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Opinião
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O Estado do Maranhão - São Luís, 21 de janeiro de 2015 - quarta-feira
OESTADOMaranhão
SECRETÁRIO DE REDAÇÃO: ADEMIR SANTOS - [email protected]
COORDENADOR DE REDAÇÃO: SELMA FIGUEIREDO - [email protected]
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DIRETOR DE REDAÇÃO: CLÓVIS CABALAU
“O Maranhão é uma saudade que dói
e não passa. Não o esqueço um só dia,
um só instante. É amor demais.
Maranhão, minha terra, minha paixão.”
DIRETOR COMERCIAL: MADELON ARAUJO
José Sarney
FUNDADORES: JOSÉ SARNEY E BANDEIRA TRIBUZI
PRESIDENTE: TERESA SARNEY
Editorial
Lixo para todo lado
S
ão Luís nunca teve tantos pontos
de acúmulo de lixo como agora. A
capital maranhense tem 230 bairros oficiais, segundo o levantamento do
Instituto da Cidade, Pesquisa e Planejamento Urbano e Rural, em 2012, fora os
núcleos sociais que surgem a cada ano
com as ocupações.
Com pouco mais de 1 milhão de habitantes, a capital maranhense produz diariamente cerca de 6 mil toneladas de lixo, o equivalente a mais de um quilo por
cada habitante. Tudo isso para 800 agentes de limpeza deixarem a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade livre dos
resíduos sólidos todos os dias.
A empresa responsável pela limpeza
urbana, a São Luís Engenharia Ambiental (SLEA), já teve 1.500 servidores coletando resíduos descartáveis na capital.
Hoje apenas 800 fazem esse trabalho. A
Prefeitura de São Luís alegava muito
gasto, além das possibilidades, para pa- tolerável e propício à proliferação de digar o serviço indispensável. Antes da re- versos males.
pactuação entre o Município e a SLEA,
São muitos os riscos causados pelo
aproximadamente R$ 16 milhões eram acúmulo de resíduos sólidos, mesmo os
gastos mensalmente com a limpeza ur- menos insignificantes. O lixo pode servir
bana da capital.
de abrigo e aliCom a redução
mento para anido número de Com tantos problemas
mais e insetos
agentes, houve
que são os prinoriginados pelo lixo, por
um decréscimo
cipais vetores pade 50%.
ra a propagação
que não há um sistema
É humanade doenças. As
mente impossí- de coleta adequado
mais comuns
vel fazer uma para uma cidade do
são: leptospirose,
boa coleta de lidengue, diarreia,
xo e difícil en- porte de São Luís?
febre amarela,
tender a causa
leishmaniose e
de o poder público insistir no defasado agora a febre chicungunya.
sistema de coleta, que deixa a cidade
Com tantos problemas originados peimunda. Ruas e grandes avenidas, pra- lo lixo, por que não há um sistema de coças e retornos cheios de lixo acumula- leta adequado para uma cidade do pordo. E consequentemente com cheiro in- te de São Luís? Faltam recolhimento sis-
Cabalau
Sobe-Desce
Construindo pontes
e paredes
Vencedor do prêmio
Bola de Ouro de melhor
jogador do mundo dos
últimos dois anos, o
português Cristiano Ronaldo garantiu que busca
melhorar ainda mais como jogador, inclusive em
fundamentos considerados básicos, em entrevista
que será publicada nesta quarta-feira pela revista
France Football.
ALEX MURAD
'Arrumar desculpas
para cocaína seria coisa
de covarde'. Esta foi
uma das declarações do
astro do UFC, Jon Jones, à entrevista a uma TV
americana, que foi ao ar na de segunda-feira.
Falando com a Fox, o campeão meio-pesado do
UFC falou sobre seu problema com a cocaína e
garantiu que não é um viciado, mas fugiu de
achar desculpas para o erro que cometeu.
Um dia
como hoje
21 de janeiro
1793
1980
1924
Guilhotinado
O rei Luís XVI foi guilhotinado
durante a Revolução Francesa.
Encerrado no Templo e acusado de
traição, foi julgado pela Convenção
e condenado à morte. A rainha
consorte Maria Antonieta foi
executada seis meses depois.
Lênin
Com 53 anos, morreu Vladimir
Lênin, líder da Revolução Russa de
1917. Ele foi o primeiro
presidente comunista do país.
Durante a Guerra Civil, em 1918,
seriam executados o Czar Nicolau II e toda a família
imperial, sob suas ordens.
The Voice
Frank Sinatra chega ao Brasil
para a única apresentação que
fez no país. O show entrou para
O livro dos recordes por ter
reunido o maior público numa
apresentação solo: 175 mil
pessoas lotaram o Maracanã.
A parte execrada do Governo de Todos
DANDARA BALBY ARAUJO
Mesmo exonerada por um decreto que retroage ao dia 1° de janeiro, quando muitos de
nós ainda trabalhavam, ainda me sinto servidora da Fundação da Memória Republicana
Brasileira. Talvez por fazer parte dessa instituição desde 2012, ano de sua criação, e assim, acompanhar de perto sua luta, seu desenvolvimento.
O que vemos hoje, na mídia, como um todo, é uma tentativa grotesca de denegrir a imagem de uma Fundação que desde sua origem
vem realizando um trabalho sério, beneficiando inúmeras crianças e adultos do Desterro e
adjacências, bem como tornando-se o lugar
mais procurado pelas escolas estaduais e particulares para visitação - alunos de todo o Maranhão vêm conhecer a história da república
brasileira, a exposição Cadê a Química?, trazida do Rio de Janeiro, não um memorial ao seu
patrono, o ex presidente José Sarney, como dizem por aí.
Me entristece ver que as ofensivas partem
do próprio Governo do Estado - nós também
somos Estado. Cuidem de nós, não falem de
nós!
Para mim, e aqui é minha opinião pessoal,
um governo de todos, centrado na falácia de
"mudar o Maranhão", é fazer alguma coisa do
que encontrou e não reclamar do que achou reclamar traz mídia, fazer alguma coisa traz
mudança.
Todos os dias somos bombardeados por
blogueiros, políticos de todas as partes - um
Me entristece ver que as
ofensivas partem do
próprio Governo do
Estado - nós também
somos Estado. Cuidem de
nós, não falem de nós!
pavilhão da morte, por assim dizer, fiéis escudeiros, quem sabe; pagos para difamar um trabalho, uma instituição que zela por seus ideais.
Mais que triste, é lamentável ver que um pai
calunia um filho, pois a relação do Estado para com a Fundação é esta.
Divulgar um banner com a imagem de nossa casa com o valor de 8 milhões de reais é
temático e abrangente dos resíduos sólidos, educação ambiental, consciência
sanitária e diálogo entre o poder público
municipal e a comunidade ludovicense.
O certo é que há pouco investimento
na área por parte do poder municipal.
No caso de São Luís, está havendo redução de serviço de coleta e aumento
da população. E esse investimento não
se resume apenas a estrutura e recolhimento do lixo. É preciso lançar campanhas educativas para orientar a
população a entender que acumular
lixo é sinal de doenças.
Já passou da hora de concluir o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, para que a sejam criadas metas importantes que possam contribuir para a eliminação dos lixões e uso de aterros sanitários, além de instituir instrumentos
de planejamento nos níveis nacional,
estaduais e municipais.
mais uma tentativa de construir uma imagem
negativa da FMRB. Neste banner senti falta de
ver como estes 8 milhões foram gastos. Não vi
escritos os projetos desenvolvidos, os cursos
ofertados, as exposições trazidas, o número de
crianças e jovens beneficiados. Também não
li o discurso de pais e professores elogiando o
nosso trabalho - eu apenas vejo uma forte vontade de desconstruir uma Fundação, por meio
de um viés político e arraigado, que eu julgo
deplorável.
Acredito que os governos devem servir à sociedade e não servirem-se dela.
É preciso pensar socialmente, agir socialmente. A descontinuidade das ações constitui
um fator impeditivo. Essa descontinuidade se
caracteriza pelas situações nas quais um governo implementa uma determinada ação e o
seu sucessor a desfaz. Essa dinâmica perversa atinge os interesses da sociedade - os governos não podem se apropriar das ações, como
se elas fossem propriedade deles. Assim estaremos, de modo acelerado, destruindo formas
sociais de produções de serviços que beneficiam toda uma população - Eu não creio que
assim se faça um governo de todos!
Assistente Social
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Muitas pessoas estão sempre a buscar a aprovação
de outras, desejando serem correspondidas, elogiadas, queridas e até reverenciadas.
Há uma necessidade sem fim e sem medida de
serem parabenizadas, bajuladas, ou seja, de não serem invisíveis aos olhos do outro. É como se fosse
uma verdadeira meta de vida, imprescindível para
a felicidade.
E quando isso não ocorre há um sentimento de
frustração enorme, que machuca, fere, e abre um
buraco profundo no coração. Não é fácil lidar com
esse tipo de sensação. Há aqueles que passam a vida inteira infelizes por conta disso, amuados, tristes,
deprimidos, ou mesmo extremamente doentes, e
outros que chegam inclusive a cometer suicídio.
O que eu percebo é que muitas vezes nós sofremos bastante por não conseguirmos a aprovação de
determinadas pessoas, e esquecemos de notar o que
acontece ao nosso lado, as inúmeras pessoas que
nos admiram, que nos dão carinho e que se importam conosco, e que acabam sofrendo com o nosso
silêncio, com a nossa indiferença.
Ficamos tão obcecados e frustrados por não sermos notados por meia dúzia de pessoas que não dão
a mínima para nós que esquecemos até mesmo de
agradecer o carinho e a atenção dos muito que sempre estão ao nosso lado, e os ignoramos, solenemente. Não interagimos com eles, não permitimos que
façam parte da nossa vida.
E assim damos continuidade a um ciclo por demais vicioso, buscando a aprovação de pessoas que
não se importam com a gente, e sofrendo uma enormidade em decorrência disso, enquanto, por outro
lado, esnobamos todas aquelas que, em número
muito maior, gostam de nós e nos dão o valor que
merecemos. Às vezes, fazemos isso sem querer, como se fosse um instinto, algo que fazemos de modo
involuntário.
Por isso é que estamos sempre insatisfeitos, nos
sentindo sozinhos. Ignoramos e afastamos quem
quer estar perto de nós, e sofremos por não sermos
queridos pelas pessoas que não notam que nós existimos.
E seguimos construindo paredes, e não pontes,
que nos separam cada vez mais daquelas pessoas
que nos amam e nos querem por perto, e buscando
a aprovação e a simpatia de outras que não nutrem
por nós qualquer carinho e admiração.
O problema é que o ser humano quando percebe que já conquistou o amor de alguém, acaba relaxando, e deixa de cultivar o relacionamento com essa pessoa, afinal das contas essa já gosta de si sem
que precise fazer mais qualquer coisa para tanto.
E enquanto negligencia a sua relação com essas
pessoas, corre atrás dos outros que nunca se importaram, e age como se dependessem da reciprocidade desse sentimento para sobreviver.
O que devemos fazer é valorizar cada vez mais as
pessoas que nos cercam, ou seja, a nossa família e
os nossos amigos, que são aqueles que verdadeiramente nos amam, e que sempre estarão ao nosso
lado.
É claro que é bom fazer novos amigos e conquistar a admiração e o carinho de mais pessoas, mas
não podemos fazer disso o sentido da nossa vida, e
nem podemos negligenciar aqueles que nos amam,
que nutrem por nós uma grande admiração e simpatia.
Estamos sempre construindo pontes e paredes.
O que nos cabe, então, é saber onde e para quem
construí-las. As pessoas que nos amam precisam
muito de pontes para que consigam chegar ao nosso encontro, e para que deixemos de ser inacessíveis
para elas. Por outro lado, aquelas que sempre tiveram uma ponte à sua disposição para nos encontrar, mas a ignoram, merecem que construamos paredes, pois ao mesmo tempo em que não nos procuram, tem muita gente que tudo o que quer é uma
oportunidade de se aproximar de nós.
Advogado, conselheiro da OAB/MA, MBA em Direito
Tributário, especialista em Direito Constitucional,
Direito Civil e Processo Civil
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