Conselho Editorial Av Carlos Salles Block, 658 Ed. Altos do Anhangabaú, 2º Andar, Sala 21 Anhangabaú - Jundiaí-SP - 13208-100 11 4521-6315 | 2449-0740 [email protected] Profa. Dra. Andrea Domingues Prof. Dr. Antonio Cesar Galhardi Profa. Dra. Benedita Cássia Sant’anna Prof. Dr. Carlos Bauer Profa. Dra. Cristianne Famer Rocha Prof. Dr. Fábio Régio Bento Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa Prof. Dr. Luiz Fernando Gomes Profa. Dra. Milena Fernandes Oliveira Prof. Dr. Ricardo André Ferreira Martins Prof. Dr. Romualdo Dias Profa. Dra. Thelma Lessa Prof. Dr. Victor Hugo Veppo Burgardt ©2014 Viviane de Oliveira Barbosa Direitos desta edição adquiridos pela Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autor. B238 Barbosa, Viviane de Oliveira. Na Terra das Palmeiras: Gênero, Trabalho, e Identidades no Universo das Quebradeiras de Coco Babaçu no Maranhão/Viviane de Oliveira Barbosa. Jundiaí, Paco Editorial: 2014. 220 p. ISBN:978-85-8148-633-8 1. Gênero 2. Identidade 3. Movimentos sociais no campo 4. . Conflitos sociais no campo I. Barbosa, Viviane de Oliveira. CDD:300 Índices para catálogo sistemático: Ciências Sociais Estrutura social - Grupos sociais Conflito social IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL Foi feito Depósito Legal 300 305 303.6 Dedico esta obra a todos os moradores de Monte Alegre, em São Luís Gonzaga do Maranhão, em especial à Maria de Jesus Ferreira Bringelo – a Dona Dijé – quebradeira de coco, mulher negra quilombola, uma das pessoas mais sábias que já conheci. AGRADECIMENTOS Agradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) pelo auxílio financeiro que possibilitou a publicação deste livro, fruto de uma pesquisa realizada entre 2005 e 2007 para conclusão do curso de mestrado em Estudos Étnicos e Africanos da Universidade Federal da Bahia. Agradeço ainda a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pela bolsa concedida, durante aquele curso. Além disso, existem algumas pessoas com as quais devo compartilhar a alegria da realização deste trabalho e, para as quais, remeto meus agradecimentos. Em primeiro lugar, quero agradecer a dedicação, o amor e o incentivo de Antonio Evaldo Almeida Barros, um amor inexplicável, um companheiro especial e um eterno amigo. Não há palavras para expressar os meus agradecimentos e o meu infinito carinho. Só tenho a dizer muitíssimo obrigada à Maria da Glória Guimarães Correia, professora do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão, pois os caminhos iniciais desta obra foram gestados na graduação, com sua orientação e incentivo. Agradeço às pessoas que fizeram parte do meu ambiente de estudos, com todas as inquietações e aprendizados que tive durante os dois anos de mestrado: aos meus colegas de turma, aos funcionários e ao corpo docente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO). Agradeço especialmente aos amigos e colegas que fiz em Salvador: Ana Elizabeth Gomes, Tatiana Lima de Siqueira, Darlane Andrade, Renato Macedo, Jucélia Bispo dos Santos, Jaime Pinto Ramalho, Paulo Mahumani, Nadja Pinheiro e Valdinéa Sacramento. Agradeço também a constante amizade de Tatiana Raquel Reis Silva, amiga de longas datas com quem tenho tido o prazer de dividir alegrias. Meu muito obrigada a Carlos Miranda pelas conversas, pelos serviços prestados e pela amizade enquanto esteve na secretaria do PÓS-AFRO. Agradecimentos também a Nádia Tavares e Lindinalva Barbosa, sempre muito prestativas, amigas e carinhosas. Sou especialmente grata aos professores Cláudio Pereira e Ângela Figueiredo pelas pacientes leituras e pelas dicas a este texto quando ainda era inicial. Ao professor Valdemir Zamparoni pelas majestosas contribuições, pela leitura cuidadosa e pela sensibilidade ao avaliar e apontar caminhos. Agradecimentos também à professora Maria Gabriela Hita pelas significativas contribuições e críticas que somaram muitíssimo a este texto quando se encontrava em fase de definições e aprofundamentos. Questões teóricas foram suscitadas pela grande e excelente oportunidade de tê-la conhecido. Com entusiasmo, agradeço ainda aos meus pais Francisca Ferreira de Oliveira e Inocencio Barbosa Filho. Minha mãe, em especial, faz sempre questão de me mostrar que Deus existe e que “tudo posso naquele que me fortalece”. Muito obrigada também aos meus irmãos Vivian de Oliveira Barbosa e Vagner de Oliveira Barbosa pela confiança em mim depositada e por me fazerem crer que posso prosseguir com esperança. Agradeço, incondicionalmente, às quebradeiras de coco e trabalhadores rurais do estado do Maranhão pela sua preciosa história de luta e resistência, cuja beleza me instigou a fazer a pesquisa. Meus profundos e verdadeiros agradecimentos aos moradores de Monte Alegre em São Luís Gonzaga do Maranhão que, com seus gritos de esperança, encheram as páginas deste livro! MEU GRITO Ninguém escuta meu grito Desconhecem o meu sufoco Escondida lá no mato Com fome quebrando coco (REFRÃO) Dentro do babaçual Vou perdendo a minha infância O machado é o meu brinquedo Cortando minha esperança Derrubando o meu sonho De um mundo diferente Que não seja por lazer Que presta conta o patrão O jagunço ou capataz que ainda achando pouco Se diz o dono do coco toma a minha produção Tenho direito à escola saúde alimentação De brincar e ser feliz Tudo isso é lei quem diz Mas continuo escondida Sem nenhuma proteção Neste trabalho pesado Sem um pedaço de chão (Música do MIQCB) sumário Introdução............................................17 Capítulo 1. Domínios da pesquisa...........................21 Capítulo 2. A caminho dos babaçuais: da importância socioeconômica do babaçu às representações das palmeiras..............................................39 Capítulo 3. Conflitos sociais no campo....................81 Capítulo 4. Mulheres em movimento.....................107 Capítulo 5. Em terras de monte alegre: cotidiano, gênero e etnicidade............157 Considerações finais...........................201 Referências.........................................205 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Homem quebrando coco........................17 Figura 2: Meninas quebrando coco.......................18 Figura 3: Mulher quebrando coco........................41 Figura 4: Modelo de máquina para quebrar coco babaçu..........................................53 Figura 5: Tipo de máquina utilizada para quebrar o coco babaçu..........................60 Figura 6: Babaçu..................................................62 Figura 7: Vista de um palmeiral à margem do rio Mearim..........................65 Figura 8: Reunião de quebradeiras organizadas...................133 Figura 9: Área de babaçuais em Monte Alegre.................................157 Figura 10: Formato de moradia............................158 LISTA DE SIGLAS ACR: Animação dos Cristãos no Meio Rural AMTR: Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais. AMQCB: Articulação das Mulheres Quebradeiras de Coco Babaçu ASSEMA: Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão. CEBS: Comunidades Eclesiais de Base CENTRU: Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural COSIPAR: Companhia Siderúrgica do Pará CPT: Comissão Pastoral da Terra. EIQCB: Encontro Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. FASE:Federação de Assistência Social e Educacional GT: Grupo de Trabalho IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INEB: Instituto Estadual do Babaçu ITERMA: Instituto de Terras do Maranhão MDA: Ministério do Desenvolvimento Agrário MIQCB: Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. 15