias, as reduções no período
de janeiro a abril foram de: 2%, 2,05%,
2,67% e 0,96%, respectivamente.
No caso da indústria de madeira e mobiliário, o resultado ligeiramente positivo em
abril decorreu do aumento dos preços.
Apesar da certa elevação de faturamento no mês, o resultado para a indústria é
negativo no acumulado do quadrimestre, sendo pressionado pela redução em
6,26% na produção. Como já mencionado em relatórios anteriores, as quedas de
produção observadas ao longo de 2015
devem-se, principalmente, às pressões da
situação interna do país, com parte dos
segmentos demandantes destes produtos
enfrentando momento econômico desfavorável. Quanto aos preços, houve alta de
2,76% na comparação entre períodos.
Para a indústria de elementos químicos (etanol), o resultado negativo observado na parcial de 2015 reflete os
menores preços. Na comparação entre
quadrimestres, observou-se retração
de 7,62%. Segundo pesquisadores do
Cepea, os estoques elevados continuam justificando tal resultado. Nem
mesmo o maior volume de negócios
para os etanóis em abril foi suficiente
para sustentar as cotações. No que diz
respeito à produção, a expectativa é
de elevação de 1,88% a.a., equivalente
a um incremento de 539,2 milhões de
litros. Segundo a Conab, o aumento na
produção deve-se exclusivamente à expansão para o etanol anidro (utilizado
nas misturas com gasolina), visto que,
para o hidratado (utilizado nos flex fuel),
espera-se redução na produção.
A atividade de beneficiamento vegetal fechou o quadrimestre com alta, principalmente devido à recuperação observada
em março. De modo geral, na comparação
entre quadrimestres, observou-se ligeira
elevação de 0,34% nos preços e de 2,14%
na produção. Avaliando de forma mais desagregada, observa-se que, em termos de
volume produzido, a atividade foi impulsionada no período pelo desempenho dos
sucos e concentrados, para os quais houve
expansão de 13,96% na produção. Já em
relação aos preços, o principal elemento a
impactar na ligeira elevação observada foi
o arroz beneficiado, para o qual os preços
No caso das indústrias têxtil e vestuarista, a principal pressão sobre o faturamento no ano ainda decorre da menor
produção. No caso da indústria têxtil,
espera-se retração de 6,5% a.a., e para
vestuário de 7,4% a.a. Já em relação aos
preços, na indústria têxtil, houve ligeira
elevação de 0,5%, enquanto na de vestuário a relação é de queda, de 0,43%.
Segundo a ABIT (Associação Brasileira
de Indústria Têxtil e de Confecção), nos
últimos anos, a expansão no varejo não
tem sido acompanhada pela produção
industrial, gerando consequente aumento do déficit na balança comercial.
Variação anual do volume, preços e faturamento das agroindústrias (janeiro a abril - 2015/2014)
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, FGV e Cepea)
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Junho de 2015
Madeira Mobiliário
Cel, Papel. Gráfica
Etanol
Têxtil
Vestuário
Café
Valor
-3,68
4,63
-5,88
-6,03
-7,80
7,35
Preço
2,76
5,44
-7,62
0,50
-0,43
3,77
Quantidade
-6,26
-0,77
1,88
-6,50
-7,40
3,45
Benef. Prod Vegetais
Açúcar
Óleos Vegetais
Outros Alimentos
Calçados
Abate Animais
Laticínios
Valor
2,49
12,52
-2,85
0,53
3,69
4,49
-14,10
Preço
0,34
7,11
-5,72
3,14
5,65
7,99
-4,70
Quantidade
2,14
5,04
3,05
-2,52
-1,85
-3,24
-9,87
Fonte: Cepea/USP e CNA (elaborado a partir de dados do IBGE, FGV e Cepea)
No ramo da pecuária, mantendo a tendência observada consistentemente ao
longo do primeiro trimestre, em abril, as
indústrias de calçados de couro e do abate cresceram 0,22% e 0,64%, respectivamente, e a indústria de laticínios recuou
(1,35%). Deste modo, no acumulado do
quadrimestre, tem-se que as variações
foram de 1,24% para calçados, de 1,43%
para abate e de -4,94% para laticínios.
No caso da indústria do abate, o elevado
patamar de preços levou ao resultado positivo observado – na comparação com o
primeiro quadrimestre de 2014, a alta foi
de 7,99%. Ainda nesta comparação, em
termos desagregados, observou-se que
a carne bovina apresentou a alta mais
expressiva de preços, seguida pela suína e de aves. Apesar do maior patamar
em 2015, ao longo do ano, foi observada
retração de preços para a carne suína e
de frango, e para a carne bovina, oscilações. Especificamente em abril, a carne
bovina aumentou como efeito da baixa
oferta e do aumento das exportações
(como anteriormente mencionado). No
caso das carnes suínas e de frango, a retração de preços em abril deveu-se à demanda enfraquecida. No que diz respeito
à produção, houve queda de 3,24% no
quadrimestre para a indústria do abate,
relacionada ao menor número de bovinos abatidos, visto que para suínos e aves
houve elevação. Destaca-se que, para o
abate bovino, as quedas mais acentuadas
ocorreram nos estados do Centro-Oeste,
com redução de 179.260 cabeças em
Mato Grosso, 118.023 cabeças em Mato
Grosso do Sul e 105.748 cabeças em Goiás, conforme dados do IBGE.
Para a indústria de calçados, houve redução na produção (1,85%) e aumento de
preços (5,65%). Como mencionado em
relatórios anteriores, agentes do setor
têm apontado que o Real desvalorizado
em relação ao dólar e ao euro tem impactado positivamente na competitividade
do produto brasileiro.
No caso da indústria de laticínios, a situação na parcial de 2015 é a mais desfavorável entre todas as indústrias da agro-
pecuária acompanhadas, em relação ao
primeiro quadrimestre de 2014. Para
esta, os preços estão em patamares
4,7% inferiores, e a produção, 9,87%
menor. No que tange às cotações, o
baixo nível reflete principalmente os
elevados valores praticados no início
de 2014, visto que, neste ano, houve
elevações mensais. Segundo pesquisadores do Cepea, alguns atacadistas têm
reajustado positivamente, aos poucos,
os valores, a fim de recuperar as margens, ou mesmo alinhá-las ao custo de
produção que se elevou no início de
2015. Destaca-se, entretanto, que a
demanda enfraquecida tem dificultado
este movimento.
O segmento de serviços do agronegócio recuou 0,04% em abril, acumulando
queda de 0,12% nos quatro primeiros
meses do ano. Para os serviços atrelados às atividades agrícolas, as retrações
foram de 0,09% e 0,29%, em abril e no
quadrimestre, respectivamente. Já para
os serviços relacionados a produtos de
origem animal, os movimentos foram
de elevação: 0,06% em abril e 0,26% no
acumulado janeiro-abril.
Conclusões
O PIB do agronegócio brasileiro recuou
novamente em abril, acumulando queda de 0,2% no primeiro quadrimestre de
2015. Pesou sobre este resultado o desempenho baixista do ramo agrícola, visto
que o pecuário cresceu no período.
Tomando-se como base os segmentos
do agronegócio, observou-se que apenas o de insumos manteve-se em alta no
quadrimestre, apesar de ter apresentado
retrações em março e em abril. O resultado positivo para o segmento reflete
principalmente o desempenho do grupo
de adubos e fertilizantes, para o qual as
expectativas para o ano, até o momento,
são de expansão tanto em preços quanto
em produção.
O segmento primário, após recuar novamente em abril, acumulou queda de
0,41% no ano. O cenário de baixa para o
segmento atrela-se às pressões do ramo
agrícola, que, no acumulado do quadrimestre, apresentou a retração mais expressiva entre todos os segmentos do
agronegócio, de 1,29%. Esse comportamento desfavorável, por sua vez, reflete
a deterioração dos preços agrícolas, visto
que, para a produção, a expectativa é de
elevação em 2015. No que tange às cotações, as principais pressões relacionam-se
às dinâmicas observadas para a mandioca, para o milho e, principalmente, para a
soja. Por outro lado, os maiores preços do
café amenizaram em certa medida a forte
queda da cotação média para as culturas
acompanhadas. Do lado da produção,
o principal impacto positivo derivou da
elevação prevista para a soja.
Para a pecuária (segmento primário),
espera-se elevação da renda em 2015,
sendo esta impulsionada principalmente pelo desempenho da atividade de
produção de bois vivos para corte. Para
esta atividade, o bom resultado atrela-se aos maiores preços praticados no
ano, com as cotações atingindo patamares recordes em abril. A baixa oferta de
animais vivos e as exportações de carne em ritmo de recuperação explicam
esse cenário. Entre as outras atividades
acompanhadas, espera-se elevação
para ovos, estabilidade para suinocultu-
7
Junho de 2015
ra, e retrações para frango e leite.
Já a agroindústria nacional recuou em abril
e no quadrimestre. Entre as atividades de
processamento vegetal acompanhadas,
os destaques positivos foram o desempenho das indústrias cafeeira e açucareira.
Para ambas, os resultados foram de alta
tanto em preços quanto em produção,
mas vale destacar, que as perspectivas
para as cotações do açúcar são de futuras
reduções. Para as indústrias têxtil e vestuarista, as expressivas quedas na produção
levaram ao desempenho mais desfavorável observado. Para as atividades de processamento animal, a indústria do abate
teve a maior alta esperada de faturamento, resultado, principalmente, dos maiores
preços para a carne bovina. Já a indústria
de laticínios apresenta a perspectiva mais
desfavorável, com menores preços e produção no ano.
Em abril, a inflação medida pelo IPCA apresentou elevação de 0,71%, de modo que,
no ano, a alta chega a 4,56%, a maior des-
de 2003 para um primeiro quadrimestre.
Em 12 meses, o Índice registra aumento
de 8,17%, também o mais intenso desde
o acumulado de12 meses registrado em
dezembro de 2003. Destaca-se, entretanto, que houve desaceleração do IPCA em
abril em relação a março, quando houve
elevação de 1,32%. A menor expansão, e
mesmo queda, dos preços de alguns alimentos e bebidas – que tem impactado
negativamente no desempenho do segmento primário agrícola – foi um dos fatores que desacelerou o índice em abril.
Entre os produtos que mais desaceleram
entre março e abril, estão a cebola e o
alho, o óleo de soja e as frutas. Ademais,
alguns produtos apresentaram queda de
preços, sendo que os principais a influenciar na redução do IPCA foram: batata,
mandioca (e farinha de mandioca), feijão,
frango, arroz e ovos.
quedas da atividade econômica, da
confiança na economia, da geração
de empregos, entre outros. Projeções
para 2015 apontam redução do PIB
(em 1,5%), inflação elevada e acima
da meta (em 9,2%), além de expansão
da dívida bruta, para percentual acima
de 6% do PIB (informações MB Associados). As incertezas e as perspectivas
negativas têm refletido em demanda
interna enfraquecida para os produtos
do agronegócio, como observado de
forma expressiva em grande parte da
cadeia pecuária. Por outro lado, a desvalorização do real, a aceleração das
economias avançadas e a manutenção
do crescimento para países como a
China e a Índia, têm apresentado contexto externo favorável ao setor exportador do agronegócio nacional. Como
consequência, observou-se expansão
ao longo do primeiro quadrimestre
do valor em reais das exportações do
setor (ainda que estejam em patamar
inferior ao mesmo período de 2014),
segundo pesquisadores do Cepea.
Como destacado nos relatórios anteriores, o desempenho do agronegócio tem
sido pressionado pelo cenário macroeconômico nacional desfavorável, com
Variação do PIB do agronegócio nacional (%)
2014/2015
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Acum. no Período (2015)
AGROPECUÁRIA
Insumos
Primário (A) Indústria
Serviços
Agronegócio Global(B)
0,59
0,52
0,10
0,14
-0,04
0,15
-0,07
0,13
0,25
0,45
0,34
-0,19
-0,16
0,30
0,88
0,97
0,43
0,50
-0,08
0,04
-0,51
0,15
0,12
0,23
0,15
-0,26
-0,28
-0,41
-0,15
0,06
-0,32
-0,12
-0,08
0,00
0,32
-0,36
-0,17
-0,07
-0,13
-0,05
-0,05
-0,28
0,20
0,43
0,06
0,10
-0,08
0,03
-0,09
-0,21
-0,03
0,03
-0,02
-0,01
-0,04
-0,12
0,35
0,50
0,07
0,16
-0,07
0,04
-0,10
-0,11
0,00
0,11
0,04
-0,12
-0,13
-0,20
Obs: (A) Envolve as atividades primárias: “dentro da porteira”; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços.
2014/2015
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Acum. no Período (2015)
AGRICULTURA
Insumos
Primário (A)
Indústria
Serviços
Agronegócio Global(B)
0,74
0,26
-0,22
0,02
-0,39
-0,22
-0,79
-0,32
-0,09
0,49
0,29
-0,39
-0,30
0,09
1,11
0,69
-0,01
0,32
-0,42
-0,51
-1,32
-0,41
-0,44
0,03
-0,18
-0,64
-0,51
-1,29
-0,23
-0,09
-0,46
-0,14
-0,10
0,03
0,46
-0,41
-0,18
-0,07
-0,12
-0,03
-0,06
-0,23
0,08
0,10
-0,28
-0,07
-0,22
-0,10
-0,17
-0,51
-0,21
-0,08
-0,14
-0,02
-0,09
-0,29
0,28
0,19
-0,27
0,01
-0,24
-0,17
-0,29
-0,43
-0,24
0,01
-0,10
-0,21
-0,20
-0,47
Obs: (A) Envolve as atividades primárias: “dentro da porteira”; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços.
8
Junho de 2015
PECUÁRIA
2014/2015
Insumos
0,37
0,90
0,56
0,31
0,46
0,66
0,94
0,75
0,70
0,41
0,40
0,09
0,01
0,58
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Acum. no Período (2015)
Primário (A)
0,60
1,33
0,99
0,73
0,34
0,72
0,49
0,82
0,78
0,46
0,54
0,18
-0,02
0,63
Indústria
0,37
1,05
0,58
0,01
0,08
-0,13
-0,56
-0,06
-0,14
-0,07
-0,18
-0,23
0,00
-0,56
Serviços
0,49
1,19
0,82
0,47
0,24
0,34
0,07
0,44
0,35
0,27
0,24
0,02
0,06
0,26
Agronegócio Global(B)
0,50
1,19
0,82
0,50
0,30
0,49
0,31
0,58
0,53
0,33
0,34
0,07
0,01
0,37
Obs: (A) Envolve as atividades primárias: “dentro da porteira”; (B) Engloba os quatro segmentos: insumos, primário, indústria e Serviços.
Fonte: CEPEA-USP e CNA
Variações mensais e acumulada no ano (%) da agroindústria 2015
INDÚSTRIA
2014/2015
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Acum. no
Período
(2015)
Ele­
mentos
Vestuá­
Têxtil
Quími­
rio
cos
Madeira
e Mobi­
liário
Celulose,
Papel e
Gráfica
-0,84
-0,39
-0,52
-0,47
-0,80
-0,78
-0,78
-0,87
-0,85
-0,43
-0,68
-0,39
0,05
-0,08
-0,04
-0,17
0,25
0,07
0,32
-0,05
0,31
0,25
0,37
0,24
0,40
0,51
0,15
0,05
-1,13
0,25
0,36
0,12
2,64
-0,09
-0,26
-0,06
-0,05
-1,17
-0,73
-0,77
-0,42
-0,69
-0,47
-0,50
-0,50
-0,84
-0,89
-1,20
-0,56
-0,67
-0,64
-0,32
-1,24
1,52
-2,00
-2,05
Café
Beneficia­
mento de
Produtos
Vegetais
Açúcar
Óleos
Vege­
tais
Outros
Alimen­
tos
Calça­
dos
Abate
de Ani­
mais
Laticí­
nios
-0,77
-0,54
-0,94
-0,43
-0,56
-0,57
-0,93
-0,34
0,74
-0,51
-0,79
-0,72
-0,70
0,07
0,23
0,39
0,59
0,41
0,80
0,68
0,45
0,72
0,19
0,41
0,22
1,55
-1,37
-0,85
-0,12
-0,48
-0,32
0,51
0,75
-2,67
0,15
-0,77
-0,58
2,08
-0,01
0,04
0,29
-1,35
-0,16
-0,29
-0,26
-4,17
-0,55
-0,43
0,43
0,81
1,63
1,09
0,43
-0,24
-0,56
-0,91
-0,63
-1,32
-1,42
0,38
-0,66
-0,20
-0,44
-0,28
-0,05
0,05
0,24
-0,03
-0,37
-0,19
0,06
-0,10
-0,01
-0,18
0,16
0,02
-0,01
0,00
-0,15
0,49
0,51
0,18
0,17
0,37
-0,32
-0,12
1,10
0,43
0,25
0,31
0,22
0,41
1,01
0,91
0,83
0,28
0,19
0,29
0,35
0,07
0,52
0,24
0,17
0,64
0,45
1,26
0,02
-1,49
-0,31
-0,85
-2,20
-0,84
-0,87
-1,35
-1,14
-1,19
-1,35
-2,67
2,39
0,82
4,01
-0,96
0,18
1,24
1,43
-4,94
Fonte: CEPEA-USP e CNA
Boletim PIB é um boletim elaborado pela
Coordenação de Assuntos Econômicos da
Superintendência Técnica da CNA e o CEPEA
(Centro de Estudos Avançados em Economia
Reprodução permitida desde que citada a fonte.
Aplicada) da ESALQ/USP
CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E
PECUÁRIA DO BRASIL
SGAN - Quadra 601 - Módulo K - Brasília/DF
(61) 2109-1419 | [email protected]
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Agricultura pressiona desempenho do agronegócio para baixo