Componente Curricular: Administração Curso: Sistemas de Informação UNISO José Roberto Garcia 1 Capítulo 1 José Roberto Garcia 2 • Introdução Administração: Conceitos – Empresas possuem enorme complexidade • Como funcionam? Como sobrevivem? Como crescem? • Atuam em ambientes diferentes: fatores econômicos, políticos, tecnológicos, sociais, legais, culturais, demográficos • Não são autônomas nem auto-suficientes: precisam ser administradas – requerem diretores, gerentes chefes, supervisores, encarregados, etc. – Empresas e administração possuem enorme complexidade e diversidade – Estudos • Empresas com feições atuais na metade do século XVIII – a partir da Revolução Industrial • Estudos sobre a administração: no início do século XX José Roberto Garcia 3 Administração: Conceitos • Administrar: exercer a administração de negócios públicos ou particulares; gerir, superintender, governar, dirigir (do latim administrare) – Ad: direção para, tendência a, orientar a – Ministrar: dar, fornecer, prestar; apresentar, por alguma coisa na presença de; servir; conferir (do latim ministrare) • Tarefa da Administração: interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos • Administrador: diretor, gerente, chefe, supervisor – figura indispensável em todos os tipos de organizações humanas José Roberto Garcia 4 Administração: História das Empresas • Empresas: desenvolvimento lento até meados do século XVIII • Fases: – Artesanal – desde a atinguidade até 1780 quando se inicia a revolução industrial • Características: – Regime de produção é o artesanato rudimentar – Produção acontecia nas pequenas oficinas familiares, granjas, e na agricultura – Mão-de-obra não qualificada e escrava – Ferramentas toscas – Resquícios do feudalismo – Sistema comercial baseado em trocas locais • Em 1776 invenção da máquina a vapor por James Watt e sua aplicação na produção – passagem para a industrialização José Roberto Garcia 5 Administração: História das Empresas • Fase de transição do artesanato à industrialização – Corresponde à 1ª Revolução Industrial (1780-1860) – Características: • Mecanização das oficinas e da agricultura – Aparecimento da máquina de fiar – 1767 – Tear hidráulico – 1769 – Tear mecânico – 1785 – Descaroçador de algodão – 1792 • Desenvolvimento vigoroso nos transportes – Navegação a vapor – 1807 – Locomotiva a vapor e primeiras estradas de ferro de grande porte – 1823 José Roberto Garcia 6 Administração: História das Empresas • Fase de transição do artesanato à industrialização – Corresponde à 1ª Revolução Industrial (1780-1860) – Características: • Melhoramento das comunicações – Telégrafo elétrico – 1835 – Selo postal - 1840 • Surgem o Carvão – nova fonte básica de energia – e o ferro: enorme importância no desenvolvimento dos países • Substituição do esforço muscular humano pelas grandes máquinas José Roberto Garcia 7 Administração: História das Empresas • Fase do desenvolvimento industrial – Corresponde à 2ª Revolução Industrial (1860-1914) – Características: • Aparecimento do motor a explosão e do motor elétrico • Aparecimento do aço – processo de fabricação desenvolvido a partir de 1856 – e da eletricidade • Substituição do ferro pelo aço, como material industrial; e do vapor pela eletricidade e pelos derivados do petróleo, como principais fontes de energia • Transformações (radicais) nos transportes: – Surgimento do automóvel em 1880 – Surgimento do avião em 1906 José Roberto Garcia 8 Administração: História das Empresas • Fase do desenvolvimento industrial – Corresponde à 2ª Revolução Industrial (1860-1914) – Características: • Transformações nas comunicações: – Surgimento do telégrafo sem fio – Surgimento do telefone – 1876 – Surgimento do cinema • Capitalismo industrial cede lugar ao capitalismo financeiro – Surgem grandes bancos, instituições financeiras – Ampliação dos mercados (globalização?) • Crescimento das empresas = processo de burocratização José Roberto Garcia 9 Administração: História das Empresas • Fase do gigantismo industrial – Situada entre as duas grandes guerras mundiais – 1914 e 1945 – Características: • Uso da organização e tecnologia avançada para fins bélicos • Grande depressão econômica – 1929 – e a crise provocada por ela • Empresas atingem proporções enormes, atuando em operações de âmbito internacional e multinacional • Predomínio das aplicações técnico-científicas e ênfase em materiais petroquímicos • Intensificação dos transportes: navegação de grande porte, estradas de ferro e rodovias, aprimoramento do automóvel e do avião • Comunicações amplas e rápidas: rádio e televisão • Mundo se torna menor e mais complexo José Roberto Garcia 10 Administração: História das Empresas • Fase moderna – É a fase mais recente – vai do pós-guerra – 1945 – até 1980 – Características: • Nítida separação entre países desenvolvidos (industrializados), não-desenvolvidos (não-industrializados) ou em desenvolvimento • Surgem novos materiais básicos: plástico, alumínio, fibras têxteis sintéticas, concreto • Desenvolvimento de novas fontes de energia: nuclear, solar – o petróleo e a eletricidade mantém o predomínio • Surgem novas tecnologias: circuito integrado, transistor, silicone (aparecem a TV em cores, o som de alta fidelidade, o computador, a máquina de calcular eletrônica, a comunicação telefônica, a transmissão por satélite, popularização do automóvel) José Roberto Garcia 11 Administração: História das Empresas • Fase moderna – É a fase mais recente – vai do pós-guerra – 1945 – até 1980 – Características: • Essas tecnologias surgem dentro das empresas: inventadas,criadas, projetadas e desenvolvidas – área de P&D dentro das empresas e para fins comerciais • Choques na comercialização do petróleo: 1973 e 1979 – preços sobem violentamente, provocando crise mundial, aumento de inflação e brutal recessão – final da fase moderna – Países dependentes de importação de petróleo passam a ter problemas na balança de pagamentos – aumento da dívida externa – Surgem as empresas nacionais: Petrobrás, RFF, CSN, Votorantim, Mendes Junior e Camargo Correa, Varig, Brahma, Bradesco, Itaú, etc.; surgem – pequenas e médias empresas José Roberto Garcia 12 Administração: História das Empresas • Fase da incerteza – momento atual – Após 1980, ambiente externo se caracteriza por sua complexibilidade e mutabilidade – empresas não conseguem interpretar e decifrar corretamente – Características: • Incerteza ao que ocorre ao seu redor (empresas) • Incerteza quanto ao que poderá ocorrer em um futuro próximo ou remoto • Escassez de recursos • Concorrência acirrada • Dificuldades em entender as ações dos concorrentes • Tradição e o passado não resolvem os problemas atuais José Roberto Garcia 13 Administração: História das Empresas • Fase da incerteza – momento atual – Após 1980, ambiente externo se caracteriza por sua complexibilidade e mutabilidade – empresas não conseguem interpretar e decifrar corretamente – Características: • 3ª revolução industrial – revolução do computador – substituição não mais do músculo pela máquina mas do cérebro humano pela máquina eletrônica – Tudo mudou! A ADMINISTRAÇÃO também mudou! José Roberto Garcia 14 Administração: História da Teoria da Administração (TA) • Teoria da administração trata do estudo da administração das organizações em geral e das empresas em particular – Preocupada com aspectos e variáveis dentro e fora das organizações – Teve seu início no começo do século XX – Possui cinco fases: • • • • • 1ª - ênfase nas tarefas 2ª - ênfase na estrutura organizacional 3ª - ênfase nas pessoas 4ª - ênfase na tecnologia 5ª - ênfase no ambiente José Roberto Garcia 15 Administração: História da Teoria da Administração (TA) • 1ª fase – ênfase nas tarefas – É a abordagem típica da Escola da Administração Científica • Administração científica = aplicação dos métodos da ciência aos problemas da administração objetivo: alcançar elevada eficiência industrial – Principais métodos científicos: observação e mensuração – Iniciada no começo do século XX pelo engenheiro americano Frederick W Taylor (1856-1915) » Sua preocupação original foi eliminar o desperdício e as perdas sofridas e elevar a produtividade das indústrias americanas José Roberto Garcia 16 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas » Até aquele momento, baseado na própria experiência, o operário escolhia o método de trabalho que seria usado para realizar as tarefas da produção problemas: disparidade de métodos de trabalho; dificuldades de supervisão; dificuldades no controle e padronização nas ferramentas de produção » Taylor procurou tirar do operário o direito de escolher a sua maneira pessoal de executar a tarefa baseava-se na organização racional do trabalho que procurava localizar o método (the best way) pelo qual o operário poderia se tornar eficiente Princípios da Administração Científica: de planejamento; de Preparo; do controle; Da execução José Roberto Garcia 17 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Princípio de Planejamento: substituir, no trabalho, o critério individual, a improvisação e a atuação empírico-prática pelos métodos baseados em procedimentos científicos (gerência) – Exemplos • Princípio de preparo: selecionar os trabalhadores de acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor; preparar as máquinas e os equipamentos de produção, bem como, o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e dos materiais (gerência) – Exemplos José Roberto Garcia 18 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Princípio do Controle: controlar o trabalho para saber se o mesmo está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e os plano previsto. A gerencia deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor possível (gerência) – Exemplos • Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada (trabalhador) – Exemplos José Roberto Garcia 19 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Princípio da Exceção: as ocorrências fora dos padrões é que devem atrair a atenção dos gerentes para que ele possa corrigir os desvios (gerência) José Roberto Garcia 20 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Estudo de tempos e movimentos técnica para se chegar ao método racional – as atividades mais complexas deveriam ser subdivididas em atividades mais simples e estas em movimentos elementares para facilitar a racionalização e padronização – Procurar / Escolher / Pegar / Transportar vazio / Transportar cheio / ver tabela no livro • São tarefas estabelecidas para facilitar o trabalho dos cronoanalistas funcionários que analisam os tempos e movimentos na produção José Roberto Garcia 21 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Objetivos do estudo de tempos e movimentos: – Reelaboração da tarefa = fazer com que os movimentos sejam mais simples e rápidos – Desenvolvimento de padrões mais eficientes de movimento dos trabalhadores = para que possam fazer o trabalho mais rapidamente e com menor fadiga – Estabelecimento de padrões = para que certas tarefas sejam usadas como base para a determinação de pagamentos e critérios de avaliação dos trabalhadores – Desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas = para ajudar no processo de recrutamento e seleção de novos trabalhadores, orientação e treinamento dos mesmos – José Roberto Garcia 22 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas Fragmentação das tarefas = especialização do trabalhador! Tarefas individuais, concretas e imediatas! Tempos e padrões de produção = tempo médio necessário para um operário realizar a tarefa! Tempo padrão = eficiência 100%! José Roberto Garcia Melhor maneira = método de trabalho do trabalhador! Prêmios de Incentivos salariais e prêmios de produção = para conseguir a colaboração, o engajamento e participação do operariado no aumento da eficiência (eliminar a fadiga)! Fadiga = inimiga da eficiência! 23 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas • Princípios da produção em massa: – Padronização = é a aplicação de padrões num grupo, numa organização, numa sociedade, das máquinas e dos equipamentos de produção • Arranjo físico e disposição racional das máquinas = reduzir a variabilidade e a diversidade no processo produtivo tende a promover a simplificação do processo • Simplificação = eliminação de padrões desnecessários e uso de padrões uniformes • Padronização e simplificação podem aumentar a eficiência e reduzir custos – Racionalização do trabalho – Movimento ordenado do produto José Roberto Garcia 24 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 1ª fase – ênfase nas tarefas Ênfase nas tarefas é uma abordagem microscópica, feita no nível do operário e não no nível da empresa como uma totalidade. É uma abordagem mecanicista (fatores como estudos de tempos e movimentos, seleção do operário, medidas contra a fadiga, padrões, etc. seriam os dentes de uma engrenagem) e determinística para a maximização da eficiência! José Roberto Garcia 25 Administração: História da Teoria da Administração (TA) • 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional – Administrar é planejar e organizar a estrutura de órgãos e cargos que compõem a empresa – Verifica-se que a eficiência da empresa é muito mais do que a soma da eficiência dos seus trabalhadores e que deve ser alcançada por meio da racionalidade • Racionalidade é a adequação dos meios (órgãos e cargos) aos fins que se deseja alcançar – Teorias: clássica, da burocracia, estruturalista José Roberto Garcia 26 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Teoria Clássica – Autor – Henry Fayol – engenheiro francês – Inaugurou a abordagem anatômica e estrutural da empresa – substituiu a abordagem analítica e concreta de Taylor • É uma abordagem sintética, global e universal • Significa entender quais as funções e as relações dos diferentes órgãos dentro do todo (empresa) – Para Fayol, toda empresa possui seis funções básicas: técnicas, comerciais, financeiras, de segurança, contábeis, administrativas José Roberto Garcia 27 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Funções Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços • Funções Comerciais: relacionadas com a compra, venda e permutação • Funções Financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais • Funções Contábeis: relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas • Funções de Segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas • Funções Administrativas: coordenam e sincronizam as demais, pairando sempre acima delas José Roberto Garcia 28 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Funções Administrativas – Fayol – Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação – Organizar: constituir o organismo material e social da empresa – Comandar: dirigir e orientar o pessoal – Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos – Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e ordens dadas José Roberto Garcia 29 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Leis ou princípios gerais da administração – Princípio da divisão do trabalho = especialização necessária à eficiência – consiste na designação de tarefas específicas a cada um dos órgãos – Princípio da autoridade e responsabilidade = autoridade é o poder derivado da posição ocupada pela pessoa; o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência; responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade – Princípio da unidade de comando = cada pessoa deve receber ordens de um e apenas um superior (princípio da autoridade única) José Roberto Garcia 30 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Princípio da Hierarquia ou cadeia escalar = um nível hierárquico deve estar sempre subordinado ao nível hierárquico superior • Princípio da departamentalização = a divisão do trabalho conduz à especialização e à fragmentação – para evitar que isso ocorra deve-se agrupar na mesma unidade todos os que estiverem trabalhando pelo mesmo processo • Princípio da Coordenação: é a distribuição ordenada do esforço da empresa para atingir um fim comum José Roberto Garcia 31 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional A teoria clássica caracteriza-se pelo seu enfoque normativo e prescritivo: como o administrador de conduzir-se em todas as situações através do processo administrativo e quais os princípios gerais que deve seguir para obter a máxima eficiência! A preocupação com as regras do jogo é fundamental! José Roberto Garcia 32 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Teoria da Burocracia – Nasceu com Max Weber – sociólogo alemão – Para Weber burocracia não tem o significado pejorativo de uso popular – Burocracia apresenta sete dimensões: • Formalização, divisão do trabalho, princípio da hierarquia, impessoalidade, competência técnica, separação entre propriedade e administração, profissionalização do funcionário José Roberto Garcia 33 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Formalização – todas as atividades da organização são definidas por escrito; a organização opera de acordo com um conjunto de leis ou regras que são aplicáveis a todos os casos individuais, sem exceção • Divisão do trabalho – cada participante tem um cargo ou posição definidos com esfera específica de competência, com deveres oficiais e atribuições delimitadas • Princípio da hierarquia – cada funcionário é submetido a ordens impessoais que guiam suas ações de modo a assegurar sua obediência; cada funcionário tem apenas um único chefe; o formato da burocracia é de estrutura piramidal José Roberto Garcia 34 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Impessoalidade – enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam • Competência técnica – a seleção e escolha dos funcionários é baseada na competência técnica e qualificação profissional. Daí a utilização de testes e concursos. O sistema também prevê carreiras, promoções, sempre dependendo do julgamento do superior José Roberto Garcia 35 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Separação entre propriedade e administração – o dirigente ou o burocrata não é necessariamente o dono da organização. Daí o afastamento gradativo do proprietário da gestão do seu próprio negócio e a pulverização do capital por meio das sociedades anônimas • Profissionalização do funcionário – os funcionários são profissionais, são especialistas em face da divisão do trabalho; são assalariados de acordo com suas funções ou posição hierárquica; são nomeados pelo superior imediato; seus mandatos são por tempo indeterminado; seguem carreira dentro da organização e não possuem a propriedade dos meios de produção da organização José Roberto Garcia 36 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional Conseqüências da burocracia: previsibilidade do Comportamento humano e padronização do desempenho dos participantes. Objetivos: máxima eficiência da organização. José Roberto Garcia 37 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Conseqüências imprevistas (ou indesejadas) = disfunções da burocracia – – – – – Despersonalização do relacionamento Internalização das diretrizes Uso da categorização como técnica do processo decisório Excesso de formalismo e de papelório Exibição de sinais de autoridade (meios de controle de desempenho; sinais que destaquem a autoridade e poder – uniformes, tipo de sala ou mesa utilizada, locais reservados no refeitório ou no estacionamento de carros, etc.) – Superconformidade em relação às regras e regulamentos – bitolando o desempenho do funcionário – Resistência às mudanças • Obs.: causas das disfunções: a burocracia não leva em conta a variabilidade do ser humano José Roberto Garcia 38 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 2ª fase – Ênfase na Estrutura Organizacional • Teoria Estruturalista Obs: Modelo burocrático foi considerado como um sistema determinístico e fechado – Introduz o conceito de sistema aberto • Foram consideradas análises interorganizacionais e o ambiente externo • Verificou-se que a inovação e a mudança trazem conflitos • Conflitos fazem bem à organização: sinal de idéias e atitudes diferentes que se chocam e se antagonizam • A administração de conflitos passa a ser um elemento crucial José Roberto Garcia 39 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 3ª fase – Ênfase nas Pessoas • Escola das relações humanas – Pressuposto: o homem é um instrumento a ser usado pela organização • Produziu uma reação contra a ênfase no trabalho programado, no controle hierárquico rígido e no alto grau de especialização do trabalhador (aspectos clássicos do taylorismo) • Teoria Comportamental – escola do comportamento organizacional – Pressuposto: a decisão é muito mais importante do que a execução que a sucede • Conseqüência: empresas são visualizadas como sistemas de decisões • As pessoas definem seus comportamentos frente às situações com que se deparam – Recentemente surgiu o movimento denominado Desenvolvimento Organizacional • Utiliza modelos de diagnósticos e incorpora a Teoria dos Sistemas José Roberto Garcia 40 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 4ª fase – Ênfase na Tecnologia • Pressuposto: administrar é lidar com a tecnologia – A tecnologia (cibernética, mecanização, automação, computação, robotização) passou a moldar a estrutura da organização e a condicionar o seu funcionamento – Teoria da contingência: preocupação com a tecnologia e com o ambiente – definir uma abordagem mais ampla a respeito do desenho orgtanizacional – Exemplos José Roberto Garcia 41 Administração: História da Teoria da Administração (TA) 5ª fase – Ênfase no Ambiente • Pressuposto: administrar é lidar com as demandas do ambiente e obter o máximo de eficácia da empresa • A Teoria de Sistemas identificou que só as Variáveis endógenas = variáveis internas não seriam suficientes, necessitando estudar também as Variáveis exógenas = variáveis externas • Aspectos ambientais = variáveis independentes • Aspectos da estrutura organizacional = variáveis dependentes José Roberto Garcia 42 Administração: História da Teoria da Administração (TA) Estado atual da teoria da administração • O principal desafio da administração: adequar as cinco variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente e tecnologia • O comportamento dessas variáveis é sistêmico e complexo: cada qual influencia e é influenciado pelas outras variáveis • Daí a grande importância da administração: seus estudos, teorias, adaptações e abrangência José Roberto Garcia 43 Administração: História da Teoria da Administração (TA) Estado atual da teoria da administração • Perspectivas futuras da administração – mudanças em curso: – – – – Adaptação contínua das empresas Concorrência cada vez mais acirrada Crescente sofisticação da tecnologia Internacionalização do mundo dos negócios – globalização – Maior visibilidade das empresas – Aspectos políticos da vida social e econômica se modificam – sociedade pluralista (desafios políticos filosóficos, espirituais) – O capital do conhecimento: o capital principal José Roberto Garcia 44 Administração: História da Teoria da Administração (TA) Estado atual da teoria da administração • Exercícios – Questões para revisão – Escolher dois casos e desenvolver comentários, críticas e sugestões conforme o método proposto pelo livro – 2ª edição página 51 • Sugestão para os casos: – Varig – Mappin – Banco Bamerindus José Roberto Garcia 45 Capítulo 2 José Roberto Garcia 46 Administração: As empresas • Razões que explicam a existência das organizações – Razões sociais – as pessoas necessitam de relacionamento com outras pessoas – satisfazer necessidades – Razões materiais – as pessoas se organizam para conseguir três coisas que sozinhas jamais conseguiriam: • Aumento de habilidades – eficiência • Compressão de tempo – alcançar os objetivos com maior rapidez • Acumulação de conhecimento – as organizações dispõem de meios para que as pessoas desfrutem da experiência e vivência dos outros – Efeito sinergístico – sinergia, do grego, significa trabalho conjunto – produzir um efeito maior do que o produzido individualmente José Roberto Garcia 47 Administração: As empresas • Organizações: com fins lucrativos e sem fins lucrativos • Organizações com fins lucrativos = empresas • Empresas – características: – – – – – São orientadas para o lucro Assumem riscos São dirigidas por uma filosofia de negócios São avaliadas sob o ponto de vista contábil São reconhecidas como negócios – pelo governo, pela sociedade e por outras empresas – Constituem propriedade privada – administrada pelos proprietários José Roberto Garcia 48 Administração: As empresas • Empresas como sistemas abertos: – Possuem entradas, processamento, saídas e feedback (realimentação) – Com o feedback o sistema alcança equilíbrio e estabilidade no seu funcionamento – Cada sistema é constituído de vários subsistemas – Utilizam modelos – Possui um relacionamento dinâmico com seu ambiente José Roberto Garcia 49 Administração: As empresas • Quanto aos objetivos – Objetivo de uma empresa é uma situação que ela deseja alcançar. Assim, os objetivos empresariais têm muitas funções: • Com relação a situação futura – indicam uma orientação que a empresa procura seguir • Com relação a fonte de legitimidade – justifica as atividades da empresa e sua existência • Com relação aos padrões – os participantes e os estranhos podem comparar e avaliar o seu êxito • Unidade de medida – para verificar e comparar a produtividade José Roberto Garcia 50 Administração: As empresas • Os objetivos naturais das empresas – Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da sociedade – Proporcionar emprego produtivo para todos os fatores de produção – Aumentar o bem-estar da sociedade por meio do uso econômico dos fatores de recursos – Proporcionar um retorno justo aos fatores de entrada – Proporcionar satisfação de necessidades humanas normais José Roberto Garcia 51 Administração: As empresas • Observações – Um objetivo atingido deixa de ser objetivo – Podem existir dois ou mais objetivos – Existe, normalmente, um órgão formal que estabelece os objetivos – Os objetivos podem ser mudados: por falta de recursos, por serem incompatíveis com a finalidade da empresa – Os objetivos podem ser medidos José Roberto Garcia 52 Administração: As empresas • Recursos das empresas e especialidades – – – – – Administrativos – administração geral Materiais – administração da produção Financeiros – administração financeira Humanos – administração de RH Mercadológicos – administração mercadológica José Roberto Garcia 53 Administração: As empresas • Os níveis das empresas 1. Racionalidade = uma empresa é racional se possui os meios mais eficientes para alcançar os objetivos desejados 1. É baseada no conhecimento científico 2. É a descoberta da melhor maneira de desempenho e trabalho industrial 3. Eficiência é o resultado da racionalidade 4. Eficiência (E = P / R) = produzido / recurso usado José Roberto Garcia 54 Administração: As empresas • As partes das empresas – natureza dos problemas – Nível institucional – estratégico: problemas amplos e complexos; normalmente externos – Nível intermediário – gerencial: problemas intermediários, administrativos; internos – Nível operacional – operações ou tarefas: definidos e limitados; operacionais e internos José Roberto Garcia 55 Administração: As empresas • Os níveis e seu relacionamento com a incerteza – Nível institucional: é o componente estratégico; formulação de políticas gerais; alto grau de incerteza – Nível intermediário: é o componente tático; elaboração de planos e programas específicos; incerteza limitada – Nível operacional: é o componente técnico; execução de rotinas e procedimentos; baixo grau de incerteza José Roberto Garcia 56 Administração: As empresas • Exercícios – Questões para revisão – Desenvolva um relatório comentando os casos da Guararapes e da Eletrônica Geral S A • Páginas 81 e 83 da 2ª edição do livro base José Roberto Garcia 57 Capítulo 3 O ambiente das empresas José Roberto Garcia 58 Administração: O ambiente das empresas • Ambiente: – Representa todo o universo que envolve externamente uma empresa – É tudo aquilo que está situado fora da empresa – É a própria sociedade, constituída de outras empresas, organizações, outros grupos sociais... É do ambiente que as empresas obtém os recursos e informações para sua subsistência e funcionamento É no ambiente que colocam os resultados de suas operações Obs. Quando o ambiente sofre mudanças todo o quadro das operações das empresas é tremendamente influenciado José Roberto Garcia 59 Administração: O ambiente das empresas • Ambiente geral – – – – – – – Variáveis tecnológicas Variáveis políticas Variáveis econômicas Variáveis legais Variáveis sociais Variáveis demográficas Variáveis ecológicas José Roberto Garcia A empresa como um sistema adaptativo entradas Esforço empresarial (controlável) Resultados Retroação da informação 60 Administração: O ambiente das empresas • Ambiente de tarefa – Os consumidores ou usuários – chamado de mercado de clientes ou consumidores – absorve as saídas ou resultados da atividade empresarial – Os fornecedores de recursos – de capital ou dinheiro, de materiais, de mão-de-obra, de serviços, de espaço de trabalho – mercado de suprimentos e insumos necessários – Os concorrentes – tanto para mercados como para recursos – podem disputar tanto entradas (fornecedores) como saídas (clientes) de uma empresa – Os grupos regulamentadores – governos, sindicatos, associações – impõem controles, limitações ou restrições às atividades da empresa Obs. A estratégia José Roberto Garcia empresarial busca maximizar o poder e minimizar a dependência nesse61 ambiente Administração: O ambiente das empresas • Tipos de ambiente: homogêneo e heterogêneo • Ambiente homogêneo estável – Estrutura organizacional simples em face da simplicidade do ambiente – Reações padronizadas ao ambiente por meio de regras e regulamentos de rotina – Os departamentos são aplicadores de regras e regulamentos • Ambiente homogêneo mutável – Estrutura organizacional simples em face da simplicidade do ambiente – Reações não padronizadas mas voltadas ao planejamento contingencial e à absorção da incerteza – Tomada de decisão descentralizada aos nível dos departamentos José Roberto Garcia 62 Administração: O ambiente das empresas • Ambiente heterogêneo estável – Estrutura organizacional complexa com várias divisões funcionais, cada uma correspondendo a um segmento do ambiente – Divisões de base geográfica ou semelhante por causa da heterogeneidade ambiental • Ambiente heterogêneo mutável – Estrutura organizacional complexa e diferenciada para lidar com multivariados segmentos ambientais – Descentralização para lidar com a incerteza e planejamento contingencial descentralizado José Roberto Garcia 63 Administração: O ambiente das empresas • Análise ambiental – É o estudo das diversas forças do ambiente, as relações entre elas no tempo e seus efeitos ou potencias efeitos sobre a organização • Passos para a análise ambiental – Conhecer o ambiente de tarefa • • • • Quais os clientes (reais e potenciais) da empresa Quais os fornecedores (reais e potenciais) de recursos Quais os concorrentes para as entradas e saídas Quais as agencias regulamentadoras (reais ou potenciais) José Roberto Garcia 64 Administração: O ambiente das empresas Características dos sistemas (organizações) mecanísticos e orgânicos variáveis mecanísticos orgânicos Organização burocrática Organização flexível Desenho dos cargos Estáveis, definidos e ocupados por especialistas Mutáveis, redefinidos constantemente Processo decisorial Decisões centralizadas na cúpula da empresa Decisões descentralizadas ad hoc (aqui e agora) Comunicações Predominantemente verticais Predominantemente horizontais Confiabilidade Nas regras e nos regulamentos formalizados por escrito impostos pela empresa Nas comunicações informais entre as pessoas Princípios predominantes Teoria clássica da administração Teoria das relações humanas estável Instável Estrutura organizacional Ambiente de tarefa José Roberto Garcia 65 Administração: O ambiente das empresas • Exercícios – 2ª edição - páginas 114 – 119 – Questões para revisão – Casos José Roberto Garcia 66 Capítulo 4 A tecnologia e sua administração José Roberto Garcia 67 A tecnologia e sua administração • Tecnologia: – Pode ser rudimentar ou sofisticada ou avançada – É uma variável ambiental e empresarial – É simultaneamente uma força externa e ambiental, e interna – ambas lhe impõem desafios e problemas – Tecnologia, sob um certo ponto de vista, é o conjunto ordenado de conhecimentos empregados na produção e comercialização de bens e serviços – Envolve aspectos físicos e concretos (HW), aspectos conceituais e abstratos (SW) – políticas, diretrizes, processos ... – Existem tecnologias de capital intensivo (ênfase na mecanização) e tecnologias de mão-de-obra (utilização intensiva de pessoas com habilidades manuais e físicas, ênfase na manufatura) José Roberto Garcia 68 A tecnologia e sua administração • Tecnologia: – Avançada enfatiza a mecanização e automação – Rudimentar enfatiza a manufatura e o artesanato – Pode ser incorporada – está contida em bens de capital, por exemplo, uma placa que é um componente de uma máquina industrial (HW) – Ou não-incorporada que está na cabeça das pessoas, técnicos, especialistas, pesquisadores – através dos registros visam assegurar sua conservação e transmissão (mapas, plantas, desenhos, projetos, relatórios) José Roberto Garcia 69 A tecnologia e sua administração • Tipologias de tecnologia – tecnologia de acordo com o arranjo – Elos em seqüência - características • Interdependência serial entre as diferentes tarefas • Ênfase no produto • Tecnologia fixa e estável • Repetitividade do processo produtivo, que é cíclico • Abordagem típica da Administração Científica • Exemplo: linha de montagem para produção em massa A B C D Produto final Tarefas relacionadas José Roberto Garcia 70 A tecnologia e sua administração – Mediadora – características • Diferentes tarefas padronizadas são distribuídas, extensivamente em diferentes locais • Ênfase em clientes separados, mas independentes, que são mediados pela empresa • Tecnologia fixa e estável, produto abstrato • Repetitividade do processo produtivo, que é padronizado e sujeito a normas e procedimentos • Abordagem típica da teoria burocrática • Exemplo: bancos, cia de seguros, empresas de propaganda, cia telefônica, agência de recrutamento e seleção, imobiliárias José Roberto Garcia 71 A tecnologia e sua administração – Tecnologia intensiva – características • diferentes tarefas são focalizadas e convergidas sobre cada cliente tomado individualmente • Ênfase no cliente • Tecnologia flexível • Processo produtivo envolvendo variedade e heterogeneidade de técnicas que são determinadas por meio da retroação fornecida pelo próprio cliente • Abordagem típica da teoria da contingência • Exemplo: hospital, indústria da construção, produtos de grande porte (navios) José Roberto Garcia 72 A tecnologia e sua administração • Imperativo tecnológico – impõem condições e características à estrutura e ao comportamento das empresas – são determinados pela tecnologia utilizada pela empresa – Produção unitária (oficina) – sistema pouco padronizado ou automatizado; mão-de-obra intensiva; baixa previsibilidade do processo sistema orgânico – Produção em massa (mecanizada) – sistema com tecnologia estável; linhas de montagem; rotina e estabilidade do processo; sistema mecanístico – Produção em processo (automatizada) – totalmente padronizado e automatizado; tecnologia intensiva; elevada previsibilidade do processo; sistema orgânico É inegável o impacto que a tecnologia impõem sobre as empresas José Roberto Garcia 73 A tecnologia e sua administração • Exercícios: – 3ª edição • Questões para revisão – página 109 • Casos – página 111 - 113 José Roberto Garcia 74 Recursos Humanos • Áreas da empresa: – – – – – Recursos Humanos Produção Administração Finanças Marketing José Roberto Garcia 1. Coletar documentos de entrada e saída de cada setor 2. Identificar interfaces entre os Setores e entre as áreas 3. Identificar os campos De cada documento coletado 75 Recursos Humanos – funções e tarefas • Departamento Pessoal – Cálculo da Folha de Pagamento – Cálculo das rescisões – Cálculo das férias e 13º – Cálculo dos impostos e contribuições – Verificações (promoções, méritos, dissídios) • Treinamento – Controle dos cursos x funcionários – Agendamento de treinamento – Disponibilidade do mercado – empresas x cursos – Avaliação dos cursos e funcionários – Disponibilidade dos funcionários José Roberto Garcia 76 Recursos Humanos – funções e tarefas • Recrutamento e seleção – – – – – Administração de currículos Agendamento de entrevistas Elaboração e aplicação de testes Seleção dos escolhidos Contratação e integração do novo funcionário • Administração de cargos e salários – – – – Acompanhamento salarial – mercado Controle das vagas em aberto Controle das vagas preenchidas Controle dos setores e alocação dos funcionários José Roberto Garcia 77 Recursos Humanos – funções e tarefas • Segurança e Medicina do Trabalho – – – – – Controle e uso da EPIs – equipamento de proteção individual Administração e controle dos acidentes Conscientização dos funcionários – palestras, folhetos Identificação e controle das áreas de risco Controle e identificação dos membros da CIPA • Benefícios – Controle de Convênios; - Refeitório; - Participação nos lucros – Bolsas (escolares...) • Assistência Social – Auxílio aos funcionários – Auxílio aos familiares José Roberto Garcia 78 Capítulo 5 Estratégia Empresarial José Roberto Garcia 79 Estratégia Empresarial • Surgiu da atividade militar – A aplicação de forças em larga escala contra algum inimigo • Em termos empresariais – A mobilização de todos os recursos da empresa em âmbito global, visando atingir objetivos a longo prazo – É um conjunto de objetivos e de políticas capazes de guiar e orientar o comportamento da empresa a longo prazo • Tática: é um esquema específico do emprego de alguns recursos a partir de uma estratégia geral – Exemplos: orçamento anual ou plano de investimentos José Roberto Garcia 80 Estratégia empresarial • Componentes – Ambiente: são as oportunidades existentes no ambiente tarefa, bem como, restrições, limitações, coações, contingências e ameaças – Empresa: recursos de que a empresa dispõe, suas capacidades e habilidades, pontos fortes e fracos, compromissos e objetivos – Adequação entre ambos: qual postura a empresa deverá adotar para compatibilizar seus recursos com as condições ambientais José Roberto Garcia 81 Estratégia empresarial Objetivos da empresa Análise ambiental Análise organizacional O que há no ambiente? O que temos na empresa? Oportunidades, ameaças Pontos fortes e pontos fracos Restrições, coações Contingências Recursos disponíveis Capacidade e habilidade Estratégia empresarial José Roberto Garcia O que fazer? 82 Estratégia Empresarial • Planejamento estratégico – Análise ambiental • Análise das condições e variáveis ambientais – perspectivas atuais e futuras, coações, desafios, oportunidades – Análise organizacional • Potencialidades, forças, fraquezas, estrutura, capacidade e competência – Formulação de estratégias • Tomada de decisões globais e abrangentes dentro de um determinado horizonte de tempo situado a longo prazo José Roberto Garcia 83 Planejamento estratégico Análise ambiental Mercados Concorrência tecnologia Verificação dos Fatores ambientais Economia Governo Legislação Aspectos considerados Pela administração de cúpula Oportunidades e ameaças em geral Oportunidades e ameaças específicas Análise organizacional Forças, fraquezas e recursos José Roberto Garcia Formulação de alternativas Definição das possibilidades e recursos necessários Avaliação das alternativas Decisões estratégicas 84 Tipos de estratégia • Ajuste ou negociação – Quando a empresa busca um acordo ou compromisso com outras empresas à troca de bens ou serviços • Cooptação ou coopção – É o processo de absorver novos indivíduos vindos de fora como um meio de impedir ameaças ou pressões • Coalizão – Combinação de duas ou mais empresas para alcançar um objetivo comum • Competição – É uma forma de rivalidade entre duas ou mais empresas mediadas por um terceiro grupo José Roberto Garcia 85 Níveis e funções Níveis Institucional Objetivos empresariais Políticas gerais Planos estratégicos Intermediário Operacional José Roberto Garcia Normas e procedimentos Planos táticos Orçamentos e programas Regras e regulamentos Planos Operacionais Procedimentos de controle retroação 86 Desdobramentos estratégicos problemas na estratégia empresarial • Nível institucional – Problema empresarial: escolha do domínio, produto, mercado da empresa • Nível intermediário – Problema administrativo: retaguarda – racionalização e estruturação; liderança – inovação futura • Nível operacional: – Problema de adequação tecnológica: escolha e utilização das tecnologias para produção e distribuição José Roberto Garcia 87 Estratégias e suas repercussões nível institucional • Defensiva – Busca de estabilidade do domínio • Ofensiva – Busca de novos domínios, ainda que transitório • Analítica – Busca de estabilidade e busca de novos domínios • Reativa – Resposta empresarial despreparada, improvisada e pouco eficaz, utilizando estratégias inadequadas e envelhecidas José Roberto Garcia 88 Estratégias e suas repercussões nível intermediário • Defensiva – Ênfase na conservação • Ofensiva – Ênfase na mudança organizacional • Analítica – Ênfase tanto na conservação quanto na mudança • Reativa – Falta de relacionamento coerente entre estratégia e estrutura e processos organizacionais José Roberto Garcia 89 Estratégias e suas repercussões nível operacional • Defensiva – Ênfase na tecnologia utilizada • Ofensiva – Ênfase na flexibilidade tecnológica • Analítica – Ênfase na tecnologia para servir a um domínio híbrido: estável e mutável – complexidade tecnológica • Reativa – Pouca eficiência nas operações José Roberto Garcia 90 Avaliação da estratégia empresarial • Consistência interna – Padrões para políticas e diretrizes; cultura organizacional; objetivos e propósitos empresariais • Consistência externa – Fornecedores, clientes, concorrentes, agencias reguladoras; ambiente geral – variáveis políticas, econômicas, legais, tecnológicas • Adequação de recursos disponíveis – Físicos ou materiais, financeiros, humanos, mercadológicos, administrativos José Roberto Garcia 91 Administração da estratégia eficiência e eficácia Para que Quais resultados Objetivos Quais objetivos Estratégias Estratégicos Planos Táticos Políticas Eficácia Operacionais Eficiência Regras e Procedimentos Como as coisas são feitas Ações Como são executadas Resultados José Roberto Garcia 92 Eficiência e eficácia • Eficiência – Ênfase nos meios – Fazer corretamente as coisas – Resolver problemas – Cumprir tarefas e obrigações – Treinar subordinados – Manter as máquinas Exemplos: presença nos templos; rezar José Roberto Garcia 93 Eficiência e eficácia • Eficácia – Ênfase nos resultados – Fazer as coisas corretas – Atingir objetivos – Otimizar a utilização dos recursos – Obter resultados – Proporcionar eficácia aos subordinados – Máquinas disponíveis Exemplos: Prática de valores religiosos; Ganhar o céu José Roberto Garcia 94 Processo administrativo como sistema aberto • Ambiente externo: – Fornece as entradas, insumos – Recebe as saídas, os resultados • Ambiente interno – Deve haver inter-relação entre: • • • • Planejamento, controle e organização Controle, planejamento e direção Direção, controle e organização Organização, direção e planejamento José Roberto Garcia 95 Estratégias • Exercícios – Casos e questões para revisão • Páginas 135 – 143 • 3ª edição José Roberto Garcia 96