INFORMATIVO DA TRACTEBEL ENERGIA . ANO 10 . No 50 . JULHO DE 2014 Programa monitora araras em Estreito Usinas passam por vistoria do Ibama Presidente da CNI fala sobre futuro da indústria R$ 104,4 milhões pagos em royalties no 1º semestre GDF SUEZ inaugura tanque de GNL no Chile SUMÁRIO 08 12 18 03 04 08 18 2 mensagem do presidente 03. Respondendo aos desafios do setor 360º 04. Prêmio de jornalismo ambiental 04. Troféu Antônio José de Moraes Souza 05. Teatro e educação ambiental 05. Mostra de Cinema Infantil 06. Amazônia na telona 06. Troféu Onda Verde 07. Prevenção de acidentes 07. Itá recebe Congresso da Adjori 19 24 USINA 08. A beleza da arara-azul-grande 10. Ibama vistoria usinas 12. Proteção de quelônios – Tocantis 14. Rio Iguaçu recebe jundiás 16. Modernização da UHSS EMPRESA 18. Goleada ambiental 20. Royalties no 1º semestre Tractebel Energia 29 31 ENTREVISTA 19. Robson Braga de Andrade (CNI) EMPRESA 24. Encontro Internacional de Energia 26. Terceiro Seminário de Ética, Sustentabilidade e Energia 28. Por dentro da Tractebel GDF suez 29. Tanque de armazenamento de GNL no Chile 30. Acordo global de saúde e segurança no trabalho ALTA VOLTAGEM 31. Ranking Exame Mensagem do Presidente Portfólio balanceado É um conselho muito difundido aquele de que não se deve colocar todos os investimentos numa única aplicação. O mesmo vale para nós da Tractebel Energia quando o assunto são as fontes de geração. É uma decisão estratégica manter no portfólio diferentes fontes, minimizando os efeitos de variações climáticas em nosso fornecimento. Nossa base de geração, tal como ocorre na geração brasileira, é a hidroeletricidade. É uma fonte de energia limpa e renovável, que tem destacado o país como possuidor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. Hoje a Tractebel Energia opera 9 usinas hidráulicas de grande porte, situadas em várias regiões brasileiras. Elas têm capacidade instalada para fornecer 7.270 MW, montante que nos coloca em condição privilegiada no mercado. Com Usinas implantadas de Sul a Norte, estas unidades, além de gerar energia, minimizam os impactos de secas prolongadas ou de cheias extraordinárias, como as registradas recentemente nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A existência de barragens de usinas hidrelétricas contribuiu para a redução do impacto das inundações que ocorreram na bacia do rio Uruguai, permitindo que a população local tivesse mais tempo para se preparar para os efeitos da maior cheia da história naquela região. Outra força da Tractebel Energia são suas Usinas térmicas, que possuem – juntas – 1.119 MW de capacidade instalada. Essa potência é advinda majoritariamente do carvão mineral e do gás natural, mas também inclui a biomassa resultante da produção de açúcar e álcool, e da indústria madeireira. Elas nos ajudam a passar com segurança pelos momentos em que a geração de fonte hidráulica é menos favorável. E complementando nosso portfólio, temos também investido em fontes complementares, em especial pequenas centrais hidrelétricas, eólicas e uma unidade solar, que compõem 179 MW de nosso parque gerador. O fato de nosso parque gerador atuar com diversas fontes de energia nos dá o conhecimento técnico sobre cada uma delas e faz da Tractebel Energia uma parceira confiável no mercado de energia elétrica do Brasil. A excelência de nossos colaboradores em operar e manter as Usinas garante, por sua vez, a disponibilidade exigida pelo sistema elétrico. Nosso portfólio diferenciado se mantém equilibrado porque a Tractebel Energia está constantemente investindo no desenvolvimento de novos projetos. A tecnologia tem permitido reduzir significativamente os impactos negativos resultantes da implantação de novas fontes de energia, que são avaliadas de acordo com sua viabilidade econômica, social e ambiental. Olhamos para a expertise que temos na Companhia Manoel Zaroni Torres – presidente da Tractebel Energia e em nosso Grupo controlador, a GDF SUEZ, para fazer as melhores escolhas. E olhamos para frente, investindo, por meio de Pesquisa & Desenvolvimento, nas fontes que poderão se tornar as melhores opções de geração de energia elétrica no futuro. Crescer com equilíbrio, minimizando ao máximo todos os riscos. Eis nossa maneira de gerar energia para a vida. BoasNovas 3 360o O lançamento da sétima edição do Prêmio Fatma de Jornalismo Ambiental em Florianópolis, no dia 5 de junho, reuniu representantes dos principais veículos de comunicação de Santa Catarina, jornalistas e representantes da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). O prêmio é patrocinado pela Tractebel Energia desde a primeira edição, em 2008, e tem ainda a parceria da Associação de Diários do Interior (ADI), Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina (Adjori), Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert), Sindicato dos Jornalistas e da Fábrica de Comunicação. As inscrições podem ser feitas até o dia 31 de outubro, nas regionais da Fatma ou pelo correio, e a divulgação dos resultados será em dezembro deste ano. Os vencedores ganham R$ 5 mil e os segundos colocados recebem R$ 2 mil. Prêmio de jornalismo ambiental Rafael Rosseti Para o presidente da Fatma, Alexandre Waltrick, o prêmio confirma o compromisso da Fundação de estimular a preservação do meio ambiente. “Chegamos à sétima edição do Prêmio Fatma de Jornalismo porque sempre acreditamos na força da comunicação para divulgar, em todo o estado, bons projetos de preservação ambiental e sustentabilidade”, afirma. O diretor administrativo da Tractebel, Luciano Andriani, destaca os números do prêmio. “A cada ano crescem as inscrições e a qualidade das matérias aumenta significativamente. É muito gratificante saber que esse prêmio estimula o aumento de reportagens sobre o meio ambiente”, sustenta Andriani. Presidente da ACI, Ademir Arnon, o diretor administrativo da Tractebel, Luciano Andriani e o presidente da FATMA, Alexandre Waltrick Magal Santos Troféu Antônio José de Moraes Souza dado à UEPS A AJE (Associação dos Jovens Empresários do Piauí) realizou, em maio, o evento Líder Nordeste 2014, com a entrega do troféu Antônio José de Moraes Souza para aqueles que se destacaram como empreendedores no estado. A Tractebel Energia, com a Usina Eólica Pedra do Sal, foi uma das agraciadas com o prêmio na categoria Responsabilidade Ambiental. “Este prêmio é relevante porque reconhece a classe empresarial do Piauí e também a importância da Tractebel no desenvolvimento social e econômico da região”, diz Alexandre Thiele, gerente da Regional Eólicas. Para Márcio Leal, da Usina Pedra do Sal, esse troféu é uma forma de atestar os programas na área de responsabilidade ambiental e social. Só em 2013, ressalta Leal, 1,4 mil pessoas passaram pela Usina, conhecendo diferentes formas de gerar energia, a parte operacional do parque e os projetos ambientais. Márcio Leal (esq) recebe o troféu em nome da Tractebel Energia 4 Tractebel Energia 360o Teatro + Educação Ambiental Mais de três mil pessoas da região da Usina Hidrelétrica Machadinho, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, assistiram à peça Roda do Chimarrão II - Chimarrito percorre as Nascentes do Rio Uruguai. O personagem visita a nascente do Rio Pelotas, em Bom Jardim da Serra (SC), passa pelo Rio Canoas, no Parque Nacional do São Joaquim (SC), e chega à Usina. Patrocinado pela Tractebel Energia, acionista do Consórcio Machadinho, o projeto une teatro e palestra e tem como objetivo difundir o teatro e educação ambiental. Divulgação Machadinho Ministradas pela agrônoma Sélia Felizzari, as palestras abordaram o Projeto Nascentes, que vem sendo realizado no entorno da Usina Machadinho e mostra a importância de preservar as nascentes de rios. Já a peça teatral foi encenada pelo grupo Aldeia Teatral, em que o personagem se aventurou pelas encostas do Rio Uruguai descobrindo suas nascentes e pontos de preservação. “O retorno do projeto é muito bom e ajuda na educação. O conteúdo abordado é fundamental, pois vai ao encontro daquilo que é trabalhado em sala de aula, com temas ligados ao meio ambiente como água, lixo e poluição. De uma forma lúdica, esses temas tornam-se mais atraentes e chamam a atenção dos alunos”, comenta a diretora da Escola Marechal Câmara, Andréia Martinazzo Braga. Henrique Pereira Crianças e adolescentes se encantam com as histórias e se engajam na proteção de nascentes Mostra de Cinema Infantil A 13ª Mostra de Cinema Infantil, que vem sendo patrocinada pela Tractebel Energia desde as primeiras edições, reuniu um público de quase 20 mil pessoas, em Florianópolis, entre final de maio e início de junho. Nos nove dias foram exibidos diversos filmes, entre eles premiados, estreias e muitos curtas, como O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza; O Menino e o Mundo, de Alê Abreu; e Um Ano Novo danado de bom, curta de João Batista Melo. Ele destacou a presença do público como um dos grandes méritos da Mostra. “Foi emocionante ver tantas crianças e pais assistindo e conversando sobre os curtas brasileiros”, confessou Melo. Organizadora e mentora do evento, Luiza Lins vem lançando há anos as sementes de cinema infantil. “A Mostra é hoje muito mais que um festival do cinema, é um projeto sociocultural, que promove a educação, a formação de plateia para o cinema nacional, além de inclusão social e valorização da nossa cultura”, explica Luiza. Teatro Pedro Ivo Campos, em Florianópolis, lotou para apresentações da Mostra BoasNovas 5 360o Amazônia na telona Divulgação Filme rodou o circuito nacional, levando mensagem conservacionista a todo o País A diversidade da Amazônia pode ser vista pela primeira vez em um filme live-action 3D, totalmente filmado na região. A coprodução Brasil e França – apropriadamente chamada de Amazônia 3D – teve a Tractebel Energia como uma das patrocinadoras por meio da Lei do Audiovisual (Lei Rouanet). A película foi selecionada para dois dos principais festivais de cinema do mundo, em Veneza (Itália) e Toronto (Canadá), em 2013, e ainda será o filme de abertura do Festival do Rio, na capital fluminense, em outubro. Além de filmar na floresta, os produtores e o diretor francês Thierry Ragobert optaram por trabalhar com animais de verdade. O filme conta com 98 espécies diferentes. Troféu Onda Verde Felipe Cruz A Tractebel Energia recebeu o Troféu Onda Verde, promovido pela Editora Expressão, em cerimônia realizada na FIESC, no dia 25 de julho. A empresa foi destacada pelo projeto de Co-firing no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, que experimenta a queima de palha de arroz em conjunto com o carvão mineral nas caldeiras para a geração térmica de energia. Certificado pelo Ministério do Meio Ambiente como a maior premiação ambiental do Sul, o Prêmio Expressão de Ecologia registra a trajetória da consciência ambiental empresarial da região Sul do Brasil e é o maior mapa da evolução das empresas em direção à sustentabilidade nesse período. A premiação conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e dos três órgãos ambientais públicos do Sul - SEMA/IAP (PR), Fatma (SC) e FEPAM (RS) -, que enviam anualmente representantes para compor o grupo de jurados da premiação. Essa foi a 21ª edição do Prêmio. A Tractebel venceu na categoria Inovação Tecnológica com o case “Energia para o Futuro: Utilização da Palha de Arroz em Processo de Co-Firing com Carvão Pulverizado”. 6 Tractebel Energia Gerente de Meio Ambiente do Complexo Jorge Lacerda, Marcelo Caneschi, e gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri 360o Prevenção de acidentes A Tractebel Energia lançou uma campanha interna para a prevenção de acidentes de trabalho com foco na identificação e registros de incidentes, que são situações de risco ou que podem levar a acidentes sérios, doença ou fatalidade. “Para cada 600 incidentes ocorre um acidente com lesão e precisamos identificar, registrar e tratar essas situações para não termos a ocorrência do acidente”, comenta o gerente de Recursos Humanos Euclides Backes. A iniciativa abrange todas as Usinas da Companhia e sua Sede e inclui terceiros que prestam serviço para a Empresa no público-alvo. “Os empregados da Tractebel e todos aqueles que trabalham para nós ou em nossas instalações estão sob nosso cuidado permanente. Queremos que todos possam trabalhar e voltar em segurança para suas famílias”, comenta o diretor administrativo da Tractebel, Luciano Andriani. Divulgação Tractebel Trezentos representantes dos jornais do interior de Santa Catarina e de várias regiões do Brasil estiveram reunidos de 6 a 8 de junho, na cidade de Itá (SC), no 42º Congresso Estadual da Adjori/SC e IV Encontro Nacional de Jornais Locais. Com patrocínio do Consórcio Itá, do qual a Tractebel Energia faz parte, do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e da Prefeitura de Itá, diversos painéis foram apresentados, entre eles a Campanha Mundial de Valorização do Papel e da Mídia Impressa e a Criatividade como Ferramenta para Vencer Desafios, abordada por uma das mais criativas mentes do mercado publicitário, o presidente da Fischer, Antonio Costa Neto, o Toninho Neto. Para a prefeita de Itá, Leide Mara Bender, foi uma excelente oportunidade de mostrar a cidade para todo o Brasil, já que estavam no município formadores de opinião não só de Santa Catarina, como de outros estados - Sergipe, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná. “São eles que vão divulgar Itá, mostrar as belezas que temos aqui, o que vai gerar desenvolvimento e renda para o município. Só tenho a agradecer aos parceiros Tractebel Energia e BRDE, que acreditaram no evento e à Adjori/SC, grande responsável pelo Congresso”, afirmou Leide Bender. A segurança no trabalho é prioridade permanente da Companhia e do Grupo GDF SUEZ, seja nos ambientes de escritório ou nas Usinas. “Todos estamos engajados para garantir que as situações de risco e os incidentes sejam identificados e sejam mitigados para que não tenhamos acidentes”, conclui o diretor de Produção, José Carlos Cauduro Minuzzo. Itá recebe Congresso da Adjori Divulgação Adjori/SC Miguel Gobbi, presidente da Adjori/SC e da Adjori Brasil; prefeita de Itá, Leide Mara Bender; Francisco Delmondes Bentinho, presidente da Adjori MT BoasNovas 7 USINA A beleza da arara-azul-grande Monitorada há mais de dois anos na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Estreito, a arara-azul-grande é considerada a maior arara do mundo, mas ainda é uma espécie que habita o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Divulgação Biota Ninhos de arara-azul-grande foram identificados na região de abrangência da Usina Estreito, na divisa dos estados do Tocantins e Maranhão A beleza da plumagem de um azul intenso, o ruído e o tamanho chamam a atenção quando cortam o céu em casais ou bandos. Preferem árvores com copas abertas, como o Manduvi, vivem nos biomas da Floresta Amazônica e, principalmente, no do Cerrado e Pantanal, com possibilidade de migrações para alimentação e/ou reprodução. Chegam a medir um metro de comprimento, sendo a maior representante dos Psitacídeos, são bem azuis com uma pele nua amarela em torno dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula. Elas são fontes inspiradoras de música, desenhos animados e filmes, como Rio, de Carlos Saldanha, que conta a história de Blu, uma arara azul macho que é levada ao Rio de Janeiro para se acasalar com uma fêmea. Sua alimentação é baseada em três espécies de palmeiras – macaúba, piaçava e inajá –, e chegam a pesar até 1,7 kg antes de abandonar o ninho. A arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) resiste graças a projetos de preservação, como é o caso do Programa de Monitoramento da Arara-azul-grande, desenvolvido há dois anos no 8 Tractebel Energia entorno da Usina Hidrelétrica Estreito, no Rio Tocantins, cuja operação está sob responsabilidade da Tractebel Energia. A empresa Biota Projetos e Consultoria Ambiental executa o Programa de Monitoramento, que tem como principal objetivo obter informações ecológicas e da dinâmica populacional da espécie para promover, em médio e longo prazos, ações que assegurem a sua conservação nas proximidades da hidrelétrica. A bióloga, funcionária da Biota e responsável pelo monitoramento, Luana Monteiro, informa que as araras são aves sociais, que vivem aos pares, em casais e podem viver até 55 anos. “Hoje a arara-azul-grande está ameaçada de extinção devido à captura de indivíduos da natureza para o tráfico, alteração no habitat e coleta de penas para confecções de cocares”, explica a bióloga. Segundo o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, o número de araras-azuis-grandes está estimado em 6,5 mil indivíduos em toda área de ocorrência. USINA Divulgação Biota Divulgação Biota Realização de biometria em filhote de arara azul Divulgação Biota Filhote com aproximadamente 55 dias ganhando as cores que são características da espécie: o azul na plumagem e o amarelo em torno dos olhos. Ao lado, mapa de localização da Usina Estreito MONITORAMENTO EM ESTREITO No monitoramento que vem sendo realizado na área da Usina Hidrelétrica Estreito, alguns resultados já se mostram consistentes e algumas constatações puderam ser confirmadas pela equipe. Entre elas, a baixa presença de arara-azul-grande nas proximidades das áreas de enchimento do reservatório e sua busca ativa por recursos alimentares. O registro de araras-azuis-grandes na área de influência do empreendimento está concentrado na porção final do reservatório, nos municípios de Barra do Ouro e Palmeirante, no Estado de Tocantins, conforme os estudos. Nas áreas mais influenciadas pelo barramento do Rio Tocantins o registro é de araras-vermelhas e araras-canindé. “Também percebemos que dois agrupamentos de indivíduos estão distantes entre 40km e 70km um do outro”, ressalta a analista ambiental da Usina Estreito, Patricia Campregher de Oliveira. “Na área localizada na Fazenda Alegria, além de espaço de alimentação, o local também é utilizado como dormitório”, diz a responsável técnica pelo Programa de Monitoramento, Luana Monteiro. Depois de a equipe percorrer 144 pontos da área de abrangência da Usina, os biólogos estimam uma população de aproximadamente 240 araras-azuis-grandes no local. Elas estão associadas com áreas de pasto e veredas (local inundado com presença de palmeiras), que utilizam para sua alimentação. O monitoramento englobou os municípios de Carolina e Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, Babaçulândia, Colinas do Tocantins, Barra do Ouro, Darcinópolis, Filadélfia, Goiatins, Itacajá, Itapiratins, Palmeirante e Wanderlândia, no Tocantins, reunindo 11 profissionais, sendo oito biólogos, todos habilitados e devidamente registrados nos conselhos regulamentadores das categorias (CRBio e Ibama). BoasNovas 9 USINA Ibama vistoria usinas Três hidrelétricas e duas pequenas centrais hidrelétricas da Tractebel receberam a visita de técnicos do órgão. Para acompanhar o andamento de programas ambientais nas usinas o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) realiza vistorias, na maioria das vezes não programadas, em diferentes empreendimentos de Norte a Sul do País. Essas visitas são muito importantes, pois representam uma oportunidade da Empresa mostrar seus programas e sua evolução ao longo do período de execução dos projetos, e aprimorá-los a partir das sugestões dos técnicos do Ibama. Além disso, é uma forma do órgão acompanhar o trabalho in loco e não ficar apenas restrito a relatórios técnicos. Gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri, explica que neste primeiro semestre de 2014 as Usinas Itá, Ponte de Pedra, Cana Brava, e as PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) Rondonópolis e José Gelázio receberam a visita de técnicos do Ibama. “Foi uma boa oportunidade para trocarmos experiências e também do Instituto obter mais subsídios para fazer alterações ou correções de atividades desenvolvidas”, afirma o gerente. Plinio Bordin Camila Momesse Rodriguez Camila Momesse Rodriguez Em sentido horário: Usina Cana Brava (450 MW) localizada no Rio Tocantins; Vistoria da conservação da Área de Preservação Permanente do reservatório de Usina Hidrelétrica Cana Brava; Entrada da caverna Bibiana I no Rio Tocantins; e técnico avaliando a ictiofauna local do lago de UHCB 10 Tractebel Energia Camila Momesse Rodriguez USINA Para Magri, é nas vistorias que os técnicos conhecem em detalhes o andamento dos programas socioambientais e tem mais propriedade para depois responder questionamentos das comunidades ou de outros órgãos de fiscalização, como Ministério Público, Secretarias de Meio Ambiente e Polícia Ambiental sobre o atendimento das condicionantes das licenças ambientais. Hoje, a Tractebel Energia é referência na gestão ambiental das Usinas – hidrelétricas, termelétricas e eólicas –, principalmente por seus programas serem desenvolvidos junto a universidades e entidades de pesquisas. Cláudio Américo Cabral Magri conta que, nessas últimas visitas, o Ibama vistoriou os programas em andamento que envolvem os meios físico, biótico e socioeconômico, destacando os relacionados à ictiofauna, à qualidade da água, ao apoio às famílias reassentadas, à recuperação de áreas de APPs (Áreas de Preservação Permanente) e educação ambiental. Técnicos visitam obras do Parque Ambiental Teixeira Soares, em Marcelino Ramos (RS) Luis Guilherme de Oliveira Miranda Técnicos do Ibama visitam o reservatório da Usina Hidrelétrica Ponte de Pedra (MT/MS) e verificam o processo de recuperação das áreas do entorno do reservatório Luis Guilherme de Oliveira Miranda Durante parada na margem direita do Canal de Adução da Usina Ponte de Pedra, quando a equipe do Ibama pôde acompanhar o resgate de uma cobra cascavel Giane Minella Ibama e Tracebel em vistoria no Parque Teixeira Soares (RS) Giane Minella Técnicos do Ibama em vistoria fluvial pelo reservatório da Usina Hidrelétrica Itá (RS/SC) BoasNovas 11 USINA Proteção de quelônios no Rio Tocantins Para conscientizar as populações ribeirinhas e moradores das regiões de abrangência das Usinas Estreito e São Salvador, a Tractebel Energia lançou campanha de comunicação para proteção de tartarugas, tracajás e cágados. Ao ler o título desta matéria, você deve estar se perguntando: o que são quelônios? Os quelônios são animais que pertencem ao grupo dos répteis e são representados pelas tartarugas, tracajás, cágados e jabutis. Estão subdivididos em três grupos: terrestres (jabutis), marinhos (tartarugas-marinhas) e de água doce (tartarugas ou cágados). Ocupando ambientes terrestres e aquáticos, os quelônios são importantes agentes ecológicos por dispersarem sementes encontradas tanto na floresta quanto em ambientes aquáticos. Por ingerirem grandes quantidades de matéria orgânica morta, atuam na remoção de detritos dos rios. Esses animais consomem folhas, frutos e sementes e matéria orgânica morta, podendo atuar também como predadores (se alimentando de insetos e peixes) ou se tornarem presas de outros animais (jacarés, grandes peixes, mamíferos, algumas aves e outros). “Dessa forma, podem ocupar várias funções dentro dessas relações chamadas “teias alimentares”, que são muito importantes para manter o equilíbrio ecológico do ambiente”, explica Andréia Ramos Soares Szortyka, analista de Meio Ambiente da Usina Hidrelétrica Estreito. A campanha de comunicação aborda o tema de forma lúdica, incluindo jogos de tabuleiro entre as ferramentas a serem utilizadas para transmitir a mensagem conservacionista. “A programação visual da campanha se utiliza de figuras simpáticas de quelônios e uma linguagem fácil e acessível para que crianças e jovens, principalmente, se engajem na proteção desses animais”, comenta o diretor administrativo da Tractebel Energia, Luciano Andriani. Além do jogo de tabuleiro, uma cartilha com a mesma linguagem visual foi desenvolvida e spots de rádio irão reforçar a mensagem nas regiões de Estreito, Palmeirópolis e São Salvador. Nas praias do rio Tocantins serão colocadas placas sinalizando os ninhos e locais de desova que devem ser protegidos. 12 Tractebel Energia Divulgação CESTE A tartaruga-da-Amazônia é o maior quelônio de água doce da América do Sul com carapaça oval que alcança até 107 centímetros de comprimento Nas escolas e em visitas, a campanha se dará por meio de palestras que explicarão os objetivos do programa e, nessas ocasiões, serão entregues as cartilhas e jogos de tabuleiro para os participantes. A campanha será desenvolvida em escolas, praias permanentes e com a população ribeirinha durante a execução do monitoramento. “Esperamos maior conscientização da população em geral na conservação dessas espécies e o aumento do número de ninhos e nascimento de filhotes”, diz Andréia. O Consórcio Estreito Energia – CESTE, do qual a Tractebel Energia faz parte, apoia a campanha conjunta sobre os quelônios. “Somos parceiros desta iniciativa principalmente porque essa atividade de comunicação está totalmente aderente ao Programa de Monitoramento de Quelônios, que visa à conservação das espécies por meio de ação integrada com a população, pescadores e órgãos de fiscalização na USINA área de influência da Usina Hidrelétrica Estreito”, afirma Odilon da Gama Parente Filho, diretor-geral do CESTE. Ele diz ainda que, ao proporcionar o conhecimento da biodiversidade e desenvolver as ações de preservação para a continuidade dessas espécies na bacia do rio Tocantins, o CESTE considera que está cumprindo com uma das missões mais importantes do empreendimento. Divulgação CESTE Outro parceiro da campanha é o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Ambientais Renováveis, órgão licenciador das Usinas Estreito e São Salvador, que participou desde o início com a revisão do material técnico. Sua logomarca fará parte de todo o material que divulgará a Linha Verde, canal para denúncia de irregularidades na área ambiental. “A participação do Ibama traz respeito e importância à comunidade, objetivando coibir irregularidades e buscando torná-los parceiros na conservação dos quelônios”, comenta o gerente de Meio Ambiente da Tractebel Energia, José Lourival Magri. Técnico realiza biometria em filhote de tracajá Divulgação CESTE Proteção de ninhos nas praias do Rio Tocantins é um dos objetivos da campanha Divulgação CESTE O tracajá é um quelônio de tamanho mediano, que pode alcançar até 47 centímetros de comprimento da carapaça Como ajudar a conservar Nas áreas de influência das Usinas Hidrelétricas São Salvador e Estreito é frequente o registro de três espécies de quelônios de hábito semiaquático: tartaruga-da-Amazônia (Podocnemis expansa), tracajá (Podocnemis unifilis) e cágado (Phrynops geoffroanus). Essas três espécies têm ocorrência comum para a bacia do rio Tocantins. As duas Usinas desenvolvem Programas de Monitoramento e Conservação de Quelônios, através de consultorias especializadas, seguindo as orientações técnicas do Ibama/TO. Nesses programas é realizada a identificação das espécies, contagem, marcação, biometria (medida de peso e comprimento) e acompanhamento dos ninhos e filhotes. Caso haja ameaça ao ninho é realizada sua relocação para um lugar seguro. Tais programas objetivam a conservação das espécies por meio de ação conjunta com a população, pescadores e órgãos de fiscalização. Todos podem dar a sua parcela de colaboração, evitando a coleta de ovos e a captura das fêmeas durante a desova ou a dos filhotes durante a saída dos ninhos e preservando as praias e os locais de desova. Mais uma forma de ajudar é orientar outras pessoas sobre a importância desses animais e os cuidados que podem ser tomados para a sua conservação. BoasNovas 13 USINA Rio Iguaçu recebe jundiás Para conservar as espécies nativas de peixes do Rio Iguaçu, a comunidade da região, a Unioeste e a Tractebel Energia soltaram, no mês de maio, aproximadamente 30 mil alevinos de duas espécies de jundiá (Rhamdia voulezi e Rhamdia branneri) nos reservatórios das usinas hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago, no Paraná. Foram seis solturas, com a participação de mais de 300 pessoas, entre autoridades e lideranças locais, alunos, moradores da região, imprensa e representantes de entidades parceiras. Os peixes foram soltos em quatro municípios – Chopinzinho, São Jorge d’ Oeste, Sulina e Porto Barreiro – que são banhados pelos reservatórios. Acompanharam a soltura o gerente da Regional Rio Iguaçu da Tractebel Energia, Leocir Scopel; o gerente da Usina Salto Osório, Antonio Martins; o coordenador de Processos de Meio Ambiente, Clóvis Tosin da Silva; o técnico ambiental e gerente do projeto, Anderson Gibathe; e o coordenador do projeto, professor e pesquisador, Robie Bombardelli, do INEO (Instituto Neotropical de Pesquisas Ambientais), vinculado à Unioeste (Universidade do Oeste do Paraná, campus de Toledo). O projeto foi apresentado por Bombardelli, que detalhou também os resultados esperados e informações sobre a importância da conservação dos peixes nativos do Rio Iguaçu por meio do desenvolvimento de tecnologias de conservação e repovoamento. Foram identificadas no Iguaçu, segundo Scopel, mais de 100 espécies de peixes nativos, dos quais boa parte ocorre somente nesse ecossistema, compondo uma rica biodiversidade. Anderson Gibathe Município de Chopinzinho – a soltura foi de 10 mil alevinos no dia 14 de maio, na balsa da localidade de São Luiz. Entre os presentes, representantes das prefeituras de Chopinzinho e Saudade do Iguaçu, alunos e professores da Casa Familiar Rural do município, representantes do Rotary Clube Iguaçu e moradores da comunidade. 14 Tractebel Energia Jonis Steilmann Alevinos ganham as águas do Iguaçu “Essas atividades integram o projeto de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel chamado Tecnologia para formação de bancos de germoplasma e produção de peixes nativos para estocagem (repovoamento) no Rio Iguaçu, e que está em desenvolvimento há dois anos na Regional Rio Iguaçu”, explica Scopel. A entidade executora é o INEO, cujo o objetivo é o desenvolvimento de pesquisas gerando tecnologias para reprodução de cinco espécies de peixes ameaçados de extinção e que são endêmicos do Rio Iguaçu. Entre eles estão duas espécies de jundiá (Rhamdia voulezi e Rhamdia branneri), mandi pintado (Pimelodus britskii), lambarizão (Astyanax gimnodontus) e Surubim do Iguaçu (Steindachneridion melanodermatum). Divulgação INEO Porto Barreiro – no dia 23 de maio, durante a 1ª Festa do Peixe, foi realizada a soltura de 2,5 mil alevinos na balsa do distrito de Porto Santana, na área rural de Porto Barreiro. Participaram moradores da região, vereadores, a prefeita do município, secretários municipais e professores da escola da comunidade. USINA PR-471 PR-473 277 277 Laranjeiras do Sul PR-484 Quedas do Iguaçu Parque Estadual Rio Guarani PR-475 UHSO 158 1 Rio Iguaçu 2 1 - São Jorge d’Oeste 2 - São Jorge d’Oeste 3 - Sulina 4 - Saudade do Iguaçu 5 - Chopinzinho 6 - Porto Barreiro PR-565 158 6 3 PR-473 Dois Vizinhos 4 UHSS Rio Cavernoso 5 PR-662 Rio Iguaçu PR-281 158 373 PR-281 PR-493 PR-459 Chopinzinho PR-475 Itapejara PR-562 158 Mangueirinha Anderson Gibathe São Jorge d’ Oeste – no reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Osório ocorreram três solturas, sendo uma com o público interno da Usina e duas envolvendo a comunidade lindeira. No dia 15 de maio, pela manhã, foi realizada a soltura de 2 mil alevinos com os colaboradores da Tractebel Energia e empresas parceiras, e no período da tarde foi realizada a soltura no distrito de São Bento dos Lagos do Iguaçu, no município de São Jorge d’ Oeste, em frente ao Centro de Convenções do município, com mais 10 mil alevinos. Anderson Gibathe Participaram alunos de uma escola do município; o prefeito Gilmar Paixão e secretários municipais; dr. Gilmar Baumgartner, pró-reitor de extensão da Unioeste; Antonio Carlos Martins, gerente da UHE Salto Osório; técnicos; alunos e professores da Casa Familiar Rural do município e imprensa. Felipe Fiuza de Lima sulina – no dia 29 de maio foi realizada a soltura de 4,5 mil alevinos nativos no Rio Capivara (afluente do Rio Iguaçu) na área urbana de Sulina, contando com a presença de cerca de 100 pessoas, incluindo moradores da cidade, alunos da Casa Familiar Rural de Sulina, alunos do Colégio Estadual Nestor de Castro, representantes da Tractebel Energia, da Polícia Militar, da APAS (Associação dos Pescadores Amadores de Sulina) e autoridades locais. BoasNovas 15 USINA Modernização da Hidrelétrica Salto Santiago Plinio Bordin Usina Salto Santiago está entre as maiores hidrelétricas operadas pela Tractebel Localizada no Paraná, a Usina Hidrelétrica Salto Santiago, composta de quatro máquinas de 355 MW, (1.420 MW de capacidade instalada) vem sendo modernizada pela Tractebel Energia, num trabalho que deve durar 51 meses. Atualmente, cerca de 300 profissionais, entre os empregados da Tractebel, da Voith, e subcontratados diretos e indiretos pelas duas empresas trabalham na montagem dos novos equipamentos e sistemas da primeira das quatro unidades geradoras, que serão modernizadas. “Essa atualização vai garantir um novo ciclo de pelo menos mais 30 anos de vida útil dos equipamentos eletromecânicos e manter a confiabilidade e a segurança operacional para a geração de energia ao Sistema Interligado Nacional”, explica o diretor de Produção de Energia, José Carlos Cauduro Minuzzo. Essa modernização também vai permitir o emprego de tecnologia de ponta nos novos equipamentos e sistemas, em substituição aos componentes 16 Tractebel Energia atuais, e servirá como base e referência para o aprimoramento e treinamento das equipes de Operação e Manutenção da Companhia em novas tecnologias disponíveis no mercado. O investimento no parque gerador vai ser de R$ 350 milhões e a previsão para concluir as quatro unidades geradoras é em 2017. “Vamos fazer a modernização em uma unidade geradora por vez, com duração de nove meses para cada unidade”, observa Leocir Scopel, gerente da Regional Iguaçu. O maior desafio, ressalta o diretor Minuzzo, é garantir a qualidade e segurança dos serviços de montagem e comissionamento por meio da implantação e monitoramento de diversos requisitos, normas e documentos de referência, todos estabelecidos entre as equipes de projeto e gestão. A modernização da Usina contará com quatro novos rotores para as turbinas do tipo Francis, novos enrolamentos estatóricos para os USINA geradores, novo sistema digital de supervisão e controle da Usina, novos reguladores de velocidade da turbina e reguladores de tensão, novos sistemas auxiliares elétricos e mecânicos, além da automação e modernização dos equipamentos da tomada d’água. Os novos rotores das turbinas serão feitos em aço inoxidável, com novo projeto tecnológico que irá viabilizar o aumento da eficiência, a partir da troca dos rotores da turbina, em pelo menos 3,6%, assegurando o aumento da garantia física da energia da Usina, em 24,2 MW médios. “A modernização de Salto Santiago manterá sua capacidade instalada e a substituição do conjunto dos equipamentos gerador-turbina vai permitir um melhor desempenho e rendimento operacional da hidrelétrica, viabilizando o aumento da garantia física e, consequentemente, da sua receita”, conclui Minuzzo. Essa atualização vai garantir um novo ciclo de pelo menos mais 30 anos de vida útil dos equipamentos eletromecânicos e manter a confiabilidade e a segurança operacional para a geração de energia ao Sistema Interligado Nacional. José Carlos Cauduro Minuzzo, diretor de Produção de Energia PERFIL Leocir Scopel Com capacidade instalada de 1.420 MW e quatro unidades de 355MW, a Usina Hidrelétrica Salto Santiago passou por várias etapas. Sua construção foi iniciada em 1975, o enchimento do reservatório em 1979 e o início da operação da primeira unidade geradora em dezembro de 1980. Em setembro de 1982, entrou em operação a quarta e última unidade. Desde setembro de 1998, a Usina é operada pela Tractebel Energia. Leocir Scopel Empregados da VOITH e Tractebel Energia trabalham no estator do gerador Leocir Scopel Detalhe da chaparia do núcleo do estator do gerador Primeira turbina chegou à Usina Salto Santiago em meados de julho BoasNovas 17 EMPRESA Goleada ambiental Plinio Bordin Usina de Cogeração Lages garante créditos de carbono ao minimizar a emissão de metano na atmosfera, o que ocorreria se a decomposição dos restos de madeira ocorresse na Natureza A Seleção Brasileira levou 7 X 1 da Alemanha na Copa de 2014. Mas teve também goleada ambiental, com o País compensando quase dez vezes mais do que as projeções de emissões diretas de gases de efeito estufa geradas pela Copa do Mundo FIFA 2014. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, foram compensadas 545,5 mil toneladas de carbono equivalente (tCO2eq), unidade de medição das substâncias que interferem no aquecimento global. O número supera as 59,2 mil tCO2eq estimadas para atividades como obras, uso energético nos estádios e deslocamento de veículos oficiais. Das 16 empresas que aderiram ao selo Baixo Carbono, a Tractebel Energia foi a maior doadora, com 105 mil tCO2eq. A adesão não envolve qualquer transação financeira e as companhias que participaram são as doadoras oficiais de créditos de carbono da Copa do Mundo de 2014. “Ao aderir ao chamado do Ministério do Meio Ambiente, praticamos nossa política e demonstramos como podemos contribuir para uma sociedade mais sustentável”, afirma o diretor presidente da Tractebel Energia, Manoel Zaroni Torres. Segundo Zaroni, a Companhia tem uma política de sustentabilidade que orienta suas ações no campo econômico, social e ambiental. Um bom exemplo é a Unidade de Cogeração Lages, usina de biomassa no Planalto Serrano de Santa Catarina, empreendimento certificado como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU (Organização das Nações Unidas) desde 2005. “Os créditos doados para essa campanha do Governo Federal são todos oriundos dessa nossa Usina de biomassa”, observa Zaroni. Coordenado pelo Ministério, o inventário contabiliza as projeções de emissões do Mundial. De acordo com o documento, a Copa pode ter gerado o total de 1,406 milhão de tCO2eq, quando consideradas as emissões diretas e as indiretas. Desse total, a maioria teria sido gerada indiretamente pelo transporte aéreo internacional (87,1%) e nacional (9,2%). O restante se divide entre hospedagem (1,8%), obras (0,5%) e operações (1,4%). Até o fim do ano, será concluído um inventário definitivo com o número consolidado de emissões geradas pela Copa. * com informações do Ministério do Meio Ambiente 18 Tractebel Energia EMPRESA GDF SUEZ aposta no crescimento responsável A Unidade Cogeração Lages é um dos projetos de mitigação de gases de efeito estufa da GDF Suez Energy Internacional. “Implementamos 16 projetos de energia renovável que empregaram o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU para converter vento, água, biomassa e energia geotérmica em eletricidade renovável em países da América Latina, África e Ásia”, diz o diretor de Desenvolvimento de Negócios da GDF SUEZ Brasil, Gil Maranhão, representante da Tractebel Energia na cerimônia de entrega do selo Baixo Carbono, no Rio de Janeiro, no mês de junho. Para Maranhão, as parcerias com o Governo Federal são essenciais para o êxito da estratégia do grupo. “A GDF SUEZ está comprometida com a promoção do crescimento responsável e sustentável em resposta às necessidades energéticas, ao mesmo tempo em que combate as mudanças climáticas”, explica. Paulo de Araújo - MMA Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor de desenvolvimento de novos negócios da GDF SUEZ Brasil, Gil Maranhão, na cerimônia de entrega dos certificados Plinio Bordin Certificado oficializa a doação de créditos de carbono da Tractebel para zerar as emissões da Copa do Mundo 2014 Restos de madeira são utilizados na caldeira da Usina de Cogeração Lages BoasNovas 19 EMPRESA R$104,4 milhões pagos em royalties no 1º semestre Plinio Bordin Usinas como a de Itá contribuem para o desenvolvimento regional também por meio do pagamento de royalties As Usinas operadas pela Tractebel Energia recolheram, no primeiro semestre do ano, o total de R$ 104.461.051,83 referentes à Cofurh (Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica). Desse valor, R$ R$ 67.153.929,00 referem-se à participação da Tractebel Energia nos empreendimentos próprios e sua participação em consórcios, casos de Itá, Machadinho e Estreito. Do valor total, R$ 47.007.473,32 foram destinados aos 65 municípios abrangidos pelas hidrelétricas da Companhia. Ressalta-se que o repasse aos municípios é feito pela ANEEL com defasagem de até 60 dias em relação ao recolhimento da Tractebel Energia. A Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos para Fins de Geração de Energia Elétrica, instituída pela Constituição Federal de 1988, é um percentual que as concessionárias de geração hidrelétrica pagam pela utilização de recursos hídricos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) gerencia a arrecadação e a distribuição dos recursos entre os beneficiários: estados, municípios e órgãos da administração direta da União. As concessionárias pagam 6,75% do valor da energia produzida a título de Compensação Financeira. Conforme estabelecido na Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, com modificações dadas pelas Leis nº 9.433/97, nº 9.984/00 e nº 9.993/00, são 20 Tractebel Energia destinados 45% dos recursos arrecadados aos municípios abrangidos pelos reservatórios das hidrelétricas, enquanto que os estados têm direito a outros 45%. A União fica com 10% do total. Pequenas Centrais Hidrelétricas são dispensadas do pagamento da Compensação Financeira. Usina Valor Total Parcela Tractebel Itá R$ 22.300.811,58 R$ 8.808.820,57 Machadinho R$ 16.086.779,65 R$ 3.102.255,02 Passo Fundo R$ 2.176.154,58 R$ 2.176.154,58 Salto Osório R$ 15.568.181,75 R$ 15.568.181,75 Salto Santiago R$ 20.971.283,39 R$ 20.971.283,39 Cana Brava R$ 3.874.439,66 R$ 3.874.439,66 Ponte de Pedra R$ 2.870.681,52 R$ 2.870.681,52 São Salvador R$ 2.540.623,60 R$ 2.540.623,60 Estreito R$ 18.072.096,10 R$ 7.241.488,91 R$ 104.461.051,83 R$ 67.153.929,00 Total ENTREVISTA Quando a indústria vai bem, o País cresce Mineiro de São João Del Rey, o engenheiro mecânico Robson Braga de Andrade é, desde 2010, o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), quando foi eleito por unanimidade. Antes de chegar ao cargo, foi segundo vice-presidente da Confederação, presidente dos conselhos temáticos de Meio Ambiente e de Assuntos Legislativos da entidade e presidente, por duas vezes (2002 a 2010), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais. A revista Boas Novas entrevistou Robson Braga de Andrade, que falou sobre temas atuais e o papel da entidade que preside para o desenvolvimento econômico do Brasil. Há 30 anos, Andrade preside a Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda., empresa sediada em Contagem (MG) produtora de equipamentos para os segmentos de energia, petróleo, gás, mineração, siderurgia, saneamento, telecomunicação e transporte. É também membro titular do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República e vice-presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Divulgação CNI BoasNovas 21 ENTREVISTA Divulgação CNI Boas Novas – Qual o papel da indústria no desenvolvimento econômico e social do Brasil? Presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade – Temos um papel importante, já que somos responsáveis pela geração de empregos de qualidade e novas tecnologias, além de oferecermos educação básica e formação profissional. Nosso setor movimenta outros segmentos, dando oportunidades de ganho a fornecedores e prestadores de serviços. Também incrementamos o comércio, gerando renda em várias cidades brasileiras. Quando a indústria vai bem, o Brasil cresce de forma mais vigorosa e consistente. Sempre que o setor enfrenta dificuldades, a economia do País patina. Em outras palavras, precisamos de uma indústria forte e competitiva se quisermos avançar em direção ao pleno desenvolvimento econômico e social. BN – A CNI (Confederação Nacional da Indústria) lançou o seu primeiro Relatório de Sustentabilidade em junho. Quais são os principais destaques do documento? R.B.A. – O Relatório de Sustentabilidade reforça a transparência das entidades que fazem parte do Sistema Indústria. Nele, nós apresentamos um conjunto de realizações, bastante amplas e variadas, que vão da educação profissional à preservação ambiental. 22 Tractebel Energia Comprovamos a importância das quatro entidades, CNI, SENAI, SESI e IEL, para o amadurecimento do Brasil. Além disso, mostramos as estratégias que orientam a atuação do Sistema Indústria e as iniciativas que planejamos para o futuro. BN – Qual a agenda da indústria para o futuro? R.B.A. – A nossa visão de futuro é alcançarmos um elevado grau de competitividade e sustentabilidade. Para a indústria e o Brasil crescerem de forma sustentada, precisamos vencer uma série de obstáculos, como deficiências na infraestrutura, dificuldades de acesso ao financiamento, falta de incentivos à inovação, burocracia, elevada carga tributária e altos custos de trabalho. Um dos nossos principais desafios, que são muitos, é aumentar a qualidade da educação. Há também uma série de oportunidades para construirmos uma indústria forte e produtiva. BN – Qual o papel do setor elétrico para a indústria nacional? R.B.A. – A energia elétrica é um insumo de grande relevância para a atividade industrial, que é responsável por cerca de 41% da demanda de energia do Brasil, com 573 mil unidades consumidoras industriais. O setor é indispensável para a produção. A expansão da oferta de eletricidade deve ser um dos elementos centrais da estratégia de desenvolvimento brasileiro. ENTREVISTA BN – Por que os laços econômicos com os países da América Latina e o Caribe se tornaram estratégicos para a CNI? R.B.A. – O aprofundamento dos laços econômicos com os países da América Latina e do Caribe é essencial para a integração internacional do Brasil. Queremos incentivar esse ambiente de negócios e, para isso, temos que superar desafios como a integração logística e a capacitação de profissionais para a inovação. Precisamos acelerar a liberalização de acordos de comércio que já estão em vigor e incluir temas mais abrangentes nas áreas de investimentos e serviços. O fortalecimento comercial entre os países da América Latina e do Caribe requer uma estratégia que consolide a articulação em torno das operações de exportação e importação, investimentos, infraestrutura e energia. BN – Como o setor industrial pode dialogar mais e melhor a fim de ter suas demandas atendidas pelos seus interlocutores, sejam eles governos, parlamentares, Justiça, ONGs, sindicatos etc.? R.B.A. – A indústria dialoga com os poderes constituídos e com vários segmentos da sociedade constantemente, a fim de alcançar os seus objetivos e ajudar no desenvolvimento do País. Além de cobrar ações que ajudem a promover a competitividade das empresas brasileiras, o Sistema Indústria é protagonista na sugestão de propostas e de projetos para o setor público. Elaboramos diagnósticos e apresentamos soluções para minimizar ou extinguir os problemas que atrapalham o crescimento da economia brasileira. A expansão da oferta de eletricidade deve ser um dos elementos centrais da estratégia de desenvolvimento brasileiro Robson Braga de Andrade, presidente da CNI Neste ano, promoveremos um importante debate nacional em torno das eleições presidenciais. Apresentamos aos candidatos 42 documentos com sugestões de ações em áreas que são decisivas para o crescimento da economia e o aumento da competitividade da indústria. BN – O senhor está otimista em relação ao futuro do Brasil? R.B.A. – Nós estamos próximos de um novo ciclo de expansão da economia mundial e brasileira. A crise internacional está se dissipando aos poucos e temos que nos preparar, porque virá um novo momento de crescimento. Queremos que as empresas estejam prontas e sejam competitivas para que ocupem espaços na exportação e na produção doméstica. Sou sempre otimista em relação ao destino do Brasil, um País com enorme potencial, com riquezas naturais invejáveis e habitado por um povo trabalhador e alegre. Divulgação CNI 23 Tractebel Energia BoasNovas 23 EMPRESA Encontro Internacional de Energia Neste ano, o 15º Encontro Internacional de Energia, promovido pela FIESP (Federação das Indústrias de São Paulo), em São Paulo, ocorreu juntamente com o LETS (Semana da Infraestrutura), reunindo os setores de Logística, Energia, Telecomunicações e Saneamento Básico, de 19 a 22 de maio. Representando a Tractebel, o diretor de Planejamento e Controle, Edson Luiz da Silva, palestrou no dia 21 de maio sobre Autoprodução e Produção Independente de Energia Elétrica. Entre os temas das palestras estavam Oportunidades de Investimentos na Infraestrutura do Brasil; Licenciamento Ambiental; A Nova Configuração da Matriz Elétrica Brasileira; Desafios e Incentivos para a Expansão do Mercado Livre de Energia no Brasil. Silva falou sobre os desafios relacionados à evolução da configuração da matriz elétrica brasileira. “Apesar do relativo sucesso na contratação da oferta por meio de leilões, o Brasil precisa rediscutir sua matriz para o futuro”, alertou o diretor da Tractebel, acrescentando que se vive um momento de transição em que, para os próximos anos, visualiza-se que as termelétricas serão despachadas na base e não de forma complementar, como era feito no passado. “Precisamos de todas as fontes e temos disponibilidade de fontes renováveis. O desafio para a expansão é o de incentivar uma matriz híbrida e eficiente economicamente, o que requer incentivos regulatórios apropriados”, destacou Silva. Everton Amaro Diretor de Planejamento e Controle da Tractebel Energia, Edson da Silva, fala sobre o mercado de energia elétrica 24 Tractebel Energia EMPRESA PATROCINADORA Mais uma vez a Tractebel foi uma das maiores patrocinadoras do evento e inovou nesta edição com um estande todo decorado com o tema Copa do Mundo 2014 no Brasil, expondo a bandeira de todos os países participantes do Campeonato. Foi nesse espaço que a equipe da Empresa recebeu seus clientes, potenciais clientes, autoridades, entre outros, e ofereceu coquetéis e cafés especiais. “Patrocinamos esse evento por entender a importância de se discutir o tema Energia entre consumidores, produtores, comercializadores e o governo, e também para estreitar relações com nossos clientes”, explicou o diretor de Comercialização de Energia, Marco Antonio Amaral Sureck. Além disso, o diretor observou que o evento tem trazido bons resultados, como a divulgação da marca da Companhia nos principais canais voltados ao mercado de energia . Patrocinamos esse evento por entender a importância de se discutir o tema Energia entre consumidores, produtores, comercializadores e o governo, e também para estreitar relações com nossos clientes. Marco Antonio Amaral Sureck, diretor de Comercialização de Energia Everton Amaro Estande da Tractebel atraiu visitantes com temática voltada à Copa do Mundo BoasNovas 25 EMPRESA Terceiro Seminário de Ética, Sustentabilidade e Energia Três dias de palestras e debates sobre variados temas, como voluntariado, ética e mudanças climáticas. Assim foi o III Seminário Ética, Sustentabilidade e Energia realizado na sede da Tractebel Energia, na Usina Estreito e no Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. Diferente de outros anos, os temas foram escolhidos para mostrar que existe uma conexão entre a ética e a sustentabilidade. Duda Hamilton “A cada ano procuramos inovar com temas diferenciados e novos palestrantes”, diz Mario Benevides, membro do Comitê de Sustentabilidade e um dos organizadores do evento. Neste ano, o time de palestrantes foi composto por Felipe Mello, graduado em Comunicação Social pela ESPM, que abordou Ética nas Relações de Trabalho; José Vicente Miranda Rescigno e Marcio Shiguenori Kuwabara, da Tractebel Energia, com o tema Efeitos das Mudanças Climáticas nos Aproveitamentos Hidrelétricos; e a secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Governo de SC, Lucia Dellagnelo. Já o filósofo, empreendedor, pesquisador e criador do método AprecIATO, projeto experiências de aprendizagem para diferentes equipes e organizações, Rafael Juliano, abordou o tema Igualmente Diferentes. “Foi uma palestra que provocou a reflexão sobre os pequenos detalhes do dia a dia, que os valores e o respeito acima de tudo são dois princípios básicos que podem levar qualquer relação ao sucesso”, comentou Katiúcia Gomes Schmidt, assistente administrativa da Tractebel. Fernanda Bornhausen e Ana Maria Warken do Vale Pereira falaram sobre um tema que tem chamado muito atenção, o Voluntariado. As Leis de Incentivo Fiscal Cultura e Esporte também foram apresentadas no Seminário pelos sócios da Incentive, Mariana Kadletz e Raphael Ribeiro. Felipe Melo defende como conceito de Sustentabilidade a junção do ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente justo. Para ele, não existe sustentabilidade sem ética. Duda Hamilton Em sua palestra, a secretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável de SC, Lucia Dellagnelo, mostrou os investimentos realizados no Plano de Sustentabilidade do Estado e alguns projetos, como Polos Industriais, Desenvolvimento Territorial e Economia Verde e Solidária. 26 Tractebel Energia EMPRESA Duda Hamilton Ana Maria Warken e Fernanda Bornhausen acreditam nas micro revoluções e no uso das redes sociais para um trabalho voluntário transformador. No portal Voluntários Online já são mais de 60 mil pessoas cadastradas de todo o Brasil. Palestras sobre a Lei Anticorrupção A entrada em vigor da Lei Anticorrupção (Lei 12846/2013), em janeiro deste ano, mobilizou a diretoria da Tractebel Energia para levar a seus funcionários informações sobre o assunto, que torna mais rigorosa a punição de empresas envolvidas em atos lesivos contra a administração pública. Luciano Andriani, diretor administrativo da Tractebel, conta que a grande novidade trazida pela Lei é a responsabilidade objetiva, isto é, independente de culpa da Empresa sobre atos cometidos pelos seus administradores, empregados, prestadores de serviço, terceirizados, etc. Desta forma, se uma empresa que presta serviços cometesse fraude ou corrompesse alguma autoridade em benefício da Tractebel, a Empresa também seria responsável por esse ato, ainda que não tivesse nenhum envolvimento direto. A Tractebel escalou um time de três funcionários – o gerente de Auditoria Interna, Antônio Carlos Corrêa Benavides, a advogada Cristina Riggenbach e o analista de Comunicação, Eduardo Peressoni Vieira – para ministrarem palestras e esclarecerem dúvidas em todas as Usinas da Companhia. Funcionários de seis Usinas - Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC), Charqueadas (RS), Salto Santiago (PR), Itá (RS/SC), Cana Brava (GO) e Estreito (MA), somando mais de 400 pessoas, já receberam as informações. “Nosso objetivo é conscientizar os empregados dos riscos que a Tractebel passa a ter com a nova lei. É preciso tomar cuidado nas contratações de fornecedores, principalmente aqueles que lidam com órgãos da administração pública”, adverte Andriani. O gerente de Auditoria ressalta que os empregados têm recebido muito bem as palestras, que contam com interação e sugestões. “O pedido mais frequente é que se realize um treinamento semelhante com os principais fornecedores da Empresa”, diz Benavides, acrescentando que já está sendo estudada a ampliação para parceiros e terceirizados. A mesma apresentação foi feita também ao Conselho de Administração da Empresa. Divulgação Tractebel Palestra na Usina Hidrelétrica Salto Santiago Divulgação Tractebel Palestra na Usina Hidrelétrica Itá BoasNovas 27 EMPRESA Por dentro da Tractebel Duda Hamilton Organizado pela Diretoria Financeira e de Relações com Investidores, o evento foi divido em dois. Na primeira parte o bate-papo com os engenheiros e, na segunda, a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2014 Diferente de outras edições, o programa Por Dentro da Tractebel não ocorreu em uma das 26 Usinas ou na Sede da Companhia, em Florianópolis. A nona edição foi no hotel Unique, em São Paulo, no dia 28 de julho, quando analistas e investidores conversaram com o time de profissionais da Diretoria Financeira e de Relações com Investidores e a Diretoria de Produção, da área de geração termelétrica e de manutenção da Tractebel – José Carlos Cauduro Minuzzo, Arthur Elwanger, Luiz Felippe e Linomar Osil Ferreira. Duda Hamilton Um vídeo apresentou as Usinas termelétricas da Empresa – biomassa, gás e carvão, que hoje representam 16% do parque gerador da Tractebel. A partir daí perguntas, respostas e muitas dúvidas, que foram sanadas. O público compareceu em peso, demonstrando interesse na Tractebel. No mesmo evento, a Diretoria Financeira e de Relações com Investidores apresentou o resultado do segundo trimestre de 2014, marcado por uma receita positiva, um lucro líquido em queda, mas com boas perspectivas de recuperação para o segundo semestre deste ano. RESULTADOS – No segundo trimestre de 2014, a receita líquida de vendas da Tractebel ficou 7,2% acima da registrada no mesmo período do ano passado, chegando a R$ 1,36 bilhão. Já o Ebitda, sigla em inglês que mede o desempenho operacional, teve uma queda de 58,1% em comparação com o 2TRI2013, atingindo R$ 302 milhões no período. O lucro líquido apresentou uma queda de 77,2% se comparado ao segundo trimestre de 2012. A redução é explicada pelo fato de a geração hidrelétrica do País ter sido inferior aos compromissos de 28 Tractebel Energia O diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Eduardo Sattamini, o gerente de RI, Antônio Previtali e a gerente de Relações com o Mercado da GDF Suez Latin America, Anamelia Medeiros, participaram, respondendo questionamentos da platéia e também por meio de teleconferência vendas, obrigando os geradores hidrelétricos a adquirir esse déficit no mercado de curto prazo, que vem apresentando preços elevados em razão da estiagem prolongada. Mas para a Tractebel ainda existe uma segunda razão: a Companhia concentrou menos capacidade comercial na primeira metade do ano do que na segunda. “A expectativa para o segundo semestre é positiva, já que teremos mais energia disponível no mercado”, disse Sattamini. GDF SUEZ Tanque de armazenamento de GNL no Chile A GDF SUEZ inaugurou, em maio, o tanque de armazenamento onshore para o terminal de regaseificação de GNL Mejillones. O tanque foi inaugurado pela presidente do Chile, Michelle Bachelet e pelo presidente e CEO da GDF SUEZ, Gerard Mestrallet. O tanque representa um investimento de US$ 200 milhões, tem uma capacidade de armazenamento bruto de 187.000 m³ e foi construído para atender os mais elevados padrões de segurança, o que inclui proteção contra terremotos. A construção foi supervisionada pela Tractebel Engineering, uma afiliada da GDF SUEZ. “O novo tanque onshore de armazenamento de GNL em Mejillones fortalece o acesso do Chile à energia diversificada e ajuda a atender a crescente demanda do país por energia. Além deste investimento, também estamos desenvolvendo um projeto de linha de transmissão para conectar redes de centro e norte do Chile, demonstrando nosso compromisso contínuo para o País”, disse Mestrallet. navios metaneiros, dos quais 34 eram transferências de navio a navio o que faz GNL Mejillones uma das empresas mais experientes do mundo neste tipo de processo. A GDF SUEZ é um player global de GNL e tem a terceira maior carteira de fornecimento de GNL do mundo, a partir de seis países diferentes, representando 16 milhões de toneladas/ano. O Grupo controla uma grande frota de 14 navios metaneiros sob contratos de médio e longo prazos de arrendamento. A frota é permanentemente otimizada para satisfazer os compromissos de longo prazo e oportunidades de curto prazo da GDF SUEZ. O Grupo tem também uma presença significativa em terminais de regaseificação em todo o mundo, incluindo Floating LNG Storage and Regasification Unit (navios de regaseificação e armazenamento) e em projetos de liquefação. Divulgação GDF SUEZ Desde 2010, a empresa que opera GNL Mejillones vem fechando contratos de regaseificação de longo prazo com as principais empresas de mineração e de geração de energia do Chile. O novo tanque de armazenamento também abre oportunidades comerciais para a distribuição de gás natural liquefeito através de caminhões e navios. O terminal de Mejillones foi construído como uma solução rápida para garantir a segurança de curto e longo prazos de fornecimento de energia no norte do Chile pela GDF SUEZ e Codelco, maior produtora de cobre do mundo. O terminal entrou em operação em abril de 2010, utilizando um navio de GNL, solução de armazenamento temporário, e recebeu 37 Novo tanque abre oportunidades comerciais para operação com caminhões e navios Divulgação GDF SUEZ Presidente do Chile, Michele Bachelet, e CEO da GDF SUEZ, Gérard Mestrallet (esq.), na cerimônia de inauguração, em Mejillones BoasNovas 29 GDF SUEZ Acordo global sobre saúde e segurança no trabalho Divulgação GDF SUEZ Lideranças sindicais em encontro com o CEO do Grupo, realizado em maio, no Chile “Todo mundo, de diretores e gerentes, aos empregados e subcontratados, deve ter o compromisso de proteger a sua própria saúde e segurança e a dos outros”. É com isso em mente que Gérard Mestrallet, presidente e CEO da GDF SUEZ, e as federações mundiais de sindicatos dos trabalhadores da indústria e energia (IndustriALL), de setores de construção e serviços públicos, assinaram, no Chile, um acordo para fortalecer e estender mundialmente os compromissos de segurança e saúde no local de trabalho que a GDF SUEZ tem já há muitos anos na Europa. produtos que contenham substâncias tóxicas substituíveis (substâncias especialmente cancerígenas, mutagênicas e tóxicas para a reprodução). Foi alcançado um acordo global anterior, em 2010, sobre os direitos fundamentais, o diálogo social e o desenvolvimento sustentável. Este segundo acordo é baseado no forte compromisso da alta administração do Grupo para sua política social estar em consonância com os valores fundamentais do Grupo: Exigência, Comprometimento, Ousadia e Coesão. “Esse acordo testemunha a importância do diálogo social da GDF SUEZ“, comenta Mestrallet. “A assinatura deste novo acordo global é uma oportunidade para reafirmar a nossa profunda convicção de que um plano de desenvolvimento industrial duradouro deve atender aos aspectos sociais e humanos. A GDF SUEZ está empenhada em tornar a saúde e segurança de todos uma prioridade permanente. Este compromisso deve ser afirmado em todos os lugares onde o Grupo funciona, sem distinção entre países ou empresas. Ele é a chave para os compromissos que tomamos com as federações sindicais mundiais em novembro de 2010, quando assinamos o Acordo global sobre direitos fundamentais, o diálogo social e do desenvolvimento sustentável. Com este último acordo, esperamos fortalecer e ampliar as iniciativas anteriores que o nosso Grupo já tomou em saúde e segurança do trabalho com os nossos parceiros sociais europeus”, afirma Mestrallet. Com este acordo, a GDF SUEZ se compromete com metas concretas de progresso para a eliminação de acidentes fatais com nexos causais para as empresas do Grupo, a uma redução no número de acidentes de trabalho e com a melhoria contínua da saúde no local de trabalho, eliminando os 30 Tractebel Energia Há um foco especial em questões de saúde e segurança para o trabalho subcontratado, tanto para os funcionários dessas empresas e terceiros, por meio de avaliações de risco e obrigações contratuais das empresas de subcontratação, incluindo o monitoramento e verificação dos planos de ação. ALTA VOLTAGEM Entre as 100 empresas com melhor reputação no Brasil Plinio Bordin Reputação é resultado do trabalho de todas as áreas e diretorias da Companhia A revista EXAME divulgou no início de junho o ranking das 100 empresas de melhor reputação no País. A Tractebel Energia aparece em 65º lugar com 4.376 pontos. No setor elétrico, a Companhia ficou com a terceira posição. De acordo com a publicação, “para ter uma boa reputação, empresas precisam não só ter bons resultados financeiros, mas também cuidar bem de suas equipes, da qualidade de suas marcas e que seus produtos sejam transparentes. Além disso, ter um comportamento ético, inovar e ter atividades internacionais também são pontos que fazem as companhias serem bem vistas pelo público. É o que aponta uma nova pesquisa da consultoria Merco que a partir desses quesitos, elenca as 100 empresas de melhor reputação no Brasil em 2014”. Para chegar ao resultado final, foram consultados executivos, analistas financeiros, ONGs, sindicatos, jornalistas, associações de consumidores, acadêmicos e público em geral, numa parceira da Merco com o Ibope. O presidente da Tractebel Energia considera que o resultado é um reconhecimento à atuação da Companhia. “Nossa reputação é sólida porque foi construída com base no retorno aos acionistas, na parceria com as comunidades onde estamos inseridos e no respeito ao meio ambiente”, comenta. Coordenação e edição Leandro Provedel Kunzler Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Reportagem e textos Dfato Comunicação [email protected] Jornalista responsável Duda Hamilton Nossa reputação é sólida porque foi construída com base no retorno aos acionistas, na parceria com as comunidades onde estamos inseridos e no respeito ao meio ambiente. Manoel Zaroni Torres, presidente da Tractebel Energia Concepção gráfica e editoração Dzigual Golinelli Foto da capa Divulgação Biota Projetos e Consultoria Ambiental Tiragem 3.500 exemplares www.tractebelenergia.com.br GERAR ENERGIA É O QUE NOS FAZ ACORDAR TODOS OS DIAS. FAZER ISSO COM SUSTENTABILIDADE É O QUE NOS FAZ DORMIR BEM TODAS AS NOITES. Produzir energia de forma sustentável é um compromisso da Tractebel com o futuro. Por isso, além de utilizar fontes renováveis em mais de 80% de tudo o que produz, a empresa investe em melhorias ambientais, apoia as comunidades em que está inserida e contribui para o desenvolvimento social e cultural de diversas regiões. É a Tractebel gerando desenvolvimento, oportunidades e a energia de que o futuro precisa.