Clipping BNDES busca investidor para salvar grupo de Eike 3874977 - O ESTADO DE S. PAULO - ECONOMIA & NEGÓCIOS - SÃO PAULO - SP - 18/07/2013 Pág B 10 Prioridades são o Porto de Açu e a empresa de mineração MMX; banco não participa da busca de soluções para a empresa de petróleo OGX IRANY TEREZA / RIO - O Estado de S.Paulo A busca por investidores para projetos do grupo EBX passou a contar com a contribuição efetiva do BNDES, segundo duas fontes que acompanham as negociações. Entre as prioridades, estão o Porto do Açu e ativos da empresa de mineração MMX. O banco não participa, porém, da busca de soluções para a OGX, a empresa de petróleo que era a maior aposta de Eike Batista e tem sido a principal causa da derrocada do grupo. Empresas do setor automotivo encabeçam os esforços do banco na busca por novos investidores no Porto do Açu, no município de São João da Barra, no Rio. A avaliação é que, com 70% dos investimentos já prontos, o porto pode ser concluído com financiamento do banco, já com novos empreendedores. A fabricante chinesa de caminhões Foton Motors, que anunciou no início do mês o projeto de uma montadora no Rio, tendo como opções as cidades de Seropédica ou Itatiaia, pode ter o alvo desviado para o Açu. Com condições diferenciadas de financiamento, outras duas empresas automobilísticas estariam sendo sondadas. Outro setor atraente é o da indústria farmacêutica. Já houve tentativas com representantes da indústria de alimentos e de eletrodomésticos da linha branca. Antes da fase mais profunda da crise do grupo X, a área técnica do BNDES estava avaliando um empréstimo de longo prazo para o porto, que teve a análise suspensa até a definição da situação do empreendimento. O empréstimo-ponte de R$ 518 milhões - em duas parcelas, a última em dezembro de 2012 -, que fez parte desse pacote, vence em setembro, quando o banco esperava a aprovar o financiamento definitivo. Há um ano, em seu relatório de resultados, a LLX informava que o investimento total estimado para o Superporto do Açu, considerando o acordo para a instalação da Unidade de Construção Naval da OSX, totaliza R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 974 milhões para a LLX Minas-Rio e R$ 2,8 bilhões para a LLX Açu. No BNDES, o Porto do Açu é tido como "ativo bom". Mas o projeto, concebido como polo industrial e não apenas uma zona portuária, tem sofrido com os revezes de Eike. A intenção é só retomar o programa na certeza de que as áreas serão ocupadas por empreendimentos. "O Porto do Açu vai sair sozinho. Não precisa de incentivos", diz o secretário estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno. MPX. Dentro de um mês deve ser concluído o aumento de capital da MPX, empresa de geração de energia elétrica que terá o nome alterado para desvincular a empresa definitivamente da marca de Eike Batista. A alemã E.On, que passou a deter 36% da companhia, já informou que aportará R$ 400 milhões, como parte do aumento de capital de R$ 800 milhões. No BNDES, segundo uma fonte ouvida pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, há intenção de acompanhar o aumento e o banco ainda avalia a possibilidade de elevar sua participação na empresa. A MPX mereceu mais da metade dos R$ 10,7 bilhões destinados pelo banco às empresas do grupo X. É considerada uma empresa líquida e com bom retorno. Ficha Técnica Empresa: ANEPAC Autor: Irany Tereza Estado: SP Categoria: Legislação / Mineração Cidade: SÃO PAULO Tipo Veículo: JORNAL Clipping Novo marco só em 2014 3875137 - ESTADO DE MINAS ONLINE - WEB - WEB - 18/07/2013 Os mineiros Leonardo Quintão e Gabriel Guimarães defenderam tempo maior para tramitação do textoO novo marco regulatório da mineração vai demorar mais do que o esperado para entrar em vigor. Ontem, na primeira reunião da comissão parlamentar criada pela Câmara dos Deputados para discutir as regras propostas pelo governo federal para atualizar as formas de cobrança e fiscalização no setor mineral, o grupo definiu que pedirá a retirada da urgência constitucional solicitada pela presidente Dilma Rousseff (PT) para agilizar a tramitação do projeto. O deputado mineiro Gabriel Guimarães (PT), empossado ontem na presidência da comissão, alerta que, se o pedido de urgência for mantido, o grupo deverá se manifestar sobre o tema até 4 de agosto, e, como os parlamentares entram em recesso hoje, não haverá tempo suficiente para debater todos os pontos propostos. As regras do novo marco devem passar a valer em 2014. “Estamos empenhados na aprovação desse marco, mas são mais de 370 emendas apresentadas e não será possível aprovar um texto dessa importância a toque de caixa”, explica o petista. O pedido de urgência apresentado pelo Palácio do Planalto determina um prazo de 45 dias para que a Câmara se posicione sobre o texto e mais 45 dias para que o Senado avalie as novas regras, caso contrário a pauta das duas Casas fica trancada. A urgência garantiria a definição até setembro e aumentaria a arrecadação dos recursos repassados para as prefeituras e estados. O parlamentar mineiro lembra, no entanto, que vários setores ligados à atividade não chegaram a ser ouvidos sobre as alterações que serão feitas no marco, o que pode trazer prejuízos para a sociedade. “O nosso pedido não vai contra o objetivo do governo, uma vez que vamos buscar uma aprovação rápida. Mas, como a primeira sessão da comissão só foi instalada hoje (ontem), porque outros assuntos tiveram atenção maior no Parlamento, não seria correto deixar de ouvir movimentos sociais, representantes do setor e os próprios prefeitos”, afirma Guimarães. Ao todo, mais de 70 organizações sociais se manifestaram pela retirada do pedido de urgência. Segundo o deputado, não é possível fazer uma previsão de quando os trabalhos da comissão estarão prontos, mas a intenção é que até o fim do ano uma definição seja apresentada e entregue ao Senado. O grande interesse das prefeituras mineiras para que as novas regras entrem em vigor o mais rápido possível é visto como natural pelo petista, uma vez que o estado é muito ligado à mineração. “É um diálogo novo, mas conhecemos bem as demandas das cidades mineiras, e o modelo que defendemos compensa nossos municípios, que serão ouvidos durante as reuniões”, diz o presidente da comissão. AUMENTO NO CAIXA Outro parlamentar mineiro que terá papel importante na tramitação do projeto é Leonardo Quintão (PMDB), que vai relatar o texto. Segundo ele um tempo maior para discutir com prefeitos, sindicatos e trabalhadores do setor é necessário para garantir um destino certo para a riqueza explorada nas jazidas do país. O peemedebista deverá apresentar seu parecer em outubro para votação na comissão. “Certamente teremos debates calorosos, mas essas mudanças vão significar uma redenção para vários municípios, principalmente em Minas, que aumentarão muito a arrecadação”, avalia Quintão. Entre as alterações ao projeto enviado ao Congresso estão as principais reivindicações dos prefeitos, como o aumento da alíquota da Compensação Financeira sobre Exploração Mineral (Cfem), imposto pago pelas empresas que atuam no setor a título de royalties pela exploração do minério. O percentual máximo, que antes era de 2%, passará a ser de 4%. Foi incluída no texto a medida que determina que a taxa deverá incidir sobre a renda bruta das empresas e não mais sobre o faturamento líquido. As mudanças podem representar uma arrecadação até três vezes maior do que a atual. Já os percentuais da distribuição dos recursos entre os entes da federação foram mantidos como a regra vigente: 12% são repassados para a União, 23% para os estados e 65% para municípios onde ocorre a lavra. Segundo o Ministério de Minas e Energia, o percentual arrecadado pela União também ficará definido, com 58% reservados para a Agência Nacional da Mineração – órgão que substituirá o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) –, 40% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e 2% para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Além da criação da agência que atuará na fiscalização do setor, o texto prevê a criação do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), órgão de assessoramento ligado à Presidência da República que ficará responsável por formular políticas públicas e incentivar investimentos privados no setor mineral. “Um dos objetivos do grupo é garantir que a agência tenha infraestrutura de trabalho. Não adianta ter uma legislação moderna e um órgão sem condições de executar a lei, como acontece hoje com o DNPM”, explica Quintão, relator do novo marco. O que mudaPontos incluídos no novo marco da mineração Alíquota máxima da Compensação Financeira sobre Exploração Mineral (Cfem) sobe de 2% para 4% A compensação passa a incidir sobre a renda bruta das empresas e não mais sobre o faturamento líquido Criação da Agência Nacional da Mineração Criação do Conselho Nacional de Política Mineral Licitação para a concessão de jazidas para exploração de minério Contratos com duração de 40 anos, prorrogáveis por 20 anos http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2013/07/18/interna_politica,84065/no vo-marco-so-em-2014.shtml Ficha Técnica Empresa: ANEPAC Autor: Redação Estado: WEB Categoria: Legislação / Mineração Cidade: WEB Tipo Veículo: SITE