Festival Internacional de Teatro de Rio Preto termina neste sábado
Diarioweb - SP - MUNDO - 16/07/2011
Francine Moreno Sergio Isso
A Grande Família: integrantes do Grupo 59, formado por atores recém formados na USP,
entre eles a rio-pretense Carol Faria
A produtora e atriz Carol Faria deixou Rio Preto em 2006 em busca de aprimoramento
profissional. Agora, ela retorna para o fechamento de um ciclo. Carol é uma das atrizes do
espetáculo “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, uma das três produções para todos os
públicos que fazem suas duas únicas sessões neste sábado, último dia do FIT . Filha do
pesquisador e professor aposentado do Ibilce Gentil de Faria, Carol integra o jovem coletivo
teatral Grupo 59, formado na Escola de Arte Dramática da USP. A trupe foi criada em 2009, em São Paulo, quando ainda era chamada de turma 59 (número
da turma da EAD da USP). Em 2010, efetivou-se como Grupo 59 com a reunião de 15 atores,
com o intuito de fazer teatro de pesquisa e coletivo. “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”
foi a peça de estreia da trupe. Adaptação da obra de Jorge Amado, a montagem é dirigida
por Cristiane Paoli Quito sob os pilares em que o grupo se sustenta: musicalidade,
investigação cênica, treinamento técnico e criação coletiva. O grupo tem mais dois espetáculos em seu repertório. “Mockin-pó - Estudo sobre um homem
comum”, livre adaptação da obra de Peter Weiss, e “A Última História”, trabalho com base na
linguagem da máscaras. Desde o início da semana em Rio Preto, Carol aproveitou para matar
a saudade da família e dar um frescor ao seu processo de criação assistindo aos espetáculos
d o FIT . “O próprio olhar já partilha algo quase que intuitivamente. A cada espetáculo
assistido, é possível captar algo que acaba ‘entrando no DNA’.” Para ela, treinamento apenas
com o grupo pode viciar.
“É fundamental arejar, ver lugares diferentes e voltar para sala de ensaio com algo novo.”
Segundo a atriz, o FIT é singular pela diversidade. “Mistura propostas inusitadas com
linguagens tradicionais feitas por pessoas diferentes.” Destaque para os espetáculos
“Gardênia” e “Villa + Discurso”. “São peças com olhar contemporâneo, provocativo e com
artistas incomuns, que arriscam, que assumem um ponto de vista”, diz.
Newber/Divulgação “Quixote Caboclo”, da Cia. da Tribo, de São Paulo, abre e encerra sua participação hoje no
FIT
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Newber/Divulgação “Quixote Caboclo”, da Cia. da Tribo, de São Paulo, abre e encerra sua participação hoje no
FIT
Hoje é a estreia de Carol em Rio Preto, após seis anos em São Paulo. Para ela, esse momento
é uma conquista. “Saí da cidade para estudar e agora retorno com parceiros. Estamos dando
os primeiros passos. O sonho é ser um grupo como o Galpão, com mais 30 anos de carreira,
estrutura, potência e reconhecimento. Espero que a cidade faça parte desta realização.” Para Carol, sua função como atriz é questionar e possibilitar a realização de sonhos. “Fazer
teatro é minha forma de estar no mundo.” Quem quiser conhecer o trabalho de Carol Faria
existem duas chances. O seu espetáculo “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” tem sessões
hoje, às 16 e 19 horas, no espaço 1, da Swift. A atriz é uma das andorinhas do espetáculo. Para identificá-la, ela é a primeira ave a entrar em cena. A história de amor impossível entre
um gato malhado e uma linda andorinha é narrada por 15 atores que resgatam a tradição dos
contadores de histórias. O elenco reúne ainda Bruno Cavalcanti, Felipe Alves, Felipe Gomes
Moreira, Fernando Oliveira, Gabriel Bodstein, Gabriela Cerqueira, Jane Fernandes, Mirian
Blanco, Nathália Gonçalves, Nilcéia Vicente, Renata Lobbo, Tatiana Heide, Thomas Huszar e
Ricardo Fialho. O Grupo 59 tem apresentações agendadas até novembro deste ano. Programação do dia Outros dois espetáculos para todos os públicos e gratuitos abrem e encerram hoje sua
participação no festival. As duas anunciam-se dentro das exigências de um festival como o
de Rio Preto, focado na pesquisa de novas linguagens e ainda assim encantar. O problema é
que todas acontecem nos mesmos horários, às 16 e 19 horas. Ou seja, será preciso escolher.
Direto de São Paulo, vem “Quixote Caboclo”, da Cia. da Tribo. Pela primeira vez no festival, o
grupo é conhecido por explorar a cultura popular. Indicado para crianças maiores de cinco
anos, o espetáculo reúne pequenas histórias baseadas nas canções e cordéis do cearense
Patativa do Assaré. Gravuras típicas dos livretos nordestinos marcam o cenário. “Teatro de
bonecos, dança popular e estilos musicais como forró, baião e ciranda são algumas das
linguagens utilizadas”, afirma a atriz Milene Perez. As sessões acontecem no Teatro
Municipal.
A outra opção é “Vingativa”, espetáculo da Ciacômica Teatro de Bonecos, de Rio Preto. A
peça é indicada para crianças e pais que apreciam o teatro feito com bonecos. Com 20
figuras em cena, a peça narra a história de duas lagartas que, por ciúme, se separam.
Arrependida, uma das lagartas parte em busca do seu amor e acaba vivendo várias
aventuras. Dirigido por João Guerreiro, o espetáculo será encenado no Teatro Municipal
“Nelson Castro”.
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