SESSÃO DE DIVULGAÇÃO Moluscos Bivalves: ambiente, produção e qualidade Olhão, 8 de Junho de 2010 1 1 Biotecmar STC meeting - Galway - 15-16 April 2010 Partner n° Biologia de moluscos bivalves Domitília Matias Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 2/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Definição de moluscos Os MOLUSCOS são invertebrados de corpo mole não segmentado e coberto geralmente por uma concha que pode ser constituída por uma ou duas peças. A concha é segregada pelo manto, prega dorsal do tegumento que delimita uma cavidade paleal onde se encontram as brânquias. O corpo encontra-se dividido em três regiões distintas: a cabeça, a massa visceral e o pé. GASTRÓPODES: concha externa formada por uma peça em espiral. BIVALVES: concha externa constituída por duas peças. CEFALÓPODES: Concha interna e reduzida. Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 3/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Morfologia de moluscos bivalves O corpo dos moluscos bivalves encontra-se protegido por uma concha de duas valvas. • Se as valvas são iguais, a concha chama-se equivalve. Concha de bivalve – 1 – Ápice, vértice ou umbo. 2 – Dentes da charneira. 3 – Charneira. 4 – Ligamento. 5 – Músculo adutor. 6 – Impressão paleal. 7 – Seio paleal. • Se as valvas são diferentes, a concha designa-se por inequivalve. Esquema de organização de um bivalve 1 – Palpo labial. 2 – Boca. 3 – Estômago. 4 – Estilete cristalino. 5 – Intestino. 6 – Coração. 7 – Rim. 8 – Brânquias. 9 – Gónada. 10 – Bordo. 11 – Concha 4/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Morfologia de moluscos bivalves Como sou formado? Sifão exalante por onde sai água com as fezes Dois mú músculos para fecharem as valvas Boca Palpos labiais que servem para empurrar a comida para a boca Sifão inalante por onde entra a água com comida e oxigé oxigénio para respirar Brânquias para respirar Pé para escavar o sedimento Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 5/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Alimentação Trajecto da água através da cavidade paleal de um bivalve 1- Sifão inalante. 2 – Sifão exalante. 3 – Brânquias. 4 – Palpos labiais Sifões de um bivalve. 1 – Sifão inalante com papilas sensitivas. 2 – Sifão exalante Bivalves suspensívores Os Bivalves são animais de regime micrófago, alimentando-se principalmente de fitoplâncton e partículas orgânicas em suspensão. De entre dos animais de regime micrófago, podemos distinguir: • os suspensívores • os detritívores 6/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Bivalves detritívores Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» O que comemos? Microalgas – são algas microscópicas de cor verde e castanha que vivem na água. 7/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Crescimento O crescimento dos Bivalves não é contínuo nem uniforme; apresentando ao longo do ano um período de grande actividade que coincide com o Verão e outro de grande lentidão que coincide com o Inverno. Este crescimento descontínuo manifesta-se na concha por linhas de crescimento, estrias mais marcadas que o resto, e que mostram em que ponto o metabolismo foi tão lento que praticamente anulou o crescimento, reforçando o bordo da concha de tal maneira que ao começar o crescimento rápido fica assinalado o desnível. Este é denominado linha de crescimento. 8/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Crescimento A nossa concha vai crescendo através da deposição de anéis no seu bordo: estrias de crescimento. 1 ano 2 ano No Verão quando há muito alimento e a temperatura é mais elevada crescemos mais rapidamente. No Inverno quando há menos alimento e a temperatura é mais baixa quase não crescemos. Assim, é possível ter uma noção da idade. As linhas de crescimento não podem ser consideradas exclusivamente estacionais, pois os factores ambientais exercem uma grande influência sobre o crescimento e qualquer variação mais ou menos brusco pode manifestar-se numa mudança do metabolismo, ficando marcado na concha. Por esta razão, estas linhas de crescimento não devem ser utilizadas por si só para a determinação da idade; é necessário a ajuda de métodos de observação para nos levar à sua interpretação. 9/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Locomoção Bivalves escavadores Bivalve nadador. 1 – expulsão da água. 2 – direcção em que se move o bivalve. Bivalves perfuradores Bivalve séssil – permanece fixo a um determinado substrato 10/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Habitat Ria Formosa Sistema lagunar Estuário do Tejo Estuários Ria Aveiro Rias Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 11/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Habitat Onde nos encontramos? • Enterradas no sedimento (areia ou lodo) • Na zona que fica entre a maré alta e a baixa, ou seja na zona entre marés. 12/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Habitat Spisula solida Chamelea gallina Ensis siliqua Callista chione Donax trunculus Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 13/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Habitat Spisula solida Chamelea gallina Ensis siliqua • Formam densos bancos nos sedimentos arenosos, na zona subtidal (entre 0 e os 35m de profundidade), dependendo da espécie; • Espécies com vida curta e taxa de crescimento elevada. Callista chione Donax trunculus Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 14/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Reprodução Sexos separados – indivíduos machos e fêmeas. Ex. amêijoas UNISSEXUAIS BIVALVES HERMAFRODITAS Hermafroditismo rítmico consecutivo – quando numa mesma época de postura muda de sexo. Ex. ostra plana Hermafroditismo funcional simultâneo – se o animal emite simultaneamente os dois tipos de gâmetas. Ex. vieiras Hermafroditismo consecutivo – se o animal durante a sua vida muda de sexo, sendo normal a passagem duma fase juvenil masculina para uma fase adulta feminina. Hermafroditismo alternativo – se a mudança de sexo ocorre a intervalos grandes, não se podendo prever para a época seguinte de postura o sexo que vai ter. Ex. ostra portuguesa 15/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Reprodução Ciclo reprodutivo – ciclo completo desde o princípio até ao fim da produção das células sexuais (gametogénese) acabando ou não na desova Gónada madura ♂ Período reprodutivo – começa com o início da gamatogénese e culmina com a emissão de gâmetas. Período vegetativo – durante o qual os gâmetas residuais são reabsorvidos. Factores que influenciam a gametogénese Gónada madura ♀ Temperatura Alimento Factores endógenos – sistema nervoso e sistema hormonal Métodos para avaliação das fases do ciclo reprodutivo Observação directa ao microscópio Cortes histológicos das gónadas Índice de condição Índice gonadal 16/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» Biologia de moluscos bivalves •Reprodução Temperatura aumenta e há maior disponibilidade de alimento Libertação de gâmetas sexuais Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 17/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves Fecundação ocorre na água: + Óvulos Espermatozóides Ovos Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 18/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Desenvolvimento larvar Passados 2 dias as larvas apresentam concha e nadam ao sabor da corrente A coroa de cílios permite a natação e a captura de alimento Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 19/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Desenvolvimento larvar Entre 2 semanas a um mês, dependendo da espécie ocorre a metamorfose, aprecem as brânquias, sifões e o pé As larvas de bivalves fixam-se a um substrato Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 20/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Biologia de moluscos bivalves •Ciclo de vida 1 – Espermatozóide e óvulo; 2 – ovo fecundado; 3 – mórula; 4 – trocófora; 5 – velígera; 6 – pedivelígera; 7 – juvenil; 8 - adulto 21/22 Olhão, 8 de Junho de 2010 Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» OBRIGADA Co financed with the support of the European Union ERDF Atlantic Area Programme «Investing in our common future» 22/22 Olhão, 8 de Junho de 2010