29 de maio de 2015
O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem
A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico
e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira
A Comissão Especial da Câmara dos Deputados, que analisa o novo código
de mineração está finalizando seus trabalhos e, em breve, deve enviar para votação no
Congresso Nacional, seu substitutivo ao projeto de lei elaborado pelo poder executivo.
O atual momento do setor de exploração mineral é bastante distinto de
junho de 2013, quando o projeto de lei foi enviado ao Congresso. Desde então, todo o
setor vem sofrendo os graves efeitos impostos pela forte crise mundial dos preços das
commodities, agravados localmente pela insegurança e pelas incertezas sobre os
rumos da política mineral brasileira.
Dentro deste panorama, a Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da
Indústria Mineral Brasileira - ADIMB, irá promover, durante os dias 25 e 26 de junho
próximo, o VI Encontro de Executivos de Exploração Mineral.
O Encontro está sendo estruturado em 3 painéis, que abordarão:
-Política Mineral Brasileira e Atração de Investimentos;
-Mercado de Commodities e Financiamento à Exploração Mineral;
-Perspectivas e Subsídios para o Setor Mineral Brasileiro.
A participação ampla da comunidade de exploração mineral é desejável,
para que possamos discutir e planejar estratégias e ações para enfrentar a os desafios
impostos pela crise que atinge o setor.
A programação detalhada e informações sobre como participar estão
disponíveis no link abaixo:
http://www.adimb.com.br/site/encontrodeexecutivos/programa/PROGRAMACAO_VI_
Encontro_Executivos_Incricao_Site.pdf
PETROBRAS PÔS À VENDA CINCO GRUPOS DE ATIVOS,
INCLUINDO ÁREAS DO PRÉ-SAL
Dentro do seu plano de vender ativos para reduzir o pesado
endividamento, a Petrobras colocou à venda efetivamente, até agora, cinco grupos de
ativos, apurou o Valor. Em seu conjunto, ainda insuficientes para entregar a meta
anunciada de obter US$ 13,7 bilhões com a venda de ativos, segundo fontes de
mercado. Na maior parte dos casos, a estatal pede propostas para fatias minoritárias o
que, segundo pessoas que analisam as oportunidades, tende a reduzir os preços pagos
pelos interessados.
Um dos ativos mais valiosos no pacote à venda é o parque de geradoras de
energia térmica, com capacidade de 7 gigawatts. O Bradesco BBI foi contratado para
vender uma fatia de 49% das térmicas. Há grandes empresas globais interessadas, mas
o processo encontra como obstáculo o fato de as térmicas não possuírem um contrato
de fornecimento de gás com a Petrobras. Seria necessário firmar acordos de
fornecimento para atrair o interesse de sócios. Mas, nesse caso, a definição de preços
é complexa. Não seria possível fornecer o gás a um preço abaixo do de mercado para
as térmicas a partir do momento em que elas passassem a contar com outros sócios.
Estariam em estudo outras opções para as térmicas, como usá-las como garantia de
linhas de crédito para a estatal.
Ao lado das térmicas, o outro ativo mais valioso é um conjunto de quatro
campos de petróleo, em processo coordenado pelo Bank of America. Segundo uma
fonte, tratam-se de áreas situadas nas bacias marítimas de Campos e de Santos e
todos integrantes dos blocos do pré-sal. São o BMC-33, Tartaruga Verde (BMC-36),
Júpiter (no bloco BMS-24) e o BMS-8. Tratam-se de ativos anteriores à lei que obriga a
estatal a ser operador único na sua exploração.
Há expectativa de que a estatal busque sócios minoritários para seus
gasodutos e se desfaça de sua fatia na Braskem.
No primeiro dos blocos, o BMC-33, em águas ultraprofundas do pré-sal da
bacia de Campos, a Petrobras tem uma participação de 30%. Está presente na área em
parceria com a Repsol, que é a operadora com uma fatia de 35%, e com a norueguesa
Statoil, também com 35%. Nesse bloco, a principal descoberta é o campo Pão de
Açúcar, com reservas estimadas em 700 milhões de barris de petróleo e 3 trilhões de
pés cúbicos (TCFs) de gás. A reserva inclui outras duas descobertas: os campos Seat e
Gávea.
O campo de Tartaruga Verde pertence 100% à estatal e tem um potencial
de reservas estimado em 230 milhões de barris. Será colocado em produção junto com
outro campo vizinho, o Tartaruga Mestiça, e ambos vão compartilhar a plataforma
FPSO Cidade de Campos dos Goytacazes, já encomendada à Modec.
Por sua vez, o campo de Júpiter, considerado um gigante do pré-sal que
fica distante 37 km do campo de Lula (antigo Tupi), tem participação de 80% da
Petrobras, tendo como sócia a portuguesa Galp, com 20%. Ele é visto como um dos
onerosos em termos de investimento, pois exigirá muita tecnologia para exploração
devido à indesejável presença de gás carbônico (CO2) em grandes quantidades, o que
significa também que será necessária a utilização de tecnologia avançada para
separação desse gás, que não pode ser queimado na atmosfera.
No bloco BMS-8 foi descoberto o campo de Carcará, também próximo a
Lula. A petrolífera brasileira tem uma fatia de 66% e é a operadora. Está no projeto em
parceria com a portuguesa Petrogal, dona de 14%, e com a Barra Energia e Queiroz
Galvão petróleo, cada uma com 10%. As duas empresas adquiriam fatia de 20% que
pertencia a Shell.
Todos esses campos têm previsão de entrar em produção a partir de 2021
e vão exigir um grande volume de investimentos até lá. A ideia é justamente livrar a
Petrobras do peso desses aportes. Contudo, dado os atuais preços do petróleo e o fato
de os projetos exigiram elevados investimentos, a venda pode não ser fácil.
Alguns grupos de investidores interessados têm indicado que gostariam
que o pacote incluísse também campos já em fase de produção, ou seja, com alguma
geração de receita imediata.
Há uma expectativa de que o plano de negócios que a estatal prometeu
divulgar em junho, mas ainda sem data, traga esclarecimentos sobre esse aspecto e
outros do processos de desinvestimento.
Outro bloco de ativos é composto pelas 21 distribuidoras de gás natural em
que a estatal detém participação acionária. A ideia é atrair um grupo disposto a
comprar 49% da holding que controla as distribuidoras de gás da estatal, a Gaspetro. O
Itaú BBA foi contratado para encontrar esse comprador. A japonesa Mitsui é sócia em
algumas das distribuidoras e pode ser uma candidata natural a fazer uma oferta pela
participação na holding.
A estatal também busca um sócio minoritário para a Petrobras
Distribuidora (BR), dona dos postos de gasolina com bandeira da estatal. Nesse caso, o
mandato foi entregue ao Bradesco BBI. Os postos de gasolina em outros países da
América do Sul - Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai - também estão à venda e o Citi
foi mandatado para vender o controle acionário dessas redes. A intenção é vender
todos para um único grupo. Os postos da Argentina ficam fora do processo.
Além dos cinco grupos de ativos, há uma expectativa de que a estatal
busque sócios minoritários para seus gasodutos, algo que ainda não aconteceu. A
venda da fatia acionária que possui na petroquímica Braskem também chegou a ser
cogitada, mas até agora não existe nada de concreto. (Colaborou Cláudia Schuffner, do
Rio)
Autor(es): Vanessa Adachi
Fonte: Valor Econômico
Data: 22/05/2015
GRANDES MINERADORAS NÃO DEVEM REDUZIR PRODUÇÃO, DIZ
GOLDMAN
Mineradoras de Brasil e Austrália não devem criar um cartel e concordar
em reduzir a produção para levantar os preços, com a expectativa de que o
enfraquecimento da demanda intensifique a competição, disse o Goldman Sachs.
"Os esforços para apoiar os preços via cortes voluntários de produção
seriam contraproducentes. Na nossa visão, a competição no mercado de minério de
ferro só pode se intensificar; esperamos que as disputas irão continuar enquanto os
preços declinam gradualmente rumo à nossa previsão de 40 dólares por tonelada em
2017", disse o analista do Goldman Christian Lelong em relatório.
O minério de ferro caiu para a mínima em uma década de 46,70 dólares em
abril e opera pouco acima de 60 dólares atualmente, menos da metade do pico do ano
passado.
As principais mineradoras do mundo -Vale VALE5.SA e as australianas Rio
Tinto RIO.AX e BHP Billiton BHP.AX- subiram a produção mesmo com o
enfraquecimento da demanda em consumidores-chave como a China, o que fez os
preços caírem, deixando produtores menores em dificuldades.
Autor(es): Manolo Serapio Jr
Fonte: Reuters
Data: 27/05/2015
MINAS ARRECADA MAIS COM MINERAÇÃO
Em abril a arrecadação da taxa estadual atingiu R$ 23,202 milhões, alta
de 12,6% na comparação com março A taxa de mineração cobrada em
Minas Gerais incide sobre o volume produzido e não na receita das
mineradoras.
A arrecadação da taxa estadual da mineração registrou incremento de 12%
entre janeiro e abril na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. O
resultado positivo foi obtido em meio ao momento negativo enfrentado pela
mineração em Minas Gerais, principalmente por conta da queda nos preços
internacionais do minério de ferro.
A receita com a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das
Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários
(TRFM) alcançou R$ 88,788 milhões nos primeiros quatro meses deste ano, ante R$
79,289 milhões em 2014. As informações são da Secretaria de Estado de Fazenda
(SEF).
Somente em abril a arrecadação da taxa estadual atingiu R$ 23,202
milhões. O montante representa elevação de 12,6% na comparação com março,
quando totalizou R$ 20,595 milhões. Em relação ao mesmo intervalo do ano passado
(R$ 19,985 milhões) houve aumento de 16%.
Um dos fatores que podem explicar a continuidade do crescimento na
arrecadação da TFRM é o fato de a taxa incidir sobre o volume produzido e não na
receita das mineradoras, como é o caso da Compensação Financeira pela Exploração
de Recursos Minerais (Cfem), no âmbito federal. Além disso, o reajuste da Unidade
Fiscal do Estado de Minas Gerais (Ufemg) está impulsionando os resultados.
A unidade foi reajustada em 3,2%, passando de R$ 2,6382 no ano passado
para os atuais R$ 2,7229. A taxa para cada tonelada de mineral extraído no Estado é de
0,40 Ufemg (R$ 1,089).
A TFRM foi criada em 2011 e tem a finalidade de custear as atividades dos
órgãos públicos que atuam junto ao setor de mineração. Porém, a cobrança foi iniciada
em meados de 2012.
Em conjunto com a taxa de mineração, foi criado o Cadastro Estadual de
Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração
e Aproveitamento de Recursos Minerários (Cerm). O mecanismo visa organizar e
atualizar os dados para subsidiar a formulação de políticas públicas para o setor.
As pessoas, físicas ou jurídicas, que estejam, a qualquer título, autorizadas
a realizar pesquisa, lavra, exploração ou aproveitamento de recursos minerários no
Estado são obrigadas a se inscrever no Cadastro Cerm, antes do início de suas
atividades.
Autor(es): Rafael Tomaz
Fonte: Diário do comércio
Data: 28/05/2015
ANGLO DOBRA RESERVAS DO MINAS-RIO
As reservas de minério de ferro do projeto Minas-Rio, da Anglo American,
dobraram desde que o ativo foi adquirido pela mineradora em 2008. De acordo com a
empresa, o volume aumentou de 1,4 bilhão para 2,8 bilhões de toneladas de minério
de ferro. Os recursos minerais do projeto somam atualmente 5,3 bilhões de toneladas.
O projeto foi adquirido pela Anglo em 2008 por cerca de US$ 5,5 bilhões
junto à MMX. A Anglo realizou nesta segunda-feira (25) um evento para jornalistas em
Lagoa Santa (MG), com a participação do presidente da divisão de minério de ferro da
Anglo American no Brasil, Paulo Castellari.
Minas-Rio, que vai operar neste ano a US$ 60 a tonelada, pode ter os
custos reduzidos e operar a US$ 35 a tonelada em 2016, segundo afirmou o executivo.
"O custo de US$ 60 a tonelada não nos alarma porque estamos em rampup, começando nossas operações e montando nosso time. Para alcançar os US$ 35 a
tonelada, trabalhamos em melhorias operacionais e estamos estudando a taxa de
câmbio e a inflação", disse o executivo em entrevista ao NMB.
Segundo Castellari, o volume de produção previsto para o Minas-Rio é de
11 milhões a 14 milhões de toneladas em 2015; de 24 milhões a 26 milhões, em 2016;
de 26,5 milhões, em 2017; e de 29 milhões de toneladas por ano entre 2018 e 2020.
"O jogo da mineração é esse. Não temos tanto controle do preço do
minério de ferro, mas trabalhamos com ele. Gostaríamos que o preço estivesse mais
alto, mas vamos nos adaptar às mudanças", afirmou.
Minas-Rio produziu 1,2 milhão de toneladas de minério de ferro no
primeiro trimestre de 2015, e realizou, até o final de março, 13 embarques para
clientes na China, Índia, Oriente Médio e Europa.
"A oportunidade que o Minas-Rio oferece de começar do zero e usar toda
tecnologia que podemos ao seu favor, é uma oportunidade única. Podemos operar por
mais 50 anos tranquilamente", disse Castellari.
Autor(es): Maria Fernandes
Fonte: Notícias de Mineração
Data: 25/05/2015
EXTRAÇÃO ILEGAL DE TURMALINA MOVIMENTOU R$ 2,5 MI, DIZ
POLÍCIA
Potencial exploratório da mina era de cerca de US$ 1 bilhão.
Pedras saíam da Paraíba e eram destinadas ao mercado internacional.
O esquema de extração ilegal da turmalina paraíba, desarticulado durante
operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) nesta
quarta-feira (27), movimentou mais de R$ 2,5 milhões entre os oito investigados. De
acordo com o delegado da Polícia Federal Fabiano de Lucena Martins, o potencial
exploratório da mina era de cerca de 1 bilhão de dólares.
(Correção: Na publicação desta reportagem, o G1 errou ao informar que
sete pessoas foram presas durante a operação e uma continua foragida. A informação
inicial havia sido repassada pela Polícia Federal, mas foi retificada e atualizada com
base em novas informações da própria PF, que comunicou que seis pessoas foram
presas, uma está foragida e uma está sendo procurada internacionalmente pela
Interpol . A reportagem foi corrigida às 10h de quinta-feira (28)).
Os detalhes da investigação, que teve início em 2009, foram divulgados em
entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em Cabedelo. De acordo com a Polícia
Federal, seis pessoas foram presas, um suspeito está foragido, e outro, que mora no
exterior, está sendo procurado pela Interpol.
Policiais federais do Nordeste também cumpriram oito mandados de
sequestro de bens e 19 de busca e apreensão. Foram apreendidos carros de luxo, uma
quantia em dinheiro não divulgada e algumas pedras de turmalina. Nenhuma das
prisões realizadas na operação foi feita na Paraíba, segundo a polícia.
Os suspeitos serão indiciados pelos crimes de lavagem de dinheiro,
usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de
divisas. A operação ‘Sete Chaves’ ocorreu nas cidades paraibanas de João Pessoa,
Monteiro e Salgadinho e também nos municípios de Parelhas e Natal, no Rio Grande
do Norte, além de Governador Valadares (MG) e São Paulo (SP).
Durante a entrevista coletiva, a Polícia Federal apresentou um mapa do
caminho que as pedras faziam no esquema (veja abaixo). Segundo a PF, o esquema
criminoso começava com a extração da pedra no distrito de São José da Batalha, em
Salgadinho (PB). Uma empresa paraibana existente no local não possuía licença para
extração da pedra, mas segundo as investigações, as pedras paraibanas eram extraídas
pela empresa, ilegalmente, e enviadas para uma mina na cidade de Parelhas (RN),
onde ganhavam certificados legais de exploração.
Do Rio Grande do Norte, as pedras seguiam para Governador Valadares
(MG), para serem lapidadas. Lá, comerciantes enviavam as gemas para o exterior, em
mercados na cidade de Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China e Houston e Las
Vegas, nos Estados Unidos.
"As pedras paraibanas são de maior qualidade e portanto atraem maior
interesse de colecionadores e dos suspeitos. As pedras eram exportadas como sendo
do Rio Grande do Norte, e assim declaradas com valor inferior, e só no mercado do
exterior que os comerciantes diziam a real origem da pedra paraibana e portanto
vendiam com preço elevado", disse o delegado.
O delegado comentou que por causa da cor e da raridade da pedra, um
quilate (0,2 gramas) da turmalina paraíba custa US$ 30 mil. Ainda de acordo com o
delegado, a depender das características, o valor pode subir para US$ 800 mil. A
turmalina paraíba só é encontrada em cinco minas em todo mundo, três estão na
Paraíba e duas na África. As pedras extraídas na Paraíba são consideradas as mais
valiosas entre as turmalinas, segundo Fabiano de Lucena Martins.
Segundo a Polícia Federal, entre os integrantes suspeitos de participarem
da organização criminosa estão diversos empresários e um deputado estadual, que
utilizavam uma rede de empresas para realizar o suporte das operações bilionárias em
negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
A PF e o MPF não divulgaram o nome do parlamentar envolvido, mas a
assessoria do deputado estadual João Henrique (DEM-PB), sócio de uma empresa de
mineração na Paraíba, encaminhou nota se posicionando sobre a operação. "A
empresa do deputado está completamente regular perante a Receita Federal e o
DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), sendo a única que dispõe de
concessão de lavra para o minério turmalina", informa a nota.
A assessoria de imprensa informou ainda que "o deputado apoia e
contribuirá incondicionalmente com as investigações, porque também é vítima desses
criminosos que vêm praticando o crime de lavra clandestina na região, através de
empresas com ramificações em Parelhas, no Rio Grande do Norte, Governador
Valadares, em Minas Gerais, Bangkok, Tailândia, Hong Kong, China, Houston e Las
Vegas".
A polícia suspeita que um grande volume destas pedras esteja nas mãos de
joalheiros e de pessoas no exterior. O nome da operação faz referência aos
negociadores no mercado restrito da turmalina azul, que guardavam à ‘sete chaves’ o
segredo sobre a existência de uma pedra valorizada e pouco conhecida no mercado.
Fonte: G1
Data: 27/05/2015
CPRM APRESENTA PLANO DE TRABALHO AO MINISTÉRIO DE MINAS
E ENERGIA
Durante a apresentação do plano de trabalho que vai balizar a atuação da
CPRM nas áreas de Geologia e Recursos Minerais, o diretor Roberto Ventura
contextualizou o trabalho desenvolvido pela empresa nos últimos 12 anos. De acordo
com ele, 98% do embasamento cristalino foi coberto com levantamentos
aerogeofísicos de última geração; houve o aumento significativo de folhas de
mapeadas escalas 1:100.000 e 1:250.000; ocorreu a aprovação da proposta
brasileira pela ISBA para pesquisar recursos minerais na região do Alto do Rio
Grande; o avanço no conhecimento sobre fosfato no Brasil; retomada no programa
sistemático de geoquímica e a intensificação e melhor qualificação dos materiais de
construção em regiões metropolitanas.
Ventura destacou o contexto mundial de acentuada queda no preço das
commodities minerais; redução de investimentos em exploração e restrições
orçamentárias, que reforçam a necessidade de repensar o papel e os produtos
disponibilizados pela instituição. Neste contexto, após debate com o corpo técnico foi
elaborado um plano de trabalho que busca tornar a CPRM protagonista nacional no
conhecimento geológico e fomentar o desenvolvimento do setor mineral brasileiro por
meio de produtos que mitiguem o risco exploratório e incentivem a atração de novos
investimentos.
De acordo com o diretor, o plano de ação passa pela racionalização no
número de projetos, focados em áreas com efetivo potencial para novas descobertas
minerais; além da adoção de ferramentas de controle e acompanhamento
operacional, técnico e financeiro. “Estamos passando por um processo de transição
onde nosso foco será identificar e qualificar as áreas com potencial mineral”, disse
ressaltando ainda que, a CPRM vai continuar a desenvolver projetos de mapeamento
geológico, que constitui uma das atribuições principais da empresa.
Ventura explicou também o processo de reestruturação da Diretoria de
Geologia e Recursos Minerais. “A medida vai adequar a estrutura da DGM às novas
demandas dos projetos, fortalecer as unidades regionais e estabelecer fluxo de
informação eficiente com os canais de decisão. As Divisões darão suporte
especializado aos projetos, consolidando um padrão nacional de qualidade técnica”,
ressaltou.
O secretário Carlos Nogueira elogiou a iniciativa e reforçou o apoio do
ministério para que a empresa execute o plano de trabalho nos próximos anos, voltado
para identificar novos alvos, principalmente, em Áreas de Relevante Interesse Mineral.
Segundo Nogueira, a proposta de trabalho da CPRM está em consonância com as
políticas governamentais. “A CPRM possui estrutura, logística e experiência para
atender a essas novas demandas”, disse Nogueira.
Segundo o Diretor-Presidente, Manoel Barretto, a programação do plano
de trabalho da DGM vai trazer um maior dinamismo nas ações de geologia e recursos
minerais do Serviço Geológico do Brasil. Comentou ainda sobre o papel da CPRM no
avanço do conhecimento geológico do território brasileiro, particularmente nas áreas
de alto potencial mineral. Ressaltou por fim, que essas atividades se darão em paralelo
aos trabalhos que a empresa já realiza, como o mapeamento geológico, que constitui
uma relevante atividade da instituição.
O chefe do Departamento de Geologia (DEGEO), Reginaldo Santos,
enfatizou durante a reunião que o planejamento foi discutido exaustivamente com os
técnicos da DGM e constitui um importante fortalecimento dos projetos que serão
executados pelas unidades regionais. Essa opinião também foi compartilhada por
Francisco Valdir Silveira, chefe do Departamento de Recursos Minerais (DEREM)
acrescentado que esse processo de diálogo com os geólogos na formulação do plano
de trabalho trouxe um comprometimento e envolvimento desses profissionais,
importante para garantir o sucesso dos projetos.
A apresentação contou com presença do secretário de Geologia,
Mineração e Transformação Mineral do ministério, Carlos Nogueira; do secretário
adjunto, Telton Elber Corrêa; do diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto; do
coordenador-geral de Políticas e Programas para a Mineração, Frederico Bedran; do
coordenador-geral de Geologia e Recursos Minerais, José Luiz Ubaldino; além do
diretor Thales Sampaio; e da da chefe da Assessoria de Comunicação, Laura
Fernandes.
Fonte: CPRM
Data: 22/05/2015
PERU RECEBERÁ US$ 64 BI DE INVESTIMENTOS EM MINERAÇÃO EM
5 ANOS
O Peru receberá um investimento em mineração de cerca de US$ 64
bilhões nos próximos cinco anos, disse hoje (22) a ministra do Ministério de Minas e
Energia (Minem), Rosa María Ortiz.
Durante a cerimônia de encerramento do 9º Congresso Internacional de
Prospectores e Exploradores Pro Explo 2015, Ortiz explicou que os investimentos em
mineração no curto prazo se concentram em projetos em estágio avançado de
desenvolvimento ou cuja construção está em fase de conclusão.
Entre as iniciativas mais importantes, está o projeto Las Bambas, da
mineradora chinesa MMG, subsidiária da China Minmetals, com um investimento de
cerca de US$ 10 bilhões para produzir 450 mil toneladas métricas de cobre por ano a
partir de fevereiro de 2016.
A ministra destacou o projeto de cobre de Toromocho, da mineradora
chinesa Chinalco, já em operação após um investimento de US$ 4,8 bilhões para
produzir 1 milhão de toneladas de concentrado de cobre por ano, 10 mil toneladas de
óxido de molibdênio e 4 milhões de onças de prata.
Outro projeto de cobre mencionado por Ortiz foi Constancia, em operação
desde o final de 2014, após a mineradora canadense HudBay Minerals investir US$ 1,7
bilhões para produzir cerca de 82 mil toneladas métricas de cobre por ano,
respondendo por 5,6% da produção nacional esse metal.
Os dois projetos de prata, Inmaculada e Crespo, de propriedade da
britânica Hochschild Mining, devem realizar um investimento total de cerca de US$
500 milhões.
Por sua vez, o projeto Shahuindo, da mineradora canadense Rio Alto,
representa um investimento de US$ 132 milhões e sua entrada em operação está
prevista para janeiro de 2016, com uma estimativa de 84 mil onças de ouro e 167 mil
onças de prata por ano.
"No longo prazo, uma série de projetos que estão em fase de exploração
dependem de confirmação de reservas para seguir em frente. Portanto, estamos
trabalhando para oferecer facilidades na obtenção de licenças e autorizações", disse
Ortiz.
A ministra disse que os projetos que já tiveram suas Avaliações de Impacto
Ambiental (AIA) aprovadas somam US$ 28,8 bilhões, ou seja, 45% do total de US$ 64
bilhões.
Outros projetos, em vários estágios de exploração totalizaram de US$ 25
bilhões, representando 39% do total, enquanto os investimentos para a expansão de
minas já em operação totalizaram US$ 9,28 bilhões, o equivalente a 14,5% dos
investimentos planejados para os próximos cinco anos.
Ortiz disse que no próximo ano "grandes projetos iniciados no boom dos
preços do mineral" serão consolidados, mas diz que terão início os projetos de
segunda geração "menores e menos arriscados para implementar, e mais consistentes
com o perfil atual do ciclo de preços". As informações são da publicação Minería
Chilena.
Fonte: Notícias de Mineração
Data: 22/05/2015
MINERADORA INVESTE MAIS R$ 8 MILHÕES NA PRODUÇÃO DE SAL
NO AMAZONAS
Além dos sais de potássio e sódio, em dois furos já realizados, a
mineradora encontrou porções significativas de sulfato de potássio
A empresa PB (Potássio do Brasil) inicia nos próximos meses prospecções
em duas jazidas de cloreto de potássio e de sódio existentes na bacia sedimentar do
Amazonas. Uma localizada na comunidade de Novo Remanso e outra próxima ao porto
da Hermasa, ambas no município de Itacoatiara, à margem esquerda do rio Amazonas
(distante 270 quilômetros de Manaus). Além dos sais de potássio e sódio, em dois
furos já realizados, a mineradora encontrou porções significativas de sulfato de
potássio, minério que pode ser comercializado na forma de enxofre, utilizado também
como fertilizante. Os investimentos para o desenvolvimento do projeto estão
estimados entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.
De acordo com o diretor de exploração da Potássio do Brasil, José Fanton,
o projeto contempla a perfuração de três furos de sonda que viabilizem o estudo e
análise das reservas encontradas. A expectativa da empresa é obter um novo depósito
de potássio, de onde também será extraído o sulfato. “Temos dois furos e neste ano
planejamos fazer mais três perfurações. Há probabilidades de delinearmos mais um
depósito na margem esquerda do rio Amazonas, há uns 18 quilômetros de distância de
Itacoatiara”, disse.
Na comunidade de Novo Remanso, às margens do rio Amazonas, o
potássio foi encontrado a 766 metros de profundidade (furo PB-NR- 13-03) em uma
camada com 4,87 metros de espessura e teor de 20% de KCL (cloreto de potássio).
Fanton informa que em Novo Remanso a mineralização contém sulfatos em porção
significativa, o que segundo ele, valoriza ainda mais a descoberta. “O sulfato de
potássio é utilizado na fabricação de fertilizantes. Determinadas plantações exigem
uma composição mais sulfatada. Por ser um fertilizante mais nobre os preços de
mercado são superiores ao de cloreto de potássio”, informou.
Próximo à sede do município de Itacoatiara, há 15 quilômetros do Porto da
Hermasa, o furo PB-IC-13-02, apresentou uma camada de 4,27 metros de espessura
com teor de 20.54% de cloreto de potássio a uma profundidade de 860 metros. Este
furo também registra um intervalo com teores de 32,52% de cloreto de potássio e
espessura de 2,48 metros, onde também ocorrem proporções significativas de sulfatos
de potássio. “Não podemos fazer afirmações quanto à tonelagem mas as chances são
reais quanto a obtenção de um novo depósito mineral. A bacia do Amazonas tem um
potencial geológico excepcional”, assegura.
Segundo o diretor, o trabalho, que ainda está em fase de pesquisas, vai
contar com uma equipe de geólogos, técnicos e sondadores. Ele não soube precisar a
quantidade de colaboradores. O superintendente da CPRM-AM (Companhia de
Pesquisa de Recursos Minerais no Amazonas), que também é intitulada como Serviço
Geológico do Brasil, Marco Antonio de Oliveira, explica que o sulfato de potássio é um
tipo de sal que é utilizado na fabricação de enxofre, produto que pode ser aproveitado
como fertilizante.
Oliveira ressalta que a descoberta de duas novas jazidas de potássio que
apresentam alta capacidade de extração de um novo minério, que é o sulfato,
comprova o potencial geológico existente no Estado. “A empresa está comprovando
na prática o que indicam os mapas geológicos. O Amazonas apresenta uma amplitude
de sais de potássio existentes em uma extensão de mais de 400 quilômetros”, frisa.
Autor(es): Priscila Caldas
Fonte: Portal Amazônia
Data: 14/05/2015
CODELCO PROCESSA VALE E DNPM POR DIREITO DE COBRE NO PA
A Codelco do Brasil Mineração, subsidiária da estatal chilena no Brasil,
entrou com um processo na Justiça contra a Vale e contra o Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) referente a um direito minerário que abrange a área do
projeto de cobre e ouro Liberdade, em São Félix do Xingu (PA). A Codelco tem uma
opção com o direito de adquirir o ativo, que pertence à Lara Exploration.
As informações foram publicadas em comunicado enviado ao mercado
nesta terça-feira (26) pela Lara. A Vale foi procurada pelo NMB, mas disse, por e-mail,
que não vai se manifestar sobre o assunto.
Segundo a Codelco, o processo judicial visa garantir a posse da autorização
de pesquisa para cobre 850.404/2007 que, originalmente foi da Pan Brazilian
Mineração. A mineradora afirma que o DNPM atrasou a renovação do alvará,
solicitada em 12 de julho de 2013, pelo fato da Vale ter reivindicado possuir uma
licença desde 1986 sobre a área do direito minerário que pertence à Codelco. “O
processo da Codelco é para anular a antiga licença da Vale e garantir os direitos
minerários atuais”, disse a Lara no comunicado.
De acordo com a Lara, a autorização de pesquisa do projeto Liberdade foi
publicada em 19 de outubro de 2010, com validade de três anos. O processo foi
transferido para a Codelco em 21 de março de 2011, após um acordo de aquisição
assinado entre as empresas, com a opção da Codelco renovar a autorização de
pesquisa por até mais três anos.
Desde então, a subsidiária da estatal chilena realizou uma série de
campanhas de sondagem na área do projeto Liberdade. O último resultado de
sondagem realizada pela Codelco publicado pela Lara é de outubro do ano passado e
possui 13 furos, com qualidade calculada em teor equivalente de cobre.
A área do projeto Liberdade, em São Félix do Xingu (PA), tem um total de
8.491 hectares. A Codelco investiu aproximadamente US$ 3,3 milhões em exploração,
pesquisa e desenvolvimento da propriedade para poder adquirir uma participação de
51% que pertence à Lara. A Codelco pode adquirir mais 24% se investir sozinha em
trabalhos adicionais de exploração necessários para definir recursos mínimos de 500
mil toneladas de cobre equivalente, com base no NI 43-101.
Fonte: Notícias de Mineração
Data: 26/05/2015
GOVERNO FAZ TROCA EM CARGO DO PMDB
Sob forte pressão dos aliados, o governo dará sequência às nomeações dos
cargos do segundo escalão, deflagradas no fim de abril. Um dos próximos anúncios
será a substituição do diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM), Sérgio Dâmaso, que está à frente do cargo desde 2011. Para o seu lugar, será
nomeado Celso Garcia, superintendente do órgão em Minas Gerais.
Ambos são apadrinhados pelo PMDB mineiro, mas como o avalista de
Dâmaso não se reelegeu - o ex-deputado João Magalhães -, ele acabou fragilizado no
posto. Dâmaso e Garcia afinam-se com o relator do novo código de mineração, o
deputado federal Leonardo Quintão, que é do PMDB de Minas.
Há pelo menos cem cargos do segundo escalão definidos pelo governo,
aguardando aval dos respectivos titulares das pastas, e o final encaminhamento da
Casa Civil. Ontem o vice-presidente Michel Temer comandou uma reunião de quatro
horas para tratar do assunto com os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Eliseu
Padilha, da Secretaria de Aviação Civil, e Ricardo Berzoini, das Comunicações. O grupo
responde pelas nomeações no governo.
O DNPM é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com
orçamento limitado e poucos cargos de prestígio. Contudo, o cargo de diretor-geral
torna-se estratégico para o setor mineral diante da tramitação do novo código de
mineração no Congresso. Se for aprovado, o projeto reestrutura o setor mineral na
administração pública, amplia o orçamento e o número de cargos com a criação da
Agência Nacional de Mineração (ANM), em substituição ao DNPM. O novo código
também revisa a cobrança da Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (Cfem),
os royalties da mineração.
Nos últimos dias, o governo anunciou a nomeação do novo presidente da
Embratur, Vinícius Lummertz, e do novo presidente da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Guilherme
Gonçalves de Almeida.
Lummertz é igualmente um nome do PMDB, indicado pelo senador Dário
Berger (PMDB-SC) e que também tinha o aval do senador Luiz Henrique da Silveira
(PMDB-SC), morto no início do mês. Guilherme Almeida integra a cota do PP, que tem
o comando do Ministério da Integração Nacional, ao qual a estatal está vinculada.
Autor(es): Andrea Jubé
Fonte: Valor Econômico
Data: 29/05/2015
MIRABELA ADVERTE ACIONISTAS SOBRE RISCOS
A Mirabela Nickel, controladora da Mirabela Mineração, registrou perdas
de US$ 58,5 milhões no primeiro trimestre deste ano. Na versão não auditada do
relatório financeiro consolidado sobre o primeiro trimestre, divulgado hoje (28) na
Austrália, a empresa diz que se o mercado de níquel continuar a piorar a companhia
terá problemas.
O mau resultado foi consequência de perdas cambiais e dos elevados
custos de financiamento, bem como ajustes feitos aos papéis conversíveis que
compunham a dívida da mineradora.
Em outras partes do negócio, o fluxo de caixa de atividades operacionais
aumentou para US$ 20,5 milhões e a empresa terminou o trimestre com US$ 25,2 mil
em dinheiro e equivalentes. A receita de vendas aumentou para US$ 54,7 milhões,
bem acima dos US$ 39,8 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Os administradores da Mirabela dizem que as perspectivas da empresa
dependem de um novo plano de mina que foi recentemente aprovado. O principal
ativo da empresa é o projeto de níquel Santa Rita, em Itagibá (BA).
“No caso de uma ou mais das principais premissas contidas nesse novo
plano de mina, em particular as premissas de preços do níquel e de produção, não
forem alcançadas, pode haver incerteza material que pode dar origem a dúvidas
significativas sobre a capacidade do grupo em realizar seus ativos e liquidar suas
obrigações de uma forma ordenada”, diz o documento.
O aviso vem em um momento difícil para o setor de níquel. Na Austrália, a
Mincor Resources anunciou cortes de postos de trabalho e uma reestruturação das
minas no início desta semana. Ontem, na LME, o metal fechou a US$ 12.645 a
tonelada, para contratos de 3 meses. O preço está no mais baixo patamar desde 2009.
Apesar das condições difíceis, a Mirabela disse que espera manter bom
nível liquidez em 2015. A empresa disse que o corte de custos, a depreciação do real,
um perfil de despesas de capital melhorado e outros fatores tiverm um impacto
positivo sobre o negócio.
As diretrizes de produção para 2015 permanecem entre 16,5 mil e 18 mil
toneladas de níquel com custos operacionais entre US$ 4,50 e US$ 5,50 por libra.
Fonte: Notícias de Mineração
Data: 28/05/2015
EM MÊS RUIM, MINÉRIO TEM RECUPERAÇÃO E VAI A US$ 62
Maio confirmou o otimismo do mercado em uma retomada da economia
chinesa. A confiança no comprometimento de Pequim em prevenir uma desaceleração
mais forte da atividade levou ao descolamento das commodities metálicas que
dependem da demanda do país ante o minério de ferro, que subiu mais uma vez. Mas
o movimento não foi suficiente para garantir aos analistas que os estímulos vão
funcionar - eles seguem aguardando dados que confirmem o cenário.
No mês até ontem, os preços do minério avançaram 11%, para US$ 62,30 a
tonelada. A cotação é do produto com 62% de ferro negociado no porto de Tianjin, na
China. Em abril, a alta foi de 10%, o que demonstra rápida recuperação no segundo
trimestre. Mas se for considerado o acumulado do ano, a queda segue em 12,5%.
A crença do mercado é no chamado "pouso leve" da China em 2015. Isso
significa que, apesar de os cinco primeiros meses do ano apontarem para expansão
mais tímida da economia, o governo vai conseguir chegar perto da meta de crescer 7%
no ano. O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês), autoridade monetária,
reconheceu que dificuldades ainda rondam a economia, mas reiterou a confiança em
uma retomada.
O problema, alertam analistas, é que as informações ainda dão sinal
contrário. A produção de aço bruto recuou 0,7% na China em abril, na comparação
anual. O minério é a principal matéria-prima da siderurgia. A prévia do setor industrial,
medida pelo PMI do HSBC, apontou para 49,1 pontos em maio - melhora ante os 48,9
pontos de abril, mas ainda assim demonstrando recuo.
O Citi passou por cima do clima de otimismo sobre o minério de ferro e
cortou projeção de preços no longo prazo, de US$ 81 para US$ 55 por tonelada. O
banco ainda acredita que o terceiro e o quarto trimestres trarão mais pressão à
commodity. O BTG Pactual crê em US$ 65. Melinda Moore, analista do Standard Bank,
lembrou que o setor siderúrgico chinês encontra-se com ociosidade de 36%
atualmente. "O excedente de oferta vai persistir e pressionar mais os preços do
minério", diz.
Por outro lado, uma commodity que não segurou o fôlego de alta de abril
foi o petróleo. Durante maio, o barril do Brent caiu 6,4%, para US$ 63,16 cada, e o WTI
perdeu 4,4%, terminando em US$ 58,02. Assim, o chamado "rali" do ano foi quebrado
principalmente por conta do recorde de produção na Arábia Saudita.
Os analistas ainda lembram que o Iraque segue em expansão do uso da
capacidade após investimentos estrangeiros impulsionarem o crescimento nos últimos
anos. "Acreditamos que preços acima de US$ 60 já demonstram níveis mais razoáveis",
comenta Norbert Ruecker, diretor de commodities do banco suíço Julius Baer.
No caso dos metais não ferrosos, destaque para o cobre, outro metal que
depende bastante da demanda vinda da China e em parte divide expectativas com a
siderurgia, pois abastece o setor de construção. Na bolsa de metais de Londres (LME,
na sigla em inglês), o preço recuou 2% até ontem, para US$ 6.095 a tonelada.
"Não muda nossa visão pessimista. A procura pelo cobre permanece sob
risco da desaceleração imobiliária", comenta Carsten Menke, analista do Julius Baer.
Mas o efeito pode demorar mais porque a fiação dos edifícios construídos, que
depende do cobre, só é completada após o fim das obras. Os estoques voltaram a se
normalizar, acrescenta o especialista, o que significa que não há expectativa de corrida
às compras no curto prazo para sustentar a cotação.
Os preços do alumínio caíram 6,7% no mês até ontem, para US$ 1.776 por
tonelada. O recuo do níquel foi de 7,6%, para US$ 12.820, e o zinco afundou 4,1%, para
US$ 2.228. "Acreditamos que a recuperação dos metais não ferrosos se deve à
esperança de que haverá mais estímulos à economia da China. Mas ainda precisamos
ver duas coisas: se isso vai se materializar de fato e se vai ser traduzido em demanda
maior pelas commodities", declara o analista do Julius Baer.
Autor(es): Renato Rostás
Fonte: Valor Econômico
Data: 29/05/2015
VOLTANDO A INVESTIR EM NOVOS PROJETOS
Ao contrário de outras empresas do setor, a Votorantim Metais está um
pouco mais otimista com as perspectivas do mercado de mineração, pelo menos no
que diz respeito aqueles metais que produz. Tanto que tem em seu portfólio pelo
menos três projetos novos, que totalizam investimentos de quase US$ 4 bilhões, a
serem concretizados num horizonte quatro a cinco anos. Destes projetos, o primeiro a
ser concretizado é a expansão da mina de Vazante, em Minas. Gerais, no qual deverão
ser aplicados cerca de R$ 600 milhões, e cujos trabalhos de implantação serão
acelerados já a partir de 2015. O segundo empreendimento, cuja implantação deve
começar em 2016, é o zinco de Aripuana, em Mato Grosso, para o qual está previsto
um investimento da ordem de 24 US$ 600 milhões. O terceiro projeto ? e o maior
deles ? é o Alumina Rondon, no Pará, orçado em cerca de US$ 3 bilhões e para o qual a
empresa esta atraindo sócios que, alem de aportar capital, garantam aquisição de
parte da produção.
O que anima a empresa a se lançar nesses projetos é a avaliação de que o
mercado de metais como zinco, chumbo e cobre está tendo um aumento de demanda,
por conta da recuperação da economia americana e relativa estabilização da economia
europeia. Houve também, em 2014, uma melhoria nos preços de alguns metais, o que
contribuiu para que a VM, ou seja, a área dos metais, apresentasse uma melhor
performance nos negócios da VDI (Votorantim Industrial), que inclui também as áreas
de cimento, aços longos e celulose. Os metais contribuíram com 33% da receita
líquida de 2014, que somou R$ 28,1 bilhões. Já no Ebitda, que totalizou R$ 7,1 bilhões
no ano passado, a contribuição da VM foi de 32%. Incluindo os negócios da peruana
Milpo, empresa de capital aberto em que a VM detém o controle, contribuição na
receita sobe para 39% e no Ebitda para 41%. Em termos percentuais, a participação da
VM em 2014 foi igual à de 2013. No entanto, e valor essa participação foi maior, já
que o total de receita do grupo passou de R$ 26,2 bilhões em 2013 para R$ 28,1
bilhões no ano passado. Como os volumes de venda se mantiveram praticamente
iguais, em torno de 1,1 milhão de toneladas (incluindo alumínio, zinco e níquel),
significa que a media de preços dos metais melhorou.
Votorantim Metais
investimentos, VM e Milpo tiveram uma fatia de 41% no valor de R$ 2,5 bilhões que o
grupo aplicou. Mas não foram investimentos em crescimento e sim na melhoria das
operações atuais.
Na entrevista a seguir, o diretor presidente da Votorantim Metais, analisa
os fatores que motivaram desempenho favorável da empresa em 2014 e detalha os
planos de crescimento para os próximos anos.
A matéria completa está disponível no site da Revista Brasil Mineral
através do link www.brasilmineral.com.br/bm/revista/350/
Autor(es): Francisco Alves
Fonte: Brasil Mineral
Data: abril/2015
PAÍS DESCONHECE POTENCIAL DO SUBSOLO AMAZÔNICO
O potencial mineral da região Norte é imenso, mas o Brasil desconhece o
que há no subsolo da Amazônia Legal. A afirmação é de Marcelo Tunes, diretor de
assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Segundo Tunes,
apenas 30% da região já foi mapeada por meio de levantamentos aerogeofísicos, que
geram informações em escalas adequadas para a pesquisa mineral. "Na região
amazônica, a pesquisa em solo é muito cara, devido ao difícil acesso as potenciais
províncias minerais. Poucos se arriscam sem informações prévias adequadas que
minimizam os riscos", diz.
Apesar de conquistadores espanhóis e portugueses terem percorrido ainda
no século XVI o rio Amazonas em busca do Eldorado, a mítica cidade de ouro e pedras
preciosas, foi apenas nos anos 1950 e 1960 que a produção mineral tornou-se
significativa na região. Primeiro com a exploração de manganês, na Serra do Navio, no
Amapá, a garimpagem de ouro em Tapajós, no Pará, e de cassiterita, em Rondônia.
Nos anos 1970 tiveram início a exploração de bauxita, na região de Trombetas, no
Pará, e de caulim no Amapá. Os anos 1980 foram marcados pela entrada em operação
de Carajás e a garimpagem de ouro em Serra Pelada, províncias que despertaram
atenção mundial para o Norte.
As reservas minerais conhecidas da Amazônia Legal respondem por 87,4%
do estanho brasileiro, 95,3% da gipsita, 80,8% da bauxita, 75% do cobre, 72,8% do
caulim, 35,8% do manganês e 30,5% do ferro. Das 59 minas existentes na região, 28
estão no Pará, 13 no Tocantins, nove no Amazonas, sete em Rondônia e duas no
Amapá.
Em 2014, a região Norte foi responsável por 35%, ou seja US$ 14 bilhões
dos US$ 40 bilhões de receita da produção mineral brasileira. Do total da região, US$
8,5 bilhões foram provenientes da exploração de minério de ferro do Pará e US$ 5,5
bilhões dos demais projetos minerais.
O Ibram projeta que a mineração terá investimentos de US$ 53,6 bilhões
entre 2014 e 2018, sendo que por volta de US$ 14 bilhões serão destinados a região
Norte. A produção de minério de ferro no Pará deve receber entre US$ 9 e US$ 10
bilhões em investimentos.
Fora de Carajás, o principal projeto mineral previsto para os próximos anos
no Norte é o da empresa de controle canadense Potássio do Brasil, que planeja investir
por volta de US$ 2 bilhões na exploração de potássio, insumo básico de fertilizantes,
em jazidas no município de Autazes e na vila de Uricurituba, na bacia do rio Madeira,
no Amazonas. As reservas já detectadas somam 600 milhões de toneladas de minério,
que são suficientes para uma produção anual de 2,2 milhões de toneladas de cloreto
de potássio durante 34 anos, volume que representa aproximadamente 25% da
demanda anual brasileira.
Helio Diniz, diretor operacional da companhia, diz que o projeto encontrase em fase de analise de sua viabilidade técnica e financeira. Os estudos de impacto
ambiental foram entregues em janeiro ao Instituto de Proteção Ambiental do
Amazonas (IPAAM) e a licença prévia, que atesta a viabilidade do empreendimento, é
aguardada para os próximos dois meses. "Os investimentos produtivos devem se
iniciar a partir de 2017 e a mina deve começar a operar em 2019. Nosso objetivo é
atender principalmente os mercados do Norte e do Centro-Oeste do país", diz.
Em 2014, a produção da Mineração Rio do Norte (MRN), a maior produtora
nacional de bauxita, a matéria-prima do alumínio, somou 18 milhões de tonelada,
utilizando a capacidade máxima da mina localizada no rio Trombetas, em Oriximiná
(PA). Do total produzido, 54% foram destinados ao mercado interno e o restante
exportado, sendo 19% para os Estados Unidos, 13% para o Canadá, 10% para a Europa,
3% para a China e 1% para a Índia.
O impacto da redução de produção de alumínio no Brasil, com a
interrupção de unidades produtivas, como a da Alcoa em São Luís do Maranhão, não
deve afetar significativamente a produção mineral da MRN. José Luiz Martins, diretor
de operações da mineradora, diz que a projeção para 2015 é de 17,6 milhões de
toneladas, que serão destinadas completamente aos acionistas da companhia, que são
a própria Alcoa, a Vale, CBA, Hydro, Rio Tinto Alcan e BHP Billiton. A mineradora não
tem planos de ampliar sua capacidade no momento.
Autor(es): Domingos Zaparolli
Fonte: Valor Econômico
Data: 29/05/2015
6º ENCONTRO NACIONAL DA PEQUENA E MÉDIA MINERAÇÃOENAMMIN (BRASIL MINERAL)
QUARTA-FEIRA – 10 DE JUNHO DE 2015 (14h00 às 19h45)
Programação:
1) Painel de Abertura: Principais Desafios da Pequena e Média Mineração
Convidados:
- Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME;
- Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração);
- Anepac (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para
Construção);
- Abirochas (Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais);
- ABPC (Associação Brasileira dos Produtores da Cal)
2) Apresentação: “A pequena e média mineração na Economia Mineral do Brasil”Paulo Guilherme Tanus Galvão – Diretor de Planejamento e Desenvolvimento Mineral
do DNPM
3) Palestra Técnica - A pesquisa mineral na pequena e média empresa
Geosol/SGS Geosol
4) Capitalização de pequenas e médias empresas de mineração
5) Situação atual e perspectivas do setor de produção de agregados para construção
Fernando Valverde – Presidente Executivo da Anepac
6) Palestra Técnica – Sandvik Construction/ Maestro
7) A pequena e média mineração e os Arranjos Produtivos Locais
Convidado: Elzivir Guerra – Diretor do Departamento de Transformação e Tecnologia
Mineral da SGM/MME
QUINTA-FEIRA – 11 DE JUNHO DE 2015 (10h00 às 19h45)
Programação:
Manhã
1) Mercado de Minerais Industriais
Renato Ciminelli (Mercado Mineral)
2) Mineração e Ordenamento Territorial no Estado de São Paulo
Convidado: Subsecretaria de Mineração da Secretaria de Energia do Estado de SP.
3) Palestra Técnica – Metso/Tracbel
4) Palestra Tecnologia para Pequenas e Médias Minedoras
Convidado: Prof. Giorgio de Tomi – Núcleo de Apoio à Pequena e Média Mineração
ALMOÇO
Tarde
5) Fertilizantes alternativos
Convidados: Representantes das empresas Terrativa e DuSolo
6) Palestra Técnica - Arvos
7) Situação atual do setor de rochas ornamentais
Cid Chiodi Filho (Abirochas)
8) O uso de explosivos e a segurança na mineração
Convidados: Daniel Debiazzi (Anepac), representantes do Exército Brasileiro e
fabricantes de explosivos e acessórios.
9) ENCERRAMENTO
Taxa de Inscrição
R$ 250,00 (não associado)
R$ 225,00 (10% desconto Associado Sobratema)
Vagas
As vagas são limitadas a 180 participantes e serão preenchidas de acordo com a ordem
cronológica das inscrições.
Para maiores informações
E-mail: [email protected]
Pessoa de contato: Elisabete Quirino
Telefone: (11) 3660-2183
Download

Clipping 287