Produtos para Alimentação Animal Serviços Veterinários Informações 2005-058 Compreendendo as infecções microbianas e os benefícios de Baytril® Endotoxina e tratamento antimicrobiano R. Froyman, F. Pirro Fevereiro de 2005 2 Lipopolissacarídeo (LPS) ou endotoxina é um componente da membrana celular externa de todas as bactérias Gram-negativas (G-va). Figura 1 a,b,c. Do ponto de vista bioquímico, o LPS ou endotoxina possui uma camada de lipídios (lipídio A) e uma camada de polissacarídeos. O lipídio A fixa o polissacarídeo à membrana externa da bactéria. A endotoxina é estável no calor. O lipídio A é um “dissacarídeo glucosamina fosforilado e acetilado por múltiplos ácidos graxos”. O lipídio A é a “porção tóxica” da endotoxina responsável pela ativação generalizada da reação de fase aguda (RFA) após endotoxemia associada à bacteremia. Enquanto o lipídio A é associado à toxicidade (endotoxemia), o polissacarídeo (antígeno O) é específico à espécie da bactéria e está associado à imunogenicidade (p. ex., em diagnóstico sorológico). O lipídio A aciona a liberação de citocinas mediadoras. Em bactérias Gram-positivas que não possuem endotoxinas, o peptidoglicano (= ácido teicóico [AT] + ácido lipoteicóico [ALT]) é responsável pelo estímulo de citocinas, mas esta molécula é consideravelmente menos potente na estimulação da RFA do que a endotoxina de bactérias Gram-negativas. Somente os animais vertebrados superiores são sensíveis à endotoxina e há variações consideráveis entre as espécies de mamíferos. As aves são menos suscetíveis, mas não inteiramente refratárias à endotoxina. Suscetibilidade das espécies à endotoxina: Equinos, bovinos > humanos, porcos > cães, gatos > aves A endotoxina está sempre presente no trato GI (em quantidades variáveis), mas ela não é absorvida se a mucosa estiver intacta. O caráter tóxico da endotoxina sérica/plasmática é neutralizado pelos ácidos biliares (destruição da integridade do lipídio A). A endotoxina sérica sistêmica exerce seus efeitos (RFA) em poucas horas. A maior parte das endotoxinas de bactérias Gram-negativas liga-se à parede celular e, do ponto de vista biológico, são de 20 a 50 vezes menos reativas do que as endotoxinas solúveis livres. Somente as endotoxinas solúveis livres estimulam a RFA. O aumento das concentrações de endotoxina sérica (“endotoxemia”) durante a bacteremia é um resultado direto da desintegração da parede celular da bactéria. A endotoxinas ligadas à parede celular são produzidas durante a fase exponencial da multiplicação bacteriana. A endotoxina livre, que excede a quantidade necessária para a síntese da parede celular, é produzida apenas em quantidades menores (cerca de 5-10 % do total) durante a multiplicação bacteriana. A endotoxina solúvel livre é liberada ... Na autólise das bactérias na fase estacionária da multiplicação bacteriana. Esta é apenas uma fração da população bacteriana, já que o restante da população continua o crescimento para o próximo ciclo de multiplicação. Após a lise bacteriana provocada pelos efeitos do complemento sérico e lisozima livre. Os bactericidas têm um impacto, dependendo do modo de ação, sobre as quantidades de endotoxina livre liberadas: vide abaixo. A interação bactericida-endotoxina A. Liberação de endotoxina durante o tratamento bactericida B. PK prolongada das fluoroquinolonas durante a endotoxemia A interação bactericida-endotoxina A. Liberação de endotoxina durante o tratamento bactericida Existem dois componentes letais para uma infecção bacteriana séria: bacteremia (se generalizada = sepse) e endotoxemia. Figura 2. O dilema terapêutico das infecções por bactérias Gram-negativas: Os bactericidas são necessários para combater a infecção (bacteremia): inibição ou eliminação bacteriana. Os bactericidas também afetam (aceleram?) a liberação de endotoxina ao romper a membrana externa da bactéria: aumento da endotoxemia durante o tratamento bactericida? A interação bactericidas + liberação de endotoxina foi investigada exaustivamente, sobretudo em condições in vitro. Os resultados da quantificação de endotoxinas em estudos in vitro geralmente são contraditórios, já que os vários testes (biológicos, imunológicos, radiométricos) não distinguem de maneira idêntica os níveis de endotoxina total, ligada e livre. Somente esta última é “biorreativa” e clinicamente relevante. Portanto, é extremamente importante diferenciar a concentração de endotoxina de sua bioatividade. As endotoxinas solúveis livres no soro podem ser quantificadas através do “Teste do Limulus Clássico” (TLC) ou do teste do “Lisado de Amebócitos Limulus” (LAL). Estes testes biológicos fundamentam-se no fato de que quantidades muito pequenas de endotoxina coagulam as células sanguíneas (=amebócitos) de Limulus polyphemus (caranguejo ferradura). O verdadeiro impacto da bioatividade das endotoxinas pode ser determinado pela medição in vivo das alterações do mediador citocina, ou então de seus efeitos clínicos e biológicos (p. ex., reações de fase aguda como a hipotensão). Os estudos in vivo (p. ex., bacteremia/sepse em animais de laboratório) refletem melhor o verdadeiro impacto da interação bactericida-endotoxina do que os estudos in vitro. Via de regra, drogas bacteriostáticas não têm impacto. Os antibióticos bactericidas com mecanismo de eliminação intracelular (síntese de proteínas [p. ex., aminoglicosídeos] ou síntese de DNA [quinolonas]) têm um impacto irrelevante sobre a liberação de endotoxina, ao passo que os antibióticos que atuam na parede celular (p. ex., β-lactâmicos, cefalosporinas) possuem um impacto significativo. Os aminoglicosídeos (p. ex., gentamicina) provocam rápida eliminação bacteriana sem alterações maiores da integridade da parece celular e da morfologia da bactéria. β-lactâmicos e (fluoro)quinolonas são discutidos abaixo. A. β-lactâmicos (penicilinas, monobactâmicos, carbapenêmicos, cefalosporinas). Figuras 3a,b e 4. Estes compostos inibem o crescimento celular ligando-se às principais proteínas ligantes de penicilina (PBPs). Em consequência, altera-se a biossíntese do peptidoglicano (Figura 1a), que é o principal componente estrutural da parede celular. Assim, a morfogênese bacteriana é prejudicada (formação de esferoides ou filamentos), acompanhada de lise acentuada da parede celular. Há vários tipos de PBPs (1a, 1b, 2, 3, ... etc) e cada composto tem um espectro específico de afinidade com a PBP. As cefalosporinas de terceira geração (p.ex. cefotaxima, cefquinoma, ceftiofur), os monobactâmicos (p.ex. aztreonam), alguns carbapenêmicos (p.ex., meropenem) e as ureidopenicilinas antipseudomonas (p.ex., piperacilina) são altamente ativas para PBP-3. A PBP-3 é responsável pela divisão celular e, uma vez inibida, a lise é precedida por formas filamentosas muito longas (multissegmentadas) de biomassa altíssima (e alta massa de endotoxina). Finalmente, com os βlactâmicos que apresentam afinidade por PBP-3, são liberadas grandes quantidades de endotoxinas. Outros β-lactâmicos possuem um espectro mais diversificado de atividade para PBPs. A afinidade por PBP-1 leva à lise e morte celular muito rapidamente. A endotoxina é liberada, mas em quantidades limitadas. Com os β-lactâmicos ativos para PBP-2, p.ex, imipenem (um carbapenêmico), também são produzidas quantidades pequenas de endotoxina. A PBP-2 é responsável pelo crescimento longitudinal da célula e, uma vez inibida, a lise bacteriana é precedida por formas celulares arredondadas (esferóides). B. (Fluoro)quinolonas As quinolonas e fluoroquinolonas possuem atividade bactericida por inibirem a multiplicação bacteriana (inibição das enzimas girase e topoisomerase IV). A morte bacteriana resulta em bactérias inviáveis com autólise limitada da parede das células residuais. 1. Estudos in vitro mostraram que as FQs (moderadamente, em comparação com os βlactâmicos ligantes de PBP-3) aumentam a liberação de endotoxinas – dificilmente na fase exponencial do crescimento, mas sobretudo na fase estacionária. 1.1 É importante ter em mente que, em casos de sepse/bacteremia, a morte das bactérias metabolicamente ativas reduz drasticamente a contagem bacteriana (p.ex. para zero ou poucas células por mL em algumas horas) em comparação com a multiplicação inibida (p.ex. 8-9 log10 células) de uma cultura-controle, além de limitar as quantidades absolutas de endotoxina que podem ser liberadas durante a fase estacionária. 1.2 É igualmente importante lembrar que a análise retrospectiva mostrou que os níveis de endotoxina de muitos estudos anteriores foram amplamente superestimados, já que os métodos quantificavam a endotoxina total em vez da endotoxina biorreativa. 1.3 Apesar das observações in vitro (liberação precipitada de endotoxina com bactérias Gramnegativas expostas a FQs), nunca se observou o aumento de choque séptico e falência de órgãos no tratamento com enrofloxacina e ciprofloxacina em humanos e animais! 2.1 Estudos in vivo com modelos animais confirmam o aumento das concentrações séricas de endotoxina durante o tratamento com FQ/ciprofloxacina, mas estas concentrações aumentadas de endotoxina não podem ser relacionadas ao aumento de ventos clínicos, p.ex. hipotensão ou choque! Os aumentos de endotoxina in vitro e in vivo (sérica) e do nível de exposição à FQ/ciprofloxacina (dose) não estão bem correlacionados (Figuras 5a,b). 2.2 O trabalho de Nitsch et al. (sepse por E. coli em modelos de ratos) explica muito bem o que ocorre in vivo: vide Figura 5c. Embora o aumento das concentrações de endotoxina sérica seja mensurado durante o período de tratamento com ciprofloxacina (Figura 5a), estes níveis aumentados NÃO se correlacionam com o efeito clínico esperado, associado à endotoxemia. Normalmente, esperar-se-ia uma hipotensão mais severa mas, pelo contrário, a hipotensão é substancialmente reduzida em comparação com os grupos nos quais outros antibióticos (gentamicina, cefotaxima) induzem ao aumento da hipotensão! 2.3 Outros estudos in vivo (Khan et al., 2000; Purswani et al., 2002; Krehmeier et al., 2002; Vianna et al., 2004: vide Figuras 6 e 7) mostraram que as FQs protegem contra a mortalidade induzida por endotoxinas na sepse provocada por bactérias Gramnegativas por regularem para baixo (mecanismo desconhecido) a liberação das citocinas mediadoras IL-6 e TNF-α. Estas últimas citocinas são responsáveis pelo início da RFA, choque e morte. A interação bactericida-endotoxina B. PK prolongada das fluoroquinolonas durante a endotoxemia As reações de fase 1 da metabolização in vivo de enrofloxacina e ciprofloxacina consistem numa série de processos de oxidação (principalmente) e redução catalisados por um dos principais complexos enzimáticos, i.e. “citocromo P450” (formado por 3 famílias principais [CYP 1, 2 e 3]). As reações de fase 2 consistem na conjugação destes metabolitos primários às funções hidrofóbicas (p.ex., ácido glucurônico) Estudos (Lynn et al., 2003; Rao et al., 2000: Figuras 8 e 9) demonstraram que a endotoxemia prolonga a farmacocinética de muitas drogas, entre elas enrofloxacina e ciprofloxacina em animais. Este fenômeno deve-se provavelmente ao efeito inibitório das citocinas mediadoras, disparado pela endotoxina, sobre o citocromo microssomal P450 nos hepatócitos. De acordo com vários estudos (revisão: Monshouwer e Witkamp, 2000), o óxido nítrico parece ser o principal mediador envolvido. Figure 1A Structure of a Gram-Negative Cell Wall Porin Protein LPS Polysaccharide Lipid A Outer membrane Lipoprotein Peptidoglycan Cytoplasmic membrane Phospholipid Figura 1A Estrutura da parede celular de bactéria Gram-negativa Porina Proteina LPS Polissacarídeo Lipídio A Membrana externa Lipoproteína Peptidoglicano Membrana citoplasmática Fosfolipídio Figure 1B O-Polysaccharide Outer Inner Core Lipid A Figura 1B Polissacarídeo O Externo Interno Centro Lipídio A Figure 1C Structure of a Gram-Positive Cell Wall Surface proteins Teichoic acid Lipoteichoic acid Peptidoglycan NAM – NAG peptide Cytoplasmic membrane Figura 1C Estrutura da parede celular de bactéria Gram-positiva Proteínas da superfície Ácido teicóico Ácido lipoteicóico Peptidoglicano Peptídeo NAM – NAG Membrana citoplasmática Figura 1A Figura 1B Figura 1C Figure 2 Resistance Adaption Endotoxic products* Interaction with host defense ANTIBIOTIC BACTERIUM HOST Inhibition Killing Colonization Infection INFECTION OUTCOME Figura 2 Resistência Adaptação Produtos endotóxicos* Interação com as defesas do hospedeiro ANTIBIÓTICO BACTÉRIA HOSPEDEIRO Inibição Eliminação Colonização Infecção INFECÇÃO RESULTANTE Figura 2 Penicilinas de primeira geração Penicilinas resistentes à betalactamase Aminopenicilinas Ureidopenicilinas Amidinopenicilinas Penicilinas (penemas) Carbapenêmicos Monobactâmicos Inibidores de beta-lactamase Cefalosporinas (cefemas) Benzilpenicilina (penicilina G), Fenoximetilpenicilina (peniclina V) Meticilina, nafcilina, oxacilina, dicloxacilina Amoxicilina/ampicilina Piperacilina Andinocilina, andinocilina pivoxil Imipenem, meropenem Aztreonam Ácido clavulânico Cefalotina, cefazolina, cefapirina, cefalexina, cefaloridina, cefadrina, cefadroxila Primeira geração Cefaclor, cefuroxima, cefoxitina, cefotetan, cefamicina, cefamandol, cefmetazol, ceforanida, cefonicida Segunda geração Cefotaxima, cefquinoma, ceftiofur, cefixima, ceftriaxona, ceftizoxima, ceftazidina, moxalactam, cefetamet, protexil, cefoperazona, ceftazidima, cefpiramida Terceira geração Quarta geração Figure 3 Classification of betalactam antibiotics Structural formula of penicillin Figura 3 Classificação dos antibióticos betalactâmicos Fórmula estrutural da penicilina Penicillin Cephalosporin Carbapenem Monobactam Core structures of naturally occurring betalactams Penicilínico Cefalosporínico Carbapenêmico Monobactâmico Estruturas centrais de beta-lactâmicos naturais Figura 3 Cefepima, cefpiroma, cefclidina, cefozopran Figure 4 BETALACTAM ANTIBIOTIC PBPs Figura 4 ANTIBIÓTICO BETA-LACTÂMICO PBPs [Proteínas Ligantes de Penicilina (Penicillin Binding Proteins)] BACTERIAL ENVELOPE GROWTH Crescimento do envelope bacteriano LATERAL WALL (PBP-1, PBP-2) Parede lateral (PBP-1, PBP-2) SEPTA (PBP-3) Septos (PBP-3) ROUND CELLS (PBP-2) Células redondas (PBP-2) SPHEROPLASTS OR FILAMENTS-BLEBS (PBP-1, PBP-2, Esferoplastos ou filamentos-vesículas (PBP-1, PBP-2, PBP-3) PBP-3) FILAMENTS OR LARGE ROUND MULTISEPTATE CELLS FILAMENTOS OU GRANDES CÉLULAS REDONDAS (PBP-3) MULTISSEGMENTADAS PRIMARY KILLING ACTIVITY ATIVIDADE PRIMÁRIA DE ELIMINAÇÃO PRIMARY GROWTH-INHIBITING ACTIVITY ATIVIDADE PRIMÁRIA DE INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO Figura 4. Os diversos processos da atividade bactericida dos beta-lactâmicos Figure 5A Ciprofloxacin, 3 mg/kg Ciprofloxacin, 6 mg/kg Untreated (0.9% NaCl) Ciprofloxacin IV Endotoxin, EU/mL Time, h Figura 5A Ciprofloxacina, 3 mg/kg Ciprofloxacina, 6 mg/kg Não tratados (NaCl a 0,9%) Ciprofloxacina IV Endotoxina (UE/mL) Tempo (h) Nitsche et al. , 1996 Endotoxemia in vivo em ratos após provocação intraperitoneal com E. coli, com ou sem tratamento bactericida concomitante (ciprofloxacina, 3 ou 6 mg/kg). Não há correlação positiva entre a endotoxemia e a dose de ciprofloxacina. Figura 5A Figure 5B Ciprofloxacin Imipenem Ceftazidime Limulus test LPS concentration (ng/mL) Control Figura 5B Ciprofloxacina Imipenem Ceftazidima Concentração de LPS no teste do Limulus (ng/mL) Controle Trautmann et al. , 1996 Liberação de endotoxina livre (LPS) por E. coli in vitro, 4 h após a exposição ao bactericida (≥ 99% de eliminação obtida). Não há relação óbvia ou acentuada entre a liberação de endotoxina e o nível de exposição à ciprofloxacina (~dose). Figure 5C Endotoxin EU/mL Sham infected Untreated (0.9% NaCl) Cefotaxime Ciprofloxacin Gentamicin Imipenem Figura 5C Endotoxina (UE/mL) Infecção simulada Não tratados (NaCl a 0,9%) Cefotaxima Ciprofloxacina Gentamicina Imipenem Nitsche et al. , 1996 Provocação intraperitoneal com E. coli em ratos com ou sem tratamento bactericida concomitante (ciprofloxacina). Apesar do aumento da ocorrência de endotoxemia, não há hipotensão mediada por endotoxinas em animais tratados com ciprofloxacina. Grau de hipotensão (mmHg) Controle desafiado Figure 6 Percent survival Time (hours post injection of LPS) Khan et al., 2000 Figura 6 Percentual de sobrevivência Tempo (horas pós-injeção de LPS) Injeção IV de endotoxinas (LPS) em camundongos e o efeito da administração de ciprofloxacina 1. redução significativa de TNF-α e IL-6 induzidos por endotoxina 2. proteção significativa contra a mortalidade induzida por endotoxinas Figure 7 Serum TNF-α Serum IL-6 Serum IL-2 Ciprofloxacin Time after LPS challenge (h) Figura 7 TNF-α sérico IL-6 sérica IL-2 sérica Ciprofloxacina Tempo após a provocação com LPS (h) Purswani et al. , 2002 Provocação intraperitoneal com endotoxina (LPS) em camundongos pré-tratados ou não com ciprofloxacina: [i] taxa de sobrevivência: a ciprofloxacina protege contra a mortalidade mediada por endotoxinas [ii] resposta à citocina: ciprofloxacina reduz significativamente os níveis de TNF-α e IL-12 Ciprofloxacina Figure 8 Plasma concentration Time (h) Figura 8 Concentração plasmática Tempo (h) Rao et al. , 2000 PK de enrofloxacina (soma enro+cipro) em cabras normais e febris (induzida por endotoxinas): AUC (µg*h/ml) aumentada de 8,6 para 12,7 (aumento de 48%) e níveis séricos prolongados Figura 8. Perfil de concentração plasmática média (± EP) – tempo de enrofloxacina mais ciprofloxacina em cabras normais (◊ n=6) e febris (■ n=5) após injeção i.v. única de enrofloxacina (5 mg/kg). Figure 9 Enrofloxacin concentration Time (h) Control Dexamethasone LPS LPS-Dexamethasone Figura 9 Concentração de enrofloxacina Tempo (h) Controle Dexametasona LPS LPS-dexametasona Post et al. , 2003 Efeito das endotoxinas (LPS) sobre a PK de enrofloxacina (ENR), todas injeções IV, em porcos: [a] ENR-AUC (µg*h/ml) aumentada de 11,2 para 22,4 (aumento de 100%) e níveis séricos prolongados. [b] não há inibição da excreção urinária de ENR. [c] a dexametasona, que inibe os mediadores APR, neutraliza o efeito das endotoxinas sobre a PK de ENR. Figura 9. Gráfico semilogarítmico das concentrações plasmáticas médias (n=6) de enrofloxacina medidas em 0, 0,25, 0,5, 1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24, 36, 48 e 72 h após a administração de enrofloxacina. Administrou-se injeção i.v. única de enrofloxacina (5 mg/kg de peso corporal em 0h) 24h após LPS ou LPS simulado. Três injeções de dexametasona (0,5 mg/kg) foram administradas no período de –42, –24 e –12 h após injeção i.v. única de LPS (2 µg/kg de peso corporal) em –24 h.