CONTROVÉRSIAS: Qual check-up no idoso? Controvérsias nas estratégias de prevenção primária e secundária: são necessários muitos ou poucos exames? Prof. EDGAR NUNES DE MORAES Coordenador do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da UFMG Prof. Adjunto de Clínica Médica/UFMG Coordenador da Residência de Geriatria do HC-UFMG Especialista em Geriatria pela SBGG GESTÃO DA CLÍNICA MICROGESTÃO DA SAÚDE PLANO DE CUIDADOS INDIVIDUALIZADO Ações Preventivas e/ou Promocionais Fase Assintomática Estágio Pré-Clínico PREDISPOSIÇÃO Ações Curativas e/ou Paliativas Ações Reabilitadoras Fase Sintomática Estágio Clínico DOENÇA COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE ÓBITO QUEM É O IDOSO? PLANO DE CUIDADOS PLANEJAMENTO IMPLEMENTAÇÃO DIAGNÓSTICO MULTIDIMENSIONAL Preditores de Risco Diagnóstico das Demandas Biopsicossociais Funcionalidade Global AVD´s Avançadas AVD´s Instrumentais Sistemas Fisiológicos Principais Sistemas Funcionais Principais AVD´s Básicas Medicamentos Nutrição História Pregressa Fatores Contextuais Avaliação Sócio-Familiar Saúde Bucal Sono Pele / Anexos COGNIÇÃO HUMOR MOBILIDADE COMUNICAÇÃO Sistema Cardiovascular Sistema Respiratório Alcance/ Preensão/Pinça Postura /Marcha Transferência Sistema Digestivo Continência esfincteriana Capacidade aeróbica Sistema Gênito-Urinário Sistema Músculo-Esquelético Visão Audição Fala/Voz Motricidade orofacial Sistema Nervoso Sistema Endócrino-Metabólico Avaliação do Cuidador Avaliação Ambiental CLASSIFICAÇÃO CLÍNICO-FUNCIONAL DOS IDOSOS (Saúde Pública) IDOSO ROBUSTO DECLÍNIO FUNCIONAL IMINENTE IDADE ≥ 80 ANOS POLIPATOLOGIA (≥ 5 diagnósticos) POLIFARMÁCIA (≥ 5 drogas/dia) SUBNUTRIÇÃO OU EMAGRECIMENTO SIGNIFICATIVO RECENTE INTERNAÇÕES RECENTES RISCO PSICO-SOCIOFAMILIAR ELEVADO (Insuficiência Familiar) IDOSO FRÁGIL IDOSO FRÁGIL DE ALTA COMPLEXIDADE DECLÍNIO FUNCIONAL ESTABELECIDO INCAPACIDADE COGNITIVA INSTABILIDADE POSTURAL IMOBILIDADE INCONTINÊNCIA ESFINCTERIANA INCAPACIDADE COMUNICATIVA IDOSO EM FASE FINAL DE VIDA IDOSO PORTADOR DE DECLÍNIO FUNCIONAL IMINENTE OU ESTABELECIDO, ASSOCIADO COM: ou ALTO GRAU DE COMPLEXIDADE CLÍNICA ou PORTADOR DE POLIINCAPACIDADES DÚVIDA DIAGNÓSTICA OU TERAPÊUTICA GESTÃO DA CLÍNICA MICROGESTÃO DA SAÚDE PLANO DE CUIDADOS INDIVIDUALIZADO Ações Preventivas e/ou Promocionais Fase Assintomática Estágio Pré-Clínico PREDISPOSIÇÃO DOENÇA PREVENÇÃO = Cuidados Antecipatórios Cuidados antecipatórios são todas as intervenções capazes de reduzir a predisposição às doenças ou atrasar o início das doenças e suas complicações, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida, limitar o impacto das incapacidades e de aumentar a esperança de vida. ÓBITO PREDISPOSIÇÃO DOENÇA COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE Fase Assintomática Fase Sintomática Prevenção PRIMÁRIA PROMOÇÃO DA SAÚDE: PROTEÇÃO ESPECÍFICA: Medidas destinadas a desenvolver uma saúde ótima e evitar o aparecimento dos fatores de riscos Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos PROMOÇÃO DA SAÚDE (Educação em Sáúde) Alimentação saudável Atividade física Sanitarismo básico Lazer Cultura Evitar o fumo, álcool e drogas Desenvolvimento da personalidade Moradia adequada Condições agradáveis de trabalho PROTEÇÃO ESPECÍFICA Hipertensão arterial Imunização Dislipidemia Antiagregação plaquetária Uso de alimentos específicos: vitamina, minerais s e hormônios Suspensão do tabagismo, álcool e drogas Saúde ocupacional Higiene Proteção contra acidentes externos Proteção contra substâncias carcinogênicas Aconselhamento genético Uso de preservativo Controle de vetores ÓBITO PREDISPOSIÇÃO DOENÇA COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE Fase Assintomática Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA RASTREAMENTO LIMITAÇÃO DA INVALIDEZ Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no estágio pré-clínico. Marcadores biológicos. Diagnóstico precoce e tratamento imediato para limitar as complicações da doença (incapacidades). ÓBITO DOENÇA PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE Fase Assintomática Fase Sintomática Prevenção TERCIÁRIA REABILITAÇÃO Tecnologia Assistiva ÓBITO DOENÇA PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE Fase Assintomática Fase Sintomática Prevenção QUATERNÁRIA Detecção de indivíduos em risco de tratamento excessivo para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. RISCO DE ADOECIMENTO IATROGÊNICO EVITAR IATROGENIA Excesso de rastreamentos e de propedêutica complementar Abuso de medicalização dos fatores de risco Primun non nocere História Natural das Doenças ÓBITO DOENÇA PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES INCAPACIDADE Fase Assintomática Fase Sintomática Estágio Pré-Clínico Estágio Clínico Prevenção QUATERNÁRIA PREVENÇÃO EXCESSIVA = Excesso de Cuidados Antecipatórios ÓBITO COMPLICAÇÕES DOENÇA PREDISPOSIÇÃO INCAPACIDADE Fase Sintomática FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção SECUNDÁRIA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO RASTREAMENTO QUIMIOPREVENÇÃO Mudança no estilo de vida Atividade Física Prevenção de Quedas Dieta / Obesidade Fumo Álcool Vitaminas Câncer Hormônios Antiagregação plaquetária Estatinas Doença cardiovascular Osteoporose ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. QUIMIOPREVENÇÃO Moraes, E.N. Estratégias de Prevenção de Doença e Gestão da Clínica, Folium, 2011 ÓBITO COMPLICAÇÕES DOENÇA PREDISPOSIÇÃO INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção SECUNDÁRIA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO Fase Sintomática IMUNIZAÇÃO Mudança no estilo de vida Vitaminas Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. QUIMIOPREVENÇÃO RASTREAMENTO ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE Fase Sintomática FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção SECUNDÁRIA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO QUIMIOPREVENÇÃO Mudança no estilo de vida Hormônios RASTREAMENTO ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. RASTREAMENTO QUIMIOPREVENÇÃO Mudança no estilo de vida Antiagregação plaquetária ECG Estatinas Colesterol Triglicérides Glicemia Doença cardiovascular Pressão Arterial Aneurisma de Aorta Abdominal ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. IMUNIZAÇÃO Moraes, E.N. Estratégias de Prevenção de Doença e Gestão da Clínica, Folium, 2011 ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. QUIMIOPREVENÇÃO RASTREAMENTO Mudança no estilo de vida Câncer Screening do Câncer Cólon-Retal 2a causa de mortalidade por câncer MAMA PULMÃO PRÓSTATA Adenoma ADENOCARCINOMA Retossigmoidoscopia 5 anos Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes Anual RASTREAMENTO Enema Baritado PSOF anual + Retossigmoidoscopia ( 5anos) COLONOSCOPIA 10 anos Colonoscopia Virtual Stool DNA-testing (Tomografia Computadorizada) (Detecção de genes relacionados ao câncer nas fezes) Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes Testes Disponíveis Guaiaco Atividade pseudo-peroxidadeda hemoglobina Interferências: Hb não humana; Peroxidases dietéticas como vegetais (brócolis, couve-flor, nabo, rabanete), frutas frescas, ferro, vit.C,... Imuno-Químico Dispensa qualquer restrição dietética e o custo é semelhante SUGESTÃO 1. IDADE? 50 e 75 anos: A 76 a 85 anos: C > 85 anos: D 2. COMO? 2.1 PSOF: anualmente com 3 amostras diferentes 2.2 Colonoscopia: Superior ?? CÂNCER Screening do Câncer de Próstata Câncer Histológico 15 anos Câncer Clínico 42% 9,5% ? “Morre-se com o câncer e não pelo câncer” Incontinência Urinária Prostatectomia Radical Impotência Sexual P.S.A. “20 a30% dos Ca clinicamente significativos tem PSA <= 4 ng/ml. 65% destes homens tem níveis entre 2,5 a 4 ng/ml. Após 3 a 5 anos, cerca de 20% destes homens terão câncer prostático aparente” Biópsia P.S.A. total = 4,1 a 10 ng/ml (Câncer: 20 a 25%) PSA x Idade 40 - 49anos < 2,5 50 - 59anos < 3,5 60 - 69anos < 4,5 70 - 79anos < 6,5 Velocidade do PSA + 0,75ng/ml ou 20% ano Densidade do PSA PSA : volume US 0,15 cm3 PSA livre A proporção de PSA livre é menor no câncer de próstata quando comparado com a HPB; Cutpoints = 18 a 27% ( biópsias desnecessárias em 13 a 46%) >27%: Benignidade < 18%: Malignidade KAMOI, Sem Oncology, 1999 GAMBERT, Geriatrics, 2001 Annals of Internal Medicine U.S. Preventive Services Task Volume 149(3), 5 August 2008, pp 185-191 Annals of Internal Medicine U.S. Preventive Services Task Volume 149(3), 5 August 2008, pp 185-191 Screening for Prostate Cancer: U.S. Preventive Services Task Force Recommendation Statement DRAFT OUTUBRO DE 2011 Summary of Recommendation and Evidence The U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF) recommends AGAINST prostatespecific antigen (PSA)-based screening for prostate cancer IN ALL AGE GROUPS. This is a grade D recommendation. This recommendation applies to men in the U.S. population that do not have symp toms that are highly suspicious for prostate cancer, REGARDLESS OF AGE, RACE, OR FAMILY HISTORY. The Task Force did not evaluate the use of the PSA test as part of a diagnostic strategy in men with symptoms that are highly suspicious for prostate cancer. This recommendation also does not consider the use of the PSA test for surveillance after diagnosis and/or treatment of prostate cancer. Contemporary recommendations for prostate cancer screening all incorporate the measurement of serum PSA levels; other methods of detection such as digital rectal examination or ultrasonography may be included. THE EVIDENCE IS CONVINCING THAT PSA-BASED SCREENING PROGRAMS RESULT IN THE DETECTION OF MANY CASES OF ASYMPTOMATIC PROSTATE CANCER. The evidence is also convincing that the majority of men who have asymptomatic cancer detected by PSA screening have a tumor that meets histological criteria for prostate cancer, but the tumor either will not progress or is so indolent and slow-growing that it will not affect the man's lifespan or cause adverse health effects, as he will die of another cause first. The terms “overdiagnosis” or “pseudodisease” are used to describe both of these situations The primary goal of prostate cancer screening is to reduce deaths due to prostate cancer, and a reduction in either prostate cancer death or overall mortality was the primary outcome addressed in all prostate cancer screening studies assessed by the Task Force. The evidence is convincing that for men aged 70 years and older, screening has NO MORTALITY BENEFIT. For men aged 50 to 69 years, the evidence is convincing that the reduction in prostate cancer mortality 10 years after screening is SMALL TO NONE. The common perception that PSA-based early detection of prostate cancer prolongs lives is not supported by the scientific evidence. The findings of the two largest trials highlight the uncertainty that remains about the precise effect that screening may have, and demonstrate that if any benefit does exist, it is very small after 10 years. The European trial found a statistically insignificant 0.06% absolute reduction in prostate cancer deaths for men aged 50 to 74 years, while the U.S. trial found a statistically insignificant 0.03% absolute increase in prostate cancer deaths. A meta-analysis of all published trials found no statistically significant reduction in prostate cancer deaths. At the same time, overdiagnosis and overtreatment of prostatic tumors that will not progress to cause illness or death are frequent consequences of PSA-based screening. Although about 90% of men are currently treated for PSA-detected prostate cancer in the United States—usually with surgery or radiotherapy—the vast majority of men who are treated do not have prostate cancer death prevented or lives extended from that treatment, but are subjected to significant harms. THE USPSTF CONCLUDES THAT THERE IS MODERATE CERTAINTY THAT THE HARMS OF PSA-BASED SCREENING FOR PROSTATE CANCER OUTWEIGH THE BENEFIT SUGESTÕES 1. DECISÃO COMPARTILHADA: • Homens entre 50 e 75 anos, com expectativa de vida mínima de 10 anos • Homens entre 40-50 anos: história familiar positiva, negros ou com mutação no gene do BRCA1 2. COMO? 2.1 TOQUE RETAL: Não está indicado 2.2 ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) Intervalo: 2 a 4 anos Suspender o rastreamento se PSA ≤ 1ng/mL (65 anos) Biópsia prostática transretal: PSA ≥ 7 ng/mL PSA entre 3 e 7 ng/mL: repetir (evitar ejaculação ou ciclismo por 48h) A velocidade de elevação do PSA seriado NÃO DEVE SER CONSIDERADA Câncer de Mama Auto-Exame: ausência de valor Exame Mamário pelo Médico Anual Detecta 15% dos cânceres não detectados pela mamografia Mulheres 50 a 74 anos Polêmica 1: 40 e 49 anos Polêmica 2: > 75 anos MAMOGRAFIA Cada 1-2 anos Redução de 30% na mortalidade; > 75 anos ? 10 anos: FP 24% FN 13% Câncer de Cérvix Uterino Teste de Papanicolau: 21 anos ou 3 anos após início da atividade sexual > 70 anos: após 3 ou mais testes documentados, consecutivos, tecnicamente satisfatórios, normais/negativos e sem anormalidades nos testes nos últimos 10 anos. ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. QUIMIOPREVENÇÃO RASTREAMENTO Mudança no estilo de vida Osteoporose OSTEOPOROSE PREVALÊNCIA Thirdy National Health and Nutrition Examination Survey OSTEOPOROSE (T-score ≤ -2,5) : 13 a 18% das mulheres com 50 anos ou mais OSTEOPENIA (T-score entre -1 e -2,5) : 37 a 50% Risco de fratura de fragilidade em mulheres com 50 anos ou mais no restante de sua vida: 40% (2/3 após os 75 anos) Uma em cada três mulheres acima de 80 anos terão fratura de fêmur Prevenção da Fratura por Fragilidade Osteoporose OSTEOPOROSE É a doença osteometabólica mais comum, caracterizada por uma redução da resistência óssea e aumento do risco de fratura FRAGILIDADE ÓSSEA RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) QUALIDADE ÓSSEA (Microarquitetura, mineralização, estrutura do colágeno, conectividade trabecular, etc) RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) FÊMUR (Colo ou fêmur total) VÉRTEBRA LOMBAR (2 vértebras) RÁDIO DISTAL: baixa correlação com risco de fratura T-Score WHO, Guidelines for Preclinical Evaluation and Clinical Trials in Osteoporosis, 1998. 1 DP= Aumento de 2-2,5x risco de fratura Determinantes: PICO DE MASSA ÓSSEA PERDA ÓSSEA SUBSEQUENTE A fragilidade óssea é a responsável 90% das fraturas de fêmur e de vértebras nas mulheres entre 65 a 84 anos. T-Score The Study of Osteoporotic Fractures 28% das fraturas de fêmur 25% das fraturas vertebrais 13% de todas as fraturas A fragilidade óssea é a responsável 90% das fraturas de fêmur e de vértebras nas mulheres entre 65 a 84 anos. . T-Score The Study of Osteoporotic Fractures 51% das fraturas de fêmur 38% das fraturas vertebrais 25% de todas as fraturas A densitometria óssea NÃO é um bom preditor do risco de FRATURA DE FRAGILIDADE: 1. A DO pode subestimar ou superestimar a DMO em 20-50%. Ex: DMO -1,5 dp ( DMO 0 -3,0) 2. Uso de diferentes máquinas: variação de 6% a 15% da DMO 3. A maioria das fraturas de fragilidade ocorre em pessoas SEM osteoporose densitométrica; O FOCO DO TRATAMENTO DEVE SER A REDUÇÃO DO RISCO DE QUEDAS E NÃO O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA BMJ, 336:124-126, 2010 Densidade Mineral Óssea: 1 DP= Aumento de 2-2,5x risco de fratura QUEDA: Queda de lado: Aumento de 3 a 5x no risco de fratura Queda com impacto na região trocantérica: 30x RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) QUALIDADE ÓSSEA (Microarquitetura, mineralização, estrutura do colágeno, conectividade trabecular, etc) OSTEOPOROSE DENSITOMÉTRICA FATORES DE RISCO FRATURA POR FRAGILIDADE RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) QUALIDADE ÓSSEA (Microarquitetura, mineralização, estrutura do colágeno, conectividade trabecular, etc) FATORES DE RISCO (FRAX: Fracture Risk Assessment) Idade: o risco de fratura duplica a cada 7-8 anos após os 50 anos Fratura de fêmur: 82 anos (média) Fratura vertebral: 70 anos RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) QUALIDADE ÓSSEA (Microarquitetura, mineralização, estrutura do colágeno, conectividade trabecular, etc) FATORES DE RISCO (FRAX: Fracture Risk Assessment) Idade Sexo Peso Estatura PESO < 57,7k IMC < 21 kg/m2 RESISTÊNCIA ÓSSEA DENSIDADE ÓSSEA (Massa óssea) QUALIDADE ÓSSEA (Microarquitetura, mineralização, estrutura do colágeno, conectividade trabecular, etc) FATORES DE RISCO (FRAX: Fracture Risk Assessment) Idade Sexo Peso Estatura MASSA ÓSSEA BAIXA História prévia de fratura de fragilidade História familiar de fratura de fragilidade: fator genético (70% do risco) Tabagismo Corticoterapia prolongada: ≥ 7,5 mg por 3 meses ou mais Artrite reumatóide Osteoporose secundária Ingestão alcoólica excessiva Força da evidência CONSULTA MÉDICA ROTINEIRA – Recomendações Gerais U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF)www.uspreventiveservicestaskforce.org A B C I American Academy of Family Physicians (AAFP) - www.aafp.org Indicada em idosos com 65 anos ou mais e indivíduos mais jovens com história prévia de queda ou RASTREAMENTO DO fratura. O idoso deverá ser questionado quanto ao uso de drogas psicotrópicas e sobre quedas RISCO DE QUEDAS E recentes, além de ser submetido a uma avaliação multidimensional completa, com ênfase no FRATURA sistema osteomuscular, incluindo testes da marcha como o “Get Up and Go” teste. Aqueles idosos OSTEOPORÓTICA com desequilíbrio deverão ser submetidos a uma avaliação completa do equilíbrio e da marcha, Michael Y.L. et al. Primary CareRelevant Interventions to Prevent Falls in Older Adults: A Systematic Evidence Review for the US Preventive Services Task Force. Ann Intern Med,153:815-825 associada à avaliação ambiental. As orientações devem incluir o estímulo à atividade física regular e/ou fisioterapia, com fortalecimento muscular e suplementação de vitamina D, quando indicado. O tratamento farmacológico está indicado na presença de osteoporose densitométrica. A USPSTF está discutindo o rastreamento e prevenção de quedas em idosos (2011). Realização de densitometria óssea em todas as mulheres com idade ≥ 65 anos. X RASTREAMENTO DE A USPSTF não estabelece limite máximo de idade, pois o risco de fratura continua a elevar-se OSTEOPOROSE continuamente com o envelhecimento e o risco do tratamento mantém-se pequeno. A redução do risco de fratura só é percebida após 18 a 24 meses após o início do tratamento farmacológico. Realização de densitometria óssea em mulheres com < 65 anos com risco de fratura por fragilidade X em 10 anos igual ou superior às mulheres com ≥ 65 anos, sem fatores de risco adicionais. O risco de fratura em 10 anos nas mulheres brancas com 65 anos ou mais, sem fatores de risco adicionais é de 9,3%, utilizando-se o algoritmo FRAX ( Fracture Risks Assessment Tool), ainda não validado no Brasil (www.shef.ac.uk/FRAXI). Realização de densitometria óssea para homens A National Osteoporosis Foundation indica densitometria óssea para todo homem com ≥70 anos ou entre 50-69 anos na presença de fatores de risco para fratura por fragilidade. X D ÓBITO PREDISPOSIÇÃO COMPLICAÇÕES DOENÇA INCAPACIDADE FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO Fase Sintomática Prevenção SECUNDÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. QUIMIOPREVENÇÃO RASTREAMENTO Mudança no estilo de vida Atividade Física Prevenção de Quedas Moraes, E.N. Estratégias de Prevenção de Doença e Gestão da Clínica, Folium, 2011 ÓBITO COMPLICAÇÕES DOENÇA PREDISPOSIÇÃO INCAPACIDADE Fase Sintomática FASE ASSINTOMÁTICA Prevenção SECUNDÁRIA Prevenção PRIMÁRIA Diagnóstico e tratamento precoce nas doenças no ESTÁGIO PRÉ-CLÍNICO. Diagnóstico e intervenção em FATORES DE RISCOS estabelecidos ACONSELHAMENTO IMUNIZAÇÃO RASTREAMENTO QUIMIOPREVENÇÃO Mudança no estilo de vida Atividade Física Prevenção de Quedas Dieta Fumo Álcool Vitaminas Hormônios Antiagregação plaquetária Estatinas Câncer Doença cardiovascular Osteoporose Moraes, E.N. Estratégias de Prevenção de Doença e Gestão da Clínica, Folium, 2011 INDICAÇÃO DA INTERVENÇÃO PREVENTIVA ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO DA SÁUDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS SIM NÃO Não se aplica Categoria de risco cardiovascular (Risco Há indicação de quimioprevenção com de Framingham) DOENÇA CARDIOVASCULAR uso de anti-agregante plaquetário? IAM: ____ /10 anos Há indicação de quimioprevenção com AVC: ____/10 anos uso de estatina? Ultrasom abdominal para diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal? Anti-influenza IMUNIZAÇÃO Anti-pneumocócica Dupla Tipo Adulto Anti-amaralínica PSOF (3 amostras independentes) Cólon-retal Colonoscopia Outros: RASTREAMENTO DE CÃNCER Mama (mamografia) Colo de útero (Papanicolau) Próstata (PSA) Há indicação para solicitação de densitometria óssea? OSTEOPOROSE / FRATURA DE FRAGILIDADE Há indicação de quimioprevenção com suplementação de cálcio e vitamina D3? Há indicação para tratamento farmacológico da osteoporose? Orientações para prevenção de quedas ATIVIDADE FÍSICA Há indicação para atividade física regular? ACONSELHAMENTO (Mudança de estilo de vida) Tipo de Exercício: □ Aeróbico □ Resistido □ Flexibilidade Freqüência: Aconselhamento para prevenção ou tratamento do TABAGISMO Aconselhamento para prevenção ou tratamento do ALCOOLISMO Aconselhamento para prevenção de QUEDAS em idosos Orientações nutricionais básicas para prevenção de OBESIDADE e do uso excessivo de gordura saturada em indivíduos com DISLIPIDEMIA ou doença cardiovascular Observações: SÃO NECESSÁRIOS MUITOS OU POUCOS EXAMES? IDOSO ROBUSTO IDOSO FRÁGIL TODOS, IDOSO FRÁGIL DE ALTA COMPLEXIDADE IDOSO EM FASE FINAL DE VIDA NENHUM Desde que comprovadamente eficazes CONFORTO Os guidelines em geriatria são o ponto de partida para a tomada de decisões E NÃO A META www.hc.ufmg.br/geriatria