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Política energética alternativa pode ampliar investimento estrangeiro no país
01/06/2015 em NOTÍCIAS
Em debate na AmCham Rio, representantes do setor demonstraram preocupação com o alto preço da energia e
reforçaram a importância de ampliar a matriz brasileira
Palestrantes debateram políticas energéticas na AmCham Rio
Às vésperas da COP 21 e em meio ao cenário de escassez hídrica no território brasileiro, diversificar a matriz energética é
um grande passo em prol da sustentabilidade e pode colaborar para o fluxo de investimentos estrangeiros no país. Essa é
percepção de especialistas ligados ao setor que estiveram presentes nesta sexta-feira (29) em debate na Câmara de
Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio).
Para Mário Lima, diretor de sustentabilidade da EY, o cenário é propício para se pensar em energias alternativas. “Nosso
país decidiu voluntariamente reduzir as emissões de carbono e os investidores estão atentos a essa tendência. A natureza
favorece bastante o Brasil para esse tipo de empreendimento. As fontes renováveis vão nos ajudar a cumprir nossas
metas de redução, assim como alavancar novos investimentos. Não podemos deixar a oportunidade passar”, afirmou o
executivo.
A matriz de energia no país é formada por recursos renováveis desde o desenvolvimento do setor, principalmente com
investimentos hídricos. Segundo dados da EY, durante a última década, nossas fontes passaram a incluir outras bases
renováveis, como a biomassa, energia eólica e solar, totalizando 70% da energia gerada em território nacional.
Ainda assim, a presença de fontes fósseis ainda é forte e impactam o ambiente de negócios principalmente nos momentos
de racionamento, em que as termelétricas precisam ser ativadas. “O cenário de escassez hídrica e alto preço da energia,
associado ao ritmo lento da economia, causam impacto nos cofres das empresas e do governo. Neste contexto, o setor
empresarial deve buscar uma maior eficiência energética e hídrica em seus processos de produção, o que reduz o seu
gasto nestas áreas”, afirmou Kárim Ozon, presidente do Comitê de Meio Ambiente da AmCham Rio e sócia do escritório
Chediak Advogados.
De acordo com Elbia Silva Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), que
também participou do encontro, um país como o Brasil não pode correr o risco de depender apenas das hidrelétricas, uma
vez que conta com tantos recursos naturais disponíveis. “O Brasil soube expandir oportunamente a oferta de energia a
partir das hidrelétricas, por ser uma fonte rica, renovável, competitiva e que sempre tivemos em abundância. Sabemos,
porém, que o cenário atual não é animador”, concluiu Elbia.
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O encontro também foi moderado por Rodrigo de Oliveira Botelho Corrêa, procurador do Estado do Rio de Janeiro e
Membro do Comitê de Meio Ambiente da AmCham Rio, e contou com a presença de José Guilherme da Rocha Cardoso,
chefe do Departamento de Meio Ambiente do BNDES, José Domingo Bouzón, vice-presidente da ABIH-RJ (Associação
Brasileira da Indústria de Hoteis), Pedro Rolim, coordenador do Programa Qualiverde, e o advogado Luiz Gustavo Bezerra,
sócio da Motta, Fernandes Rocha Advogados.
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2015.06.01. LGB.Portal AMCHAM