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CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
CAMILA KUHN
ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA DOS PROFESSORES:
Uma nova Educação para uma nova era.
São José
2011
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CAMILA KUHN
ALFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA DOS PROFESSORES:
Uma nova Educação para uma nova era
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Centro Universitário
Municipal de São José – USJ, como
requisito final para a obtenção do
Título de Licenciada em Pedagogia,
realizado sob a orientação da
Professora MSc. Vera Regina Lúcio.
São José
2011
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CAMILA KUHN
AFABETIZAÇÃO TECNOLÓGICA DOS PROFESSORES:
Uma nova Educação para uma nova era
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito final para a aprovação no
Curso de Pedagogia do Centro Universitário Municipal de São José – USJ.
Avaliado em 22 de Junho de 2011 por:
___________________________________
Profª. MSc. Vera Regina Lúcio
Orientador
___________________________________
Profª. MSc. Silvanira Lisboa Scheffler
Membro examinador
___________________________________
Profª. MSc. Marli Lúcia Lisboa
Membro examinador
3
Dedico este trabalho à minha mãe Clotilde, que sempre supriu todas as
minhas necessidades, me apoiou e me incentivou do inicio até o final; a
todos os meus familiares, que sempre apostaram na minha caminhada
acadêmica; ao meu excelentíssimo namorado que me amparou em todos os
momentos, me dando amor e toda a compreensão; e a todas as pessoas
que estão sempre ao meu lado torcendo pelo meu bem. Dedico este
trabalho, também à minha orientadora professora Vera, a qual demonstrou
atenção e dedicação para auxiliar nas dúvidas com as quais deparei; e a
todas as minhas amigas que fizeram parte da minha jornada. Enfim, dedico
às pessoas que um dia poderão utilizar o meu estudo para contribuir com os
seus.
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por me permitir vivenciar momentos tão felizes e
significativos.
Aos meus pais que me compreenderam e me deram força nesta etapa da
minha vida.
Ao meu futuro esposo, que além de namorado foi o meu professor e o meu
companheiro na hora do desespero.
A todos os professores da USJ que contribuíram nessa jornada escolar e me
ensinaram não só os conceitos, mas os valores.
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Um excelente educador não é um ser humano perfeito,
mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e
sensibilidade para aprender.
Augusto Cury.
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RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso–TCC teve como tema a alfabetização
tecnológica dos professores, envolvendo uma nova Educação para uma nova Era.
Foram utilizados alguns conceitos e definições de determinados assuntos, como: a
história da humanidade até chegando às gerações, o perfil das gerações,
identificando as suas peculiaridades e diferenças, um breve histórico de mídia da
tecnologia, descrevendo o papel como ferramentas educacionais. Também foi
definido de forma fragmentada como ocorre o processo de ensino-aprendizagem,
afirmando que o conhecimento e a didática são essenciais para esse processo, e
por fim descrevendo como a formação continuada é relevante na vida dos docentes,
para a reflexão de aprofundar e de melhorar os estudos em diversos assuntos. Nos
procedimentos metodológicos será apresentada toda a forma como foi feito o
trabalho, os sujeitos de pesquisa, a coleta e a análise dos dados. Neste sentido
utilizou-se uma pesquisa com os docentes dos Anos Inicias do Ensino Fundamental
de um colégio público e de aplicação da grande Florianópolis que iniciarão um
projeto de inclusão digital no âmbito educacional. E analisando o conhecimento dos
docentes referente ao reconhecimento da geração que está presente na sala de aula
e a que possui maior domínio com as Novas Tecnologias de Informações e de
Comunicacões-NTIC’s, como lidam com as ferramentas tecnológicas e se
consideram importante à formação continuada envolvendo as NTIC’s, já que estão
em pleno desenvolvimento na sociedade. Por fim, foram apresentadas as
considerações finais que trás as sugestões sobre o assunto abordado e diante das
analises.
PALAVRAS- CHAVE: Formação continuada. Gerações. Ensino-aprendizado.
Novas Tecnologias de Informação e de Comunicação-NTIC’s
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LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – A formação dos professores ................................................................... 46
Gráfico 2 – Tempo de lotação na escola .................................................................. 47
Gráfico 3 – Tempo de experiência ........................................................................... 47
Gráfico 4 – Geração dos docentes ............................................................................ 48
Gráfico 5 – Conhecimento da geração que trabalha em sala ................................... 49
Gráfico 6 – Reconhecem a geração que domina as TIC’s ........................................ 50
Gráfico 7 – O aperfeiçoamento tecnológico para trabalhar com as TIC’s ................. 51
Gráfico 8 – As TIC’s auxiliam no processo ensino-prendizagem ............................. 52
Gráfico 9 – A importância das TIC’s no trabalho em sala de aula ............................. 54
Gráfico 10 - Relevância da formação continuada envolvendo as NTIC's ................. 55
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LISTA DE TABELA
Tabela 1 ................................................................................................................... 68
Tabela 2 ................................................................................................................... 69
Tabela 3 ................................................................................................................... 71
Tabela 4 ................................................................................................................... 73
Tabela 5 ................................................................................................................... 76
Tabela 6 ................................................................................................................... 79
Tabela 7. ................................................................................................................... 82
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LISTA DE QUADRO
Quadro 1: Desenvolvimento da Comunicação ........................................................ 22
10
ABREVIATURAS E SIGLAS
TIC’s ...................................Tecnologias de Informação e Comunicação
NTIC’s ................................ Novas Tecnologias de Informação e Comunicação
TE ...................................... Tecnologia Educacional
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SÚMARIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 15
2.1 A HUMANIDADE E AS GERAÇÕES .................................................................. 15
2.1.1 Geração X........................................................................................................ 17
2.1.2 Geração Y........................................................................................................ 19
2.1.3 Geração Z ........................................................................................................ 20
2.2 MÍDIA, TECNOLOGIA COMO RECURSOS EDUCACIONAIS. .......................... 24
2.2.1 A mídia ............................................................................................................ 24
2.2.2. A tecnologia ................................................................................................... 26
2.2.2.1 O computador como ferramenta educacional................................................ 29
2.2.2.2 A internet como ferramenta educacional ....................................................... 32
2.3 O PROCESSO DE ENSINO E PRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO DOCENTE
ENVOLVENDO AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÕES E DE
COMUNICAÇÕES-NTIC’s......................................................................................... 33
2.3.1 O processo de ensino-aprendizagem no âmbito educacional ................... 34
2.3.2 Formação continuada envolvendo as Novas Tecnologias de Informações
e de Comunicações-NTIC’s .................................................................................... 36
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 40
3.1 COLETA DE DADOS ..................................................................................................... 43
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA ............................................................................................ 45
3.3 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................. 48
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 56
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 58
APÊNDICES ............................................................................................................. 63
APÊNDICE A - Questionário professores (as) .................................................................. 64
APÊNDICE B – Tabelas referentes às perguntas perguntadas aos professores das
Séries Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio pesquisado. ................................... 67
ANEXO ..................................................................................................................... 85
ANEXO A – Apresentação do acadêmico a campo. ........................................................ 86
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1 INTRODUÇÃO
As Tecnologias de Informação e de Comunicação-TIC’s estão permitindo uma
maior mobilidade para as comunicações e estendendo as diversas possibilidades de
acesso a informação em todo o mundo. Sendo assim, pode-se observar que através
do desenvolvimento acelerado das tecnologias no qual afeta todos os setores da
humanidade e das gerações, verifica-se que são tamanhas e são significativas às
proporções das transformações com as tecnologias dentro das sociedades.
No tocante as tecnologias estão cada vez mais avançadas e se tornando
fundamental na e para a sociedade, destaca-se que a mesma ganhou força após a
Segunda Guerra Mundial e teve como consequência à revolução tecnológica. Nas
décadas subsequentes, com a expansão do capitalismo, a tecnologia se
desenvolveu e tornou-se indispensável para o processo de globalização na vida dos
grupos humanos.
Devido a esse desenvolvimento e progresso das tecnologias torna-se
necessário pensar no âmbito escolar, de que forma esse ambiente é afetado e qual
a melhor maneira de passar informação e possibilitar a comunicação entre os
sujeitos envolvidos nesse processo.
Desta forma, Bastos (2001, p.131), discorre sobre a mudança necessária na
Educação:
São inúmeras as consequências produzidas nesta era, basicamente
tecnológica. Ela trouxe um novo conhecimento, um novo pensamento, uma
nova linguagem, uma nova forma de expressar-se, e isso é irreversível.
Logo, a educação precisa avaliar seu modelo de organização para
compreender este contexto de modernidade.
Nessa perspectiva, é válido descrever que a escola deve proporcionar ao
aluno tirar proveito das informações transmitidas pelas ferramentas tecnológicas, ou
seja, deve oferecer subsídios adequados para o conhecimento.
Nas palavras de Sampaio e Leite (2001, p.49):
Cabe à escola ensinar o aluno lidar com a informação e não a consumi-la
apenas. Por isso é necessário que os meios técnicos de informação estejam
à disposição da escola; que a ciência e a tecnologia façam parte de seu
cotidiano reflexivo.
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Desta forma, apresenta-se a problemática: Os professores através da
formação continuada envolvendo a utilização das tecnologias, podem modificar a
prática docente para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem mais
significativo para as novas gerações que estão surgindo?
Com tudo, ao pensar no âmbito escolar, este estudo tem o intuito de refletir a
relevância de uma Alfabetização Tecnológica dos docentes para efetivar o processo
de ensino-aprendizagem a partir da utilização das Tecnologias de Informação e de
Comunicação-TIC’s.
Deste modo, será levantado à importância e o potencial das ferramentas
tecnológicas no ambiente escolar, como essas ferramentas podem auxiliar a prática
docente e oferecer oportunidades inovadoras para o processo de ensinoaprendizagem.
Para uma melhor compreensão do processo de ensino-aprendizagem será
descrito de uma forma mais fragmentada como ocorre e como se obtêm o
conhecimento dos fatores envolventes desse processo.
Diante deste contexto, faz-se necessário entender a história da humanidade,
como se chegou às gerações e principalmente analisar o perfil das três últimas
gerações a X, Y e Z. Através de uma análise pode-se observar como essas
gerações possuem perfis distintos e que se modificam através de um fator
importante que são as Tecnologias de Informação e de Comunicação-TIC’s.
Após a compreensão dessas gerações, observa-se que no ambiente escolar
este conhecimento pode influenciar no processo de ensino-aprendizagem,
amenizando as divergências que existem entre professor e aluno. Ou seja, se cada
professor souber com qual geração está lidando e souber o perfil da mesma poderá
estudar estratégias que atendam ao centro de interesse dos alunos.
É importante ressaltar, também, que além do docente conhecer o perfil do
educando, cabe ao mesmo refletir sobre a sua prática, porque refletindo sobre a sua
prática poderá perceber que nos dias de hoje é necessário mudar a práxis.
Segundo Imbernón (2002, p. 18):
A formação assume um papel que vai além do ensino que pretende uma
mera atualização científica, pedagógica e didática e se transforma na
possibilidade de criar espaços de participação, reflexão e formação para
que as pessoas aprendam e se adaptem para poder conviver com a
mudança e com a incerteza.
14
Para se ter, de forma mais abrangente, o entendimento do que a revolução
tecnológica proporcionou ao ambiente escolar pesquisado foi aplicado questionários
aos professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de um Colégio Público e
de Aplicação da Grande Florianópolis que tem como proposta trabalhar com o
projeto “UM COMPUTADOR POR ALUNO – UCA” e a partir dos dados obtidos
percebe a instituição diante deste cenário Educacional. Ou seja, frente às Novas
Tecnologias de Informação e de Comunicação–NTIC’s.
No tocante, serão enfatizados os pontos relevantes e irrelevantes dos
docentes pesquisados, assim registrando o ponto de vista, a opinião dos mesmos
com a inclusão digital no âmbito escolar para um novo sentido ao processo de
ensino-aprendizagem para essa nova era de educandos.
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo será apresentada toda a fundamentação teórica para
embasamento do tema que intitula este estudo. Também serão encontrados
conceitos e definições de termos importantes para a compreensão do trabalho,
deste modo, obtendo um melhor entendimento dos propósitos nele contido.
2.1 A RELAÇÃO DA HUMANIDADE E DAS GERAÇÕES
Será tratada nesta parte do estudo a relação da humanidade com as
gerações, buscando conhecer quais foram às trajetórias da humanidade, como foi o
desenvolvimento
e
como
ocorreu
a
evolução
dos
homens.
Assim,
consequentemente seus pensamentos, formas de avaliar e ver os indivíduos dentro
do ambiente no qual vivem. O desenvolvimento do homem pode-se descrever que é
uma expressão da integralidade e simultâneo com as necessidades dos mesmos.
Contudo, verifica-se que a evolução que ocorreu nas últimas décadas dos
conhecimentos sobre os indivíduos pertencentes à sociedade foi tamanha, que
chegou hoje nas gerações, no qual serão descrito as várias diferenças entre as
mesmas.
Nessa perspectiva Ximenes (2000, p.503), define o conceito de humanidade
que é “o gênero humano, os homens; a natureza humana.”
Corraborando Santos (1983, p. 9), descreve:
Os grupos humanos se expandiram progressivamente, ocupando
praticamente a totalidade dos continentes do planeta. Nesse processo, o
contato entre grupos humanos foi frequente, mas a intensidade desses
contatos foi de forma a permitir muito isolamento, e muitas histórias
paralelas marcaram o desenvolvimento dos grupos humanos.
Entretanto, percebe-se que através do progresso da sociedade e dos marcos
históricos foram formados os grupos humanos, sendo assim, destaca-se também
que esses grupos se desenvolveram através das culturas existentes no mundo.
Santos (1983, p. 7), relata que a: “cultura diz respeito à humanidade como um
todo e ao mesmo tempo a cada um dos povos, nações, sociedades e grupos
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humanos.” Até o presente momento identifica-se a cultura e os marcos como tudo
aquilo que caracteriza uma população humana.
Santos (1983) salienta que possuem meios básicos de relacionamento entre
diferentes culturas. Sendo assim, uma delas é quando, pensa-se em hierarquizar
essas culturas através de algum conhecimento, tendo em vista que assim, pode-se
descrever que uma cultura é mais avançada do que outra.
Deste modo, percebe-se a razão da superioridade das nações possuidoras de
tais tecnologias, caracterizando a diferença de desenvolvimento entre os grupos
existentes no mundo, haja vista que atualmente temos classificações como: países
desenvolvidos e países subdesenvolvidos.
Para que haja o entendimento sobre o assunto humanidade, faz-se
necessário o aprimoramento dos conhecimentos sobre as gerações, já que estas
foram estudadas e aprofundadas com o decorrer dos anos em detrimento do
aumento da percepção e autoconhecimento dos próprios indivíduos dentro da
sociedade.
No entendimento de Ximenes (2000, p. 470), gerações “é o conjunto de
pessoas nascidas num mesmo período histórico.”
Na perspectiva de Motta e Wellen (2010, p.78), citam que:
[...] gerações é o lugar em que dois tempos diferentes, o do curso da vida e
o da experiência histórica, são sincronizados. O tempo biográfico e o tempo
histórico fundem-se e transformam-se criando, desse modo, uma geração
social.
Neste contexto citado, pode-se descrever que as gerações são marcadas
pelas trajetórias da vida humana, constata-se que envolve os fatos históricos da
época e que se transformam, assim criando uma nova geração. Desta maneira
acredita-se que as décadas passadas e a atual são e estão complementadas por
integrantes das gerações que estão marcando época e mudando o jeito do pensar
da sociedade, influenciando e alterando os seus valores.
Oliveira (2009), contempla a sua visão das gerações:
A primeira impressão que se tem é de que as gerações estão vivendo um
tempo de ruptura total, onde os mais velhos não entendem os jovens de
hoje, que por sua vez consideram os mais velhos como absolutamente
lentos e desconectados da realidade atual. Evidentemente estas
divergências sempre aconteceram entre as gerações. O fato novo é que os
conflitos atuais estão mais potencializados principalmente pelo ritmo de
vida que surgiu com as novas tecnologias.
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A partir dessa argumentação, destaca-se que cada geração possui as suas
especificidades e o seu diferencial, seja nas atitudes, no modo de pensar, nos
olhares que possuem diante do mundo e dos elementos que estão em seu ao redor.
No entanto, vê-se que as gerações são embasadas e ilustradas através do avanço
da sociedade, da tecnologia e da dimensão que estão se tornando.
Por intermédio disso, podem-se refletir as ânsias existentes na vida cotidiana,
no qual as gerações estão se inibindo e prevalecendo os dominantes.
Deste modo, é válido descrever que na área educacional é o momento de se
pensar e obter um olhar mais atento ao cenário no qual se encontra, já que este
possui inúmeras divergências entre professores e alunos, deixando-os cada vez
mais distantes um do outro. Por isso é fundamental que os professores conheçam e
investiguem o perfil de seus alunos, e que os alunos identifiquem e percebam o perfil
de seus professores, para que haja uma troca válida de experiência e que o ato de
educar e ensinar ocorra da melhor forma possível.
Sendo assim, nota-se que é necessário saber com qual a geração está se
lidando e convivendo para que se possa propiciar uma relação adequada, sem
conflitos, assim decodificando qualquer impasse que possa existir e obter as
vantagens necessárias para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça da
forma mais eficiente.
Pode-se relatar então, que são três últimas gerações que estão dominando o
mundo, devido aos perfis distintos. Contudo será exibido um estudo sobre estas três
gerações (X, Y e Z), para observar os perfis das mesmas e ver como são diferentes.
2.1.1 Geração X
Fazem parte da geração X os indivíduos que nasceram em meados da
década de 60 até no início de 80 e possuem um perfil com as seguintes
características:
a) são bastante influenciados pela música;
b) são leais;
c) priorizam o trabalho;
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d) apresentam um bom equilíbrio entre o trabalho e a família, e cuidam
desses dois componentes de forma separados para que não haja
problemas e assim não serem desmotivados;
e) possuem muita dificuldade em compartilhar suas experiências e idéias.
Ferreira (2004, p.1), descreve alguns marcos da geração X e explica que são
“tachados” de antigo e:
[...] ultrapassados padrões sociais, e não tinha medo de jogá-los para o alto,
inovando e buscando um mundo mais igual e "humano". Além disso, tiveram
contato com novas tecnologias, como as fitas cassete, os aparelhos de
som, o VHS, aparelhos de FAX. A maioria nasceu depois da chegada do
homem à Lua (1969), e foi criada num mundo no qual a televisão já era um
item mais acessível às famílias de classe média, além de ter presenciado o
surgimento dos computadores de uso pessoal.
Percebe-se, assim os diversos aspectos importantes que ocorreu e marcou a
vida dos integrantes da Geração X, além dos citados ressalta-se que aconteceu
também a queda do Muro de Berlim, a Guerra Fria, o aparecimento da AIDS e as
crises do desemprego.
A geração X nas palavras de Buckingham (2007, p. 57):
[...] aceitam menos a autoridade estabelecida, valorizam a interatividade
mais que a passividade, apreciam a diversidade e a franqueza e não
gostam das mídias que se levam a sério em demasia. São “cidadãos de
uma nova ordem”.
De acordo com Buckingham (2007), os membros dessa geração são cada vez
mais conservadores, os mesmos não conseguem entender essa “revolução na
informática” e também a personalidade da atual cultura dos jovens, no qual
distinguem como atitudes “rebeldes”. Nota-se que a geração X foi marcante para a
história da humanidade, já que foi a partir desta que se deu início a inúmeras
evoluções tanto tecnológicas como também no modo de pensar.
Atualmente, vê-se que são os indivíduos da geração X que estão à frente do
mundo, ou seja, são os profissionais atuantes em diversas áreas, inclusive, na
Educação. Devido ao modo de vida que se deu com as pessoas pertencentes a
essa geração, constata-se que no âmbito escolar existe uma dificuldade dos
docentes na utilização de tecnologia como um recurso educacional, sendo assim,
mantendo estável e não alternando o leque de suas didáticas para as várias
possibilidades e formas de ensinar.
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Percebe-se nos dias de hoje que a tecnologia está presente em todos os
locais que se possa imaginar, principalmente na vida das crianças e adolescentes,
portanto, nota-se que é fundamental o aprimoramento deste conhecimento
tecnológico para aplicação em seu dia-a-dia.
Com o passar dos anos a geração X foi crescendo adquirindo conhecimentos,
tornando-se adulta, porém estava por vir uma nova geração, muito mais atenta à
transformação que ocorre em seu meio e intimamente ligada com o avanço
tecnológico, desta maneira e demais razões que será apresentada à geração Y.
2.1.2 Geração Y
As pessoas que fazem parte da geração Y são os nascidos entre as décadas
de 80 a 90, constata-se que é um período marcado pelo início da valorização,
divulgação e conhecimento da internet, do computador e do vídeo game.
De acordo com Garcia, Stein e Ramón (2008, p.4) “os Y adotam uma visão
mais esperançosa. Seu alto nível de formação os torna mais decididos.” Deste modo
observa-se que através de tanta informação faz com que tenham conhecimentos em
diversos assuntos tornando-se assim mais fácil para tomar uma decisão.
Percebe-se, que os integrantes dessa geração são independentes e possuem
um maior nível de informações do que as anteriores. Sendo assim, pode-se dizer
que é uma geração que ganha autoestima e não se sujeita as atividades que não
fazem sentido.
Conforme Garcia, Stein e Ramón (2008, p.4) descrevem as características
comuns que diferenciam essa geração das outras. Entre as mais significativas estão:
* Costumam conhecer vários idiomas. Concretamente, seu inglês é fluente,
mesmo não sendo sua língua materna;
* Seu nível de educação é alto. Têm pós-graduação ou especialização em
alguma instituição de ensino superior de prestígio; [...]
* São solteiros ou casados com poucos filhos;
* Suas famílias tendem à instabilidade;
* A rede de amizades e conhecidos está distribuída por todo o mundo ou em
região ampla;
* Raça, nacionalidade e religião são secundárias. Os laços profissionais ou
de gostos pessoais é que contam;
* No mercado de trabalho, possuem experiências multinacionais, facilitadas
pela educação e pelo nomadismo profissional. Suas raízes geográficas são
fracas e não limitam sua mobilidade;
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* Têm gostos variados, em que sobressaem os esportes, as artes, a leitura
e, sobretudo, as viagens;
* O manejo das novas tecnologias é inerente a seu cotidiano-tanto
profissional como pessoal;
* Buscam carreiras brilhantes, altos salários; [...].
Por intermédio deste, percebe-se que essa geração está mais integrada com
as tecnologias do que as anteriores. Assim contempla Tulgan (2007), “[...] eles
cresceram em uma década de valorização intensa da infância [...].” Sendo assim,
ressalta-se que a geração Y já nasceu no berço tecnológico e teve como babá os
avanços tecnológicos. Por este fato acredita-se que é importante pensar novamente
na Educação, no qual é o objetivo deste trabalho.
Entretanto, faz-se necessário salientar que a Educação passa por um
momento de aperfeiçoamento, no qual a tecnologia assume o papel de apoio ao
processo de ensino-aprendizagem para uma geração mais avançada do que as
anteriores.
Acredita-se, que muitos dos professores dessa geração ainda utilizam como
recursos didáticos, o giz e o quadro verde e vê-se que na verdade essa geração por
ser mais familiarizada com as tecnologias deveria estar incluindo-as em suas
práticas pedagógicas, para que as gerações que vão surgindo como a Z se insira
nesse novo ritmo de didática. Deste modo observam-se as diferenças e as
peculariedades da geração Z, tornando-se a geração contemporânea.
2.1.3 Geração Z
Identifica-se a atual geração, como os nascidos no final da década de 90 em
diante na qual as crianças são definidas como crianças precoces e muito
avançadas. No entanto, percebe-se que este aspecto levantado era visto na época
das gerações anteriores também através das tecnologias que possuíam. Sendo
assim, vê-se que não são precoces, mas que nasceram e estão vivendo com as
mídias e as tecnologias em todos os lugares.
Segundo Buckingham (2007, p. 72), descreve que são:
[...] jovens da net, são sábios, autoconfiantes, analíticos, criativos,
inquisitivos, tolerantes com a diversidade, socialmente conscientes
globalmente orientados etc. Usar a nova tecnologia é tão natural como
respirar. Tornando-se ativos.
21
Através da descrição do autor, sobre o perfil dessa geração, constata-se que
os membros dessa geração passam horas na frente de computadores e com os
meios de comunicação e de informação. Com isto percebe-se que sem esses meios
de comunicações e de informações os sujeitos dessa geração não sobrevivem,
pode-se descrever que é como se fosse um alimento indispensável para suas vidas.
Em concordâncias com a revista Veja Especial Jovens apud Filho e Lemos
(set.de 2008, p. 15) que são:
Garotos e garotas da Geração Z, em sua maioria, nunca conceberam o
planeta sem computador, chats, telefone celular. Sua maneira de pensar foi
influenciada desde o berço pelo mundo complexo e veloz que a tecnologia
engendrou. Diferentemente de seus pais, sentem-se à vontade quando
ligam ao mesmo tempo televisão, o rádio, o telefone, música e internet.
No tocante, a esta citação identifica-se uma geração voltada para as
Tecnologias de Informação e de Comunicação-TIC's Desta forma ressalta-se que
esse comportamento para os pais dessa geração não é o ideal, pois nota-se que em
suas épocas não ficavam horas e horas em frente a tantos meios de comunicação e
de informação como esses adolescentes ficam, sendo assim, o ideal para eles é que
passassem bem longe de computadores.
De acordo com Cesar (2006, p.24), descreve que:
Para seus pais, a tecnologia é apenas um complemento de sua vida. [...].
Para os adolescentes, essa separação entre o real e o virtual é
imperceptível. Eles nasceram e cresceram na rede – e, mais importante, em
rede. [...] Para a geração digital, sem celular, comunidades online ou blogs
não há vida.
Nesse contexto, verifica-se que essa geração surpreende pais, familiares e
educadores com o seu comportamento. Comportamento este que ao mesmo tempo
em que fala ao celular, faz uso de comunicadores instantâneos, raciocina para
mudar a estratégia em um videogame e fazem tudo isso com a televisão ligada.
Na compreensão de Jones (1998, p. 61), as “crianças de todas as etnias
dessa geração caminham para se tornar experts em comunicação. E percebem que
a tecnologia pode ser uma ferramenta a serviço do progresso humano.”
O autor explana, que as crianças e os adolescentes que fazem o uso das
Tecnologias de Informações e de Comunicações-TIC's acreditam que servem para
um progresso da humanidade, ou seja, através do uso dessas ferramentas nota-se
22
que as mesmas possuem um potencial de mudança e de evolução sobre as atitudes
da humanidade.
Outro ponto interessante a ressaltar, é que essas crianças atualmente vivem
em mundo muito mais urbanizado, no qual a relação com a natureza é cada vez
menor. Nas palavras de Wiesel (2010, p.1), “[...] se preocupam efetivamente com o
meio ambiente, são ensinados desde a escola da importância da natureza e,
principalmente, já incluem no cotidiano os costumes de uma vida sustentável.”
Deste modo, observa-se que a geração Z se preocupa e é comprometida com
a natureza e inclui espontaneamente hábitos sustentáveis em seu cotidiano e com
frequência exigem dos adultos que façam o mesmo.
Partindo do contexto, das gerações (X, Y e Z), verifica-se que a população
vive atualmente o momento sociocultural que é distinto dos momentos anteriores da
história da humanidade.
Leite (2008, p.62) cita que, “cada etapa da nossa construção cultural
apresenta aspecto especifico, caracteriza como cultura tradicional, industrial e
eletrônica.” Assim, pode-se observar que possui diferenças características em
relação
ao
tipo
de
comunicação
desenvolvida,
olhar,
ênfase
e
cultura
comunicacional, como descrito no quadro a seguir:
CULTURA
TIPO DE
COMUNICAÇÃO
Tradicional Rural
Oral
OLHAR
Estático
ÊNFASE
CULTURA
COMUNICACIONAL
O aqui
Local
O agora
Industrial (depois de
Gutemberg)
Escrita
Linear
Cadeia linear anseio
pelo futuro
De massa
Eletrônica
Simbólica
Hipertex-Tual
Onipresença
Digital
Descontinuidade
Interatividade
Ilustração 1: Quadro referente o desenvolvimento da comunicação - Fonte: Leite (2008, p.62)
Deste modo, se identifica as mudanças das sociedades que foram
construídas e continuam em andamento, as quais têm proporcionado diversas
formas de mostrar o conhecimento. Na compreensão de Mansell apud DOWBOR
(2001, p. 30):
23
[...] a sociedade do conhecimento é um conceito que nos habituamos a
utilizar para definir o conjunto de transformações que estão afetando o
planeta, as empresas, as universidades, enfim, as relações sociais.
Com tudo, essa transformação que as pessoas estão vivenciando, acontece
devido ao ingresso diferenciado ao conhecimento, reflexo das Novas Tecnologias de
Informação e de Comunicação-NTIC's.
Por analogia, verifica-se que as mudanças e as transformações que a
humanidade vem se tornando, torna-se fundamental afirmar que devem ser
inseridas no âmbito educacional para possibilitar novas formas de Ensino.
Com isto, Bastos (2001, p.131), discorre sobre o quão é imprescindível à
mudança na Educação, sendo assim:
São inúmeras as consequências produzidas nesta era, basicamente
tecnológica. Ela trouxe um novo conhecimento, um novo pensamento, uma
nova linguagem, uma nova forma de expressar-se, e isso é irreversível.
Logo, a educação precisa avaliar seu modelo de organização para
compreender este contexto de modernidade.
Diante desse contexto, vê-se que o conhecimento, as pessoas e a sociedade
estão mudando diante das novas tecnologias, acredita-se que é importante à escola
e os docentes também mudarem, se formarem e se informarem a cerca da inserção
do uso das TIC´s no ambiente escolar, desta maneira, acredita-se que possam
mediar o processo ensino-aprendizagem com o suporte das ferramentas
tecnológicas.
Contempla Sampaio e Leite (2004, p.49):
Cabe à escola ensinar o aluno lidar com a informação e não a consumi-la
apenas. Por isso é necessário que os meios técnicos de informação estejam
à disposição da escola; que a ciência e a tecnologia façam parte de seu
cotidiano reflexivo.
Desta forma, constata-se que o ambiente escolar deve proporcionar aos
educandos lidarem com as informações que as ferramentas tecnológicas possuem,
assim dando subsídios necessários e adequados para o conhecimento.
Verifica-se, através deste estudo referente à humanidade, as gerações que
estão surgindo e as Tecnologias de Informação e de Comunicação-TIC’s que se
fortalecem e se transformam, assim, é necessário pensar na utilização das mesmas
como suporte no ensino para obter a aprendizagem. Observa-se que para
acompanhar essas crianças e adolescentes dessa “geração tecnológica” as quais
24
convivem no dia-a-dia com as mídias e com um volume de informações enorme,
torna-se difícil usar somente os livros didáticos e o giz para quadro verde.
Partindo dessa ideia, nos subcapítulos a seguir será exibido o potencial das
mídias, o avanço da tecnologia e as Novas Tecnologias de Informação e de
Comunicação-TIC’s como recurso educacional e desta forma observa-se como pode
fazer o ensino-aprendizagem através da formação continuada, ou seja, de uma
alfabetização tecnológica dos professores.
2.2 MÍDIA E TECNOLOGIA COMO RECURSOS EDUCACIONAIS.
Neste subcapítulo serão tratados assuntos referentes à mídia e a tecnologia
como recursos educacionais, ou seja, será mostrada a capacidade de ambas para
modificar o processo de ensino-aprendizagem no âmbito escolar.
2.2.1 A mídia
Para o entendimento real significado de mídia, o sue surgimento e a sua
influência que possui na e para a sociedade.
Assim, Belloni (2002, p.24), ilustra o que a mídia é:
O termo usado para referenciar um vasto e complexo sistema de
expressão e de comunicação. Literalmente “mídia” é o plural da palavra
“meio”, cujos correspondentes em latim são “media” e “médium”,
respectivamente.
Na atualidade, mídias é uma terminologia usada para suporte de difusão e
veiculação da informação. A mídia também é organizada pela maneira
como uma informação é transformada e disseminada (mídia impressa,
mídia eletrônica, mídia digital...), além seu aparato físico tecnológico
empregado no registro de informações (fitas de videocassete, CD-ROM,
DVDs).
Através da citação, pode-se observar o esclarecimento que a autora faz sobre
o que a mídia realmente é, ou seja, ela é um meio de transmitir a informação para a
população. Sendo assim, é válido ressaltar que a mídia serve como uma maneira de
conduzir as diversas informações sejam elas eletrônicas, impressas e digitais, assim
proporcionando inúmeros benefícios à vida moderna.
25
Nessa perspectiva, acredita-se que a mídia é uma forma de tecnologia que
atua como formadora para os seres humanos.
Verifica-se como Ximenes (2000, p. 627), define a palavra mídia, “é o
conjunto total de meios de divulgação das mensagens publicitárias; esses meios,
considerados em seu poder de formação de opinião pública.”
Diante disso, é importante salientar que a historia da mídia é antiga, contudo,
observa-se através de LEITE (2008, p. 64), quando que a mídia entrou em ação:
Foi em 1920 que se falou em mídia pela primeira vez. A partir da metade
do século XX, a mídia não saiu da evidencia em virtude da “revolução da
comunicação” na década de 50 e da prevalência dos meios de
comunicação de massa nas décadas de 60 e 70. mesmo com a chegada
da informática na década de 80 e das redes computacionais na década 90,
os meios de comunicação de massa, as mídias, continuaram em evidencia
e vem participando ativamente da construção sociocultural da
contemporaneidade.
Neste contexto, vê-se que a utilização da mídia possui ações em diversos
lugares, já que a mesma permite e facilita à população ter acesso instantâneo das
informações importantes que surgem em todo o mundo.
Na sequência, observa-se a concepção de TERUYA (2006), quando descreve
que a mídia possui um alto poder de influenciar os seres humanos, podendo educar
o povo ou deseducá-lo. A mídia teve vários progressos, possibilitando a sofisticação
dos meios de informação e os meios de comunicação de massa. Hoje tanto a mídia
eletrônica quanto à impressa preocupam-se em proporcionar notícias e informações
atrativas, espetaculares e sedutoras.
Constata-se que a mídia exerce muita influência na sociedade e também nos
espaços escolares, sendo este um desafio para os docentes que devem buscar o
conhecimento de como usá-las para modificar e inovar as práticas pedagógicas e
qual o objetivo a ser alcançado.
Deste modo, identifica-se que a mídia é um instrumento importante na
educação, na qual acredita-se que sirva de um elemento essencial na transmissão e
reprodução da cultura.
De acordo com Belloni, (2009), a mídia-educação é útil para entender o
estudo, ou seja, através dela torna-se a aprendizagem mais moderna e facilitadora,
na qual é considerado como uma forma de possibilitar a autonomia dos alunos sobre
os conhecimentos.
26
Com efeito, a mídia no âmbito educacional proporciona os modos de
aprender, de perceber a realidade, de estender-se e de produzir os conhecimentos e
as informações. No entanto ao inserir as mídias no ambiente escolar deve-se
trabalhar de várias formas devido à tamanha informação que as mesmas
transmitem.
Assim, faz-se necessário compreendê-las como uma ferramenta de
informação e de comunicação que através dos séculos, da história da humanidade e
da cultura vem se construindo.
Conforme Leite (2008, p. 65), descreve sobre a mídia na prática pedagógica:
[...] ao entregar mídia na prática pedagógica, faz-se necessário ressaltar o
aspecto predominante transmissor e informacional da mídia de massa e o
caráter colaborativo e de autoria da mídia digital. Esta perspectiva
contemporânea conduz à reflexão sobre que a mídia no processo
pedagógico atual [...]
Nesse contexto, destaca-se que a mídia atualmente é extremamente
importante na vida de todos, inclusive na vida das novas gerações que já nasceram
no meio delas, desta forma, percebe-se que cabe também a escola cumprir a sua
missão de formar as novas gerações como um cidadão digno de utilizar as mídias
como meios de informações.
Verifica-se, através das definições citadas que à mídia possui um valor dentro
da sociedade, as quais a mesma influencia, mostra e informa, surgindo como uma
ferramenta de informação e de comunicação para a população. Como dito
anteriormente, as mídias crescem e se modificam a partir de como a humanidade
vem se construindo e também com base nas tecnologias, verifica-se a seguir um
breve conceito das tecnologias e como servem de recurso educacional.
2.2.2. A tecnologia
Para que se possa compreender o que é tecnologia, observa-se alguns
conceitos dos autores a seguir:
Segundo Ximenes (2000, p. 894), conceitua tecnologia como “conjunto de
conhecimento, processos e métodos usados num determinado ramo de atividade”.
Corroborando, Almeida (2003, p. 2), relata que:
27
[...] em nosso dia-a-dia empregamos processos e usamos artefatos de
forma tão natural que nem nos damos conta de que constituem distintas
tecnologias. Há muito presentes em nossa vida , uma vez que já estão
incorporados aos nossos hábitos. Como é o caso dos processos
empregados para cuidar da higiene e limpeza pessoal, alimentar-se falar
ao telefone, etc. outras tecnologias com as quais convivemos também não
se fazem notar, embora se caracterizam como artefatos, tais como
canetas, lápis, cadernos, talheres etc. [...].
Deste modo, percebe-se que as pessoas usam a tecnologia sem dar conta
que a mesma esta praticamente inserida em tudo que e feito, visto e ouvido, ou seja,
é uma origem de aperfeiçoamento de métodos e de técnicas utilizado pelos seres
humanos para suprir, facilitar e melhorar as suas necessidades.
O termo tecnologia nas palavras de Neto (2008, p.1), é “um processo criativo
de pensamento, que conta com elementos subjetivos e objetivos em busca da
resolução de um determinado problema.” Assim pode-se afirmar que a tecnologia é
um alicerce na resolução de um problema e têm o objetivo de ajudar a necessidade
da humanidade.
No tocante, verifica-se que as tecnologias estão ligadas ao modo de viver
atual e estão mudando as inter-relações sociais. Como contempla Dowbor (2001, p.
47) que:
[...] a mudança tecnológica produz sim, conseqüência [..] mudam tanto
visível, como invisivelmente o mundo em que vivemos. A escrita e a
imprensa, a telegrafia, o rádio, a telefonia e a televisão, a internet
oferecem, cada um, novas maneiras de comunicá-la; novas maneiras de
articular desejos de influenciar e agradar. Efetivamente, novas maneiras de
fazer, transmitir e fixar significado.
Por intermédio dos conceitos que descrevem o significado das tecnologias,
torna-se visível, que através dos tempos os seres humanos vêm desenvolvendo as
tecnologias para facilitar suas vidas e assim, percebe-se que as tecnologias
passaram por várias fases de modificações até chegar às descobertas atuais.
Vê-se que as mudanças tecnológicas favoreceram e ainda favorece o homem
nas suas respectivas atividades e pode-se descrever que as Novas Tecnologias de
Informação e de Comunicação-NTIC’s são responsáveis, em parte, por mais uma
significativa mudança que a humanidade está vivenciando.
Entretanto Leite (2008) cita que as mudanças se manifestam através das
diversas áreas de atuação do ser humano, sendo assim para que este fato ocorra
28
precisa-se de interação dos seres humanos com seres humanos, da natureza e com
tudo que o homem produz e assim concretizando cada vez mais em tecnologia.
Portanto, ressalta-se que as mudanças tecnológicas e o aumento do ritmo
das inovações começaram ocorrer após a segunda Guerra Mundial. Conforme o
ponto de vista de Sampaio e Leite (2004), a segunda Guerra Mundial foi um marco
do desenvolvimento acelerado e da expansão das tecnologias. Antes e durante a
Guerra, como na produção para as melhores armas e no pós-guerra, à tecnologia foi
necessária para a reconstrução dos países destruídos.
Outro marco importante que a tecnologia obteve foi o impacto da
transformação que proporcionou lucros para o sistema capitalista e refletindo para o
desenvolvimento da globalização.
Segundo Villa (1995, p. 140 apud Sampaio e Leite 2004), o processo de
globalização tem como características:
Produções de massa de ritmo crescente; segmentação do processo
produtivo, tornando possível a internacionalização; controle do processo à
distância: produção, vendas, finanças, rendimento etc.; rapidez e eficiência
no transporte de grandes volumes de mercadorias; homogeneização de
produtos, hábitos de consumo, vendas, sistema financeiro etc.
Com o avanço global das comunicações e da informação, houve maior
disponibilização do conhecimento. Acredita-se que hoje as inovações tecnológicas
são elementos fundamentais de uma política de desenvolvimento. Nota-se que a
partir do instante em que o homem dispõe a tecnologia em sua condição, mais
rápidas são as transformações e as conquistas do meio em que vive.
Chama atenção ainda, como à tecnologia afetou e ainda afeta o meio social,
muitas vezes vista como benefícios e outras vezes confundindo a humanidade com
esse rápido avanço.
Nessa perspectiva, identifica-se que a tecnologia engloba as diversas áreas
da humanidade, sendo assim não deixa o âmbito escolar de fora. A tecnologia foi
incorporada aos processos educacionais de toda a população, sendo assim,
constata-se que o ensino-aprendizagem ganha novas formas de trabalho dentro do
contexto educacional.
Em suma, é válido salientar que possuem diversas tecnologias que podem
servir de recurso educacional. A esse respeito Lucena e Fuks (2000, p.72), abordam
que:
29
Com os tipos de tecnologia podemos ter muito mais interação e com maior
qualidade. Podemos proporcionar mais ajuda para os alunos e um ambiente
de discussão mais participativa. Esta participação está embutida na
natureza das ferramentas de comunicação disponíveis, e em uma postura
de motivar o aluno, uma vez que nesse ambiente ele precisa buscar
informações e tratar do conhecimento.
Entende-se, que os recursos tecnológicos devem ser utilizados com outros
recursos educacionais, e que os mesmos servem para melhorar ou até inovar o
processo de ensino-aprendizagem, com isso, proporcionando a interação entre
alunos e professores. Acredita-se que os recursos tecnológicos proporcionam um
melhor aprendizado que em consequência poderá formar melhores indivíduos para a
sociedade.
Desta forma, é possível acreditar-se em Tecnologia Educacional-TE, na qual
Saldanha (1978, p. 12), contempla que a “Tecnologia Educacional é uma maneira de
pensar educação, é uma maneira científica de encarar os problemas educacionais.”
Considera-se, que através da citação de Saldanha, que hoje a tecnologia
dentro da educação serve para modificar a forma de ensinar, promovendo a
interação entre professor/aluno, aluno/professor e aluno/aluno. Sendo assim,
entende-se que a inserção da Tecnologia Educacional-TE poderá promover uma
aula mais dinâmica, no qual os alunos poderão interagir de maneira significante no
processo escolar.
No tocante, observa-se como a tecnologia é importante na vida de todos e
com o uso das mesmas no âmbito educacional, acredita-se em uma mudança
significativa. Sendo assim, serão mencionadas duas tecnologias que estão mais
direcionadas para a pesquisa, ou seja, a utilização do computador e da internet e
como podem auxiliar o processo de ensino-aprendizagem.
2.2.2.1 O computador como ferramenta educacional
Após o entendimento da relação com as mídias e as tecnologias na escola,
será abordado o uso do computador como uma ferramenta educacional, a qual
poderá ajudar a desvendar os enigmas da educação.
Nessa perspectiva Neitzel (1999), descreve o computador como uma
ferramenta educacional:
30
[...] o computador deve ser utilizado como ferramenta auxiliar do professor,
cuja postura passará a mediador do processo de apreensão, produção e
difusão do conhecimento. O professor se colocará assim como um sujeito
em outro nível de conhecimento que interage e opera com informações
juntamente com o aluno contribuindo na elaboração do conceito mais
avançado.
Percebe-se então, que a utilização do computador como uma ferramenta que
auxiliará o professor no ensino, serve também para manter o professor como um
mediador do conhecimento para possibilitar a aprendizagem dos alunos.
Nas palavras de Lisboa e Scheffler (2004, p.79), que lançam formas para
auxiliar o processo de aprendizagem com o uso do computador:
a) desenvolvimento do raciocínio lógico;
b) aumento da flexibilidade de pensamento;
c) elaboração de formas de representação em diferentes níveis;
d) desenvolvimento do planejamento de ações em sequencia;
e) desenvolvimento de ações coordenadas perceptivos-motoras;
f) contribuição para o avanço da criança na construção de conceitos, como
ordenação, classificação, quantificação, reversabilidade, espaço e tempo;
g) aumento da organização de tarefas;
h) desenvolvimento da concentração e da memória;
i) aprendizagem do trabalho e convivência em grupo, trocando experiências;
j) possibilidade de lidar com os próprios erros de forma construtiva.
Observa-se que o computador, além de auxiliar também promove um
conhecimento mais amplo, fazendo os alunos pensarem, fazerem pesquisas e
atividades determinadas pelo professor, que o computador na escola possui um
papel significativo no processo de ensino-aprendizagem.
Assim, na compreensão de Lisboa e Scheffler (2004), ao usar o computador
no ambiente escolar, possibilitar levantar um papel importante no processo de
ensino-aprendizagem, provocando uma sedução para os educandos e possibilitando
ao conhecimento e a comunicação com outras pessoas em um espaço virtual. Desta
forma, nota-se que o computador pode servir de guia para levar as informações para
os alunos, sendo imprescindível ressaltar, que pode ser também para modificar a
Educação, tornando-a mais significativa através do uso adequado desse
instrumento.
No tocante, observa-se que com a utilização dessa ferramenta, os alunos
conseguem sair do modo tradicional de aprendizado e também possibilita ao aluno
ser um ativo participante no conhecimento, no qual ele possa buscar as suas
dificuldades expondo ao seu professor e para os demais alunos.
31
No entanto, pode-se escrever que a utilização do computador não só
possibilita o uso de uma ferramenta facilitadora, que estimula o prazer pela pesquisa
como também dá subsídio para uma aprendizagem contínua e autônoma dos
alunos, assim fazendo da mesma investigadora da aprendizagem. Deste modo,
proporcionando a sala de aula uma sensação de prazer pelo conhecimento. Nessa
perspectiva, destaca-se que o computador é um meio que favorece a forma de
ensinar e que contribui para a construção de conhecimento.
Partindo desse pressuposto, pode-se destacar que o computador pode ser
tanto um elemento ativo como um complemento das atividades educativas, ou seja,
uma ferramenta que contribuirá com a pesquisa e com o desenvolvimento das
atividades propostas.
Segundo Lisboa e Scheffler (2004), trabalhar com computadores na escola é
uma possibilidade de ampliar e diversificar a prática pedagógica, através de projetos
de trabalho no qual podem ser utilizados softwares educativos e pesquisas na
internet, principalmente em um trabalho multidisciplinar. Percebe-se que ao trabalhar
desta forma o aluno poderá desenvolver a imaginação, a criatividade, também
estimulando a curiosidade de buscar novidades com mais autonomia.
Valente (1993, p.1), traz essa questão quando diz: “que para a implantação
do computador na educação são necessários elementos básicos como o
computador, softwares, o professor capacitado e o aluno.”
Nessa perspectiva, vê-se que o computador exige um docente preparado,
investigador e dinâmico, para que possa conduzir as diversas atividades propostas
de forma significativa e produtiva. Desta forma, ressalta-se que a formação de um
docente faz com que a ferramenta tecnológica fique mais rica, com o objetivo de
transferir os conhecimentos para os educandos.
Diante desse contexto dos elementos funcionais, que o computador possa ser
uma ferramenta tecnológica no âmbito educacional é interessante destacar que
existe outra ferramenta que pode contribuir no potencial do computador e possibilitar
os alunos a interagir com o mundo.
32
2.2.2.2 A internet como ferramenta educacional
A internet é um meio de comunicação integrada ao computador, tornando-se
uma ferramenta que poderá contribuir muito para produção, pesquisa e para o
conhecimento dos seres humanos.
Partindo desse pressuposto, acredita-se que o uso da internet em sala de
aula traz fatores favoráveis para o processo de ensino-aprendizagem.
Em concordância de Moran (1998, p. 86), “a internet é uma tecnologia que
facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de
pesquisa que oferece.”
Sendo assim, pode-se afirmar que nos dias de hoje, no qual a geração Z se
encontra, a internet é um fator importante que possibilita a esses alunos um maior
interesse pelas aulas.
Para Dertouzos (1997), a internet trouxe vantagens, pois os alunos podem
acessar, com comandos em linguagem comum, uma biblioteca de arquivo de fotos e
muito mais, de forma bem atraente.
Desta maneira, com o uso da internet, os educandos terão a oportunidade de
se comunicar em diversos lugares, permitindo a troca de informação e o
desenvolvimento do senso critíco.
Acredita-se que a internet é importante também no âmbito escolar, pois a
mesma é como uma ferramenta de serviços e de informações, no qual quando os
alunos se conectam e entram em rede com o mundo inteiro, ou seja, promovendo
uma interação com o cotidiano e conhecimento outras realidades.
Nas palavras de Sobral (1999, p. 15), a:
Internet facilita a atual tarefa do professor –a de guia da aprendizagem, em
vez de transmissor do conhecimento e permite ao aluno um contato mais
direto com o mundo, o que atende a mais uma necessidade atual: o da
experiência direta como modalidade de aprendizagem mais propicia ao
desenvolvimento da capacidade de resolução criativa de problemas.
Percebe-se que quando o aluno utiliza a internet o mesmo acaba entrando
com as informações em tempo real, com isto, acredita-se que a internet também
pode ser um instrumento norteador da aprendizagem, no qual a mesma possibilita e
amplia as formas do ensino, combinando com os novos rumos da Educação.
33
De acordo com Mercado (2002, p. 192) relata que “a internet é versátil, um
poderoso instrumento no processo educativo, se usada com inteligência e é um
excelente recurso pedagógico à disposição do professor em sala de aula.” Por
intermédio deste, percebe-se que é importante a maneira de como o professor irá
disponibilizar este recurso, desta maneira faz-se necessário se apropriar das formas
de utilização adequada para que possa ocorrer o processo de ensino-aprendizagem
de forma significativa.
De acordo com Frutos (1998, p 315):
A internet vincula-nos ao resto do mundo conectado e permite procurar e
acessar uma enorme quantidade de dados armazenados nos diferentes
servidores da rede. Podemos visitar alguns museus virtuais até idades,
bibliotecas, ludotecas e todo o ambiente digital que cresce diariamente,
além de explorar territórios desconhecidos na rede, e já que tudo esta
conectado a tudo na internet, procurar (e encontrar) informação é uma das
funções mais utilizadas da internet.
Assim, pode-se dizer que a internet na Educação torna a mais completa e
abrangente, e sendo uma ferramenta tecnológica de comunicação global que
proporciona pesquisas em todas as áreas do conhecimento humano.
Diante do contexto, percebe-se que para ocorrer o ensino-aprendizagem não
basta apenas o uso das ferramentas tecnológicas, mas também o conhecimento
fragmentado desse recurso para saber como fazer as aulas dos docentes mais
produtivas.
Apresenta-se, no próximo subcapítulo a importância do docente refletir a sua
prática, conhecer como ocorre o processo de ensino-aprendizagem e ter a
consciência que deve se manter atualizado, ou seja, acredita-se que se deva estar
sempre em busca da formação continuada.
2.3 O PROCESSO DE ENSINO-PRENDIZAGEM E A FORMAÇÃO DOCENTE
ENVOLVENDO AS NOVAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E DE
COMUNICAÇÃO-NTIC’s
Neste item será destacada a grande importância da criação de novas práticas
docente que poderá facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva
acredita-se muito na formação docente e de uma escola transformadora que abre
portas para as Novas Tecnologias de Informação e de Comunicação-NTIC’s.
34
Portanto faz-se necessário que haja primeiramente o entendimento sobre o
processo de ensino-aprendizagem no âmbito educacional.
2.3.1 O processo de ensino-aprendizagem no âmbito educacional
Diante das mudanças que estão transformando a humanidade, acredita-se
que para uma escola mudar, ou para que os docentes mudem o método ou a forma
de ensino, é importante primeiro conhecer como funciona o processo de ensinoaprendizagem.
Em concordância com Vigotsky (1996), o processo de ensino-aprendizagem
acontece com a interação entre o ser humano com o meio social, interação esta que
ocorre desde o nascimento. De acordo com o autor é válido salientar que o processo
de ensino-aprendizagem do ser humano que acontece desde o nascimento ocorre,
devido à troca de informações com os outros e com a natureza.
Por intermédio deste, faz-se necessário pensar na atuação do docente dentro
deste processo, neste caso percebe-se que os docentes devem planejar controlar e
dirigir o processo de ensino, tendo em vista que a estimulação e a motivação devem
permear as atividades propostas para que a aprendizagem suceda, ou seja, nota-se
que o desafio principal do docente é de garantir uma boa didática para que o ensinoaprendizagem possa ocorrer de forma mais eficaz.
Nérici (1987, p. 47) contempla que: “a didática é a arte de ensinar e com a
arte, a didática dependia muito do jeito de ensinar, da intuição do professor”, ou seja,
identifica-se com um estudo do conjunto de recursos técnicos do profissional de
educação que irá possibilitar a aprendizagem dos alunos de um modo propício para
uma compreensão objetiva dos assuntos tratados.
De acordo com Nérici (1987, p. 48), a didática indica algumas maneiras de
favorecer este processo, como se pode observar:
[...] adequar o ensino às possibilidades e necessidades do aluno; [...]
orientar a organização dos trabalhos escolares para serem evitadas perdas
de tempo e esforços inúteis; tornar o ensino adequado à realidade e às
necessidades do educando. [...], sendo assim, acredita-se que o objetivo da
didática é tornar o ensino e a aprendizagem mais eficaz.
O autor aborda, que a didática possui um objetivo de fazer o ensinoaprendizagem de uma forma mais eficiente, com isto, pode-se descrever que é um
35
elemento fundamental para o processo. Verifica-se a importância de observar e
analisar o processo de ensino-aprendizado fragmentado.
Deste modo, é interessante saber a definição de ensino nas palavras de
Kuethe (1978, p. 2), “[...] o ensino é de maneira ampla e é como fazer com que as
pessoas aprendam.” Observa-se então, que o ato de ensinar torna-se mais
complexo já que inserido neste método de ensino estão contidos não apenas
conhecimentos básicos, mas também experiências e outros fatores condicionantes
para um bom ensino.
Corraborando Libâneo (1994, p. 78) descreve que:
O ensino deve compreender ações conjuntas do professor e dos alunos
pelas quais estes são estimulados a assimilar, consciente e ativamente, os
conteúdos e os métodos, de assimilá-los com suas forças intelectuais
próprias, bem como a aplicá-los, de forma independente e criativa, nas
várias situações escolares e na vida prática.
Ressalta-se, que o ensino é a forma de fazer com que as pessoas aprendam,
ou seja, como deve ser a maneira de conduzir o conhecimento para que haja a
aprendizagem. Deste modo é válido salientar a importância da definição de
aprendizagem e como ela ocorre.
Para Ximenes (2000, p. 73), “aprendizagem é aprendizado que é a ação ou
efeito de aprender. Tempo que se leva para aprender algo.”
Diante desta definição, observa-se que aprendizagem é a consequência de
como foi ensinado, como por exemplo: um aluno que recebe as primeiras instruções
sobre determinado tema, está sendo ensinado. Porém novas abordagens sobre este
mesmo tema, e o tempo que o aluno leva para obter tal conhecimento, assim obtem
a aprendizagem.
Sobre o ponto de vista de Libâneo (1994, p. 81), “a aprendizagem consiste
em como as pessoas aprendem, quais as condições externas e internas que o
influenciam.” Desta maneira constata-se a importância da forma de conduzir o
conhecimento para obter a aprendizagem.
Assim, de forma fragmentada pode-se observar como é o processo de
ensino-aprendizagem e que o mesmo é o alvo fundamental da didática.
Kuethe (1978, p. 10) relata que:
A aprendizagem de atitudes é importante não só para a orientação futura do
estudante, mas também no que toca a seu presente motivação de aprender.
36
Há uma intenção cumulativa entre atitudes e desempenho na sala de aula.
As atitudes negativas conduzem a um desempenho inferior [...]
Entretanto, acredita-se que o processo de ensino-aprendizagem dá-se na
formação e preparação das atividades dos professores, com a intenção de mediar e
proporcionar esse processo, sendo que para os dias atuais faz-se necessário a
analise da população alvo desse docente, para que assim perceba que é preciso
mudar e inovar as formas de transferir o conhecimento. Com isso, contata-se que é
importante acrescentar o leque das maneiras de ensinar, acredita-se que as TIC's
podem auxiliar o processo, já que os alunos existentes na Educação nasceram e
estão se desenvolvendo com as tecnologias.
Nesse panorama, nota-se que para os docentes inovarem a forma de
transmitir o conhecimento acredita-se na formação continuada envolvendo as
NTIC’s, ou seja, os docentes precisam se aperfeiçoar e procurar sempre outros e
novos meio de se efetivar neste processo.
2.3.2 Formação continuada envolvendo as Novas Tecnologias de Informação e
de Comunicação-NTIC’s
Devido à tamanha transformação da humanidade, das gerações, das mídias e
das tecnologias, percebe-se que é fundamental o interesse dos professores para
uma nova maneira de ensino. Maneira esta de promover uma educação mais
dinamizada e de oportunizar a interação dos seres existente no âmbito educacional,
sendo assim, observa-se que na realidade atual do mundo ensinar de maneira
tradicional já não é mais o ideal.
Nas palavras de Prata (2002, p. 78):
A formação continuada dos profissionais da educação (direção, pedagogos,
professores e outro) é uma condição estratégica de atualização e promoção
que consequentemente, contribuiu para a melhoria de qualidade de ensinoaprendizagem [...].
De acordo, com Prata a formação continuada deve partir do profissional de
educação o qual já possui um embasamento acumulado de conhecimentos do
âmbito educacional, sendo assim, acredita-se que deve ser entendido como um
trabalho reflexivo.
37
No entanto pode-se descrever que os professores devem deixar de serem só
transmissores de informações e desenvolverem novas formas de aprendizagens,
nas quais possam estimulam os alunos a pensar.
Maurício (2007, p. 23) aponta que:
O momento exige transformação do papel do professor e do seu modo de
atuar, exige uma nova postura e o desempenho do papel de organizador de
informações, saberes e conhecimentos, coordenando e orientando o aluno
a construir seu conhecimento e estimulando-o à descobertas, á
investigação, à duvida e ao questionamento.
Acredita-se que o professor seria então aquele que apresenta possibilidades
de aprendizagem, apresentando conexões para recorrências e experimentações que
ele possa pôr em prática com os alunos, com isso, vê-se que os docentes devem
promover a participação e a estimulação para a criatividade dos educandos e assim
proporcionar o desenvolvimento de suas habilidades motoras, afetivas, sensoriais,
cognitivas e culturais.
Segundo Mercado (2002, p. 18), contempla que:
[...] a formação de professores sinaliza para uma organização curricular
inovadora que, ao ultrapassar a forma tradicional de organização curricular,
estabelece novas relações entre a teoria e a pratica.
Desta maneira, pode-se dizer que o professor deve incluir novas formas de
ensinar, estimulando os alunos a serem participantes ativos do processo de ensinoaprendizagem e não meros receptores passivos do conhecimento, ou seja, devem
oportunizar aos educandos participarem de novas experiências.
No entanto, ao pensar em novas experiências, constata-se que diante de
tamanhas transformações que a sociedade vem tendo diante das Novas
Tecnologias de Informação e de Comunicação-NTIC’s é fundamental incluí-las no
âmbito educacional, pois os alunos que estão presentes na escola estão nascendo
com esse ritmo acelerado das tecnologias, trazendo-as inseridas no seu dia-a-dia.
Por intermédio deste estudo, pode-se observar que a formação continuada
envolvendo as NTIC’s é extremamente relevante no ambiente educacional, ainda
mais se deparando com crianças e adolescentes altamente desenvolvidos na era
das mídias e das tecnologias. É importante ressaltar que os docentes precisam
refletir diante da sua prática educacional e através dessa reflexão perceber que é
necessário mudar a maneira de ensino.
38
Deste modo, verifica-se que é necessário que os docentes se aprimorar no
conhecimento e manuseio adequado das ferramentas tecnológicas, ou seja, é
necessária uma alfabetização tecnológica dos docentes para não terem problemas
no momento de inserção dessas ferramentas.
Nessa perspectiva Mercado (2002), descreve que o uso adequado destas
tecnologias estimula a capacidade de desenvolver estratégias de buscas; estimula o
desenvolvimento de habilidades sociais, com isto, permitindo a autonomia e a
criatividade dos educandos.
Pode-se afirmar que através do uso adequado das tecnologias possibilita
melhorar o processo de ensino-aprendizagem, ou seja, percebe-se que é necessária
a formação continuada dos docentes para aplicar novos e diversos meios de ensinar
e assim obter com êxito a aprendizagem dos educandos.
Sob o ponto de vista de Mercado (2002), a formação continuada propicia as
condições necessárias para que o professor domine a tecnologia para que faça uso
desta para melhorar as didáticas por ele aplicadas, fazendo-se um método atual.
Sendo assim, acredita-se que o objetivo da formação dos docentes é de conhecer o
processo de aprendizagem, para que assim possa refletir a sua prátix e intervir de
na relação aluno-computador, possibilitando ao aluno condição para a construção do
conhecimento.
Corroborando Souza (2008), a formação continuada é um currículo em
constante construção e desenvolvimento, de acordo com as necessidades de
aperfeiçoamento do docente, sob a perspectiva de repensar as práxis e as
pesquisas efetuadas. Deste modo auxiliando para a criação de uma nova forma de
ensinar para os seus educandos.
Diante desta perspectiva dos autores, percebe-se que é necessário o docente
analisar a sua prática e perceber o que ainda é relevante para aquele grupo, ou para
aqueles alunos. Observa-se que a reflexão é um fator importante, fazendo com que
os docentes procurem através da formação continuada uma ou mais maneiras de
aperfeiçoar o seu currículo com as novidades de Ensino.
Nóvoa (2003), o aprender continuo é essencial na profissão do professor e
deve concentrar-se em dois pilares: na própria pessoa do professor, como agente; e
na escola como lugar de crescimento permanente. Toda a formação é um ciclo que
abrange a experiência docente como aluno-mestre, como estagiário e como
39
titular já formado, mas esse momento só será formador se for objeto de um
esforço de reflexão permanente.
Deste modo, observa-se que a tecnologia possibilita uma interação entre os
sujeitos envolvidos no âmbito escolar, para que isso ocorra, nota-se que o papel
fundamental para promover essa interação é os docentes que devem modificar o
ambiente escolar.
Para que este estudo pudesse ser realizado foi necessário que houvesse o
entendimento de diversos conceitos, a seguir estarão dispostos os procedimentos
metodológicos para verificar como foi confeccionado todo o trabalho.
40
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste
capítulo
serão
apresentados
os
procedimentos
metodológicos
utilizados neste estudo, como também os métodos aplicados e pesquisas realizadas
além da observação dos aspectos fundamentais para a formulação deste trabalho
acadêmico.
Para o entendimento destes procedimentos faz-se necessário o conhecimento
do termo metodologia.
De acordo com Barros e Lehfeld (2000, p. 1):
Metodologia é entendida como uma disciplina que se relaciona com a
epistemologia. Consiste em estudar e avaliar os vários métodos
disponíveis, identificando suas limitações ou não em nível das
implicações de suas utilizações.
Pode-se então descrever a metodologia como um conjunto de procedimentos
utilizados para se alcançar os objetivos propostos. Ressalta-se que para
compreender este conceito é importante demonstrar alguns conceitos sobre método.
Para Ruiz (1996, p. 137), “a palavra método é de origem grega e significa o
conjunto de etapas e processos a serem vencidos ordenadamente na investigação
dos fatos ou na procura da verdade.”
Já para Cervo e Bervian (2002, p. 23), método:
[...] é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para
atingir um certo fim ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por
método o conjunto de processos empregados na investigação e na
demonstração da verdade.
De acordo com os autores, método é um conjunto de processos utilizados na
realização das mais variadas atividades, sendo que para a presente pesquisa foi
utilizado o método indutivo.
Marconi e Lakatos (2010, p. 88), colocam que o “método indutivo é aquele
cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais
abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão
ascendente).”
Segundo Ruiz (1996, p. 139), o método indutivo é percebido como:
41
[...] um processo de raciocínio inverso ao processo dedutivo. Enquanto a
dedução parte de enunciados mais gerais para chegar a conclusão
particular ou menos geral, a indução caminha do registro de fatos singulares
ou menos gerais para chegar a conclusão desdobrada ou ampliada em
enunciado mais geral.
A definição do método indutivo para a presente pesquisa se deu pelo fato do
mesmo
propiciar
embasamento
científico
sobre
diversos
conteúdos
que
oportunizassem alcançar o objetivo proposto, ou seja, permite analisar os fatos de
forma holística e compreender o todo da pesquisa.
É valido ressaltar que a instituição pesquisada e a identidade dos docentes
dos Anos Iniciais questionados serão mantidos em sigilo, para não expor ninguém,
quanto às respostas obtidas. Deste modo destaca-se o que foi preciso para a
pesquisa desse trabalho foi o conhecimento sobre as determinadas perguntas feitas
para os docentes, sendo assim, não precisando utilizar o nome dos mesmos.
O rigor metodológico na construção da pesquisa promove a fidelização dos
resultados, que segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 139), é:
[...] um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que
requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais.
Na visão de Fachin (2005, p. 123), “pesquisa é um procedimento intelectual
para adquirir conhecimentos pela investigação de uma realidade e busca de novas
verdades sobre um fato (objeto, problema).”
Segundo Severino (2007, p.123) cita que a pesquisa exploratória surgiu da
necessidade de aprofundar o tema a partir do levantamento de “informações sobre
um determinado objeto, delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as
condições de manifestação desse objeto.”
Sob o ponto de vista de Gil (2002, p. 41), “estas pesquisas têm como o
objetivo proporcionar maior facilidade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito [...]”. Pode-se dizer que, este tipo de pesquisa tem como objetivo principal o
aprimoramento de ideias ou a descoberta do conhecimento dos professores.
Sendo a pesquisa um processo que integra conhecimentos para que seja
possível o descobrimento de outros aspectos que ainda não foram elucidados,
muitas das vezes utiliza-se de diversos tipos de pesquisa.
42
A pesquisa bibliográfica muito contribui na elaboração e análise das
pesquisas, e em concordância, para Brenner e Jesus (2007, p. 15), pode-se afirmar
que “a pesquisa bibliográfica é utilizada em todas as pesquisas, seja na busca da
fundamentação teórica para o tema desenvolvido, seja na busca de informação para
a própria pesquisa, quando ela é teórica.”
Pensamento que encontra eco em Barros e Lehfeld (2000, p. 70), ao
colocarem que “a pesquisa bibliográfica é a que se efetua tentando-se resolver um
problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de
informações advindas de material gráfico, sonoro e informatizadas.”
Outra fonte de pesquisa veio através da pesquisa descritiva que segundo Gil
(2002, p. 42), “têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre
variáveis.”
A pesquisa documental permite descrever, comparar e estudar.
Na presente pesquisa, o embasamento teórico deu “corpo” ao trabalho, além
de propiciar o entendimento, por parte das pessoas que se utilizarem da mesma. E
para tanto, foram estudados e analisados conceitos mais amplos de Humanidade,
gerações, Mídias e Tecnologias como recurso Educacional, como se dá o processo
de ensino-aprendizagem e a importância da formação continuada.
A fundamentação teórica é composta por diversos livros e artigos buscados e
consultado pela acadêmica. Com relação aos livros a maioria deles foi retirada do
acervo bibliográfico do Centro Universitário Municipal de São José e Biblioteca
Pública de Florianópolis, já os artigos foram retirados de sites confiáveis como, por
exemplo: Scielo. Na fundamentação teórica estão contidos pensamentos de muitos
autores, elencando Dermeval Saviani, Lev Vygotsky, Marli Lúcia Lisboa, Silvanira
Lisboa Scheffler, José Manuel Moran, Marina de Andrade Marconcini e Maria Eva
lakatos.
43
3.1 COLETA DE DADOS
Para tornar os dados mensuráveis se fez necessário aplicar um questionário
para que se conseguisse atingir de forma pontual os 21 sujeitos da pesquisa,
professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de um colégio Público e de
Aplicação.
O instrumento de pesquisa foi estruturado a partir de nove perguntas
objetivas, com escala de resposta (capacidade de argumentação) e uma pergunta
aberta.
No questionário foram abordados aspectos fundamentais para a pesquisa.
Antes que o questionário fosse aplicado foi efetuado um pré-teste, portanto é válido
o entendimento deste conceito. Para Marconi e Lakatos (2010), o pré-teste possui
como principal função testar o instrumento de coleta de dados, para que desse
modo seja possível fazer ajustes no questionário antes de ser aplicado com toda a
população ou até mesmo a amostra estudada.
O pré-teste foi efetuado na instituição onde a pesquisa foi realizada com um
professor da rede pública, cujo nome será preservado para a manutenção da
integridade e validade do pré-teste, como também do questionário. O professor que
efetuou o pré-teste verificou algumas falhas irrelevantes para o corpo do
questionário, complementando em alguns aspectos de acordo com a realidade
apresentada.
O questionário foi aplicado no período de 25 dias, entre 21 de março a 15 de
abril, quando a acadêmica foi até o local de pesquisa identificando-se com a carta de
apresentação, sendo assim, fez o esclarecimento sobre o motivo e o modo de fazer
o questionário, sendo que foram viabilizadas versões em papel.
O questionário foi aplicado a todos os professores dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, ou seja, toda população prevista para a pesquisa. De acordo com
Barbetta (2007, p. 41):
População é o conjunto de elementos para os quais desejamos que as
conclusões da pesquisa sejam válidas, com a restrição de que esses
elementos possam ser observados ou mensurados sob as mesmas
condições.
44
A pesquisa também terá uma abordagem qualitativa, já que não é voltada
somente para dados mensuráveis através da utilização de recursos e técnicas
estatísticas.
Para Barbetta (2007), abordagem quantitativa é aquela que possui variável
mensurada numericamente, ou seja, a análise feita sobre o estudo é caracterizada
pela quantidade de dados obtidos sobre a amostra pesquisada.
De acordo com Goldenberg (2000, p. 23), a abordagem qualitativa “consiste
em descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os
indivíduos em seus próprios termos.” Esta fora utilizada no estudo, pois a relevância
de informações de cada indivíduo de forma particular, não os tratando apenas em
quantidade, pois é de grande valia a contribuição singular dos professores
questionados neste trabalho.
Segundo Oliveira (2007, p. 58):
A abordagem qualitativa se preocupa com uma visão sistêmica do problema
ou objeto de estudo. Tenta explicar a totalidade da realidade através do
estudo da complexidade dos problemas sociopolíticos, econômicos,
culturais, educacionais, e segundo determinadas peculiaridades de cada
objeto de estudo.
Diante do contexto apresentado, a pesquisadora passou a observar os fatos
utilizando a partir de uma visão holística, ampliando as possibilidades de
informações, ou seja, de dados apurados.
De acordo com Andrade (2005, p.154), "a representação de dados obtidos
faz-se, principalmente por meio de tabelas e gráficos, isto é os dados são
submetidos a um tratamento estatístico".
Nas palavras de Marconi e Lakatos (2010, p.153), a representação de
gráficos e de tabelas é "um método estatístico sistemático, de representar os dados
em colunas verticais ou fileiras horizontais, que obedece à classificação dos objetos
ou materiais da pesquisa."
É importante salientar como foi à representação dos dados que a acadêmica
utilizou. A utilização da representação gráfica e de tabelas possibilita uma melhor
compreensão dos dados obtidos com o questionário, aplicado aos docentes dos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Para Andrade (2005, p.155 e 158), a tabela é:
45
[...] um meio muito eficaz de expor os resultados obtidos, pois facilita a
compreensão e a interpretação dos dados, permitindo não só a apreensão
global, mas também o relacionamento entre eles. [...] são figuras usadas
para a representação de ou resultados extraídos da análise de dados, que
permitem evidenciar as relações ou estabelecer comparações entre eles.
Os gráficos estatísticos podem ser utilizados de duas formas: como gráfico
informativo e como gráfico analítico. Sendo assim, o gráfico informativo será utilizado
na análise dos dados e de acordo com Marconi e Lakatos (2010, p.154), tem como
objetivo de:
[...] dar ao publico ou a investigador conhecimento da situação real, atual,
do problema estudado. Devem ser feitos com cuidados tais que o desenho
impressione bem, tenha algo de atraente, mas este cuidado artístico não
deve ser exagerado a ponto de prejudicar a observar na apreensão fácil dos
dados.
Conhecida a metodologia que foi utilizada, é possível entender os caminhos
que a pesquisa percorreu, o segundo passo é conhecer os sujeitos da pesquisa.
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA
A instituição pesquisada foi fundada com o intuito de servir de campo de
estágio destinado à prática docente dos alunos matriculados nos cursos superiores
da área da educação e as vagas, num primeiro momento, eram destinadas aos
filhos dos docentes e servidores técnico-administrativos da Instituição de Ensino
Superior a qual estava vinculada.
No primeiro ano da instituição foi implantada a 1ª Série do Ensino
Fundamental e a cada ano que se passava era acrescentada uma nova série até
completar as quatro séries das Séries Iniciais, na época da fundação da instituição
pesquisada o Ensino Fundamental era até a 4ª. Até 1967 era uma turma por Série,
somente em 1970 passou a ter duas turmas de cada Série.
Já em 1980 ampliou para oito turmas, duas para cada uma das quatro Séries
Iniciais. Logo em seguida passou para três turmas por Série com 25 alunos por
turma. Nesta mesma época o processo de ingresso dos alunos foi aberto para toda
a comunidade e desde então é realizado sorteio.
46
Atualmente, a instituição de ensino pesquisada tem o seu próprio prédio e
atende alunos do Ensino Fundamental e Médio da Grande Florianópolis/SC. E foi
escolhida pela pesquisadora pelo fato de que o mesmo busca implantar diversos
projetos para que o ensino e a aprendizagem ocorram de uma forma eficaz.
Em novembro de 2010 foi divulgado que o colégio iniciaria um novo projeto, o
programa Um Computador por Aluno-UCA, que tem como objetivo proporcionar
inclusão digital, no âmbito educacional.
Os sujeitos da pesquisa são os 21 professores dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, dentre os quais 52% dos professores são do sexo feminino e 48% são
o sexo masculino. (Tabela 1, pag. 68)
Analisando a formação dos docentes (Tabela 1, pag. 68), constatou-se que
19% possuem Doutorado, 38% possuem Mestrado, 19% possuem Pós-graduação e
24% são graduados na área de atuação.
Gráfico 1: Sobre a formação dos professores
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
Os docentes da instituição de ensino, são de diversas gerações, uma vez que
pode-se constatar que possuem professores com menos de um ano e professores
estão no colégio entre 20 á 30 anos. (Tabela 1, pag. 68).
47
Gráfico 2: Tempo de lotação na escola
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
E que, por conseguinte, a experiência em sala de aula dos professores
analisados é bem variada. (Tabela 1, pag. 68).
Gráfico 3: Tempo de experiência
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
Os dados trazem informações consistentes sobre as gerações que atuam na
docência da instituição pesquisada. (Tabela 1, pag. 68).
48
Gráfico 4: Qual a geração que os professores pertencem
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
Obtidos os dados e referendados os sujeitos da pesquisa, inicia-se a etapa da
análise dos dados, o coração da pesquisa.
3.3 ANÁLISE DOS DADOS
Neste momento serão apresentados os dados referentes ao questionário
aplicado com os docentes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental da instituição
pesquisada. Sendo assim, através das respostas dos mesmos será possível traçar
um panorama da situação atual e assim melhorar o processo de ensinoaprendizagem envolvendo as NTIC’s.
No que se refere ao conhecimento da geração com a qual trabalham em sala
de aula, já foi um desafio, haja vista que as respostas que prevaleceram apontaram
o desconhecimento por parte dos docentes. (Tabela 2, pag. 69).
49
Gráfico 5: Conhecimento da geração que trabalha na sala de aula
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
Cabe ressaltar, que os 76% dos docentes que dizem conhecer a geração que
está em sala de aula, são os que demonstram ir além de passar os conteúdos e que
procuram se informar sobre o perfil das crianças com as quais trabalham. Mas,
também é significativo o número de professores que descrevem conhecer a geração
com a qual trabalha em sala de aula por meio do comportamento, das habilidades
tecnológicas, pela rapidez de conhecimento e de informação, pelas múltiplas
inteligências e pela sede de novidades. Contudo, descrevem que essa definição
pode ser nomeada por aluno “nerd”.
Sendo assim, Polity (2003) descreve que sempre é de fundamental
importância firmar a relação entre aluno e professor, sendo assim obtendo
satisfatoriamente o processo de ensino-aprendizagem.
Em contrapartida, os 24% dos professores que relataram não conhecer a
geração com a qual trabalham, demonstram certa falta de conhecimento acerca do
perfil dos alunos com os quais trabalham.
Conhecer o processo ensino-aprendizagem exige dos professores uma
formação que de conta dos processos e dos sujeitos envolvidos.
Nessa perspectiva Rego (2008, p.41) descreve que “um educador não poderá
se valer apenas do uso automático das técnicas pedagógicas. Tem que haver uma
integração da técnica na cultura, criando uma aprendizagem significativa.”
50
A percepção dos docentes em relação à geração que possui maior domínio
com as NTIC’s, está muito mais relacionada ao conhecimento de senso comum, do
que discutido no meio acadêmico e científico.
Gráfico 6: Os professores que reconhece a que geração
que domina mais as TIC’s
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
Diante dos dados levantados, é importante que se pondere que em alguns
casos responder que é da Geração Z não garante que o docente conheça as
características da referida geração, compara as competências e habilidades do
aluno com as suas reduzindo as NTIC’s ao computador. (Tabela 3, pag. 71).
Alguns docentes definem as gerações pelo maior ou menor domínio e pela
naturalidade de lidar com as tecnologias ou porque cresceram no auge da mídia e
da tecnologia, já nasceram e já cresceram no grande avanço tecnológico e por
relatarem que as NTIC’s fazem parte do seu dia-a-dia. Confundir gerações Y e Z é
comum entre os docentes analisados.
Para muitos dos docentes pesquisados, afirmam que a geração Y tem maior
domínio, mas se esquecem que a geração de maior domínio é a Z, porque esta
nasceu e está vivendo com as mídias e com as tecnologias em todos os lugares.
(Tabela 3, pag. 71).
Mas, outro discurso comum entre alguns docentes é que a geração que
possui maior domínio com as NTIC’S, são as “crianças de hoje”, as crianças atuais,
a geração de crianças nascidas do inicio dos anos 90. (Tabela 3, pag. 71).
51
Buckingham (2007) descreve que os indivíduos da geração Z, são crianças ou
adolescentes que possuem uma capacidade criativa, são autoconfiantes, inquietos,
são pacientes com a diversidade, são socialmente conscientes e usam as Novas
Tecnologias de Informação e de Comunicação-NTIC's tão natural quanto a respirar,
e fazendo-os ativos nos ambientes em que vivem.
Conhecer e se aperfeiçoar frente às Novas Tecnologias de Informação e de
Comunicação–NTIC’s foi considerado relevante para 86% dos docentes, haja vista
que, grande parte dos docentes da instituição pesquisada faz parte da geração X.
Ou seja, que nasceram entre a década de 60 e metade da década de 80 e que por
fazerem parte dessa geração possuem certas dificuldades para lidar com as
tecnologias, principalmente com as Novas Tecnologias de Informação e de
Comunicação-NTIC's.
Além de descreverem que possuem dificuldades, também relatam que sem o
aperfeiçoamento “fica difícil de lidar e alcançar o ritmo dessas novas crianças”, ou
seja, com essa nova geração e reconhecem as NTIC’s como um recurso
educacional importante em sala de aula. (Tabela 4, pag. 73).
Saldanha (1978) descreve a Tecnologia Educacional - TE como uma maneira
imprescindível para pensar educação hoje, e pode ser vista como uma forma
cientifica de encarar os atuais problemas da Educação.
Gráfico 7: Quem considera importante o aperfeiçoamento
tecnológico para trabalhar com as TIC’s
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
52
Uma ponderação preocupante e que chamou a atenção da pesquisadora foi
encontrar, em pleno século XXI, docentes que não consideram relevante formação,
aperfeiçoamento para trabalhar com as NTIC’s. Pois alegam que, o melhor recurso
educacional para o processo ensino-aprendizagem é o livro didático, o quadro e o
giz e que as NTIC's só atrapalham as aulas. (tabela 4, pag. 74).
Deste modo, Kenski (2003, p. 116), descreve que:
Será preciso, cada vez mais, ampliar ações e políticas efetivas, que
proporcionem a inclusão de todos os cidadãos. Ações que vão além do uso
de livros didáticos, que ampliem as diversas formas de pensar e agir com a
utilização das ferramentas tecnológicas.
A mediação a partir das NTIC’s é uma prática por um número significativo de
docentes, pois consideram que além de auxiliar e oportunizar melhores condições
para o processo de ensino-aprendizagem permite uma aproximação dos professores
com as novas e futuras gerações.
Lisboa e Scheffer (2004) colocam que a utilização do computador no
ambiente escolar tem uma função essencial no processo de ensino-aprendizagem,
tornando uma sedução nas instituições escolares e assim promovendo a informação
para o conhecimento e a comunicação com outros indivíduos com o espaço.
Gráfico 8: As NTIC’s auxiliam na mediação do
processo ensino-aprendizagem
Fonte: Camila Kuhn, 2011.
53
Em contra partida, alguns docentes relatam que as NTIC’s não servem para
mediar o processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, acreditam que as NTIC’s não
ajudariam os alunos a terem uma maior e significativa compreensão. E que a única
mediação possível ocorre por meio da relação professor e aluno. (Tabela 5, pag.
78).
E para ampliar o nível de preocupação da pesquisa, no que se refere à
tecnologia utilizada para mediar o processo de ensino-aprendizagem, a mesma foi
reduzida ao computador. Uma vez que para alguns docentes, o computador é uma
ferramenta que as crianças utilizam em vários ambientes e que através desses
poderiam chamar a atenção para uma aula mais prazerosa. (Tabela 5, pag. 76).
Se para alguns os docentes que colocam os livros didáticos e o professor
como fundamentais para o processo de ensino-aprendizagem e as NTIC’s servem
para tumultuar as aulas, para a grande maioria dos docentes pesquisados as
tecnologias são importante para dinamizar as aulas, para aumentar o alcance e a
qualidade das aulas. Além de, colaborar no aprofundamento das pesquisas, ser um
fator motivador para os alunos que buscam o conhecimento e por serem
instrumentos facilitadores para o processo de ensino-aprendizagem. (Tabela 6, pag.
79 e 80).
De acordo com Lucena e Fuks (2000), a utilização das ferramentas
tecnológicas em sala de aula promove maior interação e pode ajudar o educando
com um ambiente de discussão mais participativo. E, são ferramentas de
informações e de comunicações que podem motivar o educando a buscar o
conhecimento.
54
Gráfico 9 : A importância das TIC’s no trabalho em sala de aulaFonte:
Camila Kuhn.
Diante dos dados apresentados é importante ressaltar que para os
professores pesquisados a formação continuada envolvendo, as NTIC’s, são
relevantes para uma grande maioria.
A formação continuada na visão desses
docentes, é uma forma de renovar e adquirir mais conhecimento acerca dessa
novidade que vem transformando a sociedade. (Tabela 7, pag. 82 e 83).
Mercado (2002) coloca que, a formação dos docentes indica para uma nova
organização curricular inovadora, que transpõe a maneira tradicional, no qual se
tornam novas as relações entre a prática e a teoria.
A formação continuada é uma das formas de se conhecer as ferramentas e
saber como utilizá-las corretamente no dia-a-dia da sala de aula. Para Mercado
(2002) o uso adequado das tecnologias estimula a capacidade de desenvolver
estratégias de buscas e também estimulam o desenvolvimento de habilidades
sociais, da autonomia e da criatividade. Sendo assim, acredita-se que a formação
continuada envolvendo as NTIC’s pode favorecer um maior entendimento de
utilização das mesmas e também auxiliar no processo de ensino e aprendizagem.
55
Gráfico 10: A relevância da formação continuada
para o processo de ensino-aprendizagem
Fonte: Camila, 2011.
Mas, novamente um ponto chama a atenção da pesquisadora: 3 professores
reconhecem que a formação continuada é relevante, porém sem o envolvimento das
NTIC’S (Tabela 7, pag. 84) . Uma vez que para os mesmos, as NTIC’s não agregam
valor para a Educação e que podem até interferir no processo de ensinoaprendizagem.
56
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao interpretar e analisar os resultados pode-se perceber certa disparidade
entre o grupo, no que se refere às Novas Tecnologias da Informação e
Comunicação – NTIC’s.
Através da pesquisa realizada, foi possível conhecer um pouco mais sobre a
geração dos docentes em sala de aula, sua formação, tempo de serviço e tempo de
experiência.
Um ponto que chamou a atenção, foi o percentual elevado de docentes com
aspectos abaixo do necessário para trabalhar com o projeto UM COMPUTADOR
POR ALUNO – UCA.
Ou seja, mesmo com formação adequada (graduação, pós-graduação,
mestrado e doutorado), como a maioria é da geração X, muitos apresentam algum
tipo de dificuldade para lidar e trabalhar com as tecnologias. E em determinados
casos esse desconhecimento pode levar ao desentendimento entre docente e
discente pelo fato dos professores não conseguirem se comunicar com a geração
com a qual trabalham. Geração esta, totalmente ligada e antenada às tecnologias.
A pesquisa também revelou que uma grande parte dos docentes conhecem a
geração que está dentro da sala de aula. O que demonstra a busca pela formação
continuada para dar “conta” de um cotidiano escolar que está mudando na
velocidade dos “chips”.
Ao serem perguntados qual a geração que mais domina as NTIC’s foi
altíssimo a percentagem de docentes que reconheceram seus alunos como sendo
da geração Y. Muitos responderam, pelo senso comum, que as crianças dominam,
mais, e apenas 2 docentes responderam que era a geração Z, fato que preocupa,
haja vista que a falta desse conhecimento pode levar ao desconhecimento das
necessidades (didática, linguagem, projetos...) necessárias para esses alunos dessa
nova Era.
Um fato muito importante foi perceber que para uma grande parte dos
docentes pesquisados a formação continuada é importante para o aperfeiçoamento
envolvendo o manuseio adequado das ferramentas tecnológicas e para poderem
associar os conteúdos com as ferramentas. Porém, alguns docentes disseram que
não era relevante a formação continuada envolvendo as NTIC’s, pois para eles não
57
iria acrescentar em nada e nem para o processo de ensino-aprendizagem. E ainda
disseram que, as tecnologias não deveriam ser inseridas no ambiente escolar.
Acredita-se que isso não deveria ocorrer e ainda mais em um colégio de
aplicação, com docentes com toda uma formação acadêmica e tempo de
experiência, porem nos deparamos com alguns docentes que não perceberam que a
sociedade está mudando e que nós mudamos em vários pontos.
A resistência às NTIC’s se faz presente, não por todos os docentes, mas por
alguns e independente do número é preocupante porque afinal de contas são
formadores.
Ao refletir sobre os dados obtidos e ao respondendo a pergunta que
desencadeou toda a pesquisa, chego à conclusão de que se faz necessário à
formação continuada envolvendo a utilização das tecnologias, visando à reflexão da
prática docente para que o processo de ensino-aprendizagem se torne mais
significativo para as novas gerações que estão surgindo.
Deste modo, a formação continuada dos docentes envolvidos com as NTIC’s,
ou seja, uma Alfabetização Tecnológica será um trabalho significativo tanto para os
docentes como para os educandos da geração atual.
Sendo assim, a formação continuada dos docentes, possibilitará aos mesmos
que se tornem pesquisadores durante a sua caminhada, proporcionando reflexões e
análise de sua prática enquanto responsáveis pela educação dos jovens, que serão
o futuro do País.
58
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59
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63
APÊNDICES
64
APÊNDICE A - Questionário professores (as)
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE SÃO JOSÉ
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ
Acadêmica: Camila Kuhn
Disciplina: TCC 2.
Professora Orientadora: Vera Regina Lúcio.
QUESTIONÁRIO
*sua instituição e identidade serão mantidas em sigilo.
**todas as respostas são apenas para fins acadêmicos, na realização do trabalho de
conclusão de curso.
A) IDENTIFICAÇÃO
Função:
Formação:
Tempo de lotação na escola:
Tempo de experiência na docência:
B) QUESTÕES ESPECÍFICAS:
1) A qual geração você pertence?
( ) Geração X ( nascidos na década de 60 até início de 80).
( ) Geração Y ( nascidos na metade da década de 80 até o final de 90).
( ) Geração anterior a essas.
65
2) Você sabe com qual geração está trabalhando em sala de aula?
( ) Sim.
( ) Não.
Como você consegue definir essa geração?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3) Qual das gerações tem um maior domínio das NTIC’s? Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
4) Você considera necessário o aperfeiçoamento dos professores para as Novas
Tecnologias de Informação e Comunicação – NTIC’S?
( ) Sim.
( ) Não.
Por quê?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
5) As TIC’S podem auxiliar na mediação durante o processo de ensino e aprendizagem?
( ) Sim.
( ) Não.
Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
66
6) Você acha importante a utilização das TIC’S dentro da sala de aula?
( ) Sim;
( ) Não.
Por quê?
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
7) Na sua opinião, é relevante a formação continuada dos docentes, envolvendo as TIC’S,
para o processo ensino e aprendizagem.
( ) Sim;
( ) Não.
Justifique.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Obrigada pela participação!
67
APÊNDICE B – Tabelas referentes às perguntas perguntadas aos professores
das Séries Iniciais do Ensino Fundamental do Colégio pesquisado.
68
TABELA 1 - Perfil dos professores
CATEGORIA
DADOS
FREQUENCIA
Professor
10
Professora
11
FUNÇÃO
FORMAÇÃO
TEMPO DE LOTAÇÃO NA
ESCOLA
TEMPO DE EXPERIÊNCIA NA
DOCÊNCIA
Doutorado
4
Mestrado
8
Pós-Graduação
4
Graduação
5
Menos de um ano
10
Um a cinco anos
2
Cinco a dez anos
1
Dez a 20 anos
7
20 a 30 anos
1
De um a dez anos
4
De dez a 20 anos
9
De 20 a 30 anos
7
Mais de 30 anos
1
Geração X (nascidos na
década de 60 até início de
80)
Geração Y (nascidos na
metade da década de 80
A GERAÇÃO QUE PERTENCE até o final de 90)
Geração anterior a essas
16
3
2
69
TABELA 2 - Ao conhecimento e ao não conhecimento da geração presente na
de aula.
CATEGORIA
FREQUÊNCIA
UNIDADE DE CONTEXTO
- Pela linha do tempo, espaço de tempo
entre uma geração e outra, na volta de
25 anos;
- Reflexo da ideologia dominante;
- São “nerd";
- Pela idade, serie e comportamento;
- Pelas habilidades tecnológicas;
- Geração Y;
- Pela rapidez de conhecimentos e de
informações;
- Capacidade de receber e produzir
informação;
CONHECIMENTO
DA GERAÇÃO
QUE ESTÁ EM
SALA DE AULA
16
- Porque nosso aluno de hoje não
consegue mais ficar sentado numa
cadeira de sala de aula e ouvir o
professor por 4 horas seguidas. Ele quer
interagir, necessita de movimento. É um
aluno de múltiplas inteligências;
- Pela década em que nasceram,
acrescentado pela cultura própria
daquela faixa etária;
- Pois são ligados com as tecnologias,
computadores;
- Pela capacidade de informação;
- Pois são mais ligados e conectados
com tecnologias;
- Alunos ligados a tanta tecnologia;
70
CONHECIMENTO
DA GERAÇÃO
QUE ESTÁ EM
SALA DE AULA
NÃO
CONHECIMENTO
DA GERAÇÃO EM
QUE ESTÁ EM
SALA DE AULA
- Por ver os alunos tão inquietos na sala
de aula, querendo algo novo;
16
- Diz que conhece, mas não consegue
definir.
05
- Colocaram que não conhecem
deixaram campo em branco.
e
71
TABELA 3 – Reconhecem a geração que domina as TCI's.
CATEGORIA
UNIDADE DE
REGISTRO
SIM
FREQUÊNCIA
02
UNIDADE DE CONTEXTO
-Segundo o senso comum, seria a
geração Z, mas eu tenho um
domínio muito maior do que
qualquer aluno. Acabo exercendo
meu papel de professora nessa
área;
- Geração Y e Z, naturalidade na
utilização de qualquer tecnologia.
-A geração Y, por ter mãos acesso
com a tecnologia;
RECONHECE A
GERAÇÃO QUE
DOMINA AS TIC’s
- A geração Y, pois são ligados em
rede a todo o momento;
NÃO
10
- Com certeza a geração Y, pois as
NTIC’S são partes do dia-a-dia de
nossos alunos. A maior parte das
horas do dia o jovem ocupa na frente
do PC, XBOX, Vídeo game etc.;
- Geração Y, por estarem mais
atualizados com as tecnologias;
- A geração Y, porque é mais
desenvolvida com as tecnologias;
- Geração Y. pela experiência como
educadora, mãe e tia. Em contato
diário,
estudos,
observações,
reflexos e atuação;
- A geração Y, por nascerem no
auge das tecnologias;
- Geração Y pelo maior acesso;
- A geração Y;
- A geração Y, tem maior domínio;
72
- A geração de novos filhos. Eles
nasceram numa época que houve
um grande avanço da tecnologia.
Assim, têm muito contato com várias
tecnologias e a maior facilidade de
aprender a usá-las;
- A geração mais recente tem
apresentado grande iniciativa quanto
as TIC’s. Entretanto, informação não
é conhecimento;
- A geração das crianças de hoje;
RECONHECE A
GERAÇÃO QUE
DOMINA AS TIC’s
SENSO
COMUM
09
- As crianças de hoje;
- A geração dos anos 90;
- As gerações mais novas, nascidos
no inicio dos anos 90;
- Aparentemente as atuais;
- As de hoje;
- As de hoje em dia.
73
TABELA 4 - Aperfeiçoamento tecnológico para trabalhar com as TIC’s.
CATEGORIA
UNIDADE DE
REGISTRO
FREQUÊNCIA
UNIDADE DE CONTEXTO
- Para o uso adequado em aulas,
como um recurso a mais para o
seu trabalho;
- Para dar condições de se
instrumentalizar,
a
fim
de
acompanhar e integrar com as
novas e futuras gerações;
- Inclusão digital e melhoria em
ferramentas tecnológicas;
- Para ficar aperfeiçoado e saber
lidar com as crianças e com os
adolescentes de hoje;
CONSIDERA
IMPORTANTE O
APERFEIÇOAMENTO
TECNOLÓGICO
PARA TRABALHAR
COM AS TIC’s
- Para atualização. Mas não creio
ser indispensável;
SIM
18
- Para alcançar essas crianças e
esses adolescentes;
- Pois a maioria dos professores é
da geração X, não tem acesso a
tecnologia
no
período
do
desenvolvimento;
- Porque muitos nem sabem onde
adquirir esse conhecimento, que é
indispensável e nos é cobrado. Eu
fiz curso técnico de processamento
de dados;
- Muito de nós não possuem
capacitação
no
uso
dessas
tecnologias em sala de aula;
- O professor deve se aperfeiçoar
sempre para poder acompanhar
todo este
74
avanço tecnológico atualizando a
dinâmica de sala de aula tornando
assim este espaço mais atraente;
- Sem conhecê-las (as NTIC’s)
entraremos em choque com as
novas
gerações.
Perderemos
ainda a possibilidade de crítica (
nem tudo o que é novo é
necessariamente bom, mas sem
conhecer como criticá-las?;
- Considero ser necessário estar
acompanhando os alunos;
CONSIDERA
IMPORTANTE O
APERFEIÇOAMENTO
TECNOLÓGICO
PARA TRABALHAR
COM AS TIC’s
SIM
18
- Ajuda nas atividades propostas e
por ser fundamental na vida dos
adolescentes, assim tornando-se
prazerosa para os alunos;
- O professor deve se aperfeiçoar
em todas as áreas e inclusive com
as novas tecnológicas, tornando-se
um professor atualizado;
- É importante que estejamos em
consonâncias com todas as novas
tecnologias, especialmente pela
rapidez com que são
desenvolvidos novos instrumentos,
maquinas e programas;
- Hoje é imprescindível o uso das
NTIC’s em sala de aula;
- O professor deve sempre se
aperfeiçoar, ainda mais com as
mudanças tecnológicas que
estamos vivendo;
- O mundo evolui cada dia mais e
nós enquanto
75
professores devem estar sempre
atualizados.
CONSIDERA
IMPORTANTE O
APERFEIÇOAMENTO
TECNOLÓGICO
PARA TRABALHAR
COM AS TIC’s
SIM
18
- O melhor recurso educacional
são os livros didáticos;
- Trabalhar com as TIC’s só
atrapalha as aulas;
NÃO
03
- Só com livros e giz para o
quadro.
76
TABELA 5 – As TIC's auxiliam na mediação.
CATEGORIA
UNIDADE DE
REGISTRO
FREQUÊNCIA
UNIDADE DE CONTEXTO
- Pode-se bem usadas;
Más
utilizações
dessas
tecnologias
estão
acessando
campos,
informações,
desenvolvendo
e
produzindo
conhecimentos, nos inteirando da
realidade e co-participando em
nosso papel de mais velhas em
educar as gerações mais jovens e
reaprendermos com os mesmos;
- Aproximação das ferramentas
tecnológicas;
- Certamente fazendo mais eficaz o
processo de ensino-aprendizagem;
AS TIC’s AUXILIAM
NA MEDIAÇÃO
SIM
18
- Certamente fazendo mais eficaz o
processo de ensino-aprendizagem;
- Para nós é uma novidade, agora
para os alunos é ótimo, vão se
sentir mais motivados;
- Soma com as informações
trabalhar na sala de aula e sempre
há novidades;
- Não há como pensar no processo
de ensino e aprendizagem sem as
TIC’s hoje em dia, pois alunos
esperam por isso e estão sempre
em contato com essas tecnologias;
- É uma forma de dinamização do
ensino e aproximação do aluno;
77
- As TIC’s tornam este processo
mais interessante, umas devemos
tornar o cuidado de não banalizar a
sala de aula;
- Outras linguagens, ás vezes
múltiplas num mesmo texto (como
vídeos) oportunizam maior alcance
aos diferentes modos de aprender
dos educandos;
- De fato que sim, mas para isso é
importante saber utilizar de forma
correta;
-Auxiliam;
AS TIC’s AUXILIAM
NA MEDIAÇÃO
SIM
18
- As tecnologias de informações e
comunicações possuem muitas
informações que podem auxiliar e
dar mais significância na procura
para agregar mais conhecimento;
- As TIC’s podem ser um excelente
instrumento na mediação no
processo de ensino em sala de
aula quando bem utilizada;
- Pois é mais um instrumento
pedagógico com maior agilidade
para
a
simultaneidade
de
informações;
- Acredito que sim, trabalhando de
uma forma correta, torna-se
produtivo;
78
SIM
18
- Pessoas são bombardeadas de
informações e cabe ao professor
fazer com que seus alunos
consigam
transformar
estas
informações em conhecimento e
saiba selecionar o que é benéfico a
sua vida.
AS TIC’s AUXILIAM
NA MEDIAÇÃO
- Só é possível a mediação com o
professor e o aluno;
NÃO
03
- Os alunos não aprendem de
forma significativa;
- Não respondeu.
79
TABELA 6 –Trabalhar com as TIC's na sala de aula.
CATEGORIA
UNIDADE DE
REGISTRO
FREQUÊNCIA
UNIDADE DE CONTEXTO
- É desde que bem planejada e
coerente com os conteúdos
desenvolvidos;
- É desde que bem planejada e
coerente com os conteúdos
desenvolvidos;
- Mais uma ferramenta para
melhorar o processo ensinoaprendizagem;
IMPORTÂNCIA DAS
TIC’s NO TRABALHO
EM SALA DE AULA
SIM
18
- Super importante, pois é o que
esses alunos querem, ou seja,
trabalhar com essas ferramentas
irá chamar mais a atenção e
motiva-los a querer a aprender;
- Pelas razões anteriores. Mas há
que se ver o tipo de TIC’s e o
momento;
- Para ficar conectado com a
tecnologia e obter mais resultados;
Porém
nem
fundamental;
sempre
é
- Não soube responder;
- O uso das TIC’s permite a
exploração de novos recursos
aumentando o alcance e a
qualidade das aulas ministradas,
além de envolver os discentes de
maneira mais eficiente;
80
- Devemos ter claro que o livro e o
professor ainda têm função muito
importante no processo de ensinoaprendizagem;
- Dinamizar as aulas, mais
democracia na pesquisa porque há
maior acesso com baixo custo e
velocidades há maior empatia dos
alunos pelas aulas;
- Pelos fatores citados;
- Ajuda nas atividades propostas e
por ser fundamental na vida dos
adolescentes, assim tornando-se
prazerosa para os alunos;
IMPORTÂNCIA DAS
TIC’s NO TRABALHO
EM SALA DE AULA
SIM
18
- Pois faz uma aula de mais
qualidade para os alunos que são
inteiramente envolvidos com as
tecnologias, assim dando mais
motivação nos alunos;
- Porque elas representam,
juntamente
com
outros
instrumentos e matérias, aquilo
que os alunos usam fora dos
muros da escola para agir no
mundo digital;
- Pois ajuda no aprofundamento da
pesquisa;
- Importante para motivar os
alunos a quererem buscar o
conhecimento;
- Para dar mais significância na
aprendizagem desses alunos de
hoje;
81
IMPORTÂNCIA DAS
TIC’s NO TRABALHO
EM SALA DE AULA
- Os livros que são importantes;
NÃO
03
- Importante é o professor que
conduz a aula através dos livros;
- Acaba tumultuando as aulas.
82
TABELA 7 – A relevância da formação continuada envolvendo as TIC's para o
processo de ensino-aprendizagem.
CATEGORIA
UNIDADE DE
REGISTRO
FREQUÊNCIA
UNIDADE DE CONTEXTO
- É relevante sim a formação
continuada, no qual busca manter
o professor mais atualizado;
- A formação continuada é
fundamental na construção do
professor e envolvendo as TIC’s
torna-se mais uma ferramenta para
o professor utilizar com os seus
alunos;
RELEVÂNCIA DA
FORMAÇÃO
CONTINUADA
ENVOLVENDO AS
TIC’s PARA O
PROCESSO ENSINO
E APRENDIZAGEM.
- Extremamente necessário hoje;
SIM
18
- Não soube responder;
- Por envolver os fatos citados
anteriormente e também por que é
necessário essas ferramentas
tecnológicas inclusas nos dias de
hoje, para dar mais resultados no
processo
de
ensino
e
aprendizagem;
- Com certeza para aprofundar
mais nas transformações que
estamos tendo;
- Formação continuada serve para
completar
a
sua
formação;
Envolvendo as TIC’s é melhorar
mais ainda, para acompanhar o
ritmo das crianças.
- É relevante para que o professor
tenha
mais
segurança
no
manuseio / uso das TIC’s e
também se torna cada vez mais
seletivo;
- Não soube responder;
83
- A formação de docente é
essencial para manutenção e
atualização do conhecimento de
novas TIC’s e sua utilização em
sala de aula;
RELEVÂNCIA DA
FORMAÇÃO
CONTINUADA
ENVOLVENDO AS
TIC’s PARA O
PROCESSO ENSINO
E APRENDIZAGEM.
SIM
18
- Acho que mais do que ensinar os
professores a mexer nas TIC’s, é
necessário dar uma formação
sobre que tipo de atividades
podem ser realizadas e fazer uma
reflexão sobre o seu uso. Não
adianta usar as TIC’s se a aula
não continuar sendo a metodologia
tradicional;
- Pois sempre há programas novos
para ajudar no processo de ensino
e aprendizagem;
- Para estar se aperfeiçoando e se
manter;
É
importante
discutir
internamente, para discutir se sim
ou não e que tipo de tecnologia é
melhor;
- Formação continuada é sempre
bom, e envolvendo as TIC’s tornase o profissional (professor) mais
realista;
- Tudo já explicado anteriormente;
- É relevante à medida que
paralelamente as tecnologias.
84
Os docentes recebam capacitação
acadêmica em condições de mais
tempo e salário digno para
condições de vida normal e de
saúde do professor;
SIM
RELEVÂNCIA DA
FORMAÇÃO
CONTINUADA
ENVOLVENDO AS
TIC’s PARA O
PROCESSO ENSINO
E APRENDIZAGEM.
NÃO
18
03
- Para que os docentes possam
estar renovando e adquirindo
conhecimentos que o auxiliam de
forma
prática,
criativa
ao
desenvolver o seu trabalho;
- Acredito que as tecnologias não
devem ser inclusas no ambiente
escolar;
- Não com o envolvimento das
TIC's;
- As TIC's não acrescentam em
nada, nem no processo de ensinoaprendizagem.
85
ANEXO
86
ANEXO A – Apresentação do acadêmico a campo.