Programa Nacional de Controle da Tuberculose PNCT - Brasil Departamento de Vigilância Epidemiológica Sistema de Saúde no Brasil Organização do Sistema de Saúde no Brasil • 1953 - Ministério da Saúde • 1975 - Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica • 1988 - Constituição Federal de 1988 Sistema Único de Saúde SUS Organização do Sistema de Saúde no Brasil • Sistema Único de Saúde (SUS) - Público, universal e descentralizado • Prevenção e controle de doenças • Assistência • Privado: Agência Nacional de Saúde Suplementar ANSS (~ 25% da população têm planos de Saúde) Competências das esferas envolvidas Federal Identifica situação epidemiológica Medidas de controle Diretriz Política Estadual Diretorias Regionais Assegura qualidade das ações e o cumprimento das metas estabelecidas Municipal Distritos Sanitários Executa e acompanha a qualidade da prestação de serviço ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ATENÇÃO TERCIÁRIA – Hospitais, Pronto Atendimento Maternidades (urgência e emergência/ centros de pesquisa) ATENÇÃO SECUNDÁRIA – Unidades de Referência ATENÇÃO PRIMÁRIA – Unidades Básicas Tradicionais e Estratégia Saúde da Família • 94% municípios com ESF em 2009 • 49,67% população coberta ESF em 2009 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE • Notificação – compulsória / investigação • Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) • Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) • Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc) • Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) • Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) • Sistema de Informação de Tuberculose Multi Resistente • Sistema Gerenciador de Ambientes Laboratoriais (GAL)* •A implantação será concluida até 2010, (UF com GAL: RN, CE, PR, RS, MG, MS, PE e Fiocruz) SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO Serviços de saúde – notificação e investigação Secretaria Municipal de Saúde Transmissão dos dados Secretaria Estadual de Saúde Internet/CD Secretaria de Vigilância em Saúde (MS) via Internet Linkagem Sinan_TB/Sinan_Aids Linkagem Sinan_TB/TBMR Dados disponíveis on-line Constituição rede de laboratórios Port. 2031/2004 SISLAB REDES NACIONAIS DE LABORATÓRIOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DE ASSISTÊNCIA Centros Colaboradores- CC Laboratórios de Referência Nacional- LRN Laboratórios de Referência Regional- LRR Laboratórios de Referência Estadual- LRE Laboratórios de Referência Municipal- LRM Laboratórios Locais - LL Laboratórios de Fronteiras- LF O País e a Tuberculose • 26 Unidades Federadas • Distrito Federal • ~ 190 milhões de habitantes • 5ª maior população do mundo • 5.562 municípios • 11 regiões metropolitanas prioritárias para o Programa Tuberculose no Brasil • 73 mil casos de TB notificados em 2008 • Estimativa de 92.000 casos (OMS, 2008) • Brasil: 18º país em número de casos • 108º país em incidência • 4,5 mil mortes por ano • 4ª causa de mortes por doenças infecciosas • 1ª causa de mortes dos pacientes com aids Recursos financeiros Recursos disponíveis (em US$ milhões) para tuberculose no Brasil, 2001 a 2009 (incluídos os medicamentos) US$ 74.0 71.6 58.8 44.3 27.4 13.6 9.3 6.3 5.2 Ano Fonte: MS / SVS / PNCT 29.7 Recursos do PNCT (em R$) para apoio as ações com a sociedade civil. 1.501.819 1.162.000 726.718 Fonte: PNCT_ago 2009 Obs.: execução do recurso 2009 em 2010 Capacitações Capacitações realizadas - PNCT 2007 • 30 capacitações • 610 profissionais capacitados • ~ R$1.300.000 2008 • 31 capacitações • 821 profissionais capacitados • ~ R$2.500.000 * Excetuadas as capacitações do FG Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) Taxa de incidência de TB. Brasil, 1990- 2015*. Por 100 mil hab 80 Meta para 2015 redução de 50%: 25,9 51,4 70 37,1 (2008) 60 50 40 30 Queda = 26% (1,6% ao ano) 20 10 0 Fonte: MS / SVS / SINAN e IBGE * estimativa 27,4* Taxa de incidência de TB, todas as formas e bacilífera. Brasil, 2001-2008. Por 100 mil/hab. FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 Coeficiente de incidência de tuberculose todas as formas, Brasil, 2008. 28,34 36,69 Brasil: 37,1/ 100.000 hab. 43,05 68,93 42,60 33,84 31,10 27,68 27,92 47,69 40,88 37,25 13,82 28,76 30,33 37,65 36,28 Coef INC 2008 13,88 13,82 até 20,00 22,89 37,50 38,08 20,00 --| 37,10 37,45 23,87 27,26 42,14 Fonte: MS / SVS / SINAN e IBGE * Casos por 100.000 habitantes. 66,56 37,10 --| 47,70 47,70 --| 68,93 Taxa de incidência de TB*. Brasil e UF, 2008 Taxa de Incidência Brasil - 37,1/100.000 Unidades Federadas Fonte: SVS / MS Taxa de mortalidade TB. Brasil, 1990 a 2015*. Óbitos por 100 mil hab 5 3,6 Meta para 2015 redução de 50%: 1,8 4 2,5 (2007) 3 Queda = 32% (2% ao ano) 2 1 0 Fonte: MS / SVS / SIM e IBGE * estimativa 1,5* Taxa de mortalidade de TB. Brasil, 2000 a 2007. Por 100 mil/hab. FONTE: MS/SVS/SIM e IBGE Mortalidade TB por UF. Brasil, 2007 • Brasil: 2,4/100.000 habitantes Brasil, 2,5/100.000 Fonte: SIM – SVS - MS Tuberculose e Gênero Percentual de casos novos de TB por sexo. Brasil, 2001 a 2008. ~ 1,8H/1M 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 0,0 10,0 20,0 % Masculino FONTE: MS/SVS/SINAN Base Atualizada: jul/09 30,0 40,0 50,0 60,0 % Feminino 70,0 Coeficiente de Incidência de TB BK+, por sexo. Brasil, 2001 a 2008. Por 100 mil hab. FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 Coeficiente de incidência de TB BK+, por sexo e faixa etária. Brasil, 2008. Por 100 mil hab. 100 80 60 40 20 0 < 14 15 - 24 Homens FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 25 - 34 35 - 44 45 - 54 55 - 64 > 65 Mulheres Brasil Indicadores Operacionais Casos novos pulmonares, BK+, BK- e não realizado. Brasil, 2001 a 2008. % FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 Percentual de cura de tuberculose por Unidade Federada, 2007 % 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 > 80% FONTE: MS/SVS/SINAN Entre 75 e 80% Média Nacional Entre 70 e 75% P A N O A M R S R O R R R J B A PB G R PI PA S B E ra si l M T TO PR M A M S PE L C E M G SC A F ES SP D A C 0 < 70% Série histórica das coortes de casos novos BK+. Brasil, 2001 a 2008* % 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2001 Cura 2002 2003 Aband Fonte: PNCT/SVS/MS – atualizada jul/2009 * 1º Semestre 2008 Óbito 2004 2005 Transf 2006 TBMR 2007 2008 S/ Inform Série histórica das coortes de retratamentos, todas as formas de TB. Brasil, 2001 a 2008* % 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2001 Cura 2002 2003 Abandono Fonte: PNCT/SVS/MS – atualizada jul/2009 * 1º Semestre 2008 2004 Óbito 2005 Transf eridos 2006 2007 2008* Sem inf ormação TRATAMENTO SUPERVISIONADO Casos novos com tratamento supervisionado. Brasil, 2001 a 2008 % FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 Situação de encerramento, casos novos em DOTS. Brasil, 2001 a 2008* FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 * 1º Semestre Situação de encerramento, casos novos BK+, em DOTS. Brasil, 2001 a 2008* FONTE: MS/SVS/SINAN e IBGE Base Atualizada: jul/09 Populações Vulneráveis Populações mais vulneráveis (em relação à população geral) • Indígenas: 4 vezes • PVHA: 30 vezes • Presidiários: 40 vezes • Moradores de rua: 60 vezes Co-infecção TB/HIV HIV no Brasil: informações gerais • Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000* • Prevalência da infecção pelo HIV: - Fem. 0,42% - Masc. 0,82% - Geral 0,61% (pop. 15 a 49 anos) * Estudo Sentinela Parturientes 2006 Casos acumulados e taxa de incidência de casos de aids. Brasil, 2000 a 2007*. Ano de diagnóstico Número de casos Taxa de incidência (por 100.000 hab.) 2000 30032 17,7 2001 31224 18,1 2002 38156 21,8 2003 38131 21,6 2004 37621 21,0 2005 37071 20,1 2006 35459 19,0 2007 33689 17,8 Fonte: MS/SVS/D-DST/AIDS Casos notificados no SINAN, registrados no SISCEL/SICLOM até 30/06/2008 e SIM de 2000 a 2007. População: MS/SE/DATASUS, em <www.datasus.gov.br/informações em saúde> acessado em 04/11/2008 * Dados preliminares para os últimos 5 anos Casos novos de TB e resultado teste HIV. Brasil, 2001 a 2008. % FONTE: MS/SVS/SINAN Base Atualizada: jul/09 Cura e óbito dos casos novos TB* e TB/HIV. Brasil, 2001 a 2007 % FONTE: MS/SVS/SINAN Base Atualizada: jul/09 *Casos TB, excluídos HIV+. - Óbito encerramento Diagnóstico laboratorial Controle de qualidade dos laboratórios que realizam baciloscopia. Brasil, 2008. n° 700 600 500 400 300 200 100 Estados 0 Lab. com controle de qualidade para baciloscopia Lab. sem controle de qualidade para baciloscopia Fonte: CGLAB/SVS/MS Resultados de baciloscopia. Brasil, 2008. n° 6000 5000 4000 3000 2000 1000 Estados 0 Baciloscopia positiva Fonte: CGLAB/SVS/MS Baciloscopia negativa Resultados de cultura. Brasil, 2008. n° 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 Estados 0 Cultura positiva Fonte: CGLAB/SVS/MS Cultura negativa Testes de sensibilidade realizados. Brasil, 2008. n° 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Fonte: CGLAB/SVS/MS Estados TB MDR Inquéritos de resistência e alguns dados de notificação Evolução das resistências no Brasil I e II Inquéritos casos ambulatoriais - nunca tratados e retratados Padrão de resistência Primária Adquirida Fármacos I* II** I* II** R 1,3 1,5 6,6 8,0 H 4,4 6,0 11,3 15,3 MDR 1,1 1,4 7,9 7,5 **Resultados preliminares *CRPHF/MS, Relatório final, 1998, Bol Pneumo Sanit, 2000 Braga JU et al. NEJM 1998 Casos de TB MDR e XDR no Brasil, 2002 a 2008 Ano Nº de casos novos de TBMR 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 336 321 319 392 328 346 356 234 (*) (*) agosto de 2009 Casos e percentuais de TB MDR e XDR no Brasil, 2007 e 2008 2007 Resistência Casos 2008 % Casos % MDR Primária 62 17,9% 87 24,4% Adquirida 284 82,1% 269 75,6% Total 346 100% 356 100% 4 100% XDR XDR 2 100% Tratamento Sistema de tratamento - TB Vantagens • Gratuito, governamental, com controle de qualidade • Integrado ao SUS • Medicamentos fornecidos totalmente pelo SUS • Formulação 2 em 1 (RH) desde o início esquema RHZ • Sem conflitos com medicina privada • Normas técnicas produzidas e exaradas em conjunto MS e sociedades de especialistas • Ganho recente: participação ativa da sociedade civil • Incorporação da estratégia DOTS para aumento de adesão Problemas mais relevantes • Brasil único pais epidemiologicamente importante usando 3 fármacos • Retratamento sem cultura e TS (Ex: 6% RJ) • Baixa efetividade do esquema III • Detecção insatisfatória co-infecção HIV (<60%) • Diagnóstico tardio da resistência (média 24 meses referência para DR) • Alta mortalidade em todos tratamentos (~ 5%) Avanços Avanços • Priorização política (orçamento, Mais Saúde, FG, etc.) • Política de ampliação das parcerias (fortalecimento da Parceria Brasileira contra a TB, criação dos comitês metropolitanos, fóruns de ONGs, etc.) • Ampliação da participação da Sociedade Civil e do controle social • Articulação com o Fundo Global, PN-DST/Aids, DAB e outras instituições governamentais e não governamentais • Articulação com CONASS e CONASEMS e Conselhos de Saúde dos três níveis da administração pública • Descentralização (ESF e AB) • Expansão do TS para 86% continua... Avanços (continuação) • Construção de consensos e normalização de conceitos (revisão das normas) • Mudança do esquema terapêutico (< abandono, > adesão, > cura) • Aconselhamento e testagem para o HIV e quimioprofilaxia para TB • Aumento da participação brasileira em fóruns e parcerias internacionais (Global Fund, Stop TB, OPAS, USAID, CDC, UNION, Gates Foundation, PALOPS, etc.) Desafios Desafios • Melhoria do sistema de informação • Fortalecimento do componente diagnóstico (laboratórios) • Expansão do tratamento supervisionado com qualidade, descentralização, ampliação do acesso e expansão da cobertura para toda a rede básica (com ênfase na ESF) • Aumentar a taxa de cura (de 70% para mais de 85%) • Reduzir a taxa de abandono (de 8% para menos de 5%) • Controlar a co-infecção TB/HIV • Manutenção da política de parcerias com instituições governamentais e não governamentais • Manutenção da priorização política da TB Draurio Barreira Coordenador do PNCT [email protected] (61)3213-8234