Trabalho de parto e
parto
Prof. Marlon Santos
Humanização do Parto e
Nascimento
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Promoção do parto e nascimento saudáveis e a
prevenção da morbimortalidade materna e perinatal.
Execução de procedimentos comprovadamente
benéficos para mãe e bebê, evitando intervenções
desnecessárias, preservando a privacidade e autonomia
da mulher.
Mulher tem papel de protagonista no trabalho de parto e
parto.
Profissional pode minimizar a dor, ficar ao lado, dar
conforto, orientar, ajudar a parir e a nascer.
Parto precisa ser resgatado como momento do
nascimento, respeitando todos os seus significados e
devolvendo à mulher o direito de ser mãe com
humanidade e segurança.
Ciclo gravídico-puerperal constituise de três fases:
Gestação ou fase evolutiva;
 Parto ou fase resolutiva;
 Puerpério ou fase involutiva;
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Terminologia dos partos:
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Parto Normal: transcorre espontaneamente pela via
vaginal.
Parto operatório: exige intervenção, vaginal, ou
abdominal.
Parto eutócico: evolui em condições de normalidade.
Parto distócico: evolui com normalidade de um ou mais
fatores do parto.
Parto induzido: provocado antes de sua manifestação
espontânea.
Parto dirigido: evolui com medidas terapêuticas
corretoras de sua evolução. Também considerado parto
conduzido.
Diagnóstico do trabalho de parto
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Presença de contrações uterinas a intervalos regulares,
que vão progressivamente aumentando em freqüência e
intensidade, e que não diminuem com o repouso da
gestante;
Padrão contrátil inicial: uma contração a cada 3 a 5
minutos, com duração de 20 a 60 segundos.
Apagamento e dilatação progressivos do colo uterino.
OBS 1: Falso trabalho de parto: contrações
descoordenadas, bem perceptíveis, porém que cessam
e sem dilatação da cérvice uterina.
OBS 2: Perda do tampão mucoso e rotura das
membranas são sinais menos específicos do trabalho de
parto.
Assistência à mulher no trabalho
de parto
Chamar a mulher pelo nome (evitar
termos como mãezinha, dona, ...);
 Informar sobre diferentes procedimentos a
que será submetida;
 Proporcionar ambiente acolhedor, limpo,
silencioso;
 Esclarecer dúvidas e aliviar ansiedades;
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Procedimentos da admissão/ internação da
parturiente
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Anamnese
Exame clínico
Exame obstétrico
Tricotomia (?)
Enteroclisma (?)
Alimentação
Higiene da parturiente
Posição da parturiente
Amniotomia (?): desacelerações precoces da FCF e
alterações plásticas sobre pólo cefálico; aumento do
risco da infecção ovular e puerperal quato maior
duração do trabalho de parto.
Períodos ou fases clínicas do parto
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1a. Fase: do início do T. P até dilatação completa do
colo uterino. Pode variar de 1h até 24 h dependendo da
paridade; freqüência, intensidade e duração das
contrações; diâmetros fetais e pélvicos; apresentação,
variedade de posição; tamanho fetal; capacidade do
colo em dilatar.
2a. Fase: da dilatação completa até a expulsão do feto.
Dura de poucos minutos a horas, dependendo: da
paridade, apresentação, variedade de posição,
proporções fetais e pélvicas; freqüência, intensidade e
duração das contrações, eficiência dos esforços
expulsivos voluntários maternos.
3a. Fase: da expulsão do feto até a dequitação: dura de
5 a 30 minutos.
4a. Fase: da dequitação até 1 hora após esta.
Períodos mecânicos do parto
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Insinuação
Descida
Rotação Interna da cabeça
Desprendimento da cabeça
Rotação externa da cabeça e interna das
espáduas
Desprendimento das espáduas e do restante do
corpo.
Assistência à mulher no parto normal
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Assistência ao período expulsivo: monitorização fetal
efetiva (risco de hipóxia e acidose fetal devido a
compressão do pólo cefálico na passagem do canal de
parto associado à diminuição da circulação úteroplacentária.
Puxos maternos
Sala especial de parto
Posição materna
Cuidados com períneo
Laceração do períneo e episiotomia
OBS: Indicação da episio: sofrimento fetal, progressão
insuficiente do parto, ameaça de laceração de 3o. Grau.
Assistência à mulher no parto normal
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Manobras extrativas: após liberação do pólo cefálico, os
mbros rodam internamente. Observar circulares de
cordão e realizar procedimento correto.
Clampeameto do cordão e cuidados imediatos com o
RN.
Bebês com clampeamento precoce têm valores mais
baixos de hematócrito e hemoglobina.
Indicações de clampeamento precoce de cordão:
gestações e partos de risco como sensibilização Rh,
parto prematuro, sofrimento fetal com depressão
neonatal grave, parto gemelar e mulher HIV+.
Assistência à dequitação
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Separação e expulsão da placenta.
Principais riscos: hemorragia durante ou após essa
separação e a retenção de restos placentários.
OBS: Hemorragia pós-parto é a principal causa de
mortalidade materna.
Medidas preventivas: uso profilático de ocitócitos (usada
no terceiro estágio do parto na dose de 10UI, pode
diminuir a perda sanguínea pós-parto, porém pode
aumentar o risco de retenção de restos placentários).
Tração controlada do cordão (menor perda sanguínea e
encurtamento do terceiro estágio, porém pode ocorrer
inversão uterina).
Revisão da placenta, cordão umbilical e membranas.
Principais fontanelas do RN
Assistência neonatal imediata
Limpar secreções da boca e narinas do recém-nascido
com gaze, após expulsão da cabeça. Se necessário
completar a limpeza mais tarde com vácuo para manter
permeabilidade de vias aéreas.
 OBS: A aspiração de secreções nasofaríngeas e bucais
em RNs normais podem ser desnecessárias pois elas
podem ser deglutidas ou expulsas naturalmente.
 Passar cateter através esôfago até o estômago e
aspirar conteúdo gástrico
 Pinçar o cordão após a cessação dos batimentos ou nos
5 minutos de vida. Seccioná-los e realizar a laqueadura
entre 2.5 a
5 cm do abdome do RN.
 Avaliar vitalidade de acordo com escala de Apgar no 1o.
e 5o. Minutos de vida
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Assistência neonatal imediata
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Colocar o RN em berço aquecido e em posição de trendelenburg
para manter a temperatura e ajudar na drenagem de muco e líquido
da cavidade oronasal.
Limpar as pálpebras com algodão e gaze umedecidos em água
destilada.
Realizar a profilaxia da oftalmia neonatal com 1 gota de nitrato de
prata a 1% em cada olho.
Profilaxia da doença hemorrágica através da injeção IM de 1mg de
vit. K.
Identificar o RN com pulseira no braço ou perna com nome e
registro hospitalar da mãe, sexo do RN, hora e data do parto.
Obter a impressão plantar do RN.
Realizar exame físico sumário
inspecionando:
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Malformações congênitas;
Integridade do palato;
Regularidade da respiração;
Freqüência cardíaca;
Existência ou não de cianose;
Perfuração anal;
Colher dados antropométricos: peso, estatura, PC, PT;
Tranqüilizar diminuindo a ansiedade materna;
Mostrar o RN à mãe, ajudá-la a segurá-lo e examiná-lo.
Promover o estabelecimento do vínculo afetivo mãefilho.
Assistência neonatal
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Registrar dados no prontuário do RN, e encaminhar ao
berçário, tendo cuidado de mantê-lo aquecido.
TABELA PARA CÁLCULO DO ÍNDICE DE APGAR
Pontos
0
1
2
Fc
Ausente
<100/min
>100/min
Resp.
Ausente
Fraca, irregular
Choro Forte
Tônus
Flácido
Flexão de pernas e braços
Boa flexão
Cor
Cianótico/Pálido
Cianose de extremidades
Rosado
Irrit.Reflexa Ausente Algum movimento/ careta
Choro
Interpretação da escala de Apgar
7 a 10: RN normal ou ligeiramente
deprimido;
 4 a 6: RN moderadamente deprimido;
 0 a 3: RN gravemente deprimido e
necessita ressuscitação imediata.
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Trabalho de parto e parto - Professor Marlon