Balança positiva
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A balança comercial brasileira encerrou setembro com superávit – exportações maiores
do que importações – de US$
2,944 bilhões. O resultado é o
melhor para o mês desde setembro de 2011. No acumulado
do ano, a balança comercial
está positiva em US$ 10,246
bilhões, melhor resultado para
o período desde 2012.
Sexta-feira,
02 de outubro de 2015
Ano XIII – Nº 2.991
R$ 2,00
Shana Reis/GERJ
Ministro do MDIC: ajuste
não pode ter efeito
paralisante sobre reformas
O
Contra impostos,
pato vai à Esplanada
José Cruz/ABr
Um pato gigante foi colocado em frente ao Congresso como parte
da campanha contra o aumento de impostos.
verno brasileiro, são os gastos
malfeitos, a falta de eficiência”,
criticou o presidente da Fiesp,
Paulo Skaf.
Segundo Skaf, o objetivo é
mostrar ao governo que todos
estão a favor do ajuste fiscal,
mas isso deve ser feito por meio
da redução de despesas, de
desperdícios, de maus gastos
e não por meio de aumento
de impostos. “Nós não vamos
aceitar a recriação da CPMF
nem a recriação ou criação
de imposto que venha pesar
mais ainda nas costas do povo
brasileiro. Nós mostramos por
meio dessa campanha o quanto
de imposto tem nos produtos”,
disse (ABr).
Manifestantes colocaram ontem (1º) em frente ao Congresso Nacional, na Esplanada dos
Ministérios, um pato inflável
amarelo de 12 metros de altura.
A ação faz parte da campanha
contra o aumento de impostos
“Não vou pagar o pato”, promovida pela Fiesp.
“Essa é uma manifestação
da sociedade brasileira contra
o aumento de impostos. Se resolvesse o problema do Brasil
aumentar impostos, o Brasil
não teria problema nenhum
porque a arrecadação de impostos este ano será de R$ 2
trilhões. É muito dinheiro. O
problema do Brasil é o governo
brasileiro, é o tamanho do go-
que Monteiro reafirmou ter o
compromisso de recompor.
Representante da indústria,
o ministro foi excluído das
negociações.
Monteiro lembrou que o País
já passou por outras crises,
como o choque cambial no fim
dos anos 90, quando “o Brasil
também viveu uma crise de
confiança”, destacou. Em sua
análise a crise atual não é
cambial, nem de liquidez, já
que o Brasil constituiu reservas
robustas desde então, mas uma
crise estrutural. Ele mencionou
a trajetória das contas públicas
e fez referência a estudo dos
economistas Samuel Pessoa,
Impostômetro registra
R$ 1,5 trilhão às 10h50
O Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP) atinge hoje (2), às
10h50, a marca de R$ 1,5 trilhão. O valor - alcançado 17 dias
antes do que em 2014 - representa o total pago em impostos,
taxas e contribuições pelos
brasileiros em 2015. “Apesar
da recessão, a carga tributária
continua subindo. Recriar impostos e aumentar alíquotas
- como quer o governo - não é
viável e apenas vai fazer com
que a população seja ainda mais
onerada”, diz Alencar Burti,
presidente da ACSP.
Ele destaca que, como a arrecadação do governo está caindo
em termos reais (descontandose a inflação), ele fica tentado
a elevar a tributação. “Isso só
vai aprofundar a recessão e o
desemprego. Ao governo só
resta controlar melhor os gastos, que é o que todo mundo
está fazendo. O momento exige
isso”, concluiu.
Ministro do MDIC, Armando Monteiro, governador Luiz Fernando Pezão e empresários.
Marcos Lisboa e Mansueto
Almeida que aponta um aumento de 0,5% do PIB ao no
gasto público nas últimas duas
décadas.
Segundo ele, o Brasil já não
tem mais como suportar pelo
fim da conjuntura internacional
O endividamento das empresas no mercado externo
aumentou devido à alta do
dólar, diz o Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado
ontem (1º) pelo Banco Central
(BC). Em junho, do total das
dívidas das empresas, 32,2%
foram contraídas no mercado
externo. Em dezembro a participação estava 28,9%. Esse
incremento ocorreu como
consequência da variação cambial no período e não de novas
captações no exterior.
O BC ressalta que o endividamento das empresas em
moeda estrangeira é exemplo
de situações que demandam
atenção especial. No entanto,
parte significativa dessa dívida é
de empresas exportadoras que,
naturalmente, têm mecanismos
financeiros de proteção cambial (hedge). Além disso, o BC
destaca que o mercado oferece
“Não alcançamos a
liberdade buscando
a liberdade, mas
sim a verdade. A
liberdade não é
um fim, mas uma
consequência”.
Leon Tolstoi (1828/1910)
Escritor russo
O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, disse que não
teme qualquer perda de apoio
político diante das denúncias
envolvendo seu nome na Operação Lava Jato. Perguntado
sobre a informação divulgada
pela Procuradoria-Geral da
República (PGR), de que foram
encontradas contas bancárias
em seu nome e de parentes na
Suíça, Cunha resumiu: “Não
estou atrás de apoio”.
O peemedebista continua
sem comentar detalhes sobre
a Lava Jato. Ele reiterou sua
posição quando foi questionado
sobre uma possível investigação contra seu nome pelo Ministério Público suíço. O advogado
de defesa, Antônio Fernando
de Souza, que tem sido o interlocutor do parlamentar nesses
casos, divulgou nota afirmando
que desconhece qualquer in-
proteção às empresas contra as
fortes oscilações do dólar.
“O grupo de devedores que
não tem proteção cambial relevante e conhecida é restrito”,
ressalta o relatório. A exposição
em moeda estrangeira dessas
empresas sem proteção aumentou de 3,1% do PIB, em
dezembro de 2014, para 3,3%,
em junho de 2015. “Para esse
vestigação na Suíça e, por isso,
não comentaria o fato.
Cunha manteve a mesma postura em relação a denúncias recentes envolvendo a presidente
Dilma Rousseff e o ex-presidente
Lula. “Deixa eles responderem
às denúncias”, afirmou, acrescentando que qualquer opinião
emitida “partidarizaria o discurso”. Cunha cancelou viagem a
Roma, neste fim de semana, onde
participaria do 1º Fórum Parlamentar Itália-América Latina e
Caribe. Ele faria um discurso no
evento, na segunda (5), e retornaria ao Brasil. “Ficou corrido”,
explicou, afastando qualquer
relação da denúncia sobre as
contas na Suíça com a sua decisão. Como ficará em Brasília no
fim de semana, Cunha disse que
pode aproveitar para analisar
mais “um ou dois dos pedidos
de impeachment” (ABr).
Rio - A produção de petróleo
no País atingiu, em agosto,
novo recorde e uma marca
histórica para a produção em
águas profundas. Pela primeira
vez desde o início da produção
comercial, em 2010, um campo
do pré-sal tornou-se a principal
área produtora do País. A marca
foi atingida no campo de Lula,
na Bacia de Santos, com uma
média de 368 mil barris de petróleo por dia, desbancando o
campo de Roncador, na Bacia
de Campos, que registrou, no
último mês, a produção de 363
mil barris de óleo por dia.
Ao todo, em agosto, a produção de óleo e gás no País atingiu
a marca de 3,171 milhões de
barris de óleo equivalente por
dia - uma alta de 3% em relação
a julho e a melhor média histórica. Os dados foram divulgados
ontem (1) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustível (ANP). O
Campo de Lula é, atualmente,
responsável por 44% de toda
a produção no pré-sal. A área
também foi responsável pelo
maior volume de gás natural
produzido em todo o País, com
uma média de 16,6 milhões de
metros cúbicos por dia.
Localizada no campo, a plataforma Cidade de Mangaratiba,
que iniciou a produção em
outubro de 2014, foi a prin-
vespa Futuro: +1,04% Pontos:
45.600 Máxima (pontos): 45.725
Mínima (pontos): 44.880. Global
40 Cotação: 778,282 centavos
de dólar Variação: -0,76%.
Dólar comercial no balcão Compra: R$ 3,9890 Venda: R$ 3,9900
Variação: +0,4% - Dólar Paralelo
Compra: R$ 3,98 Venda: R$ 4,22
Variação: +0,32% - Dólar Ptax
Compra: R$ 3,9788 Venda: R$
3,9794 Variação: +0,16% - Dólar Turismo Compra: R$ 3,9230
Venda: R$ 4,1700 Variação:
-0,31% - Dólar Futuro (no-
O recorde foi atingido no
campo de Lula, na Bacia de
Santos, com uma média
de 368 mil barris de
petróleo por dia.
cipal unidade produtora em
agosto, com 174 mil barris de
óleo equivalente por dia. Lula
está em produção desde 2011
pelo consórcio formado por
Petrobras (65%), responsável
pela operação, em parceria com
BG (25%) e Petrogal (10%). A
produção no campo deve crescer até o final do ano, quando
a Petrobras deverá colocar em
operação plena mais uma unidade de produção no campo, a
FPSO Cidade de Itaguaí, com
capacidade para produção de
150 mil barris por dia (AE).
JUROS
CÂMBIO
BOLSAS
O Ibovespa: +0,56% Pontos:
45.313,27 Máxima de +1,08%
: 45.547 pontos Mínima de
-0,6% : 44.789 pontos Volume:
6,23 bilhões Variação em 2015:
-9,39% Variação no mês: 0,56%
Dow Jones: -0,08% 18h00) Pontos: 16.272,01 Nasdaq: +0,15%
(18h00) Pontos: 4.627,08 Ibo-
Diretor de Fiscalização do BC,
Anthero Meirelles.
J. Batista/Ag.Câmara
Divulgação
nal da degradação do ambiente
político. “Eu sabia que às vezes
havia negociações monetárias a
respeito de ‘jabutis’ (inclusão de
assuntos alheios ao escopo principal) sobre medidas provisórias.
Agora, pelo visto, já saem jabutis
de lá (Executivo). A negociação
já vem de lá”, disse.
O senador tucano disse que
“esse é um assunto para a esfera
policial”, mas defendeu que a CPI
que investiga irregularidades no
Carf aprofunde as investigações
sobre as denúncias (AE).
grupo de empresas não exportadoras, sem hedge financeiro
identificado, sem suporte intragrupo e sem ativos no exterior,
o impacto da variação cambial
em suas dívidas pode resultar
em fragilidade financeira e,
ainda que até o momento não
tenha se traduzido em aumento
de sua inadimplência”, diz o
Banco Central.
Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles,
esse “percentual pequeno” de
empresas sem proteção cambial
conhecida “dá conforto”, mas
o banco sempre olha o assunto
com atenção. Ao apresentar o
relatório, Meirelles defendeu
as operações de swap cambial
(equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Ele
disse que os swaps proporcionam proteção às empresas e
investidores em momento de
forte oscilação do dólar (ABr).
Cunha não teme perda Campo do pré-sal é o
de apoio político
principal produtor
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Senador Aloysio Nunes
(PSDB-SP).
gasto público. Não há como
desconsiderar reformas na
Previdência”, defendeu, destacando a previsão de déficit
previdenciário de R$ 35 bilhões em 2015 e a estrutura
de vinculação de despesas no
orçamento (AE).
Alta do dólar aumenta endividamento
de empresas no exterior
Oposição quer investigar
MP do governo Lula
Brasília - Senadores e deputados de oposição defenderam
ontem (1) a realização de uma
investigação em torno da licitude da MP 471, cuja edição em
2009 teria sido “comprada” por
meio de lobby e de corrupção
para favorecer montadoras de
veículos, conforme noticiou o
jornal O Estado de S.Paulo.
De acordo com investigação
da Polícia Federal, empresas
do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões
a lobistas para conseguir do
Executivo um “ato normativo”
que prorrogasse incentivos
fiscais de R$ 1,3 bilhão por
ano. O líder do PPS na Câmara,
deputado Rubens Bueno (PR),
informou que vai protocolar
um requerimento para que o
ex-presidente Lula, seu filho, o
ex-ministro Gilberto Carvalho
e os executivos investigados
pela PF expliquem a transação
na Câmara.
Para o senador Aloysio Nunes
(PSDB-SP), este é mais um si-
favorável e a impossibilidade de
elevar a carga tributária como
nos últimos anos. A instituição
de impostos como a CPMF está
entre as propostas do governo
no ajuste. “Não há outra forma
de reequilibrar economia que
não seja ampla reforma no
Divulgação
em seu gabinete quando saem
deprimidos de reuniões com o
representante da Fazenda, Joaquim Levy, Monteiro enfatizou
que o ajuste não pode ter um
efeito paralisante sobre reformas essenciais para o País no
período pós-ajuste fiscal.
“O ministro do Desenvolvimento tem que jogar no
ataque, não pode jogar na
defesa”, brincou. Recentemente, Monteiro demonstrou
insatisfação com a decisão da
equipe econômica de reduzir
os recursos do Sistema S e mais
uma vez a alíquota do Reintegra, programa que concede
benefício fiscal a exportadores,
Arquivo/ABr
objetivo da política
econômica tem que
ser o desenvolvimento
e o Brasil deve ter uma visão
para além do ajuste fiscal.
Foi com essas palavras que o
ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), Armando Monteiro,
abriu seu discurso em um
encontro com empresários
ontem (1), no Rio de Janeiro.
“Não podemos ficar prisioneiros de uma visão de curto
prazo”, afirmou.
Depois de ouvir o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, dizer que os empresários
e governadores buscam alento
vembro) Cotação: R$ 4.042,00
Variação: +1,21% - Euro (18h00)
Compra: US$ 1,1193 Venda: US$
1,1198 Variação: +0,24% - Euro
comercial Compra: R$ 4,4620
Venda: R$ 4,4640 Variação:
+0,56% - Euro turismo Compra:
R$ 4,3800 Venda: R$ 4,6770
Variação: -0,49%.
CDB prefixado de 30 dias, 14,29% ao
ano. - Capital de giro, 15,13% ao ano.
- Hot money, 1,53% ao mês. - CDI,
14,13% ao ano. - Over a 14,15%.
OURO
Ouro Cotação: US$ 1.113,70 a
onça-troy (1 onça-troy equivale a
31,1035 gramas) Variação: -0,99%
- Ouro BM&F (à vista) Cotação:
141,500 Variação: +0,35%.
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Ministro do MDIC: ajuste não pode ter efeito paralisante sobre