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OS EFEITOS DA MACONHA NO SERE HUMANO
Ana Patrícia da Silva Lima1
Emanuele Elisabete Schegoscheski2
Trabalho, Questão Social, e Serviço Social.
INTRODUÇÃO
Há controvérsias sobre o tema maconha, também conhecida como cannabis sativa.
Tema polêmico onde há diversos tipos de discussão. Denis Russo Burgierman (2002), por
exemplo, aborda em sua pesquisa temas relacionado à proibição da maconha, suas razões e
gênesis. Sobre os benefícios de seu uso, em caso de redução de danos, de curas ou
amenização de dores relacionadas há algumas enfermidades. E sobre seus efeitos, objeto de
pesquisa desse artigo.
Russo (2002) na pesquisa publicada na revista Super Interessante, edição 179, agosto
de 2002, se mostra crítico quanto à proibição da maconha, alegando no primeiro momento
que o uso casual da cannabis não causa danos sérios à saúde. Ele enfatiza que a proibição
dessa droga se deu mais por questões econômicas, políticas, morais e raciais.
Na década de XX, o uso da maconha não era proibido, embora em alguns países
muitas pessoas a vissem com preconceito. No Brasil, por exemplo, o uso da maconha era
relacionado ao negro, e em grande parte do ocidente o uso da droga era relacionado às classes
subalternas. Embora tal droga fosse vista com preconceito, a mesma tinha importância
econômica, porque de componentes da folha poderiam ser produzidos diversos remédios,
também usada na produção de papel, tecidos e outros produtos produzidos a partir da planta.
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Acadêmica do Curso de Serviço Social da Unioeste campus de Toledo, acadêmica do núcleo temático: Drogas
e Sociedade. [email protected], contato 045 99941382
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Acadêmica do Curso de Serviço Social da Unioeste campus de Toledo, acadêmica do núcleo temático: Drogas e
Sociedade. [email protected], contato 045 9902 9818
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Nos Estados Unidos, a expansão da maconha e seu uso ocorreram em 1920, quando
aquele país criou a Lei Seca, interditando a comercialização e o uso do álcool, fato este que
levou à proliferação da venda e o uso da cannabis.
Chegando ao objeto de estudo do presente artigo podemos indagar: a maconha faz
bem ou mal? Quais os seus efeitos?
1.
MALEFÍCIOS DA MACONHA
Muitas pessoas defendem o uso da maconha como se ela não fosse prejudicial à saúde
dos seres humanos, outros, no entanto, mostram que a ideia de que a droga é benigna está
sepultada. Segundo o Instituto de Saúde Pública da Suécia a maconha agride fortemente o
cérebro dos usuários da droga. O uso crônico da droga interfere caoticamente nas sinapses3,
levando ao comprometimento das funções cerebrais.
Entre todas as drogas ilícitas, a maconha é universalmente a mais popular e seu uso
vem crescendo a cada dia. Entre os usuários dessa droga, 60% são adolescentes, os demais
40% estão distribuídos entre jovens e adultos, de acordo com a matéria, apresentada pela
revista Veja, de outubro de 2012. De acordo com a matéria publicada, quanto mais precoce
for o uso da maconha, maior será o risco de comprometimento cerebral. Dos 12 aos 13 anos, o
cérebro está em desenvolvimento, conhecido como “poda neural” e é nesse momento em que
o organismo faz uma triagem de conexões do que deve ser eliminado ou mantido no
organismo para o resto da vida. Por esta razão, se o uso da maconha começar a ocorrer nesse
período de vida do ser humano, há sequelas que podem permanecer para o resto da vida,
mesmo que aconteça do usuário deixar de usar a droga. Milena Gertner (apud LOPES, 2012),
24 anos, fotógrafa, relata a sua história:
Bipolaridade deflagrada pela droga. Comprar e consumir maconha é a
coisa mais fácil do mundo. A droga é extremamente barata e ninguém faz
cara feia quando percebe que você está fumando. As pessoas estão
acostumadas. Fumei dos 14 aos 20 anos. Até começar a fumar, eu era ótima
aluna – fui alfabetizada em inglês e ainda falava francês e espanhol com
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s.f. Anatomia. Ponto de contato entre duas células nervosas. / Fisiologia. União de cromossomos. Disponível
em: <.http://www.dicionariodoaurelio.com/Sinapse.html>. Acesso em: 13 maio 2014.
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fluência. Meu raciocínio era rápido e eu era responsável em casa. Por causa
da droga, passei a ter falhas sérias de memória. Um dia minha mãe descobriu
que eu fumava e me levou ao médico. Lá, fui diagnosticada com transtorno
bipolar, deflagrado pelo uso da maconha. Estou há quatro anos limpa. Não
foi fácil. Tive duas recaídas. Mas estou aqui. Pronta para recomeçar.
(LOPES, 2012, p. 100, grifo do autor).
Através do relado de Milena, percebe-se que o uso da maconha lhe trouxe sérios
problemas. De fato isto ocorre. Segundo Russo (2002), a maconha é muito prejudicial,
especialmente aos adolescentes, pois estes, não estão com a sua personalidade formada. O
maior risco causado pelo uso da maconha aos adolescentes é a síndrome amotivacional, que
se resume na perda de interesse do usuário. Essa síndrome é muito mais frequente em jovens,
e com toda certeza atrapalha a vida social, como também pode gerar crises familiares.
De acordo com Lopes (2012), uma pesquisa realizada por psiquiatras - Ronaldo
Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), José Alexandre de Souza Crippa,
da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, e Valentim Gentil, do Instituto
Psiquiátrico do Hospital das Clínicas, e a psicóloga Clarice Madruga, da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp) -, mostra as áreas cerebrais afetadas pela droga, quais sejam: 1) cortéx
- área de cognição - o efeito da maconha sobre o cortéx é a falta de concentração, dificuldade
de raciocínio e problemas de comunicação. 2) Hipotálamo - área da sensação da saciedade - o
efeito da maconha sobre o hipotálamo é o aumento de apetite. 3) Hipocampo - área da
memória - o efeito da maconha sobre o hipocampo é a perda das lembranças, sobretudo as
recentes e de longa duração. 4) Núcleos da Base e Cerebelo - áreas do movimento do corpo o efeito da maconha sobre essas áreas é a falta de coordenação motora e desequilíbrio. 5)
Amígdala - área do controle das emoções - o efeito da maconha sobre a amígdala é o aumento
ou diminuição da ansiedade.
Ainda segundo a pesquisa, os prejuízos diários que todos os usuários sem exceção,
sofrem pelo o uso da maconha são: esquizofrenia, transtorno de ansiedade, memória,
concentração, funções executivas, vida social, inteligência, vida profissional. A esse respeito,
Álvaro Zunckeller, 32 anos, cineasta, relata sua experiência descrevendo o prejuízo que teve
em decorrência do uso da maconha:
Uma vida normal na aparência. Fumei maconha durante vinte anos.
Experimentei na adolescência e adorei. Em três anos, passei de um cigarro a
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cada duas semanas para três cigarros por dia. Foram vinte anos de perda.
Perdi um emprego, perdi duas namoradas e me formei com dez anos de
atraso. Na faculdade, só pensava na hora de ir para o barzinho fumar
maconha. Quando estava em casa, passava o dia dormindo. Era um viciado,
mas levava uma vida normal. Esse é o grande perigo da maconha. Há sete
meses comecei um tratamento clínico contra a dependência. Desde então,
nunca mais fumei. Hoje, tenho dificuldade de me concentrar na leitura. Não
consigo ler mais de três, quatro páginas. Sinto saudade da sensação que
causa a maconha, claro. Mas não quero mais que ela domine a minha vida.
(LOPES, 2012, p. 96, grifo do autor)
Como esses prejuízos, acima relatado, existem outros ainda. Segundo Gesina L.
Longenecker (2002), se o uso da maconha for prolongado, pode ocorrer a diminuição dos
níveis de testosterona e da quantidade e mobilidade do esperma. A infertilidade, não foi
comprovada, mas se ocorrer o abandono da maconha, os espermatozoides voltam ao normal.
As mulheres, também são afetadas pelo o uso prolongado da maconha, com relação ao ciclo
menstrual, mas também não foi comprovada a permanência do problema.
Há também estudos que mostram que gestantes ao usarem a droga podem afetar o
bebê, pois a maconha atravessa a placenta causando reações adversas no feto, mas nunca foi
constatado algum defeito de nascença, devido ao uso da droga, somente efeitos colaterais.
Longeneker (2002), em seu livro Drogas, ações e reações escreve:
O THC atravessa prontamente a placenta. Têm sido notadas diminuição do
peso e da circunferência da cabeça de recém-nascidos expostos à droga, mais
nenhum defeito de nascença claramente relacionado à droga foi verificado.
Bebês expostos regularmente ao THC antes do nascimento podem mostrar
sinais de excitação do SNC no período neonatal, incluindo tremores, reações
de sustos frequentes, aumento do ato de colocar a mão na boca e reflexos
hiperativos. (LONGENEKER, 2002, p. 90).
A partir desses relatos, percebe-se que o uso da maconha pode influenciar a vida do ser
humano, desde muito antes de nascer, quando ainda é um feto, devido à mãe usar e abusar da
droga enquanto está gravida.
2.
BENEFÍCIOS DA MACONHA
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Considerando que o uso da maconha tem o seu lado contraditório, em relação a fatos e
opiniões, pode-se questionar: o uso da maconha traz benefícios? Ela de fato faz mal à saúde
do seu usuário?
Segundo pesquisas realizadas por Russo (2002), boa parte de usuários da maconha
relatam o efeito desagradável após o seu uso. Entretanto, outros, afirmam ser prazerosa a
sensação que ela causa, sentem-se criativos, relaxados e de bem com a vida.
Falando no uso da cannabis como planta medicinal e sua eficácia, há diversas
pesquisas sobre o assunto. O farmacólogo inglês Iversen, afirma ser incontestável o fato de
que a maconha, como medicamento, possui grande utilidade para o indivíduo que se encontra
com certos tipos de enfermidades. Um dos exemplos bastante citado é o uso da droga para
aliviar sintomas desagradáveis (efeitos colaterais, como o enjoo) para quem está fazendo
quimioterapia para tratamento de câncer.
Nesses momentos, para o paciente a quimioterapia é pior do que o próprio câncer.
Mesmo tendo medicamentos (clinicamente recomendáveis) para tratar esses desconfortos,
para muitos pacientes esses medicamentos legalizados não funcionam, ocorrendo o contrário
em relação ao uso da maconha.
Outro exemplo citado é em relação ao tratamento da AIDS. O indivíduo quando
desenvolve a doença perde muito peso e um dos grandes efeitos da maconha é que ela
estimula o apetite, fazendo com que o seu usuário ganhe peso. Assim, para esse grupo, o uso
da cannabis é eficaz como medicamento porque ajuda no restabelecimento do seu peso,
podendo assim o portador e/ou o doente de AIDS ter uma melhor qualidade de vida. Ela
também serve como analgésico para diversos tipos de dores. Também eficaz para o
tratamento de esclerose múltipla, glaucoma, dentre outras.
Para os médicos essa é uma questão complexa. A maconha é eficiente para o
tratamento dessas enfermidades, mas do ponto de vista legal como lidar com esses
medicamentos se os mesmos são proibidos? Tem-se, portanto, não apenas uma questão
complexa, mas também polêmica, haja vista as controvérsias existentes em relação ao uso e à
proibição da maconha, controvérsias essas até mesmo entre pesquisadores.
De acordo com Elisaldo Carlini, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
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(CEBRID), o THC4 existente na maconha estimula o apetite. Em sua pesquisa publicada na
matéria Canna Medicinalis, da revista Galileu, edição 124 de novembro de 2001, editada por
Gabriela Scheinberg, afirma que o THC traz muitos benefícios. Scheinberg afirma:
Essa capacidade beneficia portadores do HIV e câncer, além de pessoas que
sofrem de anorexia, cuja perda de peso resulta em casos graves de fraqueza e
desnutrição. "Não há dúvidas sobre esse efeito", afirma Carlini. Também
está praticamente comprovada a ação da droga como relaxante muscular e no
combate à dor. Vítimas de esclerose múltipla, que sofrem de espasmos
involuntários, em tese, poderiam auferir alguma vantagem com a droga. O
mesmo pode-se dizer de quem sofre de glaucoma, o excesso de pressão no
interior do globo ocular, maior causa de cegueira no mundo todo. O THC
controla também a ação dos líquidos que correm na córnea e na íris.
(SCHEINBERG, 2001, p. 2)
.
No ponto de vista de outros pesquisadores, tais efeitos não possuem eficácia. "Os
estudos não provam que a maconha pode substituir os remédios atuais", afirma o psiquiatra
Arthur Guerra de Andrade, em sua pesquisa apresentada por Scheinberg na revista Galileu.
Andrade é coordenador do Grea (Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas) do
Hospital das Clínicas de São Paulo, onde trabalha na recuperação de usuários de drogas, e
enfatiza que o uso da maconha como medicamento é uma questão de sensatez. Para ele, é
muito melhor receitar um remédio seguro e confiável ao invés da maconha, porque além de
ser ilegal seus efeitos são questionáveis.
Para Andrade o uso da maconha como medicamento não poderia acontecer, mas uma
análise feita pela Universidade Harvard, nos EUA, em 1990, entre oncologistas, mostra que a
opinião de Andrade até certo ponto está equivocada. A análise realizada com profissionais de
saúde tem como resultado o seguinte:
Setenta por cento dos médicos recomendariam o uso terapêutico da maconha
a seus pacientes se a prática fosse legalizada. Outros 44% disseram que já
tinham feito isso, mesmo sendo a maconha proibida. Nenhuma pesquisa
desse tipo foi feita no Brasil. Mas Galileu entrevistou pelo menos um médico
brasileiro que indica a droga para seus pacientes. (SCHEINBERG, 2001, p.
2).
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THC é a sigla que identifica o tetra-hidro-canabinol, que é o principal princípio psicoativo das plantas do
gênero Cannabis. O THC é uma substancia química muito forte. Disponível em:
<http://www.dicionarioinformal.com.br/thc/>. Acesso em: 13 maio 2014.
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A partir do exposto acima infere-se que as controvérsias não ocorrem apenas no meio
público, com a população em geral, mas igualmente ocorrem na área da saúde, com
profissionais competentes da área. Esse fato deveria levado em conta ao se discutir a
proibição ou não do uso da maconha; em que condições esse uso poderia ou deveria ser feito;
qual a idade mínima para que o uso pudesse ser feito sem ser criminalizado, entre outros
tantos motivos que a complexidade do tema requer para a sua análise.
CONSIDERAÇÕES
Tais discussões são de extrema importância para a sociedade como um todo, mesmo
não se chegando a um denominador comum sobre o assunto. Fica-se a incógnita, por de um
lado, ser claro os benefícios que o uso da maconha como medicamento pode ser eficaz no
tratamento de algumas enfermidades, trazendo vantagens ao paciente. Paciente esse que por
alguma circunstância, no momento de sua enfermidade, não tinha ânimo, esperança, nem
mesmo vontade de prosseguir, devido incômodo em seu corpo físico, que consequentemente
afeta o seu emocional também.
Percebemos também que, através de relatos de usuários da maconha, feitos a partir de
pesquisas feitas para o presente artigo, muitos os que fazem o uso da droga no seu cotidiano,
sentem satisfação, sem ao menos reconhecer dano algum à sua saúde e consequências para a
mesma. Porém para grande parte de outros usuários da cannabis, são nítidos os traumas,
danos e prejuízos causados pelo seu consumo. Consequências essas que envolve sérios danos,
seja psíquico, sejam físicos, no seio familiar e na sociedade. Com isso podemos dizer que há
diversas outras coisas da qual o indivíduo pode fazer uso, usufruir de forma satisfatória, sem
correr o risco de lhes fazer mal, de causar algum tipo de atraso nesse indivíduo. Porque ainda
que um sujeito tenha prazer no uso e pós-uso da maconha, tal, não substitui um convívio
agradável e sólido no meio familiar, profissional, sentimental, e mesmo em meio à sociedade
como um todo.
No caso de pessoas com alguma enfermidade, podemos dizer que esses não se
encontram desamparados pela medicina, nem pela ciência, devido a descoberta de novos
medicamentos que possam vir de encontro com suas necessidades, mesmo porque já existem
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remédios para tratar de forma específica os mais diversos tipos de doenças, e como pode
acontecer que mesmo que o uso da cannabis como medicamento venha trazer benefícios,
também pode trazer grandes malefícios por outro lado, por essa razão, não se chegou a um
consenso sobre se o uso da maconha como medicamento traz maiores efeitos maléficos ou
benéficos à esses pacientes.
REFERÊNCIAS
BURGIERMAN, Denis Russso. A verdade sobre a maconha. In: Super Interessante, São
Paulo, ed. 179, p. 32-40, ago. 2002.
LONGENECKER Gesina. Drogas, ações e reações. São Paulo: Market Books, 2002.
LOPES, Adriana Dias. Maconha faz mal sim. In: Veja, São Paulo, ed. Especial, p. 93-100,
out. 2012.
SCHEINBERG, Gabriela. Canna Medicinalis. In: Galileu. Rio de Janeiro, ed. 124, p. 1-4,
nov. 2001. Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0, 6993,ECT5108181940-1,00.html>. Acesso em 09 maio 2014.
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Ana Patrícia da Silva Lima Emanuele Elisabete