Ritta de Cássia Canedo Oliveira Borges
Fisioterapeuta
Especialista em Fisioterapia Pneumofuncional
Supervisora do Setor de Fisioterapia
Cardiovascular e Pneumofuncional
Clinica de Fisioterapia do UNIARAXA
TABAGISMO PASSIVO
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal
causa de morte evitável em todo o mundo.
Estima-se que um terço da população mundial adulta, isto é, 1 bilhão e 200 milhões de
pessoas (entre as quais 200 milhões de mulheres), sejam fumantes.
Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina e
12% da população feminina no mundo fumam.
O hábito de fumar (tabagismo) consiste no ato voluntário de inalar o fumo da queima
do tabaco, independentemente da qualidade, quantidade ou frequência.
As pessoas que aspiram involuntariamente o fumo libertado pelos cigarros dos
fumantes são considerados como fumantes passivos.
O tabagismo passivo consiste na inalação do fumo e derivados do tabaco como cigarros,
charutos, cigarrilhas e cachimbo por não fumantes principalmente em ambientes
fechados. Tendo em vista que as pessoas passam 80% de seu tempo em locais fechados tais
como trabalho, residência, locais de lazer e hospitais, o cigarro é considerado atualmente como
o maior agente de poluição doméstica ambiental.
Segundo a OMS o tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo,
subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool.
As pessoas que convivem com fumantes ativos, especialmente em ambientes fechados,
inalam mais de 400 substâncias, principalmente a nicotina e monóxido de carbono, que mesmo
em menores quantidades que os fumantes ativos, estas podem prejudicar a saúde em
proporções semelhantes.
A permanência em um ambiente poluído faz com que se absorvam quantidades de
nicotina em concentrações semelhantes às de quem fuma.
A quantidade de tóxicos absorvidos depende da extensão e da intensidade da
exposição, além da qualidade da ventilação do ambiente onde se encontra a pessoa.
O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de
carbono, e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que o fumo que entra pela
boca do fumado e depois de passar pelo filtro do cigarro.
Os fumadores passivos sofrem os efeitos imediatos da poluição tabágica ambiental, tais
como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento de seus problemas
alérgicos, principalmente das vias respiratórias, e aumento de problemas cardíacos,
principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor no peito).
Outros efeitos a médio e longo prazos são a redução da capacidade funcional
respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função), aumento do risco de ter
arteriosclerose e aumento do número de infecções respiratórias em crianças.
Os principais grupos de risco dos fumadores passivos são as grávidas, as crianças e os
asmáticos.
As crianças que convivem com pais fumadores têm maiores riscos de infecções
respiratórias, bronquiolites, asma, otite e infecções da garganta.
Fumar passivamente pode provocar as mesmas doenças que fumar ativamente.
Um cigarro aceso produz dois tipos de fumaça: a que o fumante aspira e devolve depois
de filtrada nos pulmões e que sai diretamente do cigarro que possui as mesmas substâncias
tóxicas da que é aspirada pelo fumante.
Os fumantes ativos prejudicam significativamente a saúde dos não fumadores, pois
uma pessoa que não fuma, em contato com um fumante ao final de um dia de trabalho pode
chegar a fumar o equivalente a uma média de 1 a 4 cigarros.
Maiores orientações devem ser realizadas aos fumantes ativos na tentativa de
conscientização sobre a real necessidade de melhorar o ar que se respira em casa e nos
ambientes públicos a todos os fumantes.
Se você é fumante procure orientações com o profissional especializado para melhorar
a sua qualidade de vida e saúde.
Quem NÃO fuma aproveita MAIS a vida!
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Ritta de Cássia Canedo Oliveira Borges