INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 50 . JULHO DE 2014
Programa monitora
araras
em Estreito
Usinas passam
por vistoria
do Ibama
Presidente da CNI
fala sobre futuro
da indústria
R$ 104,4 milhões
pagos em royalties
no 1º semestre
GDF SUEZ
inaugura tanque
de GNL no Chile
SUMÁRIO
08
12
18
03
04
08
18
2
mensagem do presidente
03.
Respondendo aos desafios do setor
360º
04.
Prêmio de jornalismo ambiental
04.
Troféu Antônio José de Moraes Souza
05.
Teatro e educação ambiental
05.
Mostra de Cinema Infantil
06.
Amazônia na telona
06.
Troféu Onda Verde
07.
Prevenção de acidentes
07.
Itá recebe Congresso da Adjori
19
24
USINA
08.
A beleza da arara-azul-grande
10.
Ibama vistoria usinas
12.
Proteção de quelônios – Tocantis
14.
Rio Iguaçu recebe jundiás
16.
Modernização da UHSS
EMPRESA
18.
Goleada ambiental
20.
Royalties no 1º semestre
Tractebel Energia
29
31
ENTREVISTA
19.
Robson Braga de Andrade (CNI)
EMPRESA
24.
Encontro Internacional de Energia
26.
Terceiro Seminário de Ética,
Sustentabilidade e Energia
28.
Por dentro da Tractebel
GDF suez
29.
Tanque de armazenamento de GNL no Chile
30.
Acordo global de saúde e segurança no trabalho
ALTA VOLTAGEM
31.
Ranking Exame
Mensagem do Presidente
Portfólio
balanceado
É um conselho muito difundido aquele de que não se deve colocar
todos os investimentos numa única aplicação. O mesmo vale para nós
da Tractebel Energia quando o assunto são as fontes de geração. É uma
decisão estratégica manter no portfólio diferentes fontes, minimizando
os efeitos de variações climáticas em nosso fornecimento.
Nossa base de geração, tal como ocorre na geração brasileira, é a
hidroeletricidade. É uma fonte de energia limpa e renovável, que tem
destacado o país como possuidor de uma das matrizes energéticas
mais limpas do mundo. Hoje a Tractebel Energia opera 9 usinas
hidráulicas de grande porte, situadas em várias regiões brasileiras.
Elas têm capacidade instalada para fornecer 7.270 MW, montante
que nos coloca em condição privilegiada no mercado. Com Usinas
implantadas de Sul a Norte, estas unidades, além de gerar energia,
minimizam os impactos de secas prolongadas ou de cheias
extraordinárias, como as registradas recentemente nos estados do
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A existência de barragens
de usinas hidrelétricas contribuiu para a redução do impacto das
inundações que ocorreram na bacia do rio Uruguai, permitindo que a
população local tivesse mais tempo para se preparar para os efeitos da
maior cheia da história naquela região.
Outra força da Tractebel Energia são suas Usinas térmicas, que
possuem – juntas – 1.119 MW de capacidade instalada. Essa potência
é advinda majoritariamente do carvão mineral e do gás natural, mas
também inclui a biomassa resultante da produção de açúcar e álcool, e
da indústria madeireira. Elas nos ajudam a passar com segurança pelos
momentos em que a geração de fonte hidráulica é menos favorável. E
complementando nosso portfólio, temos também investido em fontes
complementares, em especial pequenas centrais hidrelétricas, eólicas
e uma unidade solar, que compõem 179 MW de nosso parque gerador.
O fato de nosso parque gerador atuar com diversas fontes de energia
nos dá o conhecimento técnico sobre cada uma delas e faz da Tractebel
Energia uma parceira confiável no mercado de energia elétrica do Brasil.
A excelência de nossos colaboradores em operar e manter as Usinas
garante, por sua vez, a disponibilidade exigida pelo sistema elétrico.
Nosso portfólio diferenciado se mantém equilibrado porque a Tractebel
Energia está constantemente investindo no desenvolvimento de novos
projetos. A tecnologia tem permitido reduzir significativamente os
impactos negativos resultantes da implantação de novas fontes de
energia, que são avaliadas de acordo com sua viabilidade econômica,
social e ambiental. Olhamos para a expertise que temos na Companhia
Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia
e em nosso Grupo controlador, a GDF SUEZ, para fazer as melhores
escolhas. E olhamos para frente, investindo, por meio de Pesquisa &
Desenvolvimento, nas fontes que poderão se tornar as melhores opções
de geração de energia elétrica no futuro.
Crescer com equilíbrio, minimizando ao máximo todos os riscos. Eis
nossa maneira de gerar energia para a vida.
BoasNovas
3
360o
O lançamento da sétima edição do Prêmio Fatma de Jornalismo Ambiental em
Florianópolis, no dia 5 de junho, reuniu representantes dos principais veículos de
comunicação de Santa Catarina, jornalistas e representantes da Fundação do
Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). O prêmio é patrocinado pela Tractebel
Energia desde a primeira edição, em 2008, e tem ainda a parceria da Associação
de Diários do Interior (ADI), Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina
(Adjori), Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert),
Sindicato dos Jornalistas e da Fábrica de Comunicação. As inscrições podem
ser feitas até o dia 31 de outubro, nas regionais da Fatma ou pelo correio, e a
divulgação dos resultados será em dezembro deste ano. Os vencedores ganham
R$ 5 mil e os segundos colocados recebem R$ 2 mil.
Prêmio de
jornalismo ambiental
Rafael Rosseti
Para o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, o prêmio confirma o compromisso da Fundação de estimular a preservação do meio ambiente. “Chegamos à
sétima edição do Prêmio Fatma de Jornalismo porque sempre acreditamos
na força da comunicação para divulgar, em todo o estado, bons projetos de
preservação ambiental e sustentabilidade”, afirma.
O diretor administrativo da Tractebel, Luciano Andriani, destaca os números do
prêmio. “A cada ano crescem as inscrições e a qualidade das matérias aumenta
significativamente. É muito gratificante saber que esse prêmio estimula o aumento
de reportagens sobre o meio ambiente”, sustenta Andriani.
Presidente da ACI, Ademir Arnon, o diretor administrativo da Tractebel,
Luciano Andriani e o presidente da FATMA, Alexandre Waltrick
Magal Santos
Troféu Antônio José
de Moraes Souza
dado à UEPS
A AJE (Associação dos Jovens Empresários do Piauí)
realizou, em maio, o evento Líder Nordeste 2014, com a
entrega do troféu Antônio José de Moraes Souza para
aqueles que se destacaram como empreendedores no
estado. A Tractebel Energia, com a Usina Eólica Pedra do
Sal, foi uma das agraciadas com o prêmio na categoria
Responsabilidade Ambiental. “Este prêmio é relevante
porque reconhece a classe empresarial do Piauí e também
a importância da Tractebel no desenvolvimento social e
econômico da região”, diz Alexandre Thiele, gerente da
Regional Eólicas.
Para Márcio Leal, da Usina Pedra do Sal, esse troféu
é uma forma de atestar os programas na área de
responsabilidade ambiental e social. Só em 2013, ressalta
Leal, 1,4 mil pessoas passaram pela Usina, conhecendo
diferentes formas de gerar energia, a parte operacional do
parque e os projetos ambientais.
Márcio Leal (esq) recebe o troféu em nome da Tractebel Energia
4
Tractebel Energia
360o
Teatro +
Educação Ambiental
Mais de três mil pessoas da região da Usina Hidrelétrica Machadinho, na divisa
do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, assistiram à peça Roda do Chimarrão
II - Chimarrito percorre as Nascentes do Rio Uruguai. O personagem visita a
nascente do Rio Pelotas, em Bom Jardim da Serra (SC), passa pelo Rio Canoas,
no Parque Nacional do São Joaquim (SC), e chega à Usina. Patrocinado pela
Tractebel Energia, acionista do Consórcio Machadinho, o projeto une teatro e
palestra e tem como objetivo difundir o teatro e educação ambiental.
Divulgação Machadinho
Ministradas pela agrônoma Sélia Felizzari, as palestras abordaram o Projeto
Nascentes, que vem sendo realizado no entorno da Usina Machadinho e mostra
a importância de preservar as nascentes de rios. Já a peça teatral foi encenada
pelo grupo Aldeia Teatral, em que o personagem se aventurou pelas encostas
do Rio Uruguai descobrindo suas nascentes e pontos de preservação.
“O retorno do projeto é muito bom e ajuda na educação. O conteúdo abordado
é fundamental, pois vai ao encontro daquilo que é trabalhado em sala de aula,
com temas ligados ao meio ambiente como água, lixo e poluição. De uma forma
lúdica, esses temas tornam-se mais atraentes e chamam a atenção dos alunos”,
comenta a diretora da Escola Marechal Câmara, Andréia Martinazzo Braga.
Henrique Pereira
Crianças e adolescentes se encantam com as
histórias e se engajam na proteção de nascentes
Mostra de
Cinema Infantil
A 13ª Mostra de Cinema Infantil, que vem sendo patrocinada pela Tractebel Energia desde as primeiras edições, reuniu
um público de quase 20 mil pessoas, em Florianópolis, entre
final de maio e início de junho. Nos nove dias foram exibidos
diversos filmes, entre eles premiados, estreias e muitos
curtas, como O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza; O
Menino e o Mundo, de Alê Abreu; e Um Ano Novo danado de
bom, curta de João Batista Melo. Ele destacou a presença
do público como um dos grandes méritos da Mostra.
“Foi emocionante ver tantas crianças e pais assistindo e
conversando sobre os curtas brasileiros”, confessou Melo.
Organizadora e mentora do evento, Luiza Lins vem lançando
há anos as sementes de cinema infantil. “A Mostra é
hoje muito mais que um festival do cinema, é um projeto
sociocultural, que promove a educação, a formação de
plateia para o cinema nacional, além de inclusão social e
valorização da nossa cultura”, explica Luiza.
Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis, lotou para apresentações da Mostra
BoasNovas
5
360o
Amazônia
na telona
Divulgação
Filme rodou o circuito nacional, levando mensagem conservacionista a todo o País
A diversidade da Amazônia pode ser
vista pela primeira vez em um filme
live-action 3D, totalmente filmado na
região. A coprodução Brasil e França –
apropriadamente chamada de Amazônia
3D – teve a Tractebel Energia como uma
das patrocinadoras por meio da Lei do
Audiovisual (Lei Rouanet). A película foi
selecionada para dois dos principais
festivais de cinema do mundo, em Veneza
(Itália) e Toronto (Canadá), em 2013, e ainda
será o filme de abertura do Festival do Rio,
na capital fluminense, em outubro. Além de
filmar na floresta, os produtores e o diretor
francês Thierry Ragobert optaram por
trabalhar com animais de verdade. O filme
conta com 98 espécies diferentes.
Troféu Onda Verde
Felipe Cruz
A Tractebel Energia recebeu o Troféu Onda Verde, promovido
pela Editora Expressão, em cerimônia realizada na FIESC,
no dia 25 de julho. A empresa foi destacada pelo projeto de
Co-firing no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, que
experimenta a queima de palha de arroz em conjunto com o
carvão mineral nas caldeiras para a geração térmica de energia.
Certificado pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior
premiação ambiental do Sul, o Prêmio Expressão de Ecologia
registra a trajetória da consciência ambiental empresarial
da região Sul do Brasil e é o maior mapa da evolução das
empresas em direção à sustentabilidade nesse período. A
premiação conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e dos três órgãos
ambientais públicos do Sul - SEMA/IAP (PR), Fatma (SC) e
FEPAM (RS) -, que enviam anualmente representantes para
compor o grupo de jurados da premiação.
Essa foi a 21ª edição do Prêmio. A Tractebel venceu na
categoria Inovação Tecnológica com o case “Energia para o
Futuro: Utilização da Palha de Arroz em Processo de Co-Firing
com Carvão Pulverizado”.
6
Tractebel Energia
Gerente de Meio Ambiente do Complexo Jorge Lacerda, Marcelo Caneschi,
e gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri
360o
Prevenção de acidentes
A Tractebel Energia lançou uma campanha interna para
a prevenção de acidentes de trabalho com foco na
identificação e registros de incidentes, que são situações
de risco ou que podem levar a acidentes sérios, doença ou
fatalidade. “Para cada 600 incidentes ocorre um acidente
com lesão e precisamos identificar, registrar e tratar essas
situações para não termos a ocorrência do acidente”,
comenta o gerente de Recursos Humanos Euclides Backes.
A iniciativa abrange todas as Usinas da Companhia e
sua Sede e inclui terceiros que prestam serviço para a
Empresa no público-alvo. “Os empregados da Tractebel
e todos aqueles que trabalham para nós ou em nossas
instalações estão sob nosso cuidado permanente.
Queremos que todos possam trabalhar e voltar em
segurança para suas famílias”, comenta o diretor
administrativo da Tractebel, Luciano Andriani.
Divulgação Tractebel
Trezentos representantes dos jornais do interior de Santa
Catarina e de várias regiões do Brasil estiveram reunidos de 6
a 8 de junho, na cidade de Itá (SC), no 42º Congresso Estadual
da Adjori/SC e IV Encontro Nacional de Jornais Locais. Com
patrocínio do Consórcio Itá, do qual a Tractebel Energia faz
parte, do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do
Extremo Sul) e da Prefeitura de Itá, diversos painéis foram
apresentados, entre eles a Campanha Mundial de Valorização
do Papel e da Mídia Impressa e a Criatividade como
Ferramenta para Vencer Desafios, abordada por uma das
mais criativas mentes do mercado publicitário, o presidente
da Fischer, Antonio Costa Neto, o Toninho Neto.
Para a prefeita de Itá, Leide Mara Bender, foi uma excelente
oportunidade de mostrar a cidade para todo o Brasil, já que
estavam no município formadores de opinião não só de
Santa Catarina, como de outros estados - Sergipe, São
Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná. “São eles que
vão divulgar Itá, mostrar as belezas que temos aqui, o que vai
gerar desenvolvimento e renda para o município. Só tenho
a agradecer aos parceiros Tractebel Energia e BRDE, que
acreditaram no evento e à Adjori/SC, grande responsável
pelo Congresso”, afirmou Leide Bender.
A segurança no trabalho é prioridade permanente da
Companhia e do Grupo GDF SUEZ, seja nos ambientes
de escritório ou nas Usinas. “Todos estamos engajados
para garantir que as situações de risco e os incidentes
sejam identificados e sejam mitigados para que não
tenhamos acidentes”, conclui o diretor de Produção,
José Carlos Cauduro Minuzzo.
Itá recebe
Congresso da Adjori
Divulgação Adjori/SC
Miguel Gobbi, presidente da Adjori/SC e da Adjori Brasil; prefeita de Itá,
Leide Mara Bender; Francisco Delmondes Bentinho, presidente da Adjori MT
BoasNovas
7
USINA
A beleza da
arara-azul-grande
Monitorada há mais de dois anos na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Estreito,
a arara-azul-grande é considerada a maior arara do mundo, mas ainda é uma espécie
que habita o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
Divulgação Biota
Ninhos de arara-azul-grande foram identificados na região de abrangência da Usina Estreito, na divisa dos estados do Tocantins e Maranhão
A beleza da plumagem de um azul intenso, o ruído e o tamanho chamam
a atenção quando cortam o céu em casais ou bandos. Preferem
árvores com copas abertas, como o Manduvi, vivem nos biomas da
Floresta Amazônica e, principalmente, no do Cerrado e Pantanal, com
possibilidade de migrações para alimentação e/ou reprodução. Chegam
a medir um metro de comprimento, sendo a maior representante
dos Psitacídeos, são bem azuis com uma pele nua amarela em torno
dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula. Elas são fontes
inspiradoras de música, desenhos animados e filmes, como Rio, de
Carlos Saldanha, que conta a história de Blu, uma arara azul macho
que é levada ao Rio de Janeiro para se acasalar com uma fêmea.
Sua alimentação é baseada em três espécies de palmeiras – macaúba,
piaçava e inajá –, e chegam a pesar até 1,7 kg antes de abandonar
o ninho. A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) resiste
graças a projetos de preservação, como é o caso do Programa de
Monitoramento da Arara-azul-grande, desenvolvido há dois anos no
8
Tractebel Energia
entorno da Usina Hidrelétrica Estreito, no Rio Tocantins, cuja operação
está sob responsabilidade da Tractebel Energia.
A empresa Biota Projetos e Consultoria Ambiental executa o Programa
de Monitoramento, que tem como principal objetivo obter informações
ecológicas e da dinâmica populacional da espécie para promover, em
médio e longo prazos, ações que assegurem a sua conservação nas
proximidades da hidrelétrica.
A bióloga, funcionária da Biota e responsável pelo monitoramento,
Luana Monteiro, informa que as araras são aves sociais, que vivem aos
pares, em casais e podem viver até 55 anos. “Hoje a arara-azul-grande
está ameaçada de extinção devido à captura de indivíduos da natureza
para o tráfico, alteração no habitat e coleta de penas para confecções de
cocares”, explica a bióloga.
Segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção,
o número de araras-azuis-grandes está estimado em 6,5 mil indivíduos
em toda área de ocorrência.
USINA
Divulgação Biota
Divulgação Biota
Realização de biometria em filhote de arara azul
Divulgação Biota
Filhote com aproximadamente 55 dias ganhando as cores que são
características da espécie: o azul na plumagem e o amarelo em
torno dos olhos. Ao lado, mapa de localização da Usina Estreito
MONITORAMENTO EM ESTREITO
No monitoramento que vem sendo realizado na área da Usina Hidrelétrica
Estreito, alguns resultados já se mostram consistentes e algumas
constatações puderam ser confirmadas pela equipe. Entre elas, a
baixa presença de arara-azul-grande nas proximidades das áreas de
enchimento do reservatório e sua busca ativa por recursos alimentares.
O registro de araras-azuis-grandes na área de influência do
empreendimento está concentrado na porção final do reservatório, nos
municípios de Barra do Ouro e Palmeirante, no Estado de Tocantins,
conforme os estudos. Nas áreas mais influenciadas pelo barramento
do Rio Tocantins o registro é de araras-vermelhas e araras-canindé.
“Também percebemos que dois agrupamentos de indivíduos estão
distantes entre 40km e 70km um do outro”, ressalta a analista ambiental
da Usina Estreito, Patricia Campregher de Oliveira. “Na área localizada
na Fazenda Alegria, além de espaço de alimentação, o local também é
utilizado como dormitório”, diz a responsável técnica pelo Programa de
Monitoramento, Luana Monteiro.
Depois de a equipe percorrer 144 pontos da área de abrangência da
Usina, os biólogos estimam uma população de aproximadamente 240
araras-azuis-grandes no local. Elas estão associadas com áreas de pasto
e veredas (local inundado com presença de palmeiras), que utilizam para
sua alimentação.
O monitoramento englobou os municípios de Carolina e Estreito, no
Maranhão, e Aguiarnópolis, Babaçulândia, Colinas do Tocantins, Barra
do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itacajá, Itapiratins, Palmeirante
e Wanderlândia, no Tocantins, reunindo 11 profissionais, sendo oito
biólogos, todos habilitados e devidamente registrados nos conselhos
regulamentadores das categorias (CRBio e Ibama).
BoasNovas
9
USINA
Ibama vistoria usinas
Três hidrelétricas e duas pequenas centrais hidrelétricas
da Tractebel receberam a visita de técnicos do órgão.
Para acompanhar o andamento de programas ambientais nas usinas o
Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) realiza vistorias, na maioria
das vezes não programadas, em diferentes empreendimentos de Norte
a Sul do País. Essas visitas são muito importantes, pois representam uma
oportunidade da Empresa mostrar seus programas e sua evolução ao longo
do período de execução dos projetos, e aprimorá-los a partir das sugestões
dos técnicos do Ibama. Além disso, é uma forma do órgão acompanhar o
trabalho in loco e não ficar apenas restrito a relatórios técnicos.
Gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri,
explica que neste primeiro semestre de 2014 as Usinas Itá, Ponte
de Pedra, Cana Brava, e as PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas)
Rondonópolis e José Gelázio receberam a visita de técnicos do Ibama.
“Foi uma boa oportunidade para trocarmos experiências e também do
Instituto obter mais subsídios para fazer alterações ou correções de
atividades desenvolvidas”, afirma o gerente.
Plinio Bordin
Camila Momesse Rodriguez
Camila Momesse Rodriguez
Em sentido horário: Usina Cana Brava (450 MW) localizada no Rio Tocantins; Vistoria da conservação da Área de Preservação Permanente do
reservatório de Usina Hidrelétrica Cana Brava; Entrada da caverna Bibiana I no Rio Tocantins; e técnico avaliando a ictiofauna local do lago de UHCB
10
Tractebel Energia
Camila Momesse Rodriguez
USINA
Para Magri, é nas vistorias que os técnicos conhecem em
detalhes o andamento dos programas socioambientais e tem
mais propriedade para depois responder questionamentos
das comunidades ou de outros órgãos de fiscalização, como
Ministério Público, Secretarias de Meio Ambiente e Polícia
Ambiental sobre o atendimento das condicionantes das
licenças ambientais. Hoje, a Tractebel Energia é referência
na gestão ambiental das Usinas – hidrelétricas, termelétricas
e eólicas –, principalmente por seus programas serem
desenvolvidos junto a universidades e entidades de pesquisas.
Cláudio Américo Cabral
Magri conta que, nessas últimas visitas, o Ibama vistoriou
os programas em andamento que envolvem os meios físico,
biótico e socioeconômico, destacando os relacionados
à ictiofauna, à qualidade da água, ao apoio às famílias
reassentadas, à recuperação de áreas de APPs (Áreas de
Preservação Permanente) e educação ambiental.
Técnicos visitam obras do Parque Ambiental Teixeira Soares, em Marcelino Ramos (RS)
Luis Guilherme de Oliveira Miranda
Técnicos do Ibama visitam o reservatório da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra (MT/MS)
e verificam o processo de recuperação das áreas do entorno do reservatório
Luis Guilherme de Oliveira Miranda
Durante parada na margem direita do Canal de Adução da Usina Ponte de Pedra,
quando a equipe do Ibama pôde acompanhar o resgate de uma cobra cascavel
Giane Minella
Ibama e Tracebel em vistoria no Parque Teixeira Soares (RS)
Giane Minella
Técnicos do Ibama em vistoria fluvial pelo reservatório da Usina Hidrelétrica Itá (RS/SC)
BoasNovas
11
USINA
Proteção de quelônios
no Rio Tocantins
Para conscientizar as populações ribeirinhas e moradores das regiões de abrangência das Usinas Estreito e São
Salvador, a Tractebel Energia lançou campanha de comunicação para proteção de tartarugas, tracajás e cágados.
Ao ler o título desta matéria, você deve estar se perguntando: o que
são quelônios? Os quelônios são animais que pertencem ao grupo
dos répteis e são representados pelas tartarugas, tracajás, cágados e
jabutis. Estão subdivididos em três grupos: terrestres (jabutis), marinhos
(tartarugas-marinhas) e de água doce (tartarugas ou cágados).
Ocupando ambientes terrestres e aquáticos, os quelônios são
importantes agentes ecológicos por dispersarem sementes
encontradas tanto na floresta quanto em ambientes aquáticos. Por
ingerirem grandes quantidades de matéria orgânica morta, atuam na
remoção de detritos dos rios. Esses animais consomem folhas, frutos
e sementes e matéria orgânica morta, podendo atuar também como
predadores (se alimentando de insetos e peixes) ou se tornarem presas
de outros animais (jacarés, grandes peixes, mamíferos, algumas aves
e outros). “Dessa forma, podem ocupar várias funções dentro dessas
relações chamadas “teias alimentares”, que são muito importantes
para manter o equilíbrio ecológico do ambiente”, explica Andréia
Ramos Soares Szortyka, analista de Meio Ambiente da Usina
Hidrelétrica Estreito.
A campanha de comunicação aborda o tema de forma lúdica, incluindo
jogos de tabuleiro entre as ferramentas a serem utilizadas para transmitir
a mensagem conservacionista. “A programação visual da campanha
se utiliza de figuras simpáticas de quelônios e uma linguagem fácil e
acessível para que crianças e jovens, principalmente, se engajem na
proteção desses animais”, comenta o diretor administrativo da Tractebel
Energia, Luciano Andriani. Além do jogo de tabuleiro, uma cartilha com
a mesma linguagem visual foi desenvolvida e spots de rádio irão reforçar
a mensagem nas regiões de Estreito, Palmeirópolis e São Salvador. Nas
praias do rio Tocantins serão colocadas placas sinalizando os ninhos e
locais de desova que devem ser protegidos.
12
Tractebel Energia
Divulgação CESTE
A tartaruga-da-Amazônia é o maior quelônio de água doce da América
do Sul com carapaça oval que alcança até 107 centímetros de comprimento
Nas escolas e em visitas, a campanha se dará por meio de palestras
que explicarão os objetivos do programa e, nessas ocasiões, serão
entregues as cartilhas e jogos de tabuleiro para os participantes. A
campanha será desenvolvida em escolas, praias permanentes e
com a população ribeirinha durante a execução do monitoramento.
“Esperamos maior conscientização da população em geral na
conservação dessas espécies e o aumento do número de ninhos e
nascimento de filhotes”, diz Andréia.
O Consórcio Estreito Energia – CESTE, do qual a Tractebel Energia
faz parte, apoia a campanha conjunta sobre os quelônios. “Somos
parceiros desta iniciativa principalmente porque essa atividade de
comunicação está totalmente aderente ao Programa de Monitoramento
de Quelônios, que visa à conservação das espécies por meio de ação
integrada com a população, pescadores e órgãos de fiscalização na
USINA
área de influência da Usina Hidrelétrica Estreito”, afirma Odilon da
Gama Parente Filho, diretor-geral do CESTE. Ele diz ainda que, ao
proporcionar o conhecimento da biodiversidade e desenvolver as
ações de preservação para a continuidade dessas espécies na
bacia do rio Tocantins, o CESTE considera que está cumprindo
com uma das missões mais importantes do empreendimento.
Divulgação CESTE
Outro parceiro da campanha é o Ibama - Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Ambientais Renováveis, órgão
licenciador das Usinas Estreito e São Salvador, que participou
desde o início com a revisão do material técnico. Sua logomarca
fará parte de todo o material que divulgará a Linha Verde, canal para
denúncia de irregularidades na área ambiental. “A participação do
Ibama traz respeito e importância à comunidade, objetivando coibir
irregularidades e buscando torná-los parceiros na conservação
dos quelônios”, comenta o gerente de Meio Ambiente da Tractebel
Energia, José Lourival Magri.
Técnico realiza biometria em filhote de tracajá
Divulgação CESTE
Proteção de ninhos nas praias do Rio Tocantins é um dos objetivos da campanha
Divulgação CESTE
O tracajá é um quelônio de tamanho mediano, que pode
alcançar até 47 centímetros de comprimento da carapaça
Como ajudar a conservar
Nas áreas de influência das Usinas Hidrelétricas São Salvador e
Estreito é frequente o registro de três espécies de quelônios de hábito
semiaquático: tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), tracajá
(Podocnemis unifilis) e cágado (Phrynops geoffroanus). Essas três
espécies têm ocorrência comum para a bacia do rio Tocantins.
As duas Usinas desenvolvem Programas de Monitoramento e
Conservação de Quelônios, através de consultorias especializadas,
seguindo as orientações técnicas do Ibama/TO. Nesses programas
é realizada a identificação das espécies, contagem, marcação,
biometria (medida de peso e comprimento) e acompanhamento
dos ninhos e filhotes. Caso haja ameaça ao ninho é realizada
sua relocação para um lugar seguro. Tais programas objetivam
a conservação das espécies por meio de ação conjunta com a
população, pescadores e órgãos de fiscalização.
Todos podem dar a sua parcela de colaboração, evitando a coleta de
ovos e a captura das fêmeas durante a desova ou a dos filhotes durante
a saída dos ninhos e preservando as praias e os locais de desova.
Mais uma forma de ajudar é orientar outras pessoas sobre a
importância desses animais e os cuidados que podem ser
tomados para a sua conservação.
BoasNovas
13
USINA
Rio Iguaçu recebe jundiás
Para conservar as espécies nativas de peixes do Rio Iguaçu, a
comunidade da região, a Unioeste e a Tractebel Energia soltaram, no
mês de maio, aproximadamente 30 mil alevinos de duas espécies de
jundiá (Rhamdia voulezi e Rhamdia branneri) nos reservatórios das usinas
hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, no Paraná.
Foram seis solturas, com a participação de mais de 300 pessoas, entre
autoridades e lideranças locais, alunos, moradores da região, imprensa
e representantes de entidades parceiras. Os peixes foram soltos em
quatro municípios – Chopinzinho, São Jorge d’ Oeste, Sulina e Porto
Barreiro – que são banhados pelos reservatórios. Acompanharam a
soltura o gerente da Regional Rio Iguaçu da Tractebel Energia, Leocir
Scopel; o gerente da Usina Salto Osório, Antonio Martins; o coordenador
de Processos de Meio Ambiente, Clóvis Tosin da Silva; o técnico
ambiental e gerente do projeto, Anderson Gibathe; e o coordenador
do projeto, professor e pesquisador, Robie Bombardelli, do INEO
(Instituto Neotropical de Pesquisas Ambientais), vinculado à Unioeste
(Universidade do Oeste do Paraná, campus de Toledo).
O projeto foi apresentado por Bombardelli, que detalhou também os
resultados esperados e informações sobre a importância da conservação
dos peixes nativos do Rio Iguaçu por meio do desenvolvimento de
tecnologias de conservação e repovoamento. Foram identificadas no
Iguaçu, segundo Scopel, mais de 100 espécies de peixes nativos, dos
quais boa parte ocorre somente nesse ecossistema, compondo uma
rica biodiversidade.
Anderson Gibathe
Município de Chopinzinho – a soltura foi de 10 mil
alevinos no dia 14 de maio, na balsa da localidade de São
Luiz. Entre os presentes, representantes das prefeituras de
Chopinzinho e Saudade do Iguaçu, alunos e professores da
Casa Familiar Rural do município, representantes do Rotary
Clube Iguaçu e moradores da comunidade.
14
Tractebel Energia
Jonis Steilmann
Alevinos ganham as águas do Iguaçu
“Essas atividades integram o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento da
Aneel chamado Tecnologia para formação de bancos de germoplasma
e produção de peixes nativos para estocagem (repovoamento) no Rio
Iguaçu, e que está em desenvolvimento há dois anos na Regional Rio
Iguaçu”, explica Scopel. A entidade executora é o INEO, cujo o objetivo é o
desenvolvimento de pesquisas gerando tecnologias para reprodução de
cinco espécies de peixes ameaçados de extinção e que são endêmicos
do Rio Iguaçu. Entre eles estão duas espécies de jundiá (Rhamdia voulezi
e Rhamdia branneri), mandi pintado (Pimelodus britskii), lambarizão
(Astyanax gimnodontus) e Surubim do Iguaçu (Steindachneridion
melanodermatum).
Divulgação INEO
Porto Barreiro – no dia 23 de maio, durante a 1ª Festa
do Peixe, foi realizada a soltura de 2,5 mil alevinos na balsa
do distrito de Porto Santana, na área rural de Porto Barreiro.
Participaram moradores da região, vereadores, a prefeita do
município, secretários municipais e professores da escola
da comunidade.
USINA
PR-471
PR-473
277
277
Laranjeiras
do Sul
PR-484
Quedas
do Iguaçu
Parque Estadual
Rio Guarani
PR-475
UHSO
158
1
Rio Iguaçu
2
1 - São Jorge d’Oeste
2 - São Jorge d’Oeste
3 - Sulina
4 - Saudade do Iguaçu
5 - Chopinzinho
6 - Porto Barreiro
PR-565
158
6
3
PR-473
Dois Vizinhos
4
UHSS
Rio Cavernoso
5
PR-662
Rio Iguaçu
PR-281
158
373
PR-281
PR-493
PR-459
Chopinzinho
PR-475
Itapejara
PR-562
158
Mangueirinha
Anderson Gibathe
São Jorge d’ Oeste – no reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Osório ocorreram três solturas, sendo uma com o
público interno da Usina e duas envolvendo a comunidade
lindeira. No dia 15 de maio, pela manhã, foi realizada a soltura
de 2 mil alevinos com os colaboradores da Tractebel Energia
e empresas parceiras, e no período da tarde foi realizada
a soltura no distrito de São Bento dos Lagos do Iguaçu, no
município de São Jorge d’ Oeste, em frente ao Centro de
Convenções do município, com mais 10 mil alevinos.
Anderson Gibathe
Participaram alunos de uma escola do município; o
prefeito Gilmar Paixão e secretários municipais; dr. Gilmar
Baumgartner, pró-reitor de extensão da Unioeste; Antonio
Carlos Martins, gerente da UHE Salto Osório; técnicos; alunos
e professores da Casa Familiar Rural do município e imprensa.
Felipe Fiuza de Lima
sulina – no dia 29 de maio foi realizada a soltura de 4,5 mil alevinos
nativos no Rio Capivara (afluente do Rio Iguaçu) na área urbana
de Sulina, contando com a presença de cerca de 100 pessoas,
incluindo moradores da cidade, alunos da Casa Familiar Rural de
Sulina, alunos do Colégio Estadual Nestor de Castro, representantes da Tractebel Energia, da Polícia Militar, da APAS (Associação dos
Pescadores Amadores de Sulina) e autoridades locais.
BoasNovas
15
USINA
Modernização da
Hidrelétrica Salto Santiago
Plinio Bordin
Usina Salto Santiago está entre as maiores hidrelétricas operadas pela Tractebel
Localizada no Paraná, a Usina Hidrelétrica Salto Santiago, composta
de quatro máquinas de 355 MW, (1.420 MW de capacidade instalada)
vem sendo modernizada pela Tractebel Energia, num trabalho que
deve durar 51 meses. Atualmente, cerca de 300 profissionais, entre
os empregados da Tractebel, da Voith, e subcontratados diretos
e indiretos pelas duas empresas trabalham na montagem dos
novos equipamentos e sistemas da primeira das quatro unidades
geradoras, que serão modernizadas.
“Essa atualização vai garantir um novo ciclo de pelo menos mais
30 anos de vida útil dos equipamentos eletromecânicos e manter a
confiabilidade e a segurança operacional para a geração de energia
ao Sistema Interligado Nacional”, explica o diretor de Produção
de Energia, José Carlos Cauduro Minuzzo. Essa modernização
também vai permitir o emprego de tecnologia de ponta nos novos
equipamentos e sistemas, em substituição aos componentes
16
Tractebel Energia
atuais, e servirá como base e referência para o aprimoramento e
treinamento das equipes de Operação e Manutenção da Companhia
em novas tecnologias disponíveis no mercado.
O investimento no parque gerador vai ser de R$ 350 milhões e a
previsão para concluir as quatro unidades geradoras é em 2017.
“Vamos fazer a modernização em uma unidade geradora por vez,
com duração de nove meses para cada unidade”, observa Leocir
Scopel, gerente da Regional Iguaçu. O maior desafio, ressalta o
diretor Minuzzo, é garantir a qualidade e segurança dos serviços
de montagem e comissionamento por meio da implantação e
monitoramento de diversos requisitos, normas e documentos de
referência, todos estabelecidos entre as equipes de projeto e gestão.
A modernização da Usina contará com quatro novos rotores para
as turbinas do tipo Francis, novos enrolamentos estatóricos para os
USINA
geradores, novo sistema digital de supervisão e controle da Usina,
novos reguladores de velocidade da turbina e reguladores de tensão,
novos sistemas auxiliares elétricos e mecânicos, além da automação
e modernização dos equipamentos da tomada d’água. Os novos
rotores das turbinas serão feitos em aço inoxidável, com novo projeto
tecnológico que irá viabilizar o aumento da eficiência, a partir da
troca dos rotores da turbina, em pelo menos 3,6%, assegurando o
aumento da garantia física da energia da Usina, em 24,2 MW médios.
“A modernização de Salto Santiago manterá sua capacidade
instalada e a substituição do conjunto dos equipamentos
gerador-turbina vai permitir um melhor desempenho e rendimento
operacional da hidrelétrica, viabilizando o aumento da garantia física
e, consequentemente, da sua receita”, conclui Minuzzo.
Essa atualização vai garantir
um novo ciclo de pelo menos
mais 30 anos de vida útil dos
equipamentos eletromecânicos
e manter a confiabilidade e a
segurança operacional para
a geração de energia ao Sistema
Interligado Nacional.
José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Produção de Energia
PERFIL
Leocir Scopel
Com capacidade instalada de 1.420 MW e quatro unidades de
355MW, a Usina Hidrelétrica Salto Santiago passou por várias
etapas. Sua construção foi iniciada em 1975, o enchimento do
reservatório em 1979 e o início da operação da primeira unidade
geradora em dezembro de 1980. Em setembro de 1982, entrou em
operação a quarta e última unidade. Desde setembro de 1998, a
Usina é operada pela Tractebel Energia.
Leocir Scopel
Empregados da VOITH e Tractebel Energia trabalham no estator do gerador
Leocir Scopel
Detalhe da chaparia do núcleo do estator do gerador
Primeira turbina chegou à Usina Salto Santiago em meados de julho
BoasNovas
17
EMPRESA
Goleada ambiental
Plinio Bordin
Usina de Cogeração Lages garante créditos de carbono ao minimizar a emissão de metano
na atmosfera, o que ocorreria se a decomposição dos restos de madeira ocorresse na Natureza
A Seleção Brasileira levou 7 X 1 da Alemanha na Copa de 2014. Mas
teve também goleada ambiental, com o País compensando quase dez
vezes mais do que as projeções de emissões diretas de gases de efeito
estufa geradas pela Copa do Mundo FIFA 2014. Segundo o Ministério do
Meio Ambiente, foram compensadas 545,5 mil toneladas de carbono
equivalente (tCO2eq), unidade de medição das substâncias que interferem
no aquecimento global. O número supera as 59,2 mil tCO2eq estimadas
para atividades como obras, uso energético nos estádios e deslocamento
de veículos oficiais. Das 16 empresas que aderiram ao selo Baixo
Carbono, a Tractebel Energia foi a maior doadora, com 105 mil tCO2eq.
A adesão não envolve qualquer transação financeira e as companhias
que participaram são as doadoras oficiais de créditos de carbono da
Copa do Mundo de 2014. “Ao aderir ao chamado do Ministério do Meio
Ambiente, praticamos nossa política e demonstramos como podemos
contribuir para uma sociedade mais sustentável”, afirma o diretor
presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres.
Segundo Zaroni, a Companhia tem uma política de sustentabilidade
que orienta suas ações no campo econômico, social e ambiental. Um
bom exemplo é a Unidade de Cogeração Lages, usina de biomassa no
Planalto Serrano de Santa Catarina, empreendimento certificado como
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU (Organização das
Nações Unidas) desde 2005. “Os créditos doados para essa campanha
do Governo Federal são todos oriundos dessa nossa Usina de biomassa”,
observa Zaroni.
Coordenado pelo Ministério, o inventário contabiliza as projeções de
emissões do Mundial. De acordo com o documento, a Copa pode ter
gerado o total de 1,406 milhão de tCO2eq, quando consideradas as
emissões diretas e as indiretas. Desse total, a maioria teria sido gerada
indiretamente pelo transporte aéreo internacional (87,1%) e nacional
(9,2%). O restante se divide entre hospedagem (1,8%), obras (0,5%) e
operações (1,4%). Até o fim do ano, será concluído um inventário definitivo
com o número consolidado de emissões geradas pela Copa.
* com informações do Ministério do Meio Ambiente
18
Tractebel Energia
EMPRESA
GDF SUEZ aposta no
crescimento responsável
A Unidade Cogeração Lages é um dos projetos de mitigação
de gases de efeito estufa da GDF Suez Energy Internacional.
“Implementamos 16 projetos de energia renovável que empregaram
o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU para converter
vento, água, biomassa e energia geotérmica em eletricidade
renovável em países da América Latina, África e Ásia”, diz o diretor
de Desenvolvimento de Negócios da GDF SUEZ Brasil, Gil Maranhão,
representante da Tractebel Energia na cerimônia de entrega do selo
Baixo Carbono, no Rio de Janeiro, no mês de junho.
Para Maranhão, as parcerias com o Governo Federal são essenciais
para o êxito da estratégia do grupo. “A GDF SUEZ está comprometida
com a promoção do crescimento responsável e sustentável em
resposta às necessidades energéticas, ao mesmo tempo em que
combate as mudanças climáticas”, explica.
Paulo de Araújo - MMA
Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor de desenvolvimento de novos negócios da GDF SUEZ Brasil, Gil Maranhão, na cerimônia de entrega dos certificados
Plinio Bordin
Certificado oficializa a doação de créditos de carbono da
Tractebel para zerar as emissões da Copa do Mundo 2014
Restos de madeira são utilizados na caldeira da Usina de Cogeração Lages
BoasNovas
19
EMPRESA
R$104,4 milhões
pagos em royalties no 1º semestre
Plinio Bordin
Usinas como a de Itá contribuem para o desenvolvimento regional também por meio do pagamento de royalties
As Usinas operadas pela Tractebel Energia recolheram, no primeiro semestre
do ano, o total de R$ 104.461.051,83 referentes à Cofurh (Compensação
Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de
Energia Elétrica). Desse valor, R$ R$ 67.153.929,00 referem-se à participação
da Tractebel Energia nos empreendimentos próprios e sua participação em
consórcios, casos de Itá, Machadinho e Estreito.
Do valor total, R$ 47.007.473,32 foram destinados aos 65 municípios
abrangidos pelas hidrelétricas da Companhia. Ressalta-se que o repasse
aos municípios é feito pela ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação
ao recolhimento da Tractebel Energia.
A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para
Fins de Geração de Energia Elétrica, instituída pela Constituição Federal
de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração hidrelétrica
pagam pela utilização de recursos hídricos. A Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos entre os
beneficiários: estados, municípios e órgãos da administração direta da União.
As concessionárias pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de
Compensação Financeira.
Conforme estabelecido na Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, com
modificações dadas pelas Leis nº 9.433/97, nº 9.984/00 e nº 9.993/00, são
20
Tractebel Energia
destinados 45% dos recursos arrecadados aos municípios
abrangidos pelos reservatórios das hidrelétricas, enquanto
que os estados têm direito a outros 45%. A União fica
com 10% do total. Pequenas Centrais Hidrelétricas são
dispensadas do pagamento da Compensação Financeira.
Usina
Valor Total
Parcela Tractebel
Itá
R$ 22.300.811,58
R$ 8.808.820,57
Machadinho
R$ 16.086.779,65
R$ 3.102.255,02
Passo Fundo
R$ 2.176.154,58
R$ 2.176.154,58
Salto Osório
R$ 15.568.181,75
R$ 15.568.181,75
Salto Santiago
R$ 20.971.283,39
R$ 20.971.283,39
Cana Brava
R$ 3.874.439,66
R$ 3.874.439,66
Ponte de Pedra
R$ 2.870.681,52
R$ 2.870.681,52
São Salvador
R$ 2.540.623,60
R$ 2.540.623,60
Estreito
R$ 18.072.096,10
R$ 7.241.488,91
R$ 104.461.051,83
R$ 67.153.929,00
Total
ENTREVISTA
Quando a indústria vai bem,
o País cresce
Mineiro de São João Del Rey, o engenheiro mecânico Robson Braga de Andrade é, desde 2010, o presidente da CNI
(Confederação Nacional da Indústria), quando foi eleito por unanimidade. Antes de chegar ao cargo, foi segundo vice-presidente
da Confederação, presidente dos conselhos temáticos de Meio Ambiente e de Assuntos Legislativos da entidade e presidente,
por duas vezes (2002 a 2010), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais.
A revista Boas Novas entrevistou Robson Braga de Andrade, que falou sobre temas atuais e o papel da entidade que preside
para o desenvolvimento econômico do Brasil. Há 30 anos, Andrade preside a Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda., empresa
sediada em Contagem (MG) produtora de equipamentos para os segmentos de energia, petróleo, gás, mineração, siderurgia,
saneamento, telecomunicação e transporte.
É também membro titular do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e vice-presidente
da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Divulgação CNI
BoasNovas
21
ENTREVISTA
Divulgação CNI
Boas Novas – Qual o papel da indústria no desenvolvimento
econômico e social do Brasil?
Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson
Braga de Andrade – Temos um papel importante, já que somos
responsáveis pela geração de empregos de qualidade e novas
tecnologias, além de oferecermos educação básica e formação
profissional. Nosso setor movimenta outros segmentos, dando
oportunidades de ganho a fornecedores e prestadores de serviços.
Também incrementamos o comércio, gerando renda em várias
cidades brasileiras.
Quando a indústria vai bem, o Brasil cresce de forma mais vigorosa e
consistente. Sempre que o setor enfrenta dificuldades, a economia
do País patina. Em outras palavras, precisamos de uma indústria
forte e competitiva se quisermos avançar em direção ao pleno
desenvolvimento econômico e social.
BN – A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lançou o seu
primeiro Relatório de Sustentabilidade em junho. Quais são os
principais destaques do documento?
R.B.A. – O Relatório de Sustentabilidade reforça a transparência
das entidades que fazem parte do Sistema Indústria. Nele, nós
apresentamos um conjunto de realizações, bastante amplas e
variadas, que vão da educação profissional à preservação ambiental.
22
Tractebel Energia
Comprovamos a importância das quatro entidades, CNI, SENAI, SESI
e IEL, para o amadurecimento do Brasil. Além disso, mostramos as
estratégias que orientam a atuação do Sistema Indústria e as iniciativas
que planejamos para o futuro.
BN – Qual a agenda da indústria para o futuro?
R.B.A. – A nossa visão de futuro é alcançarmos um elevado grau
de competitividade e sustentabilidade. Para a indústria e o Brasil
crescerem de forma sustentada, precisamos vencer uma série de
obstáculos, como deficiências na infraestrutura, dificuldades de acesso
ao financiamento, falta de incentivos à inovação, burocracia, elevada
carga tributária e altos custos de trabalho.
Um dos nossos principais desafios, que são muitos, é aumentar a
qualidade da educação. Há também uma série de oportunidades para
construirmos uma indústria forte e produtiva.
BN – Qual o papel do setor elétrico para a indústria nacional?
R.B.A. – A energia elétrica é um insumo de grande relevância para a
atividade industrial, que é responsável por cerca de 41% da demanda
de energia do Brasil, com 573 mil unidades consumidoras industriais.
O setor é indispensável para a produção. A expansão da oferta de
eletricidade deve ser um dos elementos centrais da estratégia de
desenvolvimento brasileiro.
ENTREVISTA
BN – Por que os laços econômicos com os países da América
Latina e o Caribe se tornaram estratégicos para a CNI?
R.B.A. – O aprofundamento dos laços econômicos com os países da
América Latina e do Caribe é essencial para a integração internacional
do Brasil. Queremos incentivar esse ambiente de negócios e, para isso,
temos que superar desafios como a integração logística e a capacitação
de profissionais para a inovação.
Precisamos acelerar a liberalização de acordos de comércio que
já estão em vigor e incluir temas mais abrangentes nas áreas de
investimentos e serviços. O fortalecimento comercial entre os países
da América Latina e do Caribe requer uma estratégia que consolide
a articulação em torno das operações de exportação e importação,
investimentos, infraestrutura e energia.
BN – Como o setor industrial pode dialogar mais e melhor a fim de
ter suas demandas atendidas pelos seus interlocutores, sejam
eles governos, parlamentares, Justiça, ONGs, sindicatos etc.?
R.B.A. – A indústria dialoga com os poderes constituídos e com vários
segmentos da sociedade constantemente, a fim de alcançar os seus
objetivos e ajudar no desenvolvimento do País. Além de cobrar ações
que ajudem a promover a competitividade das empresas brasileiras,
o Sistema Indústria é protagonista na sugestão de propostas e de
projetos para o setor público. Elaboramos diagnósticos e apresentamos
soluções para minimizar ou extinguir os problemas que atrapalham o
crescimento da economia brasileira.
A expansão da oferta de
eletricidade deve ser um dos
elementos centrais da estratégia
de desenvolvimento brasileiro
Robson Braga de Andrade, presidente da CNI
Neste ano, promoveremos um importante debate nacional em torno das
eleições presidenciais. Apresentamos aos candidatos 42 documentos
com sugestões de ações em áreas que são decisivas para o
crescimento da economia e o aumento da competitividade da indústria.
BN – O senhor está otimista em relação ao futuro do Brasil?
R.B.A. – Nós estamos próximos de um novo ciclo de expansão da
economia mundial e brasileira. A crise internacional está se dissipando
aos poucos e temos que nos preparar, porque virá um novo momento
de crescimento. Queremos que as empresas estejam prontas e sejam
competitivas para que ocupem espaços na exportação e na produção
doméstica. Sou sempre otimista em relação ao destino do Brasil, um
País com enorme potencial, com riquezas naturais invejáveis e habitado
por um povo trabalhador e alegre.
Divulgação CNI
23
Tractebel Energia
BoasNovas
23
EMPRESA
Encontro Internacional de
Energia
Neste ano, o 15º Encontro Internacional de Energia, promovido pela FIESP (Federação das Indústrias de São
Paulo), em São Paulo, ocorreu juntamente com o LETS (Semana da Infraestrutura), reunindo os setores de
Logística, Energia, Telecomunicações e Saneamento Básico, de 19 a 22 de maio.
Representando a Tractebel, o diretor de Planejamento e Controle, Edson Luiz da Silva, palestrou no dia 21
de maio sobre Autoprodução e Produção Independente de Energia Elétrica. Entre os temas das palestras
estavam Oportunidades de Investimentos na Infraestrutura do Brasil; Licenciamento Ambiental; A Nova
Configuração da Matriz Elétrica Brasileira; Desafios e Incentivos para a Expansão do Mercado Livre de
Energia no Brasil.
Silva falou sobre os desafios relacionados à evolução da configuração da matriz elétrica brasileira. “Apesar
do relativo sucesso na contratação da oferta por meio de leilões, o Brasil precisa rediscutir sua matriz para o
futuro”, alertou o diretor da Tractebel, acrescentando que se vive um momento de transição em que, para os
próximos anos, visualiza-se que as termelétricas serão despachadas na base e não de forma complementar,
como era feito no passado. “Precisamos de todas as fontes e temos disponibilidade de fontes renováveis.
O desafio para a expansão é o de incentivar uma matriz híbrida e eficiente economicamente, o que requer
incentivos regulatórios apropriados”, destacou Silva.
Everton Amaro
Diretor de Planejamento e Controle da Tractebel Energia, Edson da Silva, fala sobre o mercado de energia elétrica
24
Tractebel Energia
EMPRESA
PATROCINADORA
Mais uma vez a Tractebel foi uma das maiores patrocinadoras do
evento e inovou nesta edição com um estande todo decorado com o
tema Copa do Mundo 2014 no Brasil, expondo a bandeira de todos os
países participantes do Campeonato. Foi nesse espaço que a equipe da
Empresa recebeu seus clientes, potenciais clientes, autoridades, entre
outros, e ofereceu coquetéis e cafés especiais.
“Patrocinamos esse evento por entender a importância de se discutir o
tema Energia entre consumidores, produtores, comercializadores e o
governo, e também para estreitar relações com nossos clientes”, explicou
o diretor de Comercialização de Energia, Marco Antonio Amaral Sureck.
Além disso, o diretor observou que o evento tem trazido bons resultados,
como a divulgação da marca da Companhia nos principais canais
voltados ao mercado de energia .
Patrocinamos esse evento
por entender a importância
de se discutir o tema Energia
entre consumidores, produtores,
comercializadores e o governo,
e também para estreitar relações
com nossos clientes.
Marco Antonio Amaral Sureck, diretor de Comercialização de Energia
Everton Amaro
Estande da Tractebel atraiu visitantes com temática voltada à Copa do Mundo
BoasNovas
25
EMPRESA
Terceiro Seminário de
Ética, Sustentabilidade e Energia
Três dias de palestras e debates sobre variados temas, como
voluntariado, ética e mudanças climáticas. Assim foi o III Seminário Ética,
Sustentabilidade e Energia realizado na sede da Tractebel Energia, na
Usina Estreito e no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Diferente de
outros anos, os temas foram escolhidos para mostrar que existe uma
conexão entre a ética e a sustentabilidade.
Duda Hamilton
“A cada ano procuramos inovar com temas diferenciados e
novos palestrantes”, diz Mario Benevides, membro do Comitê de
Sustentabilidade e um dos organizadores do evento. Neste ano, o
time de palestrantes foi composto por Felipe Mello, graduado em
Comunicação Social pela ESPM, que abordou Ética nas Relações de
Trabalho; José Vicente Miranda Rescigno e Marcio Shiguenori Kuwabara,
da Tractebel Energia, com o tema Efeitos das Mudanças Climáticas
nos Aproveitamentos Hidrelétricos; e a secretária de Desenvolvimento
Econômico Sustentável do Governo de SC, Lucia Dellagnelo.
Já o filósofo, empreendedor, pesquisador e criador do método AprecIATO,
projeto experiências de aprendizagem para diferentes equipes e
organizações, Rafael Juliano, abordou o tema Igualmente Diferentes.
“Foi uma palestra que provocou a reflexão sobre os pequenos detalhes
do dia a dia, que os valores e o respeito acima de tudo são dois princípios
básicos que podem levar qualquer relação ao sucesso”, comentou
Katiúcia Gomes Schmidt, assistente administrativa da Tractebel.
Fernanda Bornhausen e Ana Maria Warken do Vale Pereira falaram
sobre um tema que tem chamado muito atenção, o Voluntariado. As Leis
de Incentivo Fiscal Cultura e Esporte também foram apresentadas no
Seminário pelos sócios da Incentive, Mariana Kadletz e Raphael Ribeiro.
Felipe Melo defende como conceito de Sustentabilidade a
junção do ecologicamente correto, economicamente viável,
socialmente justo e culturalmente justo. Para ele, não existe
sustentabilidade sem ética.
Duda Hamilton
Em sua palestra,
a secretária de
Desenvolvimento
Econômico Sustentável
de SC, Lucia Dellagnelo,
mostrou os investimentos realizados no Plano
de Sustentabilidade do Estado e alguns
projetos, como Polos
Industriais, Desenvolvimento Territorial e
Economia Verde e
Solidária.
26
Tractebel Energia
EMPRESA
Duda Hamilton
Ana Maria Warken e
Fernanda Bornhausen
acreditam nas micro
revoluções e no uso
das redes sociais para
um trabalho voluntário
transformador. No portal
Voluntários Online já são
mais de 60 mil pessoas
cadastradas de todo
o Brasil.
Palestras sobre
a Lei Anticorrupção
A entrada em vigor da Lei Anticorrupção (Lei 12846/2013), em janeiro deste
ano, mobilizou a diretoria da Tractebel Energia para levar a seus funcionários
informações sobre o assunto, que torna mais rigorosa a punição de
empresas envolvidas em atos lesivos contra a administração pública.
Luciano Andriani, diretor administrativo da Tractebel, conta que a
grande novidade trazida pela Lei é a responsabilidade objetiva, isto é,
independente de culpa da Empresa sobre atos cometidos pelos seus
administradores, empregados, prestadores de serviço, terceirizados,
etc. Desta forma, se uma empresa que presta serviços cometesse
fraude ou corrompesse alguma autoridade em benefício da Tractebel, a
Empresa também seria responsável por esse ato, ainda que não tivesse
nenhum envolvimento direto.
A Tractebel escalou um time de três funcionários – o gerente de
Auditoria Interna, Antônio Carlos Corrêa Benavides, a advogada
Cristina Riggenbach e o analista de Comunicação, Eduardo Peressoni
Vieira – para ministrarem palestras e esclarecerem dúvidas em todas
as Usinas da Companhia. Funcionários de seis Usinas - Complexo
Termelétrico Jorge Lacerda (SC), Charqueadas (RS), Salto Santiago
(PR), Itá (RS/SC), Cana Brava (GO) e Estreito (MA), somando mais de 400
pessoas, já receberam as informações. “Nosso objetivo é conscientizar
os empregados dos riscos que a Tractebel passa a ter com a nova
lei. É preciso tomar cuidado nas contratações de fornecedores,
principalmente aqueles que lidam com órgãos da administração
pública”, adverte Andriani.
O gerente de Auditoria ressalta que os empregados têm recebido muito
bem as palestras, que contam com interação e sugestões. “O pedido
mais frequente é que se realize um treinamento semelhante com os
principais fornecedores da Empresa”, diz Benavides, acrescentando
que já está sendo estudada a ampliação para parceiros e terceirizados.
A mesma apresentação foi feita também ao Conselho de Administração
da Empresa.
Divulgação Tractebel
Palestra na Usina Hidrelétrica Salto Santiago
Divulgação Tractebel
Palestra na Usina Hidrelétrica Itá
BoasNovas
27
EMPRESA
Por dentro da Tractebel
Duda Hamilton
Organizado pela Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, o evento foi divido em dois. Na primeira
parte o bate-papo com os engenheiros e, na segunda, a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2014
Diferente de outras edições, o programa Por Dentro da Tractebel
não ocorreu em uma das 26 Usinas ou na Sede da Companhia, em
Florianópolis. A nona edição foi no hotel Unique, em São Paulo, no dia
28 de julho, quando analistas e investidores conversaram com o time de
profissionais da Diretoria Financeira e de Relações com Investidores e a
Diretoria de Produção, da área de geração termelétrica e de manutenção
da Tractebel – José Carlos Cauduro Minuzzo, Arthur Elwanger, Luiz
Felippe e Linomar Osil Ferreira.
Duda Hamilton
Um vídeo apresentou as Usinas termelétricas da Empresa – biomassa,
gás e carvão, que hoje representam 16% do parque gerador da Tractebel.
A partir daí perguntas, respostas e muitas dúvidas, que foram sanadas.
O público compareceu em peso, demonstrando interesse na Tractebel.
No mesmo evento, a Diretoria Financeira e de Relações com Investidores
apresentou o resultado do segundo trimestre de 2014, marcado por uma
receita positiva, um lucro líquido em queda, mas com boas perspectivas
de recuperação para o segundo semestre deste ano.
RESULTADOS – No segundo trimestre de 2014, a receita líquida de
vendas da Tractebel ficou 7,2% acima da registrada no mesmo período
do ano passado, chegando a R$ 1,36 bilhão. Já o Ebitda, sigla em inglês
que mede o desempenho operacional, teve uma queda de 58,1% em
comparação com o 2TRI2013, atingindo R$ 302 milhões no período.
O lucro líquido apresentou uma queda de 77,2% se comparado ao
segundo trimestre de 2012. A redução é explicada pelo fato de a
geração hidrelétrica do País ter sido inferior aos compromissos de
28
Tractebel Energia
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini, o gerente de RI,
Antônio Previtali e a gerente de Relações com o Mercado da GDF Suez Latin America,
Anamelia Medeiros, participaram, respondendo questionamentos da platéia e também
por meio de teleconferência
vendas, obrigando os geradores hidrelétricos a adquirir esse déficit no
mercado de curto prazo, que vem apresentando preços elevados em
razão da estiagem prolongada. Mas para a Tractebel ainda existe uma
segunda razão: a Companhia concentrou menos capacidade comercial
na primeira metade do ano do que na segunda. “A expectativa para o
segundo semestre é positiva, já que teremos mais energia disponível no
mercado”, disse Sattamini.
GDF SUEZ
Tanque de armazenamento
de GNL no Chile
A GDF SUEZ inaugurou, em maio, o tanque de armazenamento onshore
para o terminal de regaseificação de GNL Mejillones. O tanque foi
inaugurado pela presidente do Chile, Michelle Bachelet e pelo presidente
e CEO da GDF SUEZ, Gerard Mestrallet.
O tanque representa um investimento de US$ 200 milhões, tem uma
capacidade de armazenamento bruto de 187.000 m³ e foi construído para
atender os mais elevados padrões de segurança, o que inclui proteção
contra terremotos. A construção foi supervisionada pela Tractebel
Engineering, uma afiliada da GDF SUEZ.
“O novo tanque onshore de armazenamento de GNL em Mejillones
fortalece o acesso do Chile à energia diversificada e ajuda a atender
a crescente demanda do país por energia. Além deste investimento,
também estamos desenvolvendo um projeto de linha de transmissão
para conectar redes de centro e norte do Chile, demonstrando nosso
compromisso contínuo para o País”, disse Mestrallet.
navios metaneiros, dos quais 34 eram transferências de navio a navio o que
faz GNL Mejillones uma das empresas mais experientes do mundo neste
tipo de processo.
A GDF SUEZ é um player global de GNL e tem a terceira maior carteira
de fornecimento de GNL do mundo, a partir de seis países diferentes,
representando 16 milhões de toneladas/ano. O Grupo controla uma
grande frota de 14 navios metaneiros sob contratos de médio e longo
prazos de arrendamento. A frota é permanentemente otimizada para
satisfazer os compromissos de longo prazo e oportunidades de curto
prazo da GDF SUEZ. O Grupo tem também uma presença significativa
em terminais de regaseificação em todo o mundo, incluindo Floating
LNG Storage and Regasification Unit (navios de regaseificação e
armazenamento) e em projetos de liquefação.
Divulgação GDF SUEZ
Desde 2010, a empresa que opera GNL Mejillones vem fechando
contratos de regaseificação de longo prazo com as principais empresas
de mineração e de geração de energia do Chile. O novo tanque de
armazenamento também abre oportunidades comerciais para a
distribuição de gás natural liquefeito através de caminhões e navios.
O terminal de Mejillones foi construído como uma solução rápida para
garantir a segurança de curto e longo prazos de fornecimento de energia
no norte do Chile pela GDF SUEZ e Codelco, maior produtora de cobre
do mundo. O terminal entrou em operação em abril de 2010, utilizando
um navio de GNL, solução de armazenamento temporário, e recebeu 37
Novo tanque abre oportunidades comerciais para operação com caminhões e navios
Divulgação GDF SUEZ
Presidente do Chile, Michele Bachelet, e CEO da GDF SUEZ, Gérard Mestrallet (esq.), na cerimônia de inauguração, em Mejillones
BoasNovas
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GDF SUEZ
Acordo global sobre
saúde e segurança no trabalho
Divulgação GDF SUEZ
Lideranças sindicais em encontro com o CEO do Grupo, realizado em maio, no Chile
“Todo mundo, de diretores e gerentes, aos empregados e subcontratados,
deve ter o compromisso de proteger a sua própria saúde e segurança e a
dos outros”. É com isso em mente que Gérard Mestrallet, presidente e CEO
da GDF SUEZ, e as federações mundiais de sindicatos dos trabalhadores
da indústria e energia (IndustriALL), de setores de construção e serviços
públicos, assinaram, no Chile, um acordo para fortalecer e estender
mundialmente os compromissos de segurança e saúde no local de
trabalho que a GDF SUEZ tem já há muitos anos na Europa.
produtos que contenham substâncias tóxicas substituíveis (substâncias
especialmente cancerígenas, mutagênicas e tóxicas para a reprodução).
Foi alcançado um acordo global anterior, em 2010, sobre os direitos
fundamentais, o diálogo social e o desenvolvimento sustentável. Este
segundo acordo é baseado no forte compromisso da alta administração
do Grupo para sua política social estar em consonância com os valores
fundamentais do Grupo: Exigência, Comprometimento, Ousadia e
Coesão. “Esse acordo testemunha a importância do diálogo social
da GDF SUEZ“, comenta Mestrallet.
“A assinatura deste novo acordo global é uma oportunidade para reafirmar a
nossa profunda convicção de que um plano de desenvolvimento industrial
duradouro deve atender aos aspectos sociais e humanos. A GDF SUEZ
está empenhada em tornar a saúde e segurança de todos uma prioridade
permanente. Este compromisso deve ser afirmado em todos os lugares
onde o Grupo funciona, sem distinção entre países ou empresas. Ele é a
chave para os compromissos que tomamos com as federações sindicais
mundiais em novembro de 2010, quando assinamos o Acordo global sobre
direitos fundamentais, o diálogo social e do desenvolvimento sustentável.
Com este último acordo, esperamos fortalecer e ampliar as iniciativas
anteriores que o nosso Grupo já tomou em saúde e segurança do trabalho
com os nossos parceiros sociais europeus”, afirma Mestrallet.
Com este acordo, a GDF SUEZ se compromete com metas concretas de
progresso para a eliminação de acidentes fatais com nexos causais para as
empresas do Grupo, a uma redução no número de acidentes de trabalho
e com a melhoria contínua da saúde no local de trabalho, eliminando os
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Tractebel Energia
Há um foco especial em questões de saúde e segurança para o trabalho
subcontratado, tanto para os funcionários dessas empresas e terceiros,
por meio de avaliações de risco e obrigações contratuais das empresas
de subcontratação, incluindo o monitoramento e verificação dos planos
de ação.
ALTA VOLTAGEM
Entre as 100 empresas com
melhor reputação no Brasil
Plinio Bordin
Reputação é resultado do trabalho de todas as áreas e diretorias da Companhia
A revista EXAME divulgou no início de junho o ranking das 100 empresas de melhor reputação no
País. A Tractebel Energia aparece em 65º lugar com 4.376 pontos. No setor elétrico, a Companhia
ficou com a terceira posição.
De acordo com a publicação, “para ter uma boa reputação, empresas precisam não só ter bons
resultados financeiros, mas também cuidar bem de suas equipes, da qualidade de suas marcas
e que seus produtos sejam transparentes. Além disso, ter um comportamento ético, inovar e ter
atividades internacionais também são pontos que fazem as companhias serem bem vistas pelo
público. É o que aponta uma nova pesquisa da consultoria Merco que a partir desses quesitos,
elenca as 100 empresas de melhor reputação no Brasil em 2014”.
Para chegar ao resultado final, foram consultados executivos, analistas financeiros, ONGs,
sindicatos, jornalistas, associações de consumidores, acadêmicos e público em geral, numa
parceira da Merco com o Ibope.
O presidente da Tractebel Energia considera que o resultado é um reconhecimento à atuação da
Companhia. “Nossa reputação é sólida porque foi construída com base no retorno aos acionistas, na
parceria com as comunidades onde estamos inseridos e no respeito ao meio ambiente”, comenta.
Coordenação e edição
Leandro Provedel Kunzler
Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade
da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa
Reportagem e textos
Dfato Comunicação
[email protected]
Jornalista responsável
Duda Hamilton
Nossa reputação é
sólida porque foi
construída com base
no retorno aos acionistas,
na parceria com as
comunidades onde
estamos inseridos e
no respeito ao
meio ambiente.
Manoel Zaroni Torres, presidente da Tractebel Energia
Concepção gráfica
e editoração
Dzigual Golinelli
Foto da capa
Divulgação Biota Projetos
e Consultoria Ambiental
Tiragem
3.500 exemplares
www.tractebelenergia.com.br
GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZ
ACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM
SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES.
Produzir energia de forma sustentável
é um compromisso da Tractebel com o
futuro. Por isso, além de utilizar fontes
renováveis em mais de 80% de tudo o que
produz, a empresa investe em melhorias
ambientais, apoia as comunidades
em que está inserida e contribui para
o desenvolvimento social e cultural
de diversas regiões. É a Tractebel gerando
desenvolvimento, oportunidades e a
energia de que o futuro precisa.
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N.50 - Abril a Junho