TRIBUNA DA ANO XXII • Nº 232 JANEIRO E FEVEREIRO DE 2015 MAGISTRATURA I N FO R M AT I VO DA A SS O C I AÇ ÃO PAU L I S TA D E M AG I S T R A D O S Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, onde acontece projeto piloto Audiências de custódia em SP • Os impactos na Justiça e na magistratura paulista 165 ADESÕES: Jayme de Oliveira agradece a confiança dos novos associados da Apamagis • Como a Apamagis está atuando nesse tema Os principais desafios do TJSP para 2015 NOVAS LEIS: Os desafios do Departamento de Assuntos Legislativos dirigido pela juíza Ana Rita Nery Foto: Divulgação TJ-SP O decano Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende, o presidente, José Renato Nalini, o vice, Eros Piceli, e o corregedor-geral, Hamilton Elliot Akel falam sobre os principais objetivos do ano ENTREVISTA: O que o desembargador Aloísio de Toledo César pretende fazer na Secretaria de Justiça EDITORIAL Os primeiros desafios de 2015 O ano de 2015 começou para os magistrados paulistas com algumas novidades. A audiência de custódia e as varas de conflitos fundiários são apenas algumas delas. No caso da primeira, São Paulo iniciou um projeto piloto, no Fórum da Barra Funda, como forma de construir um modelo que sirva de paradigma para a uniformização das audiências em todo o Brasil e assim atender ao Pacto de San José da Costa Rica, do qual o Brasil é signatário. Segundo o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, em discurso na abertura do Ano Judiciário, em São Paulo, cerca de 40% dos presos no Brasil são provisórios e ainda não tiveram contato com um juiz. Nada obstante, a medida encontrou forte reação em variados setores sociais, inclusive na magistratura. A primeira discussão diz respeito à exigência de lei para instituir as audiências de custódia – e no Congresso há projetos em discussão. As opiniões se dividem, e todas contam com fortes argumentos jurídicos. Outro ponto está relacionado com a estrutura e a segurança dos juízes e de todos os que trabalham ou frequentam os fóruns. Nesse contexto, tomamos algumas iniciativas. Conversamos com outras instituições envolvidas na questão, nos reunimos com a diretora do Fórum da Barra Funda, a colega Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz (também conselheira da Apamagis e vice-presidente da AMB), com o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, do Dipo; visitamos as instalações preparadas para a audiência de custódia. Ficamos impressionados com o brilhante trabalho feito pela juíza Maria de Fátima e a disposição do colega Patiño em conduzir os trabalhos. Disponibilizamos a Apamagis aos colegas, transmitimos nossas preocupações gerais a respeito da necessidade de estrutura e de segurança e, por sugestão deles, combinamos uma reunião para depois de algumas semanas do início dos trabalhos para avaliar a situação. O tema também foi objeto de muitas discussões na reunião do Colégio de RepreNOVA FOTO sentantes da AMB. COBRAR Em audiência com o corregedor-geral, desembargador Hamilton Eliot Ackel, ele se mostrou preocupado com a estrutura e afirmou tratar-se justamente de um projeto piloto, experimental, para identificação dos problemas e construção de um modelo viável, que não onere ainda mais a magistratura, já muito sobrecarregada. No tocante às varas agrárias, temos defendido há muito tempo a sua criação pelo TJSP, porquanto outros Estados da Federação já o fizeram – a maioria tão logo inserida a competência na Constituição Federal. No nosso entendimento, essa competência deve ser exercida, sob risco de, na omissão, perdê-la para outros ramos da Justiça. Por isso, há muito oficiamos ao TJSP, pelo IPAM, requerendo o cumprimento do comando constitucional. Não fosse pela determinação constitucional que prestigiou a Justiça dos Estados, as varas de conflitos fundiários trazem a característica da especialização, que, nos tempos atuais, mostra-se como condição essencial para a boa prestação jurisdicional. A magistratura brasileira, e a de São Paulo em especial, é extremamente preparada e bem formada. Os juízes são sensíveis aos conflitos sociais, aos dramas humanos, mas guardam como um tesouro intocável a independência da magistratura e o direito à livre convicção fundamentada. Por isso, ao defendermos a criação de varas especializadas, não apenas para conflitos fundiários, mas, por exemplo, varas e câmaras especializadas para ações de impropriedade administrativa, câmaras de família, dentre tantas outras que podem ser pensadas com base em estatísticas e estudos, o fazemos por compreender que a especialização melhora o resultado final, a prestação jurisdicional, pois juízes e outros servidores poderão dedicar mais tempo a temas mais restritos. Se, no passado, especialmente antes do advento da abertura democrática, as varas cumulativas eram a regra; para o futuro, na “era dos direitos”, da informática, de um Judiciário com mais de 100 milhões de processos, a especialização é um dos mecanismos úteis para agilização do andamento processual e de uma prestação jurisdicional mais célere. Jayme Martins de Oliveira Neto, Presidente da Apamagis 2 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS SUMÁRIO TJ-SP 4 a 7 Entrevistas com o presidente, José Renato Nalini, e outros desembargadores da cúpula do TJ-SP sobre os desafios para 2015 + Posições da Apamagis sobre: l A redução na segurança nos fóruns l A criação de varas fundiárias 9 ENTREVISTA 10 8 CAPA O início das audiências de custódia no Fórum Mário Guimarães e as ações da Apamagis pelas boas condições de trabalho Os planos do desembargador Aloísio de Toledo César como novo secretário de Justiça e Defesa da Cidadania de SP CONVÊNIOS 12 O setor que negocia descontos e outros benefícios em turismo, saúde, educação e até blindagem de carros para os associados LEGISLATIVO 13 A missão para 2015 do departamento que acompanha projetos no Congresso Nacional e na Assembleia paulista APAMAGIS 14 CONSELHO 15 O aumento do número de associados da Apamagis O novo presidente do Conselho da Apamagis A Apamagis nos VII Jogos Nacionais da Magistratura JUSTIÇA ELEITORAL 16 VISITAS 18 e 19 A posse do desembargador Antônio Carlos Mathias Coltro no Colégio de Presidentes dos TREs As visitas feitas e recebidas pelo presidente da Apamagis no início de 2015 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente Jayme Martins de Oliveira Neto Publicação da Associação Paulista de Magistrados Ano XXII, nº 232 Endereço e contatos Rua Tabatinguera, 140, sobreloja, São Paulo (SP) CEP 01020-901 Telefone: (11) 3292 2200 FAX: (11) 3292 2209 E-mail: [email protected] Presidência [email protected] Secretaria [email protected] Imprensa [email protected] Convênios [email protected] Informática [email protected] Site : www.apamagis.com.br facebook.com/APAMAGIS twitter@apamagis Tiragem desta edição: 4.000 exemplares 1º Vice-Presidente Miguel Petroni Neto 2º Vice-Presidente Oscild de Lima Junior Diretor do Departamento de Secretaria Jose Maria Mendes Gomes Diretores Adjuntos de Secretaria Adalberto Montes Alexandre David Malfatti Diretora do Departamento Financeiro Vanessa Ribeiro Mateus Diretor Adjunto Financeiro Homero Maion COMUNICAÇÃO Diretor de Comunicação Claudio Campos da Silva Diretores Adjuntos de Comunicação Juliana Pitelli da Guia Sergio Martins Barbatto Junior CONSELHO EDITORIAL Desembargador Aloisio de Toledo César Juiz Durval Augusto Resende Filho Juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares Juíza Dalva R. de Haro IMPRENSA Diretor de Imprensa Jamil Nakad Junior Diretoras Adjuntas de Imprensa Mariana Dalla Bernardina Eduarda Maria Romeiro Correa Edição, revisão, projeto gráfico e diagramação Rua Funchal, 203, 9º andar, cj. 91, Vila Olímpia, São Paulo (SP) CEP 04551-060 Fotos: Divulgação e Departamento de Comunicação da Apamagis Jornalista Responsável Demetrius Paparounis, MTB 21.687 facebook.com/apamagis facebook.com/apamagis Fotos: Divulgação TJ-SP TJ-SP Os desafios do TJ-SP para 2015 O presidente, José Renato Nalini, o vice, Eros Piceli, o corregedor-geral, Hamilton Akel, e o decano Sérgio Guerrieri Rezende falam sobre os projetos para este ano O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgou 837.268 processos em 2014. O número representa aumento de 22% na produtividade e é atribuído a mudanças na organização do trabalho e outras ações de seus dirigentes, juntamente com a dedicação dos magistrados e demais servidores. Para 2015, existem vários desafios. Um dos mais importantes, iniciado em fevereiro por meio de um projeto piloto, é a implantação em todo o Estado da audiência de custódia, que determina a rápida apresentação de presos em flagrante a um juiz. Outra meta para este ano é a conclusão do Tribunal 100% Digital, com processos totalmente informatizados. Esses projetos foram apresentados pelo presidente do TJ-SP, José Renato Nalini, na abertura do ano judiciário, no dia 6 de fevereiro, em evento com a presença do governador Geraldo Alckmin, do presiden- Os desembargadores Nalini, Piceli, Akel e Rezende: audiências de custódia, Tribunal 100% digital e outros projetos te do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e de diversas autoridades. Para falar sobre esses assuntos, a Tribuna da Magistratura entrevistou o presidente do TJ-SP, o vice, Eros Piceli, o corregedor-geral, Hamilton Elliot Akel, e o decano Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende. A seguir, os principais trechos das entrevistas dos magistrados. 4 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS “Seremos o maior tribunal informatizado de todo o mundo” O desembargador José Renato Nalini fala sobre os principais desafios para este ano O desembargador José Renato Nalini inicia seu segundo ano como presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 2014, sua gestão foi marcada por iniciativas como a inauguração do primeiro Cartório do Futuro do País e a intensificação da digitalização dos processos. Nesta entrevista, ele faz um balanço de 2014 e fala dos planos para 2015. Quais são as principais perspectivas para este ano? Em 2015, teremos 100% dos nossos processos digitalizados. Seremos então o primeiro tribunal brasileiro e o maior do mundo inteiramente informatizado. Outro projeto muito importante será a implementação da audiência de custódia. Como o País pode incentivar os métodos extrajudiciais para a solução de conflitos? Um país com mais de 100 milhões de processos é um país que está na UTI da Justiça. Vamos continuar na disseminação da cultura da pacificação. Temos de multiplicar os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), incentivar o Núcleo Especial Criminal (Necrim) da Polícia Civil e outros movimentos análogos. Precisamos trabalhar para que o Conselho Nacional de Justiça autorize os cartórios extrajudiciais a promover mediação e conciliação de conflitos por meio do Provimento CGJ 17/2013. Ao mesmo tempo, vamos continuar melhorando a gestão, fazendo o que for possível para tornar a Justiça eficiente. “Precisamos trabalhar para que o CNJ autorize os cartórios extrajudiciais a promover mediação e conciliação de conflitos” Qual a importância do aumento de 22% na produtividade do TJ-SP? As metas de produtividade podem ser polêmicas, mas são neces- José Renato Nalini, presidente do TJ-SP: abertura do Tribunal para a sociedade sárias. A sociedade está pedindo que sejamos mais rápidos, eficazes e efetivos. Quem traz um problema para a Justiça geralmente está desesperado e angustiado, e essa consciência já permeou a imensa maioria dos magistrados e funcionários. Em relação aos funcionários, temos feito muito para resgatar a autoestima deles Há previsão para expandir o projeto Cartório do Futuro? Sim, deve ser expandido. Essa prática foi resultado de longo trabalho e começou na Corregedoria, com uma equipe maravilhosa. Existe uma porção de gente envolvida nesse projeto e, como a experiência está sendo bemsucedida, temos inúmeros pedidos para levar o Cartório do Futuro para cidades do interior. O senhor também acredita que a audiência de custódia seguirá o mesmo rumo? A audiência de custódia é uma proposta polêmica, não será fácil, mas vai funcionar. O que está em questão é uma tutela da liberdade, que é mandamento constitucional, e nós estávamos falhando nisso. Agora, São Paulo será o primeiro Estado a institucionalizar a audiência. Como gostaria que sua gestão ficasse marcada? Pela abertura, por nossa tentativa de fazer com que o público interno e o externo prestassem mais atenção no sistema de Justiça. O Judiciário não é propriedade dos juízes, é um serviço estatal, mantido pela população, e ela tem o direito de discutir os rumos da Justiça. Foi por isso que constituímos o Conselho Consultivo Interinstitucional, chamando pessoas de dentro e de fora para ajudar a repensar o sistema de Justiça. A sociedade, em geral, recebeu muito bem essa abertura. facebook.com/apamagis TJ-SP “Temos 3 saídas para acelerar a Justiça” C omo vice-presidente do TJ-SP e membro do Conselho Superior da Magistratura, o desembargador Eros Piceli tem papel de destaque nos projetos de aperfeiçoamento da instituição. A seguir, sua entrevista à Tribuna da Magistratura. Como aprimorar a Justiça brasileira? Temos 23 milhões de processos em andamento. Creio que 13 milhões são de execuções fiscais da União, Estados e municípios. É uma desproporção. Outro ponto é que o brasileiro tem por cultura jogar todo o problema para o Poder Judiciário resolver, mas a sociedade precisa evoluir para solucionar parte dos seus conflitos. A mediação e conciliação de conflito é o melhor caminho? Temos três saídas para a celeridade: investimento em informática, aprimoramento dos Juizados Especiais e a expansão do recém-lançado Cartório do Futuro. Infelizmente, não criamos uma estrutura adequada para os juizados, e essa responsabilidade é nossa, da cúpula do tribunal. Realocamos juízes da Justiça comum, quando deveríamos ter criado uma estrutura sob medida. O que pensa da reeleição para os cargos de cúpula? Sou contra a reeleição, mas a favor de um mandato de três anos. Dois anos é um tempo muito curto. O senhor é a favor das eleições diretas nos TJs? Todos os juízes têm capacidade para votar, mas a questão é bem mais complexa no âmbito do Judiciário. Temos de tomar cuidado com a politização nos tribunais, com prejuízos à atividade processual dos magistrados. Qual mensagem o senhor gostaria de deixar para os juízes neste ano que se inicia? Espero que 2015 não seja tão pe- Desembargador Eros Piceli, vice-presidente do TJ-SP sado como estão desenhando. Tenho expectativa de que consigamos, com a Apamagis, melhorar a estrutura para os juízes de primeiro grau e garantir amparo para todos. O presidente Jayme de Oliveira tem feito um excelente trabalho, tem conseguido remoçar e oxigenar o quadro associativo e conta com o nosso apoio. “Sou contra a reeleição, mas a favor de um mandato de três anos. Dois anos é um tempo muito curto” “Hoje, a primeira instância é mais exigida” O O desembargador Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende, decano do TJ-SP desembargador Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende integra o Conselho Superior da Magistratura como desembargador mais antigo do Tribunal de Justiça de São Paulo. Além da longa experiência 6 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS no tribunal, Guerrieri Rezenda já foi presidente da Apamagis e conhece como poucos os desafios da magistratura. O decano Guerrieri Rezende concedeu a seguinte entrevista à Tribuna da Magistratura: “Os magistrados viam o corregedor quase como um inquisidor” O corregedor-geral da Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Hamilton Elliot Akel, se aposenta compulsoriamente em outubro. Na conversa com a Tribuna da Magistratura, ele falou sobre o papel da Corregedoria, o início das audiências de custódia e a Apamagis. Leia a seguir os principais trechos da entrevista: De que forma o magistrado vê o papel do corregedor? Tendo em vista toda uma história das corregedorias, eles viam o corregedor quase como o inquisidor. Tenho sempre dito que a função do corregedor não é apenas corrigir, aliás, a verdadeira função do corregedor é correger, é orientar o juiz a respeito da observância de certos princípios e da implantação de procedimentos que assegurem a melhor prestação jurisdicional possível. O que o senhor pensa da implanta- ção das audiências de custódia? Elas darão cumprimento ao compromisso assumido pelo Brasil, há muitos anos, no pacto de San José da Costa Rica de proteção dos direitos humanos. Ali se prevê a necessidade de presos em flagrante serem apresentados à autoridade judiciária no prazo de 24 horas. Essa audiência vai permitir que o juiz tenha contato pessoal e constatar a incolumidade física do preso ou outras necessidades. Quais são os principais desafios deste ano? Os desafios se iniciaram em 2014. Eu me aposento compulsoriamente em outubro, então eu tenho nove meses pela frente para tentar dar efetividade aos projetos da Corregedoria. Nós implantamos vários projetos, e outros, da corregedoria anterior, ainda estão em andamento. O grande problema com que deparamos é falta de material humano. De qualquer forma eu sou otimista. O decano é bastante ouvido nas decisões do tribunal? O tempo de prestação jurisdicional faz com que o desembargador mais antigo tenha grande experiência. E ele é ouvido, também, porque participa do Conselho Superior da Magistratura, que é órgão máximo de direção da magistratura. “O diálogo é a marca da gestão do desembargador Nalini, que está realizando uma excelente administração” O diálogo é uma característica marcante da atual gestão? Concordo. O diálogo é a marca da gestão do desembargador Nalini, O corregedor-geral de Justiça de São Paulo, desembargador Hamilton Elliot Akel Qual sua visão sobre a Apamagis? Eu sou associado da Apamagis há 42 anos. As minhas filhas, que hoje já são casadas e com filhos, praticamente cresceram dentro da associação. A Apamagis é a minha casa. É a entidade que me representa, e eu acho que todos nós juízes temos de estar unidos em torno dela. “A verdadeira função do corregedor é correger, é orientar o juiz a respeito da observância de certos princípios” que está realizando uma excelente administração à frente do TJ-SP. Qual a diferença da primeira instância hoje e quando ingressou na magistratura? Hoje, a primeira instância é muito mais exigida do que quando eu comecei na magistratura, com cobrança de produtividade de cada magistrado, com meios mais rápidos e com o julgamento virtual. facebook.com/apamagis CAPA O presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, na reunião com a juíza Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz. e o juiz Antonio Maria Patiño Zorz Apamagis atua em projeto de audiência de custódia Objetivo é garantir a segurança e evitar sobrecarga dos magistrados U m dos temas de maior destaque no Judiciário paulista no início do ano foi a implantação do projeto piloto da audiência de custódia, em fevereiro, no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda. Desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Ministério da Justiça e implantado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o projeto é observado com muita atenção pela Apamagis, que também acompanha a tramitação, no Congresso Nacional, de dois projetos de lei sobre o tema (o PL 554/2011, no Senado, e o PL 7.871/2014, na Câmara dos Deputados). “A audiência de custódia em si não é problema”, diz Jayme de Oliveira, presidente da Apamagis. Segundo ele, a questão é saber se os fóruns contarão com a estrutura necessária para receber um contingente ainda maior de pessoas em situação conflituosa, uma preocupação comum entre os juízes consultados, especialmente no interior do Estado. “A magistratura já está sobrecarregada e, para lhe atribuir mais atividades, é necessário garantir o mínimo de estrutura e segurança”, afirma o presidente da Apamagis. 8 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Para defender os interesses dos magistrados, Jayme de Oliveira tratou do assunto com o Comando-Geral da Polícia Militar de São Paulo, a Corregedoria-Geral do TJ-SP, o Ministério Público, a Associação Paulista do Ministério Público, a Associação dos Delegados da Polícia Federal, a Associação dos Delegados de Polícia Civil do Distrito Federal, a diretora do Fórum Criminal da Barra Funda, Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz de Oliveira, e o juiz corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária de São Paulo, Antonio Maria Patiño Zorz. REPERCUSSÃO DO PROJETO SUPORTE LOGÍSTICO “A iniciativa é louvável. Contudo, o alcance dos objetivos almejados está intimamente ligado à efetivação e consecução de estrutura e planejamento, dando suporte logístico a todas as pessoas diretamente envolvidas ‘na linha de frente’ dos trabalhos.” Juíza Maria de Fátima dos Santos Gomes Muniz, responsável pela execução do projeto no Fórum da Barra Funda RESGATE DO HUMANISMO “A audiência de custódia possui uma envergadura fantástica e resgata o humanismo. Tem funcionado e se mostrado positiva. Se não tivesse sido implantada, o número de prisões sem essa avaliação ‘humanizante’ seria muito maior.” Antonio Maria Patiño Zorz, juiz corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária de São Paulo AVALIAR OS OBJETIVOS “O ponto não é ser contra ou a favor da audiência de custódia, mas avaliar seus objetivos; como se pretende que eles sejam alcançados; se ela é compatível com nosso sistema processual penal.” Bruno Luiz Cassiolato, juiz da Vara Criminal de Caraguatatuba PROTEÇÃO DA DIGNIDADE “Representa um salto qualitativo no sistema de Justiça criminal, tanto para a valorização da atividade de todos os profissionais que o integram quanto para a efetiva proteção da dignidade da pessoa humana.” Jayme Garcia dos Santos Júnior, juiz assessor da Corregedoria Redução da segurança é motivo de preocupação A Apamagis está preocupada com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo de reduzir a segurança nos fóruns do Estado e protocolizou um pedido para ter acesso aos estudos que teriam orientado a medida. “Uma só vida perdida por problemas de segurança não justifica qualquer economia”, diz o presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, lembrando que existem cerca de 200 juízes ameaçados no Brasil. A redução já foi observada, por exemplo, no Fórum da Barra Funda, onde foi implantado o projeto piloto das audiências de custódia. “Precisamos zelar pelos magistrados, que não devem sofrer ainda mais com a intranquilidade”, afirma Oliveira. A Apamagis pretende verificar se a redução está de acordo com as Resoluções 104/10 e 176/13 do CNJ, que regulamentam os procedimentos de segurança. O 2º vice-presidente da Apama- Segurança no Fórum João Mendes gis, desembargador Oscild de Lima Junior, ressalta que o objetivo não é proteger apenas os juízes. “O ambiente forense é composto de funcionários, promotores, advogados, partes e testemunhas que devem merecer proteção integral pelo Poder Público.” Em defesa das Varas Fundiárias A Apamagis defende a criação de varas especializadas em conflitos fundiários. A posição foi manifestada pelo presidente Jayme de Oliveira. Segundo ele, além de previstas na Constituição, elas são importantes para responder, por meio da especialização, aos desafios surgidos com o grande número de processos abertos em São Paulo desde 1988. “Defendemos a criação dessas varas de conflitos fundiários, mas que sejam preenchidas por concurso nos mesmos moldes que as outras varas são preenchidas, para garantir a livre convicção e a independência da magistratura”, explicou. O juiz José Tadeu Zanoni, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Osasco, destaca que a criação das varas agrárias representa um saudável desejo de especialização, assim como ocorreu com as Câmaras Empresariais, Ambientais e Varas de Falência. Segundo ele, é preciso observar, no entanto, os problemas surgidos em outros Estados, como saber se haverá demanda para a instalação de mais de uma Vara Fundiária e a necessidade de provimento na forma da lei. facebook.com/apamagis ENTREVISTA Os planos e as ideias do novo secretário de Justiça de SP O desembargador Aloisio de Toledo César promete priorizar idosos e crianças, e fala sobre outros temas da magistratura E le começou a carreira como jornalista de O Estado de S.Paulo até trocar a profissão pela magistratura, no fim dos anos 80. Foi juiz e desembargador, integrou por seis anos o Órgão Especial do TJ-SP e, depois de se aposentar, tornou-se coordenador do Tribunal de Justiça na 27ª região administrativa. Em janeiro, o desembargador Aloisio de Toledo César assumiu o comando da Secretaria Estadual de Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo no segundo mandato do governador Geraldo Alckmin. Associado da Apamagis e membro do conselho editorial da Tribuna da Magistratura, o desembargador fez em janeiro a primeira visita oficial à Associação como secretário estadual. Foi recebido por diretores e pelo presidente, Jayme de Oliveira, em encontro com o objetivo de aproximar ainda mais as duas entidades. Dois dias antes, deu entrevista à Tribuna da Magistratura em seu gabinete no Pátio do Colégio. A seguir, os principais trechos. O senhor já traçou planos para o novo cargo? Por sugestão do governador, planejo cuidar com mais atenção dos dois extremos da vida: crianças e idosos. Uma das medidas em estudo “Alguns grupos foram se atrelando aos juízes para barganhar salário similar, o que é ruim para o País” é conceder incentivo do Estado para as empresas que mantiverem funcionários com mais de 60 anos em seus quadros. Outra é agilizar o processo de adoção de crianças, iniciativa que deve envolver o presidente do TJ-SP e o procurador-geral de Justiça. 10 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Como a Secretaria de Justiça pode contribuir em relação ao acúmulo de processos no TJ-SP? Quem pode sugerir mudanças significativas é o Congresso Nacional. O Judiciário está entupido de processos em Brasília e no Rio também. O problema é que aqui na capital temos o maior tribunal do mundo, com um volume de processos absurdo. Costumo citar um estudo do presidente do Tribunal de Contas, Edson Simões, sobre a Constituição de 88. Ele constatou que a CF outorga o cidadão com 52 diretos e apenas oito deveres, pois havia uma demanda extremante reprimida antes da aprovação da Carta Magna. E esse reflexo pode ser sentido nos dias de hoje, com o volume de processos no Judiciário. Qual a sua visão sobre a Apamagis e a atual gestão? É uma entidade de classe fantástica, que funciona muito bem. Estou muito satisfeito com a gestão do O desembargador Aloisio de Toledo César, secretário Estadual de Justiça sistema de Justiça norte-americano. Lá tudo se resolve com mais agilidade e o Judiciário é respeitado. É um sistema simples, mas eficaz. Aqui infelizmente nosso sistema é moroso. Não podemos ter uma Justiça burocrata. A legislação deles é mais simples. Eles não precisam se aprofundar muito em doutrina. As decisões são sucintas. Não são como magistrados brasileiros que muitas vezes, em suas decisões, citam direito alemão, francês, jurisprudências e mais jurisprudências, súmulas, fazendo um verdadeiro turismo pelo direito dos países. Infelizmente não somos objetivos. dr. Jayme. Gosto de jovens. Eles trabalham com muita disposição. O presidente vai imprimir uma ótima marca e já tem mostrado que é um bom administrador. Como enxerga essa sua transição do Judiciário para o Executivo? Tive uma fase difícil no Órgão Especial do TJ-SP, ao ter de julgar muitos colegas. É terrível, muita pressão. Nos últimos anos, sofri muito por isso. Agora, o que muda nesta minha nova função é a natureza do trabalho. Aqui sempre tem um componente político, o que diferencia muito, pois como desembargador não há influência de uma parte ou de outra, mas sim uma pressão muito grande para tomar a decisão justa, dentro da lei. O que pensa dos projetos que reajustam os salários dos magistrados? Magistrado, sem sombra de dúvidas, precisa ganhar bem. Ele não pode ter nenhum tipo de perturbação financeira, pois precisa ter tranquilidade para julgar. Isso não é para o juiz, é para a sociedade. O problema é que alguns grupos foram se atrelando aos juízes para barganhar salário similar, o que é ruim. Os vencimentos precisam ser desvinculados. O novo CPC foi aprovado pelo Senado recentemente. O senhor considera as mudanças positivas? Melhora um pouco, mas não resolve. Temos de mudar radicalmente o sistema de julgar. Temos de copiar o O secretário Aloísio de Toledo César é recebido na Apamagis pelo presidente, Jayme de Oliveira; o vice, Oscild de Lima Júnior; a juíza Vanessa Ribeiro Mateus; o desembargador Miguel Marques e Silva; o desembargador Carlos Alberto Garbi; o desembargador Eduardo Cortez Freitas Gouvea; o juizcorregedor do TJ-SP, Durval Augusto Resende Filho; o juiz militar Antonio Augusto Neves, e o juiz aposentado Luiz Geraldo Cunha Malheiro. facebook.com/apamagis APAMAGIS O diretor de Turismo e Convênios, dr. Ademir Modesto de Souza e internacionais com preços vantajosos. Renovamos as parcerias com a TAM e a GOL, que possibilitam a compra de bilhetes por preços corporativos, e estamos negociando com a Azul uma parceria nos mesmos moldes. Fizemos também acordos com duas importantes operadoras de câmbio, a Cotação e a Novo Mundo, possibilitando ao associado a compra de moeda estrangeira com taxa de câmbio diferenciada e entrega na capital e em algumas cidades do interior. Novas vantagens em Turismo e Convênios O departamento conseguiu descontos maiores em viagens e novas vantagens para os associados O Departamento de Turismo e Convênios da Apamagis se dedica a buscar benefícios para os associados na compra de diversos produtos e serviços. Consegue fazer negociações especiais com as empresas para oferecer descontos e conveniência aos associados. Na entrevista a seguir, o diretor de Turismo e Convênios, Ademir Modesto de Souza, fala sobre as novidades do departamento. novos convênios. A Apamagis é parceira das principais e maiores operadoras de turismo do País. Com duas importantes agências, a Agaxtur e a Visual, aumentamos o desconto de 10% para 12%. Ampliamos as parcerias com as operadoras de seguro internacional e com empresas de intercâmbio estudantil. A STB, uma das maiores e mais importantes desse ramo, agora é parceira da Apamagis. O que mudou no último ano? Focamos em melhoria no atendimento do associado, condições melhores com os parceiros atuais e também E nas compras de passagens aéreas? Fechamos parcerias com novas operadoras, permitindo aos associados a compra de passagens nacionais 12 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS As vantagens para os associados são expressivas? Para ter uma ideia, só os descontos disponíveis em escolas muitas vezes são maiores do que a mensalidade da Apamagis. Os principais convênios são com planos de saúde, escolas de ensino fundamental e médio, cursos universitários e de idiomas, concessionárias e revendedoras de automóveis, blindagem de veículos, livrarias, lojas de compras online, restaurantes, hotéis e flats na capital e também no interior. O associado tem acesso a essas facilidades no site? Sim. Aliás, desenvolvemos um sistema mais seguro para compras online que só permite acesso ao associado previamente identificado. Estamos finalizando uma importante atualização do site para melhorar a classificação dos convênios e facilitar a busca de vantagens. Vamos também classificá-los por cidades e temas. Pretendemos, ao longo do ano de 2015, ampliar as parcerias e melhorar ainda mais as já existentes. Nossos olhos no Legislativo Os desafios do departamento que acompanha os projetos de lei de interesse da magistratura O Departamento de Assuntos Legislativos da Apamagis atua no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa de São Paulo acompanhando projetos de lei e votações relacionados com a magistratura. O objetivo é participar ativamente das discussões e defender os interesses dos associados. Em 2015, um dos principais desafios é conhecer os novos integrantes dessas duas casas legislativas, renovadas com as eleições do ano passado. “Temos de recomeçar do zero”, diz a juíza Ana Rita de Figueiredo Nery, diretora do departamento. Um dos temas mais importantes é a reforma da Lei Orgânica da Magistratura (Loman), anterior à Constituição de 1988. “Existem muitos projetos sobre a Loman, e temos de acompanhar de perto o andamento de cada um”, afirma Ana Rita. “A Apamagis precisa participar das discussões.” Outro projeto importante é a PEC 63/2013, que prevê um adicional de até 35% na remuneração do magistrado por tempo de exercício na função. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a presença da Apamagis também tem sido fundamental para discussões dos assuntos de interesse da magistratura. “Aqui na Alesp nós conseguimos vitórias na tramitação de vários projetos.” Ana Rita de Figueiredo Nery, diretora do Departamento de Assuntos Legislativos PARCERIAS E MUITO TRABALHO EM BRASÍLIA Em Brasília, com o apoio da Assessoria Legislativa da Apamagis, coordenada pela assessora Isabela Serafim, são monitorados centenas de projetos de interesse da magistratura. “Nosso relacionamento com o Legislativo permite participar das discussões de diversos projetos de lei com outras associações”, conta Ana Nery, diretora do Departamento de Assuntos Legislativos, citando instituições como Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra); Associação Nacional dos Juízes Federais (Ajufe). A agenda para 2015 dará ênfase ao trabalho de conhecer os novos deputados e senadores, acompanhar os projetos em discussão e manter o relacionamento com as instituições parceiras. facebook.com/apamagis NOTAS Apamagis conquista 165 novos associados em um ano Fortalecimento da representatividade é uma das bandeiras da diretoria U ma das bandeiras da atual gestão é aumentar ainda mais a representatividade da Apamagis. As ações adotadas nesse sentido estão dando resultado. De 2014 até a primeira quinzena de fevereiro, a Associação registrou 165 adesões (101 novos juízes, além de 36 magistrados e 11 pensionistas que estavam afastados no ano passado; e 17 associados este ano). Um dos destaques foi a região de Araçatuba, que registrou seis novas adesões este ano. “Nosso papel é mostrar as vantagens associativas, econômicas e sociais de ser um associado”, disse o coordenador da Apamagis na região, dr. Henrique de Castilho Jacinto. A juíza Sônia Cavalcante Pessoa explicou sua decisão: “A Apamagis tem feito um trabalho interessante em defesa das prerrogativas da classe e quis fazer parte.” O magistrado aposentado Arari Teixeira Leme, de Jaú, teve motivação semelhante. “Em conversas com colegas e acompanhando os trabalhos dessa nova gestão, decidi voltar para a Associação”, justificou. O presidente da Apamagis agradeceu aos coordenadores e novos associados. “É uma satisfação muito grande a adesão inicial ou o retorno de magistrados”, disse Jayme de Oliveira. “A força coletiva é que trará melhores condições estruturais para a classe.” Dr. Henrique de Castilho Jacinto, coordenador da Apamagis em Araçatuba Vai encarar o desafio? A Apamagis participará da sétima edição dos Jogos Nacionais da Magistratura, em João Pessoa, na Paraíba, entre os dias 29 de abril e 3 de maio. O evento da Associação dos Magistrados Brasileiros incentiva a prática esportiva e o encontro de magistrados e suas famílias de todo o País. Confira as modalidades: • Atletismo (masculino e feminino); • Pebolim; • Tiro (masculino e feminino); • Basquete (masculino); • Corrida de 5 mil e 10 mil metros (masculino e feminino); • Vôlei de praia em duplas (masculino e feminino); • Sinuca (masculino); • Vôlei de quadra (masculino e feminino); • Tênis de mesa (masculino e feminino); • Xadrez (masculino e feminino) • Futevôlei (masculino); • Futsal (masculino); • Natação (masculino e feminino); Informações e inscrições no site: www.amb.com.br/jogos/2014/ 14 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Apamagis divulga vantagens da Jusprev Previdência complementar dos magistrados pode ser deduzida do IR e aceita portabilidade O diretor da Apamagis para assuntos da Jusprev, Fábio Aguiar Munhoz Soares juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares é o diretor da Apamagis responsável pelos assuntos relacionados com a Previdência Associativa do Ministério Público e da Justiça Brasileira (Jusprev). Em fevereiro, ele apresentou ao presidente, Jayme de Oliveira, um balanço das atividades de divulgação dos planos. Citou as recentes visitas dos consultores da Jus- do em benefício ao associado”, afirma o juiz Fábio Aguiar. “E é importante lembrar que pode ser feita portabilidade de outros planos de previdência.” Para ter um plano da Jusprev, é preciso ser associado da Apamagis. Para obter mais informações, fale com Cláudia Midori, do setor de Atendimento da Apamagis, no telefone (11) 3292-2200. O prev aos Fóruns Mário Guimarães, da Barra Funda, e Hely Lopes Meirelles, da Fazenda Pública, na região Central, para esclarecimento de dúvidas e busca de novas adesões. Uma das vantagens dos planos da Jusprev é a possibilidade de deduzir 12% das contribuições do imposto de renda. “Por não visar ao lucro, tudo o que a Jusprev conquista é reverti- Conselho da Apamagis tem novo presidente O desembargador Luis Fernando Nishi assumiu em janeiro a presidência do Conselho da Apamagis. Associado da entidade desde seu ingresso na magistratura, Nishi nasceu na cidade de São Paulo, em 1961. Formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e ingressou na magistratura em 1985, como juiz substituto em Andradina. Passou pelas comarcas de Guararapes, Barueri e São Bernardo do Campo até chegar à 10ª vara da Fazenda Pública da capital. Em 2004, tornou-se juiz substituto em segundo grau, atuando na 4ª Câmara de Direito Público e depois na 31ª Câmara de Direito Privado. Segundo o desembargador, O Conselho da Apamagis Presidente: Desembargador Luis Fernando Nishi Vice-Presidente: Desembargador Renzo Leonardi Secretária: Juíza Carolina Nabarro Munhoz Rossi Conselheiros: O desembargador Luis Fernando Nishi • Desembargador Ademir de Carvalho Benedito uma das principais metas do Conselho para 2015 é a conclusão da reforma do estatuto. “Vamos acompanhar de perto o resultado final das propostas da reforma elaboradas por uma comissão que foi constituída para isso e depois colocá-las em votação numa assembleia”, resumiu. Segundo ele, o novo estatuto, entre outras definições, deverá ampliar as funções e deixar mais claras as atribuições do Conselho. • Desembargador Antonio Raphael Silva Salvador • Desembargador Carlos Alberto Garbi • Juiz Carlos Fonseca Monnerat • Juíza Maria de Fátima dos Santos Gomes M. de Oliveira • Desembargador Paulo Alcides Amaral Salles • Juíza Valéria Ferioli Lagrasta Luchiari • Desembargador Roque Antonio Mesquita de Oliveira (membro-nato) facebook.com/apamagis TRE Desembargador Mathias Coltro assume Colégio de Presidentes dos TREs Presidente do Tribunal Regional Eleitoral paulista fala sobre sua nova função O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Antônio Carlos Mathias Coltro, tomou posse em janeiro como presidente do Colégio de Presidentes dos TREs de todo o Brasil. “É muito importante para São Paulo e tenho muito orgulho do novo desafio”, disse. Em entrevista à Tribuna da Magistratura, o presidente do TRE paulista e agora também presidente do Colégio de Presidentes fez uma análise sobre 2014. “Foi um ano extremamente pesado, em termos de trabalho, mas com ótimos resultados para os Tribunais Eleitorais, na maior eleição que já se realizou no Brasil.” Ele elogiou e agradeceu o empe- Antônio Carlos Mathias Coltro, presidente do Colégio de Presidentes dos TREs nho de todos os servidores que trabalharam nos tribunais eleitorais para realizar as eleições para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais com agilidade e segurança. Mathias Coltro disse ter orgulho também de ser associado da Apamagis há 36 anos. “É uma instituição séria e preocupada com o atendimento aos associados e seus dependentes, além de realizar a defesa da classe e de suas prerrogativas”, afirmou. O presidente do TRE contou que costuma indicar a Apamagis aos novos magistrados e também àqueles que nunca fizeram parte do quadro associativo. “É uma entidade associativa que presta relevantes serviços aos magistrados e suas famílias.” concluiu. Apamagis prestigiou o evento A Apamagis, por meio do presidente Jayme de Oliveira, participou do 64º Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do País, no dia 9 de janeiro, em São Paulo. Além de discutir assuntos relacionados às funções institucionais da Justiça Eleitoral, o evento marcou a posse do desembargador Antônio Carlos Mathias Coltro, presidente do TRE-SP, como presidente do Colégio de Presidentes dos TREs. Participaram do encontro presidentes e representantes de 16 Tribunais Regionais Eleitorais; o presidente do TJ-SP, desembargador José Renato Nalini; o corregedor eleitoral, desembargador Mário Devienne Ferraz, diretor da Apamagis; o presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de São Paulo, juiz Paulo Adib Casseb, entre outras autoridades. 16 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Jayme de Oliveira no Encontro do Colégio de Presidentes dos TREs facebook.com/apamagis facebook.com/apamagis VISITAS Apamagis presta contas no Fórum Regional da Penha O presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, visitou no dia 2 de fevereiro o Fórum Regional da Penha, na zona leste da Capital, onde foi recebido por 14 magistrados. Durante o encontro, ele traçou um panorama do primeiro ano da gestão da atual diretoria e falou sobre algumas conquistas da magistratura. Entre elas, o empenho da Apamagis com outras entidades para que o Congresso Nacional aprovasse reajuste dos subsídios em 14,6%. “Tivemos de desacelerar alguns outros projetos para focar neste”, disse o presidente. Jayme de Oliveira também falou sobre o auxílio-moradia, conquistado no fim de 2014, e citou a existência de mais de 50 projetos de interesse da magistratura que tramitam na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), como o que prevê auxílio-saúde. Estiveram presentes na reunião no Fórum da Penha os magistrados O presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, com os magistrados do Fórum da Penha Adaísa Bernardi Isaac Halpern; Álvaro Luiz Valery Mirra; Anderson Antonucci; Cláudia Félix de Lima; Dácio Giraldi; Eduardo Moretzshn de Castro; José Carlos de Lucca; José Luiz de Jesus Vieira; José Ricardo Santini Antonietto; Júlio Cézar dos Santos; Maria Regina D’Agnessa Trippo Kimura; Débora de Oliveira Ribeiro; a diretora do Fórum, Cristina Aparecida Mogione, e o coordenador da Apamagis Juiz Sinval Ribeiro de Souza. Apamagis é recebida no QG da PM Antonio Augusto Neves, Francisco Alberto Aires Mesquita e Gilberto Tardochi da Silva. O presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, visitou o Comando-Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo para conhecer o plano da PM para a operacionalização do projeto das audiências de custódia. “Nosso objetivo era saber como ficaria a segurança dos magistrados”, explicou. Ele foi recebido pelo subcomandante-geral, coronel PM Francisco Alberto Aires Mesquita, e pelo coordenador operacional da Polícia Militar, coronel PM Gilberto Tardochi da Silva, que detalhou como será a operação. O encontro foi organizado pelo juiz militar coronel PM, Antonio Augusto Neves, diretor-adjunto do Depto. de Segurança da Apamagis. 18 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Apamagis e AASP planejam cursos em conjunto O presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Leonardo Sica, juntamente com o diretor da entidade, Ricardo de Carvalho Aprigliano, visitaram a sede da Apamagis no dia 2 de fevereiro, ocasião em que destacaram a importância do diálogo entre as duas instituições e a possibilidade de parcerias para seus associados. O presidente da Apamagis, Jayme de Oliveira, recebeu as sugestões com bons olhos. “Esse intercâmbio entre magistrados e advogados é de extrema importância, principalmente na promoção de cursos para os associados”, disse, lembrando que essa demanda vai ao encontro de uma das prioridades da Apamagis, que é fortalecer sua área cultural, principalmente com a criação de cursos presenciais e telepresenciais. O presidente Jayme de Oliveira destacou também que há excelentes O diretor Ricardo Aprigliano e o presidente Leonardo Sica, da AASP, com Jayme de Oliveira magistrados professores para enriquecer a grade dos cursos. A reforma do novo Código de Processo Civil, aprovado recentemente pelo Senado, foi o primeiro tema sugerido pelo presidente da AASP para a realização de curso em conjunto. “O ponto de partida está dado. A nossa ideia é enriquecer o debate com a participação de juízes, advogados e demais membros da comunidade jurídica”, enfatizou Leonardo Sica. Cerimônia de vitaliciamento O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) realizou em 6 de março a cerimônia de vitaliciamento de 83 magistrados aprovados no 183º Concurso para Ingresso na Magistratura, em 2012. O evento aconteceu no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça com a presença de convidados e autoridades. No início da noite, a festa foi na sede social da Apamagis. “Nós queremos que vocês estejam sempre aqui, que frequentem essa casa”, disse o presidente Jayme de Oliveira, destacando a importância do associativismo. “Nós somos uma família e precisamos estar unidos, independentemente das diferenças ideológicas.” Recepção aos novos magistrados na sede da Apamagis facebook.com/apamagis Magistrado: com a Qualicorp você pode ter acesso aos mais respeitados planos de saúde. Só a parceria da APAMAGIS com a Qualicorp proporciona acesso ao melhor da medicina, com inúmeras vantagens para você, Magistrado. • Rede referenciada, com os melhores hospitais, laboratórios e médicos do Brasil.1 • Livre escolha de prestadores médico-hospitalares com reembolso.2 • Confira as possibilidades de redução de carências.3 Ligue e aproveite: 0800 799 3003 De segunda a sexta, das 9 às 21h, e aos sábados, das 10 às 16h. www.economizecomaqualicorp.com.br ¹ De acordo com a disponibilidade da rede médica da operadora escolhida e do plano contratado. ² Esse benefício se dá de acordo com a operadora escolhida e as condições contratuais do plano adquirido. A disponibilidade e as características desse benefício especial podem variar conforme a operadora escolhida e o plano contratado. 3 Planos de saúde coletivos por adesão, conforme as regras da ANS. Informações resumidas. A comercialização dos planos respeita a área de abrangência das respectivas operadoras. Os preços e as redes estão sujeitos a alterações, por parte das respectivas operadoras, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei no 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Setembro/2014. Bradesco Saúde: ANS nº 005711 SulAmérica: 20 | Janeiro e fevereiro de 2015 • TRIBUNA DA MAGISTRATURA • APAMAGIS Qualicorp Adm. de Benefícios: ANS nº 417173