18 de outubro de 2011 Hotel Unique, São Paulo !SSOCIAÎÍO"RASILEIRADAS0RESTADORASDE3ERVIÎOSDE4ELECOMUNICAÎÜES#OMPETITIVAS Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas Ano!NO))sNs!GOSTODE IV • n° 57 • Setembro de 2011 Telecom em perspectiva Postes: uma barreira para expansão da banda larga no Brasil Postes e direitos de passagem por rodovias e ferrovias são recursos absolutamente essenciais para expansão das telecomunicações Crédito: Fernanda Lima Distribuidoras de energia elétrica cobram altos valores para permitir o compartilhamento de postes. Concessionárias de rodovias cobram – a título de direito de passagem – montantes várias vezes maiores que os cobrados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) que, por sua vez já são elevadíssimos. As concessionárias de ferrovias cobram valores expressivos para que cabos de fibra óptica cruzem suas linhas. Todas entendem ter direito à livre cobrança, com base nos seus próprios critérios, sob o argumento de liberdade de contratação e necessidade de aumentar a arrecadação para assegurar a “modicidade tarifária da energia elétrica, dos pedágios e das tarifas ferroviárias”. Por outro lado, empresas de telecomunicações que estão investindo em expansão de redes de fibra óptica no país encontram grandes dificuldades para ter acesso aos postes e para firmar contratos de direitos de passagem. Para operadores de telecomunicações este é um custo alto e por vezes limitação intransponível para expansão de redes. Em um país com as dimensões do Brasil, postes e direitos de passagem por rodovias e ferrovias são recursos absolutamente essenciais para expansão das telecomunicações. Hoje, os novos investimentos são feitos principalmente por operadoras competitivas que querem atingir mercados desatendidos, muitos deles em localidades identificadas pelas concessionárias locais de telecomunicações como mercados não atrativos em virtude de baixa renda e população pequena. Entretanto, por entender que telecom é infraestrutura com forte potencial para dinamizar a atividade econômica e criar riquezas, operadoras competitivas enxergam oportunidades nestas áreas onde não há alternativas de ofertas de serviços. O acesso aos postes das concessionárias de eletricidade é, com frequência, privilégio das concessionárias de telecomunicações que contam com contratos antigos, por valores que – quando cobrados – estão na casa de centavos de real. Para um novo operador, no entanto, é comum vermos o acesso negado ou ter de se sujeitar a pagar valores que ultrapassam R$ 10 por poste por mês. Esta é uma faixa de preços elevada e que inviabiliza muitos projetos de expansão. Além disso, representa uma barreira de entrada significativa para um novo competidor. Apenas para referência, nos Estados Unidos, o preço de aluguel não passa de US$ 1 por poste por mês. Um caso para ação de Política Pública Um grupo interministerial – reunindo especialistas em telecomunicações, transportes e distribuição de energia elétrica – poderia analisar a questão tendo por base planilhas de receitas e despesas de cada setor, e definir os níveis adequados de subsídios intersetoriais que maximizam o bem estar social. Ou, pode-se concluir serem desnecessários tais subsídios e cada qual deve arcar com os custos marginais gerados com o compartilhamento da infraestrutura pública, como é o caso de postes utilizados por concessionárias de energia ou o leito de estradas. Nesse instante em que a massificação de banda larga figura como prioridade política e que o novo ordenamento regulatório vai abrir oportunidades de expansão de redes para capilarização de serviços convergentes de banda larga, voz e TV por assinatura, tais definições seriam uma providência de enorme impacto como incentivo a investimentos novos. Dar transparência a esta atividade pode reduzir custos e elimina desperdícios com discussões judiciais e exigências burocráticas que afetam sobremaneira o Custo Brasil em Telecom. 18 de outubro de 2011 Hotel Unique, São Paulo Já estão abertas as inscrições para o IV Seminário TelComp 2011. Se conectividade é fator decisivo para o negócio de sua empresa, você não pode faltar! O Seminário possui duas vertentes temáticas de grande importância para empresas e profissionais de telecom. De um lado, abordaremos INOVAÇÃO como processo de negócios em empresas realmente competitivas, a partir da análise de casos de sucesso de empresas de telecom que, com arrojo e investimentos vultosos, apostam no potencial do mercado brasileiro. Também está na pauta a questão da REGULAÇÃO em telecomunicações. Elemento crítico em um momento em que ocorrem mudanças no ambiente competitivo e que abrem novas oportunidades de negócios com mais oferta de serviços, serão discutidas as políticas públicas e regulação a partir da comparação do caso brasileiro a experiências internacionais, projetando o cenário mais favorável para impulsionar o desenvolvimento setorial. O IV Seminário TelComp 2011 acontece no dia 18 de outubro, no Hotel Unique, em São Paulo. Para mais informações e inscrições, acesse: www.telcomp.org.br/seminario2011. PGMC em Detalhes Desenvolvendo os mercados de Telecom A regulação assimétrica do poder econômico, com vistas à correção de falhas nos mercados de telecomunicações, é o objetivo final do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) da Anatel. O PGMC prevê a avaliação prévia de mercados sob a óptica geográfica e de produto, para identificar segmentos onde a presença de um operador dominante inviabiliza o avanço da competição. O plano adota técnica consagrada internacionalmente para análise concorrencial e definição de operadoras com Poder de Mercado Significativo (PMS), como demonstra o estudo que acompanha a consulta pública em curso sobre a proposta do regulador. A Anatel analisou todos os mercados do setor – de atacado e de varejo – para identificar aqueles onde a competição não evoluiu. O grau de competição nos mercados é medido pelos seguintes indicadores: (i) existência de falhas em seu funcionamento; (ii) baixa perspectiva de desenvolvimento da competição no longo prazo; e (iii) alta probabilidade de abuso de posição dominante. O passo seguinte consiste na análise concorrencial nesses mercados. Em cada um deles a Anatel verificou as características do produto e o espaço geográfico em que ele é comercializado. Esta prática visa avaliar se na área geográfica em questão o produto específico de uma empresa “X” possui substitutos perfeitos, ou seja, na eventualidade de um aumento expressivo do preço e/ou queda da qualidade, avalia-se se os consumidores podem substituí-lo por outro, de um concorrente “Y” ou “Z”, com iguais características e funcionalidades. Quando existe rivalidade entre concorrentes em determinado mercado, a Anatel não entende necessária qualquer intervenção via regulação assimétrica, dado o bom funcionamento das forças de mercado. Se não houver concorrência ou existirem poucos competidores com baixa rivalidade, a Agência precisa avaliar melhor e definir medidas de incentivo à competição. Na próxima edição do Informativo TelComp, trataremos da definição de operadoras com PMS e de medidas regulatórias assimétricas. Informativo TelComp é o boletim de notícias da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas. Diretoria Executiva: Alfredo Ferrari (Presidente do Conselho Consultivo); Alexandre Costa e Silva (Vice-Presidente do Conselho Consultivo); Alexandre Martinez, Ayrton Capella, Cristiene Abadia Evaristo, Emiliano Gomes e Jacques Nasser (Diretores). Presidente Executivo: João Moura; Gerente de Infraestrutura: Luiz Henrique Barbosa da Silva; Gerente Regulatório: Jonas Antunes Couto; Regulação e Competição: Marcos de Lucca; Assessor de Comunicação: Nando Rodrigues.Av. Iraí, 438, conj. 44 – Moema • São Paulo Tel: (11) 5533-8399 • Fax: (11) 5533-0051 • www.telcomp.org.br — Layout: S2Publicom• www.s2publicom.com.br • Tel: (11) 3027-0200 • Diagramação: Núbia Oliveira